revista produtores artisticos n. 2

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Ano 2 - nº3 - Junho de 2014 Ano 2 - nº3 - Junho de 2014 Revista SINAPREM filiada à Revista SINAPREM filiada à PRODUTORES PRODUTORES artísticos artísticos Lucio Oliveira Lucio Oliveira Toninho Horta Um Gigante de Minas Para o Mundo Entrevista com Dept. Guilherme Campos Toquinho Completa 50 Anos de Carreira Ariane Porto Os Desafios da Produção Artística Toninho Horta Um Gigante de Minas Para o Mundo Entrevista com Dept. Guilherme Campos Toquinho Completa 50 Anos de Carreira Ariane Porto Os Desafios da Produção Artística Da Engenharia ao Show Business Da Engenharia ao Show Business Há mais de 30 anos produzindo grandes espetáculos emBelo Horizonte e nos grandes centros do Brasil Há mais de 30 anos produzindo grandes espetáculos em Belo Horizonte e nos grandes centros do Brasil

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A Revista Produtores Artísticos é o veículo informativo do Sinaprem - Sindicato Nacional de Agenciamento e de Produtores de Espetáculos Musicais e Similares. www.sinaprem.blogspot.com

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Ano 2 - nº3 - Junho de 2014Ano 2 - nº3 - Junho de 2014

Revista SINAPREM

filiada à

Revista SINAPREM

filiada à

PRODUTORESPRODUTORESartísticosartísticos

Lucio OliveiraLucio Oliveira

Toninho HortaUm Gigante de Minas

Para o Mundo

Entrevista com

Dept. Guilherme Campos

Toquinho Completa 50 Anos de Carreira

Ariane PortoOs Desafios da

Produção Artística

Toninho HortaUm Gigante de Minas

Para o Mundo

Entrevista com

Dept. Guilherme Campos

Toquinho Completa 50 Anos de Carreira

Ariane PortoOs Desafios da

Produção Artística

Da Engenharia ao Show BusinessDa Engenharia ao Show BusinessHá mais de 30 anos produzindo grandes espetáculos

emBelo Horizonte e nos grandes centros do BrasilHá mais de 30 anos produzindo grandes espetáculos

em Belo Horizonte e nos grandes centros do Brasil

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junho 2014

E d i t o r i a l

N os últimos meses a t r i s t e z a

tomou conta do meio a r t í s t i co , perdemos grandes pessoas ; Pau lo G o u r l a r t , J o s é W i l k e r , J a i r Rodrigues, Carlos Alexandre Esteves, filho do grande cantor e compositor Erasmo Carlos, a lém do nosso q u e r i d o a m i g o Calil, empresário e um dos fundadores

do SINAPREM. Deus abençoe a todos onde estiverem. O Sinaprem tem trabalhando muito para que os empresários e produtores brasileiros possam fazer seus espetáculos com segurança e serem bem representados.Confiante que onde tiver com seus eventos tenham certeza de terem uma entidade séria que se preocupa e trabalha pelos interesses de todos.Temos tomado decisões importantes para beneficiar as empresas e filiados, no ultimo mês nos reunimos com representantes do SENAC, em São Paulo para por em prática a realização de uma parceria e formar técnicos em todos os níveis, técnico de som e luz, roldie, produtor artísticos e demais profissionais que trabalham em produções de espetáculos, estes cursos são fundamentais para dar apoio, formar e certificar estes profissionais para que possam trabalhar com segurança nas empresas de produções pelo Brasil. Firmamos vários acordos trabalhistas com a Fitedca/Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em Minas Gerais estamos negociando com o Sated MG um acordo trabalhista e com o sindicato dos músicos Mineiros.Nos próximos meses com os estados do Paraná, Bahia,

Ceará, Sergipe, Brasília e Goiás.Demos início ao tão sonhado projeto de lei para regulamentar a profissão de Empresário Artístico com a ajuda da Federação do Comercio do Estado de São Paulo, a qual fazemos parte.A nossa intenção é sempre pela união de todos, só assim seremos cada vez mais fortes e fazer o que sabemos o Espetáculo.O Sinaprem, sempre atuante defendendo os interesses da classe, vem se posicionar contra o visto à artista estrangeiro para entrar no Brasil, sem contrato de trabalho.Cabe lembrar que a instituição ou empresa contratante responsável pelo ingresso e permanência do artista estrangeiro no Brasil, deve solicitar autorização prévia ao Ministério do Trabalho e Emprego e isto não deve ser mudado, até porque o governo brasileiro tem que ter controle sobre estes artistas e fazendo como na Europa, exigir seguro de vida e acidentes para estes profissionais durante sua permanência no Brasil.III - artistas e desportistas: (Lei nº 6.815/80, art. 13, inciso III)O visto pode ser concedido a artistas e desportistas sem vínculo empregatício no Brasil, que venham ao País para participar de eventos relacionados à área de atuação. A estada é autorizada por até 90 (noventa) dias por ano, podendo ser prorrogada por igual período, desde que solicitado junto do Departamento de Polícia Federal, antes do vencimento do visto.

Claudionor CostaPresidente

PRODUTORESartísticos

Uma publicação do Sinaprem(Sindicato Nacional de Empresas de Agenciamento e

Produções de Eventos Artísticos e Musicais)

Informações e Contato:11 3208-1779 • 11 7809-8621

[email protected] Marconi, 124 - Conj. 1002 - Centro - SP

CEP 01047-909

Claudionor Costa - Presidente

Wagner Rocha - Vice-Presidente

Ribas Martins e Roberto Braga - Tesoureiros

Paulo S. Aversani - 1º Secretário

Claúdia Souza - Jornalista

Ribas Martins - Editor

Marcelo Rebello - Comercial

Sueli Konyi - Secretária Executiva

Bruno Satoshi Tateishi - Editoração

Fabiano Aqueo Tateishi - Editoração

Sindicato Nacional dos Produtores

de Eventos Artísticos e Musicais

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O S A M B A M A I S T R I S T EO A D E U S A J A I R R O D R I G U E S

O S A M B A M A I S T R I S T EO A D E U S A J A I R R O D R I G U E S

samba perde a alegria e o carisma de Jair o Rodrigues no dia 8 de maio de 2014.Um grande artista brasileiro dos tempos de ouro dos festivais que influenciou toda uma geração e vai deixar saudades.

samba perde a alegria e o carisma de Jair o Rodrigues no dia 8 de maio de 2014.Um grande artista brasileiro dos tempos de ouro dos festivais que influenciou toda uma geração e vai deixar saudades.

Fotos: jrcpromoções

PRODUTORES artísticos

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A B R A M S Z A J M A N

a quinta feita, dia 22 de maio de 2014, foram N eleitos os diretores que conduzirão o mandato de quatro anos à frente da Federação do

Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e do Centro do Comércio do Estado de São Paulo. A votação do quadro diretivo, realizada na sede da Entidade, contou com a participação de mais de 249 executivos, entre presidentes e delegados de sindicatos patronais, filiados à Federação. Para o presidente da FecomercioSP, Abram Szajman, o resultado das eleições demonstram a confiança e o sólido relacionamento entre eleitores e eleitos, reafirmando um compromisso há muito tempo firmado. “Sempre

caminhamos lado a lado, representando e defendendo os direitos e os interesses do comércio, dos serviços e do turismo sindicalizados paulistas, além da solidificação de um setor dinâmico e moderno”, comenta Szajman.Atuando no Estado mais dinâmico do País, a FecomercioSP representa cerca de um terço dos empresários brasileiros e mais de 1,8 milhão de empresas de todos os portes do comércio e do setor de serviços (à exceção dos segmentos financeiros e de transportes), que respondem por 11% do PIB paulista – cerca de 4% do PIB brasileiro – gerando em torno de cinco milhões de empregos.

É r e e l e i t o p r e s i d e n t e d a F e c o m e r c i o S P j u n t o c o m a n o v a d i r e t o r i a

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ilvio Lucio Anastácio fará o lançamento de seu tão S esperado álbum de estreia de Bossa Nova neste próximo verão. Sendo preparado há seis anos, este

álbum está repleto de participações de celebridades com a colaboração de Simon Leblon do grupo Duran Duran, Bebel Gilberto, uma lenda da bossa nova e também uma faixa escrita por Robert Palmer e Nick Wood. Além disso, foi trabalhado por um time criativo de estrelas liderado pelo produtor executivo Nick Wood, Nick James como engenheiro de mixagem, uma lenda do sax e metais, Ronnie Cuber, Ski Oakenfold como arranjador, o renomado guitarrista brasileiro Heitor Pereira e o time de masterização de Abbey Road Sudios London. O produtor e arranjador Wataru Igarashi traduziu com maestria a energia e essência do som ao vivo de Silvio em seu primeiro álbum, e o resultado é uma versão moderna de Tom Jobim para ouvintes de todas as idades.Em Last Forever (Para Sempre) Silvio busca sua inspiração no poder da conexão humana. Desde as melodias e letras até á história de produção do álbum, que em seu percurso perdeu o querido amigo e convidado Robert Palmer, o álbum incorpora em muitos e diversos níveis a força que inspirou Silvio a criar e expressar o poder duradouro do amor.O lançamento do álbum está programado levando em consideração a próxima copa do mundo no país de origem de Silvio, Brasil, assim como a correlação do músico e compositor com o futebol, através da sua versão inovadora do hit de Nick Wood, o hino do futebol japonês, Passion The Game of Life (Paixão, o Jogo da Vida). Enfatizar não somente o futebol, mas também a brasilidade do músico Silvio, o alto nível de celebridades envolvidas na produção deste álbum e a mais pura qualidade da música são a chave deste lançamento.O lançamento do álbum está programado levando em consideração a correlação da próxima copa do mundo no país de origem de Silvio, Brasil, com sua versão inovadora do hit de Nick Wood, o hino do futebol Japonês, Passion The Game of Life (Paixão, o Jogo da Vida). A essência para tal lançamento está não somente o futebol, mas também a brasilidade do músico Silvio, assim como no alto gabarito de celebridades envolvidas na produção deste álbum e a mais pura qualidade da música.

ilvio Lucio Anastácio fará o lançamento de seu tão S esperado álbum de estreia de Bossa Nova neste próximo verão. Sendo preparado há seis anos, este

álbum está repleto de participações de celebridades com a colaboração de Simon Leblon do grupo Duran Duran, Bebel Gilberto, uma lenda da bossa nova e também uma faixa escrita por Robert Palmer e Nick Wood. Além disso, foi trabalhado por um time criativo de estrelas liderado pelo produtor executivo Nick Wood, Nick James como engenheiro de mixagem, uma lenda do sax e metais, Ronnie Cuber, Ski Oakenfold como arranjador, o renomado guitarrista brasileiro Heitor Pereira e o time de masterização de Abbey Road Sudios London. O produtor e arranjador Wataru Igarashi traduziu com maestria a energia e essência do som ao vivo de Silvio em seu primeiro álbum, e o resultado é uma versão moderna de Tom Jobim para ouvintes de todas as idades.Em Last Forever (Para Sempre) Silvio busca sua inspiração no poder da conexão humana. Desde as melodias e letras até á história de produção do álbum, que em seu percurso perdeu o querido amigo e convidado Robert Palmer, o álbum incorpora em muitos e diversos níveis a força que inspirou Silvio a criar e expressar o poder duradouro do amor.O lançamento do álbum está programado levando em consideração a próxima copa do mundo no país de origem de Silvio, Brasil, assim como a correlação do músico e compositor com o futebol, através da sua versão inovadora do hit de Nick Wood, o hino do futebol japonês, Passion The Game of Life (Paixão, o Jogo da Vida). Enfatizar não somente o futebol, mas também a brasilidade do músico Silvio, o alto nível de celebridades envolvidas na produção deste álbum e a mais pura qualidade da música são a chave deste lançamento.O lançamento do álbum está programado levando em consideração a correlação da próxima copa do mundo no país de origem de Silvio, Brasil, com sua versão inovadora do hit de Nick Wood, o hino do futebol Japonês, Passion The Game of Life (Paixão, o Jogo da Vida). A essência para tal lançamento está não somente o futebol, mas também a brasilidade do músico Silvio, assim como no alto gabarito de celebridades envolvidas na produção deste álbum e a mais pura qualidade da música.

S i l v i o A n a s t á c i o

S i l v i o A n a s t á c i o

PRODUTORES artísticos

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RPA - Sílvio sabemos que você mora no Japão, como e quando surgiu essa oportunidade?Silvio Anastácio - Sim, vivo no Japão anos desde quando uns amigos de Belo Horizonte “Marcos Ramos, Serginho BH e Sirley Rossi me indicaram para fazer uma audição visando à oportunidade de temporada no Japão”.Fiz a audição com meus parceiros Nonato e Evaldo Milagres e fomos selecionados e assim começou essa história.RPA - E como você vê a aceitação da nossa música? É bem aceita pelos Japoneses?Silvio Anastácio - Eu fico surpreso até hoje como o os japoneses conhecem e gostam da nossa música. Às vezes eles valorizam a boa e real música brasileira mais que os próprios brasileiros. Tem muitos álbuns que nos não conhecemos, mas eles conhecem bem a nossa musica.•.RPA - Você está Lançando um novo trabalho musical certo? Gostaríamos de saber um pouco mais de suas parcerias com ouros artistas.Silvio Anastácio - Sim, estou lançado meu trabalho solo. Nesses anos vivendo aqui no Japão, lancei vários trabalhos com minha banda “Minaswing”, com outros parceiros como, Lisa Ono, Nick Wood, Simon Lebon, Bebel Gilberto, Jun Abe, Marco Bosco, entre outros e agora com muito carinho e felicidade estou realizando mais um sonho na minha vida de compositor e cantor.RPA - fale um pouco do seu CD e de seu mais recente trabalho.Silvio Anastácio - Meu novo álbum “last forever", "para sempre", é completamente autoral. Compus todas as musicas especialmente para esse projeto e convidei o Wata Igarashi para fazer a produção musical comigo e o Nick Wood para a produção geral. O resultado foi surreal. Acredito que e' um projeto com um grande potencial e qualidade sonora moderna e universal.Mas durante as gravações fiz outros trabalhos que tiveram boa repercussão no meio musical do Japão, trilhas sonoras, comerciais de televisão, musicas para outros artistas, participações em outros projetos, etc...RPA - Por você ser Mineiro você ver mais abertura no mercado Japonês? O público japonês tem um carinho maior com os Artistas mineiros?Silvio Anastácio - Eu não acho por ser mineiro eu tenha mais abertura, acho que de um modo geral os músicos brasileiros são muito bem aceitos aqui no Japão e no mundo todo porque a música brasileira e' maravilhosa.Eu acredito que a música mineira “música das montanhas" tem um toque diferente no coração dos japoneses. Acho que a melodia e harmonia da música de Minas e' única e isso e' que faz a diferença.RPA - O seu trabalho de compositor no Japão já lhe rendeu reconhecimento?Silvio Anastácio - Uai só!!! Acho que reconhecimento à gente tem quando faz as pessoas felizes e cantando o que

RPA - Sílvio sabemos que você mora no Japão, como e quando surgiu essa oportunidade?Silvio Anastácio - Sim, vivo no Japão anos desde quando uns amigos de Belo Horizonte “Marcos Ramos, Serginho BH e Sirley Rossi me indicaram para fazer uma audição visando à oportunidade de temporada no Japão”.Fiz a audição com meus parceiros Nonato e Evaldo Milagres e fomos selecionados e assim começou essa história.RPA - E como você vê a aceitação da nossa música? É bem aceita pelos Japoneses?Silvio Anastácio - Eu fico surpreso até hoje como o os japoneses conhecem e gostam da nossa música. Às vezes eles valorizam a boa e real música brasileira mais que os próprios brasileiros. Tem muitos álbuns que nos não conhecemos, mas eles conhecem bem a nossa musica.•.RPA - Você está Lançando um novo trabalho musical certo? Gostaríamos de saber um pouco mais de suas parcerias com ouros artistas.Silvio Anastácio - Sim, estou lançado meu trabalho solo. Nesses anos vivendo aqui no Japão, lancei vários trabalhos com minha banda “Minaswing”, com outros parceiros como, Lisa Ono, Nick Wood, Simon Lebon, Bebel Gilberto, Jun Abe, Marco Bosco, entre outros e agora com muito carinho e felicidade estou realizando mais um sonho na minha vida de compositor e cantor.RPA - fale um pouco do seu CD e de seu mais recente trabalho.Silvio Anastácio - Meu novo álbum “last forever", "para sempre", é completamente autoral. Compus todas as musicas especialmente para esse projeto e convidei o Wata Igarashi para fazer a produção musical comigo e o Nick Wood para a produção geral. O resultado foi surreal. Acredito que e' um projeto com um grande potencial e qualidade sonora moderna e universal.Mas durante as gravações fiz outros trabalhos que tiveram boa repercussão no meio musical do Japão, trilhas sonoras, comerciais de televisão, musicas para outros artistas, participações em outros projetos, etc...RPA - Por você ser Mineiro você ver mais abertura no mercado Japonês? O público japonês tem um carinho maior com os Artistas mineiros?Silvio Anastácio - Eu não acho por ser mineiro eu tenha mais abertura, acho que de um modo geral os músicos brasileiros são muito bem aceitos aqui no Japão e no mundo todo porque a música brasileira e' maravilhosa.Eu acredito que a música mineira “música das montanhas" tem um toque diferente no coração dos japoneses. Acho que a melodia e harmonia da música de Minas e' única e isso e' que faz a diferença.RPA - O seu trabalho de compositor no Japão já lhe rendeu reconhecimento?Silvio Anastácio - Uai só!!! Acho que reconhecimento à gente tem quando faz as pessoas felizes e cantando o que

você compôs.RPA - E quanto a Saudade? Silvio Anastácio - A saudade é o que mais machuca. Saudade dos filhos, família, amigos, do nosso Brasil e de Minas Gerais, saudade de subir a serra do Cipó, tomar banho de cachoeira, pescar nos rios de lá, saudade é saudade!RPA-Qual foi a sua trajetória na musica antes de decidir morar no Japão?Silvio Anastácio - Eu trabalhava no Brasil tocando em bares, casas de shows e era um profissional de festivais de música. Eu viajava por todo o Brasil participando de festivais e ganhei vários deles e isso me trouxe muitas experiências e foi quando me senti um compositor de verdade RPA - Você tem desejo de retornar ao Brasil para realizar Shows lançar seu CD?Silvio Anastácio - Não só desejo como vou fazer de tudo para realizar esse projeto no Brasil também. Estamos fechando alguns acordos com gravadoras e produtoras para isso. Dedos cruzados e pensamento positivo.RPA - Silvio Anastácio San, de uma dica para os cantores e cantoras e músicos. Silvio Anastácio - O que e preciso par viver fora do seu pais e alcançar o sucesso. Acreditar em você mesmo, estudar, fazer amizades certas, ser honesto e profissional.Acreditar no seu trabalho e dedicação que a gente pode chegar lá.

O CD Last Foreveré uma produção

Syn Entertainment

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já saiu muitos bons profissionais que hoje faz historia pelo mundo a fora “A música, este bem maior da humanidade, precisa de quem a crie, de quem a toque e de quem a cante. Os músicos e cantadores, assim como os compositores, são seres humanos comuns, com necessidades comuns a todos os seus semelhantes. Têm necessidade de ter seus direitos profissionais garantidos para que possam, com tranquilidade, exercer sua arte. E essa a finalidade da Ordem dos Músicos do Brasil, entidade que existe para criar condições para que o talento dos músicos que atuam no país possa ser desfrutado por todos. E o lugar de encontro, a referência de união. Quanto mais civilizada, educativa e atuante for a Ordem, melhores serão as condições para que a música brasileira prossiga em seu destino de encantar e seduzir o mundo.” Fernando Brant

O S i n a p r e m e m M i n a s G e r a i s Por: Sinaprem

Sindicato Nacional dos Produtores

de Eventos Artísticos e Musicais

O SATED/MG – S i n d i c a t o d o s Artistas e Técnicos

em Espetáculos de Diversões do Estado de Minas Gerais – é uma organização sindical que t e m c o m o o b j e t i v o a r e g u l a m e n t a ç ã o e p rof i s s iona l i zação das categorias de artistas e técnicos. Fundado em 1985, contou com a participação de vários artistas como Pedro

Paulo Cava, Wilma Henriques, Jota D’Ángelo, Mamélia Dorneles, Elvécio Guimarães, Raul Belém Machado, Eliane Maris, Leri Faria e muitos outros, caracterizando-se como uma construção coletiva e tornando-se oficialmente o legítimo representante dos artistas e técnicos em Minas Gerais.

Atualmente o SATED/MG tem como presidente a atriz Magdalena Rodrigues, Antes contou com a gestão do ator Rômulo Duque, e como seu primeiro presidente, com o ator, diretor e professor Walmir José Ferreira de Carvalho.Tivemos uma conversa muito agradável com a Magdalena que e uma batalhadora e vem fazendo um ótimo trabalho a frente do Sated, para divulgar os artistas de minas e conseguir bons parceiros para prosseguir com os seus projetos mesmo com poucos recursos.

OMB /ORDEM DOS MUSICOS DO BRASIL – Conselho Regional de Minas Gerais

O Sylvio como musico tem Lutado muito a frente da OMB para que o musico de minas seja respeitado e valorizado cada vez mais pelo Brasil e pelo mundo, na visita que fizemos na sede da ordem ficamos encantados com sede e o que ela representa e Minas Gerais, de minas

N o f i n a l d e a b r i l o p r e s i d e n t e C l a u d i o n o r C o s t a e o D i r e t o r R i b a s M a r t i n s , e s t i v e r a m e m B e l o H o r i z o n t e p a r a u m a s é r i e

d e r e u n i õ e s c o m e m p r e s á r i o s e d i r i g e n t e s m i n e i r o s d e o u t r a s e n t i d a d e s p a r a a c o r d o s c o l e t i v o s

e m o n t a r u m a b a s e s ó l i d a e m m i n a s p a r a a p o i a r o s a s s o c i a d o s e p a r c e i r o s l o c a i s .

Magdalena Rodrigues,Presidente do SATED/MG

Sylvio Francisco do Nascimento, Presidente da OMB/MG

PRODUTORES artísticos

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SINPARC é o Sindicato dos produtores de Artes O Cênicas de Minas Gerais, fundado no ano de 2001, representando os produtores de teatro e

dança. Hoje conta com mais de 100 produtores filiados e desenvolve uma série de Projetos em prol das Artes Cênicas.Dentre os principais projetos desenvolvidos pelo SINPARC destacam-se: • Campanha de Popularização Teatro & Dança – o maior evento de popularização das artes cênicas no País; • Guia Vá ao Teatro – edição mensal impressa com toda a programação de teatro e dança que acontece na cidade; • Prêmio Usiminas Sinparc – premiação anual dos destaques nas artes cênicas a cada ano; • Administra o Teatro Clara Nunes (atualmente em reforma); • Realizou o Projeto Verde da Cultura – levando cursos de capacitação em áreas das artes cênicas para as regiões do Barreiro, Sabará e Santa Luzia • Criou e desenvolveu o Projeto Temporada de Sucessos – com a reapresentação de espetáculos consagrados pelo público;

• Criou e desenvolveu o Projeto Mês da Criança / Mês do Teatro – reunindo a produção de espetáculos para crianças; • Realiza o Seminário Estadual dos Produtores de Artes Cênicas para debates sobre a produção cênica no Estado, além de diversas outras ações.

O Sinaprem participou de uma reunião com o Presidente do Sinparc, Rômulo Duque.Nesta ocasião estava presente o grande amigo Lucio da ARTBHZ que nos deu total apoio a iniciativa, ele também estava representando o outro amigo, Xaulim que não pode estar presente, mas também tem nos ajudado muito para unir os empresários de Minas com o Sinaprem e com isto beneficiar a todos, no último dia 16 de maio de 2014, houve a eleição para diretoria do Sinparc, o Sinaprem estará se reunindo novamente para dar continuidade nas parcerias.

Filie-se ao Sinapremwww.sinaprem.org.br

[email protected] - 11 3208-1779

S I N PA R C - S i n d i c a t o d o s P r o d u t o r e s d e A r t e s C ê n i c a s d e M i n a s G e r a i s

Ribas Martins (Sinaprem), Lúcio Oliveira )ARTBHZ), Rômulo Duque (Presidente do SINPARC) e Claudionor Costa (Presidente do Sinaprem)

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RPA - Senhor Carlos, sabemos que a Opus administra vários teatros (casas de espetáculos) pelo Brasil, poderia citar outros estados que tenham interesse em expandir para aqueles que não têm como: Bahia, Minas Gerais, Brasília, Paraná, ou países vizinhos?Carlos Konrath - Atualmente são sete teatros administrados pela Opus Promoções em 5 estados. Até o final de 2014 devemos assumir mais duas casas de espetáculo, em São Paulo e no Ceará. O processo de expansão requer bastante planejamento.RPA - Referente a eventos no mercado artístico brasileiro, quais são os planos da Opus para 2014 e 2015?Carlos Konrath - Dentre as novidades, a Opus Promoções ampliou a quantidade de turnês internacionais no Brasil, pretende desenvolver um núcleo específico de produção de conteúdo artístico para circular nas casas que administramos e também focar no fomento às produções locais do Rio Grande do Sul.RPA - Sabemos que o Senhor está no ramo artístico há muito tempo, o que mais atrapalha para produzir shows no Brasil?Carlos Konrath - São vários fatores que interferem e que devem ser considerados para realização de cada evento - além da qualidade artística, indispensável considerar o potencial de público que entra na avaliação junto com valores envolvidos, necessidades estruturais e técnicas do espetáculo, possibilidade de arrecadação, tudo isto dentro de um contexto de análise geral do mercado. Um dos maiores problemas no Brasil é a falta de equipamento

cultural que receba bem os espetáculos e o público. Estamos trabalhando para que tenhamos mais teatros bem estruturados no Brasil. Também devemos levar em consideração que a oferta de eventos aumentou bastante nos últimos tempos, e o público muitas vezes acaba se dividindo, optando por ir a um show ou outro e não a todos.RPA - Depois da tragédia em Santa Maria, o Senhor saberia nos informar se foi tomada alguma providência para que isso não se repita? Não só no Rio Grande do Sul como em outros estados também.Carlos Konrath - Todas as casas de espetáculo administradas pela Opus Promoções seguem os mais rígidos controles de segurança e são equipadas com materiais apropriados. Acredito que depois da tragédia de Santa Maria muitos estabelecimentos que não estivessem com o padrão de segurança exigido foram em busca de adequações do espaço por exigência da própria população, que está consciente da importância de um local seguro.RPA - O que seria necessário para levar mais público aos espetáculos?Carlos Konrath - A cultura de frequentar teatros ainda é pequena no Brasil, mas está em crescimento. Ações como a distribuição de ingressos a escolas públicas e ONGs são uma maneira de formar um novo público. Preços acessíveis e uma programação diversificada também atraem um número maior de pessoas. E a partir desse ano, trabalhadores e empresas podem usufruir do vale cultura.RPA - Os governantes sempre inventam formas

O P U S A G I G A N T E D O E N T R E T E N I M E N T O

C A R LO S KO N R AT H , FA L A D O S D E S A F I O S E P R O J E T O S PA R A 2 0 1 4 E 2 0 1 5

O P U S A G I G A N T E D O E N T R E T E N I M E N T O

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PRODUTORES artísticos

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administradas pela Opus Promoções seguem os mais rígidos controles de segurança e são equipadas com materiais apropriados. Acredito que depois da tragédia de Santa Maria muitos estabelecimentos que não estivessem com o padrão de segurança exigido foram em busca de adequações do espaço por exigência da própria população, que está consciente da importância de um local seguro.RPA - O que seria necessário para levar mais público aos espetáculos?Carlos Konrath - A cultura de frequentar teatros ainda é pequena no Brasil, mas está em crescimento. Ações como a distribuição de ingressos a escolas públicas e ONGs são uma maneira de formar um novo público. Preços acessíveis e uma programação diversificada também atraem um número maior de pessoas. E a partir desse ano, trabalhadores e empresas podem usufruir do vale cultura.RPA - Os governantes sempre inventam formas milagrosas para a população ir aos espetáculos (com preços reduzidos, caso da meia entrada, vale cultura), sem se preocupar em benefícios para ajudar os produtores com os custos, qual a sua opinião a respeito?Carlos Konrath - Nossa empresa sempre realizou promoções para atrair mais público a seus espetáculos, independente das leis de meia-entrada, pois acreditamos e incentivamos a renovação e formação de novas plateias. Realizamos espetáculos com projetos incentivados, como a Lei Rouanet, por exemplo, em que sempre há cotas de ingressos a preços populares, além de ampla distribuição gratuita a escolas públicas, projetos sociais, ONGs, etc. Quando os projetos são incentivados é possível realizar esse tipo de ação, visto que parte dos custos do projeto estão subsidiados, não dependendo exclusivamente da bilheteria. Há uma grande preocupação de nossa parte em inserir a cultura de forma gradativa na vida das pessoas e a tornar ainda mais acessível. E o vale cultura, concedido a trabalhadores brasileiros, desempenha papel fundamental nesta engrenagem. Já no caso da meia-entrada é importante salientarmos o funcionamento: quando o custo do espetáculo é viabilizado através da bilheteria, seja a atração nacional ou internacional, os preços de ingresso podem aumentar para o público em geral, para que o benefício possa ser concedido aos beneficiados pela lei.RPA - O que é mais rentável, os espetáculos produzidos no Brasil ou os que veem do exterior?Carlos Konrath - Espetáculos com qualidade artística e técnica aliados a um elenco forte podem ser rentáveis, independente se nacionais ou internacionais. Temos inclusive exemplos de espetáculos locais que viraram sucesso de público e são rentáveis. Obviamente os internacionais tem um fator a mais de atração, pois para algumas pessoas é a única oportunidade de assistir. Mas temos montagens de grande excelência no Brasil, e que geram bons resultados tanto quanto as produções do exterior.

Ministério da Cultura, por meio da Secretaria O de Articulação Institucional (SAI / MinC), divulga o resultado final das listas dos

habilitados no 1º Edital de Fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura (SNC).

A partir deste momento, todos os projetos habilitados serão analisados pela Comissão de Avaliação e Seleção do Edital de Fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura, constituída pela Portaria nº 1, publicada seção 2, página 6 do DOU no dia 14/05/2014.

A Chamada Pública do Sistema Nacional de Cultura vai possibilitar o repasse de recursos via Fundo Nacional de Cultura para Estados que completaram todo o processo de adesão ao SNC. Todos os Estados brasileiros e mais de 2100 municípios já assinaram, porém, nem todos completaram os trâmites.

Nesta primeira leva de recursos, serão contemplados, os Estados que assinaram a adesão e já cumpriram as próximas etapas pós-assinatura. O total de recursos disponibilizados será de R$30 milhões e serão distribuídos através de 3 eixos: Promoção da Diversidade Cultural Brasileira, com foco em culturas populares e culturas tradicionais; Fomento à Produção e Circulação de Bens Culturais; Implantação, Instalação e Modernização de Espaços e Equipamentos Culturais, entre eles, museus, teatros e centros culturais.

1 º E d i t a l d e F o r t a l e c i m e n t o

d o S i s t e m a N a c i o n a l

d e C u l t u r aFonte: www.cultura.gov.br

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U M G I G A N T E D E M I N A S PA R A O M U N D O

U M G I G A N T E D E M I N A S PA R A O M U N D O

C o n s i d e r a d o p e l a U n i v e r s i d a d e d a C o l u m b i a ( E U A ) u m d o s 1 0 0 m a i o r e s i n s t r u m e n t i s t a s d o ú l t i m o s é c u l o , o m i n e i r o

To n i n h o H o r t a t o r n o u - s e o p r i n c i p a l r e p r e s e n t a n t e d o q u e s e p o d e c h a m a r “ b r a z i l i a n j a z z ” , s e n d o u m d o s d e f e n s o r e s d a l i b e r d a d e

m u s i c a l q u e o r i t m o o f e r e c e . E n t r e a c r i a ç ã o d e u m i n s t i t u t o ,

a g e s t ã o d e u m s e l o m u s i c a l e d a p r ó p r i a p r o d u t o r a , d a s u a a m a d a B e l o H o r i z o n t e o a r t i s t a v i v e e m m e i o a m u i t o s p r o j e t o s

C o n s i d e r a d o p e l a U n i v e r s i d a d e d a C o l u m b i a ( E U A ) u m d o s 1 0 0 m a i o r e s i n s t r u m e n t i s t a s d o ú l t i m o s é c u l o , o m i n e i r o

To n i n h o H o r t a t o r n o u - s e o p r i n c i p a l r e p r e s e n t a n t e d o q u e s e p o d e c h a m a r “ b r a z i l i a n j a z z ” , s e n d o u m d o s d e f e n s o r e s d a l i b e r d a d e

m u s i c a l q u e o r i t m o o f e r e c e . E n t r e a c r i a ç ã o d e u m i n s t i t u t o ,

a g e s t ã o d e u m s e l o m u s i c a l e d a p r ó p r i a p r o d u t o r a , d a s u a a m a d a B e l o H o r i z o n t e o a r t i s t a v i v e e m m e i o a m u i t o s p r o j e t o s

Por: Geo Cardoso

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local escolhido não poderia ser outro. O Pontualmente, às sete horas da noite, lá estava ele para mais uma entrevista, na Livraria e Café

Status, um dos principais redutos do jazz da capital mineira. Com quase 50 anos de carreira, Toninho Horta é uma das figuras mais queridas do lugar. “Belo Horizonte é minha casa. Então, aqui eu não tenho pudor. Não tem essa de ‘ah, eu sou o Toninho Horta’”, diz o homem que pode ser considerado o embaixador do Jazz em terras mineiras e - porque não? - no Brasil. Em pouco tempo, o gerente da casa já veio à mesa e Toninho diz “Tudo bem, Ivan? Tudo joinha? Nós vamos tomar dois sucos de laranja, uma água tônica e pode pedir um pratinho de pasteizinhos”. Ivan cumprimenta e logo dispara: “Estão conversando aí com o nosso maestro? Meu ídolo!”. Enquanto rola uma jam session no palco em frente a entrada do estabelecimento, Toninho já inicia falando de alguns dos muitos projetos em andamento. À medida que fala, evidencia que defender a música instrumental e, principalmente, a música de qualidade é sua grande missão. A capital mineira é hoje conhecida como uma das cidades com o maior número de festivais de música instrumental no Brasil e é onde acontecem vários dos eventos que trazem grandes nomes do jazz internacional para apreciação do público brasileiro. O que pouca gente sabe é que foi a família Horta a precursora desse movimento. Ainda nos anos 50, o irmão de Toninho, Paulo Horta, foi um dos fundadores do “Clube do Jazz”, que reunia músicos, amantes e curiosos para ouvir discos de grandes nomes do estilo, orquestras e big bands. Paulo, falecido há dez anos, foi quem iniciou Toninho na música. Produtor e músico contrabaixista, foi ele que nos anos 60 iniciou o movimento de jam sessions e estava na trupe dos primeiros músicos mineiros que romperam a fronteira do estado à época para tocar com grandes nomes da MPB. Para resgatar parte dessa história, ao lado da cunhada e viúva do irmão, Graça Horta, Toninho trabalha em um DVD sobre esse legado. “Eu sou um pouco culpado, no bom sentido, por isso ter acontecido. E vou provar com o DVD que tenho feito sobre a vida do meu irmão, que nos anos 50 criou o Clube do Jazz, que era uma maioria de amigos que gostavam de boa música e apareciam para prestigiar. Ele era o único músico. Os outros eram ouvintes aficionados. E só nos anos 60 que começou tocar profissionalmente contrabaixo com os músicos da época. Então, os primeiros festivais de jazz e bossa nova aconteceram com a geração do meu irmão. Aí criaram o famoso bar Berimbau, onde rolava muita jam session. Além dos festivais, o pessoal também fazia bailes pra se sustentar. Aí no final dos anos 60 muita gente começou a debandar para fora do estado. Então, muitos músicos da noite daqui viraram acompanhantes de artistas do Rio e São Paulo. Meu irmão casou com a Gracinha, cantora, e logo também foi pra fora de Minas. Ele era um cara que gostava da noite, tocou com Luis Carlos Vinhas muitos anos, enquanto a Gracinha dividia a noite com nomes como o Djavan”, relembra.Em 1986, Toninho realizou na cidade de Ouro Preto, em

parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e o Ministério da Cultura, o primeiro Seminário Brasileiro da Música Instrumental. Foram 20 dias de atividades entre palestras, workshops e shows, com a participação de mais de 400 estudantes do Brasil inteiro, além da nata de músicos como Paulo Moura, Raphael Rabello, Zimbo Trio, Cama de Gato, Dori Caymmi, entre outros. “Ali foi um primeiro grande evento que rendeu semente para muita coisa. Hoje em dia Minas Gerais é considerado o estado que mais tem festivais de jazz e música instrumental no Brasil. Da qualidade nem se fale, porque o mineiro tem uma concepção única de harmonia e de melodia”, destaca Toninho, que tornou-se ao longo de muitos anos um dos maiores influenciadores de eventos de jazz e música instrumental na cidade, tendo sido dono de um famoso bar voltado para essa cena chamado “Aqui Ó”. “Em 2011, eu reuni 80 músicos na escadaria do Instituto de Educação (tradicional colégio de Belo Horizonte) e fizemos um grande encontro na cidade. Daí comecei a fazer jam sessions. E foi assim: ficava uns meses num bar, depois mudava para outro. Foi super legal, deu um bom público. Às vezes não conseguia encher por falta de verba para promover, pra fazer cartazes, divulgação, anunciar numa revista, numa televisão, mas criou-se um público muito fiel. Isso resultou também no festival Aqui Ò Jazz, que realizo atualmente. Hoje o jazz está muito espalhado. Você tem o african jazz, o latin jazz, funk jazz, hip hop jazz. Acho que todas essas vertentes são legais. O jazz é a música da liberdade, que dá mais possibilidades ao músico viajar sem sair do lugar, de recriar. O conceito do jazz é o músico se expressar sobre o tema com o improviso. Esse é o desafio pro músico. É um estilo complexo, mas que oferece mais liberdade”, destaca.

Para lembrar o irmão

Com o projeto de DVD em homenagem a Paulo Horta, Toninho é também responsável pelo retorno da cunhada, Graça Horta, aos palcos, pois montou um quarteto para acompanhá-la junto com os músicos Ésdras “Nenem” Ferreira (bateria), Ezequiel Lima (baixo) e Edelson Pantera (violão) . Com essa trupe, ele tem se apresentado na Status, onde sempre após a apresentação da cunhada realiza uma jam com os músicos. “Esse DVD sobre meu irmão é enfocando na geração do jazz dos anos 60, boate Berimbau e as coisas que rolavam naquela época. Ela (Gracinha) ficou três anos sem cantar, mas entramos com um projeto de lei para gravar um disco e foi aprovado. Então, começamos esse projeto para poder voltar ao esquema e preparar para o estúdio. Então ela começou a cantar semanalmente, na minha companhia e de outros músicos. Nesse DVD vamos homenagear ele e filmamos ela no Rio, nos lugares onde eles cantavam. Por esse projeto, tenho promovido bailes com todo mundo que está vivo e tocava com meu irmão. Pretende registrar a sonoridade daquela época com a Gracinha cantando”, antecipa.

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Um mineiro universal e independente

Músico autodidata e considerado um dos maiores guitarristas do mundo, chamado nos EUA de “the king of harmony” (o rei da harmonia), Toninho Horta é um dos músicos brasileiros de maior reconhecimento no cenário internacional. Tendo dividido palco e gravações com grandes artistas de diversos países, do estadunidense Pat Matheny ao camaronês Richard Bona, já viajou por mais de 30 países para se apresentar, só no Japão tocou 26 vezes, além de ter morado por dez anos em Nova Iorque. Recentemente, o músico foi homenageado na Alemanha, a convite do renomado maestro Michael Abene para o concerto de sua despedida a frente da aclamada WDR Big Band Köln. O maestro fez arranjos para 11 composições de Toninho, que foram executadas com a presença do músico. “Toquei agora com uma orquestra na Alemanha, no Philharmonic Hall, em Colônia, para duas mil pessoas, e teve outro para 500 lugares em um teatro. Foi muito legal. Tenho recebido outros convites como esse para orquestras tocarem minha música. Para mim acaba sendo mais fácil esse tipo de apresentação do que tocar com banda. Envio as partituras com um mês ou mais de antecedência e chego uma semana antes para ensaiar e tocar”, diz sobre a forma como tem preferido se apresentar além das jam sessions habituais.Toninho não deixa de ser mineiro em nenhum minuto. Mesmo envolto a tantos projetos, conduz as coisas da maneira peculiar do povo de sua terra. Seus projetos hoje são realizados por meio de sua própria produtora, intitulada Terra dos Pássaros - nome do primeiro disco lançado em 1980 e gravado nos anos anteriores na Califórnia - para realizar os seus projetos e ainda possui um selo musical independente para editar sua obra. “Eu tenho um selo, pelos qual lancei alguns discos, que é o ‘Minas Records’. E tenho a produtora Terra dos Pássaros, que está fazendo 30 anos, que de certa forma foi pioneira aqui. A produtora eu abri para reeditar meu disco primeiro disco. Quando ele saiu, foi um dos primeiros discos independentes feito por um artista no Brasil. Tem uma história. O disco foi lançado em 1980 e foi distribuído pela EMI-Odeon por dois anos, até 1982. Em 1984 eu abri a produtora para relançar o disco independente, ainda em LP”, conta com certo orgulho. Não imaginaria Toninho que ao lançar a produtora 30 anos atrás as relações da cadeia produtiva da música mudariam tanto, como de certa forma mudou o foco e atuação das grandes gravadoras internacionais, que décadas atrás se encarregavam de auxiliar na gestão da carreira dos artistas. “Em 1986, eu já tinha morado dois anos nos EUA, e voltei pro Brasil e notei como o mercado já começava a ser dominado. Na época, as rádios tocavam Djavan, Ivan Lins, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Lulu Santos, Marina. Essas pessoas tinham espaço no mercado naquela época. Hoje, não mais. Esse lance do artista se produzir acaba sendo uma coisa natural, já que o mercado está saturado com gente que tem pouco conhecimento musical, mas de um tempo pra cá não é só a música que está em jogo. Tem a qualidade da produção, a

P R O • A R T

cenografia, a produção técnica, juntos com os ritmos comerciais. Com isso a música realmente de qualidade acaba ficando em segundo plano. Muitos artistas foram deixados de lado pelas gravadoras e eles começaram a tomar atitude para cuidar de suas carreiras. Principalmente quem ta fora do eixo Rio-São Paulo tem de procurar as alternativas independentes para sobreviver”.Nesse formato que persiste do dito “Hit parade”, em que as mais tocadas nas rádios comerciais elegem os artistas que terão maior projeção e sucesso, Toninho reconhece a importância deste veículo de mídia para fazer a música de qualidade que ele tanto defende chegar até o público e, sobretudo, determinar o sucesso e reconhecimento do artista. “Se toca e as pessoas têm a possibilidade de ouvir, independentes da qualidade, acaba fazendo sucesso. Agora é claro, se a música for complexa, muito sofisticada é difícil cair no gosto popular. Quando a pessoa dá a sorte de uma música tocar na rádio porque gostaram, não por que pagou jabá ou porque foi para a trilha de uma novela, o resultado é muito surpreendente, como foi o caso do Skank quando surgiu. Teve uma

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aceitação muito boa nas rádios. E são raras as rádios hoje que dão espaço pra música independente. A minha obra mesmo já foi muito mais executada, tinha mais veiculação. E meus contemporâneos também e vendiam muito mais. Eu vejo hoje que nós não temos a mesma penetração, mas todos continuam aí com seus trabalhos. Agora, os mais prejudicados com isso é a juventude, é a nova geração que não tem muita oportunidade de ouvir coisas boas, principalmente pela mídia”, dispara. Com menor execução nas rádios e possibilidade de shows, a música instrumental e de qualidade sobrevive mais por meio de projetos de leis de incentivo, segundo Toninho. “Não sei quais seriam as alternativas para mudar o cenário. Hoje toco menos no Brasil. A rede do Sesc em São Paulo faz muito pela música instrumental. Existe o circuito do Sesc Instrumental, em que eles filmam, fazem entrevistas, gravam CDs. Quase todo ano eu faço shows em São Paulo pelo Sesc. E hoje eu vendo muito mais discos em shows. O CD acaba sendo um cartão de visita e o maior distribuidor do artista acaba sendo ele próprio. Muita gente vê o show e quer guardar melhor a emoção daquele momento e o CD ajuda”, firma.

Projetos em andamento

Nos últimos anos, a idade avançada da mãe, falecida no ano passado, deixou Toninho mais tempo no Brasil, especialmente em Belo Horizonte. Com mais tempo para os projetos, resolveu criar o Instituto Maestro João Horta, onde ele pretende desenvolver pesquisas e cursos de formação, além de tornar-se uma referência para os trabalhos dele e familiares. O instituto leva o nome do avô materno, que também era músico. Entre os próximos projetos a serem lançados além do DVD em homenagem ao irmão, Toninho está prestes a colocar no mercado um livro que será uma das principais referências para os estudiosos da música brasileira. “Esse livro tende a ser um dos maiores bancos de dados de partitura da música brasileira, chamado ‘Livrão da Música Brasileira’, fruto duma pesquisa de 30 anos sobre um período de mais de 150 anos da composição nacional, com cerca de 300 compositores e 700 composições. Nesse livro eu to demorando mais que o Guimarães Rosa, que levou 25 anos pra escrever o ‘Grande Sertão Veredas’”, brinca.Além do Livrão, será lançado logo após a Copa do Mundo de futebol o Songbook de Toninho Horta, com 120 partituras, impresso em parceria com a Imprensa Oficial de Minas Gerais. Toninho prepara, também, o lançamento de dois novos álbuns: “Minas-Tokyo” e “From Napoli to Belo Horizonte”. O primeiro evidencia a relação com o país asiático onde já esteve inúmeras vezes e sua música é sempre bem acolhida. No repertório, composições autorias e algumas releituras de autores como John Coltrane, além da versão em japonês de “Beijo Partido”, interpretada pela cantora japonesa Nobi. Já “From Napoli to Belo Horizonte” é um disco gravado na Itália com o guitarrista local Antonio Onorato e traz temas dos dois artistas e de compositores dos dois países.

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PARTITURAS

RUBENS JUSTHMaestro

Produtor e Consultor Musical

RUBENS JUSTHMaestro

Produtor e Consultor Musical

• Transcrição em Geral

• Tiramos Solos de qualquer

instrumento musical

• Grades de Arranjos Orquestras,

Big Band, Corais e Bandas

• Traga seu CD ou DVD preferido e

transcrevemos para o seu

instrumento

• Métodos de Aulas (prática para

Partituras em Geral)

• Montamos uma Song Book de Sua

Banda ou Grupo

• Ritmos Percussivos em Geral

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L uiz Aguiar começou n o r á d i o e m Barretos na rádio

local em 1957 como locutor comercial. No mesmo ano foi contratado pela recém-inaugurada Rádio Cultura de Guaira onde ficou por um ano, indo para Ribeirão Preto, atuando na área esportiva como narrador e repórter. No dia primeiro de outubro de 1960, estreou como locutor esportivo da Rádio Bandeirantes.Foi repórter a lém de narrador até 1964 quando, a convite do então diretor artístico Julio G. Atlas, foi transferido para o setor artístico para apresentar o programa musical OS BROTOS COMANDAM, no lugar de Sergio Galvão que havia se transferido para a Tupi.Obteve bom destaque à frente do musical e chegou a gravar diversos compactos simples (moda na época) com destaque para O MUNDO que fez relativo sucesso.Na Bandeirantes apresentou o programa dominical A FESTA DO BOLINHA, aos domingos pela manhã e comandou a grande gincana que marcou a inauguração da TV. Na TV Bandeirantes apresentou vários programas, mesmo já não estando na rádio de onde saiu em 1970 contratado pela Tupi onde apresentou o programa que levava o seu nome, por 12 anos, até seu fechamento.De 1973 a 1977 foi presidente do Sindicato dos Profissionais de Radio e Televisão, quando presidiu a comissão que criou a regulamentação da profissão de RADIALISTA, que não havia.Com o fechamento da Tupi voltou para Ribeirão Preto

Por querer saber por onde andam as pessoas que fizeram parte da história da comunicação e hoje estão sumidas, criamos a coluna POR ONDE ANDA VOCÊ.O primeiro será o grande comunicador Luiz Aguiar, que fez muito pela classe artística e esportiva, um profissional sem igual.

onde comprou a Rádio Cultura com a qual ficou por pouco tempo, retornando a São Paulo tendo, também por curto período, dirigido a Radio Capital.

Teve outras atividades como promotor de eventos para grandes empresas e para o poder judiciário, com programas de TV na Rede Vida e destaque para congressos em Paris, Mônaco e Buenos Aires.Hoje, aposentado, vive em Ribeirão Preto, por enquanto...

Um pioneiro do entretenimento

L u i z A g u i a rPor Onde Anda Você

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urante o encontro também foram discutidos os D objetivos da ABMI para o ano corrente.

Thomas Roth, presidente eleito, reconduzido para seu segundo mandato, abre o encontro salientando a importância que a entidade tem hoje, “pois nossos catálogos reunidos representam uma força muito grande no Brasil e no exterior”, diz.

A Diretora Executiva da ABMI, Luciana Pegorer, discorreu sobre a importância do encontro dos membros como uma oportunidade de troca de experiências e networking, “além de ser uma oportunidade de realizar transações comerciais e trocas de serviços entre os próprios membros”, disse ela.

Como objetivos da Agenda 2014 da entidade destaca-se a realização do Seminário Rio Music Buzz, previsto para o mês de setembro no Rio de Janeiro e que terá como foco os temas relacionados à execução pública e sincronização de música para o audiovisual (music placement). Destacou-se as inúmeras capacitações e encontros ocorridos em 2013 como o encontro com o Google, com a Eletronic Arts de Los Angeles, com produtores do audiovisual, a parceria com a ABPITV e Sebrae, a capacitação para o mercado digital e o Seminário ABMI Digital & Sync que teve como foco a distribuição e promoção de conteúdos nos ambientes digitais. Destacou-se também as capacitações que ocorrerão em 2014, entre elas: crowdfunding, contratos e direitos para sincronização, ferramentas de promoção em ambientes digitais, precificação de conteúdo musical para o audiovisual, entre outros.

O tema recorrente nos objetivos da ABMI para 2014 é o aumento do uso de música brasileira para o licenciamento internacional e para o audiovisual, setor

em grande efervescência atualmente. Luciana Pegorer esclarece que uma frente importante do trabalho dentro deste objetivo é a atuação junto à Ancine pois “há sérias questões de cadastro a resolver e a necessidade de contrapartidas para o setor fonográfico das taxas cobradas pelo órgão sobre lançamento e exibição de DVDs musicais”, disse. Outra frente é a capacitação de seus membros para atuação no setor, seja adaptando suas empresas para atuar como produtores de audiovisual, seja pela exposição do conteúdo de seus membros aos produtores do audiovisual no Brasil e no exterior.

Para cumprir com seus objetivos a ABMI desenvolveu três plataformas interligadas que permitirão um trabalho complementar de exposição do conteúdo dos associados tanto para licenciamento quanto para exportação. O trabalho começa com a inserção do conteúdo de todos os membros associados no SGF (Sistema de Gerenciamento Fonográfico). Essa plataforma permitirá o cadastramento de produtos uma única vez. Após o primeiro cadastramento, que se dá na criação do ISRC (código internacional do fonograma), o conteúdo passa a ser exportado por ferramentas de uso comum que facilitarão a participação dos membros da ABMI nos mais diversos negócios em ambientes digitais. O conteúdo cadastrado no SGF que estiver disponível para licenciamento será exposto na plataforma de licenciamento e ambas as plataformas serão acessadas a partir do novo site da ABMI que está sendo reformulado e passará a ser bilíngue. As plataformas estão em fase de alimentação de conteúdo.

Organização, capacitação, acesso e tecnologia são as metas da ABMI para desenvolver o mercado fonográfico brasileiro através dos conteúdos de seus membros, produtores fonográficos independentes, responsáveis por parte relevante da produção de música brasileira no momento atual.

E M P O SS A D A A N O VA D I R E T O R I A D A A B M I

E M P O SS A D A A N O VA D I R E T O R I A D A A B M I Fonte: site ABMI

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ocalizado no bairro da Barra Funda, o Memorial é L um convite permanente às manifestações artísticas e científicas latino-americanas, um

apelo para que elas façam do conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer a sua casa em São Paulo.A idéia generosa de solidariedade e união latino-americana é tão antiga quanto as lutas no séc. XIX de Simón Bolívar, José Martí e San Martín por um continente livre e fraterno. A “Pátria Grande” vislumbrada por eles, porém, ficou esquecida no passado. Nos anos 80 do séc. XX, especialmente os brasileiros precisavam redescobrir a América. Os hispano-americanos também pareciam desconhecer a proximidade histórica, lingüística e cultural de seus vizinhos de língua portuguesa.Era preciso lembrar quem somos a nós mesmos. Para isso foi inaugurado em 18 de março de 1989 o Memorial da América Latina, com o conceito e o projeto cultural desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro. Assim, o Memorial nasceu com a missão de estreitar as relações culturais, políticas, econômicas e sociais do Brasil com os demais países da América Latina.

Desde então ele vem cumprindo seu papel. O Memorial fomenta a pesquisa e divulga seus resultados. Apóia a expressão da identidade latino-americana e incentiva seu desenvolvimento criativo. Coordena iniciativas de instituições científicas, artísticas e educacionais do Brasil e de outros países ibero-americanos. E difunde a história dos povos latino-americanos às novas gerações de estudantes.

M E M O R I A L D A A M É R I C A L AT I N AS Ã O PA U LO

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J u ç a r a C r i s t i n a Carbonaro Guerreiro – funcionaria da Fundação

Memorial da América Latina desde março de 1989, portanto a 25 anos nesta mesma instituição no mesmo cargo, de Gerente de Planejamento e Eventos da Diretoria de Atividades Culturais. Pedi uma licença no período de 1993 a 1996 quando fui para a Prefeitura de Barretos a convide de o Prefeito Nelson

James Whrite, para organizar e dirigir a Secretaria Municipal de Cultura. Antes do Memorial trabalhei na área de Televisão tendo sido funcionaria das Tvs Tupi – SBT – Record – Bandeirante e Manchete. Em novembro do ano passado, mais precisamente em 29 de novembro de 2013, todos nos da família Memorial, tivemos uma tristeza muito grande, que foi o incêndio que destruiu as instalações do Auditório Simon Bolivar: palco de inúmeros Show com os mais renomados nomes da musica popular e erudita da América Latina. Foram tantos eventos memoráveis que fica difícil destacar um como o maior eventos realizado neste palco. Mercedes Sosa com Milton Nascimento, Libertad Lámarque, Leon Gieco e Sergio Reis, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Roberto Bravo, Astor Piazzolla, Armando Manzanero, Bale Folclórico do México e de Cuba, Opera Maria La Ó, Carmina Burana Bale de Cuba com a presença de Alicia Alonso, Paralamas do Sucesso, Fagner, entre tantos outros. Grandes estadistas como Gorbachev, Bill Clinton, Fidel Castro, Fernando Henrique Cardoso, fizeram palestras neste palco. Lamentavelmente ainda não temos um prazo para que o

Auditório possa ser reinaugurado e volte a ser o palco de tão grandes espetáculos. Como não temos mais o Auditório estamos dado ênfase no projeto que estamos realizando desde março do ano passado que é a FEIRA DE CULTURA POPULAR LATINO AMERICANA, acontece todos os sábado das 11 as 18 horas com apresentações de Circo, Teatro Infantil, Show de malabares, apresentações com bonecos, e fantoches, barracas com comidas típicas dos países latinos americanos, além de brinquedos e brincadeiras que resgatam o valor de brincar, encerrando sempre a programação um Show musical. Nestes eventos que ocorrem na Feira de Cultura Popular Latino Americana temos acontecimentos como Exposição e demonstração dos carros Low Raders, Onibus e caminhões antigos, jogos de quadra. Para os meses de Junho e Julho teremos: sorteios de álbuns da Copa, posto de troca de figurinhas, torneio de “bafo” nas categorias infantil – Infanto juvenil – juvenil – sênior – 3ª. Idade, campeonato de jogos de futebol de botão, tudo isto para acompanhar os acontecimentos de Copa do Mundo. Haverá também transmissão dos principais jogos em telão a ser instalado na praça.

Jussara Carbonaro, Milena Castro e Luis Averino

Foto: Lili Quaglia

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R I B A S M A R T I N S

L Ú C I O O L I V E I R APor: Anamaria Lima

O E N G E N H E I R O D A C U LT U R A

ual seria a definição correta para uma trajetória de Q sucesso? Corresponder a demandas de mercado, redefinir padrões estratégicos ultrapassados,

compreender expectativas e carências e transformá-las em ação. Todas são possíveis respostas a um caminho que se pretende sólido. Mas a simples união de todos esses fatores não seria capaz de corresponder à construção de um lugar onde se podem observar respostas para além de um simples mérito quantitativo. E o mais importante: quando essa trajetória não se restringe somente ao seu responsável, mas ao objeto ao qual seu sucesso está vinculado, aí sim podemos vislumbrar o que significa resultado.São 40 anos trilhando um caminho em busca da transformação da inércia em ações efetivas no mercado cultural mineiro e nacional. O empresário Lúcio Oliveira, nascido em Belo Horizonte em 20 de outubro de 1951 , foi presidente da da Abrape (Associação Brasileira dos Produtores de Eventos) por quatro anos e é dono da Art Bhz Produtora de Espetáculos Ltda, uma das maiores referências em produção cultural em Minas Gerais e no Brasil, sendo responsável por diversos eventos e espetáculos de indiscutível importância no cenário

cultural do país. Sua história traz indicativos curiosos de uma tendência à produção que já o acompanhava ainda em seu desconhecimento do talento para tal. Lúcio estudou engenharia civil na UFMG e não chegou a concluir o curso, quando se percebeu imerso em uma possibilidade que hoje se comprova como escolha acertada. Ele sempre nutriu imenso interesse pelas artes, indo além de uma simples apreciação para dar lugar ao desejo de tornar palpáveis os eventos e espetáculos culturais que almejava ver acontecendo. Participou, durante seus estudos, de diversas atividades culturais promovidas pelo diretório acadêmico (DA) da UFMG e, logo em seguida, participou do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Nesse período, envolveu-se no processo de reestruturação do Centro Cultural do DCE (desativado pelo Regime Militar), local hoje ocupado pelo Usiminas Belas Artes de Cinema.Especializou-se em produção numa época em que sua única alternativa era o autodidatismo, uma vez que não havia material explicativo e muito menos cursos de formação em produção cultural como há hoje no mercado. Montou sua primeira empresa em 1974, a

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Minas e para o interior grandes nomes, de forma a manter a qualidade artística de sua empresa com todo conforto e segurança. Além disso, Lúcio coordena toda a equipe da produtora na concepção, planejamento, coordenação, comercialização, produção e execução de eventos artísticos e culturais, além de promover eventos nos quais ele é responsável por todo seu planejamento estratégico. Produz com qualidade diversos estilos, do rock ao blues, do sertanejo ao clássico. Além de espetáculos nacionais, Lúcio também traz ao Brasil vários espetáculos internacionais, produzidos em Minas Gerais pela Artbhz.Durante seus 40 anos de carreira, Lúcio se aprofundou e especializou em vários tipos de eventos, sempre seguindo a tendência do mercado. Foram shows musicais, espetáculos musicais, festivais de teatro, de dança, de música, concursos musicais, feiras e exposições agropecuários, e uma vasta experiência na criação, aprovação e execução de projetos de incentivo fiscal municipal, estadual e federal. Um dos segmentos que Lúcio vem se especializando é o “Family Entertainment”, que visa a produção de diversos espetáculos com o objetivo de aliar o acesso à cultura a dias de intensificação nas relações familiares. Além de espetáculos voltados ao público familiar, como Disney no Gelo, Xuxa, Palavra Cantada, Circo da China, Holiday on Ice e o Mágico de Oz, vários eventos de longa duração foram desenvolvidos para ocupar espaços públicos de maior circulação, como shopping centers. Neste nicho destacamos as exposições Corpo Humano, Mundo Jurássico e Fazendinha. Além disso, promove festas e eventos juntamente a empresas, com o objetivo de construir uma boa relação entre o público interno e externo que acaba por aliar-se a esses momentos de maneira a fidelizá-los e torná-los sazonais. Possui como clientes e parceiros empresas como TIM, Mercantil do Brasil, Coca Cola, Usiminas, Telemig Celular, Companhia Vale do Rio Doce, MBR, IG, Camargo Corrêa Cimentos, Futura Propaganda, Colégio Arnaldo, Sistema Pitágoras de Ensino, Cia. de Cigarros Souza Cruz, Rede Globo, Fiemg/Sesiminas, Fiat Automóveis, BIOBRÁS, 1o. Ato, Anglo Gold Ashanti Nestlé, Telemar, Oi, Caixa Econômica Federal, Correios, Cesa Logística.

Efeito, em parceria com colegas de faculdade e juntos promoveram o projeto ‘Segunda Mineira’, no qual artistas locais se apresentaram no Teatro Francisco Nunes, buscando estimular e difundir a cultura mineira. Foi responsável pela produção executiva de eventos com artistas nacionais de destaque como Paulinho da Viola, Cartola, MPB 4, entre outros grandes nomes da MPB.Logo após a Efeito Lúcio montou a Tempo Produções em 1979, em parceria com os irmãos Evandro Lara e Gegê Lara, numa sociedade que durou 18 anos até a formação de seu empreendimento atual, a Artbhz Produtora. Na Tempo Lúcio especializou-se também na área de iluminação prestando assistência e suporte na criação e execução de iluminação durante dois anos ao artista Ney Matogrosso em sua turné “Bandido”. Seu interesse adveio de uma percepção da grande demanda por iluminação cênica na cidade de Belo Horizonte. Durante esses 18 anos, Lúcio liderou uma equipe que encabeçava a produção executiva de todos os eventos da empresa em todas as sua áreas de atuação. Desenvolveu inúmeros eventos culturais, para hoje configurar-se como um dos maiores empresários do ramo, tendo como bagagem acontecimentos que marcaram a história do show business mineiro como o Carlton Dance Festival, as apresentações de B.B. King, Eric Clapton, Bob Dylan, Sting, Julio Iglesias, Paul Simon, Mercedes Sosa, Ray Connif, B.B. King, FIT (Festival Internacional de Teatro), entre tantos outros. Ele também foi responsável pelas quatro edições do mega espetáculo Disney no Gelo em Minas Gerais e trouxe pela primeira vez ao país o Balé Bolshoi, em plena ditadura militar. Entre os espetáculos envolvendo artistas nacionais, destacam-se: Roberto Carlos, Barão Vermelho, Chico Science, Djavan, Capital Inicial, Arthur Moreira Lima, Milton Nascimento, Paralamas do Sucesso, Ivete Sangalo, Momix, Rita Lee, Leonardo, Jota Quest e os espetáculos cênicos “Louro Alto Solteiro Procura” (com Miguel Falabella), “Dois na Gangorra” (com Giovanna Antonnelli e Murilo Benício), “Joana Dark – A Re-Volta” (com Christiane Torloni). Dessa forma, Lúcio Oliveira buscou aliar seu esforço e talento ao melhor em termos culturais, seja no teatro, dança e música, entre outras atividades artísticas como cerimoniais, feiras e exposições diversas. Trouxe para

Leonardo Dias, Claudionor Costa e Lúcio Oliveira

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S E R G I N H O B E A G Á ,L A N Ç A S E U M A I S N O V O Á L B U M

S E R G I N H O B E A G Á ,L A N Ç A S E U M A I S N O V O Á L B U M

erginho Beagá, compositor, cantor e cavaquinista S com uma longa trajetória musical no cenário do samba, mineiro de Belo Horizonte, começou a

tocar aos seis anos de idade um cavaquinho presenteado pelos seus pais - José Ramos e Dulce Ramos. De família de músicos herdou uma sensibilidade aguçada. No final dos anos 70 já era conhecido no cenário do samba em Belo Horizonte. Foi integrante dos grupos Mensageiros do Samba, posteriormente Ki-Samba Show, no qual permaneceu por doze anos. Tocou na banda do Neguinho da Beija Flor, primeiro artista de renome nacional a gravar composições do Serginho – O dom que Deus deu.Posteriormente, foram grandes sucessos interpretados na voz da Leci Brandão, Agepê, Dominguinhos do Estácio, Tobias da Vai Vai, Jovelina Pérola Negra, Demônios da Garoa, Marquinho Satã, Razão Brasileira e tantos outros artistas do samba.Em 1994 gravou seu primeiro CD autoral com divulgação nacional - Impressão Digital. Posteriomente, lançou: Cavaquinho Amigo, Compositor e Eu sou do Samba. Em 2014 lança o seu mais recente trabalho: Vida Nova.Resultado de um apelo popular, tanto de público quanto de crítica e músicos para a gravação do Vida Nova, Serginho Beagá definiu o repertório com 13 faixas contendo; obras inéditas autorais e, também obras de Geraldo Magnata, Mário da Viola, Jacy Inspiração, Mauro Diniz e Monarco da Portela. No Vida Nova estão presentes; o samba de gafieira Pingo é letra (Serginho Beagá) um canto à real malandragem, o “bom viver” do malandro, de andar elegante e admirado pelas mulheres, uma menção ao moço do chapéu, seu Zé

Pelintra. Tempero da Vovó (Serginho Beagá) é um samba de roda que retrata a culinária mineira, já Tabajara, parceria de Serginho Beagá e Mário da Viola, um samba de breque que narra a vida de um amigo preso, um suspense com final surpreendente. Os sambas de partido alto, Perfume da Nêga(Geraldo Magnata/Serginho Beagá) e o Patrão(Jacy Inspiraçã/Arthur Bernardes) são sambas jocosos, uma sátira da vida. A faixa Samba de Brinquedos (Serginho Beagá) é um samba de saudade, a introdução com maxixe revela a saudade dos tempos antigos, do começo do samba, saudade dos brinquedos que já não são tão corriqueiros. Mas é também um samba em homenagem a São Cosme, Dãmião e Doum. O samba Lá vai Maria(Serginho Beagá) retrata a realidade do povão brasileiro, Ponto final (Serginho Beagá) é o único samba dolente do disco, Vou pro Rio(Serginho Beagá) é um jongo que exalta as matas, o rio, a natureza. Liberdade da crença (Serginho Beagá) é um samba ijexá de liberdade de culto, de fé. O Felizardo é um samba de quadra composto pelo Mauro Diniz e o Monarco, já Vida Nova (Serginho Beagá) é a faixa que dá título ao álbum e que é grande propulsora deste disco, é o maior motivo da feitura do CD em virtude de uma realidade vivida pelo Serginho Beagá, é na verdade uma grande homenagem ao nosso criador. Além das faixas inéditas, Serginho Beagá, agracia os fãs com uma faixa, um Pout-pourri, com algumas canções que fizeram grande sucesso.As canções do Vida Nova são temáticas cotidianas: canções de amor, de saudade, da luta do povo brasileiro em “driblar” as dificuldades e da liberdade da crença que cantadas através da voz deste grande artista - Serginho Beagá - trilham as veias do genuíno samba.

PRODUTORES artísticos

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C om mais de 25 anos de atuação no

mercado como músico, o baterista e também multinstrumentista mineiro Luiz Paulo Ramos já possui um belo capítulo na história da música brasileira. Foi baterista de trabalhos importantes, entre shows e gravações no Brasil e exterior com artistas como Toninho Horta, Milton Nascimento, Marku Ribas, Sandra de Sá, Berimbrown, Dominguinhos, Mamour Ba (Senegal), Aaron Blackman (EUA), Marcelo Kimura (Japão), entre outros. Toda essa experiência levou Luiz Paulo criar a Gaijin Produções, empresa que realiza trabalhos produção musical de gravações, trilhas sonoras para cinema e TV, direção de shows, além de agenciamento e gestão de carreiras e distribuição digital no exterior. Sediada em Belo Horizonte, a Gaijin possui estúdio próprio de gravação com equipamentos de ponta. Em mais de quinze anos atuando mercado japonês, Luiz Paulo construiu boas e sólidas relações profissionais. Em parceria com a empresa Tupiniquim Entertainment, sediada no Japão, realiza pela Gaijin a distribuição no iTunes japonês de artistas brasileiros como Monobloco, Paula Lima, entre outros. Para celebrar 20 anos de carreira, Jorge Vercillo será o próximo artista que terá o trabalho disponível para os ouvintes da terra do sol vermelhofruto dessa parceria com a Gaijin, que o representará no país. Além disso, atualmente a Gaijin realiza a co-produção e divulgação, junto com a Naza Music e Sion Produções, do EP do guitarrista e compositor carioca Da Ghama, um dos fundadores do grupo Cidade Negra, importante referência do cenário do reggae nacional. O CD “BaixÁfricaBrasil” apresenta a nova fase solo do músico e está em fase de lançamento por diversas capitais brasileiras, como Rio, Belo Horizonte e Salvador. Entre canções inéditas e releituras, o disco traz a regravação da conhecida “Falar a verdade”, entre participações mais que especiais de Sérgio Loroza, Planta e Raiz, Gil Limousine e Grupo Zaktar.

G A I J I NU M O L H A R M U S I C A L

D I F E R E N C I A D O

G a i j i n P r o d u ç õ e s3 1 9 2 3 8 - 6 2 0 33 1 97 8 6 - 67 8 9

w w w . g a i j i n p r o d u c o e s . 4 6 g r a u s . c o m

G a i j i n P r o d u ç õ e s3 1 9 2 3 8 - 6 2 0 33 1 97 8 6 - 67 8 9

w w w . g a i j i n p r o d u c o e s . 4 6 g r a u s . c o m

Jorge Vercillo

L u i z Paulo

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Ale Vanzella

Badi AssadBadi Assad

Dora Vergueiro

Dora Vergueiro

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D A S E N Z A L A

PA R A O M U N D O

O Samba Pede Passagem

odos os anos em duas datas a saga da raça negra T vira noticiário no Brasil. A primeira-13 de maio -, por ser nesse dia no ano de 1888, que foi assinada

pela princesa Isabel, a Lei Áurea, entrando para a história oficial como a lei que marcou a libertação dos escravos. A outra data é 20 de novembro, dia da morte do grande líder quilombola Zumbi de Palmares, adotada pelo Movimento Negro Unificado no ano de 1978, por considerar a Lei Áurea – talvez a mais lacônica, a mais curta da história – um ato que serviu mais para livrar da responsabilidade social e moral a elite do país, com o que sobrou da escravaria, aliás, o Brasil, o último país a libertar seus escravos. Promoveu uma Abolição inacabada! As entidades negras conseguiram que o dia 20 de novembro fosse decretado feriado em várias cidades do Brasil, como o dia da Consciência Negra. Nos livros didáticos, os negros são apresentados apenas como subculturas, que vieram em navios negreiros (às vezes citam a capoeira e sua culinária exótica, como a feijoada, tendo seu preparo iniciado com o aproveitamento dos restos de comida dos seus “donos” e finalmente, foram libertados por uma “santa” chamada princesa Isabel). Após mais de cem ambos da declaração de libertação dos escravos, seus descendentes continuam vivendo sob outro regime de escravidão, mal disfarçada através do preconceito, a falta de direitos e reais oportunidades dentro de nossa sociedade, numa falsa democracia racial, cada vez mais violentamente escancarada. Felizmente, vãs tem sido as tentativas de negar a contribuição dos braços e mentes africanos e de seus descendentes na construção desta nação. E nas artes então! São incontáveis os ritmos que se originaram dos batuques dos escravos. Onde teve senzala, teve uma origem do Samba, com suas características e nomes regionais. Esse ritmo,

outrora discriminado e perseguido pela polícia, cada vez mais se organiza nas comunidades periféricas como verdadeiros quilombos de resistência cultural. O Carnaval, nas suas mais variadas formas de origem, com as coberturas midiáticas alcançam audiência no Brasil e no mundo. Em dois de dezembro, DIA DO SAMBA, a Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, através de seu titular Juca Ferreira, a exemplo do que vem acontecendo com outras artes de origem africana, o Samba de São Paulo foi declarado oficialmente como PATRIMONIO MATERIAL DA CULTURA, em cerimônia e roda de Samba inesquecíveis no palco do Teatro Municipal. Na sequência foi realizado um seminário para discutir o Carnaval de Rua da cidade, em seus vários aspectos. Participaram representantes brasileiros de Carnavais de várias partes do Brasil, assim como também, na discussão sobre organização e segurança, representantes de vários países, tudo isso proporcionando uma formidável troca de experiências.O resultado foi o que o mundo todo viu: O Carnaval de rua de 2014 foi brincado na cidade, nos mais variados bairros embalados por mais de duzentos blocos, bandas e cordões.Aos poucos paulistano quatrocentão vai perdendo sua carranca e seu preconceito!

Por: Moisés da Rocha (Radialista e Jornalista)

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Presidente: Abram SzajmanDiretor Executivo: Antonio Carlos BorgesConteúdo: Assessoria Técnica

Caravana da Simplificação, promovida pela A Secretaria da Micro e Pequena Empresa, chegou em São Paulo no dia 4 de abril. A ação,

encabeçada pelo ministro da pasta Guilherme Afif Domingos, irá percorrer 27 unidades da federação para debater a possibilidade de uma legislação adequada à realidade dos pequenos empreendedores.Nos encontros, a secretaria espera mobilizar a classe empresarial e a política local para empenhar a aprovação do novo Simples Nacional, projeto que tramita na Câmara dos Deputados. A proposta sugere que a classificação das empresas seja a partir do faturamento, diferente da prática atual, que considera os setores em que atuam. Dessa maneira, qualquer empreendedor com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões poderia se enquadrar no regime.A Caravana também busca atuar junto aos fóruns

estaduais para facilitar o andamento de políticas públicas em prol das pequenas empresas. Além disso, a ação visa fortalecer o movimento para acabar com a substituição tributária para os pequenos negócios, bem como chamar a atenção para a necessidade de desburocratizar os processos de abertura e fechamento de empresas, por meio da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, o chamado RedeSim. O atual processo, segundo o Banco Mundial, leva cerca de 150 dias, prazo que deve cair para cinco dias, de acordo com a proposta do projeto.A Caravana da Simplificação em São Paulo, aconteceuno dia 4 de abril, das 10h às 12h, no auditório do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP).

A ç ã o d a S e c r e t a r i a d a M i c r o e P e q u e n a E m p r e s a

b u s c a a d e q u a r a l e g i s l a ç ã o b r a s i l e i r a à r e a l i d a d e

d o s p e q u e n o s e m p r e e n d e d o r e s

C a r a v a n a d a S i m p l i f i c a ç ã o C h e g o u e m S ã o P a u l o e m A b r i l

Ministro Guilherme Afif Domingos

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O n o v o á l b u m d e To q u i n h o

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euniram-se na tarde de ontem (14/05) na sede da R Ordem dos Músicos do Brasil, Conselho Regional do Estado de São Paulo, um grupo de

músicos, entre eles: Maestro Adylson Godoy, Severino (Bill Trombonista), Amador Bueno (Contrabaixista), Bauru (Saxofonista), Helio (Trompetista), Marcelo (Agente Cultural), Buda (Trompetista), Renato (Trombonista), Jonas Baker (Baterista e cantor), Ribas Martins (Produtor e Cantor), Maria Cristina Barbato (Contrabaixista e Professora de Música), entre outros, com a finalidade da leitura do estatuto da recém criada UPARS – União Paulista de Artistas Seniores.O Projeto UPARS visa obter recursos para a produção de shows para músicos e cantores com mais de 50 anos de idade e 30 de carreira, junto aos organismos públicos e privados. Esta foi a nona reunião desde a concepção até a concretização do Projeto.“Agora o sonho tornou-se realidade e graças ao apoio logístico que recebemos da Ordem dos Músicos do Brasil – CRESP pela pessoa do seu presidente Prof. Roberto Bueno, poderemos iniciar os trabalhos em busca de algum benefício para os músicos dessa faixa etária que encontram-se esquecidos pelos contratantes.” Disse o Maestro Adylson Godoy, mentor do Projeto.O próximo passo será o lançamento de um site explicativo e a difusão da ideia através dos mecanismos de divulgação para que os músicos que se enquadram nesta categoria possam participar.

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Sinaprem esteve presente, representado pelo O presidente Claudionor Costa, na reunião do conselho de serviço da federação do comercio

do Estado de São Paulo, sobre a presidência do Haroldo Silveira Piccina e o Deputado Laercio de Oliveira líder das minorias da Câmara, é admirável o trabalho que ele tem realizado em prol dos empresários brasileiros.Se metade dos Deputados que diz falar em nome do povo fizesse o que o Senhor Laércio faz, o nosso País seria outro, parabéns Deputado, que a classe empresarial possa contar com seu apoio sempre.O objetivo deste Conselho é ser um órgão de estudos da FecomercioSP. Constituído por representantes de sindicatos e de empresários do setor de serviços, aprofunda análises de questões que afetem direta ou indiretamente o segmento, debate e sugere medidas para o aperfeiçoamento do setor.

Haroldo Silveira Piccina

Contabilista, advogado e administrador de empresas. Despachante aduaneiro registrado na 8° região (SP), é sócio-diretor da Consultores Associados PHL Ltda. e da PHL Assessores Ltda. Também preside o Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo e a Associação Nacional das Empresas Transitárias, Agentes de Carga Aérea e Comissárias de Despachos e Operadores Intermodais.RealizaçõesDentre os temas tratados nas reuniões de 2013, foram debatidos a Portaria Interministerial nº 385/12; as

manifestações do Sescon quanto às impugnações feitas pelos sindicatos de serviços; o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e outras Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e outra Operações que Produzam Variações no Patrimônio - Siscoserv; o salário mínimo paulista; a Lei 12.741/2012, de informação de tributos na nota fiscal; regimes de tributação; questões logísticas; e Lei de Lavagem de Dinheiro.

Laércio Oliveira

Deputado Federal (SDD/SE) e vice-presidente da CNC (Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo). Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe, já foi presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (SEAC) de Sergipe, da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza Conservação e atualmente é vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Deputado federal pelo PR de Sergipe é presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor de Serviços. Foi considerado pela Revista Veja como o 42º deputado mais atuante. O deputado é membro titular das seguintes Comissões:Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público e Comissão Especial que trata do PL 1572/11 - institui o Código Comercial. Laércio Oliveira é suplente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Formado na Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe.

R e u n i ã o d o C o n s e l h o d e S e r v i ç o s d a F e c o m é r c i o - S P

Haroldo Silveira Piccina e Deputado Laércio Oliveira

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novembro 2013

RPA - Como a Frente Parlamentar das Micro e Pequenas empresas atua diante de tantas demandas levadas pelos empresários, em especial do setor de serviços?Dep. Guilherme Campos - A Frente Parlamentar das Micro e Pequenas empresas, atende tanto no Senado quanto na Câmara, congrega os deputados que tem mais afinidades com o tema e tem uma característica em relação a todas as outras que tem na casa, é uma Frente Parlamente que é apartidária, todo mundo é a favor da Micro e Pequena Empresa, todo mundo é a favor em facilitar a vida do microempreendedor. Em cima de todas essas demandas, nós sempre levamos para discussão com o executivo, porque de nada adianta uma pauta que seja só do legislativo que, nós aprovamos na casa e, depois seja vetada pelo executivo. Assim, nós não conseguimos avançar nas diversas atualizações da verdadeira reforma tributária que deu certo, que é a lei geral da Micro e Pequena Empresa.RPA - Quais as estratégias da Frente Parlamentar para melhorar o relacionamento com o Governo?Dep. Guilherme Campos: Conversar, conversar, conversar, levar as demandas, aplaudir o que é bom e se for necessário retirar o que é ruim.RPA - Hoje o setor de serviços representa mais 60% do PIB, porque esse segmento tem que pagar mais que os outros e, o que a Frente Parlamentar poderia fazer para mudar essa situação? Seria a apresentação de um novo projeto?

Dep. Guilherme Campos: Essa pergunta nós fazemos ao Fisco, todos nós sabemos disso, todos nós sabemos dessa demanda e sabemos dessa necessidade de se fazer uma isonomia em relação aos outros setores. A proposta que está hoje sendo apreciada na Câmara dos Deputados já contempla de uma forma mais ampla a questão da universalização de adesão ao Simples, isto é, pode aderir ao Simples a lei geral da Micro e Pequena Empresa qualquer atividade, não selecionadamente como é hoje por parte da Receita Federa.RPA - Se a atuação política do setor de serviços fosse mais forte, atitudes como a criação do eSocial e alteração do Simples Nacional poderiam ser melhor discutidas.Dep. Guilherme Campos: Sim. A articulação, a presença, o posicionamento, a cobrança de todos os setores tem que ser muito bem organizada e muito bem trabalhada para que esse processo resulte em uma legislação que seja adequada a atividade, que seja adequada para o Brasil. RPA - Como o Deputado vê a atuação do Conselho de Serviços da Fecomércio/SP?Dep. Guilherme Campos: O Conselho de Serviços da Fecomércio São Paulo é forte, tem boa iniciativa e tem o nosso relacionamento de longa data principalmente com o Pascoal, Assessor Legislativo desta Entidade lá em Brasília. Mas eu acho que pela sua dimensão, pelo seu porte, pela importância do nosso Estado de São Paulo e no Brasil poderia dar mais, deixo aqui minha sugestão.

V E J A M A E N T R E V I S TA C O N C E D I D A P E LO D E P U TA D O

G U I L H E R M E C A M P O S

V E J A M A E N T R E V I S TA C O N C E D I D A P E LO D E P U TA D O

G U I L H E R M E C A M P O SFonte: SINDICOMIS

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abelo realizou um velho sonho: misturar ritmos, K tendências e canções no mesmo caldeirão, criando sua Alquimia Musical, com a

participação de Toquinho, Caju & Castanha e Badi Assad, um universo rico, sem fronteiras, em que reúne com novos arranjos algumas canções dos dois CDs que lançou em 2007 e 2009 com inéditas dessa nova fase, agora registradas em vídeo onde estão presentes seu carisma, versatilidade e a capacidade de surpreender numa atuação performática, leve, divertida.O DVD, produzido pela Circuito Musical, com distribuição pela Radar Records, teve patrocínio da Klabin por meio da Lei de Incentivo Cultural. Foi gravado ao vivo no Teatro Fecap, em 2012, tem duração de 80 minutos, mixagem em Dolby 5.1 e 2.0, legendas em português, inglês e espanhol. Apresenta um repertório de 18 músicas, todas de autoria de Kabelo, algumas em parceria, com exceção de “Papagaio do futuro” (Alceu Valença), com pegada veloz, dramática e lancinante, e “Carolina, Carol bela” (Toquinho/Jorge Ben Jor). O produto também apresenta um CD do mesmo show.

CONQUISTANDO PLATEIASViajou o mundo como roadie, abandonou os bastidores para conquistar os palcos. Enveredou-se pelo mundo artístico aos 12 anos, tocando piano, fazendo teatro, propaganda e programas de rádio. Na adolescência, trocou o piano pelo baixo e apegou-se ao rock e ao skate.Anos mais tarde, trabalhando com artistas como Toquinho, Carlos Lyra, Paulinho da Viola, Baden Powell e Paulinho Nogueira, apaixonou-se pela MPB, extraindo dessas influências a base para uma sonoridade própria, um som percussivo, recheado de slaps de seu baixo radioativo, numa busca experimental incessante.

OS CONVIDADOSToquinho, com quem Kabelo trabalhou por 10 anos, interpreta com ele “Cosmonauta musical”, um samba-rap dos dois, em que cada um fala das características do outro.Toquinho revisita ainda “Carolina, Carol bela”, sempre bela e atual.Badi Assad, numa aparição mágica e suave com silvos de gaivota, contracena com Kabelo que explode com seu beat box e o baixo vigoroso na música “Sereia”, valorizada pela coreografia circense e sensual da bailarina Sandra Miyazawa.Um momento hilariante que revela as tradições e contrapontos da canção popular é a embolada de Caju & Castanha, embalada de improvisos engraçados do encontro de “Dois carecas e um Kabelo”.

REPERTÓRIOPrimal hi-tech (Kabelo)Lena (Kabelo)Rapadura cibernética (Kabelo)Baixo radioativo (Kabelo)Feio, fedido e funkeiro (Kabelo)Candangolândia (Kabelo)Feira (Kabelo)Naquê-brada (Kabelo/Edson X/Leandre Gomes/Kenio Fuke)Sou da rua (Kabelo)Bumbo (Kabelo/Atila Gomes/Jair Caminha)Óleo da máquina (Kabelo)Palavras (Kabelo)Papagaio do futuro (Alceu Valença)Sereia (Kabelo)Solta o bicho (Kabelo/Edson X)

K A B E LO L A N Ç A O D V D A LQ U I M I A M U S I C A L

K A B E LO L A N Ç A O D V D A LQ U I M I A M U S I C A L

Fonte: Circuito Musical

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cantor e compositor Toquinho completa 50 anos O de carreira em 2014 com uma trajetória repleta de poesia e grandes emoções. Até o final do ano,

o cinquentenário será comemorado com várias ações que incluem um Cd com a cantora Anna Setton, DVD com convidados especiais, estréia do show "Arte do Encontro" que terá como novidade um holograma que encontrará o compositor consigo mesmo anos mais jovem; também estão previstos uma peça de teatro "A vida tem sempre razão", um livro "50 anos de carreira" de autoria de João Carlos Pecci (irmão de Toquinho) e uma exposição de fotos por Elifas Andreato.

Nascido em São Paulo, Brasil, a 6 de julho de 1946 com o nome de Antonio Pecci Filho, na primeira infância a mãe o chamava de "meu toquinho de gente". E o apelido Toquinho permaneceu, identificando-o depois como um dos mais expressivos artistas da música popular brasileira.

Toquinho é empolgante por colocar as palavras nos lugares certos, esta habilidade nasceu com ele. Ainda menino, ao começar a estudar violão, desenvolveu o talento nato, seguindo em frente pelas estradas da música, influenciado pelos grandes nomes da década de 50 como João Gilberto, Carlinhos Lyra, Paulinho Nogueira e outros, assim, ele começou a sua vida profissional e não parou mais.

Foi sacramentado em alto mar, num navio, aonde estreitou a amizade com Vinicius de Moraes, com quem trabalhava como músico, acabando por tornarem-se amigos e irmãos de palco, numa simbiose que deu muito certo e que hoje fica registrado no inconsciente coletivo. Quando tocamos no nome deles, é quase impossível pensar em um, sem lembrar-se do outro.

Seguindo em frente, sempre de olho no futuro, ele faz do público infantil também seu ouvinte, com coletâneas gravadas com grandes nomes da MPB, prevendo inúmeros lançamentos para os próximos anos. Público este, que certamente o acompanhará por muitas décadas.

E assim Toquinho norteia a sua rota com foco no trabalho promissor, positivo, sem percalços e parecendo despreocupado, porque embora não admita gostar de relembrar coisas do passado, ele deve ter a certeza de que sempre esteve e continuará no caminho certo.

Para conhecer mais sobre a sua carreira, acesse: www.toquinho.com.brContato para shows: www.circuitomusical.com

T O Q U I N H O C O M P L E TA 5 0 A N O S D E C A R R E I R AT O Q U I N H O C O M P L E TA 5 0 A N O S D E C A R R E I R APor: Claudia Souza

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stas são palavras de Milena Castro, cantora e E compositora nascida no interior de São Paulo e que iniciou precocemente sua carreira

profissional aos dezesseis anos. Ter sido escolhida pela música, e não o contrário, faz não só de Milena, mas à todos nós, privilegiados.Após terminar o curso universitário Milena migrou para a Capital, buscando maior visibilidade artística. Inerente a este passo, havia seu viés- que era o risco de diluir-se em meio à amplidão da megalópole paulistana.Mas com muito talento e beleza, Milena tirou de letra (sim ela é excelente compositora); e em Sampa, dividiu palcos e shows com artistas como Zé Ramalho, Almir Sater, Toquinho e Seu Jorge, para ficar em apenas 04 nomes.

Por: Claudia Souza

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novembro 2013

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Produtor Cultural tem enfrentado muitos O desafios ao longo dos tempos. Isso não é novidade – nem problema – para o profissional

que vive pensando nos problemas – ou melhor, em como evita-los, e quando isso não é possível, em como resolvê-los. Talvez por isso o produtor seja confundido com “o cara que carrega o piano”Mas pensar no produtor apenas em relação aos problemas que ele evita – ou resolve - ou nos pianos que ele carrega é, sem dúvida, empobrecer a profissão. Se enfrentar desafios faz parte da vida desse profissional, talvez o maior deles seja quebrar os preconceitos que ainda – por incrível que pareça! – rondam a Produção enquanto profissão.Os mecanismos de distribuição de recursos têm exigido uma especialização cada vez maior em termos de conhecimento de leis e instruções normativas que regulam fundos e editais, o que levou à criação de um novo estigma: o produtor é ”o cara que preenche o formulário”.Vamos lá então: o Produtor Cultural não é “o cara que carrega o piano” nem “o cara que preenche formulário”. Produtor cultural é, simplesmente, “O cara”. Assim mesmo, com O maiúsculo! E digo o(s) porque(s). Cultura cultiva. Educa e integra. Forma e informa. Gera: relações, empregos, diálogos. Dá visibilidade. Redesenha contornos humanos e sociais. Cultura é tudo. E o produtor cultural é o profissional que transforma o sonho em realidade. Que transforma projetos, idéias e palavras em vida real. É aquele capaz de entender a realidade para melhor conceber, idealizar, formatar e concretizar um projeto artístico e cultural. E fazer com que esse projeto chegue à sociedade. É aquele capaz de estabelecer diálogos. Criar vozes – e abrir ouvidos!Isso posto (precisava começar a conversa por esse

ponto!) gostaria de apontar outro grande desafio que nós, produtores, estamos enfrentando no momento: o desafio de um mundo transmitia.

TRANSMIDIA – Desafios da contemporaneidadeQue o mundo se transforma a passos cada vez mais rápidos, não é nenhuma novidade. Que a crianças de hoje já nascem de olhos abertos e doidinhas pra pegar o iphone da mamãe também não é novidade. A novidade é como pensar a produção cultural quebrando barreiras de gêneros, de áreas, de mídias. Um espetáculo teatral não é apenas um espetáculo que acontece num espaço cênico específico, em horas e lugares pré-estabelecidos. Um espetáculo teatral se desenvolve também na internet, nas redes sociais, nos canais de vídeo, nos aplicativos e até nos games. O mesmo ocorre com um espetáculo musical. Ou um filme. Ou uma exposição.O produtor cultural deve, assim, ser capaz de trafegar – ou navegar – por todas as mídias, conhecer seus potenciais e ser capaz de pensar seu projeto artístico ou cultural em rede. Sem esquecer a interatividade! Sim, porque essas transformações vêm alterando também a relação com o público, que deixou de ser um receptor passivo – se é que algum dia o foi – para ser parte integrante da ação artística.

CARLOS GOMES TRANSMIDIATenho pensado muito nesses temas, pois, no momento, estamos frente a frente a um “baita” desafio: realizar um projeto transmidia sobre o maestro Carlos Gomes, que brilhou no Brasil e na Europa na segunda metade do século XIX. Carlos Gomes não só foi o maior compositor brasileiro, como também o único não europeu que alcançou o sucesso na era de ouro da ópera, ombreando

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com Verdi e Puccini.Concebido na forma de um amplo projeto transmídia, BRAVO MAESTRO! Prevê a entrega dos seguintes produtos: longa metragem para cinema, minissérie televisiva, material educomunicativo e uma ópera sobre a vida do maestro. O projeto cinematográfico foi vencedor do prêmio de Desenvolvimento de Projetos em Co-Produção Brasil e Itália, da ANCINE e Direzione Nationale de Cinema de Itália. E assim vamos trilhando o longo - e ainda pouco conhecido – caminho da produção transmidia. Esperando, com a união de mídias e linguagens, fazer jus ao grande artista brasileiro. Bravo, maestro!

Ariane PortoProfessora de Produção do Instituto de Artes de UNICAMP e Produtora Cultural, atriz brasileira de cinema e teatro, roteirista e cineasta, pós doutora em Comunicação e Artes pela ECA [USP]. De Especialização do Curso de Graduação em EducomunicaçãoCriou e produziu a série infantil Assembléia dos Bichos, dirigiu trabalhos de ficção com crianças (Guaiá dos Mares, 1994), ficção com bonecos (Assembléia dos Bichos) e documentários (Povos do Mar, série televisiva).Dirigiu o longa-metragem A Ilha do Terrível Rapaterra.Vencedora em 2001 do Prêmio Estímulo da Secretaria

Estadual da Cultura de São Paulo com o roteiro do curta--metragem A Mulher e o Mar.Prêmio Flávio Rangel 2005 de Teatro Profissional com o espetáculo João Guimarães - Veredas.Assinou, em 2002, a produção executiva do documentário de longa metragem Vlado, 30 Anos Depois.Ariane Porto é diretora-geral do Ecocine – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental e Sócio-fundadora da Tao Produções.

Helcio Henriques e Ariane Porto, em cena da Trilogia Oréstia

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gaúcha Amanda Griza, de 19 anos, ficou detida A por mais de duas semanas por trabalhar sem visto.

De acordo com a família, ela só soube das irregularidades em sua documentação no momento da prisão.O caso foi acompanhado pela vice-cônsul brasileira, Carmelita Pollicott, e pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias.Após mais de duas semanas presa na China, a modelo gaúcha Amanda Griza, 19 anos, foi solta no Domingo, dia 25 de maio de 2014 e desembarcou no Brasil na noite da segunda-feira, 26 de maio. A jovem estava detida desde o dia 8 com outras 11 modelos por não possuírem visto de trabalho no país asiático.Conforme a família da modelo, radicada em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, Amanda só soube das irregularidades em sua documentação de trabalho no

momento em que foi presa.

Trabalhar em outro país sem visto de trabalho é crime de imigração.

Alerta: Quando não se sabe o que fazer antes de viajar, procure o sindicato de classe, ele saberá informar o que precisa para viajar à trabalho, qualquer profissional por obrigação antes de sair do seu país, deve se informar bem antes, visto de negócio não da o direito de trabalhar, o nome já diz negócio e não trabalho, se vai trabalhar tem que tirar o visto seja para onde for, isto é lei internacional, ou seja o visto de trabalho é obrigatório. Infelizmente, a falta de informações claras e de fácil acesso dos órgãos governamentais, como ministério do trabalho e justiça, faz com que casos como esses ocorram com mais frequência do que se possa imaginar.

O S P R O B L E M A S D A FA LTA D E I N F O R M A Ç Ã O

O S P R O B L E M A S D A FA LTA D E I N F O R M A Ç Ã O

Vá r i o s p r o f i s s i o n a i s d e d i v e r s a s á r e a s , p r i n c i p a l m e n t e d o m e i o a r t í s t i c o , c o m o m ú s i c o s , a t o r e s e m o d e l o s d e s c o n h e c e m a n e c e s s i d a d e d o

v i s t o d e t r a b a l h o , m e s m o q u e s e j a p o r u m p e q u e n o p e r í o d o .

Foto: Cassiano de Souza/ CBS Imagens

A modelo gaúcha Amanda Griza de 19 anos, foi detida por estar sem visto de trabalho na China

PRODUTORES artísticos

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A V I R A D A C U LT U R A L PA U L I S TAealizou-se sua oitava edição com uma ótima R notícia para o público. Neste ano, 28 municípios recebeu uma das maiores festas populares do

Estado de São Paulo em dois fins de semana. Isso mesmo, 24 horas de programação cultural de altíssima qualidade em duas doses: metade das cidades em 24 e 25 de maio; a outra metade em 31 de maio e 1º de junho.Com isso, a população pode aproveitou muito mais ao curtir a programação cultural em mais de um município, escolheu seus artistas e bandas preferidos a cada dia. E o que é melhor: tudo de graça!Em uma mistura de estilos e linguagens, o público teve acesso aos melhores espetáculos de teatro adulto e infantil, dança, circo, artes visuais e, claro, muita música, ocupando as ruas, as praças e os teatros municipais em uma grande festa popular que celebrou toda a diversidade cultural paulista e brasileira.Dos nomes mais atuais que têm despontado na cena artística aos já consagrados, a Virada segue antenada nas tendências de vanguarda do universo cultural.Isso tudo não seria possível sem a cor realização das Prefeituras participantes e das parcerias do MIS e do

SESC – SP, que também dedicou seus espaços no interior a uma programação especialmente pensada para a Virada.Algo é certo: em eventos da magnitude de uma Virada Cultural, todas as atrações que ocorrem após as 23h deveriam ser realizadas em locais fechados, como o Estádio do Pacaembu, Ginásio do Ibirapuera por exemplo. Porque à noite em áreas abertas e sem controle de acesso não há efetivo policial que dê conta de fazer a segurança do público. Em situações como essas, há grupos que se aproveitam da oportunidade para cometer crimes. Locais fechados para eventos de grande porte, como o Rock in Rio, facilitam a segurança, pois há controle de acesso, onde o público é revistado. Claro que a Virada Cultural não é a mesma de quando começou, antigamente era mais bem planejada, também achamos que deveria espalhar mais palcos e não deixar tudo só na região do centro da capital. Outra vez frisamos, mais lugares fechados e cobertos que Possam caber um numero considerado de pessoas, mas não podemos sair criticando tudo, tem mais acertos do que erros.

Por: Ribas Martins

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junho 2014

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