para: diretor de tarifasà tarifa e à contabilidade regulatória como fornecedora das informações...
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INFORMAÇÃO N° 18/2009-DT
DATA: Porto Alegre, 15 de maio de 2009.
DE: Airton Roberto Rehbein - 10 3052320/01
Eduardo M. Mesquita da Costa -103041395/01
PARA: Diretorde Tarifas
PROCESSO: 000313-2287/09-3, de 13.05.2009
ASSUNTO: Primeira revisão tarifária da Companhia Riograndense de
Saneamento - CORSAN
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Sr. Diretor,
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o presente Processo trata da primeira revisão tarifária sob a vigência da
Lei N°. 11.445/07, Lei do Saneamento Básico, a ser aplicada a partir de 1° de
julho do corrente ano, com publicação até dia 1° de junho. O requerimento foi
protocolado na AGERGS em 13.05.09 no qual constam as planilhas
necessárias ao cálculo e a introdução de diversos aspectos metodológicos que
caracterizam uma revisão de tarifas e não a simples variação do índice Geral
de Preços (IGP-M), como pertinentemente realizado no processo tarifário de
2008, processo esse de reajuste e não revisão tarifária.
Dessa forma, consta nos autos do expediente atual (fls 03 a 16), o
requerimento da CORSAN fundamentado nos seguintes capítulos: 1) objetivos;
2) aspectos legais; 3) determinação do nível médio tarifário necessário; 4)
metodologia; 5) volume faturável de água e esgoto; 6) receitas operacionais
diretas de água e esgoto; 7) despesas de exploração (DEX); 8) capital
circulante líquido; 9) imobilizado técnico; 10) investimento futuros contratados;
11) custo médio ponderado de capital; 12) e, por fim, é apresentado o sumário
dos resultados e a indicação do percentual de variação requerido para revisão
tarifária de 2009.
Antes de tecer os devidos comentários aos números apresentados pela
CORSAN é importante ressaltar que todo o trabalho foi conduzido em conjunto
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com os técnicos da AGERGS, de forma que a introdução da metodologia foi
sugerida pela agência e os cálculos foram sendo finalizados ao longo de
sucessivas reuniões de trabalho entre os técnicos das duas instituições. No
entanto, apesar dos esforços conjuntos, tem-se muito que aprofundar nos
estudos tarifários para a realização de uma revisão tarifária de 2014 mais
vigorosa.
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o trabalho avançou de forma considerável pela introdução do conceito
de que a receita operacional direta dos serviços de água e esgoto deve ser
igual ao custo dos serviços, o qual compreende as despesas de exploração,
mais depreciações, provisão para devedores, amortização de despesas e
remuneração do capital. Outro aspecto de viés regulatório introduzido foi a
remuneração sobre o capital atualizado e devidamente depreciado. Também,
no mesmo sentido, a despesa foi corrigida para cobrir as obrigações não só
passadas como também até o próximo período de reajustamento, em 12
meses. Esse aspecto representa uma inovação, pois o novo posicionamento
tarifário não deve se restringir tão somente à cobertura do passado e sim de
todos os encargos até o próximo período tarifário.
Quanto aos investimentos, também foi considerado para fins de
remuneração os investimentos futuros contratados pela companhia. Em
resumo, foram várias e significativas as inovações introduzidas no processo
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revisional e que demandaram dos técnicos da CORSAN e AGERGS muita
reflexão e estudo para conduzir a bom termo os resultados do trabalho
desenvolvido, ainda que muito falte para o aprofundamento dos temas relativos
à tarifa e à contabilidade regulatória como fornecedora das informações
indispensáveis aos estudos. Entre parêntesis, cabe registrar que no mesmo dia
13.05.2009 foi disponibilizado o Manual de Contabilidade para as companhias
estaduais de saneamento básico produzido pela Associação das Empresas de
Saneamento Básico Estaduais - AESBE. Evidentemente, a apropriação,
adaptação e eventual implantação das técnicas contábeis preconizadas se
farão ao longo do tempo, sempre em trabalho conjunto entre AGERGS e
CORSAN.
No que tange aos cálculos apresentados pela CORSAN cabem ainda
algumas observações importantes adotadas na metodologia. A primeira delas é
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a retirada da participação dos colaboradores no resultado (PPR), rubrica da
despesa que não pode ser paga pela tarifa. A PPR representa um incentivo à
melhoria da qualidade e produtividade já alcançadas pelos colaboradores. A
sua exclusão da despesa total significa o desafio de alcançar um patamar
acima de produtividade sobre o obtido até o presente para o próximo período
revisional, além de representar o compartilhamento dos ganhos de
produtividade com os usuários dos serviços. A segunda é a inclusão da
contribuição equivalente à Taxa Anual de Fiscalização e Controle - TAFIC pela
contraprestação dos serviços de regulação da AGERGS em valor provisionado
na rubrica custos de regulação. E a terceira observação importante a ser
destacada é a escolha do ano de 2008 para o cálculo da despesa total, ano de
melhor desempenho produtivo da companhia nos últimos 5 anos.
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Outra questão também não menos importante que deve ser destacada é
a atualização da base de remuneração de ativos. O valor contábil do ativo
imobilizado foi corrigido para efeito do cálculo tarifário e incorporado o valor dos
investimentos futuros contratados para realização em 2009 e 2010. O critério
está correto para os recursos disponíveis até o momento. Sugere-se,
entretanto, que tão logo seja definida a nova tarifa, se inicie um trabalho de
avaliação de ativos por peritos contratados, proporcionando maior segurança e
precisão aos valores. Da mesma forma, espera-se que a programação de
investimentos venha a se tornar mais robusta a partir da confirmação dos
atuais planos de inversões contratados para os próximos 2 anos.
Ainda cumpre lembrar, como bem destaca a proposta de revisão
encaminhada pela CORSAN, que os contratos de programa, orientados de
acordo com a Lei N°, 11.445/07, prevêem as revisões ordinárias de tarifas
(Cláusula XIV) e metas progressivas e graduais de qualidade aferidas por meio
de indicadores definidos no próprio contrato (Cláusula X). Portanto, subjacente
aos trabalhos ligados à tarifa, tão logo concluída essa primeira etapa revisional,
tem-se em sequência o concomitante desenvolvimento do trabalho de
acompanhamento dos indicadores de qualidade a serem fornecidos pela
CORSAN, conforme previsto no texto contratual.
Como se pode observar, é de grande envergadura o desafio da
regulação no setor de abastecimento de água e esgotamento sanitário. It para
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se antecipar ao inevitável e necessário ajuste de curso, sugere-se
excepcionalmente que a próxima revisão seja realizada em 2012 e não 2014
conforme previsto contratualmente. Essa medida possibilitará o
aprofundamento metodológico do cálculo tarifário e a introdução de um modelo
regulatório mais adequado ao setor.
Por derradeiro não se poderia furtar da confirmação do índice final de
4,78% a ser aplicado às tarifas da CORSAN, uma vez que todo o trabalho foi
conduzido em conjunto com a AGERGS.
É a informação.
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10 3052320/01 103041395/01
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FOLHA DE INFORMAÇÃOProcesso n.o
Folha
DIRETORIA-GERAL- AGERGS
DATA: 14/05/2009
DE:DG
PARA:DT
PROCESSO N°: 000313-22..87/09-3
ASSUNTO:REAJUSTAMENTO-CORSAN
ENCAMINHAMENTO:
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De ordem.
Para análise e manifestação.
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