painel - edição 224 – nov.2013

28
painel AEAARP Hélcio, Maria Cecília e Denizart contam suas histórias OS PROFISSIONAIS DE 2013

Upload: texto-cia-comunicacao

Post on 27-Mar-2016

226 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Veículo de divulgação oficial da AEAARP.

TRANSCRIPT

Page 1: Painel - edição 224 – nov.2013

painelA E A A R P

Ano XVI nº 224 novembro/2013

EVENTOSemana de Arquitetura

mostrou os descendentes do modernismo

PROFISSÃODemanda por engenheiros deve criar 660 mil postos

de trabalho até 2020

ÁGUAPesquisadores apontam que

faltam modelos de gestão para os recursos hídricosHélcio, Maria Cecília e Denizart contam suas histórias

OSPROFISSIONAISDE 2013

Painel 224.indd 1 18/11/2013 15:22:45

Page 2: Painel - edição 224 – nov.2013

Painel 224.indd 2 18/11/2013 15:22:52

No mês passado, a AEAARP promoveu as semanas técnicas de Arquitetura e Ur-banismo e de Engenharia e concluiu o ciclo de eventos técnicos programados paraeste ano.Compalestras de alto nível, proferidas por profissionais com capacitação reconhe-

cida nacional e internacionalmente, ofereceu aos par�cipantes a possibilidade deacesso às ações de ponta nessas áreas de atuação.O grande número de profissionais, estudantes e demais interessados presentes,

retrata a importância e o sucesso da programação.Esse resultado indica o caminho que devemos trilhar no futuro, para disponibili-

zarmos aos associados a oportunidade de reciclarem e agregarem conhecimento.No próximo ano, deveremos incrementar outras ações de interesse na área, por

ocasião da realização dos eventos já previstos.Em novembro, a AEAARP vai promover a festa “Os Profissionais do Ano 2013”,

que fará realizar no dia 22 de novembro de 2013, no Espaço Golf, com o intuito dehomenagear todos os profissionais da sua área de atuação e para representá-los,foram escolhidos três profissionais que se destacaram ao longo de suas carreiras,nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.Os serviços prestados pelos profissionais de nossa área à sociedade em geral

sempre foram e con�nuam sendo norteados pelo elevado padrão de qualidade.Assim, ser escolhido pelos seus pares em decorrência de sua atuação profissional

significa o reconhecimento dos colegas pela qualidade de seu trabalho.Portanto, parabéns aos homenageados.O Brasil atravessa uma fase posi�va de desenvolvimento na área tecnológica.Apesar do recuo no percentual de crescimento do país em relação aos períodos

anteriores, ainda há muito que fazer e muito trabalho pela frente, principalmentenas áreas de infraestrutura, transportes, energia, logís�ca, habitação, alimentaçãoe outras.Sendo assim, as perspec�vas de trabalho em curto e médio prazos ainda são

o�mistas, tendo em vista que sem a par�cipação efe�va dos profissionais de nossaárea nenhum avanço será possível nesses segmentos.

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo

Editorial

Painel 224.indd 3 18/11/2013 15:22:53

Page 3: Painel - edição 224 – nov.2013

Painel 224.indd 2 18/11/2013 15:22:52

No mês passado, a AEAARP promoveu as semanas técnicas de Arquitetura e Ur-banismo e de Engenharia e concluiu o ciclo de eventos técnicos programados paraeste ano.Compalestras de alto nível, proferidas por profissionais com capacitação reconhe-

cida nacional e internacionalmente, ofereceu aos par�cipantes a possibilidade deacesso às ações de ponta nessas áreas de atuação.O grande número de profissionais, estudantes e demais interessados presentes,

retrata a importância e o sucesso da programação.Esse resultado indica o caminho que devemos trilhar no futuro, para disponibili-

zarmos aos associados a oportunidade de reciclarem e agregarem conhecimento.No próximo ano, deveremos incrementar outras ações de interesse na área, por

ocasião da realização dos eventos já previstos.Em novembro, a AEAARP vai promover a festa “Os Profissionais do Ano 2013”,

que fará realizar no dia 22 de novembro de 2013, no Espaço Golf, com o intuito dehomenagear todos os profissionais da sua área de atuação e para representá-los,foram escolhidos três profissionais que se destacaram ao longo de suas carreiras,nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.Os serviços prestados pelos profissionais de nossa área à sociedade em geral

sempre foram e con�nuam sendo norteados pelo elevado padrão de qualidade.Assim, ser escolhido pelos seus pares em decorrência de sua atuação profissional

significa o reconhecimento dos colegas pela qualidade de seu trabalho.Portanto, parabéns aos homenageados.O Brasil atravessa uma fase posi�va de desenvolvimento na área tecnológica.Apesar do recuo no percentual de crescimento do país em relação aos períodos

anteriores, ainda há muito que fazer e muito trabalho pela frente, principalmentenas áreas de infraestrutura, transportes, energia, logís�ca, habitação, alimentaçãoe outras.Sendo assim, as perspec�vas de trabalho em curto e médio prazos ainda são

o�mistas, tendo em vista que sem a par�cipação efe�va dos profissionais de nossaárea nenhum avanço será possível nesses segmentos.

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo

Editorial

Painel 224.indd 3 18/11/2013 15:22:53

Page 4: Painel - edição 224 – nov.2013

Expediente

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

Índice

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ESPECIAL 05Prêmio Profissionais do Ano AEAARP 2013

EVENTO 124ª Semana de Arquitetura - Arquitetura Moderna e seus descentes

ÁGUA 18Falta gestão para os recursos hídricos

ENGENHARIA 20Engenharia: profissão do passado, presente e futuro

SAÚDE 22Coração artificial 100% nacional

CREA-SP 24Instalações de parques de diversões

TECNOLOGIA 25Movido a hidrogênio

NOTAS E CURSOS 26

INDICADOR VERDE 26

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente

Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorEng. agrimensor José Mario SarilhoEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiEng. civil Roberto MaestrelloConselheiros SuplentesArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. civil e seg. do trab. Luci Aparecida SilvaEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 24, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044 e Ana Cunha

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - (16) 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.

Painel 224.indd 4 18/11/2013 15:22:53

Page 5: Painel - edição 224 – nov.2013

5

AEAARP

ESPECIAL

AEAARP 2013

Três nomes, trêshistórias e algo comum:excelência no trabalho

Maria �nha seis anos quando de-monstrou os primeiros sinais que setornaria uma arquiteta. O pequenoHélcio sempre gostou de planejare lidar com a parte econômica. Eleaprendeu a controlar os gastos comsua mãe – uma senhora que, até hoje,aos 80 anos, sabe exatamente quantogasta em cada conta da casa. Já Deni-zart, quando criança dizia que queriaser cien�sta. Ele gostava de biologia,pesquisa e experiências. Foi assim a in-

fância dos três profissionais escolhidospara representar engenheiros, arquite-tos e agrônomos no Prêmio Profissio-nais do Ano AEAARP 2013.Hélcio Elias Filho, engenheiro civil,

Maria Cecília Baldochi Medeiros, arqui-teta, e Denizart Bolonhezi, engenheiroagrônomo, são os nomes escolhidospela AEAARP para serem homenagea-dos em 2013. Nas próximas páginas, co-nheça mais sobre a história de cada umdeles.

Prêmio

1956 1961 1967

Hélcionasceu em

Ribeirão Preto

Maria Cecílianasceu emSão Paulo

Denizartnasceu em São

Joaquim da Barra

AEAARP

Painel 224.indd 5 18/11/2013 15:22:54

Page 6: Painel - edição 224 – nov.2013

6

Revista Painel

1983

ESPECIAL

1980

Revista Painel

Casou-se comNilza Figueiredo

Elias

Formou-se emarquitetura

Concluiu agraduação em

engenharia civil noIns�tuto Politécnico

de RibeirãoPreto, do Moura

Lacerda, e setornou engenheiroresidente na Jábali

Aude

Ingressou naJábali Aude como

engenheiro de obra

1978

Entrou nafaculdade de

arquitetura, noMackenzie

1979 1982

Tornou-se membroda diretoriae conselho

delibera�vo daAEAARP

Se tornou ogerente de

planejamento naJábali Aude

1984

Trabalhou comoarquiteta em

escritório próprio

1984

Eu nasci e fui criado em Ribeirão Pre-to.Meu pai, Hélcio Elias, era farmacêu�-co de profissão e minha mãe, AparecidaPoloni Elias, dona de casa. Sempre gos-tei da área de controle e isso eu aprendicom a minha mãe: uma senhora de 80anos que sabe exatamente quanto gas-ta com cada conta da casa. Eu tambémgostava da disciplina de �sica, da pos-sibilidade de construir algo, de planejare lidar com a parte econômica e orça-mentos. Fiquei em dúvida entre enge-nharia agronômica e civil, pois eu ia àfazenda do meu �o e gostava também

“Aprendi a ter pé no chãoe que quanto mais a gente

cresce, mais entendemos queprecisamos aprender”

daquele ambiente.Dos 13 aos 17 anos, trabalhei em uma

loja de confecções, depois entrei noBanco Bradesco, na área de compen-sação de cheques. Eu estudava de dia etrabalhava a noite, das 18h às 2h. No 3°ano de faculdade, no Ins�tuto Politécni-co de Ribeirão Preto, eu comecei a es-tagiar em uma empresa de São Paulo, aQuadra Engenharia, e par�cipei da obrado Sesi, na Avenida Castelo Branco, aquiem Ribeirão Preto. Muitos professoresforam essenciais na minha formaçãocomo o professor Antonio Carlos Toset-

O engenheiro

Painel 224.indd 6 18/11/2013 15:22:55

Page 7: Painel - edição 224 – nov.2013

6

Revista Painel

1983

ESPECIAL

1980

Revista Painel

Casou-se comNilza Figueiredo

Elias

Formou-se emarquitetura

Concluiu agraduação em

engenharia civil noIns�tuto Politécnico

de RibeirãoPreto, do Moura

Lacerda, e setornou engenheiroresidente na Jábali

Aude

Ingressou naJábali Aude como

engenheiro de obra

1978

Entrou nafaculdade de

arquitetura, noMackenzie

1979 1982

Tornou-se membroda diretoriae conselho

delibera�vo daAEAARP

Se tornou ogerente de

planejamento naJábali Aude

1984

Trabalhou comoarquiteta em

escritório próprio

1984

Eu nasci e fui criado em Ribeirão Pre-to.Meu pai, Hélcio Elias, era farmacêu�-co de profissão e minha mãe, AparecidaPoloni Elias, dona de casa. Sempre gos-tei da área de controle e isso eu aprendicom a minha mãe: uma senhora de 80anos que sabe exatamente quanto gas-ta com cada conta da casa. Eu tambémgostava da disciplina de �sica, da pos-sibilidade de construir algo, de planejare lidar com a parte econômica e orça-mentos. Fiquei em dúvida entre enge-nharia agronômica e civil, pois eu ia àfazenda do meu �o e gostava também

“Aprendi a ter pé no chãoe que quanto mais a gente

cresce, mais entendemos queprecisamos aprender”

daquele ambiente.Dos 13 aos 17 anos, trabalhei em uma

loja de confecções, depois entrei noBanco Bradesco, na área de compen-sação de cheques. Eu estudava de dia etrabalhava a noite, das 18h às 2h. No 3°ano de faculdade, no Ins�tuto Politécni-co de Ribeirão Preto, eu comecei a es-tagiar em uma empresa de São Paulo, aQuadra Engenharia, e par�cipei da obrado Sesi, na Avenida Castelo Branco, aquiem Ribeirão Preto. Muitos professoresforam essenciais na minha formaçãocomo o professor Antonio Carlos Toset-

O engenheiro

Painel 224.indd 6 18/11/2013 15:22:55

7

AEAARPAEAARP

1992

Finalizou agraduação em

engenhariaagronômica

Nasceu o segundo filho: ArthurNasceu a primeirafilha: Bruna

1985

Ingressou no curso deengenharia agronômica na

Unesp-Campus de Ilha Solteira

1987

Início da restauração do Theatro PedroII, quando Hélcio era o diretor de

planejamento e custos da Jábali Aude

1993

Assumiu a funçãode arquiteta daSecretaria de

Planejamento eGestão Pública, da

Prefeitura Municipalde Ribeirão Preto

Casou-se com Luiz EduardoSiena Medeiros e mudou-se para

Ribeirão Preto

1991

Prestou o concursodo Ins�tuto

Agronômico deCampinas (IAC)

to, Wilson Luiz Laguna e o Mário Alber-to Ferriani. Este é engenheiro calculistae hoje sou cliente dele.Há 35 anos eu trabalho na constru-

tora Jábali Aude. Entrei em 1978 comoengenheiro de obra e fui fazendo carrei-ra dentro da empresa. Já fui engenheiroresidente, gerente de planejamento, di-retor de planejamento e custos e hojesou diretor de engenharia, cargo ocupa-do pelo engenheiro civil Iskandar Audequando ingressei na empresa. A empre-sa sempre primou pela qualidade e issoteve muita influência na minha formade trabalho.No início da década de 1980, me asso-

ciei a AEAARP. Alguém me falou sobre aAssociação, fui conhecer e gostei. E em1998 fui eleito o presidente execu�vo.Em 1982, me casei com Nilza Figuei-

redo Elias. São 40 anos de história – 9anos de namoro e 31 de casamento –e o resultado são dois filhos: Bruna, de28 anos, que cursou Letras e Arthur, de

26 anos, formado em Administração deEmpresas. Minha esposa é biomédica,mas não exerce a profissão. Há 20 anossomos membros da Igreja Nacional doSenhor Jesus Cristo. Atuamos comopastores auxiliares e par�cipamos daadministração e do presbitério da ins�-tuição. Também realizo palestras sobreeconomia domés�ca e administraçãode pequenas empresas para os fiéis ecultos para a congregação.No período da restauração e moder-

nização do Theatro Pedro II, eu atuavacomo diretor de planejamento e custose me lembro que o valor do lustre doTheatro era o mesmo de um carro po-pular da época [1992]. Eu gostava des-sas referências. Visitamos outros trêsteatros antes de iniciarmos a reforma:Municipal do Rio de Janeiro, Municipalde São Paulo e o Teatro São Pedro, dePorto Alegre.No cargo que ocupo hoje, diretor de

engenharia, tenho que par�cipar de

todas as etapas da obra: coordenaçãodo projeto, elaboração dos orçamen-tos, viabilidade da obra, planejamen-to, execução, qualidade, aquisição dossuprimentos necessários e assistênciatécnica pós-obra. Neste ano, inicieiuma nova etapa da minha carreira, fuiconvidado para dar aulas na FundaçãoGetúlio Vargas (FGV). Vou ministrar asdisciplinas de gestão e liderança e ge-renciamento de projetos.Fora do horário de trabalho, eu doo o

meu tempo para a igreja e pra�co três�pos de leitura: livros técnicos, a bíbliae livros evangélicos. Vejo minha pro-fissão como uma realização. Gosto deme aproximar das pessoas, de liderarequipes de forma correta e de formare mo�var pessoas. A engenharia meproporciona tudo isso. Eu me relacionodesde a pessoa humilde até a um CEOde uma grande empresa. Aprendi a terpé no chão e que quanto mais a gentecresce, mais entendemos que precisa-mos aprender sempre.

Painel 224.indd 7 18/11/2013 15:22:57

Page 8: Painel - edição 224 – nov.2013

8

Revista Painel

ESPECIAL

Nasci em São Paulo-SP, em 1961. Afamília da minha mãe, Shirley ParadaGonçalves Baldochi, professora, é de lá.Mas morei em Batatais-SP toda minhainfância e juventude, de onde é a famí-lia do meu pai, José Marcílio Baldochi,engenheiro civil. Quando eu �nha seisanos, meu pai trabalhava no Daerp (naépoca – DAET) aqui em Ribeirão Preto ede vez em quando íamos para lá. A se-cretária dele, Dona Iracy, me dava pa-pel e lápis para brincar e eu desenhavacasinhas com muitos detalhes e ela fa-lava “essa menina vai seguir a profissãodo pai”.

“A arquitetura é minhavida. Principalmente,

por me dar aoportunidade de

transformar a vida daspessoas”

A arquiteta

Meu irmão mais novo, Marcílio CelsoBaldochi, também é engenheiro civil.Já o mais velho, Mário Cícero Baldochi,começou engenharia e depois optoupor graduação emmatemá�ca. Quandomeu pai ia acompanhar algumas obras,eu e meus irmãos íamos juntos. Emme-ados da década de 1970 o arquiteto Nil-ton Martorelli, da cidade de São Paulo,fez alguns projetos com omeu pai e issome influenciou na escolha da arquitetu-ra. Martorelli projetava as casas e meupai as calculava e construía.Em 1979, prestei ves�bular no Ma-

ckenzie e na USP, mas fiz a primeira

19981996

Revista Painel

Finalizou o curso de pós-graduação em Gerentede Cidades, pela FAAP

Foi nomeado presidente execu�vo daAEAARP e representante do Tribunal deImpostos Municipais, en�dade de classe

nas ações de julgamento deste órgão

Integrou a equiperesponsável pela

aprovação do PlanoDiretor de Ribeirão

Preto

Conquistou ocargo de diretor

de planejamento ecustos na Jábali

Mudou-se paraRibeirão Pretoe começou a

trabalhar na EstaçãoExperimental do

IAC, Polo RegionalCentro Leste, daAgência Paulista

de Tecnologia dosAgronegócios (APTA)

1995 1997

Finalizou o cursode Especializaçãoem Qualidade eCer�ficação ISO

9000

1994

começou atrabalhar no IAC de

Campinas

Tornou-se associado daAEAARP e casou-se comMaria Lucia Fernandes

Bolonhezi

Concluiu mestrado em produçãovegetal pela Unesp-Jabo�cabal

Painel 224.indd 8 18/11/2013 15:22:58

Page 9: Painel - edição 224 – nov.2013

9

AEAARP

opção. Na faculdade, eu me apaixoneiainda mais pela profissão, pelo cará-ter mul�disciplinar e a possibilidadede trabalhar em diversas áreas. Algunsprofessores me es�mularam bastantecomo os arquitetos Décio Tozzi, Fran-cisco Segnini Júnior, Carlos Cascaldi e oengenheiro Paulo Cas�lho.No final da faculdade comecei a na-

morar. Meu marido, Luiz Eduardo Sie-na Medeiros, também é arquiteto e deSão Paulo. Entre 1984 e 1991 trabalheicom o meu pai em Batatais, elaborandoprojetos arquitetônicos. Em 1991, mecasei, mudei para Ribeirão Preto e mon-tei com o meu marido o escritório BSMProjetos e Consultoria SS Ltda, com es-critório também em Batatais. Em 1992nos associamos à AEAARP e meu mari-do foi eleito presidente da associaçãono ano 2000.Sempre trabalhei como arquiteta. No

que diz respeito à arquitetura fui inspi-rada pelos trabalhos de Décio Tozzi e emtermos de planejamento urbano admi-ro o trabalho de Jaime Lerner, arquitetoreferência no assunto e que projetouCuri�ba-PR. Quando eu fazia faculdade,

achava planejamento urbano uma áreadi�cil de trabalhar, pois é muito ligadaao setor público. Depois que vi o traba-lho de Lerner em Curi�ba, percebi queera possível trabalhar com planejamen-to no Brasil. Lerner me fez ver que umacidade já existente e com uma série deproblemas pode ter as dificuldades mi-nimizadas e ganhar novos rumos.Em 1993, prestei concurso na Prefei-

tura Municipal de Ribeirão Preto e co-mecei a trabalhar com planejamentourbano, tendo par�cipado da equipeque elaborou o Plano Diretor de Ribei-rão Preto e a Lei de Parcelamento, Usoe Ocupação do Solo. Em 2007, comeceia trabalhar com urbanização de favelase regularização fundiária o que acabousendo uma virada na minha carreira.Passei a trabalhar com o outro lado daarquitetura voltado para uma popula-ção com mais necessidades. É muitogra�ficante você ter o conhecimentoe poder mudar o dia-a-dia dessas pes-soas. Esse trabalho envolve diversosprofissionais de outras áreas e com a�-vidades mul�disciplinares o que gostomuito.

Hoje, trabalho seis horas por dia naSecretaria dePlanejamento eGestãoPú-blica de Ribeirão e no período da tardeno nosso escritório. Muitas vezes tenhoreuniões à tarde ou à noite na Secreta-ria e, por isso, tenho trabalhado menoscom projeto. Nas horas livres gosto decuidar das minhas plantas, ouvir jazz,MPB e música clássica e busco leiturasalterna�vas: livros literários, técnicos,contos e poesias. Nos finais de sema-na, às vezes, vou para Batatais para verminha mãe e minha avó materna GinaSartori Mascagni, já com 99 anos.A arquitetura é minha vida. Principal-

mente, por me proporcionar a oportu-nidade de transformar a vida das pes-soas. Projetando residências, tornandorealidade o sonho de pessoas e trans-formando a vida de pessoas humildes,oferecendo qualidade de vida para elasatravés dos projetos de urbanização defavelas. Fazemos isto abrindo ruas, le-vando asfalto, rede de água e de esgoto,criando espaços de convívio, dando dig-nidade aos moradores dessas comuni-dades. Esse é o poder de transformaçãoda arquitetura.

AEAARP

2001

É consagradopastor da Igreja

Nacional do SenhorJesus Cristo emRibeirão Preto

Iniciou MBA emGestão Empresarial

pela FundaçãoGetúlio Vargas

Foi bolsista em Cursode Especialização

em Cul�vo Sin Suelo,Almeria (Espanha)

1999

Nasceu o filhoMatheus Fernandes

Bolonhezi

2000 2002

Conquistou oprimeiro lugarno concurso de

técnica para plan�odireto, durante o 8ºEncontro Nacional

sobre Plan�o Diretona Palha, recebendoprêmio de R$ 5.000

2003

Foi bolsistaem Curso de

Especializaçãoem Fisiologia de

Plantas em Cul�voProtegido, Almeria

Assumiu o cargo dediretor financeiro daContato MaranataConsultoria e RH

Recebeu o PrêmioVictoria Rosse�,grupo paulista de

fitopatologia

2004

Painel 224.indd 9 18/11/2013 15:23:00

Page 10: Painel - edição 224 – nov.2013

10

Revista Painel

“Eu acredito que trabalhar comconhecimento é um privilégio,

sou pago para aprender e gerarconhecimento. O nosso cliente

final é a sociedade”

O agrônomo

ESPECIAL

Minha família é de São Joaquim da Bar-ra-SP. Nasci lá, mas fui criado em Jabo�ca-bal-SP. Meu pai, Antonio João Bolonhezi,era servidor público, ele trabalhou na an-�ga Companhia de Entrepostos e Arma-zéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).Minhamãe, Maria Olympia Bap�stussi Bolonhe-zi, trabalhou como microempresária e emcasa. Quando era criança eu dizia que que-ria ser cien�sta. Gostava de biologia, depesquisa e de fazer experiências. Mas nãoimaginava que eu fosse trilhar a carreiraacadêmica, pois hoje trabalho com agro-nomia, porém na área de pesquisa.

O meu grande professor e exemploprofissional foi o meu irmão, AntonioCesar Bolonhezi. Ele é agrônomo e pro-fessor da Unesp de Ilha Solteira, na áreade agricultura. Tive muita influênciadele, foi o primeiro da família que saiupara fazer curso superior e acabou sen-do o guia para os demais. Hoje, minhafamília conta com seis agrônomos, entre�o, primos e cunhado. Tenho duas irmãsque mesmo não sendo agrônomas es-tão ligadas de alguma forma ao assun-to. Sheila Bolonhezi Verdade é biólogae trabalhou no Ins�tuto de Tecnologiade Alimentos (ITAL). Ela é casada comum agrônomo e o sogro dela foi diretordo Ins�tuto Agronômico de Campinas(IAC), local onde iniciei minha carreira.Já Valéria Bolonhezi Miranda Castro éprofessora de ensino fundamental e ini-

Meu avô paterno, Orestes Bap�stussi,era agricultor arrendatário, mas as difi-culdades enfrentadas no campo fizeramcom que se mudasse para cidade com ointuito de melhorar a condição financei-ra para criar os nove filhos. Nossa famíliatem raiz na zona rural, mas naquela épo-ca não havia nenhum agrônomo. Hoje,nenhum parente possui propriedade ru-ral, mas temmuito agrônomo na família.A agronomia foi meio que acidental

na minha vida. Quando terminei o co-legial [ensino médio], fiz ves�bular paraoutras áreas. Me matriculei em Farmá-cia, mas não iniciei o curso. Decidi entãoprestar agronomia, porque achava queteria mais chances e pelo exemplo domeu irmão que cursou agronomia. En-trei na faculdade em 1987 e me formeiem 1992, na Unesp de Ilha Solteira-SP.

2007

Revista Painel

Começou a atuar comodiretor de engenharia

na Jábali Aude e,paralelamente, comodiretor na Reciclax,

empresa de reciclagemdos resíduos daconstrução civil

Finalizoudoutorado em

produção vegetalpela Unesp-Jabo�cabal

2006

Par�cipou da elaboração da Lei deParcelamento, uso e Ocupação do Solo

do Município de Ribeirão Preto (Lei2157/2007). Desde esse ano, trabalha

na área de habitação de interessesocial da prefeitura.

Par�cipou do curso decapacitação técnica

do Programa Estadualde Regularização de

Núcleos HabitacionaisCidade Legal

2010

Finalizou pós-doutorado na Na�onal

Center for NaturalProducts Research-

USDA, The Universityof Mississippi

Foi para University ofMississippi – Olemiss(EUA) – para auxiliarem um projeto de

pesquisa e iniciar o pós-doutorado

2008 2009

Contribuiu com oPlano de Habitaçãode Interesse Socialde Ribeirão Preto.

Nesse ano, tambémpar�cipou do cursoAções Integradasde Urbanização

de AssentamentosPrecários

Painel 224.indd 10 18/11/2013 15:23:00

Page 11: Painel - edição 224 – nov.2013

10

Revista Painel

“Eu acredito que trabalhar comconhecimento é um privilégio,

sou pago para aprender e gerarconhecimento. O nosso cliente

final é a sociedade”

O agrônomo

ESPECIAL

Minha família é de São Joaquim da Bar-ra-SP. Nasci lá, mas fui criado em Jabo�ca-bal-SP. Meu pai, Antonio João Bolonhezi,era servidor público, ele trabalhou na an-�ga Companhia de Entrepostos e Arma-zéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).Minhamãe, Maria Olympia Bap�stussi Bolonhe-zi, trabalhou como microempresária e emcasa. Quando era criança eu dizia que que-ria ser cien�sta. Gostava de biologia, depesquisa e de fazer experiências. Mas nãoimaginava que eu fosse trilhar a carreiraacadêmica, pois hoje trabalho com agro-nomia, porém na área de pesquisa.

O meu grande professor e exemploprofissional foi o meu irmão, AntonioCesar Bolonhezi. Ele é agrônomo e pro-fessor da Unesp de Ilha Solteira, na áreade agricultura. Tive muita influênciadele, foi o primeiro da família que saiupara fazer curso superior e acabou sen-do o guia para os demais. Hoje, minhafamília conta com seis agrônomos, entre�o, primos e cunhado. Tenho duas irmãsque mesmo não sendo agrônomas es-tão ligadas de alguma forma ao assun-to. Sheila Bolonhezi Verdade é biólogae trabalhou no Ins�tuto de Tecnologiade Alimentos (ITAL). Ela é casada comum agrônomo e o sogro dela foi diretordo Ins�tuto Agronômico de Campinas(IAC), local onde iniciei minha carreira.Já Valéria Bolonhezi Miranda Castro éprofessora de ensino fundamental e ini-

Meu avô paterno, Orestes Bap�stussi,era agricultor arrendatário, mas as difi-culdades enfrentadas no campo fizeramcom que se mudasse para cidade com ointuito de melhorar a condição financei-ra para criar os nove filhos. Nossa famíliatem raiz na zona rural, mas naquela épo-ca não havia nenhum agrônomo. Hoje,nenhum parente possui propriedade ru-ral, mas temmuito agrônomo na família.A agronomia foi meio que acidental

na minha vida. Quando terminei o co-legial [ensino médio], fiz ves�bular paraoutras áreas. Me matriculei em Farmá-cia, mas não iniciei o curso. Decidi entãoprestar agronomia, porque achava queteria mais chances e pelo exemplo domeu irmão que cursou agronomia. En-trei na faculdade em 1987 e me formeiem 1992, na Unesp de Ilha Solteira-SP.

2007

Revista Painel

Começou a atuar comodiretor de engenharia

na Jábali Aude e,paralelamente, comodiretor na Reciclax,

empresa de reciclagemdos resíduos daconstrução civil

Finalizoudoutorado em

produção vegetalpela Unesp-Jabo�cabal

2006

Par�cipou da elaboração da Lei deParcelamento, uso e Ocupação do Solo

do Município de Ribeirão Preto (Lei2157/2007). Desde esse ano, trabalha

na área de habitação de interessesocial da prefeitura.

Par�cipou do curso decapacitação técnica

do Programa Estadualde Regularização de

Núcleos HabitacionaisCidade Legal

2010

Finalizou pós-doutorado na Na�onal

Center for NaturalProducts Research-

USDA, The Universityof Mississippi

Foi para University ofMississippi – Olemiss(EUA) – para auxiliarem um projeto de

pesquisa e iniciar o pós-doutorado

2008 2009

Contribuiu com oPlano de Habitaçãode Interesse Socialde Ribeirão Preto.

Nesse ano, tambémpar�cipou do cursoAções Integradasde Urbanização

de AssentamentosPrecários

Painel 224.indd 10 18/11/2013 15:23:00

11

AEAARP

ciou a carreira ministrando aulas de tec-nologia de açúcar e álcool.Em 1993 prestei o concurso do IAC,

passei e fiquei um ano trabalhando emCampinas-SP para conhecer a infraes-trutura do ins�tuto e definir uma linhade pesquisa. Em 1995, me mudei paraRibeirão Preto para trabalhar Estação Ex-perimental do ins�tuto, atualmente de-nominada de Polo Regional Centro Les-te da Agência Paulista de Tecnologia doAgronegócio (APTA). Nesta fase inicial meenvolvi principalmente com a cultura doalgodoeiro e cul�vo protegido com ênfa-se em hidroponia. Atualmente a minhalinha de pesquisa é o manejo conserva-cionista de solo e reforma de canaviais.Em 1997, me associei a AEAARP por

influência de colegas de profissão, poisé uma en�dade an�ga e reconhecida nasociedade ribeirão-pretana e é importan-te fazer parte. Neste mesmo ano, me ca-sei com Maria Lucia Fernandes Bolonhe-zi, que é administradora de empresas.Três anos depois, em dezembro de 2000,nasceu o Matheus Fernandes Bolonhezi.Quando pequeno, ele costumava dizerque queria ser agrônomo. Mas a noiteele queria ser rockeiro. A vida de pesqui-sador não se restringe ao horário normal

de trabalho, mas con�nua aos finais desemana e à noite, por isso Matheus eMaria Lúcia sempre me acompanham,quando necessário para alguma a�vida-de de campo ou na digitação de dados eelaboração de planilhas.A carreira de agrônomo possui seis

níveis e requer 16 anos de experiênciacomprovada em pesquisa para alcançaro úl�mo nível. Em 2010 eu já havia al-cançado o nível seis da minha carreira ejá possuía o �tulo de doutor em Produ-ção Vegetal. No final de 2008, busqueiuma área diferente para atuar. Entãoviajei para os Estados Unidos para par�-cipar de umprograma de pós-doutoradono Na�onal Center for Natural ProductsResearch, da Universidade de Mississip-pi, na cidade de Oxford. Passei um anolá, além da possibilidade de conhecernovas áreas de atuação, desenvolvi di-versas pesquisas e par�cipei de eventoscien�ficos que permi�ram conhecermais de 15 estados norte-americanos.Além da universidade, o IAC também

foi uma escola para mim. No dia 7 de ja-neiro de 2014, completo 20 anos de tra-balho na carreira de pesquisador cien-�fico. A ro�na de pesquisador é muitocorrida. Temos que aprender que existe

um horário para desligar o computa-dor, pois quando temos prazos paracumprir, não paramos de trabalhar e afamília acaba acostumando com isso.Eu acredito que trabalhar com conhe-cimento é um privilégio. Eu sou pagopara aprender e gerar conhecimento eo nosso cliente final é a sociedade.Nos úl�mos anos, tenho procurado

conciliar exercícios �sicos com o traba-lho. Faço academia três vezes por se-mana. Gosto de passear com a família,ir ao cinema e fazer um churrasco nofim de semana. Atualmente, não pra�-co nenhum esporte, mas gostava muitode basquete quando era adolescente.Para mim, a profissão de agrônomo

representa o alicerce do Brasil, tanto nosetor econômico, comona área social. Eusempre escutei que é a profissão do fu-turo. É muito gra�ficante sabermos queas informações que geramos permitemque o Brasil tenha a posição que tem.A agricultura representa uma boa partedo Produto Interno Bruto (PIB) brasileiroe não tem agricultura sem a agronomia.Assim como não existe agronegócio sema agronomia, não há conhecimento agro-nômico sem pesquisa cien�fica e tecno-lógica. Digo isso commuito orgulho.

AEAARP

2013

É pesquisador bolsista do CNPQ ecoordena projetos de pesquisa sobremanejo conservacionista do soloem reforma de canaviais, além depesquisas de longa duração sobreplan�o direto, iniciadas em 1995

Foi palestrante na 13ªSemana de Serviço

Social no CentroUniversitário Barão de

Mauá

Conquistou o primeirolugar (melhor trabalho)no Brazilian BioenergiaScience and Technology

Conference

2011

Trabalha como diretor deengenharia na Jábali Aude. Atuacomo professor na FundaçãoGetúlio Vargas e como pastorauxiliar na Igreja Nacional do

Senhor Jesus Cristo

É arquiteta na Secretariade Planejamento e GestãoPública de Ribeirão Preto etrabalha no seu escritórioBSM Projetos e Consultoria

SS Ltda

Painel 224.indd 11 18/11/2013 15:23:02

Page 12: Painel - edição 224 – nov.2013

12

Revista Painel

EVENTO

Arquitetura Modernae seus descentes

Evento atraiu centenas de estudantese profissionais à AEAARP

4ª Semana de Arquitetura

A 4ª Semana de Arquitetura, promovida pela AEAARP entre os dias 21 e26 de outubro, teve como tema a “Arquitetura Moderna e seus descentes”.Coordenado pelo arquiteto Carlos Palladini, diretor de Arquitetura da AEAARP,o evento reuniu profissionais de destaque que falaram sobre suas trajetórias eapresentaram alguns de seus projetos.No dia 22, o arquiteto Yuri Vital fez uma oficina de projetos. Cada inscrito

doou um livro è en�dade. Nas próximas páginas a Painel publica um resumodas palestras.

Fotos:AlbertoGonzaga

Painel 224.indd 12 18/11/2013 15:23:11

Page 13: Painel - edição 224 – nov.2013

13

AEAARP

Afonso Celso BuenoMonteiro, arquitetoConselho de Arquitetura e Urbanismo(CAU/SP)O arquiteto Afonso Celso BuenoMon-

teiro, presidente do Conselho de Arqui-tetura e Urbanismo (CAU-SP), fez umaexplanação sobre a criação do conselhoe sua implantação.

Yuri Vital, arquitetoEscritório yurivital arquitetoOs arquitetos contemporâneos se-

guem modismos na hora de projetar,segundo Yuri Vital. “Gostam de chamara atenção. U�lizam um determinadomaterial que está na moda, sem sepreocupar se será duradouro”, exem-plificou.Yuri apresentou vários projetos de

sua autoria como residências, galeriade arte, igreja, hípica, teatro, escritó-rio, entre outros e explicou o porquêde algumas técnicas u�lizadas nas cons-truções. “Eu não crio determinados ele-

mentos na obra porque acho bonito esim porque funcionam bem”.Um deles foi uma residência no con-

domínio Ibirapitanga, na cidade deSanta Isabel, 60 km de São Paulo-SP.“Ganhei um concurso com a técnicau�lizada neste projeto e passei a adotá--la em meus trabalhos”, contou Vital. Oterreno irregular �nha 12,5 metros dedesnível e sob ele passava um córrego,que teve de ser drenado.“O local �nha uma vista fantás�ca,

eu não podia escondê-la. Se u�lizassesó pilares e uma laje teria problemasde contravento e torção da estrutura.Precisei criar duas paredes maciças edensas para barrar o contravento”. Es-sas paredes estavam apoiadas em doispés, um de cada lado da parede. “Quan-to mais você nega a gravidade próximoao chão, mais a obra fica leve”, explicou.Segundo Vital, é equivocada a ideia

de fazer separadamente os projetos dearquitetura e de estrutura. “Se um pro-fissional elaborar um projeto e disser

4ª Semana de Arquitetura da AEAARP realizada entre os dias 21 e 26 de outubro

Engenheiro civil João Paulo de SouzaCampos Figueiredo, presidente da AEAARP

Painel 224.indd 13 18/11/2013 15:23:16

Page 14: Painel - edição 224 – nov.2013

14

Revista Painel

Arquiteto Yuri Vital, do escritório yurivital arquitetoAfonso Celso Bueno Monteiro,Conselho de Arquitetura eUrbanismo (CAU-SP)

que só falta decidir a estrutura, descon-sidere a ideia porque estará errada. Aestrutura não se coloca depois. Arquite-tura é estrutura, uma não se separa daoutra”, defendeu.O fechamento da Casa Ibirapitanga

foi feito todo em vidro, diminuindo aquan�dade de concreto u�lizado naobra. Na hora de projetar, Yuri levou emconta a paisagem ao redor da constru-ção. Quando alguém entra na residên-cia vê, através das paredes de vidro, 2/3de vegetação e 1/3 de céu. Além disso,em cada espaço da edificação é possí-vel ter uma vista diferente do ambienteexterno.Depois dessa obra, o condomínio

onde está esta casa o convidou paraprojetar a hípica do lugar. No novo pro-jeto, os pilares de sustentação eramtodos no formato da letra V, não pelaquestão esté�ca, mas sim levando emconsideração as caracterís�cas dos ani-mais que usariam o lugar. “O cavalo éum animal que não olha para os lados.Se ele encostasse na coluna, seria possí-vel desviar sem se machucar”.“Se você tem uma explicação técnica

para o seu projeto, não importa a bele-za”, enfa�zou.

Alberto Bo�, arquitetoEscritório Bo� Rubin ArquitetosCria�vidade e bom senso são elemen-

tos básicos para a arquitetura moderna.A afirmação é do arquiteto e urbanistaAlberto Bo�. Com mais de 50 anos decarreira, Bo� acredita que a liberdadecria�va é fundamental.Para ele, o desenvolvimento tecnoló-

gico somado ao conceito de cria�vida-de tem permi�do a produção de obrasde grande qualidade. Mas, ponderou:“Nem toda obra que tem aparecidoem função do exercício da cria�vidade,apresenta o nível e a qualidade que es-peramos da arquitetura moderna”.Bo� apresentou trabalhos desenvol-

vidos por sua equipe. O Pá�o Malzoni,por exemplo, ocupa um quarteirão naAvenida Faria Lima, em São Paulo-SP.“Quando nós assumimos o projeto, ha-via dois probleminhas: �nhamos quechegar ao máximo da exploração doterreno e no meio do dele �nha umacasa tombada”, lembrou. “Essas duasquestões pra�camente conduziram asolução do problema”.Um vão central, com 30 metros de

altura e 45 metros de largura, foi proje-tado para preservar a casa Bandeirista,

tombada como patrimônio histórico eque deveria ser man�da intacta.“É muito fácil resolver problemas ar-

quitetônicos quando estamos dançan-do conforme a nossa música. O di�cil éresolver o problema desses loucos quenão são arquitetos”, ponderou.Bo� afirmou que há de separar a

criação do desenvolvimento. Para ele,o limite da cria�vidade é o bom senso.“Quando o arquiteto começa a querermudar algumas leis, como a da gravida-de, alguma coisa está errada. Cria�vi-dade e bom senso caminham de mãosdadas”, enfa�zou.

Angelo Bucci, arquitetoEscritório SPBR ArquitetosAngelo Bucci, arquiteto e docente

da Faculdade de Arquitetura e Urba-nismo da Universidade de São Pauloapresentou seu projeto para a sededo Museu de Arte Moderna (MAM),cujo desafio foi lançado pela curado-ria responsável pela mostra na mostra33º Panorama da Arte Brasileira, cujotema é Formas únicas da continuida-de no espaço (até 15 de dezembrono MAM). Outros cinco escritóriosde arquitetura também participam. A

Arquiteto Carlos Palladini,diretor de Arquitetura da AEAARP

Painel 224.indd 14 18/11/2013 15:23:18

Page 15: Painel - edição 224 – nov.2013

15

AEAARP

Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo

de acesso

PCH

Galeria Celular

Blocos

Sede da Sanen Ribeirão Preto - SP

Pisos Intertravados

0800 703 3013www.leaoengenharia.com

0800 703 3013www.leaoengenharia.com

Sede da Sanen - Saubáudia - PRRodovia Castelo Branco

LEÃO ENGENHARIA.Modernizando para continuar

oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.

Trevão Via Anhanguera

Concreto

Tubo Circular

meta era projetar uma nova sede parao MAM, instalado no Parque do Ibira-puera, em São Paulo-SP.O projeto de Bucci propõe transfor-

mar o museu em uma espécie de cor-redor suspenso, com três quilômetrosde comprimento, que passaria sobreo parque do Ibirapuera. O museu se-ria uma única galeria com 10 metrosde altura por 10 metros de largura,com piso transparente, permitindo aovisitante observar o parque enquantovisita o museu e, a quem visita o par-que, acompanhar o movimento inter-no do local. Para ele, o museu deveriaabrigar dois mezaninos: um para oescritório administrativo e outro que Inscritos na 4ª Semana de Arquitetura doam livros para biblioteca da AEAARP

Painel 224.indd 15 18/11/2013 15:23:20

Page 16: Painel - edição 224 – nov.2013

16

Revista Painel

sirva como abrigo temporário para ar-tistas que tenham suas obras expostasno MAM.“Esse projeto é quase teórico, mas é

super fac�vel. É uma coisa interessantepara se pensar para quando a cidade fi-zer 500 anos”, afirmou.Ele percebeu que o projeto precisa

adequar-se às realidades locais quandoprojetou uma casa em Nova Iorque jun-to com um arquiteto italiano. A parceriarendeu uma experiência também na Eu-ropa. Convidado pelo colega, Bucci pro-jetou um prédio em Lugano, na Suíçaitaliana. “Lá, fizemos tudo o que não sepode fazer no Brasil: a escada é externa,só tem um elevador, a fachada é de ma-deira e, o mais interessante, o térreo éaberto”, contou.Outro desafio encarado por seu es-

critório em São Paulo foi projetar umacasa para a consultora de moda GlóriaKhalil em um local que ela chamou de“Casa de Fim de Semana”, localizadono centro de São Paulo. “Os clientescompraram um terreno para fazer umjardim e chamavam de Casa de Fim deSemana. Eles queriam fazer um jardime uma piscina. Mas como você desenhaalgo que você não sabe como chama?

Como �ra o que é principal e deixa sóo acessório, sem que ali falte quasetudo?”, ques�onou.O projeto tem uma piscina e um jar-

dim, construídos a uma altura de 6 me-tros com obje�vo de aproveitar ao má-ximo a luz solar. No terreno de 10 por25metros, a construção de três andarestem um jardim no térreo, dois aparta-mentos no segundo andar dois aparta-mentos e a piscina no úl�mo.“Para mim é agradável pensar que o

nosso trabalho não é ter ideia, mas sa-ber fazer as coisas. O que nos dis�ngueé saber como é construir, como se dese-nha a construção”, finalizou.

Francisco Segnini Júnior,arquiteto e urbanistaFaculdade de Arquitetura eUrbanismo/USPO arquiteto Francisco Segnini Júnior,

docente da Faculdade de Arquitetura eUrbanismo da Universidade de São Pau-lo (FAU/USP) tem mais de 700 projetosde sua autoria. “O primeiro projeto tevecomo origem as relações sociais fami-liares. Queria aprender o que é arquite-tura, como funciona e como acontece”,lembrou.

Ele contou que nos seus primeirosprojetos, usou técnicas que todos osarquitetos usavam, como a aplicação deabóbadas, concretos e alvenaria. “Tam-bém fiz projetos u�lizando móvel fixo.Funcionou, mas eu não faria de novoporque não se pode mudar o objeto delugar”, analisou.Esse período durou 12 anos, até que

Segnini Júnior decidiu fazer projetoscom caracterís�cas mais brasileiras.“Era hora de fazer casas com a cara doBrasil e começamos a trabalhar com te-lhados para ter ligação cultural com oque estávamos fazendo”, contou.Crí�co, Segnini é avesso aos profissio-

nais que atuam como gerenciadores deprojetos, que, em sua visão, dificultamo contato entre arquiteto e cliente. Ele éautor de mais de 80 projetos de bancose contou que na década de 1980, quan-do projetou o Banco Safra, em Blume-nau-SC, trabalhar foi “muito fácil”. “Atu-almente, estou fazendo uma série debancos e está sendo a pior experiênciada minha vida. Com os gerenciadores,estou proibido de falar com clientes”,contou.Ele também cri�ca os concursos para

arquitetos. Em sua opinião, os proces-

Arquiteto Francisco Segnini Júnior,Arquiteto Alberto Botti, escritório Botti Rubin Arquitetos Arquiteto Angelo Bucci, escritório SPBR Arquitetos

Painel 224.indd 16 18/11/2013 15:23:21

Page 17: Painel - edição 224 – nov.2013

17

AEAARP

sos desvalorizam a profissão. “São pro-fissionais mostrando para a sociedadeque podem trabalhar de graça. Aqui,a ata de um concurso é uma reuniãode adje�vos. Na França paga-se o pró--labore, há uma análise do currículo edo projeto. Você pode defender o seutrabalho”.Para os estudantes, deixou um con-

selho: “Esqueçam o eu gosto ou nãogosto, é bonito ou é feio. Temos queter caráter obje�vo e técnica”, disse. “Aarquitetura é a arte construída, mas épreciso saber de técnica de construçãoe história da arte, senão você não é umarquiteto”. Arquitetura Moderna e seus descentes foi o tema da 4ª semana de Arquitetura da AEAARP

Painel 224.indd 17 18/11/2013 15:23:22

Page 18: Painel - edição 224 – nov.2013

18

Revista Painel

ÁGUA

os recursos hídricosFalta gestão para

No Brasil, Amazônia e Aquífero Guarani podemser explorados, segundo pesquisador

Faltammecanismos, tecnologias e, so-bretudo, recursos humanos suficientespara gerir de forma adequada as baciashidrográficas do país. Esta é a conclusãode pesquisadores sobre a gestão dos re-cursos hídricos no Brasil.“Não há mecanismos, instrumentos,

tecnologias e, acima de tudo, recursoshumanos suficientemente treinados ecom bagagem interdisciplinar para en-frentar e solucionar os problemas demanejo da água”, avalia José Galizia Tun-disi, pesquisador do Ins�tuto Internacio-nal de Ecologia (IIE).“É preciso gerar métodos, conceitos

e mecanismos aplicáveis às condiçõesdo país”, avalia o pesquisador, que atu-almente dirige o programa mundial de

formação de gestores de recursos hí-dricos da Rede Global de Academias deCiências (IAP, na sigla em inglês) – ins�-tuição que representa mais de cem aca-demias de ciências no mundo.Segundo informa Tundisi à Agência

Fapesp, as bacias hidrográficas foramadotadas como unidades prioritáriasde gerenciamento do uso da água pelaPolí�ca Nacional de Recursos Hídricos,sancionada em 1997. Todas as baciashidrográficas do país, contudo, carecemde instrumentos que possibilitem umagestão adequada, aponta o pesquisador.“É muito di�cil encontrar um comitê

de bacia hidrográfica que esteja total-mente instrumentalizado em termos detécnicas e de programas para melhorar

o desempenho do gerenciamento deuso da água”, afirma.

Modelagem hidrológicaSegundo Tundisi, alguns dos instru-

mentos que podem facilitar a gestão e atomada de decisões em relação ao ma-nejo da água de bacias hidrográficas bra-sileiras são modelos computacionais desimulação do comportamento de baciashidrográficas, como o desenvolvido porSamuel Beskow, professor do Departa-mento de Engenharia Hídrica da Univer-sidade Federal de Pelotas (UFPel).Ba�zado de Lavras Simula�on of

Hidrology (Lash), que em portuguêssignifica a simulação de hidrologia as-sociado ao nome da cidade sede da Uni-

Painel 224.indd 18 18/11/2013 15:23:23

Page 19: Painel - edição 224 – nov.2013

19

AEAARPrevistapainel

ANUNCIENA

PAINEL

16 | [email protected]

versidade Federal de Lavras (Ufla), ondeBeskow desenvolveu seu doutorado, noestado de em Minas Gerais. O trabalhofoi feito também, por um período, naPurdue University, dos Estados Unidos.“Há vários modelos hidrológicos de-

senvolvidos em diferentes partes domundo – especialmente nos EstadosUnidos e Europa –, que são ferramentasvaliosíssimas para gestão e tomada dedecisões relacionadas a bacias hidrográ-ficas”, observa Beskow.“Esses modelos hidrológicos são úteis

tanto para projetar estruturas hidráulicas– pontes ou reservatórios –, como parafazer previsões em tempo real de cheiase enchentes, como para medir os impac-tos de ações do �po desmatamento oumudanças no uso do solo de áreas noentorno de bacias hidrográficas”, afirma.De acordo com o pesquisador, a pri-

meira versão do Lash foi concluída em2009 e aplicada em pesquisas sobre mo-delagem de chuva e vazão de água paraavaliação do potencial de geração deenergia elétrica em bacias hidrográficasde porte pequeno, como a do RibeirãoJaguará, emMinas Gerais, que possui 32quilômetros quadrados.Em razão dos resultados animadores

ob�dos, o pesquisador começou a de-senvolver, a par�r de 2011, a segundaversão do modelo de simulação hidro-lógica, que pretende disponibilizar paraos gestores de bacias hidrográficas dediferentes dimensões.“Omodelo conta agora com umbanco

de dados por meio do qual os usuáriosconseguem importar e armazenar dadosde chuva, temperatura, umidade e usodo solo, entre outros parâmetros, gera-dos em diferentes estações da rede demonitoramento de uma determinadabacia geográfica que permitem realizara gestão de recursos hídricos”, conta.

Uma das principais mo�vações parao desenvolvimento de modelos e de si-mulação hidrológica no Brasil, segundoo pesquisador, é a falta de dados fluvio-métricos (de medição de níveis de água,velocidade e vazão nos rios) das baciashidrológicas existentes no país.É baixo o número de estações flu-

viométricas cadastradas no Sistema deInformações Hidrológicas (HidroWeb),operado pela Agência Nacional de Águas(ANA), e muitas delas estão fora de ope-ração, afirma Beskow.

Uso racional da águaBeskow e Klaus Reichardt – que tam-

bém é professor da Escola Superior deAgricultura Luiz de Queiroz (Esalq) –destacam a necessidade de desenvolvertecnologias para usar a água de maneiracada vez mais racional na agricultura,uma vez que o setor consome a maiorparte da água doce prontamente dispo-nível no mundo hoje.Do total de 70% da água encontra-

da na Terra, 97,5% é salgada e 2,5% édoce. Desse percentual de água doce,69% estão estocados em geleiras e ne-ves eternas, 29,8% em aquíferos e 0,9%em reservatórios. Do 0,3% prontamentedisponível, 65% são u�lizados pela agri-cultura, 22% pelas indústrias, 7% paraconsumo humano e 6% são perdidos,ressalta Reichardt.“No Brasil, temos a Amazônia e o

aquífero Guarani que poderão ser explo-rados”, afirma o pesquisador.O pesquisador vem se dedicando nos

úl�mos anos a realizar, em colaboraçãocom colegas da Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária (Embrapa), to-mografia computadorizada para medidade água no solo.

Fonte: Agência Fapesp

Painel 224.indd 19 18/11/2013 15:23:23

Page 20: Painel - edição 224 – nov.2013

20

Revista Painel

ENGENHARIA

profissão do passado,presente e futuro

Engenharia:

Engenheiros deverão ocupar 660 mil postos detrabalhos que serão criados até 2020

Segundo o levantamento da con-sultoria WealthInsight, divulgado peloNew Statesman, uma revista norte--americana especializada em conteúdosgeopolí�cos, o diploma que mais formamilionários no mundo é o de engenha-ria. A consultoria garante que chegou aoresultado depois de analisar o currículoacadêmico das pessoas mais ricas domundo. Carlos Slim, considerado o ho-mem mais rico do mundo há três tem-poradas, é apresentado como a compro-

vação da teoria: o execu�vo mexicanoé graduado em engenharia civil e temuma fortuna es�mada em 73 bilhões dedólares, segundo a revista Forbes.A informação foi divulgada pelo por-

tal do Ins�tuto de Engenharia (ie.org.br)e, curiosidades à parte, o fato é que noBrasil, segundo o Ins�tuto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea), a demandapor engenheiros deve criar ao menos660 mil postos de trabalho até 2020. Osetor de petróleo e gás, que inclui extra-

ção e refino, é a subárea da engenhariaque registrará omaior crescimento rela-�vo de vagas: entre 13% e 19%.A expecta�va dos analistas do Ipea é

a de que a demanda seja atendida pelaexpansão dos cursos de engenharia.Entre 2000 e 2012, o número de estu-dantes que ingressaram na carreira deengenharia subiu 351%, ante 120% damédia dos cursos de graduação. Em2011, pela primeira vez, houve mais ca-louros de engenharia do que de direito.

Engenharia civilO pacote de obras de infraestrutura

anunciado no ano passado pelo governofederal e o bom momento do mercadoimobiliário brasileiro abriramespaçoparaa mais tradicional das engenharias. Compar�cipação de 17,5% no Produto Inter-no Bruto (PIB) nacional, a engenharia ci-vil foi apontada pela Federação Nacionaldas Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan)como uma das profissões que devempermanecer em alta no país até 2020.O diretor da Faculdade de Engenharia

e Arquitetura da Universidade Estadualde Campinas (Unicamp), Paulo SérgioFranco Barbosa, explica que o Brasilpassou por três etapas que impulsio-naram a engenharia civil desde os anos2000. A primeira delas foi em 2004,quando o país passou a exportar gran-de quan�dade de commodi�es para omercado asiá�co.

Painel 224.indd 20 18/11/2013 15:23:32

21

AEAARP

A quem se destina nossos serviços:

Advocacia

Contabilidades

Comercio em Geral

Bancos e Financeiras

Construtoras

Clínicas, Hospitais, Laboratórios e Consultórios

Escolas, Faculdades e Cursos

Prestadores de Serviços

Pessoas ou empresa que necessitem espaço para

guarda de documentos.

A ARQUIVO OFF é a união dos melhores equipamentos e serviços nasáreas de guarda, proteção e gerenciamento, de documentos e informa-ções, otimizando recursos e disponibilizando tempo para sua empresapreocupar-se exclusivamente com sua atividade.

Organização de arquivos atendendo às normas de gestão da qualidade;

Armazenagem de documentos com total controle e rastreabilidade;

Acesso via internet de todo o conteúdo e documentos digitalizados;

Gerenciamento eletrônico de documentos (GED), com rastreamento por

código de barras, agilizando a busca e a recuperação dos documentos e

informações;

A ARQUIVO OFF oferece as melhores soluções para guarda, proteçãoe gerenciamento de informações, armazenadas de forma correta garan-tindo assim sua recuperação a qualquer tempo.

Redução de custos com armazenamento do arquivo;

Disponibilidade de espaço físico na empresa;

���������� ��� ����������� ���� ����������� � � ���� ����� ��� �����

mentos;

������ ����������� � ����� ��� ��� ��� ���� ��� ����

�������� �� ��� � ������� �� ������� �� ��� ����

Instalações para a máxima segurança ao acesso e proteção dos documentos;

Ambiente de trabalho mais organizado.

Transformando as necessidades do presenteem grandes conquistas para o futuro.

Tel.: (16) 3329-6679www.arquivooff.com.br

Escritório -  �� ­���� �������� ­� ������ ��� � � ����� � ������ ­����� �  ��� ��� � � ��Armazém -  �� ������� ���� � ������ ������������� �  ��� ��� � � ��

Organize os arquivos, administre o tempo e agilize os processos.

Preserve os documentos e informações da sua empresa.

OrganizaçãoGuarda e GerenciamentoGuarda de Mídias

DigitalizaçãoConsultasEliminação

O desenvolvimento das indústrias deminérios que abasteciam as fábricas doOriente demandou grandes níveis degeração de energia, o que alavancou di-versos �pos de construções. Em 2005,foi a vez do boom imobiliário, com aexpansão do crédito habitacional e cria-ção de programas de moradias sociais.“A terceira etapa foi a modernização

de portos e aeroportos e reforma derodovias. Tenho certeza que essa boafase dura pelo menos mais uma década,devido as obras da Copa, Olimpíadas ePAC [Programa de Aceleração do Cresci-mento]”, explica Barbosa.Como Barbosa, a professora Lau-

ra Fais, do curso de engenharia civilda Pon��cia Universidade Católica deCampinas (PUC-Campinas), afirma queos ramos mais aquecidos da engenhariacivil hoje são: empreendimentos imobi-liários e projetos de infraestrutura.

O jornal Correio Popular, um dos maislidos na região de Campinas-SP, fez re-portagem com o �tulo “Engenharia Ci-vil, um clássico em alta”, na qual a pro-fessora Laura conta que, nos anos de1990, era comum os professores apre-sentarem aos alunos outras opções demercado de trabalho, como o mercado

financeiro ou a área de administração.Mas, segundo os docentes, não tra-balhariam com engenharia civil. “Elesestavam enganados, porque a área deengenharia é muito cíclica”, disse aojornal.

Fonte: rac.com.br e ie.org.br

Painel 224.indd 21 18/11/2013 15:23:33

Page 21: Painel - edição 224 – nov.2013

20

Revista Painel

ENGENHARIA

profissão do passado,presente e futuro

Engenharia:

Engenheiros deverão ocupar 660 mil postos detrabalhos que serão criados até 2020

Segundo o levantamento da con-sultoria WealthInsight, divulgado peloNew Statesman, uma revista norte--americana especializada em conteúdosgeopolí�cos, o diploma que mais formamilionários no mundo é o de engenha-ria. A consultoria garante que chegou aoresultado depois de analisar o currículoacadêmico das pessoas mais ricas domundo. Carlos Slim, considerado o ho-mem mais rico do mundo há três tem-poradas, é apresentado como a compro-

vação da teoria: o execu�vo mexicanoé graduado em engenharia civil e temuma fortuna es�mada em 73 bilhões dedólares, segundo a revista Forbes.A informação foi divulgada pelo por-

tal do Ins�tuto de Engenharia (ie.org.br)e, curiosidades à parte, o fato é que noBrasil, segundo o Ins�tuto de PesquisaEconômica Aplicada (Ipea), a demandapor engenheiros deve criar ao menos660 mil postos de trabalho até 2020. Osetor de petróleo e gás, que inclui extra-

ção e refino, é a subárea da engenhariaque registrará omaior crescimento rela-�vo de vagas: entre 13% e 19%.A expecta�va dos analistas do Ipea é

a de que a demanda seja atendida pelaexpansão dos cursos de engenharia.Entre 2000 e 2012, o número de estu-dantes que ingressaram na carreira deengenharia subiu 351%, ante 120% damédia dos cursos de graduação. Em2011, pela primeira vez, houve mais ca-louros de engenharia do que de direito.

Engenharia civilO pacote de obras de infraestrutura

anunciado no ano passado pelo governofederal e o bom momento do mercadoimobiliário brasileiro abriramespaçoparaa mais tradicional das engenharias. Compar�cipação de 17,5% no Produto Inter-no Bruto (PIB) nacional, a engenharia ci-vil foi apontada pela Federação Nacionaldas Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan)como uma das profissões que devempermanecer em alta no país até 2020.O diretor da Faculdade de Engenharia

e Arquitetura da Universidade Estadualde Campinas (Unicamp), Paulo SérgioFranco Barbosa, explica que o Brasilpassou por três etapas que impulsio-naram a engenharia civil desde os anos2000. A primeira delas foi em 2004,quando o país passou a exportar gran-de quan�dade de commodi�es para omercado asiá�co.

Painel 224.indd 20 18/11/2013 15:23:32

21

AEAARP

A quem se destina nossos serviços:

Advocacia

Contabilidades

Comercio em Geral

Bancos e Financeiras

Construtoras

Clínicas, Hospitais, Laboratórios e Consultórios

Escolas, Faculdades e Cursos

Prestadores de Serviços

Pessoas ou empresa que necessitem espaço para

guarda de documentos.

A ARQUIVO OFF é a união dos melhores equipamentos e serviços nasáreas de guarda, proteção e gerenciamento, de documentos e informa-ções, otimizando recursos e disponibilizando tempo para sua empresapreocupar-se exclusivamente com sua atividade.

Organização de arquivos atendendo às normas de gestão da qualidade;

Armazenagem de documentos com total controle e rastreabilidade;

Acesso via internet de todo o conteúdo e documentos digitalizados;

Gerenciamento eletrônico de documentos (GED), com rastreamento por

código de barras, agilizando a busca e a recuperação dos documentos e

informações;

A ARQUIVO OFF oferece as melhores soluções para guarda, proteçãoe gerenciamento de informações, armazenadas de forma correta garan-tindo assim sua recuperação a qualquer tempo.

Redução de custos com armazenamento do arquivo;

Disponibilidade de espaço físico na empresa;

���������� ��� ����������� ���� ����������� � � ���� ����� ��� �����

mentos;

������ ����������� � ����� ��� ��� ��� ���� ��� ����

�������� �� ��� � ������� �� ������� �� ��� ����

Instalações para a máxima segurança ao acesso e proteção dos documentos;

Ambiente de trabalho mais organizado.

Transformando as necessidades do presenteem grandes conquistas para o futuro.

Tel.: (16) 3329-6679www.arquivooff.com.br

Escritório -  �� ­���� �������� ­� ������ ��� � � ����� � ������ ­����� �  ��� ��� � � ��Armazém -  �� ������� ���� � ������ ������������� �  ��� ��� � � ��

Organize os arquivos, administre o tempo e agilize os processos.

Preserve os documentos e informações da sua empresa.

OrganizaçãoGuarda e GerenciamentoGuarda de Mídias

DigitalizaçãoConsultasEliminação

O desenvolvimento das indústrias deminérios que abasteciam as fábricas doOriente demandou grandes níveis degeração de energia, o que alavancou di-versos �pos de construções. Em 2005,foi a vez do boom imobiliário, com aexpansão do crédito habitacional e cria-ção de programas de moradias sociais.“A terceira etapa foi a modernização

de portos e aeroportos e reforma derodovias. Tenho certeza que essa boafase dura pelo menos mais uma década,devido as obras da Copa, Olimpíadas ePAC [Programa de Aceleração do Cresci-mento]”, explica Barbosa.Como Barbosa, a professora Lau-

ra Fais, do curso de engenharia civilda Pon��cia Universidade Católica deCampinas (PUC-Campinas), afirma queos ramos mais aquecidos da engenhariacivil hoje são: empreendimentos imobi-liários e projetos de infraestrutura.

O jornal Correio Popular, um dos maislidos na região de Campinas-SP, fez re-portagem com o �tulo “Engenharia Ci-vil, um clássico em alta”, na qual a pro-fessora Laura conta que, nos anos de1990, era comum os professores apre-sentarem aos alunos outras opções demercado de trabalho, como o mercado

financeiro ou a área de administração.Mas, segundo os docentes, não tra-balhariam com engenharia civil. “Elesestavam enganados, porque a área deengenharia é muito cíclica”, disse aojornal.

Fonte: rac.com.br e ie.org.br

Painel 224.indd 21 18/11/2013 15:23:33

Page 22: Painel - edição 224 – nov.2013

22

Revista Painel

SAÚDE

100% nacionalCoração artificial

O primeiro coração ar�ficial total-mente implantável em desenvolvimen-to no Brasil está pronto para ser testadoem humanos. Além disso, os pesquisa-dores da Escola Politécnica da Universi-dade de São Paulo (Poli-USP) e do Ins-�tuto Dante Pazzanese de Cardiologia,responsáveis pelo projeto, estão tra-balhando no desenvolvimento de umabomba cardíaca também totalmenteimplantável e que permite maior tempoe qualidade de vida aos pacientes na filade espera por transplante.Segundo o engenheiro eletricista

José Roberto Cardoso, diretor da Polie coordenador da pesquisa, a bomba,cien�ficamente chamada de disposi�vode assistência ventricular, ainda preci-sa passar por mais testes em animais,antes de chegar à fase de testes clíni-cos, com humanos. “Nossos próximospassos é fazer o teste em animais, masdessa vez com o disposi�vo totalmenteimplantado, e reduzir seu tamanho o

Poli-USP e Ins�tuto Dante Pazzanesedesenvolvem tecnologia que poderá

reduzir o custo em 20 vezes

máximo possível”, conta.O projeto do coração ar�ficial implan-

tável, iniciado pelo Dante Pazzanese noano 2000, está mais adiantado. “Já �-vemos o pedido para testes clínicos naANVISA [Agência Nacional de VigilânciaSanitária] aprovado, e estamos traba-lhando na seleção dos pacientes”, afirmaAron José Pazin de Andrade, diretor doCentro de Engenharia emAssistência Cir-culatória do Ins�tuto Dante Pazzanese.Os médicos Andrade e Jarbas Dinkhuy-sen, também do Dante Pazzanese, sãoos pesquisadores principais do projeto.Coube aos pesquisadores da Poli de-

senvolver a solução para a recarga dasbaterias dos disposi�vos. Esse foi umgrande desafio, já que o obje�vo é terdisposi�vos totalmente implantáveis,sem fios e conexões atravessando apele dos pacientes. A Poli desenvolveuum sistema em que o carregamento éfeito pelo contato de uma bobina no ex-terior do corpo com outra ligada ao dis-

posi�vo implantado. A energia elétrica étransmi�da através da pele por indução.A equipe da Poli também trabalhou nodesenvolvimento do sistema de contro-le eletrônico.O coração ar�ficial pode ser implantado

como um anexo ou pode subs�tuir o co-ração natural do paciente. É formado porduas câmeras de bombeamento e quatroválvulas. O trabalho começou em2000e ameta é fazer testes com 10 pacientes.A bomba serve apenas como auxiliar

ao coração. Não pode subs�tuir o órgão,como ocorre com o coração ar�ficial,mas o ajuda a bombear o sangue. Outrosequipamentos fazem isso, mas que nãosão implantáveis. “É muito cara sua im-portação. Nossa proposta é desenvolveruma tecnologia nacional que tenha umcusto bem menor”, explica Cardoso. Umdisposi�vo importado pode ultrapassar ovalor de R$ 200 mil. A equipe pretendedesenvolver um que custe algo em tornode R$ 10 mil, o que viabilizaria a compra

Painel 224.indd 22 18/11/2013 15:23:33

Page 23: Painel - edição 224 – nov.2013

23

AEAARP

pelo Sistema Único de Saúde (SUS).A vantagem da bomba é que não há

partes expostas do disposi�vo, o quereduz as chances de o paciente contrairuma infecção. Além da bomba, o dispo-si�vo tem um pequeno motor, que a fazgirar, uma bateria recarregável para ali-mentar o motor e um controle eletrôni-co de velocidade. Diferente do coraçãoar�ficial, esta bomba não possui válvu-las cardíacas, daí não poder subs�tuir ocoração natural.Assim como ocorre com o coração ar-

�ficial implantável, para reabastecê-la deenergia não é preciso acoplar nenhumfio: tudo é feito pelo contato entre as bo-binas. “O doutor Adib Jatene, do Hospi-tal do Coração, nos ajudou na concepçãoda bomba, pensando em sua geometriae no �po da bomba”, conta Cardoso.“Agora vamos realizar o teste em

animais fazendo o implante total”, ex-plica. Os pesquisadores já testaram odisposi�vo em um bezerro, mas nãoo implantaram totalmente no animal.“Precisávamos ver se toda a eletrônicaia funcionar, se o motor ia operar ade-quadamente, se não ia se aquecer”, diz.Também vão estudar uma forma de re-duzir o tamanho do disposi�vo. “Comoele é implantado dentro do tórax oudo abdômen, pode comprimir órgãoscomo o diafragma, pulmão e até o pró-prio coração, daí quanto menor for, me-lhor”, acrescenta Andrade.

DiferenciaisUm importante diferencial da tecno-

logia desenvolvida no Brasil em relaçãoa outros está no �po de bomba u�li-zado. Os pesquisadores optaram porusar uma bomba centrífuga, em que o

sangue entra pelo centro do cilindro, epassa pela lateral. Nas bombas do �poaxial, o sangue entra por um lado deum tubo e sai pelo outro. “A movimen-tação da bomba pode agredir o sangue,destruindo glóbulos, causando coágu-los que podem levar a uma trombosee matar o paciente”, explica Cardoso.O mecanismo centrífugo desenvolvidono Brasil opera em velocidades maisbaixas – duas mil rotações por minuto –enquanto as bombas axiais operam emoito mil rotações, em média.“É possível encontrar, nomercado dos

Estados Unidos, por exemplo, seis �posdiferentes de bomba. Com nossas pes-quisas, queremos fornecer uma gamade disposi�vos para atender um grandenúmero de necessidade de pacientes emédicos brasileiros”, finaliza Andrade.

Fonte: Poli-USP

Painel 224.indd 23 18/11/2013 15:23:34

Page 24: Painel - edição 224 – nov.2013

24

Revista Painel

CREA-SPCREA-SP

parques de diversõesInstalações de

Entre os vários empreendimentos ea�vidades que os CREAs devem fiscali-zar encontra-se as instalações de diver-sões que u�lizem-se de equipamentosmecânicos e eletromecânicos, rota�vosou estacionários, des�nados aos par-ques de diversões, mesmo que de for-ma complementar à a�vidade principal,a exemplo de circos, teatros ambulan-tes, e que possam causar risco a funcio-nários ou usuários, seja por mau uso oumá conservação.Desta forma, visando garan�r a segu-

rança e conforto dos usuários o CONFEAaprovou a Decisão Norma�va Nº 52 (DN52) de 25 de agosto de 1994, que dispõesobre a obrigatoriedade da par�cipaçãode profissional ou empresa devidamen-te habilitados e registrados no CREA nainstalação e funcionamento de parquesde diversões.Quando da instalação e funciona-

mento dos parques deverá ser emi�daa ART, assumindo a responsabilidadepela montagem e boas condições defuncionamento dos equipamentos einstalações.Os parques de diversões ou similares,

já instalados ou não, deverão apresen-tar um Laudo Técnico circunstanciado,emi�do por profissional habilitado e re-gistrado no CREA, acerca das condiçõesde operacionalidade e de qualidadetécnica de montagem e instalação. TaisLaudos e suas respec�vas ART’s deve-rão ser renovadas semestralmente.No Ar�go 4º desta DN 52, com a re-

gulamentação através da Resolução1.024/2009 do CONFEA, todo parque

deverá adotar o Livro de Ordem de En-genharia e Agronomia onde serão regis-tradas as ocorrências de acordo com oque segue:

I. os termos de abertura e de encerra-mento lavrados pelo CREA

II. as irregularidades constatadas pe-los usuários no funcionamento dosequipamentos

III. as condições anormais detectadaspelo profissional, bem como a indi-cação das providências tomadas ounecessárias à liberação e permanên-cia em a�vidades

IV. o Livro de Ocorrência será de guar-da e posse do contratante e de livreacesso ao profissional e aos usuários

Os profissionais habilitados para as-sumirem a Responsabilidade Técnicapelas a�vidades referidas são os Enge-nheiros Mecânicos, Metalurgistas, deArmamento, de Automóveis, Aeronáu-�cos, Navais, bem como os EngenheirosIndustriais, de Produção, de Operação eos Tecnólogos, todos desta modalidade.Nos parques de diversões onde hou-

ver subestação de energia elétrica de-verá haver um Responsável Técnico pelamanutenção da mesma, sendo objetoeste serviço de ART, renovável anual-mente, firmada por profissional habili-tado e registrado no CREA.Os profissionais habilitados para

responsabilizar-se pelos serviços cita-dos acima serão os Engenheiros Eletri-cistas, Eletrônicos, Eletrotécnicos, deComunicação ou Telecomunicações,Eletricistas, modalidade Eletrotécnicae Eletrônica, bem como os EngenheirosIndustriais, de Produção, de Operação eos Tecnólogos, todos desta modalidade.

Profissionais deve emi�r ARTs e os parquesdeverão apresentar laudos técnicos

Painel 224.indd 24 18/11/2013 15:23:34

Page 25: Painel - edição 224 – nov.2013

25

AEAARP

Contamos com sua colaboração!

Destine 16%do valor daART para a

AEAARP(Associação de Engenharia, Arquitetura

e Agronomia de Ribeirão Preto)

Agora você escreve o nome da entidadee destina parte do valor arrecadado peloCREA-SP diretamente para a sua entidade

TECNOLOGIA

hidrogênioMovido a

A fabricante espera que em dois anosexistam postos de abastecimento noJapão, Europa e Estados Unidos

Uma montadora de automóveisse prepara para lançar em 2015 umveículo movido a hidrogênio, o FCV(Fuel-Cell Vehicle - veículo a célula decombus�vel), que será apresentadodurante o Salão do Automóvel de Tó-quio, no final de novembro.O FCV tem uma autonomia de 500

km e tempo de reabastecimento detrês minutos, equivalente ao tempogasto para encher o tanque de um veí-culo a gasolina. O design exterior evo-

ca “a transformação do ar em água” - acélula a combus�vel usa o gás hidrogê-nio para produzir eletricidade, liberan-do apenas água no escapamento.Embora seja uma promessa an�ga,

os veículos a hidrogênio não têm pas-sado da etapa de conceitos por doismo�vos principais: a elevada tempe-ratura das células de combus�vel e afalta de infraestrutura para abasteci-mento. A expecta�va da montadora é ade que postos de combus�vel estejam

disponíveis no Japão, Europa e EstadosUnidos nos próximos dois anos.Dois tanques de hidrogênio de 70

MPa de pressão são instalados na par-te inferior do FCV. As células a combus-�vel têm uma densidade de potênciade saída de 3 kW/L. A saída é de pelomenos 100 kW. Como o veículo é du-plamente híbrido, contando ainda combaterias, tem capacidade para quatropassageiros, apesar dos seus 4,87 me-tros de comprimento.

Fonte: insuacaotecnologia.com.br

Painel 224.indd 25 18/11/2013 15:23:34

Page 26: Painel - edição 224 – nov.2013

26

Revista Painel

NOTAS E CURSOS

A Fundação para o Desenvolvimentode Bauru (FunDeB) apresenta a 5º Mostrado Projeto Bambu, promovido peloGrupo Taquara - projeto de extensão daUniversidade Estadual Paulista (UNESP),de Bauru-SP. A exposição, que acontecerános dias 20 e 21 de novembro, das 8hàs 21h, apresentará móveis e utensílios

Projeto Bambu

A China quer inves�r 260 bilhões de ienes, ou cerca de 42 bilhões de dólares, paraconstruir o mais longo túnel submarino do mundo, no estreito de Bohai, ligando oleste ao nordeste do país. Com 123 quilômetros, o túnel ligaria a cidade portuáriade Dalian, na província de Liaoning, no nordeste chinês, a Yantai, na província deShandong. O mesmo projeto foi anunciado em 1994, ao custo de 10 bilhões dedólares e com conclusão prevista para 2010. Mas, não chegou a sair da fase deplanejamento. Wang Mengshu, membro da Academia Chinesa de Engenharia,disse que o túnel geraria um faturamento anual de 20 bilhões de ienes, e que o

inves�mento seria recuperado em 12 anos. Não há previsão de conclusão da obra.

Fonte: tuneis.com.br

O engenheiro José Roberto Romero,diretor de Engenharia da AEAARP,representou a en�dade em uma palestraque proferiu na 3ª Semana de Engenhariada Universidade de Ribeirão Preto(UNAERP). Ele destacou a inicia�va con�nuade pesquisas por tecnologia ligadas semprea projetos de melhoria da capacitaçãoprofissional e de produtos. Romeropalestrou sobre o tema Usinas de Concreto.

Foi a quan�dade de gáscarbônico emi�do pelo Brasilem 2012, quando as emissões

cresceram 7% em relação ao anoanterior. O resultado está abaixoda média mundial, que foi de37% de aumento das emissões

de gases tóxicos ao meioambiente. Os números são do

Sistema de Es�ma�va de Emissãode Gases de Efeito Estufa (Seeg),uma inicia�va inédita lançadapelo Observatório do Clima. Em2012, o Brasil foi responsável

por 2,8% entre os 52 bilhões detoneladas das emissões de todoo mundo. A queda no índicede desmatamento da floresta

Amazônica é um dos mo�vos daredução nos índices de emissão

de CO2.Conheça o Seeg no site

seeg.observatoriodoclima.eco.br.

Fonte: Folha de S. Paulo

1,48

INDICADORVERDE

Túnel submarino com 123 km, na China

Engenharia

Apesar de todo o avanço tecnológicochinês, a engenharia é uma profissãovetada às mulheres daquele país. Em umadas maiores universidades de engenhariado país, apenas homens podem se formar.Algumas profissões são legalmenteproibidas para garotas e impede, porexemplo, que elas se tornem engenheirasespecialistas em mineração.Na China, as mulheres devem procurar

profissões tidas como femininas, entreelas, comissária de bordo, manicureou confeiteira. O curso de formação de

Engenheiras na China

domés�cos fabricados em bambu comomesas, cadeiras, relógios, entre outros.O destaque desta mostra é um shapede skate criado em bambu. Paralela àmostra haverá um bazar para a venda dealguns ar�gos como colheres, mandalase bo�ons. A FunDeB fica na Avenida LuizEdmundo Carrijo Coube n° 14-01.

policiais, por exemplo, tem limite paraapenas 15% das mulheres. A jus�fica�vadas autoridades é que a maior parte dapopulação espera ver policiais do sexomasculino nas ruas.A cultura que divide o mercado de

trabalho entre homens e mulheres étransmitida para a população desdemuito cedo. Para muitas chinesas, é quaseimpossível se destacar ou ter uma carreirade sucesso. Sempre haverá a ideia deque os homens são melhores do que asmulheres.

Fonte: ie.org.br

de toneladas de CO2

bilhão

Painel 224.indd 26 18/11/2013 15:23:35

Page 27: Painel - edição 224 – nov.2013

26

Revista Painel

NOTAS E CURSOS

A Fundação para o Desenvolvimentode Bauru (FunDeB) apresenta a 5º Mostrado Projeto Bambu, promovido peloGrupo Taquara - projeto de extensão daUniversidade Estadual Paulista (UNESP),de Bauru-SP. A exposição, que acontecerános dias 20 e 21 de novembro, das 8hàs 21h, apresentará móveis e utensílios

Projeto Bambu

A China quer inves�r 260 bilhões de ienes, ou cerca de 42 bilhões de dólares, paraconstruir o mais longo túnel submarino do mundo, no estreito de Bohai, ligando oleste ao nordeste do país. Com 123 quilômetros, o túnel ligaria a cidade portuáriade Dalian, na província de Liaoning, no nordeste chinês, a Yantai, na província deShandong. O mesmo projeto foi anunciado em 1994, ao custo de 10 bilhões dedólares e com conclusão prevista para 2010. Mas, não chegou a sair da fase deplanejamento. Wang Mengshu, membro da Academia Chinesa de Engenharia,disse que o túnel geraria um faturamento anual de 20 bilhões de ienes, e que o

inves�mento seria recuperado em 12 anos. Não há previsão de conclusão da obra.

Fonte: tuneis.com.br

O engenheiro José Roberto Romero,diretor de Engenharia da AEAARP,representou a en�dade em uma palestraque proferiu na 3ª Semana de Engenhariada Universidade de Ribeirão Preto(UNAERP). Ele destacou a inicia�va con�nuade pesquisas por tecnologia ligadas semprea projetos de melhoria da capacitaçãoprofissional e de produtos. Romeropalestrou sobre o tema Usinas de Concreto.

Foi a quan�dade de gáscarbônico emi�do pelo Brasilem 2012, quando as emissões

cresceram 7% em relação ao anoanterior. O resultado está abaixoda média mundial, que foi de37% de aumento das emissões

de gases tóxicos ao meioambiente. Os números são do

Sistema de Es�ma�va de Emissãode Gases de Efeito Estufa (Seeg),uma inicia�va inédita lançadapelo Observatório do Clima. Em2012, o Brasil foi responsável

por 2,8% entre os 52 bilhões detoneladas das emissões de todoo mundo. A queda no índicede desmatamento da floresta

Amazônica é um dos mo�vos daredução nos índices de emissão

de CO2.Conheça o Seeg no site

seeg.observatoriodoclima.eco.br.

Fonte: Folha de S. Paulo

1,48

INDICADORVERDE

Túnel submarino com 123 km, na China

Engenharia

Apesar de todo o avanço tecnológicochinês, a engenharia é uma profissãovetada às mulheres daquele país. Em umadas maiores universidades de engenhariado país, apenas homens podem se formar.Algumas profissões são legalmenteproibidas para garotas e impede, porexemplo, que elas se tornem engenheirasespecialistas em mineração.Na China, as mulheres devem procurar

profissões tidas como femininas, entreelas, comissária de bordo, manicureou confeiteira. O curso de formação de

Engenheiras na China

domés�cos fabricados em bambu comomesas, cadeiras, relógios, entre outros.O destaque desta mostra é um shapede skate criado em bambu. Paralela àmostra haverá um bazar para a venda dealguns ar�gos como colheres, mandalase bo�ons. A FunDeB fica na Avenida LuizEdmundo Carrijo Coube n° 14-01.

policiais, por exemplo, tem limite paraapenas 15% das mulheres. A jus�fica�vadas autoridades é que a maior parte dapopulação espera ver policiais do sexomasculino nas ruas.A cultura que divide o mercado de

trabalho entre homens e mulheres étransmitida para a população desdemuito cedo. Para muitas chinesas, é quaseimpossível se destacar ou ter uma carreirade sucesso. Sempre haverá a ideia deque os homens são melhores do que asmulheres.

Fonte: ie.org.br

de toneladas de CO2

bilhão

Painel 224.indd 26 18/11/2013 15:23:35

��� ��� ������������������ ��������

��� �������� �������� �� �������� �� � ������������ ����� � ��

����������������������

������� �� ������� � �������� �������� � ���������

�� ����­�� �� ������  ����

�� ����� �������� ������ �  � ��

�� ���������  ��� �������� ��� ���� � ��� �����

Painel 224.indd 27 18/11/2013 15:23:40

Page 28: Painel - edição 224 – nov.2013

Painel 224.indd 28 18/11/2013 15:23:40