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Mordomia do Museu e da Capela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo PAINÉIS ARTÍSTICOS NO HOSPITAL SÃO LUÍZ GONZAGA GUAPIRA – ANTIGO LÁZAROS O Hospital São Luiz Gonzaga abriga em suas instalações no Ambulatório de Pediatria uma série de obras de arte de grande valor histórico, dentre elas há pinturas realizadas em painéis espalhados pelo Hospital. 1948 - Dr. Jairo de Almeida Ramos, Diretor do Hospital contratou com apenas uma ajuda de custo, ilustres artistas para pintura dos painéis do Hospital. Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Nelson Nóbrega, Lúcia Suani, Di Cavalcanti, Noemi Mourão, Francisco Rebolo Gonçalves, Mário Zaninni, Aldo Bonadei e Pesquisas de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu e Capela

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Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

PAINÉIS ARTÍSTICOS

NO

HOSPITAL

SÃO LUÍZ GONZAGA GUAPIRA –

ANTIGO LÁZAROS

O Hospital São Luiz Gonzaga abriga em suas instalações no Ambulatório de Pediatria uma série de obras de arte de grande valor histórico, dentre elas há pinturas realizadas em painéis espalhados pelo Hospital. 1948 - Dr. Jairo de Almeida Ramos, Diretor do Hospital contratou com apenas uma ajuda de custo, ilustres artistas para pintura dos painéis do Hospital. Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Nelson Nóbrega, Lúcia Suani, Di Cavalcanti, Noemi Mourão, Francisco Rebolo Gonçalves, Mário Zaninni, Aldo Bonadei e

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Clóvis Graciano; cada um pintará um painel e receberá apenas uma ajuda de custo para transporte e compra do material. Não consta documentos de que revele que Samsom Flexor fosse contratado, embora 4 anos após ele tivesse elaborado um painel em pastila de sua autoria datado de 1954 . Alguns artistas pertenceram ao grupo Santa Helena que faziam residência na Praça da Sé, e posterior na Av. Ipiranga. Em 2008, a CROMA Arquitetura e Restauro foi contratada para os serviços de restauro destes cinco murais (Mural do Coreto, Mural de Aldo Bonadei, Mural da Ciranda, Mural do Parque de diversões e Mural de Alfredo Volpi). Os murais foram limpos, protegidos com verniz consolidante e reintegrados conforme a necessidade de cada um. As obras de restauro duraram do início de janeiro ao início de agosto de 2008, sendo responsáveis técnicos os arquitetos: Laura Rita Facioli e Guaraci Eugênio Martins; equipe: Caroline Tonacci Costa, Claudia Lopes, José Jocélio Rodrigues Figueira, Márcia Roberlandia Vasconcelos e Rodrigo Barrales.

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Mural do “O Coreto” Datada de 1948 Francisco Rebolo

GONSALES, Francisco Rebolo Nasceu em São Paulo em 22 de agosto de 1902. Filho de espanhóis, considerado autodidata começou com aprendiz de decoração, fase que ficou marcada pelos divinos trabalhos em residências e Igrejas de São Paulo como Santa Efigênia e Santa Cecília. Em 1933 passa a residir no prédio Santo Helena na Praça da Sé onde inicia sua carreira de pintor.

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Em 1935 outros artistas se instalaram no mesmo edifício formando o famoso grupo Santa Helena. Rebolo, Fúlvio Pennacchi, Zanini, Clovis Graciano, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Manoel Martins e Rizzotti. Mais tarde o local passou a ser ponto de encontro de artistas de São Paulo e de outros estados do Brasil. Em 1937 o grupo reuniu mais pintores como Anita Mafaltti, Gobbis e Hugo Adami. Em 1941 Rebolo participa do curso de desenho a guache e recebe o primeiro prêmio. Em 1945 junto com Zanini Quinino da Silva, Alfredo Volpi, Nelson Nóbrega e Rossi, fundaram o Clube Artístico Amigos da Arte, participou da criação do Museu da Arte Moderna de São Paulo com ...Manuel Martins, Flávio Mota Cláudio Abramo e Clóvis Graciano dirige o jornal de Artes Plásticas em 1948. Em 1954 foi premiado no Salão de Arte Moderna . Em 1955 embarcou para a Europa e fez curso de decoração no Vaticano, visitou museus, galerias e pintou quadros.

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Obra de Alfredo Volpi Datada de 1948 VOLPI, Alfredo Nasceu em Lucca, Itália (14 de abril de 1896 — 28 de maio de 1988) foi um pintor ítalo-brasileiro considerado pela crítica como um dos artistas mais importantes da segunda geração do modernismo. Uma das características de suas obras são as bandeirinhas e os casarios. Autodidata, começou a pintar em 1911, executando murais decorativos. Em seguida, trabalhou com óleo sobre madeira, consagrando-se como mestre utilizador de têmpera sobre tela.

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Grande colorista, explorou através das formas, composições magníficas, de grande impacto visual. Em conjunto com Arcangelo Ianelli e Aldir Mendes de Souza formou uma tríade de exímios coloristas, foco de livro denominado 3 Coloristas, escrito por Alberto Beuttenmüller (Ed. IOB, julho de 1989). Trabalhou também como pintor decorador em residências da sociedade paulista da época, executando trabalho de decoração artística em paredes e murais. Realizou a primeira exposição individual aos 47 anos de idade. Na década de 1950 evoluiu para o abstracionismo geométrico, de que é exemplo a série de bandeiras e mastros de festas juninas. Recebeu o prêmio de melhor pintor nacional na segunda Bienal de São Paulo, em 1953. Participou da primeira Exposição de Arte Concreta, em 1956. Não pertenceu oficialmente ao Grupo Santa Helena, porém sempre ia visitar seus amigos que oficialmente participavam como Zanini e Rebolo , situado na Praça da Sé, em São Paulo. Faziam parte do Grupo Santa Helena os seguintes pintores: Aldo Bonadei, Mário Zanini, Clóvis Graciano, Fúlvio Penacchi, Rebolo e outros. “Volpi foi internado no Hospital São Luiz Gonzaga, também conhecido como Hospital dos Lázaros e Hospital do Guapira, com suposta tuberculose, na época, a razão pela qual o levou a pintar o painel com as andorinhas voando, que ficou na história do Hospital” ( depoimento do Prof. Dr. Waldir da Silva Prado) Em 1927, Volpi conheceu o seu grande amor: uma garçonete chamada Benedita da Conceição , apelidada de Judith . É quase certo que Judith tenha sido sua modelo para o quadro Mulata .

Fontes: Memorias da Misericórdia de José Soares Hungria Filho - 2000, Atas da Mesa Administratia e Wikipédia;

http://www.artbr.com.br/casa/biografias/volpi/index.html

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Mural artístico de pastilhas Samson Flexor 1954 Samson Flexor Nasceu em Soroca – Romênia em 1907. Era pintor, desenhista e professor. Estudou na Escola Superior de Belas Artes e na Academia Ranson, de Paris, participando, desde 1926, nessa última Cidade, dos Salões do Outono.

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Mural do “Parque de diversões” 1948 Pavilhão de Pediatria TARSILA DO AMARAL Nasceu em Capivari no dia 1 de setembro de 1886. Pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas. Faleceu em São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973. Existe na Pinacoteca da Santa Casa de São Paulo, do Dr. Plínio Barreto, pintado por Tarsila do Amaral Há relato que Tarsila do Amaral foi internada no H.S.L.G com febre e muito dor de cabeça.

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Mural da “Ciranda” Pintura atribuída a Anita Malfati - 1948 Filha de imigrantes de origem italiana e alemã, Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, em dezembro de 1889, com um defeito congênito na mão direita. Foi operada na Itália, aos 3 anos de idade, mas nunca se livrou da atrofia na mão e no braço. Teve de aprender a escrever, e mais tarde a pintar, com a mão esquerda. Anita viria a descobrir sua vocação em 1910, quando chega a Berlim. Permanece na Alemanha até 1914. Aluna da Academia de Belas Artes de Berlim, também teve aulas com pintores de renome, como Lovis Corinth. Depois de uma breve passagem pelo Brasil, viaja, em 1915, para Nova York, onde matricula-se na Independence School of Art. Volta ao País, destinada a

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causar polêmica. Em dezembro de 1917, Anita expõe, em São Paulo, obras identificadas com a liberdade formal das vanguardas européias e norte-americanas, como “A Boba”, “O Homem Amarelo”, “A Mulher de Cabelos Verdes” e a “Estudante Russa”. A reação nos meios intelectuais, expressa no artigo de Monteiro Lobato “Paranóia ou Mistificação”, é violenta. “Então começou o peso do ostracismo. Todo meu trabalho ficou cortado, alunos, vendas de quadros – e começaram as brigas nos jornais”, revelou a pintora. Anita participa da Semana de 22, mas ainda traumatizada pela hostilidade ao seu trabalho, afasta-se, progressivamente, da vanguarda. Em 1923, Anita embarca para um período de cinco anos de estudos na França. Participa de exposições coletivas de arte moderna nos anos 30 e 40 e da 1ª. Bienal de São Paulo, em 1951. Na 7ª. Bienal, em 1963, é homenageada com uma grande retrospectiva. Anita morre em 1964, em São Paulo. “Devo a ela e à força dos seus quadros a revelação do novo e a convicção da revolta”, disse sobre a amiga, Mário de Andrade

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Painel que ilustra o bairro do Jaçanã na época do trem das onze. Aldo Bonadei, 1948 Aldo Cláudio Felipe Bonadei, nasceu em São Paulo, em 17 de junho de 1906. Foi um pintor brasileiro, e destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. O interesse por diferentes áreas levou-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil. No fim da década de 50 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia - Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury. O pintor veio a falecer em São Paulo em 16 de janeiro de 1974.

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Fonte: Memórias da Misericórdia de José Soares Filho 2000, Atas da Mesa Administrativa e a Wikipedia. São Paulo, 14 de abril de 2011 Trabalho de Pesquisa de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu

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HOSPITAL GERIÁTRICO D. PEDRO II (ASILO DE MENDICIDADE HOSPITAL D. PEDRO II)

Calvário localizado no jardim do Hospital Geriátrico de Convalescentes Dom

Pedro II

De autoria de Antonio Sérgio Migliaccio (S.Migliaccio) 1974

Antonio Sergio Migliaccio Artista Plástico e Ator, RG: 2915722-5 morador da

cidade de São Paulo, nasceu no bairro Tucuruvi zona norte de São Paulo em 26

de janeiro de 1936, nos anos 70 trabalhou na Cerâmica Jaçanã e em 1974 foi

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convidado pelo Mordomo do Hospital Dr. Carlos Coelho de Faria, a pintar um

painel em azulejo retratando uma paisagem panorâmica de Campos do Jordão,

cidade de São Paulo onde se vê a Pedra do Baú no Hospital D. Pedro II.

“Muito me envaideceu o convite para executar esse trabalho, fazer um painel

em azulejo branco pintado com tinta de cerâmica colorida em pó que era

diluída em óleo de copaíba, colocado no forno para fixar a tinta, evitando assim

que não tenha danificações com o tempo.”

Antonio Sergio Migliaccio

São Paulo, 14 de abril de 2011 Trabalho de Pesquisa de Maria Nazarete de Barros Andrade Coordenadora do Museu

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