papel do pai psicologia trabalho escrito

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 Escola Secundária de Alcácer do Sal O papel do pai na sociedade Disciplina de Psicologia Ano lectivo 2008/2009 Professor : José Marques Trabalho realizado por: Cátia Letras  Joana Silva Renato Carvalho 12º Ano turma A e C

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Escola Secundária de Alcácer do Sal

O papel do pai nasociedade

Disciplina de Psicologia

Ano lectivo 2008/2009

Professor: José MarquesTrabalho realizado por:

Cátia Letras Joana Silva

Renato Carvalho

12º Ano turma A e C

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Índice

Introdução……………………………………………………….2Pater Famílias……………………………………………………3Pátria Potestas………………………………………….…….4/5Complexo Édipo………………………………………..…6/7/8O papel do pai na educação…………………………..9/10O pai em mudança………………………………………….11Conclusão……………………………………………………...12

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Introdução

O papel do pai na sociedade tem vindo a altera-se, sobretudo nasúltimas décadas. De facto, a "condição" de Pai evoluiu mais na últimageração que em dois milénios, devido a transformações culturais,sociais e familiares.Até ao fim do século passado, o pai desempenhava essencialmenteuma função educadora e disciplinadora, segundo códigosfrequentemente rígidos e repressivos.A interacção pai / filho era reduzida, particularmente nos primeirosanos de vida, bem como a sua participação nos cuidados diários àcriança.

Depois da II Guerra Mundial e em consequência de alteraçõesprofundas que se deram na sociedade ocidental (ambos os paisempregados, família nuclear, dificuldades económicas) o pai foi-setornando cada vez mais participativo.Na nova redistribuição igualitária dos papéis masculino e feminino, ohomem como marido e como pai tem sido o principal alvo detransformação.Foi sobretudo a partir da década de 5O, e em resultado de progressosno domínio perinatal, que vários investigadores se têm vindo adebruçar sobre o papel do pai na vida do bebé, sobre a relação pai /filho e o processo de vinculação.

É reconhecido um importante papel do pai no desenvolvimento dacriança; a interacção pai / filho é um dos factores decisivos para o seudesenvolvimento cognitivo e social, facilitando a capacidade deaprendizagem e de integração da criança na comunidade.Actualmente, tenta-se que a intervenção do pai seja cada vez maisprecoce, inclusive desde o momento do nascimento, onde a suapresença parece aumentar o interesse e o envolvimento posteriorcom a criança.A privação do pai pode ter consequências graves a longo prazo comproblemas na modulação e intensidade do afecto.

 

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Pater Famílias

Pater famílias era o mais elevado estatuto familiar na Roma Antiga,sempre uma posição masculina. O termo está em Latim e significa,literalmente, “pai da família”.

O pater romano não era um "pai" no sentido moderno, eessencialmente ocidental, da palavra, mas um "chefe de família", ouum chefe da casa familiar. Pater é, assim, um conceito diferente do depai biológico, ao qual os romanos chamavam de Genitor . O poder do

pater famílias era chamado patria potestas (poder paternal). Potestasera diferente da auctoritas, também detida pelo pater. O poder dopater era sobre a sua familia iure proprio (não necessariamentebaseada no parentesco, mas uma unidade política, económica ereligiosa) e a sua família doméstica (baseada no parentesco e na co-residência).

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Patria potestasSegundo a Lei das Doze Tábuas, o pater famílias tinha vitae necisquepotestas - o "poder da vida e da morte" - sobre os seus filhos, a sua

esposa, e os seus escravos, todos os quais estavam sub manu, "sobrea sua mão". Para um escravo se tornar livre teria que ser libertado"da mão" do pater famílias, daí os termos manumissio e emancipatio.Por lei, em qualquer caso, a sua palavra era absoluta e final. Se umfilho não era desejado, nos tempos da República Romana, o paterfamílias tinha o poder de ordenar a morte da criança por exposição.

O pater, detinha o poder de vender os seus filhos como escravos - alei romana providenciava, no entanto, que se um filho ou filha fossevendida três vezes, não mais estaria sujeito à patria potestas . O paterfamílias detinha o poder de aprovar ou rejeitar casamentos para os

seus filhos e filhas, contudo um édito do Imperador César Augusto providenciou que, em caso de negação, tal não fosse feito sem serpor fortes razões.

Deve-se notar que os filhos do pater, os filii famílias, podiam ser tantofilhos biológicos, como irmãos, sobrinhos e até filhos e filhasadoptivos. Na Roma Antiga, o agregado familiar era concebido comouma unidade jurídica e económica subordinada a uma única pessoa,dotada de um elevado grau de autoridade sobre todos os seusmembros - de facto, a palavra latina família, significava originalmente

o conjunto dos famuli (servos e escravos) vivendo debaixo de ummesmo tecto. E a família era considerada a unidade social básica,ainda mais relevante que a gens (clã, casta, grupo de famílias).

Além de ser um chefe, o pater famílias era a única pessoa dotada decapacidade legal, ou sui iuris. As mulheres (embora nem sempre), osfilii, escravos e estrangeiros tinham uma capitis deminutio(literalmente, "diminuição da cabeça", significando uma capacidadediminuída), quer dizer, não podiam celebrar contratos válidos, nempossuir propriedade. Todos os bens e contratos eram propriedade dopater. Uma capitis deminutio significava uma tendencial falta de

personalidade jurídica, mesmo existindo algumas restrições: leis deprotecção dos escravos e outros incapazes, que podiam, em certascircunstâncias, possuírem uma quase propriedade pessoal, opeculium.

Os patres famílias eram, assim, as únicas pessoas jurídicas plenas,mas, devido aos seus extensos direitos, tinham igualmente uma sériede deveres extraordinários: para com as mulheres, os filii e os servus.

Somente um cidadão romano, alguém dotado de status civitatis,podia ser um pater famílias. Apenas podia existir um detender de talestatuto dentro de cada agregado familiar. Mesmo os filii homensadultos permaneciam debaixo da autoridade do pater enquanto este

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vivesse, e não podiam adquirir os direitos de pater famílias até à suamorte. Legalmente, toda a propriedade que os filii adquirissem era-oem nome do pater, e era este que detinha a autoridade última sobreo seu destino. Aqueles, homens, que vivessem já na sua domus nomomento da morte do pater sucediam-no como pater famílias sui

iuris sobre os seus respectivos agregados familiares. As mulheres,pelo contrário, estavam sempre debaixo do controlo de um paterfamílias, fosse o seu pater original, fosse o pater da família de seumarido depois de casada.

Com o tempo a autoridade absoluta do pater famílias tendeu aenfraquecer, e os direitos que teoricamente ainda persistiamdeixaram de ser evocados e aplicados.

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Complexo de ÉdipoO complexo de Édipo foi identificado pelo psicanalista austríacoSigmund Freud, no decorrer de uma das fases do nosso

desenvolvimento psicossexual. Na fase fálica, que acontece por voltados 3 anos, forma-se a identidade masculina. É a fase do início daexcitação sexual, na qual a criança centra o seu prazer naestimulação das zonas genitais do seu corpo, ou seja, nesta caso noórgão sexual masculino.

Freud baseou-se na tragédia de Sófocles (496-406 a.C.), Édipo Rei,para formular o conceito do Complexo de Édipo, a preferência do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai. Na mitologiagrega, Édipo matou o seu pai Laio e desposou a própria mãe, Jocasta.

Após descobrir que Jocasta era sua mãe, Édipo fura os seus olhos e Jocasta comete suicídio.

Freud acreditava que todas as crianças sofriam de um conflito interiorquase totalmente inconsciente: o desejo de possuir o elemento dosexo oposto e, simultaneamente, a vontade de eliminar o rival domesmo sexo, por quem experimenta sentimentos ambivalentes deamor e ódio.No caso de um filho rapaz, a relação do menino com a mãeaprofunda-se cada vez mais, mas o menino rapidamente se apercebe

que tem um grande rival, que é o pai, formando-se, deste modo, umarelação triangular.Na fantasia da criança, a relação triangular consiste em: o pai é quemfica com a mãe e impede o rapaz de realizar o desejo inconsciente deter a mãe como ele quer. Assim, o rapaz investe intensamente namãe, criando sentimentos ambivalentes de raiva e ódio e de ternura ecarinho em relação ao pai.A criança fantasia com a morte do pai, como o quer eliminar e pensaque este também lhe deseja o mesmo. Esta situação conflituosa crianele o receio de ser castrado pelo pai (complexo de castração).

O complexo de Édipo é uma referência à ameaça de castração ocasionada pela destruição da organização genital fálica da criança,radicada na psicodinâmica libidinal, que tem como pano de fundo asexperiências libidinais que se iniciam na retirada do seio materno.Importante notar que a libido é uma energia sexual, mas não seconstitui apenas na prática sexual, mas também nos investimentosque o indivíduo faz para obtenção do prazer.

O complexo de Édipo é um conceito fundamental para a psicanálise,entendido por esta como sendo universal e, portanto, característicode todos os seres humanos. O complexo de Édipo caracteriza-se porsentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Este conceito é

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visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta ideia permanece,apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentaisou aos representantes delas. Uma vez que o ser humano não podeser concebido sem um pai ou uma mãe, a relação que existe nestatríade é, segundo a psicanálise, a essência do conflito do ser humano.

A ideia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusãode que o bebé tem de possuir protecção e amor total, reforçado peloscuidados intensivos que o recém-nascido recebe pela sua condiçãofrágil. Esta protecção é relacionada, de maneira mais significativa, àfigura materna. Em torno dos três anos, a criança começa a entrar emcontacto com algumas situações em que sofre interdições, facilmenteexemplificadas pelas proibições que começam a acontecer nestaidade. A criança não pode mais fazer certas coisas porque já estámaior, não pode mais passar a noite inteira na cama dos pais, andarnua pela casa ou na praia, é incentivada a sentar-se de formacorrecta e controlar o esfíncter, além de outras cobranças. Nestemomento, a criança começa a perceber que não é o centro do mundo e que precisa renunciar ao mundo organizado em que se encontra etambém à sua ilusão de protecção e amor total.

O complexo de Édipo é muito importante porque caracteriza adiferenciação do sujeito em relação aos pais. A criança começa aperceber que os pais pertencem a uma realidade cultural e que nãose podem dedicar somente a ela porque possuem outroscompromissos. A figura do pai representa a inserção da criança na

cultura, é a ordem cultural. A criança também começa a perceber queo pai pertence à mãe e por isso dirige sentimentos hostis para comele.

Estes sentimentos são contraditórios porque a criança também amaesta figura que hostiliza. A diferenciação do sujeito é permeada pelaidentificação da criança com um dos pais. Na identificação positiva, omenino identifica-se com o pai e a menina com a mãe. O menino temo desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo tem “ódio” pelociúme da mãe. A menina é hostil à mãe porque ela possui o pai e aomesmo tempo quer parecer-se com ela para competir e tem medo de

perder o amor da mãe, que foi sempre tão acolhedora.

Na identificação negativa, o medo de perder aquele a quemhostilizamos faz com que a identificação aconteça com a figura desexo oposto e isto pode gerar comportamentos homossexuais. Nestafase, a repressão ao ódio e à vontade de permanecer em “berço

esplêndido” é muito forte e o sujeito desenvolve mecanismos mais

racionais para sua inserção cultural.

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Com o aparecimento do complexo de Édipo, a criança sai do reinadodos impulsos e dos instintos e passa para um plano mais racional.

O complexo de Édipo é o acontecimento mais importante da nossa

evolução psíquica, porque é a sua resolução que completa a

constituição de todas as instâncias do nosso aparelho psíquico.

O papel do pai na educação

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A presença do pai na vida da criança tem um papel fundamentalpara o seu desenvolvimento sócio-emocional a vários níveis. Ascrianças que têm um pai presente, com o qual coabitam na mesmacasa, têm um nível de auto-estima superior àquelas que têm um paiausente, com o qual não vivem. O pai é um pilar muito importante no

desenvolvimento de qualquer criança, mas nem sempre os paispresentes são uma mais-valia, porque embora presentes alguns painão convivem directamente com os filhos. Quanto maior é aparticipação e o envolvimento do pai no crescimento e educação dacriança melhor é a qualidade da relação que se estabelece entreambos. A figura do pai tem uma grande importância na vinculaçãocom o progenitor e a sua imagem na família, enquanto um ser poucoesquecido, começa a ser encarada de outra forma. Apesar de, hojeem dia, ser quase sempre a mãe a realizar as tarefas domésticas, a iràs reuniões da escola ou a ficar em casa quando os filhos estãodoentes, o pai participa de forma igualitária nas actividades lúdicasda criança. Nesta área das actividades lúdicas podemos concluir quequanto mais elevadas as habilitações literárias do pai maior a suaparticipação nas actividades de brincadeira ou lazer.

Apesar de, normalmente, o pai estar presente, essa situação nãoimplica uma grande proximidade entre o pai e o filho. Tomemos comoexemplo a seguinte situação:

Tiveram um filho. O pai estava orgulhoso e trabalhava muito. Nãopodia perder tempo porque era necessário sustentar a família. Erapreciso ganhar dinheiro e essa era a sua principal missão. Não tinha amenor dúvida disso. Se ele a conseguisse cumprir, tudo correria beme a família seria feliz.E o pequeno foi crescendo. «Pai, algum dia quero ser como tu. Podesajudar-me nos trabalhos de casa?». «Gostaria muito, meu filho, mashoje não é possível. Tenho muito que trabalhar. Quando tiveres aminha idade já verás. A vida não é nada fácil. Mas não te preocupes,porque daqui a algum tempo teremos um pouco mais de dinheiro eeu, um pouco mais de tempo. Agora pede à tua mãe. Ela tem mais

  jeito do que eu para essas coisas».No dia em que o rapaz fez treze anos agradeceu ao pai: «Obrigadopela bola de futebol. Podemos jogar os dois?». «Infelizmente, hoje nãopode ser. Tenho muito que trabalhar. Mas o que não vão faltar sãooportunidades». «Que pena, pai. Mas não importa. Um dia quero sercomo tu. Quero aprender a trabalhar muito».Anos mais tarde, o filho regressou da universidade. Já era um homemresponsável. «Filho, estou orgulhoso de ti. Vamos dar um passeio efalar com calma». «Hoje não posso, pai. Tenho compromissosinadiáveis». «Não importa. Ocasiões não nos vão faltar. Daqui a pouco

entro na reforma e vai-nos sobrar tempo para conversarmos comserenidade».Um tempo depois, o pai reformou-se e o filho, já casado, vivia numa

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casa das redondezas. Resolveu telefonar-lhe: «Filho, gostaria imensode estar contigo». «Seria óptimo, pai, mas neste momento estou coma corda no pescoço. Tenho trabalho até à ponta dos cabelos que, porsinal, já estão a ficar brancos. Quando isto passar, tenho a certeza deque não nos vão faltar oportunidades para pormos a conversa em

dia». Ao desligar o aparelho, o pai deu-se conta de que o filho tinhacumprido o seu desejo. Era igual ao seu pai.

Nos dias de hoje, um dos maiores problemas na educação dos filhos éa ausência do pai. A educação, para ser equilibrada, necessita dosdois progenitores. A presença paterna na família é diferente ecomplementar à materna. A falta de um modelo na educação,masculino ou feminino, implica quase sempre um desequilíbrionaquele que é educado.À juventude actual, parecem faltar valores que naturalmentecompete ao pai transmitir. Se a educação dos filhos fosse comparadaa um filme, poderíamos dizer que o pai converte-se no principalprotagonista ao chegar o delicado momento da adolescência. Osfilhos tendem a prestar-lhe mais atenção, especialmente se sãorapazes. Sentem nesse momento uma certa confusão edesorientação. Necessitam de um apoio firme e seguro. É isso queprocuram no seu pai: um modelo com o qual possam identificar-se. Seo pai está ausente, outros modelos virão ocupar esse vazio, comgrande probabilidade de não serem modelos propriamente

exemplares.

O pai em mudança

 Tal como o conceito de família é dinâmico e está em mudança desdeque foi definido, o papel do pai tem vindo a mudar com os anos. Jápassou pela fase em que os filhos eram propriedade do pai (com as

mães quase sem direitos), passou também pela fase em que o pai eraapenas o suporte financeiro da família, já que muitas das mulheres

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trabalham (para dividir as despesas da família, para gratificaçãopessoal ou por qualquer outra razão). Ao seu papel de autoridade éagora adicionado o de «fornecedor de carinho», sendo queparticipam na vida das crianças cada vez mais, brincam com elas,actuam na sua educação e formação.

O papel do pai é muito importante no desenvolvimento das suascrianças: não só complementa como reforça o modelo dado pela mãe,no qual os dois assumem os papéis de autoridade (impõe regras epunições) e dos afectos (carinhos e recompensas). As brincadeirassão mais activas, ajudando a criança a explorar o mundo e arelacionar-se com os outros. Definindo em conjunto como queremeducar os seus filhos, os pais reforçam os seus laços enquanto casal edão aos seus filhos um modelo um crescimento saudável eharmonioso.

A relação do pai com a criança é fundamental para o seudesenvolvimento.

Conclusão

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Podemos concluir que ao longo destes anos o papel do pai foisofrendo várias alterações tanto na educação dos filhos, como nasociedade.

Antigamente o pai era visto como o chefe de família, que saia cedo

de casa para trabalhar e só voltava ao fim da tarde, no entanto hojeem dia já não é bem assim, muitos pais já abdicam de muito do seutempo livre para tratar dos seus filhos, para tratarem de coisasrelacionadas com a casa, entre outras.

Para finalizar, a compreensão do sentido específico do complexo deÉdipo leva não só à compreensão da prática clínica defendida porFreud, mas também ao questionamento das condições para ocomplexo de Édipo possa ser um tipo de vivência na infância.