paisagem natural trabalho

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1 1.0 INTRODUÇÃO A paisagem pode receber vários significados, mas na ciência geográfica é definida como um conjunto de estruturas naturais e sociais de um determinado lugar no qual desenvolvem uma intensa interatividade seja entre os elementos naturais, entre as relações humanas e desses com a natureza. Geograficamente, a paisagem é tudo aquilo que podemos perceber por meio de nossos sentidos (audição, visão, olfato e tato), mas o que mais destaca é a visualização da paisagem. Costuma-se considerar como paisagem todos os elementos naturais, entretanto, paisagem também abrange as construções humanas como pontes, ruas, edifícios, além das relações humanas como feiras, estádios de futebol, nesses casos ocorre uma variação das paisagens, pois se trata de uma composição momentânea. Então, quando uma paisagem tem elementos humanos chama-se Paisagem Humanizada. Quando não há modificações feitas pelo homem chama-se paisagem (não humanizada). Diante desse contexto, a paisagem se divide em paisagens naturais (lagos, oceanos, vales, florestas, montanhas, seres vivos) e as interações existentes. A variação de cada elemento determina a configuração de cada paisagem, por exemplo, o clima quente e úmido produz florestas com uma grande quantidade de vidas, tanto da fauna como da flora, em contrapartida nas zonas polares, onde o frio é intenso, não há o desenvolvimento de elevados números de vidas e diversidades.

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Page 1: Paisagem natural trabalho

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1.0 INTRODUÇÃO

A paisagem pode receber vários significados, mas na ciência geográfica é

definida como um conjunto de estruturas naturais e sociais de um determinado lugar

no qual desenvolvem uma intensa interatividade seja entre os elementos naturais,

entre as relações humanas e desses com a natureza.

Geograficamente, a paisagem é tudo aquilo que podemos perceber por meio de

nossos sentidos (audição, visão, olfato e tato), mas o que mais destaca é a

visualização da paisagem.

Costuma-se considerar como paisagem todos os elementos naturais, entretanto,

paisagem também abrange as construções humanas como pontes, ruas, edifícios,

além das relações humanas como feiras, estádios de futebol, nesses casos ocorre

uma variação das paisagens, pois se trata de uma composição momentânea. Então,

quando uma paisagem tem elementos humanos chama-se Paisagem Humanizada.

Quando não há modificações feitas pelo homem chama-se paisagem (não

humanizada).

Diante desse contexto, a paisagem se divide em paisagens naturais (lagos,

oceanos, vales, florestas, montanhas, seres vivos) e as interações existentes. A

variação de cada elemento determina a configuração de cada paisagem, por

exemplo, o clima quente e úmido produz florestas com uma grande quantidade de

vidas, tanto da fauna como da flora, em contrapartida nas zonas polares, onde o frio

é intenso, não há o desenvolvimento de elevados números de vidas e diversidades.

As paisagens culturais correspondem a todos os elementos construídos pela ação

antrópica, como pontes, portos, ferrovias, túneis e muito outros. Apesar da divisão

entre paisagem natural e cultural, não existe nenhum lugar no planeta que não tenha

sofrido interferências diretas ou indiretas do homem, até por que o que é produzido

de poluição nas cidades se dispersa por todo o planeta. (Humboldt 1769)

Seis fatores que exercem influência sobre o espaço natural: o relevo, a

vegetação o clima o solo a hidrografia e os problemas ambientais globais.

Page 2: Paisagem natural trabalho

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1.1 Relevo:

O relevo é o conjunto de formas que modelam a superfície da crosta terrestre.

Ele pode ser modificado por terremotos e movimentos tectônicos, pela erosão

causada por processos naturais (água da chuva e ventos, entre outros fatores) e

ainda pela interferência humana.

O relevo também é diretamente afetado por outros aspectos ambientais,

como o clima, os tipos de rocha e solo e a cobertura vegetal. No Brasil, ele é

constituído predominantemente por planaltos, planícies e depressões, embora

outros conjuntos, como serras, chapadas, tabuleiros e patamares, também possam

ser observados.

1.1.1 Planaltos

FIGURA 01- Planalto canadense

Os planaltos são terrenos relativamente planos e situados em áreas de

altitude mais elevada. São limitados, pelo menos de um lado, por superfícies mais

baixas. No Brasil, são exemplos o Planalto Central Brasileiro, o Planalto Centro-Sul

Mineiro, os planaltos da Região Amazônica e os planaltos da bacia sedimentar do

Paraná.

Page 3: Paisagem natural trabalho

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1.1.2 Planícies

FIGURA 02- planícies no sul do Brasil

As planícies são áreas planas ou suavemente onduladas, formadas pela

deposição de sedimentos transportados pela ação da água ou do vento, por

exemplo. Em geral, encontram-se em regiões de baixa altitude. Por surgirem da

deposição de sedimentos inconsolidados (partículas que não se assentaram) vindos

de outros locais, são relevos mais recentes que outros. Entre as planícies

brasileiras, destacam-se a do Pantanal mato-grossense, a do rio Amazonas e seus

principais afluentes e as encontradas no litoral do país.

1.1.3ADepressão

Page 4: Paisagem natural trabalho

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FIGURA 03 – depressão em são paulo

As depressões são um conjunto de relevos planos ou ondulados que ficam

abaixo do nível altimétrico (de altitude) das regiões vizinhas. Exemplos de depressão

no Brasil podem ser encontrados na Região Amazônica, como as depressões do

Acre e do Amapá. Encontram-se ainda na Região Sudeste, onde sítios urbanos

aproveitaram as características favoráveis do relevo para a construção de grandes

cidades, como São Paulo e Belo Horizonte.

1.1.4 Serras

FIGURA 04- serra do rio do rastro

As serras constituem relevos acidentados, geralmente em forma de cristas

(partes altas, seguidas por saliências) e topos aguçados ou em bordas elevadas de

planaltos. A Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira são bons exemplos

1.1.5 Chapadas

Page 5: Paisagem natural trabalho

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FIGURA 05 - chapada na Bahia

. As chapadas e os tabuleiros são relevos de topo plano formados em rochas

sedimentares, normalmente limitados por bordas com inclinações variadas.

As chapadas estão situadas em altitudes medianas a elevadas. São exemplos

no Brasil a Chapada Diamantina, as chapadas dos Guimarães e dos Parecis. Os

tabuleiros são encontrados em altitudes relativamente baixas, podendo ocorrer nas

faixas costeiras e interiores. No litoral, predominam na Região Nordeste e, no

interior, na Região Amazônica.

1.1.6 Patamares

FIGURA 06 - patamar em santa Catarina

Page 6: Paisagem natural trabalho

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Os patamares são formas planas ou onduladas que constituem superfícies

intermediárias ou degraus entre áreas de relevo mais elevado e áreas mais baixas.

São encontrado na Região Nordeste entre as depressões sertanejas e a Serra da

Borborema e na bacia sedimentar do Paraná, formando degraus entre níveis

diferenciados de planaltos.

1.2.3 Clima

FIGURA 07- clima do Brasil

O clima (do grego para "inclinação", referindo o ângulo formado pelo eixo de

rotação da terra e seu plano de translação) compreende um padrão dos diversos

elementos atmosféricos que ocorrem na atmosfera da Terra. Fenômenos como

frentes frias, tempestades, furacões e outros estão associados tanto às variações

meteorológicas preditas pelas leis físicas determinísticas, assim como a um conjunto

de variações aleatórias dos elementos meteorológicos (temperatura, precipitação,

vento, umidade, pressão do ar) cuja principal ferramenta de investigação é a

estatística. (Oliver Dolfuss 1897)

1.1.7 Clima tropical

Page 7: Paisagem natural trabalho

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Quentes o ano inteiro; duas estações: verão chuvoso e inverno seco.

Apresentam variações em função da altitude, da maritimidade e da continentalidade.

1.1.8 clima equatorial

Temperaturas elevadas e chuvas abundantes o ano todo, com pequena

amplitude térmica anual.

1.1.9 Clima subtropical

Das médias latitudes onde começam a se delinear as quatro estações.

Chuvas bem distribuídas, verões quentes e invernos frios, com significativa

amplitude térmica anual.

1.2.1 Clima Semi-áridos

São climas de transição. Chuvas escassas e irregulares. Encontrados tanto

nas regiões tropicais quanto nas zonas temperadas (onde apresentam invernos

frios).

1.2.2 Clima Tropical Úmido ou Clima Litorâneo,

É um dos subclimas do clima tropical. O clima litorâneo apresenta

temperaturas sempre elevadas ao longo do ano. A temperatura média anual ronda

os 27° C. º Ele ocorre, principalmente, no litoral oriental e sul do Brasil, é

caracterizado pela alta temperatura e o elevado teor de umidade.

1.2.3 Clima tropical de altitude

É um tipo climático que predomina nos planaltos e serras do Sudeste

brasileiro, Planalto Central de Goiás e Distrito Federal e na Serra de Maracaju em

Mato Grosso do Sul. No Brasil, esse domínio tropical de marcante individualidade

abrange o sul de Minas Gerais e do Espírito Santo e partes dos estados do Rio de

Janeiro, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, onde altitudes acima de 500

metros determinam condições especiais de clima, apresenta temperatura amena,

entre 18°C e 26°C, e amplitude térmica anual entre 7°C e 9°C.

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1.2.7 Vegetação

FIGURA 08- vegetação amazônica

A vegetação é um conjunto de plantas de uma região. Há vários tipos de

vegetação, que se desenvolvem de acordo com os fatores climáticos – sobretudo

umidade, temperatura e luz, fundamentais à realização de seus processos vitais. A

maior diversidade de formações vegetais ocorre em regiões de baixa latitude

(próximas do Equador), onde à chuva abundante, a alta temperatura e a luz intensas

propiciam o aparecimento de milhares de espécies. À medida que se aproxima dos

polos, onde há escassez de luz e baixa temperatura, a variedade diminui.

1.2.5 Floresta tropical

Desenvolve-se nas baixas latitudes, em regiões quentes e úmidas. Possui folhas

perenes e largas (latifoliadas), que absorvem mais energia solar. A cobertura vegetal

é densa e contínua, com espécies que chegam a atingir até 60 m de altura. Com

solos geralmente pobres, retiram seus nutrientes do húmus, formado da

decomposição de galhos, troncos e folhas. Esse tipo de vegetação existe na maior

Page 9: Paisagem natural trabalho

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parte da América do Sul, na América Central, no centro e no sul da África, em

Madagáscar e no sul e sudeste da Ásia.

A Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, no Brasil, são exemplos de floresta

tropical.

1.2.6 Savana

Distribui-se pela faixa intertropical do planeta, também em baixas latitudes. As

áreas mais úmidas

1.2.7 Hidrografia

FIGURA 09 – Hidrografia do brasil

O Brasil é dotado de uma vasta e densa rede hidrográfica, sendo que muitos de

seus rios destacam-se pela extensão, largura e profundidade. Em decorrência da

natureza do relevo, predominam os rios de planalto que apresentam em seu leito

rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes

conferem um alto potencial para a geração de energia elétrica. Quanto à

navegabilidade, esses rios, dado o seu perfil não regularizado, ficam um tanto

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prejudicados. Dentre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai

são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação. Os

rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto.

De maneira geral, os rios têm origem em regiões não muito elevadas, exceto o

rio Amazonas e alguns de seus afluentes que nascem na cordilheira andina.

Em termos gerais, como mostra o mapa acima, pode-se dividir a rede hidrográfica

brasileira em sete principais bacias, a saber: a bacia do rio Amazonas; a do

Tocantins - Araguaia; a bacia do Atlântico Sul - trechos norte e nordeste; a do rio

São Francisco; a do Atlântico Sul - trecho leste; a bacia Platina, composta pelas sub-

bacias dos rios Paraná e Uruguai; e a do Atlântico Sul - trechos sudeste e sul. (Aziz

ab’ saber)

1.2.8 Bacia do rio amazonas

Em 1541, o explorador espanhol Francisco de Orellana percorreu, desde as

suas nascentes nos Andes peruanos, distante cerca de 160 km do Oceano Pacífico,

até atingir o Oceano Atlântico, o rio que batizou de Amazonas, em função da visão,

ou imaginação da existência, de mulheres guerreiras, as Amazonas da mitologia

grega.

Este rio, com uma extensão de aproximadamente 6.500 km, ou superior conforme

recentes descobertas disputa com o rio Nilo o título de mais extenso no planeta.

Porém, em todas as possíveis outras avaliações é disparado, o maior. Sua área de

drenagem total é superior a 5,8 milhões de km2, dos quais 3,9 milhões no Brasil

representa a maior bacia hidrográfica mundial. O restante de sua área dividi-se entre

o Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana e Venezuela. Tal área poderia abranger

integralmente o continente europeu, a exceção da antiga União Soviética. O volume

de água do rio Amazonas é extremamente elevado, descarregando no Oceano

Atlântico aproximadamente 20% do total que chega aos oceanos em todo o planeta.

Sua vazão é superior a soma das vazões dos seis próximos maiores rios, sendo

mais de quatro vezes maior que o rio Congo, o segundo maior em volume, e dez

vezes o rio Mississipi. Por exemplo, em Óbidos, distante 960 km da foz do rio

Amazonas, tem-se uma vazão média anual da ordem de 180.000 m3/s. Tal volume

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d'água é o resultado do clima tropical úmido característico da bacia, que alimenta a

maior floresta tropical do mundo.

Na Amazônia os canais mais difusos e de maior penetrabilidade são utilizados

tradicionalmente como hidrovias. Navios oceânicos de grande porte podem navegar

até Manaus, capital do estado do Amazonas, enquanto embarcações menores, de

até 6 metros de calado, podem alcançar a cidade de Iquitos, no Peru, distante 3.700

km da sua foz.

O rio Amazonas se apresenta como um rio de planície, possuindo baixa declividade.

Sua largura média é de 4 a 5 km, chegando a alguns trechos a mais de 50 km. Por

ser atravessado pela linha do Equador, esse rio apresenta afluentes nos dois

hemisférios do planeta. Entre seus principais afluentes, destacam-se os rios Iça,

Japurá, Negro e Trombetas, na margem esquerda, e os rios Juruá, Purus, Madeira,

Tapajós e Xingu, na margem direita.

1.2.9 Bacia do rio tocantins - araguaia

A bacia do rio Tocantins - Araguaia com uma área superior a 800.000 km2 se

constitui na maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. Seu

principal rio formador é o Tocantins, cuja nascente localiza-se no estado de Goiás,

ao norte da cidade de Brasília. Dentre os principais afluentes da bacia Tocantins -

Araguaia destacam-se os rios do Sono, Palma e Melo Alves, todos localizados na

margem direita do rio Araguaia.

O rio Tocantins desemboca no delta amazônico e embora possua, ao longo

do seu curso, vários rápidos e cascatas, também permite alguma navegação fluvial

no seu trecho desde a cidade de Belém, capital do estado do Pará, até a localidade

de Peine, em Goiás, por cerca de 1.900 km, em épocas de vazões altas. Todavia,

considerando-se os perigosos obstáculos oriundos das corredeiras e bancos de

areia durante as secas, só pode ser considerado utilizável, por todo o ano, de

Miracema do Norte (Tocantins) para jusante.

O rio Araguaia nasce na serra das Araras, no estado de Mato Grosso, possui

cerca de 2.600 km, e desemboca no rio Tocantins na localidade de São João do

Araguaia, logo antes de Marabá. No extremo nordeste do estado de Mato Grosso, o

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rio dividi-se em dois braços, rio Araguaia, pela margem esquerda, e rio Javaés, pela

margem direita, por aproximadamente 320 km, formando assim a ilha de Bananal, a

maior ilha fluvial do mundo. O rio Araguaia, é navegável cerca de 1.160 km, entre

São João do Araguaia e Beleza, porém não possui neste trecho qualquer centro

urbano de grande destaque.

1.3.1 Bacia do atlântico sul - trechos norte e nordeste

Vários rios de grande porte e significado regional podem ser citados como

componentes dessa bacia, a saber: rio Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi,

Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba.

Em especial, o rio Parnaíba é o formador da fronteira dos estados do Piauí e

Maranhão, por seus 970 km de extensão, desde suas nascentes na serra da

Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para

o transporte dos produtos agrícolas da região.

1.3.2 Bacia do rio são Francisco

A bacia do rio São Francisco, nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra,

e atravessa os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O rio São

Francisco possui uma área de drenagem superior a 630.000 km2 e uma extensão de

3.160 km, tendo como principais afluentes os rios Paracatu, Carinhanha e Grande,

pela margem esquerda, e os rios Salitre, das Velha e Verde Grande, pela margem

direita.

De grande importância política, econômica e social, principalmente para a região

nordeste do país, é navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora, em Minas

Gerais, até a cachoeira de Paulo Afonso, em função da construção de hidrelétricas

com grandes lagos e eclusas, como é o caso de Sobradinho e Itaparica.

1.3.3 Bacia do atlântico sul - trecho leste

Da mesma forma que no seu trecho norte e nordeste, a bacia do Atlântico Sul

no seu trecho leste possui diversos cursos d'água de grande porte e importância

regional. Podem ser citados, entre outros, os rios Pardos, Jequitinhonha, Paraíba do

Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguaçu.

Page 13: Paisagem natural trabalho

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Por exemplo, o rio Paraíba do Sul está localizado entre os estados de São Paulo,

Rio de Janeiro e Minas Gerais, os de maior significado econômico no país, possui ao

longo do seu curso diversos aproveitamentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de

porte, como Campos, Volta Redonda e São José dos Campos, bem com indústrias

importantes como a Companhia Siderúrgica Nacional.

1.3.4 Bacia platina, ou dos rios paraná e uruguai.

A bacia platina, ou do rio da Prata, é constituída pelas sub-bacias dos rios

Paraná, Paraguai e Uruguai, drenando áreas do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina

e Uruguai.

O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão, sendo o segundo em

comprimento da América do Sul. É formado pela junção dos rios Grande e

Paranaíba. Possui como principais tributários os rios Paraguai, Tietê, Paranapanema

e Iguaçu. Representa trecho da fronteira entre Brasil e Paraguai, onde foi implantado

o aproveitamento hidrelétrico binacional de Itaipu, com 12.700 MW, maior usina

hidrelétrica em operação do mundo. Posteriormente, faz fronteira entre o Paraguai e

a Argentina. Em função das suas diversas quedas, o rio Paraná somente possui

navegação de porte até a cidade argentina de Rosário.

O rio Paraguai, por sua vez, possui um comprimento total de 2.550 km, ao

longo dos territórios brasileiro e paraguaio e tem como principais afluentes os rios

Miranda, Taquari, Apa e São Lourenço. Nasce próximo à cidade de Diamantino, no

estado de Mato Grosso, e drena áreas de importância como o Pantanal mato-

grossense. No seu trecho de jusante banha a cidade de Assunción, capital do

Paraguai, e forma a fronteira entre este país e a Argentina, até desembocar no rio

Paraná, ao norte da cidade de Corrientes.

O rio Uruguai, por fim, possui uma extensão da ordem de 1.600 km, drenando

uma área em torno de 307.000 km2. Possui dois principais formadores, os rios

Pelotas e Canoas, nascendo a cerca de 65 km a oeste da costa do Atlântico. Fazem

parte da sua bacia os rios Peixe, Chapecó, Peperiguaçu, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini.

Page 14: Paisagem natural trabalho

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O rio Uruguai forma a fronteira entre a Argentina e Brasil e, mais ao sul, a

fronteira entre Argentina e Uruguai, sendo navegável desde sua foz até a cidade de

Salto, cerca de 305 km a montante.

1.3.5 Bacia do atlântico sul - trechos sudeste e sul

A bacia do Atlântico Sul, nos seus trechos sudeste e sul, é composta por rios da

importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem

importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário,

abastecimento d'água e geração de energia elétrica.

1.3.6 Solo

O solo é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre

emersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases:

sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar).

É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se

desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo. O

solo, contudo, pode ser visto sobre diferentes óticas. Para um engenheiro agrônomo,

através da edafo/pedologia, solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida

(vegetal e animal). Para um engenheiro civil, sob o ponto de vista da mecânica dos

solos, solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como

suporte para construções ou material de construção. Para um biólogo, através da

ecologia e da pedologia, o solo infere sobre a ciclagem biogeoquímica dos nutrientes

minerais e determina os diferentes ecossistemas e habitat dos seres vivos.(

Giasson1978)

1.3.7 Composição do solo

O solo é a camada mais superficial da crosta, é composto por sais minerais

dissolvidos na água intersticial, seres vivos e rochas em decomposição.

Existem muitas variações de terreno a terreno dos elementos de um solo,

mas basicamente figuram-se quatro camadas principais:

Page 15: Paisagem natural trabalho

15

A primeira camada é rica em húmus, detritos de origem orgânica. Essa

camada é chamada de camada fértil. Ela é a melhor para o plantio, e é nessa

camada que as plantas encontram alguns sais minerais e água para se desenvolver.

A outra camada é a camada dos sais minerais. Ela é dividida em três partes:

A primeira parte é a do calcário. Corresponde entre 7 e 10% dessa camada.

A segunda parte é a da argila, formada geralmente por caolinita, caulim e

sedimentos de feldspato. Corresponde de 20 a 30% dessa camada.

A última parte é a da areia. Esta camada é muito permeável e existem

espaços entre as partículas da areia, permitindo que entre ar e água com mais

facilidade. Esta parte corresponde de 60 a 70% da camada em abertura com o

Magma.

A terceira camada é a das rochas parcialmente decompostas. Depois de se

decomporem totalmente, pela ação da erosão e agentes geológicos, essas rochas

podem virar sedimentos, ou seja.

A quarta camada é a de rochas que estão inicialmente começando a se

decompor. Essas rochas podem ser chamadas de rocha matriz.

1.3.8 Classificação Quanto à Granulometria

Solos arenosos

São aqueles que têm grande parte de suas partículas classificadas na fração

areia, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários.

1.3.9 Solos siltosos

São aqueles que têm grande parte de suas partículas classificadas na fração

silte, de tamanho entre 0,05 e 0,002mm, geralmente são muito erosíveis. O silte não

se agrega como as argilas e ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e

leves. São geralmente finos.

1.4.1 Solos argilosos

Page 16: Paisagem natural trabalho

16

São aqueles que têm grande parte de suas partículas classificadas na fração

argila, de tamanho menor que 0,002mm (tamanho máximo de um coloide). Não são

tão arejados, mas armazenam mais água quando bem estruturados. São geralmente

menos permeáveis, embora alguns solos brasileiros muito argilosos apresentam

grande permeabilidade - graças aos poros de origem biológica. Sua composição é

de boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e hematita).

Formam pequenos grãos que lembram a sensação táctil de pó de café e isso lhes dá

certas características similares ao arenoso.

1.4.2 Lato solo

Possui a capacidade de troca de cátions baixa, menor que 17 cmolc,

presença de argilas de baixa atividade (Tb), geralmente são solos muito profundos

(maior que 2 m), bem desenvolvidos, localizados em terrenos planos ou pouco

ondulados, tem textura granular e coloração amarela e vermelha escura. São solos

zonais típicos de regiões de clima tropical úmido e semi-úmido, como Brasil e a

África central. Sua coloração pode ser avermelhada, alaranjada ou amarelada. Isso

evidencia concentração de óxidos de Fe e Al em tais solos. São profundos, bastante

porosos e bem intemperizados.

1.4.3 Solo lixiviado

São aqueles que a grande quantidade de chuva carrega seus nutrientes,

tornando o solo pobre (pobre de potássio, e nitrogênio).

1.4.4 Solos Negros Das Planícies e Das Pradarias

São aqueles que são ricos em matéria orgânica.

1.4.5 Solo árido

São aqueles que pela ausência de chuva não desenvolvem seu solo.

1.4.6 Solos de montanhas

São aqueles que o solo é jovem.

Page 17: Paisagem natural trabalho

17

1.4.7 Solo orgânico

Composto de materiais orgânicos (restos de organismos mortos e em

decomposição), além da areia e da argila. Este solo é o que mais favorece o

desenvolvimento vida das plantas, porém solos orgânicos tropicais como do Brasil,

por exemplo, possuem baixa fertilidade. O húmus é o resíduo ou composto solúvel

originado pela biodegradação da matéria orgânica, que o torna disponível para as

plantas nutrientes minerais e gasosos como o nitrogênio (N).

O solo orgânico favorece propriedades físicas e químicas do solo; favorece as

propriedades físicas, pois se formam grânulos, deixando-o mais leve, menos

pegajoso e mais trabalhável. A formação de grânulos também favorece a umidade e

aeração do solo, já que se formam espaços vazios entre os grânulos e estes, por

sua vez, são preenchido por ar e água. Favorece as propriedades químicas, pois

pode aumentar sua CTC, fixar nutrientes minerais e gasosos através de reações

químicas e aumenta ou diminuir o pH. Grande quantidade de matéria orgânica no

solo pode favorecer ao aumento da acidez potencial, por liberação de H+.

2.0 PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS DO PLANETA

Efeito de estufa

Aquecimento global

Aumento do buraco do ozono

Chuvas ácidas

Escassez de água potável

Formação de resíduos

Desmatamento e extinção das espécies

2.1 Efeito de estufa

O efeito de estufa tem como principais causadores gases como o dióxido de

carbono, metano , CFC’s ou óxidos de azoto. É o Homem o principal emissor destes

gases.

2.1.1Aquecimento global

Page 18: Paisagem natural trabalho

18

O aquecimento global é o aumento da temperatura do ar e dos oceanos. Este

facto, deve-se em parte , ao aumento do efeito de estufa.

2.1.2 Camada de ozônio

A camada do ozono existe na estratosfera, com maior concentração entre 16

30 Km de altitude.

A sua função é proteger o planeta das radiações ultra-violetas do sol

autamente prejudiciais aos seres vivos

2.1.3 Chuvas ácida

A chuva ácida é uma das principais consequências da poluição do ar. As

queimas de carvão ou de derivados de petróleo libertam resíduos gasosos, como

óxidos de nitrogénio e de enxofre. A reacção dessas substâncias com a água forma

ácido nítrico e ácido sulfúrico, Estes poluentes são levados pelo vento, atingindo

zonas que estão a quilómetros de distância.

2.1.4 Escasses de agua potável

Apesar de três quartos do planeta ser constituído por água, apenas 1% é

água potável.

Com o aumento da poluição, com o crescimento demográfico e o uso

desordenado dos recursos naturais, corremos o risco de termos que a racionar.

2.1.5 Formação de resíduos

O crescimento populacional e o avanço tecnológico veio contribuir para o

aumento da formação de resíduos, A grande maioria não é biodegradável

2.1.6 Desmatamento e extinção das espécies

O abate das florestas leva à destruição dos ecossistemas e à extinção das

espécies que neles vivem. A ciência identificou até hoje cerca de 1,4 milhões de

espécies biológicas.

Page 19: Paisagem natural trabalho

19

Desconfia-se que devam existir 30 milhões ainda por identificar, a maior parte

delas em regiões como as florestas tropicais húmidas, Calcula-se que desaparecem

100 espécies a cada dia, por causa do abate ilegal das florestas.

3.0 OBJETIVO GERAL:

Compreender as relações entre os seres humanos e o meio a partir do

domínio de conceitos como espaço geográfico, paisagem, orientação e localização.

Identificar as características das paisagens naturais e modificadas,

percebendo a ação do homem para com o meio ambiente / conscientização.

Trabalhar a noção temporal antes e depois.

4.0 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Conceituar e diferenciar paisagem natural e paisagem cultural;

Entender a ação antrópica no meio;

Valorizar as representações cartográficas como fonte de informações;

Identificar o espaço geográfico como um espaço em constante transformação

5.0 METODOLOGIA:

Paisagens naturais e problemas ambientais

Relevo

Vegetação

Solo

Hidrografia

Clima

Problemas ambientais

6.0 CONCLUSÃO:

Nós seres humanos somos rodeados de paisagens em geral,seja ela natural

(matas,faunas,floras,rios,montanhas entre outras),ou cultural(criadas pelas mãos

dos homens como rodovias,ferrovias,prédios,cidades inteiras,túneis,hidrelétricas

entre várias outras).

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Mas o que vem acontecendo à muito tempo é que, a paisagem cultural está

invadindo o espaço da paisagem natural, No desempenho de suas atividades

econômicas, o homem modifica o ambiente em que vive: corta ou planta árvores, ara

terras, constrói edifícios e caminhos, perfura montanhas para abrir túneis ou minas,

lança resíduos orgânicos e industriais na atmosfera, nos rios e no mar, canaliza as

águas superficiais. O resultado de tudo isso é a paisagem geográfica, síntese dos

elementos naturais e da ação transformadora dos seres humanos substituindo a

beleza do verde que está perdendo seu lugar para as cidades que crescem de

maneira desordenada Isso não deveria estar acontecendo, o ser humano deveriam

conciliar simultaneamente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Dolfuss, Oliver

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