paixão segundo joão

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Paixao de Nosso Senhor Jesus Cristo Catedral Sto. Antônio Campanha, 03 de abril de 2015 Celebrante: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João: Narrador 1: Naquele tempo, Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. Narrador 2: Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: Celebrante: “A quem procurais?” Narrador 1: Responderam: Povo: “a Jesus, o Nazareno”. Celebrante: Sou eu”. Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. Narrador 2: De novo lhes perguntou: Celebrante: “A quem procurais?”

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Evangelho dialogado sobre a paixão de Jesus Cristo utilizado na Celebração da Morte do Senhor (Sexta-feira da paixão)

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  • Paixao de Nosso Senhor Jesus Cristo

    Catedral Sto. Antnio Campanha, 03 de abril de 2015

    Celebrante: Paixo de nosso Senhor Jesus Cristo segundo So Joo: Narrador 1: Naquele tempo, Jesus saiu com os discpulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia a um jardim, onde ele entrou com os discpulos. Tambm Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se a com os seus discpulos. Narrador 2: Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. Ento Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: Celebrante: A quem procurais? Narrador 1: Responderam: Povo: a Jesus, o Nazareno. Celebrante: Sou eu. Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. Quando Jesus disse: Sou eu, eles recuaram e caram por terra. Narrador 2: De novo lhes perguntou: Celebrante: A quem procurais?

  • Paixao de Nosso Senhor Jesus Cristo

    Catedral Sto. Antnio Campanha, 03 de abril de 2015

    Narrador 1: Eles responderam: Povo: A Jesus, o Nazareno. Narrador 2: Jesus respondeu: Celebrante: J vos disse que sou eu. Se a mim que

    procurais, ento deixai que estes se retirem. Narrador 1: Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: Presidente: No perdi nenhum daqueles que me

    confiaste. Narrador 2: Simo Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. Ento Jesus disse a Pedro: Celebrante: Guarda a tua espada na bainha. No vou

    beber o clice que o Pai me deu? Narrador 1: Ento, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. Conduziram-no primeiro a Ans, que era o sogro de Caifs, o sumo sacerdote naquele ano. Foi Caifs que deu aos judeus o conselho: Caifs: prefervel que um s morra pelo povo.

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    Narrador 2: Simo Pedro e um outro discpulo seguiam Jesus. Esse discpulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no ptio do sumo sacerdote. Pedro ficou fora, perto da porta. Ento o outro discpulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. A criada que guardava a porta disse a Pedro: Povo: No pertences tambm tu aos discpulos desse homem? Pedro: No Narrador 2: Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. Narrador 1: Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discpulos e de seu ensinamento. Jesus lhe respondeu: Celebrante: Eu falei s claras ao mundo. Ensinei sempre na

    sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se renem. Nada falei s escondidas. Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse. Narrador 1: Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:

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    Oficial: assim que respondes ao sumo sacerdote? Celebrante: Se respondi mal, mostra em qu; mas, se falei bem, por que me bates? Narrador 1: Ento, Ans enviou Jesus amarrado para Caifs, o sumo sacerdote. Simo Pedro continuava l, em p, aquecendo-se. Disseram-lhe: (O mesmo que fez Caifs): No s tu, tambm, um dos

    discpulos dele? Pedro: No! Narrador 1: Ento um dos empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse: Empregada: Ser que no te vi no jardim com ele? Narrador 2: Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. Narrador 1: De Caifs, levaram Jesus ao palcio do governador. Era de manh cedo. Eles mesmos no entraram no palcio, para no ficarem impuros e poderem comer a Pscoa. Ento Pilatos saiu ao encontro deles e disse: Pilatos: Que acusao apresentais contra este homem? Narrador 2: Eles responderam:

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    Povo: se no fosse malfeitor, no o teramos entregue a ti! Pilatos: Tomai-o vs mesmo e julgai-o de acordo com a vossa lei Narrador 2: Os judeus lhe responderam: Povo: Ns no podemos condenar ningum morte Narrador 1: Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. Ento Pilatos entrou de novo no palcio, chamou Jesus e perguntou-lhe: Pilatos: Tu s o rei dos judeus? Celebrante: Ests dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim? Pilatos: Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos

    sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste? Celebrante: O meu reino no deste mundo. Se o meu

    reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu no fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino no daqui. Pilatos: Ento tu s rei?

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    Celebrante: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao

    mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que da verdade escuta a minha voz. Pilatos: O que a verdade? Narrador 2: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes: Pilatos: Eu no encontro nenhuma culpa nele. Mas existe

    entre vs um costume, que pela pscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus? Narrador 1: Ento, comearam a gritar de novo: Povo: Este no, mas Barrabs! Narrador 2: Barrabs era um bandido. Ento Pilatos mandou flagelar Jesus. Povo: Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram na cabea de Jesus. Narrador 2: Vestiram-no com um manto vermelho, aproximavam-se dele e diziam: Povo: Viva o rei dos judeus! Narrador 1: E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:

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    Pilatos: Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vs, para que

    saibais que no encontro nele crime algum. Narrador 2: Ento Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: Pilatos: Eis o homem! Narrador 1: Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas comearam a gritar: Povo: Crucifica-o! Crucifica-o! Narrador 2: Pilatos respondeu: Pilatos: Levai-o vs mesmo para o crucificar, pois eu no encontro nele crime algum. Narrador 1: Os judeus responderam: Povo: Ns temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus. Narrador 2: Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. Entrou outra vez no palcio e perguntou a Jesus:

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    Pilatos: De onde s tu? (pausa) - No me respondes? No sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Celebrante: Tu no terias autoridade alguma sobre mim,

    se ela no te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior. Narrador 1: Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: Povo: Se soltas este homem, no s amigo de Csar. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra Csar. Narrador 2: Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, em hebraico Gbata. Narrador 1: Era o dia da preparao da Pscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos Judeus: Pilatos: Eis o vosso rei! Narrador 1: Eles porm, gritavam: Povo: Fora! Fora! Crucifica-o! Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Narrador 1: Os sumos sacerdotes responderam:

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    Povo: No temos outro rei seno Csar. Narrador 2: Ento Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram. Narrador 1: Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvrio, em hebraico Glgota. Ali o

    crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. Narrador 2: Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e coloc-lo na cruz; nele estava escrito: Povo: Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus. Narrador 1: Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. Narrador 2: Ento os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Povo: No escrevas O Rei do Judeus mas sim o que ele disse: Eu sou o Rei dos Judeus. Pilatos: O que escrevi, est escrito.

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    Narrador 1: Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto tnica, esta era tecida sem costura, em pea nica de alto a baixo. Disseram ento entre si: Povo: No vamos dividir a tnica. Tiremos a sorte para ver de quem ser. Narrador 2: Assim se cumpria a Escritura que diz: Povo: Repartiram entre si as minhas vestes e lanaram sorte sobre a minha tnica. Narrador 2: Assim procederam os soldados. Narrador 1: Perto da cruz de Jesus, estavam de p a sua me, a irm da sua me, Maria de Clofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua me e, ao lado dela, o discpulo que ele amava, disse me: Celebrante: Mulher, este o teu filho. (pausa) Esta a

    tua me. Narrador 1: Daquela hora em diante, o discpulo a acolheu consigo. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse at o fim, disse: Celebrante: Tenho sede.

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    Narrador 2: Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na boca de Jesus. Ele tomou o vinagre e disse: Celebrante: Tudo est consumado. Narrador 1: E, inclinando a cabea, entregou o esprito. (Aqui todos se ajoelham e faz-se um momento de silncio.) Narrador 1: Era o dia da preparao para Pscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o Sbado, porque aquele Sbado era dia de festa solene. Narrador 2: Ento pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. Narrador 1: Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que j estava morto, no lhe quebraram as pernas; mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lana, e logo saiu sangue e gua. Narrador 2: Aquele que viu, d testemunho e seu testemunho verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vs tambm acrediteis. Narrador 1: Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz:

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    Povo: No quebraro nenhum dos seus ossos. Narrador 2: E outra escritura ainda diz: Povo: Olharo para aquele que transpassaram. Narrador 1: Depois disso, Jos de Arimatia, que era discpulo de Jesus mas s escondidas, por medo dos judeus -, pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Ento Jos veio tirar o corpo de Jesus. Chegou tambm Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Narrador 2: Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e alos. Ento tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. Narrador 1: No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um tmulo novo, onde ainda ningum tinha sido sepultado. Por causa da preparao da pscoa, e como o tmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus. Celebrante: Palavra da Salvao. - Glria a vs, Senhor!