palavra do arcebispo reuniÃo mensal regional da pro˜ ssão de fé, com a vinda do es- ... vida de...

8
pág. 4 pág. 2 pág. 6 REUNIÃO MENSAL PALAVRA DO ARCEBISPO REGIONAL O Tempo Pascal precisa ser redescoberto Bispos de Goiás e do DF convocam o povo a rezar pelo Brasil Documento Pós-Sinodal sobre Liturgia continua a ser estudado Foto: Reprodução semanal Edição 152ª - 16 de abril de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br Evangelize: passe este jornal para outro leitor anos 1957 - 2017 O Tempo Pascal, dez dias a mais do que o Tempo da Quaresma, conclui o ciclo da Paixão, Morte e Ressurreição do Se- nhor, em Pentecostes. Com este último acontecimento, colocamo-nos diante da Profissão de Fé, com a vinda do Es- pírito Santo, e entendemos que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, e completa- se, portanto, a sua revelação no calen- dário das sete semanas da Páscoa. pág. 5 Tempo Pascal o grande Domingo do Senhor

Upload: trandung

Post on 09-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

pág. 4pág. 2 pág. 6

REUNIÃO MENSAL PALAVRA DO ARCEBISPO REGIONAL

O Tempo Pascalprecisa ser

redescoberto

Bispos de Goiás e do DFconvocam o povoa rezar pelo Brasil

Documento Pós-Sinodalsobre Liturgia continua

a ser estudado

Foto

: Rep

rodu

ção

semanalEdição 152ª - 16 de abril de 2017 www.arquidiocesedegoiania.org.br Evangelize: passe este jornal para outro leitor

anos1957 - 2017

O Tempo Pascal, dez dias a mais do que o Tempo da Quaresma, conclui o ciclo da Paixão, Morte e Ressurreição do Se-nhor, em Pentecostes. Com este último acontecimento, colocamo-nos diante da Pro� ssão de Fé, com a vinda do Es-pírito Santo, e entendemos que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, e completa- se, portanto, a sua revelação no calen-dário das sete semanas da Páscoa.

pág. 5

Tempo Pascalo grande Domingo do Senhor

Page 2: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

Abril de 2017 Arquid iocese de Go iânia

PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2 PALAVRA DO ARCEBISPO2

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8674/DF) Redação: Fúlvio Costa e Talita Salgado (MTB 2162/GO)Revisão: Thais de OliveiraDiagramação: Carlos HenriqueColaboração: Edmário Santos, Marcos Paulo Mota

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO

Estagiárias: Hérica Alves e Isabel OliveiraFotogra� a: Rudger RemígioTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

17/4: Dia Mundial do Portador de Hemofi lia / 18/4: Dia Nacional do Livro Infantil19/4: Dia do Índio; Dia do Exército / 21/04: Dia de Tiradentes; Dia do Policial Civil e Militar

22/4: Dia do Descobrimento do Brasil (517º ano) / 23/4: Festa da Divina Misericórdia

DATAS COMEMORATIVAS

A celebração da Páscoa engloba a morte e a ressurreição do Senhor, melhor ainda, a morte, que é pas-sagem para a ressurreição. Não

se admira, por isso, que, no início, sobre-tudo, a palavra Páscoa pudesse ter dito tanto da morte como da ressurreição.

Assim, tempo houve em que o que hoje chamamos Semana Santa foi chama-do semana da Páscoa, a semana em que “Cristo, nossa Páscoa, foi imolado”. Hoje damos o nome de Tempo da Páscoa ou Tempo Pascal (é esse precisamente o nome

ofi cial) aos 50 dias que vão do Domingo da Ressurreição (na ori-gem, da Eucaristia da Vigília) até o Domingo do Pentecostes. Mas foi todo este espaço de 50 dias que recebeu, no início, a designa-ção de Pentecostes, ou Cinquentena, como a palavra signifi ca, a Cin-quentena da alegria pascal, latíssimo patim. Esse espaço de alegria é, na realidade, uma grande oitava de domingos, envolvendo sete semanas, e terminando, de novo, com o domingo, tal como cada semana começa com o Dia do Senhor e vai, de novo, encontrá--lo no oitavo dia. Mas o Calendário Romano vai mais longe e diz que “os cinquenta dias que vão do domingo da Ressurreição ao domingo de Pentecostes se celebram na alegria e no júbilo, como um único dia de festa, mais ainda como “um grande domingo”, citando nesta última expressão uma palavra de Santo Atanásio.

O Tempo Pascal nasce da Vigília; aí se faz a passagem do luto à alegria, do jejum ao banquete, da tristeza à festa, da morte à vida. Tempo de alegria, de ação de graças, de aprofundamento do sen-tido do mistério cristão e da vida em Cristo, do mistério da Igreja e consequentemente do mistério da comunidade dos cristãos, o Tempo Pascal é o tempo espiritual, por excelência, do ano litúrgico. É o tempo em que o Ressuscitado dá o Espírito: “ Recebei o Espí-rito Santo”, e que se conclui precisamente com a efusão do Espí-rito Santo sobre os discípulos, que, uma vez “cheios do Espírito Santo”, aparecem no mundo como a “Igreja de Deus” da “Nova Aliança”. Cristo ressuscitado, “Primogênito dentre os mortos”, é, por isso mesmo, “Cabeça do Corpo da Igreja” (Cl 1,12ss). De fato, na Páscoa “unem-se o céu e a terra, o divino e o humano”..

O Tempo Pascal precisa ser redescoberto. A reforma litúrgica não parece ter levado às últimas consequências o que, nos prin-cípios, dele afi rmou! Mas recuperou a sua unidade e o ritmo dos seus oito domingos, todos eles agora claramente chamados Do-mingos da Páscoa.

Vida PascalA vida cristã é uma Vida Pascal, porque é vida dos que foram

sepultados com Cristo, no Batismo, para viverem, com Ele, uma vida nova, como se exprime o presi dente da assembleia, na Vigília, antes da renovação das promessas do Batismo. Essa vida nova é a vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, por ter oferecido a vida até Se entregar à morte, vive agora na glória do Pai, exaltado com o nome divino de Senhor (Fl 2,11). Vida com Cristo em Deus, é ainda, sobre a Terra, uma vida escondida, vivida na fé e na es-perança, vivifi cada pelo Espírito, que é Amor. Vida nova, porque vida do homem novo, que é o Senhor ressuscitado, ela anima toda a existência cristã e expri me-se em tudo o que é vitória sobre o pecado e a morte. Essa novidade de vida em Cristo é uma das notas mais postas em realce nos textos da liturgia do Tempo da Páscoa.

Como já foi referido, a Páscoa é celebrada, no dizer de Santo Agostinho, como um mistério, de maneira sacramental, não tanto como uma história que se evoca, mas como um mistério tornado presente de maneira sacramental para nele se poder participar. É assim que, na Vigília, ocupa lugar central a celebração dos sacra-mentos da iniciação cristã: Batismo, Confi rmação e Eucaristia, os sacramentos da vida nova. Por meio desses sacramentos nascem os novos fi lhos de Deus. Eles são a humanidade nova, que a li-turgia saúda como “crianças recém-nascidas”, “cordeiros recém--nascidos”, “nova prol e da Igreja, multidão renovada”. Em cada ano e em todo o mundo, muitos são os que, na noite da Páscoa, nascem como nova geração do povo de Deus.

São Paulo, partindo da sugestão fornecida pelo pão ázimo pró-prio da Páscoa judaica, pede aos seus leitores que, purifi cados do fermento velho, sejam uma nova massa, para celebrarem a festa pascal. E a liturgia pede que, na Páscoa, todos os sinais, dos mais importantes aos mais simples, sejam a partir de elementos novos: a água e os santos óleos para o Batismo; o pão para a Eucaristia, para que não venha a ser necessário recorrer ao pão consagrado guar-dado no sacrário desde antes do Tríduo Pascal; a luz que há de acender o Círio e iluminar a celebração durante a noite de Vigília; a ornamentação do altar, que foi desnudado antes da celebração; e, mais que tudo, “o coração, as vozes e as obras”: seja tudo novo, para que, “renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida”, como pede a coleta do Domingo da Ressurreição.

Anualmente repetida em cada primeiro Domingo que se segue à Lua cheia do equinócio da primavera europeia e asiática, a Pás-coa surge sempre nova, como sempre nova é a vida imortal do Senhor ressuscitado. E aquela Lua, que enche sempre de claridade a noite santa da Páscoa, continua a ser, em cada ano e desde há tantos séculos, dessa solenidade da vida nova, a “testemunha fi el no fi rmamento” (SI 88,38).

O Tempo Pascal

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

O bispo auxiliar de Goiânia, Dom Levi Bonatt o, presidiu, no dia 5 de abril, uma missa em ação de graças pelos 46 anos da Escola Dom Fer-nando, que fi ca em Aparecida de Goiânia. Em sua homilia, ele falou so-bre o primeiro arcebispo de Goiânia, que dá nome à unidade de ensino. “Dom Fernando foi o bispo da educação. Ele tinha essa visão e sabia que era preciso formar e educar as pessoas pelo conhecimento, porque isso iria libertá-las”. Falando diretamente aos alunos, o bispo disse o quão é importante aos alunos zelarem pela escola. “A coisa mais bonita que um aluno pode dizer é: ‘essa escola é minha’, por isso deve cuidar e ajudar a conservá-la, preservá-la sempre limpa”.

De acordo com o diretor da escola, padre Vitor Simão, a unidade con-ta com 1.116 alunos. Foi fundada em 1971, como Escola Agrícola, por desejo e determinação de Dom Fernando, e o objetivo da escola sempre foi promover a zona rural dessa região em Goiás, profi ssionalizando os jovens do campo. A diretora pedagógica, profa. Mirian Maria de Jesus, disse que a escola tem mostrado seu valor e importância ao longo dos anos pelos alunos que já estudaram na unidade de ensino. “Vemos na sociedade a contribuição do nosso trabalho para o crescimento pessoal de tantos que já passaram por aqui”, afi rmou. Gabriela Bandeira Martins, que cursa o 9º ano, vê, como diferencial da instituição de ensino, a pro-moção dos princípios cristãos. “É muito importante ter celebrações na escola e o ensino da fé católica que nos infl uencia nos estudos e promove seu papel evangelizador”.

Colégio Dom Fernandocelebra 46 anos

EditorialNesta edição, trazemos reporta-

gem especial de capa sobre o Tempo Pascal, celebração da vitória de Cristo sobre a morte, que começou no Do-mingo de Páscoa do Senhor e segue até Pentecostes, no dia 4 de junho. Esse período é um prolongamento da alegria da Ressurreição do Senhor, o qual traduz para a Igreja, na vivência atenta da escuta da Palavra e na cele-bração das próximas sete semanas, em um único e prolongado dia de festa. É manifestado com o canto do “Aleluia”, que ressoa repetidamente na liturgia e manifesta o júbilo desse período (pág. 5). Em sua Palavra, Dom Washington Cruz também refl ete sobre o Tempo

Pascal: “passagem do luto à alegria, do jejum ao banquete, da tristeza à festa, da morte à vida”, explica ele em um trecho. Fique por dentro também das temáticas estudadas na Reunião Mensal de Pastoral, sobre o Documento Pós-Sinodal A Liturgia. Os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB, reunidos no fi m de março, prepararam uma oração pelo atual momento do Brasil. Na Arquidioce-se de Goiânia, de modo particular, o arcebispo pede que todos rezem essa oração em suas comunidades, durante todo o Tempo Pascal.

Boa leitura!

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

Page 3: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

Abril de 2017Arquid iocese de Go iânia

ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

Padres estudam o Diretório Arquidiocesano de Catequese

Paróquia São Pio X acolhe Encontro da Pastoral Familiar

No dia 6 de abril, o Clero da Ar-quidiocese de Goiânia, reunido no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), estudou o Diretório Arqui-diocesano de Catequese e Iniciação Cristã. O documento foi apresentado pelo coordenador de Catequese, pa-dre Arthur da Silva Freitas, capítulo por capítulo. “Nosso diretório está rico em conteúdo porque foi produ-zido sob a inspiração de vários docu-mentos da Igreja, inclusive a primeira parte do Documento Pós-Sinodal da Arquidiocese”, disse. Logo no início da apresentação, padre Arthur cha-mou a atenção dos sacerdotes presen-

Um encontro da Pastoral Fami-liar marcou o dia 26 de março, na Paróquia São Pio X, no Setor Fama. O evento, que reuniu cerca de 150 pessoas, teve orientação do bispo auxiliar e coordenador arquidiocesa-no para a ação evangelizadora, Dom Moacir Arantes, que refl etiu sobre a

Feira da Solidariedadese organiza para melhor atender ao público

As pastorais e obras sociais da Arquidiocese de Goiânia se reuniram na manhã do dia 7 de abril, no auditório da Cúria Metropolitana, para ajustar detalhes dos seus estandes na Feira da Solidarieda-de e na Praça de Alimentação da Jornada da Cidadania. O even-

to, promovido pela Arquidiocese e a PUC Goiás, acontecerá de 24 a 27 de maio, no Câmpus II da Universidade, que fi ca no Jardim Mariliza, na capi-tal. “É verdade que ainda temos bastante tempo até o início da Jornada, mas nos antecipamos para oferecer um evento bem organizado e aconchegante ao público”, destacou em sua fala o coordenador da Feira da Solidariedade, padre Max Costa. De acordo com ele, neste ano são esperadas cerca de 150 mil pessoas. No ano passado, o evento acolheu 102 mil visitantes e foram realizados mais de 500 mil atendimentos. Além da feira, a Jornada da Cida-dania disponibiliza centenas de atividades e serviços gratuitos, como ofi ci-nas, assessoria jurídica, Estação Saúde e Parque da Criança. Fazem parte da programação da Jornada, também, a Semana de Cultura e Cidadania e os Jogos Universitários da PUC Goiás.

tes para a importância da catequese como uma das tarefas primordiais da Igreja e lembrou que Dom Wa-shington pede às paróquias que de-diquem a ela seus maiores esforços e seus melhores recursos. Ainda em

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

FÚLVIO COSTA

sua fala, acrescentou que os Sacra-mentos continuam a ter seu lugar na catequese, mas não como fi nalidade. “A catequese tem o papel de edifi car a pessoa como cristão. Não é curso, mas processo de vida que leva à for-

mação, porque é o ensino progressi-vo da fé”, explicou.

Para o coordenador do Clero, mons. Luiz Gonzaga Lôbo, o encon-tro é oportuno para a pastoral de con-junto. “Sem dúvida, aqui exercitamos a pastoral orgânica, segundo as nor-mas da Arquidiocese”, afi rmou. Dom Washington Cruz também avaliou o encontro como indispensável para estreitar os laços fraternos entre os pa-dres. “Além da importância dos docu-mentos que estudamos, valorizamos muito a fraternidade sacerdotal, a co-munhão dos padres, promovida pela alegria do encontro”, declarou.

Missão de servir a Deus e a seus propó-sitos. O objetivo desse encontro, que deve acontecer em todas as paróquias da Arquidiocese, é oferecer formação às famílias sobre o papel da Pastoral Familiar. “Nossa tarefa foi apresentar a pastoral, levar a mensagem de que a Arquidiocese está próxima e, caso

não tenha a Pastoral Familiar organi-zada – como é o caso desta paróquia, que mantém um movimento de casais –, começar a assumir as atividades de cuidar da família para transformar-se em pastoral”, explicou.

Em sua fala, o bispo questionou os presentes se eles estão satisfeitos com as suas colheitas e orientou: “Para ter boas colheitas, às vezes é preciso mudar o que estamos plan-tando”. Ele disse também que é fun-damental a obediência, a fé, e estar disposto a servir, como fi zeram os serventes nas Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-12). Dom Moacir também pediu atenção às famílias para os valores cristãos que se perdem com o tempo. “É preciso recorrer à Palavra para en-frentar a crueldade mundana, a falta de amor nas famílias”. Ele ressaltou

ainda que as famílias precisam estar atentas aos sinais de Deus. “Ele se manifesta por amor, pela graça e sal-vação, e o Espírito Santo conduz as famílias para entenderem o momen-to de cada um em seu íntimo, pois a família é o seu esplendor”. Outro ponto a ser considerado, ainda se-gundo o bispo, “são os sinais das do-enças: depressão, tristeza, angústia, que degradam as famílias”. Por fi m, Dom Moacir disse que a missão da família é servir, assim como os ser-ventes descritos no Evangelho. “Os serventes atendem primeiro a Ma-ria por não saberem quem é Jesus e, atendendo Maria, eles olham para ele. Numa família, nossa missão é sermos serventes uns dos outros, termos a atenção de Maria e o aco-lhimento e disposição de Jesus”.

Page 4: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

A oração dos bisposdo Regional

Centro-Oeste podeser conferida na página 6

deste Jornal e no site e nasredes sociais da Arquidiocese

de Goiânia e do RegionalCentro-Oeste.

Abril de 2017 Arquid iocese de Go iânia

COMUNIDADES4

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

O Sacramento do Batismo foi o tema central da Reu-nião Mensal de Pastoral deste mês de abril, dando

continuidade ao estudo da parte III do Documento Pós-Sinodal “A Li-turgia na vida e na missão da Igreja particular de Goiânia”. Como já é tradição, a reunião se iniciou com as Laudes, ou louvores da manhã, dentro da Liturgia das Horas. Logo após, foi rezada a oração dos bis-pos do Regional Centro-Oeste, que, diante da realidade sociopolítica e econômica do Brasil, colocam-se em oração e convidam todos os fi éis a, em comunhão, suplicar em favor do Brasil.

Dom Levi Bonatt o, bispo auxi-liar da Arquidiocese de Goiânia, fez explanação sobre a introdução da Teologia da Graça, que funda-menta o estudo dos sacramentos. O bispo, logo no início, salientou que é preciso entender a graça de Deus presente, para que não se corra o risco de cair no legalismo, no “pode ou não pode”, que não é bom em nenhuma instância. Dom Levi re-cordou que a própria defi nição dos sacramentos indica que eles são si-nais sensíveis da graça de Deus. “A graça é uma participação na vida divina; introduz-nos na intimidade da vida trinitária”, disse o bispo, citando o Catecismo da Igreja Ca-

Reunião Mensal de Pastoralpropõe o Sacramento do Batismo como principal refl exãoTALITA SALGADO tólica. Ele ainda destacou que não

se deve apenas pensar em não estar em pecado mortal, mas sim em es-tar aberto à ação de Deus. O bispo ponderou que a compreensão da graça alcançada por meio de cada sacramento contribui para o enten-dimento da preocupação da Igreja na preparação e administração de cada um deles.

Padre Antônio Donizeth, coorde-nador arquidiocesano de Liturgia e Arte Sacra e responsável por orien-tar o estudo do Documento Pós--Sinodal, iniciou sua participação retomando a importância geral do documento apresentado na Reunião Mensal de março. Além disso, ele assinalou como leitura base para o estudo do Sacramento do Batismo algumas disposições da Constitui-ção Dogmática Lumen Gentium, so-bre a Igreja, capítulo III – A cons-tituição hierárquica da Igreja e em especial o episcopado, assim como o Múnus de Santifi car. Padre Antônio, com base na Constituição, salientou a unidade entre os documentos da Igreja, que trazem conteúdos in-trínsecos, sem se contradizerem ou se chocarem, mesmo quando, à primeira vista, possa parecer que se referem a realidades diferentes. “Os documentos se ‘trançam’ com uma coerência que só pode ser obra divina, sem a menor possibilidade de ser uma obra majestosa de con-trole humano, como os críticos da fé

fazem. Por isso, não podem ser vis-tos como leis e normas meramente, e nem apresentados dessa forma”. O padre ressaltou que eles existem para que toda a graça possa ser aproveitada, compreendida e viven-ciada. Os documentos, assim como o Documento Pós-Sinodal, apontam iniciativas que precisam ser toma-das nesse sentido.

No decorrer da sua explanação, outro ponto forte que o padre evi-denciou foi a urgência em se refl etir e melhorar a constituição e o traba-lho das pastorais do Batismo nas pa-róquias e comunidades, seja na for-mação dos agentes, no zelo com os instrumentos sagrados e na acolhi-

da dos fi éis. Antes de apresentar as normas e regras, como muitas vezes é feito a priori, é preciso principal-mente assumir o compromisso de auxiliar e buscar todas as formas de resolver os impedimentos que pos-sam existir para que a pessoa que deseja e busca receba o sacramento e entre na graça.

O responsável pela Reunião Mensal de Pastoral, Padre Vitor Si-mão, salientou que, devido à abran-gência do tema e à importância do aprofundamento, o estudo do sa-cramento do Batismo continuará na reunião do próximo mês, junto com a introdução do Sacramento da Confi rmação, ou Crisma.

Estudo do Documento Pós-Sinodal sobre a Liturgia segue nas próximas reuniões

Pastoral da AidsA Pastoral da Aids tem como missão,

em comunhão com a Igreja, evangelizar homens e mulheres. Atenta às necessida-des das pessoas que vivem com HIV, visa trabalhar na prevenção e contribuir com a sociedade na contenção da epidemia, en-volvendo todos os cristãos na luta contra a Aids. O grupo AAVE trabalha com o in-tuito de resgatar a integridade da pessoa que vive com HIV/Aids, por meio de aco-lhimento, respeito, orientação, esperança, além de promover atividades informati-vas/preventivas junto à sociedade.

No decorrer da apresentação, foram informadas estatísticas e foi feita uma breve exposição sobre os sintomas da doença e os desafios enfrentados, além de emocionados depoimentos de pesso-

as com HIV, que compartilharam suas experiências de coragem e superação, no intuito de que as pessoas, ao co-nhecerem, abandonem preconceitos e percebam a importância do papel de cada um nessa luta.

Irmã Margaret ainda ressaltou a im-portância de todos fazerem o teste de HIV, uma vez que o diagnóstico precoce aumenta a e� cácia do tratamento. Um dos grandes desa� os ainda é o precon-ceito, por isso é preciso que a sociedade se informe cada vez mais sobre o HIV e como ele age nas pessoas. O respeito e o apoio fazem a diferença. É compro-misso cristão a luta pela vida e pela de-fesa da dignidade humana.

Informações:Rua Iporá, nº 170, Qd 19, Lt15 – Bairro N. Sra. de Fátima – St. Cidade Jardim – Tel.: 3271 4510

ORIENTAÇÕES: Na próxima Reunião Mensal, levar o

Documento Pós-Sinodal“A Liturgia na vida e a missão da Igreja

particular de Goiânia.”

Dúvidas podem ser enviadas para oe-mail: [email protected]

Neste mês, a pastoral convidada a se apresentar foi a Pastoral da Aids, re-presentada pela coordenadora Nilva Diolinda de Jesus e pela irmã Margaret Hosty, coordenadora regional, que fez explanação sobre a atual realidade da pastoral, principalmente da presença e dos trabalhos desenvolvidos. Segundo ela, a Pastoral da Aids se faz presente em mais de 100 dioceses no Brasil. Na Arquidiocese de Goiânia, a pastoral tra-balha em parceria com o grupo AAVE (Aids: Apoio, Vida, Esperança), uma or-ganização não governamental, criada em 1995, com intuito de “responder ao grito do portador do vírus HIV/Aids”, que recebe apoio da Arquidiocese de Goiânia.

Page 5: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

Abril de 2017Arquid iocese de Go iânia

Celebrado o “grande inver-no” da Quaresma, tempo de oração, jejum, penitên-cia e esmola, longo perío-

do litúrgico (40 dias) de preparação para a celebração anual do Mistério Pascal, a Igreja viveu intensamente, nos últimos dias, a Semana Santa, na qual está inserido o Tríduo Pascal (duração de três dias), que começou na missa vespertina da Quinta-feira Santa (Última Ceia) e foi até o Do-mingo de Páscoa do Senhor – centro da gravidade do Ano Litúrgico.

O Tempo Pascal que se ini-cia é o período de “recome-çar, regenerar, rebrotar”, conforme explicação do coordenador arqui-diocesano de Litur-gia, padre Antônio Donizeth do Nasci-mento. Isso porque trata-se de uma festa genuinamente judaica criada para celebrar a festa das primeiras colheitas, portanto, tem uma espiritualidade con-templativa das obras da criação. De acordo com o liturgista, o perío-do casaria bem com os me-ses de setembro e outubro no Brasil, ou seja, período em que começam as primeiras chuvas e que aparece o esplendor do Cerrado. “O Tempo Pascal seria como que sair de um grande inverno e entrar na Primavera”. A partir dessa refl exão, ele faz uma ligação interessante da Campanha da Fraternidade deste ano com a espiritualidade da Páscoa do Senhor. “Pela temática da CF po-demos olhar para a criação como a primeira obra, o primeiro livro que Deus escreveu, que nos conta a sa-bedoria divina”.

Sobre a liturgia da Igreja, padre Antônio diz que é importante as pes-soas entenderem que ela é organiza-

“Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade”

O Tempo Pascalnas comunidades

Como viver nas comunidades um tempo tão profundo que norteia toda a vida da Igreja? Segundo padre An-tônio, é indispensável não separar a alegria e a exultação da Páscoa do ca-

minho quaresmal. Na prá-tica, isso quer

dizer que um se en-trelaça ao outro. A Quaresma é um período de recolhimento, jejum, pe-nitência, prática de caridade, esmo-la, tempo forte de disciplina maior de escuta da Palavra e de um olhar profundo das realidades da vida da Igreja, da família e da sociedade. E o Tempo Pascal dá seguimento a esse caminho. “A alegria da Páscoa é fru-to de um caminho de conversão, por isso, não é uma alegria banal de um salão de festas, de um bar que você entra e sai, mas é a consequência da experiência da cruz, da Paixão, Mor-te e Ressurreição de Jesus Cristo – grande marco que deve determinar a nossa alegria”.

A alegria da Páscoa deve ser evi-denciada nesse longo Domingo Pas-cal, conforme padre Donizeth, pelos elementos simbólicos dos cânticos e na forma de preparar o ambien-te. Para muitos fi éis, por exemplo, é curioso que Jesus crucifi cado esteja no altar o ano inteiro, inclusive no Tempo Pascal. Não tem nenhum dia que se tira a cruz do altar, mesmo que alguns achem desconfortável. Sua permanência, conforme padre Antônio, “quer reclamar à nossa consciência de que a nossa alegria

não mancha nem murcha, porque é uma alegria que não experimenta o ocaso, que não é vencida, mas é im-batível, fruto da entrega generosa do Pai que nos deu seu Filho, e do seu Filho que é obediente à vontade do Pai, que se deu em sacrifício de amor e reconciliação para nós”. Ain-da conforme ele, a “a alegria da Pás-coa não pode ser uma alegria que se distrai e se esquece da cruz”.

Oitava da PáscoaNa Oitava da Páscoa, isto é, os oito dias que se sucedem ao

Domingo da Páscoa do Se-nhor, prolongamento da

Vigília Pascal que vai até o pôr do sol do segundo

domingo após a Res-surreição, os cristãos devem vivê-lo como se fosse aquela úni-ca e grande alegria da Ressurreição do Senhor. “Nesta semana, que cor-responde ao mes-mo período em que

Deus se preocupou em realizar a obra da

criação, somos chama-dos a celebrar e cantar

o louvor a ele e professar a alegria da fé no cotidiano

da vida”.A Via Lucis (Caminho da Luz)

é um exemplo importante de práti-ca de piedade popular em que a Via Sacra é estendida e contempla as grandes iluminações que Cristo, na sua obra no mundo e na sua Morte e Ressurreição, traz para a humani-dade. Para os nossos dias, de modo especial neste período de crise por que passa o Brasil, padre Antônio diz ser um elemento importante de contemplação. “A Via Lucis nos aju-da a não fi carmos apenas no campo da tragédia, da fatalidade, da dor, da opressão e da realidade do peca-do que nos domina. Ela nos ajuda a levantar o olhar para além da cruz, visualizar a Ressurreição, a Ascen-ção do Senhor que se senta à direita de Deus Pai todo Poderoso, interce-dendo por nós e aguardando a sua vinda”, destacou.

Com a Solenidade de Pentecostes, completa o liturgista, completa-se o Ciclo do Mistério Pascal. “Por isso cada domingo é chamado de Páscoa Semanal. No sexto dia Deus termi-nou a obra e no sétimo ele descan-sou, por isso nós celebramos em sete semanas e sete domingos, até a vinda do Espírito Santo, no Pen-tecostes, a contemplação do esplen-dor da regeneração”. A partir disso, todo domingo é sempre uma volta à fonte do Batismo, ao Domingo da Ressurreição, Dia do Senhor, da-quele que tem o senhorio de tudo”.

5CAPA

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

Os 50 dias de alegria e esperançana Ressurreição do Senhor

FÚLVIO COSTA da em ciclos: Natal, Comum e Pascal. Este último, o qual estamos vivendo, começou na Quarta-feira de Cinzas, no dia 1º de março, e segue até a So-lenidade de Pentecostes, no dia 4 de junho. Mas o Tempo Pascal propria-mente dito, começa neste Domin-go de Páscoa do Senhor e segue até Pentecostes, portanto, 50 dias. “É um único mistério que celebra-mos. Não existe

Quaresma por si só e não existe Páscoa por si só. O mis-tério da Páscoa na Paixão, sofrimen-to, no caminho da penitência, é uma dimensão pascal. Ainda não festiva, é claro, mas já é uma dimensão pas-cal de conversão, tomada de cons-ciência do pecado, do propósito de mudança, do compromisso com as causas solidárias, como a Campanha da Fraternidade, que refl ete sobre o zelo pela criação”, explicou.

Page 6: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

Abril de 2017 Arquid iocese de Go iânia

6 REGIONAL

Bispos convocam o povo de Deusa rezar pelo atual momento do Brasil

Foto

: Fúl

vio

Cost

a

Reunidos no Conselho Episcopal Regional (Conser), de 27 a 30 de março, os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB prepararam uma oração pelo atualmomento do Brasil. No texto, eles convocam todas as Igrejas particulares de Goiás e do Distrito Federal a terem discernimento e coragem para construirum novo mundo possível. Os bispos lembram, na oração, que a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é “Fraternidade: biomas brasileiros e

defesa da vida” é um momento importante de renovação do compromisso em defesa da vida. Eles também re� etem sobre a Páscoa e rezam paraque o Senhor nos liberte das trevas deste mundo: medo, desesperança, violência, descrédito, corrupção, descon� ança. Por � m, pedem a

intercessão de Nossa Senhora, para que rogue pelo país e por seu povo, cravado nas dioceses espalhadas por todo o país.

Senhor, confi aste-nos o pastoreio nas Dioceses do Regional Centro--Oeste. Unidos a Ti, ó supremo e misericordioso Pastor, e movidos pelo Teu desejo de unidade e de colegialidade, nos encontramos para rezar juntos e para refl etir sobre a caminhada de nossas Igrejas dio-

cesanas e sobre o atual momento brasileiro. Com os nossos corações unidos pela oração, Te pedimos que as nossas palavras venham primeiro de Ti e que ajudem a lançar luzes de discernimento e coragem para construir um novo mundo possível ao nosso Brasil.

Pai Eterno, de Tuas mãos todas as coisas foram criadas. Como o oleiro com a obra de sua arte, nos deste a fi gura de Tua imagem e semelhança. Movidas pela cobiça e pela ganância, avançam sem limites as fronteiras da monocultura e a idolatria do mercado, destruindo os biomas brasileiros, privatizando o controle das sementes, secando rios e nascentes, devastando o jardim da criação divina e desfi gurando a vida humana. Por isso, com a Campanha da Fraternidade, que estamos promovendo e incentivando, renovamos nosso compromisso de defesa da vida no Cerrado brasileiro, com suas águas, sua biodiversidade e com o povo que aqui habita, em sua dignidade, cultura e fé, na defesa da vida.

Senhor Jesus, Verbo eterno feito carne, amor de todos os amores, nosso redentor e salvador, que um dia nos chamaste a segui-lo e nos enviaste em missão! Hoje, compartilhando com os sofrimentos e encruzilhadas de nosso país confl agrado, meditamos sobre a Tua cruz: a falta de uma casa onde pudesses nascer; a fuga apressada de Teus pais, contigo ao colo, para protegê-lo da fúria de Herodes, ameaçado em seu poder; as investidas que enfrentaste dos fanatismos farisaicos e daqueles que manipulavam o povo para Te crucifi car; o julgamento tendencioso que Te condenou à pena de morte no meio de dois ladrões, também julgados pelas autoridades que oprimiam e expropriavam o povo.

OraçãoSenhor Jesus, como ao cego Bartimeu, ajuda-nos a enxergar e a contri-

buir para compreender melhor a realidade de nosso querido Brasil. Faze com que a nossa política brasileira seja o lugar de autêntico empenho pelo bem comum, com a construção de consensos coletivos e de atenção prefe-rencial aos mais vulneráveis, superando as lutas fratricidas pelas derru-badas e conquistas do poder. Ajuda-nos na reconstrução da ética e da de-mocracia, vencendo a corrupção que dilacera o Estado, a sociedade e cada pessoa. Orienta os brasileiros para edifi carmos um judiciário imparcial e sem corporativismo, para elaborarmos uma reforma política capaz de con-duzir às escolhas honestas e limpas, para formularmos uma previdência e uma legislação trabalhista que protejam os idosos, os mais pobres, e os trabalhadores do campo e da cidade.

Divino Espírito Santo, que és a força de vida na criação do mundo, a fecundidade no ventre de Maria, a coragem da Igreja pascal impulsionada em Pentecostes! Envia-nos a tua luz para iluminar os caminhos da nossa fé, os rumos de nossa pastoral, as saídas para a recuperação sustentável de nossa economia, as possibilidades éticas para a reconstrução política de nossa pátria, a defesa da vida humana desde a sua concepção no ventre materno até o seu declínio natural, a proteção da família como fundamen-to para a existência da sociedade e da civilização. Liberta-nos das trevas do medo, da desesperança, da violência, do descrédito, da corrupção, da desconfi ança, da falta de horizontes de futuro e dos atentados ideológicos contra a natureza e a identidade do homem e da mulher. Ajuda-nos a ver e a fazer ver um novo Brasil, justo, fraterno e solidário.

Ó Maria, que no coração da Trindade Santa és coroada como a Rainha do céu e da terra! Ó advogada nossa, neste ano lembramos o centenário de tua aparição em Fátima e os 300 anos do achado de tua imagem em Apare-cida. Roga ao teu Filho pelo nosso Brasil. Roga pelas nossas dioceses. Roga por nós, agora e na hora de nossa morte! Amém!

Page 7: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

Ao sair em busca da “vida plena” que deseja, o jovem encontra amigos, gasta o dinheiro, vive os prazeres do mundo. Mas quando o dinheiro aca-ba, tudo o que ele tinha também se fi nda: saúde, alegria, graça, amigos. “A alma do moço se esvazia porque ele não está mais ligado à fonte, que é o pai. As coisas não têm sabor, a vida não é mais vida. Ele vive na penúria, na fome, e sofre a pior realidade que um judeu pode imaginar”. Mas nem tudo estava perdido porque o jovem caiu em si (v.17), lembrou-se da casa do pai. Dom Moacir traduziu aquela que poderia ter sido a refl exão do jo-vem naquele momento. “Existe um lugar onde há vida; talvez eu não consiga viver nele, mas pelo menos ir ao redor, poder sentir o cheiro, viver como empregado, escravo de meu pai”. Neste momento, o moço sai em oração, ensaiando como dizer ao pai que está arrependido. “É uma oração porque ele faz como nós, ao se preparar para a confi ssão: “Pai, eu tenho fome e necessidades, preciso de ti”.

Dom Moacir disse que o pecado está sempre a conspirar contra nós. “O fi lho decide voltar, mas o peca-do coloca em seu coração muitos medos e ele se lembra do relaciona-mento que tinha com o irmão, com os empregados que tratava mal”. O pai, por sua vez, está todo dia a esperar o fi lho, da mesma forma que Deus nos espera. “Será que ele volta hoje? Será que ele agora vai abandonar o caminho dos porcos? O fi lho não sabia que aquele seria o último dia de trevas e tristeza em sua vida. Judeu não tem o hábito de correr, mas, no dia do encontro, ele corre porque Deus rompe todas as barreiras para nos ter. “Quantas ve-zes as pessoas desistem na última hora, por isso o pai corre, não espe-ra. Não dá tempo nem de o moço rezar a oração que tanto ensaiou no caminho”.

A alegria da volta do fi lho é mui-to maior que a dor que o pecado lhe causou. Segundo Dom Moacir, o pior momento dele foi o melhor de Deus. A festa foi a consequência

de tudo. O fi lho mais velho, porém, não entrou na casa. Ver o irmão voltar depois de esbanjar os bens do pai lhe provoca a ira. O novilho cevado que o pai manda matar ao fi lho mais novo era cobiçado pelo mais velho (v.27). “O pecado nos faz juízes, nos faz querer ser me-lhor que os outros. E o pai sai duas vezes para recuperar os fi lhos. O fi -lho mais velho, entretanto, mesmo morando com o pai, está distante dele, não faz as suas vontades”. Se-gundo o bispo, o mais velho não foi capaz de buscar o mais novo. “Hoje somos chamados a vencer o pecado que há no irmão mais velho”. O fi -lho mais velho é ainda “aquele eu contaminado pelo pecado que não quer que o eu busque o pai”.

Dom Moacir também refl etiu so-bre o que seria o pensamento do pai ao reencontrar o fi lho: “Não sei por onde andou, quais foram seus pen-samentos, olhares, palavras, desde a última confi ssão. Mas sei de uma coisa: não importa aonde andou, mas onde quer estar. E é isso que Deus pede: voltar para casa”. Inde-pendentemente de qualquer peca-do, Deus nos quer e só o amor é ca-paz disso. Precisamos permitir que o Pai nos coloque as sandálias, o anel, as roupas novas”, completou.

Como proposta de ação para a semana, o bispo pediu a vivên-cia profunda da Semana Santa, de modo que o tempo de trabalho espi-ritual seja redobrado. Ele disse tam-bém que não é justo transformar em lazer essa semana, porque para os cristãos não se trata de feriado”.

Abril de 2017Arquid iocese de Go iânia

7SETOR JUVENTUDE

Foto

: Rud

ger R

emíg

io

A última Lectio Divina (Lei-tura Orante da Bíblia) promovida pelo Setor Ju-ventude da Arquidiocese

de Goiânia, durante a Quaresma, aconteceu no dia 8 de abril, sob orientação do bispo auxiliar Dom Moacir Arantes. Os seis encontros tiveram o objetivo de preparar os jo-vens para a vivência da Quaresma, bem como para a Semana Santa.

“Em tudo aquilo que vivemos, somos chamados a voltar para a casa do Pai”, começou falando Dom Moacir ao refl etir sobre a pa-rábola do fi lho pródigo (Lc 15,11-32). Ele comentou que, por mais con-fortável que seja um lugar, não há no mundo melhor aconchego do que o lar. O fi lho pródigo, ou o fi lho gastador, tinha um coração inquie-to porque não havia encontrado a Deus. Conforme o bispo, nós so-mos seduzidos pelas experiências do mundo, como o protagonista da parábola. Em seu coração inquie-to, ele fez um percurso existen-cial que nós fazemos também. “O fi lho deixa o lugar da graça, onde tem tudo e nada falta, e vai para o mundo, toma a herança que não é sua e segue seu caminho. O que ele fez foi tomar a vida que não é sua, que não lhe pertence, e o pai, no imenso amor que tem, o per-mite ir”, refl etiu Dom Moacir, que continuou: “O amor de Deus é tão grande que ele nos permite amá-lo e não querê-lo, embora ele nos ame e nos queira”.

FÚLVIO COSTA

Lectio Divina com os jovensAlegria do retorno é maior que a dor do pecado

Um momento forte da Lectio Divina foi a Celebração Penitencial em que os jovens se confessaram

Page 8: PALAVRA DO ARCEBISPO REUNIÃO MENSAL REGIONAL da Pro˜ ssão de Fé, com a vinda do Es- ... vida de Cristo ressuscitado, a vida d’Aquele que, ... Mirian Maria de Jesus,

Abril de 2017 Arquid iocese de Go iânia

Siga os passos para a leitura orante:

ESPAÇO CULTURAL

PE. NIXON FÉLIXFormador no Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney

8 LEITURA ORANTE

ABRIL16 e 17 – Nossa Sra. da Boa Esperança – Jd. Atlântico18 – Visita ao Hiper Moreira – St. Coimbra19 – Nossa Sra. Auxílio dos Cristãos – St. Sudoeste20 e 21 – São Vicente Pallotti – Res. Monte Carlo22 – Nossa Senhora do Rosário – Bairro Goiá23 – Santa Maria – Pq. Industrial João Braz

Nesta semana, a imagem peregrina de N. Sra. Aparecida que visita nossa Arquidiocese, marcando os 300 anos de sua aparição, passará pelas seguintes paróquias:

Imagem Peregrina de N. Sra. Aparecida visita nossas paróquias

Texto para a oração: Jo 20,19-31

1. Leitura da Palavra de Deus: depois de um momento de silêncio, de ter feito o sinal da Cruz e invocado o Espírito Santo, devagar, com atenção, leia o texto bíblico quantas ve-zes for necessário. Procure identifi car as coisas importantes desse trecho da Bíblia: o ambiente, os personagens, os diá-logos, as imagens usadas, as ações. É importante que você identifi que tudo isso com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena.

2. Meditar a Palavra de Deus: é o momento de descobrir os va-lores e as mensagens espirituais da Palavra de Deus. É hora de saboreá-la e não apenas estudá-la. Que palavra, ou frase, chamou a sua atenção, tocou o seu interior?

3. Rezar a Palavra de Deus: é o momento de responder a Deus após havê-lo escutado. Não se preocupe em preparar pala-vras. Fale o que permanece no coração depois da meditação: se for louvor, louve; se for cansaço e aridez, peça os dons da fé e esperança.

4. Contemplar a Palavra: dessa etapa a pessoa não é dona: pertence a Deus e à sua presença misteriosa. Coloque-se em silêncio diante do Senhor. Se Ele conduzir você à contempla-ção, louvado seja Deus! Se der a você apenas a tranquilidade de uns momentos de paz e silêncio, louvado seja Deus! Se para você for um momento de esforço para fi car na presença de Deus, louvado seja Deus!

(ANO A, II Domingo da Páscoa. Liturgia da Palavra: At 2,42-47, Sl 117(118), 1Pd 1,3-9, Jo 20,19-31)

Sugestão de leituraEm cinco capítulos, o pregador da Casa Pontifícia, o frade francisca-no Raniero Cantalamessa, traz quatro meditações sobre o mistério pascal. O conteúdo foi apresentado na presença do papa São João Paulo II, cardeais, bispos e prelados da Cúria Romana, na Quaresma do ano de 2004. No livro, o autor acrescentou também a homilia feita na Basílica de São Pedro, na Sexta-feira Santa do mesmo ano, duran-te a liturgia da Paixão, presidida pelo Santo Padre. Neste volume de 71 páginas, Cantalamessa aborda o assunto da Páscoa do Senhor na perspectiva pastoral e espiritual, mas seguindo um caminho novo e diferente, sugerido pela doutrina tradicional dos quatro sentidos da Escritura: histórico, cristológico, moral e escatológico.

Autor: Pe. Raniero CantalamessaOnde encontrar: Livraria Paulinas – Av. Goiás, 636, Setor CentralTelefone: (62) 3224-2329

“Bem-aventurados os que não viram,e creram!” (Jo 20,29b)

Estamos com toda a Igreja, jubilo-sos, pois Aquele no qual coloca-mos a nossa esperança, “ressusci-tou, como havia dito!” (Mt 28,6).

No Evangelho do próximo domingo, o da Misericórdia, acompanharemos duas visitas do Ressuscitado aos apóstolos, que estavam reunidos no primeiro dia da se-mana. A Tomé, o Senhor pedirá a fi delida-de da fé. Para nós, ele reservará uma pala-vra que nos enche de alegria: “Bem-aven-turados os que não viram, e creram!” (Jo 20,29b). De fato, nós não vimos o Senhor, mas, mesmo assim, o amamos, reconhe-cemos sua presença entre nós, sobretudo quando nos reunimos para celebrar a San-ta Missa dominical!

O Ressuscitado se alegra com nossa fé, que precisa crescer sempre mais, fazendo--nos viver intensamente a vida de comu-

nidade, pois é nela que, de maneira toda especial, encontramo-nos com Ele.

Que Jesus, Vencedor do pecado e da morte, aumente nossa fé, perdoe nossas ofensas e conceda-nos a sua paz e o seu maior Dom: o Espírito Santo que Dele e do Pai procede!

Foto

: Rep

rodu

ção