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39 Bahia Agríc., v.7, n.3, nov. 2006 *Doutor em Agronomia, Especialista em Fiscalização/Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Salvador – BA. **Mestre em Agronomia, Fiscal Federal Agropecuário/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)/Delegacia Federal da Agricultura na Bahia (DFA-BA), Salvador – BA; e-mail: [email protected] ***Mestre em Agronomia, Coordenadora da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Salvador – BA; e-mail: [email protected] zona fisiográfica do Semi- árido da Bahia ocupa 360 mil km 2 , área que corresponde a 64 e 51,7% respectivamente, do território baiano e do Nordeste, sendo composta por 258 municípios, onde residem 48% da população estadual, em torno de 6,3 milhões de pessoas, (BLAMONT et al., 2002). As condições edafoclimáticas do Semi-árido são caracterizadas por solos rasos, pedregosos ou arenosos, com pouca matéria orgânica, porém ricos em minerais solúveis e pH neutro ou próximo de sete. O clima é A Francisco Paulo Brandão Chiacchio* Augusto Sávio Mesquita** Jucimara Rodrigues dos Santos*** seco, com precipitações pluviomé- tricas variando de 400 a 800 milí- metros, irregularmente distribuídas e concentradas no verão. A temperatura oscila entre 23º C a 28º C, com amplitude diária de, mais ou menos 10ºC. A luminosidade média é de 2.800 horas de luz ao ano. A cober- tura vegetal predominante é a caatin- ga constituída por plantas efêmeras, suculentas ou carnosas e lenhosas, geralmente, tolerantes a longos perío- dos de estiagem. As explorações agrícolas, nesse espaço geográfico, mutatis mutandis, são centradas em cultivos de se- queiros e criações de bovinos, ca- prinos e ovinos, excetuando-se a- quelas praticadas nas “ilhas de pros- peridade”, onde a irrigação é viável. Em face às agruras do clima, que resultam em cíclicas estiagens, o desempenho desse frágil modelo agrícola é severamente prejudicado, fato que impõe graves restrições à sobrevivência e determina os piores resultados no Índice de Desenvol- vimento Humano (IDH) e Índice de Desenvolvimento Econômico (IDE), do Estado. Palma forrageira: uma oportunidade econômica ainda desperdiçada para o Semi-árido baiano Foto: Abílio Maia - Palmal em Anagé-BA.

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Bahia Agríc., v.7, n.3, nov. 2006

*Doutor em Agronomia, Especialista em Fiscalização/Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Salvador – BA.**Mestre em Agronomia, Fiscal Federal Agropecuário/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)/Delegacia Federal da Agricultura naBahia (DFA-BA), Salvador – BA; e-mail: [email protected]***Mestre em Agronomia, Coordenadora da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Salvador – BA; e-mail: [email protected]

zona fisiográfica do Semi-árido da Bahia ocupa 360 milkm2, área que corresponde a

64 e 51,7% respectivamente, doterritório baiano e do Nordeste, sendocomposta por 258 municípios, onderesidem 48% da população estadual,em torno de 6,3 milhões de pessoas,(BLAMONT et al., 2002).

As condições edafoclimáticas doSemi-árido são caracterizadas porsolos rasos, pedregosos ou arenosos,com pouca matéria orgânica, porémricos em minerais solúveis e pHneutro ou próximo de sete. O clima é

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Francisco Paulo Brandão Chiacchio*Augusto Sávio Mesquita**

Jucimara Rodrigues dos Santos***

seco, com precipitações pluviomé-tricas variando de 400 a 800 milí-metros, irregularmente distribuídas econcentradas no verão. A temperaturaoscila entre 23ºC a 28ºC, comamplitude diária de, mais ou menos10ºC. A luminosidade média é de2.800 horas de luz ao ano. A cober-tura vegetal predominante é a caatin-ga constituída por plantas efêmeras,suculentas ou carnosas e lenhosas,geralmente, tolerantes a longos perío-dos de estiagem.

As explorações agrícolas, nesseespaço geográfico, mutatis mutandis,

são centradas em cultivos de se-queiros e criações de bovinos, ca-prinos e ovinos, excetuando-se a-quelas praticadas nas “ilhas de pros-peridade”, onde a irrigação é viável.Em face às agruras do clima, queresultam em cíclicas estiagens, odesempenho desse frágil modeloagrícola é severamente prejudicado,fato que impõe graves restriçõesà sobrevivência e determina os pioresresultados no Índice de Desenvol-vimento Humano (IDH) e Índice deDesenvolvimento Econômico (IDE),do Estado.

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econômica ainda desperdiçadapara o Semi-árido baiano

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Na Bahia, a palma forrageira(Opuntia ficus-indica Mill.) faz partedo rol de atividades agrícolas de se-queiro do Semi-árido, para suprir afalta de forragem para os animais nosperíodos longos de seca. Entretanto,em alguns municípios, mormente naregião da Chapada Diamantina, apalma é utilizada na alimentaçãohumana. Com o broto da palma, tam-bém denominado palma-verdura, sãofeitos diversos pratos da culinária(GUEDES, 2002; GUEDES et al.2004).

A FAO reconhece o potencial dapalma e sua importância para con-tribuir com o desenvolvimento das re-giões áridas e semi-áridas, especial-mente nos países em desenvolvi-mento, através da exploração econô-mica das várias espécies, com conse-qüências excelentes para o meio am-biente e para segurança alimentar.

Mundialmente, a palma, con-forme registros na literatura, é utili-zada para produzir forragem, verdurapara consumo humano, principal-mente no México, frutas frescas,processadas para os mercados na-cional e internacional, especial-mente EUA e Europa, além da possi-bilidade de exploração das proprie-dades medicinais, constatadas expe-rimentalmente no tratamento de dia-betes, gastrite e obesidade.

Diante desses aspectos, este tra-balho pretende reunir informaçõessobre a palma forrageira, a fim dedespertar nos segmentos público eprivado a sua elevada importânciae potencialidade para o desenvolvi-mento social e econômico do Semi-árido baiano, na certeza de que essacactácea poderá contribuir seria-mente para a geração de postos detrabalho e de renda, preservaçãoambiental, segurança alimentar, comreflexos positivos diretos nos indica-dores sócio-econômicos regionais.

Botânica ecaracterísticasmorfológicas

Face à complexidade do gêneroOpuntia, provocada pelas variaçõesfenotípicas reguladas por condiçõesclimáticas, pela poliploidia que ocor-rem em um grande número de po-pulações, pela alta capacidade de hi-bridação, a taxonomia do gênero émuito difícil, razão pela qual poucospesquisadores se dedicam ao seuestudo (SCHEINVAR, 2001).

No mundo, já foram descritascerca de 300 espécies de cactáceaspertencentes ao gênero Opuntia,distribuídas desde o Canadá atéa Argentina (SCHEINVAR, 2001;REINOLDS; ARIAS, 2004). Entre asespécies selvagens e cultivadas maisutilizadas, 12 espécies pertencem aOpuntia e uma Nopalea.

Segundo Bravo (1978) as pal-mas forrageiras pertencem à classeLiliateae; família Cactaceae; sub-família Opuntioideae, tribu Opuntiae;gênero Opuntia, subgênero Opuntiae Nopalea; do reino Vegetal; sub-reinoEmbryophita; divisão Angiospermae.

Usos eaplicaçõesda palma

A grande diversidade de usos eaplicações da palma forrageira re-vela a versatilidade dessa espécievegetal, que apesar de ser cultivadano Semi-árido baiano para alimen-tação animal, não tem sua potencia-lidade explorada plenamente. Emconseqüência, vêm sendo desper-diçadas excelentes oportunidadespara melhoria dos índices sociais eeconômicos desse espaço geográ-fico, mediante a geração de postos detrabalho, renda, oferta de alimentose preservação ambiental.

Mundialmente, a palma forrageiraé usada na alimentação humana,arraçoamento animal, como fonte deenergia, na medicina, na indústria de

cosméticos, na proteção e conser-vação do solo, dentre outros usosnobres, a exemplo da fabricação deadesivos, colas, fibras para artesa-nato, papel, corantes, mucilagem,antitranspirante e ornamentação(BARBERA, 2001).

Alimentaçãohumana

Desde o período pré-hispânicoque a palma forrageira é utilizadapelo homem no México, assumindoum papel importante na economiaagrícola do Império Asteca, junta-mente com o milho e a agave, consi-deradas as espécies vegetais maisantigas cultivadas no territóriomexicano (REINOLDS; ARIAS, 2004).Na alimentação humana, geralmente,são usados em preparações culináriasos brotos da palma ou raquetes jovens(cladódios), denominados de verdurae os frutos, ao natural ou processados.

a) Frutos de palma

O uso da fruta da palma na ali-mentação humana era comum noMéxico desde o período que antece-deu a colonização espanhola (INGLESE,2001). Após a conquista, a fruta man-teve seu papel básico na dieta da po-pulação mexicana à época e, decor-rido um século, já estava sendo con-sumida no Sul da Itália e na ilha daSicília (VARVARA apud INGLESE, 2001).

Dos planaltos mexicanos a palmamigrou para outras regiões, onde estásendo cultivada para produção defrutos. Atualmente, é cultivada naszonas áridas e semi-áridas do mundointeiro, em sistemas sustentados comaltos rendimentos e baixa demandade energia (BALDINI et al. 1982).

Cada espécie do gênero Opuntiaproduz frutos de diferentes formas,cores e sabor delicado (CANTWELL,2001), cuja composição química éapresentada na Tabela 1 e os dadoscontidos na Tabela 2 estabelecemuma comparação com as compo-sições da laranja e do mamão.A Figura 1, mostra detalhe de umcladódio frutificado.

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A produtividade de frutas é muitovariável entre os países produtores,porém é superior a de outras frutíferascultivadas no semi-árido, bem comoa época de colheita (INGLESE, 2001).Vários autores apud CANTWELL(2001), mencionaram que a produ-tividade oscila entre 4-10 t/ha a 6-15t/ha, no México e Chile, respectiva-mente; 15-25 t/ha em Israel e Itáliae 10-30 t/ha na África do Sul. Acomercialização dos frutos, geral-mente, é feita a granel ou em caixas.

No município de Valinhos – SP,existe um pomar centenário de palmaforrageira, implantado por coloniza-dores italianos, ocupando, atual-mente, uma área de 1,5 ha, sendo que70% da produção de frutas sãoexportadas e o restante comercia-lizado no mercado interno, com fa-turamento em torno de US$ 8 mil/ano(GLASS, 2004). No palmal são pro-duzidos cerca de 100 mil frutos/ano,estimando-se uma produtividade emtorno de 5,5 mil kg/ha, comercia-lizados por volta de R$ 26,00/kg(Figuras 2 e 3).

b) Broto de palma (verdura)

No México, a exploração dapalma forrageira é bastante diversi-ficada. Utiliza-se todo o potencialprodutivo da planta, a exemplo de

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Figura 1- Cladódio frutificado

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produção de frutas, de brotos jovenssob a forma de verdura para alimen-tar a população, forragens para osanimais, cercas vivas para proteçãodos solos, na medicina entre outrosusos e aplicações (FLORES VALDEZ,2001).

O cultivo de palma forrageirapara produção de verdura é desen-volvido em três sistemas de produ-ção: palmais nativos selvagens, hor-tas familiares e plantios comerciais(SODI, 1964).

As raquetes ou brotos de palma,devem ser colhidos 30 a 60 dias apósa brotação, com 80 a 120 gramas e15 a 20 cm de comprimento, a fimde que possam ser utilizados comoverdura na alimentação humana(FLORES VALDEZ, 2001). GUEDES etal. (2004) fornecem equivalência dopeso do cladódio em relação ao tama-nho: pequeno = 40-60 g; médio = 90-110 g e grande = 150-200 g. Paraesses autores, o cladódio ideal parauso em preparações culinárias deveapresentar as seguintes caracterís-ticas: tamanho da palma da mão deuma pessoa adulta, cor verde bri-lhante, sem espinhos e facilmentequebrável quando dobradas.

No mundo, o uso de broto palmaou verdura, basicamente, é restrito aoMéxico e outros países com in-fluência mexicana (FLORES VALDEZ,2001), onde existem mais de 200receitas de comidas à base de palmaforrageira (GUEDES et al., 2004). NosEUA e alguns países europeus easiáticos, a verdura participa de re-

ceitas culinárias, consumidas espo-radicamente como alimento exótico.

No Brasil, especificamente emalguns municípios do Sertão baianoe da Chapada Diamantina, o broto depalma entra na dieta alimentar dapopulação, a ponto do broto está sen-do empacotado e comercializado nasfeiras livres (GUEDES et al., 2002).

As qualidades nutricionais dobroto de palma são objeto dasTabelas 3 e 4, que estabelecem,ainda, uma comparação com outrosvegetais. O reconhecimento do valornutricional desta planta tem moti-vado, nos últimos anos, o desenvol-vimento de trabalhos pela Univer-sidade Federal de Pernambuco, emparceria com o Serviço de Apoio àPequena e Média Empresa (SEBRAE)e outros colaboradores, objetivandointroduzir a verdura de palma na dietaalimentar do nordestino.

A propósito, várias receitas depratos com sabores regionais vêmsendo desenvolvidas por Guedes(2002 e 2004) e por Guedes et al.(2004). Iniciativas como essas devemassumir caráter prioritário, desem-penhando papel fundamental nosprogramas sociais, na expectativa dereduzir a fome e minimizar as defi-ciências nutricionais da população.

As cultivares de palma utilizadaspara produção de verdura ou brotovariam em função da região decultivo. São usadas, desde variedadesselvagens a melhoradas ou domes-ticadas, em plantios comerciais.Nestes, predominam ‘Milpa Alta’,‘Copena V1’, ‘Copena F1’,‘Moradilla’,

Figura 2 - Frutos embalados para expor-tação

Figura 3 - Plantio comercial de palma paraprodução de frutas, Valinhos-SP

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‘Atixco’ e ‘Polotitan’ (FLORES VAL-DEZ, 2001). Segundo esse autor, aprodutividade do cultivar Milpa Alpaé da ordem de 80 a 90 t/ha, comer-cializado em fardos de 250 a 300 kg,com preços variando entre US$ 8 a24, dependo da época do ano.

Alimentaçãoanimal

A má distribuição e irregularidadede chuvas no Semi-árido são respon-sáveis por estiagens prolongadas, re-sultando em sérios prejuízos econô-micos para os pecuaristas, que, assim,são forçados a comercializar o reba-nho, periodicamente, com preços a-baixo do mercado, em função da faltade alimentos (FELKER, 2001). Diantedesse cenário, a produção de alimen-tos para as populações e para os re-banhos na região, deverá ser baseadaem espécies vegetais que apresentemcaracterísticas de alta adaptabilidadeàs condições edafo-climáticas re-gionais.

Pelas características morfofisio-lógicas das espécies da famíliaCactaceae, plantas CAM1, especial-mente a palma forrageira – O. ficus-indica e N. cochenillifera, possuemos requisitos para suportar os rigoresde clima e as especificidades físico-químicas dos solos das zonas semi-áridas. A propósito, estas plantas jávêm sendo cultivadas, em diversospaíses e no Semi-árido baiano, paraprodução de forragem animal, porémnão na plenitude do potencial.

Segundo Felker (2001), a palmaforrageira, ao lado dos atributos deresistência a estiagens prolongadas,podem fornecer energia, água e vi-tamina A, garantindo o suprimentode alimentos extremamente impor-tantes para a manutenção dos reba-nhos, evitando frustrações na ativi-dade pecuária, nos períodos de seca.

No Nordeste Brasileiro predomi-nam três cultivares de palma forra-geira (Tabelas 5 e 6), das quais duaspertencem a O. ficus-indica, vulgar-mente conhecidas como redonda ouorelha-de-onça e gigante, graúda,azeda ou santa e uma pertencente aN. cochenillifera, denominada de

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miúda, língua-de-vaca ou doce (MAIANETO, 2000).

Relativamente ao rendimentomédio de cultivo, Felker (2001) con-sidera os valores citados na literaturasobre o tema muitos altos. No par-ticular, Blanco (1957) obteve pro-duções que variaram de 100 a 200 tde peso fresco, ao ano. Maia Neto(2000) cita que, no sertão pernam-bucano, foi alcançado rendimentomédio de 400 t/ha/ano, quando seadotou tecnologia mexicana de pro-dução, com adensamento de plantase de 110 t/ha/ano com a tecnologiapreconizada pela Empresa de Pes-quisa de Pernambuco (IPA).

Os altos valores energéticos dedigestibilidade e de teor nutritivo,principais atributos da palma forra-geira, não são suficientes para supriras necessidades alimentícias dos ani-mais, tornando-se necessário o balan-ceamento da ração em proteínas eminerais (FELKER, 2001). Esse autorrecomenda três maneiras para elevaro teor protéico na palma forrageira, afim de reduzir a necessidade desuplementação: 1) usar de adubaçõesnitrogenadas e fosfatadas durante ocultivo; 2) selecionar clones ou cultiva-res com altos teores de Fósforo eNitrogênio; 3) inocular bactérias fixa-doras de Nitrogênio no sistema radi-cular das plantas, a exemplo deAzozpirillum spp.

O SEBRAE, em Pernambuco, aolado da Universidade Federal e daFederação de Agricultura daqueleEstado, também busca ampliar o usoda palma na ração animal, poten-cializando o seu valor nutricional.São, portanto, desenvolvidas tecno-logias que permitam substituir oscomponentes energéticos nas formu-lações de rações de ruminantes, mo-nogástricos e para complementaçãonas de aves (Figuras 4 e 5).

Agroindus-trialização

A agroindustrialização da palmaforrageira resulta em diversas pre-parações, produtos e derivados, per-mitindo o uso diversificado das ra-quetes jovens e dos frutos, fato queresulta em agregação de valor àprodução, com efeitos positivos nageração de postos de trabalho erenda.

Vários autores determinaram acomposição química da polpa dosfrutos de palma (SÁENZ-HERNÁNDEZ,2001), permitindo concluir que pos-sui valor nutritivo comparável ao deoutras frutas e que o teor de sólidossolúveis é maior que o da ameixa, ce-

reja, damasco, maçã, melão e pêsse-go (PIMIENTA, 1990; SCHIMIDT-HEBBEL E PENNACHIOTI, 1985). Osteores de proteínas, gorduras, fibrase cinzas são semelhantes ao de outrasfrutíferas, porém com teor total deaminoácidos bem superior (SÁENZ-HERNÁNDEZ, 2001).

Segundo aquele autor, sucos epolpas são os produtos freqüen-temente extraídos dos frutos de palmaforrageira. Todavia, Sawaya et al.(1983) prepararam doce em forma depasta, com ou sem branqueamentodas frutas, utilizando uma proporçãode polpa: açúcar da ordem de 60:40;1,25% de pectina e ácido cítrico:ácido tartárico, na proporção de 1:1.Quando adicionaram cravo-da-índia,extrato de grapefruit (pomelo; Citrusdecumana ), extrato de laranja earoma de amêndoa, conseguirammelhoria no sabor.

O congelamento de frutos em fa-tias ou em quartos, com e sem casca,foi obtido com sucesso por Sáenz etal. (1988). Outras preparaçõesagroindustrializadas são usuais, aexemplo de fabricação de bebidasalcoólicas, xarope, frutas secas,cristalizadas. A propósito, os índiosmexicanos, à época da colonizaçãoespanhola, já consumiam frutas secasde palma.

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Tirado (1986) e Badillo (1987)fizeram doce de cladódios em pasta,adicionando suco e casca de laranjae açúcar, nas proporções de 1:1,5:0,8:0,08 e açúcar e ácido cítrico,nas proporções de 1:0,6:0,01, respec-tivamente.

Guedes (2002 e 2004) e Guedeset al. (2004) aviaram receitas comdiversas preparações culináriassalgadas, saladas, doces, sucos,conservas, a partir de frutos e do brotopalma (Figura 6).

Ressalte-se que as sementespossuem de 5,8% a 13% de óleocomestível, com alto grau de nãosaturação, com 57,7% a 73,4% deácido linoléico, de qualidade similara outros vegetais comestíveis, aexemplo do de milho e de sementesde uva (SÁENZ HERNÁNDEZ, 2001).Esse autor também chama atençãopara o uso alimentício, medicinal ena cosmética da mucilagem obtida dacasca dos frutos e dos cladódios.

Uso medicinal

A medicina popular, principal-mente a mexicana, registra a cura deum grande número de doenças como uso da palma forrageira (SÁENZHERNÁNDEZ, 2001). O fruto dapalma é considerado antidiarréico,antidisentérico, peitoral, antiasmáticoe béquico, diurético, cardiotônico,antiinflamatório da bexiga e da uretra,aliviando o ardor causado pela cistitee uretite (FIGO-DA-ÍNDIA, 2004).

Os efeitos diurético e antidia-bético da palma foram comprovadoscientificamente por McLaughlin(1981) e Gulías e Robles (1989),respectivamente. Também, Frati-Murani et al. (1983) e Ibanéz-Camacho et al. (1983) constataram aação antiglicêmica da palma. JáFernandez et al. (1990) estudaram opapel do extrato de cladódios sobre

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Figura 5 - Palma para arraçoamento animal no Semi-Árido baiano

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a redução de níveis de colesterol no

sangue. Existem menções na literatura

sobre o uso de cápsulas de palma

forrageira desidratada para o controle

de obesidade.

Produção decorantes

Entre os diversos usos e aplica-ções da palma forrageira pelos in-dígenas mexicanos, a produçãode carmim, corante de alto valor,produzido por um inseto do gru-po dos coccídeos, a cochonilhaDactylopius coccus Costa, que uti-liza a palma como planta hospeira,foi o que mais chamou atenção doscolonizadores espanhóis devido àssuas qualidades comerciais, fatoque determinou a sua designa-ção popular como grana cochinilla(BARBERA, 2001).

O inseto é um parasita específicodas espécies do gênero Opuntia eNopalea, preferentemente O. ficus-indica. As fêmeas dos insetos nosdois últimos ínstars contêm en-tre 19% e 24% do peso seco emácido cármico (FLORES-FLORES;TAKELENBURG, 2001). Para essesautores, atualmente, o Peru é maiorprodutor de cochonilha seca paraextração do corante, contribuindocom 85% da produção mundial, queé da ordem de 500 t, sendo que orestante provém das Ilhas Canárias,México, Bolívia e Chile. A ex-pectativa dos peruanos é de que opreço da cochonilha seca alcanceUS$ 15/kg.

A Europa, Japão e os EUA sãoos principais mercados para a co-chonilha seca peruana. O Peruutiliza a metade da produção parafabricar o carmim, que é uma lacafeita a partir do ácido cármico. Tantoa cochonilha como o carmim sãoutilizados como corante vermelho nasindústrias alimentícia, farmacêuticae cosmética e no tingimento de lã(FLORES-FLORES; TAKELENBURG,2001) (Figura 7).

Figura 7 - Lã tingida com carmim em dife-rentes tonalidades.

Figura 6 - Doce, geléia de frutos (emcima), pedaços de verdura, e frutos emconserva.

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Indústria decosméticos

A indústria de cosméticos temproduzido e colocado no mercadouma grande variedade de produtos,principalmente no México, desta-cando-se xampus, loções adstrin-gentes, loções para o corpo, sabo-netes etc. (SÁENZ HERNÁNDEZ,2001). Os principais usos e apli-cações da palma forrageira encon-tram-se resumidos na Tabela 7.

Conclusão

Aproximadamente dois terços doterritório baiano insere-se no Semi-árido, espaço geográfico marcadopelas limitações à produção agrícola,impostas pelas peculiaridades dosseus recursos naturais. Ao lado dasagruras do clima, que impõem severodéficit hídrico e, portanto, baixo de-sempenho econômico às exploraçõesagrícolas praticadas, notadamentedevido ao regime de má distribuiçãodas parcas precipitações pluvio-métricas, depara-se com o baixopotencial de irrigação (sabe-se quemenos de 3% da área da Bahia são

irrigáveis). Esse quadro de restriçõesnaturais é agravado, ainda, pela insu-ficiência dos investimentos estataisem infra-estrutura e de apoio à orga-nização social.

Todavia, a despeito dessas difi-culdades, o Semi-árido baiano é umespaço geográfico de grande poten-cial produtivo. Em meio aos seus360 mil km2, há nichos ecológicosprivilegiados para a prática de agri-cultura racional, desde aquelas explo-rações sob regime de irrigação, comoas que se observa no principal pólode fruticultura tropical do Brasil,Juazeiro-Petrolina, até a condução deatividades de sequeiro, que, quandomanejadas dentro de padrões deeficiência econômica, podem resultarem melhoria do bem-estar das co-munidades rurais e incremento darenda agrícola estadual.

Assim, saber explorar o grandepotencial produtivo do Semi-áridocom alternativas sustentadas dedesenvolvimento, torna-se impera-tivo. O cerne da questão reside, pois,na exploração competitiva dessepotencial, mediante investimentospúblicos e privados, como acentuaDelfim Netto (2004): “ Há muitos pro-blemas que temos de resolver, umdos quais de extraordinária impor-tância para acelerar o desenvolvi-mento: o aproveitamento das van-

tagens comparativas. É uma questãoque divide a “tribo” dos economistasentre os que acreditam que vantagenscomparativas podem ser criadas pelamão do homem e aqueles que achamque elas são um dom que Deus deua cada país.”

Inexoravelmente, a exploraçãoracional da palma forrageira insere-se nesse propósito. Esta cactácea, emvirtude de suas especificidades fisio-lógicas, medra com desenvoltura emsolos do Semi-árido, podendo atingirelevados níveis de rendimento. Con-forme se depreende das informaçõesapresentadas neste trabalho, há umagama de aptidões e produtos ine-rentes a esta planta que precisa serexplorada pelos sertanejos da Bahia.Desde o uso no arraçoamento animal,prática já consolidada pelos pecua-ristas, até o emprego na alimentaçãohumana, em face ao seu expressivovalor alimentício, tanto na subsis-tência, como em escala comercial,mediante produção dentro de pa-drões de conformidade exigidos pelosmercados e com a desejável diferen-ciação de produtos. Ademais, tem-seque prever a exploração da palmaforrageira como frutífera, que podeassegurar ganhos da ordem de R$26,00/kg, a exemplo dos resultadosobtidos em Valinhos-SP e matéria-prima para a fabricação de produtos

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industriais de significativo valor agre-gado: sucos, polpas, doces, conser-vas, pratos para alimentação rápida,bebidas alcoólicas, cosméticos, ade-sivos, colas, fibras, papel, corantes,mucilagem, antitranspirante.

Para consecução desse desígnioo apoio do Estado é fundamental. Háque se investir em pesquisa e desen-volvimento (P&D), especialmenteatravés dos órgãos públicos de pes-quisa e extensão, a exemplo daEmpresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária (EMBRAPA), Empresa Baia-na de Desenvolvimento Agrícola(EBDA), Universidade Federal daBahia (UFBA) e universidades esta-duais, como a Universidade Estadualde Feira de Santana (UEFS), a Facul-dade de Agronomia do Médio SãoFrancisco (FAMESF-UNEB) e Univer-sidade Estadual do Sudoeste da Bahia(UESB). Aí o apoio financeiro dosGovernos federal, estadual e muni-cipais será crucial, percebendo-seque poderá ser viabilizado atravésdos órgãos: Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento (MAPA),Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio (MDA), Ministério da Ciência eTecnologia (MCT), Ministério deDesenvolvimento Social e Combateà Fome, Secretaria da Agricultura,Irrigação e Reforma Agrária (SEAGRI),Secretaria de Combate à Pobreza eas Desigualdades Sociais (SECOMP)e a Fundação de Amparo à Pesquisado Estado da Bahia (FAPESB), além,naturalmente, das Prefeituras Muni-cipais. Sempre que possível e com onecessário amparo legal, são desejá-veis as parcerias com a iniciativaprivada e com o chamado TerceiroSetor, onde se localizam as Organi-zações Não Governamentais.

O cabedal de conhecimentosgerados e a consolidação das tecno-logias testadas in situ, especialmenteem propriedades agrícolas familiares,serão a base para que se inicie umprocesso de estruturação da cadeiaprodutiva.

Nesse horizonte que se delineia,o apoio creditício torna-se determi-nante, mormente com recursos doPrograma Nacional de Fortalecimentoda Agricultura Familiar (PRONAF),que, neste Plano Agrícola e Pecuário,conta com recursos da ordem deR$ 5,4 bilhões. Instituições como o

Banco do Brasil S/A e Banco do Nor-deste S/A, além de bancos privadoscom boa capilaridade de agências noSemi-árido baiano e que se dis-ponham a aplicar os recursos pre-vistos em exigibilidades (percentualde aplicação compulsória sobre osdepósitos bancários, atualmente de25%, no crédito rural), serão peçasfundamentais nesse processo. A pos-sibilidade de captação de recursosinternacionais, a exemplo daquelesoperados pelo Banco Mundial, conju-ga favoravelmente nessa direção.Com a evolução das discussões emtorno da sustentabilidade do desen-volvimento, que culminaram com oestabelecimento do tratado de Kyoto,há um grande potencial de financia-mento a taxas de juros privilegiadas,com base na previsão de seqüestrode Carbono da atmosfera. A premissabásica é a elaboração de projetosbem estruturados, que possam seratrativos para empreendedores dospaíses ricos, que queiram ou sejamobrigados a investir na compra decertificados de seqüestro de Carbono.Indubitavelmente, essa fonte de finan-ciamento não pode ser desconside-rada, especialmente para uma regiãoque precisa, definitivamente, serinserida eficazmente na economia demercado e melhorar as condições devida dos seus habitantes.

Nota

1CAM - O sucesso agroecológico da

palma diz respeito à sua capacidade

de captação diária de CO2 e a perda

de água, fenômenos que ocorrem

geralmente à noite, cujo intercâmbio de

gases é, atualmente conhecido como

metabolismo ácido das crassuláceas –

Crassulacean acid metabolism - CAM

(NOBEL, 2001), diferindo da assimilação

fotossintética das plantas clorofiladas C3

e C4, caracterizadas por formarem como

primeiro produto da fotossíntese, ácidos

com três e quatro moléculas de Carbono,

respectivamente. Essas características

são extremamente importantes do ponto

de vista ambiental, podendo ser utilizadas

para reduzir os danos causados pelo

efeito estufa ao ambiente, resultante

do aumento na concentração de CO2 e

outros gases na atmosfera.

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Socioeconomia

Bahia Agríc., v.7, n.3, nov. 2006

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