painel jac 2015 ribeirão preto - psicoterapia

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Atendimento psicoterápico no contexto clínico analítico-comportamental: estudo de caso. Maicon Danese. Centro Universitário Barão de Mauá Vanessa Fradique de Sousa. Centro Universitário Barão de Mauá Juliana Setem Carvalho Tucci. Centro Universitário Barão de Mauá. PSICOLOG Instituto de Estudo do Comportamento, Ribeirão Preto, SP; Centro Universitário Estácio-UniSEB, Ribeirão Preto, SP. Introdução O transtorno de pânico caracteriza-se pela presença de ataques repentinos de ansiedade como taquicardia, sudorese, falta de ar, tremores, tonteiras, pernas bambas, formigamentos entre outros; além de ideação de morte por sufocamento ou ataque cardíaco, loucura, perda de controle e desmaio. A primeira resposta ansiosa ocorreu como um reflexo incondicionado eliciado pela ativação biológica do organismo, configurando um ataque de pânico. Essa resposta, entretanto, ocorreu em um contexto no qual estavam presentes muitos outros estímulos; além disso, outras respostas (públicas e privadas) do indivíduo poderiam estar sendo emitidas no momento do ataque. Os estímulos que estavam presentes na ocasião do ataque de pânico, bem como as respostas que o indivíduo emitia no momento podem, por associação com o estímulo aversivo incondicionado, adquirir a função de estímulo aversivo condicionado e estímulo discriminativo para a emissão de respostas de esquiva. Identificação do cliente Sexo masculino, 44 anos, mora com a esposa e uma filha. Procurou atendimento psicoterapêutico para ansiedade em demasia e instabilidade emocional. Apresentou ataques de pânico em várias situações, como centro da cidade, shopping, estádio de futebol, locais com multidão. Percebeu maior descontrole e intensidade dos sintomas após o falecimento da mãe. Apresentou dificuldades nas relações interpessoais. Procedimento Buscar informações de como pode ter ocorrido condicionamento clássico, tornando ambientes pareados ao ataque do pânico, estímulos condicionados aversivos. Ampliação da capacidade de discriminação das situações provedoras/desencadeadoras de ataque de pânico. Análise funcional dos comportamentos relacionados a queixa. Realizar Dessensibilização Sistemática e Contracondiconamento dos estímulos aversivos. Desenvolvimento de repertório de enfrentamento para as situações aversivas. Treino de habilidades sociais. Resultados Maior discriminação as variáveis que antecediam e sucediam suas crises do pânico, desenvolvendo repertório alternativo para lidar com os ataques. Através da Dessensibilização Sistemática e Contracondicionamento, os respondentes foram manejados. Atualmente apresenta um maior número de comportamentos prazerosos e de relaxamento. Diminuição nos comportamentos de fuga e esquiva de situações aversivas. Referência NOGUEIRA, E. S., & REIS, M. (2012). O transtorno de pânico além das técnicas: Um estudo sobre o Transtorno de Pânico com foco na Análise do Comportamento. Revista de Psicologia.

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Painel Jac 2015 Ribeirão Preto - Psicoterapia. Analítico comportamental.

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Page 1: Painel Jac 2015 Ribeirão Preto - Psicoterapia

Atendimento psicoterápico no contexto

clínico analítico-comportamental: estudo

de caso.

Maicon Danese. Centro Universitário Barão de Mauá

Vanessa Fradique de Sousa. Centro Universitário Barão de Mauá

Juliana Setem Carvalho Tucci. Centro Universitário Barão de Mauá. PSICOLOG – Instituto de Estudo do

Comportamento, Ribeirão Preto, SP; Centro Universitário Estácio-UniSEB, Ribeirão Preto, SP.

Introdução

O transtorno de pânico caracteriza-se pela presença de ataques repentinos de ansiedade como taquicardia, sudorese, falta

de ar, tremores, tonteiras, pernas bambas, formigamentos entre outros; além de ideação de morte por sufocamento ou

ataque cardíaco, loucura, perda de controle e desmaio. A primeira resposta ansiosa ocorreu como um reflexo

incondicionado eliciado pela ativação biológica do organismo, configurando um ataque de pânico. Essa resposta,

entretanto, ocorreu em um contexto no qual estavam presentes muitos outros estímulos; além disso, outras respostas

(públicas e privadas) do indivíduo poderiam estar sendo emitidas no momento do ataque. Os estímulos que estavam

presentes na ocasião do ataque de pânico, bem como as respostas que o indivíduo emitia no momento podem, por

associação com o estímulo aversivo incondicionado, adquirir a função de estímulo aversivo condicionado e estímulo

discriminativo para a emissão de respostas de esquiva.

Identificação do cliente Sexo masculino, 44 anos, mora com a esposa e uma

filha.

Procurou atendimento psicoterapêutico para ansiedade

em demasia e instabilidade emocional.

Apresentou ataques de pânico em várias situações,

como centro da cidade, shopping, estádio de futebol,

locais com multidão.

Percebeu maior descontrole e intensidade dos sintomas

após o falecimento da mãe.

Apresentou dificuldades nas relações interpessoais.

Procedimento Buscar informações de como pode ter ocorrido

condicionamento clássico, tornando ambientes

pareados ao ataque do pânico, estímulos condicionados

aversivos.

Ampliação da capacidade de discriminação das

situações provedoras/desencadeadoras de ataque de

pânico.

Análise funcional dos comportamentos relacionados a

queixa.

Realizar Dessensibilização Sistemática e

Contracondiconamento dos estímulos aversivos.

Desenvolvimento de repertório de enfrentamento para

as situações aversivas.

Treino de habilidades sociais.

Resultados Maior discriminação as variáveis que antecediam e sucediam suas crises do pânico, desenvolvendo repertório

alternativo para lidar com os ataques.

Através da Dessensibilização Sistemática e Contracondicionamento, os respondentes foram manejados. Atualmente

apresenta um maior número de comportamentos prazerosos e de relaxamento.

Diminuição nos comportamentos de fuga e esquiva de situações aversivas.

Referência NOGUEIRA, E. S., & REIS, M. (2012). O transtorno de pânico além das técnicas: Um estudo sobre o Transtorno de Pânico com foco na Análise do

Comportamento. Revista de Psicologia.