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SUMÁRIO

REGIMENTO INTERNO ........................................................................................................................... 4 TÍTULO I – DO OBJETIVO ................................................................................................................. 4

TÍTULO II – DOS COOPERADOS ....................................................................................................... 4

CAPÍTULO I – Da abertura de vagas ........................................................................................... 4

CAPÍTULO II – Da admissão de Pessoas Físicas na cooperativa ............................................. 6

CAPÍTULO III – Da admissão de Pessoas Jurídicas na cooperativa ........................................ 8

CAPÍTULO IV – Dos deveres ......................................................................................................... 9

CAPÍTULO V – Dos benefícios .................................................................................................... 12

CAPÍTULO VI – Do afastamento temporário ........................................................................... 14

TÍTULO III – DA ASSISTÊNCIA ADVOCATÍCIA AOS DIRETORES, CONSELHEIROS E MEMBROS DA

CACIJ DA UNIMED BLUMENAU ...................................................................................................... 17

TÍTULO IV – DA REMUNERAÇÃO DOS COOPERADOS E OCUPANTES DE CARGOS NOS ÓRGÃOS

DA COOPERATIVA ............................................................................................................................ 18

TÍTULO V – DOS RECURSOS PRÓPRIOS ........................................................................................ 18

CAPÍTULO I – Das Normas Gerais e Definições ....................................................................... 18

CAPÍTULO II – Do Responsável Técnico ................................................................................... 19

CAPÍTULO III – Dos Coordenadores de Serviços ..................................................................... 19

CAPÍTULO IV – Da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar ....................................... 20

TÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DOS CASOS OMISSOS................................................ 20

TÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS .......................................................................... 20

TÍTULO VIII – DA VIGÊNCIA ........................................................................................................... 20

ANEXO 1 – REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ........................................ 22 TÍTULO I - PARTE GERAL ............................................................................................................... 23

CAPÍTULO I - Do Objeto ............................................................................................................. 23

CAPÍTULO II – Da Composição ................................................................................................... 23

CAPÍTULO III – Dos Deveres ....................................................................................................... 23

TÍTULO II – DAS REUNIÕES ............................................................................................................ 24

TÍTULO III – DA DIRETORIA EXECUTIVA ........................................................................................ 25

TÍTULO IV - DA VIGÊNCIA .............................................................................................................. 26

ANEXO 2 - REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL ............................................................... 27 TÍTULO I - PARTE GERAL ............................................................................................................... 28

CAPÍTULO I - Do Objetivo .......................................................................................................... 28

CAPÍTULO II - Da Composição ................................................................................................... 28

CAPÍTULO III - Dos Deveres ....................................................................................................... 28

TÍTULO II - DAS REUNIÕES ............................................................................................................ 29

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TÍTULO III - DA VACÂNCIA ............................................................................................................. 31

TÍTULO IV - DO COORDENADOR ................................................................................................... 31

TÍTULO V - DO SECRETÁRIO ......................................................................................................... 32

TÍTULO VI - DA VIGÊNCIA .............................................................................................................. 32

ANEXO 3 - REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO ADMINISTRATIVA DE CONCILIAÇÃO,

INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (CACIJ) ................................................................................................ 33 GLOSSÁRIO ...................................................................................................................................... 34

PREÂMBULO .................................................................................................................................... 36

TÍTULO I - PARTE GERAL ESTRUTURAL ....................................................................................... 36

CAPÍTULO I - Do Objeto ............................................................................................................. 36

CAPÍTULO II – Dos Membros da Comissão ............................................................................... 36

CAPÍTULO III - Dos Órgãos Componentes ................................................................................ 36

TÍTULO II - DAS DIRETRIZES PARA OS ATOS DA COMISSÃO E SEUS MEMBROS ........................ 37

CAPÍTULO I – Dos Primeiros Atos e das Reuniões .................................................................. 37

CAPÍTULO II - Dos Deveres dos Membros ................................................................................ 38

TÍTULO III – DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES AO PROCESSO ADMINISTRATIVO

DISCIPLINAR (PAD) ......................................................................................................................... 38

CAPÍTULO I – Da Formalização, Recebimento e Processamento da Denúncia ................. 38

CAPÍTULO II - Da Fase de Conciliação ..................................................................................... 39

CAPÍTULO III – Do Arquivamento da Denúncia ....................................................................... 39

CAPÍTULO IV – Do Termo de Conciliação (TC) ....................................................................... 40

TÍTULO IV – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD) ............................................ 40

CAPÍTULO I - Da Instrução pelas Câmaras .............................................................................. 40

CAPÍTULO II – Da Decisão pela Plenária .................................................................................. 42

TÍTULO V - DOS RECURSOS E SEUS JULGAMENTOS ................................................................... 42

CAPÍTULO I - Do Recurso Ordinário e seu Julgamento ......................................................... 43

CAPÍTULO II – Da Análise e Julgamento pelo Colegiado ...................................................... 43

CAPÍTULO III - Do Recurso Especial e Seu Julgamento ........................................................ 44

TÍTULO VI – DOS PRAZOS E ATOS PROCESSUAIS ........................................................................ 45

TÍTULO VII - DAS NULIDADES ....................................................................................................... 45

TÍTULO VIII - DAS PENALIDADES .................................................................................................. 45

CAPÍTULO I – Do Concurso de Infrações .................................................................................. 47

CAPÍTULO II - Da Execução da Pena ........................................................................................ 47

CAPÍTULO III - Do Registro da Pena ......................................................................................... 47

TÍTULO IX - DAS INFRAÇÕES ......................................................................................................... 47

CAPÍTULO I - Das Infrações Administrativas Disciplinares ................................................... 47

TÍTULO X – DA VIGÊNCIA, DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ............................................ 49

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UNIMED BLUMENAU - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

REGIMENTO INTERNO

A UNIMED BLUMENAU – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO, constituída de acordo com os preceitos da Lei nº 5.764 de 16/12/1971 e regida por meio do seu Estatuto Social estabelecerá, através deste regimento interno, as condições técnicas e operacionais para administrar seu negócio, tendo como valores a sustentabilidade, inovação com atitude, ética nas relações, excelência no atendimento e equidade com todos os públicos.

Os anexos deste regimento interno, referentes ao Conselho de Administração (anexo 1), Conselho Fiscal (anexo 2) e Comissão Administrativa de Conciliação, Instrução e Julgamento (anexo 3), foram elaborados e aprovados por uma comissão legitimada pelo artigo 90 do Estatuto Social da cooperativa e ratificados pelo Conselho de Administração, os quais trazem os regramentos a serem seguidos nas situações envolvendo os respectivos órgãos e comissão, organizando-os e tornando o funcionamento e controle ainda mais transparente a todos os envolvidos da cooperativa.

Ao Conselho de Administração e diretoria executiva, dentro das suas competências e responsabilidades, cabe propiciar a execução e fiscalizar a observância do que estabelece este regimento interno.

A singular Blumenau integra o Sistema Nacional Unimed, coordenado pela Unimed do Brasil – Confederação Nacional das Cooperativas Médicas em âmbito nacional e pela Federação de Santa Catarina em âmbito regional.

TÍTULO I – DO OBJETIVO

Art. 1º. Serve-se este regimento da faculdade de regulamentar o que está disposto no Estatuto Social da Unimed Blumenau.

TÍTULO II – DOS COOPERADOS

CAPÍTULO I – Da abertura de vagas

Art. 2º. O Conselho de Administração procederá, sempre que necessário, o levantamento dos dados indispensáveis à aferição quanto à existência de possibilidade técnica de prestação de serviços por parte da cooperativa, visando à admissão de novos cooperados, em cada especialidade ou área de atuação reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Parágrafo Único: A verificação quanto à possibilidade técnica referida neste artigo será realizada através da análise de dados de cada especialidade, da adequação entre a média do número de consultas e do número de cooperados, considerando os prazos determinados na Resolução Normativa (RN) 259/2011 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e suas atualizações.

Art. 3º. Não poderá inscrever-se quem estiver em litígio judicial ou com débito financeiro junto à Unimed Blumenau ou cumprindo qualquer pena imposta pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (Cremesc) ou outra cooperativa pertencente ao Sistema Nacional Unimed.

Parágrafo Único: Não poderão igualmente inscrever-se Pessoa Jurídica que possuir em seu quadro societário pessoa em litígio judicial ou com débito financeiro junto à

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Unimed Blumenau ou cumprindo qualquer pena imposta pelo Cremesc ou outra cooperativa pertencente ao Sistema Nacional Unimed.

Art. 4º. A Unimed Blumenau disponibilizará, constatada a necessidade, nos meses de maio e outubro a oportunidade para que os médicos interessados em ingressar na cooperativa possam efetuar a sua inscrição. Encerrando o processo de inscrição, o “Curso Preparatório para Admissão de Novos Cooperados” será realizado em junho e novembro.

Parágrafo Único: Com base nos resultados apontados no artigo 2º desse regimento interno, o Conselho de Administração mandará publicar, em edital a ser fixado nas dependências da cooperativa e nos seus escritórios regionais, discriminando todas as vagas existentes nas diferentes especialidades ou áreas de atuação reconhecidas pelo CFM, concedendo um prazo de 20 (vinte) dias para a inscrição.

Art. 5º. O candidato ficará responsável pelo preenchimento completo do formulário de inscrição próprio, estando ciente que deverá cumprir todos os requisitos nele contidos, devendo assinar e encaminhar à Unimed Blumenau, não sendo aceito o documento no formato digital, bem como entregar os documentos abaixo:

I. Cópia do: Registro no Cremesc e negativa de débito perante o respectivo conselho, Registro de Qualificação de Especialista (RQE) quando exigido, CPF, RG, certidão de casamento (se houver), comprovante de residência de no máximo 90 (noventa) dias (água, luz, telefone ou declaração de residência), certificados de conclusão de curso, inscrição no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS);

II. Carta de recomendação de 2 (dois) cooperados, independentemente da especialidade, com pelo menos 5 (cinco) anos como cooperado na Unimed Blumenau.

Parágrafo Primeiro: Os médicos provenientes de outros estados interessados em participar do processo de cooperativação poderão apresentar os documentos indicados no inciso I do Conselho Regional de Medicina de origem, ficando o início de suas atividades condicionadas à apresentação dos documentos emitidos pelo Cremesc.

Parágrafo Segundo: A entrega do RQE no ato da inscrição poderá ser substituída pelo protocolo do pedido no Cremesc. Sendo aprovado no processo seletivo o profissional deverá entregar a cópia do documento definitivo para sua admissão.

Parágrafo Terceiro: O descumprimento dos requisitos dispostos no formulário de inscrição será causa de anulação do ato, devendo o interessado aguardar o próximo período que a vaga da especialidade pretendida surgir para promover nova inscrição.

Art. 6º Ao submeter o formulário de inscrição à Unimed Blumenau, o profissional que pretende candidatar-se ao ingresso na cooperativa estará sujeito às obrigações contidas nesse regimento interno, no Estatuto Social, bem como as demais normas relacionadas à cooperativa, que serão disponibilizadas ao candidato conforme regras do edital.

Art. 7º. Havendo número superior de candidatos em relação ao número de vagas abertas em determinada especialidade ou área de atuação reconhecida pelo CFM, caberá ao Conselho de Administração aplicar os critérios de classificação estabelecidos.

Parágrafo Primeiro: A Unimed Blumenau adotará os critérios classificatórios abaixo, no caso de haver mais candidatos do que vagas na mesma especialidade:

a. Residência médica em especialidade reconhecida por órgão competente: 3 (três) pontos (máximo de 6 (seis) pontos nesse quesito);

b. Título de especialista: 2 (dois) pontos (máximo de 4 (quatro) pontos nesse quesito);

c. Título de mestrado: 3 (três) pontos (máximo de 3 (três) pontos nesse quesito); d. Título de doutorado: 4 (quatro) pontos (máximo de 4 (quatro) pontos nesse

quesito);

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e. Tempo de formatura: 1 (um) ponto a cada 2 (dois) anos (máximo de 3 (três) pontos nesse quesito);

f. Professor universitário: 2 (dois) pontos (máximo de 2 (dois) pontos nesse quesito). g. Aprovação em concurso público na especialidade da inscrição: 1 (um) ponto (não

acumulável por concurso).

Parágrafo Segundo: Se persistir o empate será selecionado o candidato com mais idade.

Parágrafo Terceiro: Os títulos conferidos fora do território nacional deverão ser validados no Brasil, referendado pela Associação Médica Brasileira e pelo Cremesc antes de serem aceitos pela Unimed Blumenau.

Art. 8º. Atendidos os procedimentos relacionados à inscrição, o candidato estará submetido aos critérios de admissão estabelecidos pela cooperativa.

Art. 9º. A realização de todas as etapas relacionadas à inscrição para ingresso não garante, por si só, a admissão e/ou a permanência na cooperativa.

Art. 10. O processo de inscrição de pessoas jurídicas é diferenciado, devendo a intenção ser demonstrada à Unimed Blumenau através de solicitação formal, além de seguir os preceitos estabelecidos no Capítulo III deste título.

CAPÍTULO II – Da admissão de Pessoas Físicas na cooperativa

Art. 11. Pode associar-se à Unimed Blumenau o médico inscrito no Cremesc e que, estando quite com o mesmo, apresente o número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde/Ministério da Saúde (Cnes) do local onde o serviço será prestado e concorde com o respectivo regimento interno e com o disposto no Estatuto Social vigente.

Art. 12. Ao candidato é necessário possuir condições de prestação de serviços na qualidade de profissional liberal e autônomo nos municípios integrantes da área de ação da cooperativa.

Parágrafo Único: Faz-se necessária a inscrição, enquanto profissional autônomo e liberal, de acordo com a legislação vigente, junto aos municípios de seu exercício profissional.

Art. 13. O candidato à cooperativação deverá estar habilitado nas especialidades a que se propõe, de acordo com os critérios técnicos estabelecidos pelo CFM.

Parágrafo Primeiro: A solicitação de uma nova especialidade pelo cooperado, conforme previsto no Estatuto Social, ocorrerá por meio de solicitação escrita destinada ao Conselho de Administração. Em se tratando de cooperado admitido nos moldes do parágrafo segundo deste artigo, a solicitação de especialidade ocorrerá somente depois de decorridos 3 (três) anos de sua admissão.

Parágrafo Segundo: A exceção desse artigo ocorrerá quando o médico cooperado atuar na rede própria da Unimed Blumenau, tais como: serviços de atenção à saúde, pronto-atendimentos e serviços de urgência, situações em que não será obrigatória a apresentação da habilitação na especialidade (RQE), sendo necessária a apresentação do diploma em medicina e a realização de treinamento específico exigido pela cooperativa.

Art. 14. São condições de admissão do médico na cooperativa, além do disposto nos artigos anteriores:

I. Abertura de vaga para cooperativação pelo Conselho de Administração, após apuração da possibilidade técnica de prestação de serviço, conforme disposto em Capítulo I deste título;

II. O candidato deverá ter frequência de 100% (cem por cento) no “Curso Preparatório para Admissão de Novos Cooperados”;

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III. Não exercer qualquer atividade considerada prejudicial ou que colida com os objetivos da cooperativa.

Art. 15. Ao ingressar na cooperativa, o candidato obriga-se a aceitar e cumprir integralmente as disposições estatutárias, regimentais e outras advindas de normas relacionadas à Unimed Blumenau e seus recursos próprios, ficando sujeito às penalidades em caso de descumprimento.

Parágrafo Primeiro: É obrigatória a integralização do número de quotas-partes nos moldes definidos pelo Estatuto Social, correspondente ao valor em moeda corrente estabelecido anualmente em assembleia geral.

Parágrafo Segundo: A cooperativa poderá divulgar o nome do cooperado, o(s) endereço(s) de seu(s) consultório(s) e sua especialidade médica.

Art. 16. O candidato deve estar ciente de que ao ingressar na Unimed Blumenau cumprirá uma carga horária mínima nos recursos próprios da cooperativa quando assim o Conselho de Administração entender ser necessário para atender as demandas da cooperativa, para o qual receberá remuneração compatível com o exercício da função correspondente, conforme previsão estatutária.

Parágrafo Primeiro: A carga horária mínima de que trata este artigo equivale a 1.272 (mil, duzentas e setenta e duas) horas, sendo facultada ao médico a forma com que irá atuar, desde que aprovado pelo superintendente de recursos próprios, diretor técnico da unidade ou coordenação de serviço.

Parágrafo Segundo: Esta carga horária deverá ser cumprida num período não superior a 2 (dois) anos, a contar da data de ingresso na cooperativa. A inobservância deste artigo motivará as sanções previstas no anexo 3.

Parágrafo Terceiro: O disposto neste artigo não poderá ser interpretado no sentido de haver exclusividade ou qualquer restrição do cooperado perante à Unimed Blumenau, conforme prevê a RN 175/2008 da ANS. O número de 1.272 (mil, duzentas e setenta e duas) horas foi calculado com base na carga horária correspondente a 12 (doze) horas semanais durante 2 (dois) anos de atuação na cooperativa.

Art. 17. Compete ao Conselho de Administração, no processo de admissão de novos cooperados para as cidades abrangidas pela área de atuação da Unimed Blumenau, emitir parecer, favorável ou não, devidamente justificável, no prazo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo Único: Cumprindo com o disposto na Lei n° 5.764/71, o Estatuto Social vigente ao momento da admissão e este regimento interno, o Conselho de Administração tomará as seguintes providências acerca do parecer constante neste artigo:

a. Havendo indeferimento do pedido de admissão:

i. O candidato será informado acerca do indeferimento do pedido; ii. Arquivamento da inscrição.

b. Com o pedido aprovado:

i. O candidato será informado sobre o deferimento, concedendo-lhe um prazo de 30 (trinta) dias para registro e aposição da assinatura no “Livro de Matrículas”, sob pena de arquivamento da proposta de admissão;

ii. Todos os envolvidos serão comunicados; iii. Os dados do novo cooperado serão publicados na área do cooperado no site

da Unimed Blumenau e inseridos no guia médico, de acordo com a regulamentação específica.

Art. 18. Havendo o cancelamento da inscrição pelo não cumprimento das exigências dispostas nesse capítulo, o médico interessado poderá inscrever-se novamente no próximo edital que conter a especialidade escolhida pelo profissional para atuação na cooperativa,

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salvo os casos específicos aqui contidos, devendo respeitar todos os requisitos necessários, como uma nova inscrição.

Art. 19. Após admitido na cooperativa, para poder iniciar suas atividades, o cooperado deve obrigatoriamente apresentar o local de atendimento dos beneficiários, que passará por vistoria, bem como a cópia autenticada do alvará da Vigilância Sanitária, Cnes do local de atendimento e demais documentos solicitados pela cooperativa.

CAPÍTULO III – Da admissão de Pessoas Jurídicas na cooperativa

Art. 20. Além do disposto no Estatuto Social acerca da admissão de pessoas jurídicas como cooperadas, essas deverão assumir todas as obrigações decorrentes de Lei, desse regimento interno, deliberações tomadas pela cooperativa e normativos editados pela ANS.

Parágrafo Primeiro: A pessoa jurídica com possibilidade de cooperativação de que trata esse capítulo é aquela que efetivamente exerce as atividades relacionadas aos objetivos da cooperativa.

Parágrafo Segundo: No momento da solicitação de cooperativação, a pessoa jurídica deverá informar todas as especialidades que desempenhará em suas instalações como cooperado. A solicitação de uma nova especialidade, conforme previsto no Estatuto Social, ocorrerá por meio de solicitação escrita destinada ao Conselho de Administração.

Art. 21. O objetivo primordial de cooperativação da pessoa jurídica será sempre o de propiciar trabalho médico aos cooperados que nela atuem.

Art. 22. A pessoa jurídica somente iniciará as suas atividades como cooperada após o parecer favorável emitido pelo Conselho de Administração, a integralização do valor total das quotas-partes na forma disposta no Estatuto Social, e a assinatura pelos representantes legais no Livro de Matrícula e no Termo de Cooperativação, onde haverá a indicação do responsável legal da pessoa jurídica perante a cooperativa, que deverá obrigatoriamente ser um dos sócios e cooperado da Unimed Blumenau.

Parágrafo Único: A proposta de admissão de pessoa jurídica, com parecer desfavorável do Conselho de Administração, terá sua denegação expedida ao represente legal da pessoa jurídica, por escrito, nos moldes dispostos no Estatuto Social.

Art. 23. Para a realização do processo de cooperativação a pessoa jurídica interessada deverá apresentar os seguintes documentos:

a. Cópia autêntica do estatuto ou contrato social devidamente registrado nos órgãos competentes;

b. Cópia do alvará de localização e funcionamento; c. Certidão de situação (fiscal) junto à prefeitura local como contribuinte do

Imposto Sobre Serviços (ISS); d. CNPJ; e. Comprovante de registro no Cremesc; f. Comprovação de cadastro no Cnes; g. Cópia do alvará expedido pela Vigilância Sanitária; h. Os sócios deverão apresentar cópia do seu registro no Cremesc; i. Cópia do certificado de direção técnica; j. Certidões negativa ou positiva com efeito suspensivo de débito de tributos

municipais, estaduais e federais.

Parágrafo Primeiro: Será realizada, após a entrega de todos os documentos para a celebração da cooperativação, uma vistoria no endereço informado como sendo o local de atendimento, objetivando a verificação dos requisitos mínimos necessários para atendimento dos beneficiários.

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Parágrafo Segundo: A vistoria será realizada sob a supervisão de um responsável da pessoa jurídica ou por esta indicada.

Parágrafo Terceiro: Deixar de entregar os documentos relacionados neste capítulo ou de cumprir alguma exigência relacionada ao processo de cooperativação, num prazo máximo de 3 (três) meses, ensejará no arquivamento da proposta de admissão, podendo o interessado solicitar novamente a admissão em novo processo.

Art. 24. Cada cooperado pessoa física poderá ser o responsável legal de apenas 1 (uma) pessoa jurídica cooperada à Unimed Blumenau. No mesmo sentido, ao cooperado pessoa física será permitida a participação em, no máximo, 2 (duas) pessoas jurídicas cooperadas.

Art. 25. A pessoa jurídica admitida na cooperativa não terá limitação de filiais, entretanto, deverão seguir os mesmos requisitos de admissão previstos para a matriz, assim como para cada filial inscrita na cooperativa terão de integralizar quotas-partes correspondente a 30% (trinta por cento) do capital mínimo vigente na ocasião da inscrição da filial, em parcela única.

Parágrafo Primeiro: Todas as consultas, procedimentos ou qualquer outro ato cooperado oriundas da(s) filial(is) deverão gerar produção e emissão de nota fiscal por esse local.

Parágrafo Segundo: Cada local ou endereço de atendimento de uma pessoa jurídica deve obrigatoriamente corresponder a matriz ou filial(ais).

Parágrafo Terceiro: A admissão de filiais na cooperativa não significa a inclusão de novas pessoas jurídicas, devendo estar vinculada à matriz já cooperada.

Parágrafo Quarto: Apenas terá direito a voto o representante legal designado pela matriz da pessoa jurídica cooperada no termo de cooperativação.

Art. 26. É vedada a presença de terceiros alheios ao quadro de cooperados para admissão e permanência de pessoa jurídica.

Parágrafo Primeiro: A Pessoa Jurídica que admitir terceiros alheios ao quadro de cooperados, nos casos de sucessão terão um prazo de 1 (um) ano (365 (trezentos e sessenta e cinco) dias) para providenciar a adequação, sob pena de perder a condição de cooperado.

Parágrafo Segundo: É vedado as pessoas jurídicas cooperadas permitirem que médicos não cooperados atendam beneficiários da Unimed Blumenau ou do Sistema Nacional Unimed.

CAPÍTULO IV – Dos deveres

Art. 27. São deveres dos cooperados:

I. Garantir aos beneficiários da Unimed Blumenau disponibilidade de agenda de consultas e procedimentos em todos os locais onde atua, na área de abrangência da cooperativa, não originando empecilhos que dificultem a marcação de consultas, bem como disponibilizar tratamento diferenciado aos pacientes atendidos;

II. Cumprir os contratos celebrados pela Unimed Blumenau em seu nome, inclusive não cobrando dos beneficiários ou de seus acompanhantes valores adicionais quando da realização de consultas, exames, procedimentos ou qualquer outro serviço relacionado ao ato médico, abrangido pelo plano de assistência à saúde contratado. Exceção quando esta manifestação partir do beneficiário, de forma espontânea, devidamente assinada por este ou por seu responsável, que optar pela utilização de OPME e/ou materiais, bem como exames diagnósticos diferentes dos previstos em contrato celebrado entre a Unimed Blumenau e o beneficiário, ou ainda em casos de ampliação de acomodação;

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III. Não prescrever procedimentos experimentais ou práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica (conselho de classe, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ministério da Saúde, dentre outros envolvidos);

IV. Ressarcir a Unimed Blumenau os valores despendidos em razão da prescrição de procedimentos, fornecimento de medicamentos, órteses, próteses autorizadas por força de decisões judiciais em favor dos beneficiários desta cooperativa ou do Sistema Nacional Unimed, quando estes forem: a. Tratamento clínico ou cirúrgico experimental, isto é, aquele que:

i. Emprega medicamentos, produtos para a saúde ou técnicas não registrados/não regularizados no país;

ii. É considerado experimental pelo CFM ou pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO); ou

iii. Não possui as indicações descritas na bula/manual registrado na Anvisa (uso off-label).

b. Procedimentos clínicos ou cirúrgicos para fins estéticos, bem como órteses e próteses para o mesmo fim, ou seja, aqueles que não visam restauração parcial ou total da função de órgão ou parte do corpo humano lesionada, seja por enfermidade, traumatismo ou anomalia congênita;

c. Inseminação artificial, entendida como técnica de reprodução assistida que inclui a manipulação de oócitos e esperma para alcançar a fertilização, por meio de injeções de esperma intracitoplasmáticas, transferência intrafalopiana de gameta, doação de oócitos, indução da ovulação, concepção póstuma, recuperação espermática ou transferência intratubária do zigoto, entre outras técnicas;

d. Tratamento de rejuvenescimento ou de emagrecimento com finalidade estética, assim como em spas, clínicas de repouso e estâncias hidrominerais;

e. Fornecimento de medicamentos e produtos para a saúde importados não nacionalizados, isto é, aqueles produzidos fora do território nacional e sem registro vigente na Anvisa;

f. Fornecimento de medicamentos para tratamento domiciliar, isto é, aqueles prescritos pelo médico assistente para administração em ambiente externo ao de unidade de saúde, com exceção dos medicamentos previstos no inciso XII do artigo 20 e inciso X do artigo 21 da RN 338/2013 da ANS e, ressalvado o disposto no artigo 13 desta mesma resolução normativa ou outro normativo que o substitua;

g. Fornecimento de medicamentos prescritos durante a internação hospitalar cuja eficácia e/ou efetividade tenham sido reprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Ministério da Saúde (Conitec);

h. Fornecimento de próteses, órteses e seus acessórios não ligados ao ato cirúrgico;

i. Tratamentos ilícitos ou antiéticos, assim definidos sob o aspecto médico, ou não reconhecidos pelas autoridades competentes;

j. Casos de cataclismos, guerras e comoções internas, quando declarados pela autoridade competente;

k. Estabelecimentos para acolhimento de idosos e internações que não necessitem de cuidados médicos em ambiente hospitalar.

V. Ressarcir o valor despendido pela Unimed Blumenau com a liberação ou reembolso de procedimentos, exames e cirurgias realizadas em desacordo com as normas da cooperativa, com a literatura médica, com os estudos multicêntricos randomizados, com os indicativos reconhecidos pela ANS, Anvisa, Cremesc, CFM e Ministério da Saúde, em favor dos beneficiários de planos de assistência à saúde do Sistema Nacional Unimed;

VI. Ressarcir o valor despendido pela cooperativa com a autorização ou reembolso em razão de procedimentos, fornecimento de medicamentos, órteses, próteses autorizadas por força de decisões judiciais ou sentenças em favor dos beneficiários desta cooperativa ou do Sistema Nacional Unimed, quando estes

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forem prescritos em documentos da Unimed Blumenau pelo cooperado e negado por: a. Não possuir indicação em bula o tratamento indicado; b. Não constar no rol de procedimentos e eventos editados pela ANS.

VII. Utilizar somente as Órteses, Próteses e Medicamentos (OPM) negociadas e/ou autorizadas pela Unimed Blumenau, cobertas pelo plano de assistência à saúde contratado, bem como não proferir opinião de forma que as desabone, sendo possível a orientação acerca das vantagens;

VIII. Emitir, em até 180 (cento e oitenta) dias, relatórios/atestados referentes aos procedimentos/exames realizados pelo cooperado aos beneficiários do Sistema Nacional Unimed, sempre que estes solicitarem;

IX. Atender beneficiários originários de outra Unimed do Sistema Nacional, desde que autorizados pela mesma;

X. Emitir laudo ou relatório, quando da realização de exames complementares; XI. Permitir o trabalho dos auditores da cooperativa, fornecer com presteza todos

os esclarecimentos por eles solicitados, bem como permitir o acesso aos locais de atendimento;

XII. Expressar-se em público de forma a preservar a boa imagem e o conceito público, bem como não incitar ou participar de movimentos reivindicatórios que possam prejudicar o bom conceito e confiança da cooperativa;

XIII. Denunciar fatos ou ocorrências de natureza ética, legal ou moral que possam ou venham a prejudicar o bom nome e o bom funcionamento da cooperativa;

XIV. Não retirar das dependências da cooperativa qualquer documento de interesse interno desta;

XV. Cumprir as obrigações decorrentes da legislação dos órgãos fiscalizadores, higiene, manutenção de equipamentos e utensílios usados na sua prestação dos serviços, bem como a escolha e a cautela exigida aos procedimentos médicos a serem adotados;

XVI. Na eventualidade de afastar-se da cooperativa, identificar formalmente todos os beneficiários que estejam naquele momento em tratamento continuado, pré-natal, pré-operatório ou que necessitem de atenção especial. Nesta situação o cooperado, desde que devidamente requisitado pelo beneficiário, disponibilizará as informações necessárias e a Unimed Blumenau assegurará a continuidade do tratamento através de outro profissional;

XVII. Não utilizar, nem permitir que seus funcionários ou terceiros utilizem beneficiários da cooperativa para fins de aprendizado acadêmico, exceto quando autorizado pelo beneficiário e supervisionado por médico cooperado, condicionado a aprovação prévia da cooperativa;

XVIII. Fixar a informação de que presta serviço para a cooperativa em local de fácil visualização;

XIX. Disponibilizar à Unimed Blumenau, a pedido desta ou mediante requerimento da ANS, os dados assistenciais dos atendimentos prestados aos beneficiários, observadas as questões éticas e o sigilo profissional;

XX. Em nenhuma hipótese e sob nenhum pretexto ou alegação, discriminar os beneficiários da Unimed Blumenau ou atendê-los de forma distinta daquela dispensada aos beneficiários vinculados à outra operadora de plano de saúde ou particulares;

XXI. Assumir toda e qualquer responsabilidade decorrente de sinistro pessoal, material ou a equipamentos por si utilizados na execução dos serviços objeto da cooperativação;

XXII. Assumir toda e qualquer responsabilidade decorrente de reclamação trabalhista promovida por seus ex-colaboradores ou ex-contratados, que incluam a Unimed Blumenau no polo passivo da ação;

XXIII. Dar prioridade no atendimento para os casos de urgência/emergência, assim como às pessoas portadoras de deficiências, idosos com 60 (sessenta) anos ou mais de idade, gestantes, lactantes e crianças até 5 (cinco) anos de idade;

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XXIV. Responsabilizar-se, civil e criminalmente, por erros técnicos/médicos cometidos por seus profissionais, funcionários ou terceirizados que a representem perante esta cooperativação, em decorrência da prestação de serviços aos beneficiários da Unimed Blumenau;

XXV. Não delegar ou transferir a terceiros os direitos e obrigações decorrentes deste regimento interno;

XXVI. Atualizar anualmente ou quando solicitado pela cooperativa, os seguintes documentos: a. Contrato Social; b. Licença de funcionamento da prefeitura; c. Alvará Sanitário; d. CNPJ; e. Certificado do Cremesc; f. Registro no Cnes.

Parágrafo Único: Quando se tratar de cooperado Pessoa Jurídica, o responsável legal deverá comprovar a conformidade das obrigações pertinentes a sua inscrição no Cremesc.

CAPÍTULO V – Dos benefícios

Art. 28. Fará jus aos benefícios relacionados neste capítulo os cooperados que estiverem com as suas obrigações estatutárias e regimentais em dia.

Parágrafo Único: Os benefícios relacionados nesse capítulo não são aplicáveis aos cooperados pessoas jurídicas.

Art. 29. O cooperado poderá inserir-se no regulamento do Plano de Assistência à Saúde do Cooperado (Plac) como titular a qualquer momento após a sua admissão na Unimed Blumenau.

Parágrafo Único: Todas as diretrizes do Plac estão dispostas no respectivo regulamento.

Art. 30. O valor correspondente ao Plac será subsidiado pela Unimed Blumenau apenas ao titular do plano e desde que o cooperado:

I. Nos últimos 12 (doze) meses tenha apresentado produção com valor equivalente a, no mínimo, 500 (quinhentas) consultas, tanto por sua pessoa física quanto por alguma Pessoa Jurídica que seja sócio, desde que demonstrado a realização da produção como profissional executante ou, (ii) esteja no quadro societário da Unimed Blumenau por período superior a 35 (trinta e cinco) anos, ou (iii) tenha idade superior a 70 (setenta) anos, desde que possua 15 (quinze) anos de cooperativação; ou, (iv) esteja regularmente afastado por motivo de saúde ou por incapacidade permanente;

II. Esteja vinculado ao produto de assistência à saúde coletivo exclusivo para cooperado registrado na ANS, bem como os seus dependentes. Não sendo permitido que qualquer um destes permaneçam nos Placs anteriores nº 0140, 4140 e 8140;

III. E seus dependentes não tenham débitos com a cooperativa.

Parágrafo Primeiro: A gratuidade somente será oferecida aos cooperados que estejam inscritos no quadro societário da Unimed Blumenau pelo período mínimo de 12 (doze) meses e desde que atendidas às condições acima.

Parágrafo Segundo: Os dependentes terão as mensalidades cobradas integralmente, conforme tabela vigente.

Parágrafo Terceiro: Ao cooperado que não possuir todos os requisitos descritos neste artigo terá o valor da mensalidade correspondente ao Plac cobrado integralmente.

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Parágrafo Quarto: O pagamento da mensalidade poderá ocorrer através de débito em conta corrente do titular do plano ou descontado diretamente de sua produção, sendo a forma devidamente acordada no momento da inclusão. No caso da opção do débito em conta corrente, quando não houver saldo suficiente para efetivar o pagamento, estará a Unimed Blumenau autorizada a realizar o desconto da produção.

Parágrafo Quinto: O cooperado admitido após a vigência deste regimento terá 120 (cento e vinte) dias para ingressar no Plac sem a necessidade de cumprir as carências e/ou Carência Parcial Temporária (CPT).

Parágrafo Sexto: A cooperativa realizará a análise quanto à gratuidade do Plac semestralmente.

Art. 31. A cooperativa manterá um seguro de vida aos médicos cooperados e todas as informações estão dispostas na apólice do referido contrato, sendo-lhes garantidas somente as coberturas contratadas e sempre que atendidas as condições do seguro.

Art. 32. O cooperado que ingressar na Unimed Blumenau em idade inferior a 65 (sessenta e cinco) será inscrito automaticamente pela cooperativa no seguro de vida em grupo. Tendo o cooperado idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos é vedada a inscrição no referido seguro, conforme diretriz disposta na apólice.

Art. 33. Além do valor referente à garantia funeral disposta na apólice do seguro de vida em Grupo oferecida aos cooperados, quando requerido será complementado pela Unimed Blumenau com um auxílio-família a ser repassado diretamente ao cônjuge ou representante legal.

Parágrafo Primeiro: A concessão do auxílio-família constante nesse artigo está condicionada à participação do cooperado no quadro social da Unimed Blumenau pelo período mínimo de 6 (seis) meses antes do seu falecimento.

Parágrafo Segundo: O auxílio-família ocorrerá por meio de ressarcimento e corresponderá ao valor máximo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), o qual será pago em cota única aos sucessores legais do cooperado falecido, mediante a apresentação de todas as notas fiscais originais relativas às despesas do funeral.

Art. 34. No prazo máximo de 30 (trinta) dias após o óbito poderão os herdeiros do cooperado falecido requerer o valor correspondente ao benefício informado no artigo 33 deste regimento à Unimed Blumenau, apresentando as cópias e originais dos documentos comprobatórios do vínculo familiar (certidão de casamento ou contrato de união estável, certidão de nascimento dos filhos), bem como a certidão de óbito do cooperado.

Parágrafo Primeiro: Serão considerados herdeiros aqueles dispostos no Código Civil Brasileiro vigente.

Parágrafo Segundo: O repasse do valor do auxílio-família ao primeiro herdeiro solicitante encerra a responsabilidade da Unimed Blumenau, sendo vedada uma nova solicitação por outros familiares. A cooperativa não se responsabiliza pelo destino do valor total repassado ao solicitante, cabendo a este a prestação de contas perante os demais familiares.

Art. 35. A cooperativa oferecerá Seguro de Renda por Incapacidade Temporária (Serit) ao cooperado afastado temporariamente que garante o pagamento, por um prazo determinado, de um valor mensal limitado ao capital contratado, devidamente especificado na apólice de seguro vigente.

Art. 36. O cooperado será inscrito como beneficiário do Serit logo após a sua admissão na Unimed Blumenau.

Art. 37. O valor correspondente ao Serit consta na referida apólice, bem como o período máximo que o benefício será concedido ao cooperado afastado, sendo-lhe garantido somente as coberturas contratadas e sempre que atendidas as condições do seguro.

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Art. 38. A cooperativa poderá auxiliar os cooperados, de forma total ou parcial, no pagamento da anuidade do respectivo conselho de classe, de acordo com a condição financeira e orçamento da Unimed Blumenau, mediante reembolso via produção médica.

Parágrafo Único: Somente terá direito a este benefício o cooperado que não possuir processo(s) administrativo(s) e tiver produzido no ano anterior um valor correspondente a, no mínimo, 500 (quinhentas) consultas.

Art. 39. Todas as apólices relacionadas aos seguros contratados com terceiros ficarão disponíveis aos cooperados na área restrita no site da cooperativa.

CAPÍTULO VI – Do afastamento temporário

Art. 40. O cooperado pessoa física que necessitar afastar-se temporariamente de suas atividades médicas por um período deve, previamente, solicitar autorização por escrito, apresentando a(s) justificativa(s), os documentos comprobatórios e informar as datas do início do afastamento e do retorno às atividades à diretoria executiva da Unimed Blumenau, a qual ficará responsável por deferir ou não o pedido, bem como comunicar aquele da decisão.

Parágrafo Primeiro: Afastar-se temporariamente das atividades médicas significa a interrupção destas, de forma integral, durante o período informado na solicitação entregue à diretoria executiva.

Parágrafo Segundo: O simples fato de protocolar a solicitação de afastamento temporário não significa o seu deferimento automático. As atividades do cooperado devem ser mantidas durante o período em que estiver ativo na cooperativa.

Parágrafo Terceiro: Estando o cooperado impedido de realizar a solicitação descrita neste artigo, poderá o representante legal fazê-lo, desde que atendidos os preceitos constantes na legislação vigente no que tange representação.

Art. 41. Na possibilidade do cooperado retomar as suas atividades em data anterior ao previsto, esse deverá comunicar à diretoria executiva a data do retorno com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis.

Art. 42. A solicitação de afastamento será analisada apenas quando o cooperado estiver com as suas obrigações estatutárias quitadas. Havendo pendências, tal solicitação será negada de imediato, sem avaliação do mérito.

Art. 43. O cooperado pessoa física poderá afastar-se temporariamente da Unimed Blumenau nas seguintes condições:

I. Aperfeiçoamento na área médica no Brasil ou no exterior; II. Por motivo de saúde; III. Por incapacidade permanente do cooperado; IV. Licença-maternidade; V. Exercício de cargo público ou eletivo.

Art. 44. O cooperado pessoa física afastado temporariamente pelos motivos descritos acima e tendo respeitado os requisitos constantes neste regimento não perderá os direitos dispostos no Estatuto Social, bem como não sofrerá prejuízos quanto aos benefícios relacionados no Capítulo V, desde que respeitados os prazos máximos de afastamento referentes a cada condição.

Parágrafo Único: O cooperado pessoa física que ultrapassar o prazo máximo de afastamento temporário concedido pela diretoria executiva perderá os benefícios automaticamente, bem como terá a sua situação encaminhada à Comissão Administrativa de Conciliação, Instrução e Julgamento (Cacij) para apreciação e análise.

Art. 45. Após análise da solicitação de afastamento temporário e dos documentos vinculados a essa a diretoria executiva informará ao cooperado a decisão formalmente.

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Parágrafo Único: O referido deferimento do pedido condiciona o cooperado a afastar-se das atividades médicas, exceto quando estas atividades forem relacionadas ao aperfeiçoamento do profissional.

Art. 46. O fato do cooperado estar afastado temporariamente da Unimed Blumenau não significa o afastamento de suas obrigações perante à cooperativa.

Art. 47. A solicitação de afastamento temporário por motivo de aperfeiçoamento no Brasil ou no exterior fica condicionada, além do disposto no artigo 40, à apresentação dos seguintes documentos:

I. Comprovante de matrícula no curso; II. Programa do curso com a estimativa de prazo para a conclusão; III. Declaração informando da necessidade de dedicação exclusiva para participação

do aperfeiçoamento; IV. Declaração quanto ao afastamento de qualquer atividade médica.

Parágrafo Primeiro: Com relação ao disposto nesse artigo, será concedido ao cooperado um afastamento de até 1 (um) ano, sendo facultado igual período mediante solicitação a ser formalizada, no mínimo com 30 (trinta) dias de antecedência do término do período autorizado, nos mesmos moldes estabelecidos no artigo 40 desse regimento.

Parágrafo Segundo: A inexistência de pedido para prorrogar o afastamento que trata esse artigo antes do prazo informado no parágrafo anterior acarretará negativa automática e, consequentemente, o cooperado deverá retomar as atividades vinculadas à Unimed Blumenau.

Art. 48. A solicitação de afastamento temporário por motivo de saúde do próprio cooperado fica condicionada, além do disposto no artigo 40, a apresentação dos seguintes documentos:

I. Atestado médico, comprovando a necessidade de afastamento e o período que necessita afastar-se, ficando sujeito, se necessário, à realização de perícia médica;

II. Declaração quanto ao afastamento de qualquer atividade médica.

Parágrafo Primeiro: Quando não for possível realizar a solicitação prévia do afastamento pelo motivo descrito neste artigo, o atestado médico deverá ser apresentado na cooperativa em até 30 (trinta) dias após o evento danoso. O cooperado que não tiver condições de apresentar o atestado poderá fazê-lo através de um familiar, que deverá seguir todos os requisitos descritos nesse regimento interno.

Parágrafo Segundo: A diretoria executiva suspenderá o afastamento concedido ao cooperado se ficar comprovado que, embora apresente doença que justifique o afastamento na forma do inciso II do artigo 43, o mesmo continue exercendo suas atividades profissionais fora da cooperativa, a que título for.

Parágrafo Terceiro: Com relação ao disposto neste artigo, será concedido ao cooperado um afastamento pelo período indicado no atestado médico apresentado, sendo facultado ao cooperado solicitar a prorrogação do afastamento através de solicitação, a ser formalizada no mínimo com 10 (dez) dias de antecedência do término do período autorizado, nos mesmos moldes estabelecidos no artigo 40 desse regimento.

Parágrafo Quarto: A inexistência de pedido para prorrogar o afastamento que trata esse artigo antes do prazo informado no parágrafo anterior acarretará negativa automática e, consequentemente, o cooperado deverá retomar as atividades vinculadas à Unimed Blumenau.

Parágrafo Quinto: O prazo total do afastamento disciplinado neste artigo não poderá ser superior a 5 (cinco) anos. Sendo este prazo insuficiente para a realização do

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tratamento, o cooperado deverá solicitar o afastamento por motivo de incapacidade permanente.

Art. 49. A solicitação de afastamento por motivo de incapacidade permanente do cooperado fica condicionada, além do disposto no artigo 40, à apresentação dos seguintes documentos:

I. Atestado médico, comprovando a incapacidade permanente, ficando sujeito à realização de perícia médica indicada pela Unimed Blumenau;

II. Declaração quanto ao afastamento de qualquer atividade médica.

Parágrafo Primeiro: Quando não for possível realizar a solicitação prévia do afastamento pelo motivo descrito neste artigo, o atestado médico deverá ser apresentado na cooperativa em até 30 (trinta) dias após o evento danoso. O cooperado que não tiver condições de apresentar o atestado poderá fazê-lo através de um familiar, que deverá seguir todos os requisitos descritos nesse regimento interno.

Parágrafo Segundo: A diretoria executiva suspenderá o afastamento concedido ao cooperado se ficar comprovado que o mesmo continue exercendo atividades profissionais, a que título for.

Parágrafo Terceiro: A qualquer tempo, independente do motivo, a cooperativa poderá solicitar novamente a documentação indicada no inciso I deste artigo.

Art. 50. A solicitação de afastamento temporário por motivo de licença-maternidade fica condicionada à apresentação dos seguintes documentos:

I. Atestado médico ou declaração da maternidade na qual ocorreu o nascimento; II. Certidão de nascimento, adoção ou termo de guarda; III. Atestado médico indicando a necessidade de afastamento durante a gestação; IV. Declaração quanto ao afastamento de qualquer atividade médica.

Parágrafo Primeiro: Especificamente pelo motivo disposto neste artigo, a cooperada poderá afastar-se da cooperativa por um período de até 6 (seis) meses, sendo facultado igual período mediante solicitação a ser formalizada, no mínimo com 30 (trinta) dias de antecedência do término do período autorizado, nos mesmos moldes estabelecidos no artigo 40 desse regimento.

Parágrafo Segundo: A inexistência de pedido para prorrogar o afastamento que trata esse artigo antes do prazo informado no parágrafo anterior acarretará negativa automática e, consequentemente, a cooperada deverá retomar as atividades vinculadas à Unimed Blumenau.

Art. 51. A solicitação de afastamento temporário por motivo de exercício de cargo público ou eletivo fica condicionada, além do disposto no artigo 40, à apresentação dos seguintes documentos:

I. Declaração do responsável pelo órgão no qual irá exercer o cargo, discriminando o cargo ou portaria de nomeação;

II. Declaração informando da necessidade de dedicação exclusiva do cargo público; III. Declaração quanto ao afastamento de qualquer atividade médica, exceto quando

o exercício estiver vinculado ao cargo assumido.

Parágrafo Primeiro: Com relação ao disposto neste artigo, será concedido ao cooperado um afastamento de 2 (dois) anos, sendo facultado igual período mediante solicitação a ser formalizada, no mínimo com 30 (trinta) dias de antecedência do término do período autorizado, nos mesmos moldes estabelecidos no artigo 40 desse regimento.

Parágrafo Segundo: A inexistência de pedido para prorrogar o afastamento que trata esse artigo antes do prazo informado no parágrafo anterior acarretará negativa automática e, consequentemente, o cooperado deverá retomar as atividades vinculadas à Unimed Blumenau.

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Parágrafo Terceiro: O afastamento temporário concedido nos moldes deste artigo, excepcionalmente, também poderá ser concedido pela diretoria executiva ao cooperado que estiver exercendo cargo eletivo em outras cooperativas ou dentro do Sistema Nacional Unimed, devendo esta ser comprovada, para fins do inciso I deste artigo, através da apresentação da ata da Assembleia que o elegeu.

Art. 52. Nova solicitação de afastamento será analisada somente após 5 (cinco) anos de produção. Antes deste período, o afastamento não será concedido através dos ditames deste capítulo, exceto:

I. Afastamento temporário por motivo de doença: apenas as ocorrências em que há risco iminente para a saúde do cooperado, este poderá ser solicitado a qualquer tempo, mediante solicitação e demais diretrizes informadas neste capítulo;

II. Licença-maternidade.

Parágrafo Único: Com relação ao inciso I deste artigo, solicitações envolvendo estética não estão abrangidas, devendo o prazo de uma nova solicitação respeitar o descrito neste artigo.

Art. 53. Em todos os casos de afastamento temporário, o cooperado não poderá exercer atividade médica, dentre elas realizar consultas, exames ou procedimentos, sob pena de processo administrativo perante à Cacij.

Parágrafo Único: Excetuando-se os motivos de doença e licença-maternidade, o tempo de afastamento será suprimido do tempo de atividade do cooperado na Cooperativa.

Art. 54. Os benefícios que possuam a obrigatoriedade de pagamento pelo cooperado para usufruto, independentemente do afastamento, terão de ser quitados normalmente.

Art. 55. Outros casos não previstos e/ou motivos excepcionais serão tratados diretamente pelo Conselho de Administração ou diretoria executiva, devendo este ser acionado nos moldes dispostos no artigo 40.

Art. 56. Conforme inciso XVI do artigo 27 deste regimento, o cooperado afastado deve informar a Cooperativa a relação dos beneficiários que se encontrem em tratamento continuado, pré-natal, pré-operatório ou que necessitem de atenção especial em caso de afastamento temporário, independente do motivo.

TÍTULO III – DA ASSISTÊNCIA ADVOCATÍCIA AOS DIRETORES, CONSELHEIROS E MEMBROS DA CACIJ DA UNIMED BLUMENAU

Art. 57. A Unimed Blumenau garantirá aos seus diretores, conselheiros e membros da Cacij, durante ou após o seu mandato, a assistência advocatícia para os casos em que estes sejam demandados, judicialmente ou extrajudicialmente, por conta de fatos vinculados à função exercida na cooperativa relacionados ao período do mandato.

Parágrafo Único: A assistência advocatícia não será disponibilizada ao cooperado quando este for demandado pela Unimed Blumenau pelas formas dispostas neste artigo.

Art. 58. A assistência advocatícia dar-se-á sob a forma da contratação e assunção dos respectivos honorários pela cooperativa de advogado habilitado ao patrocínio dos interesses dos seus diretores, conselheiros e membros da Cacij em demanda contra si intentada, até a sua decisão final.

Parágrafo Primeiro: O diretor, conselheiro ou membro da Cacij deverá concordar com o advogado indicado pela cooperativa, mas poderá, a qualquer tempo, destituí-lo, arcando, neste caso, com os honorários do novo advogado por ele eventualmente constituído.

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Parágrafo Segundo: Na hipótese do diretor, conselheiro ou membro da Cacij não concordar com o advogado indicado pela cooperativa, optando por contratar outro advogado, poderá a cooperativa, a seu exclusivo critério, reembolsar o mesmo pelo valor até o limite que aquela pagaria ao advogado por ela indicado.

TÍTULO IV – DA REMUNERAÇÃO DOS COOPERADOS E OCUPANTES DE CARGOS NOS ÓRGÃOS DA COOPERATIVA

Art. 59. Os valores relativos à remuneração dos cooperados serão definidos pela diretoria executiva.

Art. 60. Os cooperados receberão sua produção da Unimed Blumenau dos serviços que tiverem sido habilitados, de acordo com os valores da tabela da cooperativa.

Art. 61. Aos cooperados que atuam nos órgãos administrativos da cooperativa, para os quais foram devidamente eleitos, fica definido que para todas as reuniões ocorridas para discutir assuntos relacionados ao Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Cacij receberão um valor definido em assembleia geral, a qual será pago mediante assinatura nas listas de presenças respectivas.

Art. 62. Aos cooperados que ocupam cargos ou representam a cooperativa durante viagens, audiências, corpo editorial, comissão eleitoral, visitas técnicas, cursos, seminários, palestras ou eventos equivalentes, fica definido que para estes será repassado o valor correspondente à atividade desempenhada, podendo o valor da diária ser integral ou parcial.

Parágrafo Primeiro: Considera-se diária integral quando o cooperado atuar em favor da cooperativa por um período superior a 4 (quatro) horas e parcial quando o tempo disponibilizado não exceder esta carga horária.

Parágrafo Segundo: O valor correspondente à diária é definido pela diretoria executiva da Unimed Blumenau.

Art. 63. Os diretores técnicos e os coordenadores de serviços nomeados pela diretoria executiva serão remunerados por critério do Conselho de Administração.

Art. 64. A Unimed Blumenau fará o pagamento dos serviços prestados mensalmente através de depósito em conta corrente do cooperado.

TÍTULO V – DOS RECURSOS PRÓPRIOS

Art. 65. Os recursos próprios são estruturas operacionais criadas com o objetivo de atender às exigências contratuais e legais, estabelecidas nos contratos com clientes, em função da carência ou inexistência de serviços na rede cooperada e credenciada ou de acordo com a necessidade estratégica da cooperativa.

Art. 66. Cabe à diretoria executiva e ao Conselho de Administração, a gestão, normatização e regulamentação dos recursos próprios, por meio de resoluções normativas ou instruções.

Parágrafo Único: À diretoria executiva é facultada a contratação de profissionais não cooperados, sejam estas pessoas físicas ou jurídicas, para a manutenção da prestação de serviços da Unimed Blumenau, para cumprimento de seus contratos.

CAPÍTULO I – Das Normas Gerais e Definições

Art. 67. As normas de funcionamento dos recursos próprios serão estabelecidas de acordo com o presente regimento, bem como das normas editadas pelo CFM e Código de Ética Médica.

Art. 68. As unidades de recursos próprios poderão estabelecer normas operacionais e de funcionamento, sujeitas à aprovação da diretoria executiva.

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Art. 69. O responsável técnico dos recursos próprios perante o Cremesc será designado pela diretoria executiva e exercerá as suas funções nos termos da Resolução CFM nº 1.342/91 e do previsto no presente regulamento.

CAPÍTULO II – Do Responsável Técnico

Art. 70. Ao responsável técnico cabe a supervisão e a coordenação dos recursos técnicos, possuindo as seguintes atribuições:

I. Comunicar ao Cremesc, por escrito, ao assumir ou deixar definitivamente o cargo;

II. Zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor; III. Assegurar condições dignas de trabalho e os meios regulamentares à prática

médica, visando o melhor desempenho do corpo clínico e dos demais profissionais de saúde, em benefício dos clientes da Unimed Blumenau;

IV. Assegurar o pleno e autônomo funcionamento da Comissão de Ética Médica; V. Aplicar as sanções administrativas na forma estabelecida neste regimento e das

demais normas aplicáveis à unidade de recurso próprio; VI. Viabilizar a introdução de novas atividades necessárias às unidades de recurso

próprio da cooperativa, terceirizadas ou não; VII. Coordenar a instalação, extinção e remanejamento de dependências, mediante

as necessidades das unidades de recursos próprios da Unimed Blumenau; VIII. Propor diretrizes e metas gerais a serem alcançadas a cada ano e a médio e longo

prazo, com base no planejamento estratégico da cooperativa; IX. Promover ações para garantir que as metas sejam atingidas, bem como

acompanhar o seu cumprimento; X. Assegurar que o desenvolvimento das ações das unidades de recursos próprios da

Unimed Blumenau esteja de acordo com os princípios, crenças e valores da cooperativa;

XI. Interagir com os demais gestores da Unimed Blumenau e rede credenciada da cooperativa e conduzir ações para atender demandas do Sistema Nacional Unimed;

XII. Zelar pelo atendimento da legislação trabalhista e fiscal, Estatuto Social, deste Regimento e demais normas aplicáveis à cooperativa;

XIII. Assessorar as atividades da diretoria clínica e dos demais colaboradores das unidades de recursos próprios da Unimed Blumenau;

XIV. Apresentar parecer à Comissão de Ética Médica da unidade de recursos próprios da Unimed Blumenau em todos os casos que digam respeito à inobservância do Código de Ética Médica;

XV. Garantir a implantação das normas e procedimentos médicos definidos pela cooperativa;

XVI. Elaborar critérios e avaliar propostas para admissão de médicos nas unidades de recursos próprios da Unimed Blumenau.

Parágrafo Único: Cabe ao responsável técnico advertir os membros do corpo clínico sobre o descumprimento das disposições legais e regulamentares, bem como das normas operacionais e de funcionamento da unidade de recursos próprios.

CAPÍTULO III – Dos Coordenadores de Serviços

Art. 71. As unidades de recursos próprios poderão ter coordenadores de serviços.

Parágrafo Único: O coordenador de serviço será escolhido pela diretoria executiva.

Art. 72. Ao coordenador de serviço compete:

I. Realizar as escalas de serviços; II. Assessorar a direção clínica e diretoria técnica na supervisão, organização e

orientação nas atividades do grupo de especialistas que representa;

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III. Promover, entre seus membros, o espírito de iniciativa e cooperação; IV. Estimular as atividades de ensino, pesquisa e aperfeiçoamento; V. Participar diretamente das reuniões clínico-administrativas do serviço como

organizador; VI. Responsabilizar-se pelo cumprimento e cobertura da escala de médicos sob a sua

responsabilidade; VII. Comunicar à direção da unidade de recurso próprio as necessidades da clínica, a

fim de manter a boa ordem e o aperfeiçoamento técnico, atendendo às demandas do grupo;

VIII. Zelar pelo cumprimento das normas e instruções aplicáveis à unidade de recurso próprio e do regimento do corpo clínico.

CAPÍTULO IV – Da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

Art. 73. Conforme definido pelas normas do Ministério da Saúde, da Anvisa, dos níveis estadual e municipal da Vigilância Sanitária e do CFM, poderá ser designada para a unidade de recursos próprios uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

TÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DOS CASOS OMISSOS

Art. 74. As situações previstas e regulamentadas neste regimento e seus anexos servirão como normas gerais aplicáveis a todos os integrantes da cooperativa.

Art. 75. Os casos omissos ou duvidosos deste regimento e seus anexos serão analisados pelo Conselho de Administração, a quem caberá proceder à correta adequação.

Art. 76. Este regimento e seus anexos contêm as normas de funcionamento da cooperativa junto aos seus integrantes e vice-versa, sendo de responsabilidade do Conselho de Administração exigir o seu cumprimento por todos os envolvidos.

Art. 77. Os casos previstos e regulamentados por este regimento e seus anexos servirão como normas gerais que deverão ser acatadas por todos os cooperados.

Art. 78. Compete ao Conselho de Administração, única e exclusivamente, toda e qualquer alteração do presente regimento e seus anexos.

Parágrafo Primeiro: A atualização ou qualquer outro ato que promova a alteração dos anexos desse regimento será providenciada apenas pela comissão instituída pelo artigo 90 do Estatuto Social vigente.

Parágrafo Segundo: As alterações serão comunicadas aos cooperados por circular e o regimento interno vigente ficará disponível na área do cooperado no site da cooperativa.

TÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 79. Os cooperados já admitidos no quadro social da cooperativa na data da aprovação deste regimento pelo Conselho de Administração terão o prazo improrrogável de 06/05/2016 para adequarem-se às novas regras.

TÍTULO VIII – DA VIGÊNCIA

Art. 80. Este regimento interno com a redação aprovada pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 02 de março de 2016 entra em vigor 15 (quinze) dias após a assinatura.

Parágrafo Único: O presente regimento revoga qualquer norma ou decisão anterior relativa aos assuntos disciplinados neste regulamentado.

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DR. MARCO ANTONIO BRAMORSKI

DR. ALEXANDRE JOSÉ FERREIRA

DR. ROBERTO AMORIM MOREIRA

DRA. ANNA CLÁUDIA DREWS

DR. CARLOS EDUARDO SANDRINI DE CASTRO

DR. CARLOS NACONECY DE SOUZA

DR. CEZAR ZILLIG

DR. JOHN EDNEY DOS SANTOS

DR. LUIZ CARLOS FONSECA DE MELLO

DR. MARCO ANTONIO G. M. WANROWSKY

DR. MAXIMILHANO MAURELL ARENZ

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ANEXO 1 – REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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TÍTULO I - PARTE GERAL

CAPÍTULO I - Do Objeto

O presente anexo disciplina o funcionamento do Conselho de Administração, observadas as disposições do Estatuto Social e da legislação em vigor.

CAPÍTULO II – Da Composição

Art. 1º. O Conselho de Administração é o órgão da administração da cooperativa, composto exclusivamente por médicos cooperados, conforme disposto no Estatuto Social, em pleno gozo de seus direitos e deveres estatutários e regimentais.

Parágrafo Primeiro: O Conselho de Administração será constituído por diretoria executiva - composta por 3 (três) membros, quais sejam, diretor-presidente, diretor vice-presidente e diretor-superintendente - e 8 (oito) conselheiros vogais, com mandato de 4 (quatro) anos.

Parágrafo Segundo: Para efetivação da posse, os conselheiros eleitos deverão dispor à Unimed Blumenau cópia autenticada dos seguintes documentos, os quais serão utilizados para compor os registros necessários e existentes na cooperativa, bem como enviados à ANS:

I. Certidão de casamento (se houver) ou nascimento; II. RG e CPF; III. Comprovante de residência; IV. Outros documentos exigidos pela legislação em vigor.

Parágrafo Terceiro: Para os membros da diretoria executiva, além do exigido no parágrafo anterior, é necessária a entrega da última declaração do imposto de renda, que posteriormente será enviada aos bancos utilizados pela cooperativa.

CAPÍTULO III – Dos Deveres

Art. 2º. É dever de todo conselheiro, além daqueles previstos em Lei, da regulamentação aplicável e do Estatuto Social lhe impuserem:

I. Comparecer às reuniões do Conselho de Administração previamente preparado, com a análise dos documentos postos à disposição e delas participar ativa e diligentemente;

II. Manter sigilo sobre toda e qualquer informação que possa ser considerada confidencial – seja pela própria natureza do assunto ou a pedido dos membros do conselho - a que tiver acesso em razão do exercício do cargo, bem como exigir o mesmo tratamento sigiloso dos profissionais que lhe prestarem assessoria;

III. Abster-se de intervir, responder ou agir isoladamente em nome do Conselho de Administração sobre temas ou matérias que não foram avaliadas de forma colegiada, salvo mediante aprovação prévia e específica do conselho;

IV. Declarar-se impedido previamente à deliberação que, por qualquer motivo, tenha interesse particular ou conflitante com o da cooperativa, abstendo-se de sua discussão e voto;

V. Participar do curso específico de treinamento para o Conselho de Administração; VI. Participar da reunião do colegiado conforme descrito no regimento interno da

Cacij; VII. Zelar pela adoção das boas práticas de gestão e governança na cooperativa.

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TÍTULO II – DAS REUNIÕES

Art. 3º. Eleitos, os membros do Conselho de Administração estabelecerão as diretrizes mínimas a serem cumpridas durante a vigência do mandato na primeira reunião do órgão, que ocorrerá num prazo máximo de 7 (sete) dias a contar da eleição, sendo estas:

I. As datas e horários - desde que nas dependências da cooperativa - para a realização das reuniões ordinárias;

II. Definir se as reuniões serão secretariadas por profissional técnico da cooperativa ou por algum membro do Conselho de Administração, bem como a conduta a ser tomada na ausência deste.

Parágrafo Primeiro: Caso as reuniões sejam secretariadas por profissional técnico, este deverá prestar o compromisso de sigilo, descrito no artigo 2º, inciso II deste anexo.

Parágrafo Segundo: Havendo discordância quanto às datas e horários das reuniões ordinárias, o assunto será colocado em votação, vencendo a proposta que atingir o maior número de votos.

Parágrafo Terceiro: O cooperado poderá participar das reuniões do Conselho de Administração quando:

I. Convidado pelo Conselho de Administração; II. Quando requerido pelo cooperado e devidamente autorizado pelo respectivo

Conselho.

Art. 4º. As reuniões ordinárias do Conselho de Administração ocorrerão nas dependências da Cooperativa, semanalmente, nos moldes definidos pelos incisos I e II do caput do artigo 3º.

Parágrafo Primeiro: A reunião ordinária do Conselho de Administração não poderá ter carga horária inferior à 1h30min (uma hora e trinta minutos).

Parágrafo Segundo: Quando houver necessidade de agendamento de reuniões extraordinárias sem prévia comunicação formal (registro em ata anterior ou comunicado interno), os membros do Conselho de Administração devem ser avisados com antecedência mínima de 12h (doze horas) por meio de contato telefônico e/ou correio eletrônico, devendo obrigatoriamente ser informados da pauta e do motivo da reunião.

Art. 5º. As reuniões do Conselho de Administração serão procedidas da seguinte forma:

I. Serão convocadas e dirigidas pelo diretor presidente ou seu substituto, conforme disposto no Estatuto Social.

II. A pauta da reunião será enviada com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência pela diretoria executiva e os conselheiros poderão solicitar a inclusão de temas específicos.

III. Ficará suspensa a reunião do Conselho de Administração quando o quorum mínimo não for atingido após 20 (vinte) minutos do horário agendado, ou seja, contar com a presença de pelo menos 1 (um) membro da diretoria executiva e 4 (quatro) conselheiros vogais.

IV. Em casos excepcionais, a reunião do Conselho de Administração poderá ser convocada diretamente por, no mínimo, 2 (dois) conselheiros vogais, os quais informarão a pauta específica e os motivos da convocação extraordinária.

V. As decisões do Conselho de Administração serão tomadas pelo maior número de votos dos conselheiros, sendo que cada conselheiro vogal e membro da diretoria executiva terá direito a 01 (um) voto, cabendo ao membro da diretoria executiva que estiver dirigindo a reunião o voto qualificado.

Parágrafo Único: Com exceção dos assuntos em que o conselheiro se declare impedido, não será permitida a abstenção de voto quando estiver presente na

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reunião. Não estando apto a votar, o conselheiro solicitará que a votação seja adiada para a reunião seguinte, momento em que o voto será obrigatório.

Art. 6º. Toda a reunião originará uma ata, que depois de discutida, aprovada e assinada pelos conselheiros que participaram da respectiva reunião será disponibilizada aos cooperados no site da cooperativa.

Art. 7º. As reuniões são atos personalíssimos, devendo os conselheiros estar fisicamente presentes a elas (não podendo ser representados por meio de procuração), sendo validadas suas participações somente através de assinatura da lista de presença.

Art. 8º. Perderá automaticamente o cargo o conselheiro que faltar a 3 (três) reuniões consecutivas ou a 6 (seis) alternadas por ano, sem justificativa ou licença concedida pelo Conselho de Administração. Todas as justificativas serão enviadas ao diretor-presidente, por escrito ou e-mail, até 3 (três) dias após a realização da reunião.

Parágrafo Primeiro: As justificativas serão válidas quando motivadas por viagens, saúde do cooperado ou de seus familiares, óbitos de pessoas com até o 3º (terceiro) grau de parentesco.

Parágrafo Segundo: A vacância definitiva de um membro do Conselho de Administração pode dar-se por destituição através de assembleia geral extraordinária, renúncia, óbito, impedimento comprovado ou invalidez permanente.

Parágrafo Terceiro: Os afastamentos previstos no regimento interno da Unimed Blumenau não justificam a ausência do conselheiro nas reuniões que ocorrerem durante o seu mandato.

Art. 9º. A remuneração do conselheiro está condicionada a sua participação nas reuniões do Conselho de Administração previstas nesse regimento.

Parágrafo Único: Cabe ao membro da diretoria executiva que presidir a reunião decidir acerca das saídas antecipadas e/ou atrasos.

TÍTULO III – DA DIRETORIA EXECUTIVA

Art. 10. Os membros da diretoria executiva devem cumprir as atribuições a eles estipuladas em Estatuto Social, assim como as atividades inerentes àquelas ou decorrentes das deliberações do Conselho de Administração devidamente registradas em ata.

Art. 11. Os membros da diretoria executiva deverão cumprir uma carga horária mínima na Unimed Blumenau de 15 (quinze) horas semanais, exceto por 4 semanas anuais (férias).

Parágrafo Primeiro: Essa carga horária deverá ser distribuída de tal forma que proporcione a presença de todos os membros da diretoria executiva em pelo menos 2 (dois) momentos na semana, além dos horários reservados para participação das reuniões do Conselho de Administração, objetivando auxiliar na tomada de decisões da Unimed Blumenau.

Parágrafo Segundo: Não é exigida carga horária fixa para os conselheiros vogais, vez que estes não possuem cargo de direção, ou seja, não fazem parte da diretoria executiva, cabendo aos mesmos o comparecimento na cooperativa quando da realização das reuniões do Conselho de Administração.

Parágrafo Terceiro: Serão computadas, para fins de cumprimento do horário estabelecido nesse artigo as reuniões externas, bem como viagens ou outras atividades equivalentes exercidas em função do cargo na Cooperativa.

Parágrafo Quarto: Caberá à diretoria executiva apresentar mensalmente ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal relatório da carga horária cumprida, conforme estabelecido nesse artigo.

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Parágrafo Quinto: Deverá a diretoria executiva justificar aos Conselheiros eventual descumprimento da carga horária.

Art. 12. Cabe a diretoria executiva, nos últimos 6 (seis) meses de seu mandato, organizar, definir e deixar programado um curso específico de treinamento para o Conselho de Administração subsequente, que deverá ocorrer, impreterivelmente, em até 60 (sessenta) dias após a eleição dos novos conselheiros.

Parágrafo Único: Os Conselheiros reeleitos também deverão realizar o curso descrito no caput deste artigo.

Art. 13. Deverá igualmente a diretoria executiva promover a cada novo mandato da Cacij treinamento de todos os membros eleitos, a fim de possibilitá-los maior conhecimento e habilidade com as regras que permeiam a referida comissão.

Art. 14. Mesmo após o término do mandato, os diretores executivos ficarão à disposição da Unimed Blumenau por até 30 (trinta) dias após as eleições.

Parágrafo Único: A remuneração dos cooperados descritos no caput do artigo será de acordo com os critérios utilizados pela cooperativa, constantes no regimento interno da Unimed Blumenau.

TÍTULO IV - DA VIGÊNCIA

Art. 15. Este regramento, com redação aprovada nos moldes do artigo 90 do Estatuto Social vigente, entra em vigor 15 (quinze) dias após a assinatura.

Art. 16. O presente regimento revoga qualquer norma ou ato normativo anterior a esta data, que lhe sejam contrários, sendo que, na dúvida, aplica-se o presente regimento.

Blumenau, 02 de março de 2016.

COMISSÃO DOS REGIMENTOS INTERNOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DO CONSELHO FISCAL E DA CACIJ

DR. CARLOS EDUARDO SANDRINI DE CASTRO Conselho de Administração

DR. ZADI FRANCISCO MANOEL Cacij

DRA. IRENE WIGGERS Conselho Fiscal

DR. CLOTAR EGON SCHROETER Comissão De Ética

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ANEXO 2 - REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL

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TÍTULO I - PARTE GERAL

CAPÍTULO I - Do Objetivo

O presente anexo disciplina o funcionamento do Conselho Fiscal, observadas as disposições do Estatuto Social e da legislação em vigor.

CAPÍTULO II - Da Composição

Art. 1º. O Conselho Fiscal é o órgão representativo dos interesses societários junto à administração, composto exclusivamente por médicos cooperados, conforme disposto no Estatuto Social, em pleno gozo de seus direitos e deveres estatutários e regimentais, com função de acompanhar, orientar e fiscalizar, assídua e minuciosamente, as práticas administrativas, operacionais e econômico-financeiras, zelando pelo adequado atendimento das disposições estatutárias e regimentais.

Parágrafo Primeiro: O Conselho Fiscal será constituído de 3 (três) membros efetivos e 3 (três) membros suplentes.

Parágrafo Segundo: Para efetivação da posse, os Conselheiros eleitos deverão dispor à Unimed Blumenau cópia autenticada dos seguintes documentos, os quais serão utilizados para compor os registros necessários e existentes na Cooperativa, bem como enviados à ANS:

I. Certidão de casamento (se houver) ou nascimento. II. RG e CPF. III. Comprovante de residência. IV. Outros documentos exigidos pela legislação em vigor.

CAPÍTULO III - Dos Deveres

Art. 2º. São deveres de todo conselheiro, além daqueles previstos em Lei e dos que a regulamentação aplicável e o Estatuto Social lhe impuserem:

I. Comparecer às reuniões do Conselho Fiscal previamente preparado, com a análise dos documentos postos à disposição e delas participar ativa e diligentemente;

II. Manter sigilo sobre toda e qualquer informação que possa ser considerada confidencial – seja pela própria natureza do assunto ou a pedido dos membros do conselho - a que tiver acesso em razão do exercício do cargo, bem como exigir o mesmo tratamento sigiloso dos profissionais que lhe prestem assessoria;

III. Abster-se de intervir, responder ou agir isoladamente em nome do Conselho Fiscal sobre temas ou matérias que não foram avaliadas de forma colegiada, salvo mediante aprovação prévia e específica do conselho;

IV. Declarar-se impedido previamente à deliberação que, por qualquer motivo, tenha interesse particular ou conflitante com o da cooperativa, abstendo-se de sua discussão e voto;

V. Participar do curso específico de treinamento para Conselheiro Fiscal; VI. De forma colegiada, recomendar ao Conselho de Administração o aprimoramento

e as correções necessárias ao bom desempenho dos setores contábil, financeiro e orçamentário;

VII. Propor ou requerer esclarecimentos necessários à melhor apreciação e votação das matérias de competência do Conselho Fiscal;

VIII. Relatar matérias, processos e expedientes, elaborando parecer quando solicitado.

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TÍTULO II - DAS REUNIÕES

Art. 3º. Eleitos, os membros do Conselho Fiscal, em um prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da eleição, se reunirão para estabelecer as datas e horários das reuniões que ocorrerão durante a vigência do mandato.

Parágrafo Primeiro: Havendo discordância quanto às datas e horários das reuniões ordinárias, o assunto será colocado em votação, vencendo a proposta que atingir o maior número de votos. Havendo empate, cabe ao conselheiro mais votado o voto de qualidade.

Parágrafo Segundo: As reuniões do Conselho Fiscal ocorrerão nas dependências da cooperativa.

Parágrafo Terceiro: A reunião ordinária do Conselho Fiscal não poderá ter carga horária inferior à 1h30min (uma hora e trinta minutos).

Art. 4º. Em sua primeira reunião, os conselheiros eleitos escolherão, entre seus membros efetivos, por aclamação ou eleição por voto aberto, um secretário e um coordenador.

Art. 5º. O Conselho Fiscal reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário, com a participação de no mínimo 4 (quatro) de seus membros, sendo obrigatória a presença de 2 (dois) efetivos.

Parágrafo Único: Quando houver necessidade de agendamento de reuniões extraordinárias sem prévia comunicação formal, os membros do Conselho Fiscal devem ser avisados com antecedência mínima de 12h (doze horas) por meio de contato telefônico e/ou correio eletrônico, devendo obrigatoriamente serem informados da pauta.

Art. 6º. As reuniões poderão ser convocadas, ainda, por qualquer dos membros do Conselho Fiscal, por solicitação da diretoria executiva, do Conselho de Administração ou da assembleia geral os quais informarão a pauta específica.

Art. 7º. Poderão ainda participar das reuniões, desde que convidados ou quando tiverem sua solicitação de participação previamente aprovada pelo coordenador:

I. Qualquer médico cooperado; II. Conselheiros vogais ou membros da diretoria executiva; III. Demais funcionários da cooperativa, auditores ou consultores.

Art. 8º. Em função da pauta a ser observada, o Conselho Fiscal, através do seu coordenador, poderá solicitar a presença de representantes da diretoria executiva, do Conselho de Administração, assessorias jurídica e atuarial, externa e outros, sempre que julgar pertinente.

Art. 9º. Caso o Conselho Fiscal necessite de assessoramento técnico especializado diferente do oferecido pela cooperativa, poderá requerer a contratação de outro profissional, mediante pedido justificado à diretoria executiva apresentando os seguintes documentos e informações:

I. Motivos da necessidade da substituição do assessoramento; II. No mínimo 3 (três) cotações contendo a descrição pormenorizada dos serviços,

salvo comprovada a impossibilidade de fazê-las nesta quantidade mínima; III. Avaliação pelo Conselho Fiscal em relação aos prestadores cotados.

Parágrafo Primeiro: Após a entrega dos documentos a diretoria executiva terá 20 (vinte) dias para aprovação da contratação.

Parágrafo Segundo: O Conselho Fiscal poderá requerer auxilio técnico do corpo de empregados da cooperativa para a contratação acima disciplinada.

Art. 10. As reuniões do Conselho Fiscal serão procedidas da seguinte forma:

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I. Serão convocadas e dirigidas pelo coordenador e, na impossibilidade deste, por conselheiro escolhido no momento da reunião.

II. A pauta da reunião será enviada com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência pelo coordenador, e enviada aos conselheiros que poderão solicitar a inclusão de temas específicos. Após o envio da convocação, o coordenador poderá incluir na pauta da respectiva reunião outros assuntos, considerando a sua urgência e relevância.

III. Ficará suspensa a reunião do Conselho Fiscal quando não for atingido o quorum de 4 (quatro) de seus membros - sendo obrigatória a presença de 2 (dois) membros efetivos - após 20 (vinte) minutos do horário agendado.

IV. As decisões do Conselho Fiscal serão tomadas pelo maior número de votos e na eventualidade de se configurar empate, caberá ao coordenador o voto de desempate.

V. Em caso de urgência reconhecida pela maioria do Conselho Fiscal poderá ser submetida à discussão e a votação matérias não incluídas na pauta, desde que sejam acrescentados os dados e esclarecimentos necessários.

VI. As matérias incluídas na pauta, para as quais não houver uma decisão, serão obrigatoriamente postas para deliberação na pauta da próxima reunião.

VII. O Conselheiro poderá solicitar, em qualquer fase do processo de discussão, a retirada de sua proposta, ficando a critério do Conselho Fiscal o deferimento do pedido.

VIII. Qualquer membro que perceber a desvinculação da matéria apresentada com a devidamente pautada, poderá, por questão de ordem, exigir o retorno à pauta.

Parágrafo Primeiro: Com exceção dos assuntos em que o conselheiro se declare impedido, não será permitida a abstenção de voto quando estiverem presentes na reunião. Não estando apto a votar, o conselheiro poderá pedir vista a matéria ficando em tais circunstâncias a discussão e a respectiva votação transferidas para a próxima reunião, momento em que o voto será obrigatório.

Parágrafo Segundo: Os conselheiros suplentes deverão participar das reuniões e terão direito a voto.

Parágrafo Terceiro: O conselheiro tem a prerrogativa de declarar seu voto, o que constará em ata, se ele assim o requerer.

Art. 11. Os conselheiros poderão ainda efetuar consultas formais à diretoria executiva, que deverão constar em ata e serem respondidas em até 30 (trinta) dias contados da data da formulação da questão.

Art. 12. O Conselho Fiscal poderá solicitar os seguintes documentos e/ou relatórios, dentre outros:

I. Certidões que demonstrem a regularidade fiscal da cooperativa; II. Relatório da ouvidoria apresentado à ANS; III. Relatórios das ações judiciais que envolvem a cooperativa; IV. Relatórios contábeis apresentados à ANS; V. Relatório de cumprimento de carga horária da diretoria executiva.

Art. 13. Toda a reunião originará uma ata, impressa em 2 (duas) vias, que será assinada pelos Conselheiros presentes, ficando uma arquivada junto aos documentos do Conselho Fiscal, e a outra encaminhada ao Conselho de Administração.

Parágrafo Único: As atas das reuniões do Conselho Fiscal devem ser disponibilizadas no site da cooperativa em no máximo 30 (trinta) dias após a reunião.

Art. 14. Os documentos apresentados em formato digital ao Conselho Fiscal durante as reuniões deverão ser impressos e rubricados pelos conselheiros, ficando arquivados em pasta própria do Conselho Fiscal, não podendo ser retirado das dependências desta cooperativa.

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Art. 15. As reuniões são atos personalíssimos, devendo os conselheiros estar fisicamente presentes a elas (não podendo ser representados por meio de procuração), sendo validadas suas participações somente através de assinatura da lista de presença.

Art. 16. A remuneração do conselheiro está condicionada a sua participação nas reuniões do Conselho Fiscal previstas nesse regimento.

Parágrafo Primeiro: Cabe ao coordenador decidir acerca das saídas antecipadas e/ou atrasos.

Parágrafo Segundo: Não serão remuneradas reuniões do Conselho Fiscal que não se destinarem estritamente a assuntos alusivos às suas funções.

Art. 17. Qualquer cooperado poderá requerer a análise pelo Conselho Fiscal de assuntos que julgar conveniente, cabendo ao Conselho Fiscal responder e/ou dar encaminhamentos.

TÍTULO III - DA VACÂNCIA

Art. 18. Perderá automaticamente o cargo o conselheiro que faltar a 2 (duas) reuniões consecutivas ou a 3 (três) alternadas por ano sem justificativa. Todas as justificativas serão enviadas ao coordenador, por escrito ou e-mail, até 3 (três) dias após a realização da reunião.

Parágrafo Primeiro: As justificativas serão válidas quando motivadas por viagens, saúde do cooperado ou de seus familiares, óbitos de pessoas com até o 3º (terceiro) grau de parentesco.

Parágrafo Segundo: A vacância definitiva de um membro do Conselho Fiscal pode dar-se por destituição através de assembleia geral extraordinária, renúncia, óbito, impedimento comprovado ou invalidez permanente.

Parágrafo Terceiro: No caso de vacância da função de membro efetivo do Conselho Fiscal, o respectivo suplente assumirá automaticamente o lugar do titular, até o final do mandato daquele.

Parágrafo Quarto: Os afastamentos previstos no Regimento Interno da Unimed Blumenau não justificam a ausência do conselheiro nas reuniões que ocorrerem durante o seu mandato.

TÍTULO IV - DO COORDENADOR

Art. 19. O Conselho Fiscal será representado, perante os demais órgãos da cooperativa, pelo seu coordenador ou pelo substituto escolhido.

Art. 20. Ao coordenador do Conselho Fiscal compete:

I. Representar o Conselho Fiscal; II. Convocar e presidir as reuniões; III. Decidir questões de ordem; IV. Distribuir matérias de estudo, designando relatores; V. Exercer o voto comum e em casos de empate o voto de qualidade; VI. Assinar correspondências do Conselho Fiscal; VII. Solicitar a presença/participação nas reuniões de pessoas que possam prestar

esclarecimentos pertinentes às matérias em pauta; VIII. Permitir, excepcionalmente e desde que justificada, a inclusão de assuntos fora

de pauta, considerando sua urgência e relevância; IX. Indicar, no caso de vaga temporária ou definitiva do cargo de secretário,

substituto para o exercício das funções.

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TÍTULO V - DO SECRETÁRIO

Art. 21. Ao secretário do Conselho Fiscal compete:

I. Prestar apoio operacional e administrativo ao Conselho Fiscal; II. Elaborar e redigir as atas das reuniões do Conselho Fiscal; III. Manter sob controle, em ordem cronológica, os assuntos pendentes que foram

analisados pelo conselho; IV. Na segunda reunião do Conselho Fiscal disponibilizar cópia do Estatuto Social e

dos regimentos da cooperativa a todos os membros; V. Na última reunião do mandato deverá elaborar um relatório contendo todas as

pendências do conselho, que deverá ser encaminhado aos conselheiros eleitos para próxima gestão.

TÍTULO VI - DA VIGÊNCIA

Art. 22. Este regramento, com redação aprovada nos moldes do artigo 90 do Estatuto Social vigente, entra em vigor 15 (quinze) dias após a assinatura.

Art. 23. O presente regimento revoga qualquer norma ou ato normativo anterior a esta data, que lhe sejam contrários, sendo que, na dúvida, aplica-se o presente regimento.

Blumenau, 02 de março de 2016.

COMISSÃO DOS REGIMENTOS INTERNOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DO CONSELHO FISCAL E DA CACIJ

DR. CARLOS EDUARDO SANDRINI DE CASTRO Conselho de Administração

DR. ZADI FRANCISCO MANOEL Cacij

DRA. IRENE WIGGERS Conselho Fiscal

DR. CLOTAR EGON SCHROETER Comissão De Ética

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ANEXO 3 - REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO ADMINISTRATIVA DE CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO (CACIJ)

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GLOSSÁRIO1

A

Alegações Finais: Instrumento processual administrativo pelo qual o denunciado apresenta seus últimos argumentos para apreciação do órgão julgador.

Assembleia Geral (para fins deste regimento): Ato administrativo consistente na reunião de cooperados para apreciação e julgamento de recurso especial.

Audiência de Instrução: Ato processual administrativo pelo qual a câmara competente – através de seu relator - apura os fatos alegados na denúncia, colhe o depoimento do denunciado, promove a oitiva de testemunhas.

C

Câmara: Órgão da Comissão Administrativa de Conciliação, Instrução e Julgamento (Cacij), composto por de 3 (três) membros, responsável pelo acompanhamento da audiência de conciliação, de instrução e emissão de relatório à plenária.

Citação: Ato processual pelo qual se dá ciência ao denunciado - através de correspondência com aviso de recebimento, entregue em mãos ou de intimação pessoal em audiência - sobre os termos da denúncia.

Colegiado: Conjunto dos membros da Cacij somados a 6 (seis) conselheiros de administração, incluindo um membro da diretoria executiva.

Conselho de Administração: Órgão administrativo da cooperativa, composto por 11 (onze) membros, contendo uma diretoria executiva composta por 3 (três) diretores e 8 (oito) conselheiros vogais.

Cooperado: Pessoa física ou jurídica associado à cooperativa.

Coordenador Cacij: Membro efetivo da Cacij responsável pelo recebimento das denúncias.

D

Denúncia: Procedimento inicial formal, direcionado à Cacij, pelo qual qualquer pessoa poderá alegar o cometimento de infrações por cooperado específico.

Denunciado: Qualquer cooperado, pessoa física ou jurídica, que figure no polo passivo da denúncia.

Denunciante: Qualquer pessoa, física ou jurídica, que figure no polo ativo da denúncia.

E

Eliminação: Punição administrativa aplicada ao cooperado que tenha cometido infração grave (ou certa sequência de infrações de várias modalidades, previstas no Regimento Interno), consistindo na retirada de seu nome dos quadros de associados/cooperados, e proibição de continuidade de atendimento dos beneficiários da cooperativa.

F

Fase de Conciliação: Fase que antecede o Processo Administrativo Disciplinar (PAD), na qual o denunciado apresenta sua manifestação (escrita ou pessoalmente) à câmara competente para a devida apreciação e possível assinatura de Termo de Conciliação (TC).

1 Este glossário tem a finalidade de auxiliar na compreensão dos termos jurídicos e técnicos empregados no

regulamento.

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I

Impedimento: Impossibilidade de um membro participar de qualquer procedimento quando figurar como parte na denúncia, quando nela estiver postulando o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral até o segundo grau.

Instauração do PAD: Ato administrativo pelo qual a plenária, após a conclusão da audiência de conciliação, dá seguimento à denúncia, promovendo a citação do denunciado;

M

Memoriais: Documento elaborado pelo relator ao final da fase de instrução e apresentada à câmara respectiva.

P

Processo Administrativo Disciplinar (PAD): Conjunto de procedimentos que visam instrução e apreciação da denúncia.

Plenária: Reunião de 6 (seis) membros da Cacij.

Q

Quórum: Quantidade mínima obrigatória de membros presentes.

R

Recurso especial: Instrumento processual onde o denunciado apresenta os motivos pelo qual discorda da pena de eliminação.

Recurso ordinário: Instrumento processual onde o denunciado apresenta os motivos pelo qual discorda da pena proferida no PAD.

Relator: Membro da câmara responsável por coordenar os trabalhos durante a fase de conciliação e instrução do PAD.

S

Secretário: Membro efetivo do Cacij que substituirá o coordenador quando este estiver impossibilitado.

Sessão de Julgamento: Ato processual exclusivo do colegiado.

Suspeição: É a impossibilidade, por algum tipo de relação/ligação com o denunciado, de um membro da Cacij participar de qualquer procedimento de conciliação ou do PAD.

T

Termo de Conciliação (TC): Documento representativo de ato administrativo, no qual o denunciado – sem assunção de culpa – compromete-se a cumprir certas determinações concernentes/correlatas à denúncia.

Testemunha: Qualquer pessoa que possa atestar os fatos descritos na denúncia ou na defesa preliminar, desde que não haja seu impedimento ou suspeição.

Trânsito em julgado: decisão que se tornou indiscutível, não mais sujeita a recurso.

V

Voto de Qualidade: Voto decisório, quando do empate dos votos válidos, atribuído a quem de direito.

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PREÂMBULO

O presente anexo foi elaborado e aprovado por uma comissão legitimada pelo artigo 90 do Estatuto Social da Unimed Blumenau – Cooperativa de Trabalho Médico, cujos membros foram indicados pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal, Comissão Administrativa de Conciliação, Instrução e Julgamento (Cacij) e Comissão de Ética, os quais, respectivamente, são: Dr. Carlos Eduardo Sandrini de Castro, Dra. Irene Wiggers, Dr. Zadi Francisco Manoel e Dr. Clotar Egon Schroeter, sendo ratificado pelo Conselho de Administração em reunião realizada no dia 02/03/2016.

O Regimento Interno da Cacij, por meio dos poderes concedidos pelo Estatuto Social da cooperativa, foi elaborado respeitando os ditames dispostos não apenas neste, mas também no Regimento Interno da Unimed Blumenau e na legislação em vigor.

A mudança estatutária realizada em 2015 criou o Regimento Interno da cooperativa incorporando a função do Código de Conduta Administrativa e Disciplinar da Unimed Blumenau aprovado em 2006. Esta comissão fez atualizá-lo tornando o processo mais democrático com linguagem mais acessível e abrangente, observando os ditames processuais do ordenamento jurídico brasileiro.

TÍTULO I - PARTE GERAL ESTRUTURAL

CAPÍTULO I - Do Objeto

Art. 1º. Este documento é responsável por disciplinar o funcionamento da Cacij, bem como a forma de processamento das demandas analisadas por esta, provenientes da relação entre cooperado e cooperativa, nos moldes do artigo 49 do Estatuto Social.

CAPÍTULO II – Dos Membros da Comissão

Art. 2º. A Cacij é uma comissão composta exclusivamente por médicos cooperados em pleno gozo de seus direitos e deveres estatutários e regimentais, eleitos em assembleia geral, em conformidade com o disposto no Estatuto Social, tendo por função principal auxiliar o Conselho de Administração na análise e apreciação das demandas provenientes da relação entre cooperados e cooperativa, zelando pelo adequado atendimento das disposições estatutárias, regimentais e das legislações em vigor.

Parágrafo Primeiro: A Cacij será composta por 06 (seis) membros efetivos e 01 (um) suplente, com mandato de 24 (vinte e quatro) meses.

Parágrafo Segundo: Para efetivação da posse, os eleitos deverão dispor à Unimed Blumenau cópia dos seguintes documentos, os quais serão utilizados para compor os registros necessários na cooperativa:

I. Certidão de casamento (se houver) ou nascimento; II. RG e CPF; III. Comprovante de Residência; e IV. Termo de confidencialidade e imparcialidade devidamente assinado.

CAPÍTULO III - Dos Órgãos Componentes

Art. 3º. A Cacij será composta pelos seguintes órgãos: I - Câmaras; II - Plenária; e III - colegiado.

I - Das Câmaras:

Parágrafo Primeiro: Denomina-se “câmara” o órgão composto por 3 (três) membros da Cacij e responsável pela audiência de conciliação em denúncias recebidas pela plenária, bem como instrução, análise e apreciação dos PADs.

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Parágrafo Segundo: A Cacij será dividida em 2 (duas) câmaras: “câmara ‘A’” e “câmara ‘B’”.

Parágrafo Terceiro: Compreende-se por reunião de câmara aquela cujo quorum de participação for de 3 (três) membros efetivos.

Parágrafo Quarto: A composição das câmaras da Cacij, bem como a ordem de distribuição dos relatores (tanto para os processos existentes, como para os futuros) será definida na primeira reunião da Cacij, através de sorteio entre os membros efetivos.

Parágrafo Quinto: Ainda na primeira reunião, cada câmara considerará os processos ativos que estão sob sua responsabilidade, e, por ordem numérica, sorteará a ordem dos novos membros relatores, uma só vez, sendo que a partir do 4º (quarto) PAD, dar-se-á seguimento à sequência já sorteada.

II - Da Plenária

Parágrafo Primeiro: O conjunto dos membros componentes das 2 (duas) câmaras chamar-se-á “plenária”, que terá a função precípua de receber ou arquivar denúncias, homologar ou reformar a decisão das câmaras.

Parágrafo Segundo: Não poderá haver reunião válida sem que haja, no mínimo, a presença de 6 (seis) membros. Na ausência de um dos membros efetivos o suplente participará da reunião, inclusive com direito a voto.

III - Do Colegiado

Parágrafo Primeiro: O conjunto dos membros componentes da plenária, somados a 6 (seis) membros do Conselho de Administração (incluindo, necessariamente, pelo menos um membro da diretoria executiva) terá a denominação de “colegiado”.

Parágrafo Segundo: A função do colegiado é, principalmente, apreciar e julgar recursos ordinários quando o Conselho de Administração decidir por não manter a decisão da plenária.

Parágrafo Terceiro: Em caso de empate o voto de qualidade será do diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto.

Parágrafo Quarto: Nenhuma reunião colegiada poderá deliberar sobre o PAD sem a presença do relator que o instruiu.

TÍTULO II - DAS DIRETRIZES PARA OS ATOS DA COMISSÃO E SEUS MEMBROS

CAPÍTULO I – Dos Primeiros Atos e das Reuniões

Art. 4º. A Cacij se reunirá ordinariamente 1 (uma) vez por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário.

Art. 5º. Em sua primeira reunião, os médicos eleitos escolherão, dentre seus membros efetivos, por aclamação ou eleição por voto aberto, um “coordenador” e um “secretário”.

Parágrafo Primeiro: Na ausência do coordenador o secretário poderá substituí-lo.

Parágrafo Segundo: O mandato do coordenador será de 6 (seis) meses, podendo ser renovado por igual período, uma única vez.

Art. 6º. A ausência de qualquer dos membros da Cacij por ano a 2 (duas) reuniões consecutivas ou a 3 (três) alternadas, sem justificativa válida acarretará o desligamento do mesmo, o qual será substituído pelo suplente e, este último, pelo cooperado mais votado na assembleia geral em que se processou a eleição do faltoso.

Parágrafo Primeiro: Para fins do parágrafo antecedente, as ausências deverão ser devidamente justificadas perante o coordenador da Cacij, por escrito, em até 3 (três)

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dias após a realização da reunião, cabendo aos demais membros decidirem pela procedência ou não da mesma.

Parágrafo Segundo: As justificativas serão válidas quando motivadas por viagens, saúde do cooperado ou de seus familiares e óbitos de pessoas com até o 3º (terceiro) grau de parentesco.

Parágrafo Terceiro: Os afastamentos previstos no Regimento Interno da Unimed Blumenau não justificam as ausências nas reuniões que ocorrerem durante o seu mandato.

Art. 7º. Todas as deliberações serão tomadas por maioria simples de votos (metade mais um).

Parágrafo Único: Ocorrendo o empate o voto de qualidade será do relator que instruiu o processo; na ausência de PAD, o voto de qualidade será do coordenador; e em sede de recurso ordinário, do diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto, conforme previsto no Estatuto Social.

CAPÍTULO II - Dos Deveres dos Membros

Art. 8º. É dever de todo membro da Cacij, além daqueles previstos em Lei e no Estatuto Social:

I. Participar do treinamento organizado pela diretoria executiva da Unimed Blumenau no início do seu mandato;

II. Comparecer às reuniões da Cacij preparado, com prévia análise dos documentos postos à disposição, e delas participar ativa e diligentemente;

III. Manter sigilo sobre todas as informações e PADs dos quais tiver acesso em razão do exercício do cargo, bem como, exigir o mesmo tratamento sigiloso dos profissionais que lhe prestarem assessoria, sob pena de responderem pelo ato ímprobo praticado;

IV. Abster-se de intervir, responder ou agir isoladamente em nome da Cacij sobre temas ou matérias que não foram avaliadas de forma colegiada, salvo mediante aprovação prévia e específica; e

V. Declarar-se previamente impedido e/ou suspeito em qualquer ato ou a qualquer tempo.

Parágrafo Primeiro: Considera-se “impedido” o membro que figurar como parte na denúncia, quando nela estiver postulando o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral até o segundo grau.

Parágrafo Segundo: Considera-se o membro “suspeito” quando: a) for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; b) alguma das partes for credora ou devedora do membro da comissão, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; e c) interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.

TÍTULO III – DOS PROCEDIMENTOS PRELIMINARES AO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)

CAPÍTULO I – Da Formalização, Recebimento e Processamento da Denúncia

Art. 9º. As denúncias poderão ser realizadas por qualquer pessoa, entretanto, somente será admitida quando apresentada por escrito e devidamente identificada, e, sempre que possível, indicando as provas dos fatos expostos.

Art. 10. Todas as denúncias serão encaminhadas ao coordenador da Cacij, ao qual caberá opinar - no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento -, em breve relatório, indicando se há indícios de infração, bem como elaborar projeto de TC (se for o caso) e submetê-lo à deliberação da plenária.

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Parágrafo Único: É permitido ao coordenador o contato preliminar com o denunciado - pessoalmente ou através de ligação telefônica -, no intuito de melhor redigir o relatório à plenária.

Art. 11. A plenária avaliará se há indícios de infração e poderá decidir pelo arquivamento ou pelo recebimento da denúncia.

Art. 12. O arquivamento da denúncia será comunicado ao denunciante, por escrito, dentro de um prazo de 15 (quinze) dias a contar da decisão.

Art. 13. Se recebida a denúncia pela Cacij, a mesma será encaminhada a uma das câmaras.

Art. 14. O relator da câmara que receber a denuncia será responsável por dirigir os trabalhos.

Art. 15. Quando o coordenador da Cacij for impedido ou suspeito em relação à denúncia recebida caberá ao secretário substituí-lo.

Art. 16. A qualquer tempo a Cacij poderá encaminhar a denúncia a outras comissões ou conselhos fiscalizadores, sem prejuízo da regular instauração do PAD, no tocante a constatação de indícios de infrações administrativas.

Art. 17. Antes da instauração do PAD a Cacij buscará, sempre que possível, a conciliação com o denunciado.

CAPÍTULO II - Da Fase de Conciliação

Art. 18. A plenária, quando decidir por receber a denúncia, autorizará tacitamente a câmara competente, por meio de seu relator, a convidar o denunciado a manifestar-se sobre a denúncia (pessoalmente ou por escrito) através de correspondência com aviso de recebimento em mãos próprias (AR/MP) ou por qualquer outro meio que comprove sua ciência com antecedência mínima de 15 (quinze) dias.

Parágrafo Único: O convite apresentará, resumidamente, os fatos da denúncia bem como a data limite para que o denunciado apresente manifestação prévia por escrito, ou, se for o caso, a data, local e horário da reunião para comparecimento.

Art. 19. Os atos praticados na fase de conciliação serão redigidos formalmente em documento próprio e acostados à denúncia.

Art. 20. Havendo manifestação ou comparecimento do denunciado caberá à câmara, através de seu relator, explicar o funcionamento da Cacij, como também conduzir os trabalhos a seguir.

Art. 21. Quando convidado pela câmara, em fase de conciliação, o denunciado não queira comparecer, mas apresente, tempestivamente, resposta por escrito, a câmara apreciará as alegações em reunião e poderá proceder à abertura do PAD, arquivar a denúncia ou propor TC.

Art. 22. Após a fase de conciliação a câmara decidirá pelo arquivamento, propositura de TC ou instauração de PAD.

Parágrafo Único: Caso a câmara decida, ao final da fase de conciliação, por instaurar o PAD, poderá realizar no mesmo ato a citação do denunciado, disponibilizando-lhe a cópia da denúncia enviada à Cacij.

CAPÍTULO III – Do Arquivamento da Denúncia

Art. 23. O arquivamento da denúncia ocorrerá quando não forem identificados indícios de infração praticada pelo denunciado.

Parágrafo Primeiro: A qualquer tempo, mediante novas informações, poderá a plenária decidir pelo desarquivamento de qualquer das denúncias arquivadas nos últimos 3 (três) anos.

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Parágrafo Segundo: Poderá o Conselho de Administração determinar o desarquivamento de qualquer denúncia, instaurando o respectivo PAD, visando o efetivo cumprimento das normas estatutárias, regimentais e da legislação em vigor.

Parágrafo Terceiro: Em se tratando de denúncia formulada em face de um dos membros da Cacij seu arquivamento ficará condicionado à aprovação do Conselho de Administração.

Art. 24. A Cacij deverá a cada 6 (seis) meses enviar relatório ao Conselho de Administração informando todos os arquivamentos de denúncias realizadas naquele período.

CAPÍTULO IV – Do Termo de Conciliação (TC)

Art. 25. Em qualquer momento da fase de conciliação poderá a câmara competente propor o TC. Neste caso, o denunciado terá o prazo de 7 (sete) dias para assiná-lo a partir da proposta, bem como será informado de que a não assinatura ocasionará a instauração do PAD.

Parágrafo Único: Caso o denunciado não formalize o TC a tempo ou não o cumpra, proceder-se-á a abertura do PAD, observadas as formalidades deste regimento.

Art. 26. A propositura do TC ocorrerá apenas quando o denunciado não for reincidente na infração imputada, nos últimos 3 (três) anos, a contar da data do recebimento da denúncia.

Art. 27. Após a formalização do TC não caberá recurso.

Art. 28. A assinatura do TC significará a formalização de acordo sem que o denunciado assuma a culpa, ou, que de fato tenha cometido a infração, servindo este apenas de instrumento de conciliação entre o cooperado e a cooperativa.

Art. 29. O denunciado durante o PAD poderá requerer espontaneamente o TC desde que o faça até a apresentação de suas alegações finais, fato que interromperá o PAD na fase em que se encontrar.

Parágrafo Único: O pedido não implicará em aceitação, podendo a plenária decidir pela continuidade do processo. No entanto, em se tratando de reincidência nos últimos 3 (três) anos, a contar da data do recebimento da denúncia, tal prerrogativa não será concedida ao denunciado.

TÍTULO IV – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)

Art. 30. O PAD será devidamente instruído visando buscar a verdade dos fatos, oportunizando o contraditório e a ampla defesa.

Art. 31. O PAD é o rito procedimental pelo qual será processado e julgado o cooperado da Unimed Blumenau em decorrência de denúncia contra ele formulada e admitida pela plenária.

Art. 32. O PAD será autuado e devidamente identificado, no qual serão arquivados em ordem cronológica e numerados todos os documentos referentes ao caso.

Parágrafo Único: A cooperativa poderá usar em eventuais ações judiciais documentos e informações que estiverem sob a guarda da Cacij, podendo o cooperado utilizar os documentos relativos a sua pessoa, observado o sigilo legal de eventuais documentos que instruam o PAD.

CAPÍTULO I - Da Instrução pelas Câmaras

Art. 33. O PAD será instruído pela mesma câmara e relator da fase de conciliação ficando esse responsável por dirigir os trabalhos.

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Art. 34. A Cacij, através do relator do processo, promoverá a citação do denunciado, encaminhando através de correspondência ou entregando pessoalmente ao mesmo, uma cópia da denúncia, a fim de que este apresente defesa escrita no prazo máximo e impreterível de 30 (trinta) dias, a contar da data do recebimento.

Parágrafo Primeiro: A citação será realizada de modo que comprove a data de seu recebimento através de AR/MP.

Parágrafo Segundo: Na recusa do recebimento da citação devidamente comprovada será o denunciado considerado citado e, os fatos afirmados na denúncia serão tratados como verdadeiros.

Parágrafo Terceiro: Na citação estará expressa que a ausência de resposta por escrito, dentro do prazo previsto neste artigo, implicará na aceitação dos fatos afirmados na denúncia como verdadeiros.

Parágrafo Quarto: A defesa apresentada fora do prazo acima estabelecido será considerada intempestiva e devidamente rejeitada.

Parágrafo Quinto: Transcorrido o prazo estabelecido neste artigo, mesmo que o denunciado não tenha apresentado a respectiva defesa, o relator, com base nos fatos narrados na denúncia e/ou audiência de conciliação, bem como em eventuais documentos acostados aos autos do processo, promoverá a investigação dos fatos, determinando as diligências que entender necessária com a finalidade de instruir o processo.

Parágrafo Sexto: Na apresentação da defesa escrita, deverá o denunciado expor os fatos, fundamentos de direito e pedidos que entender pertinentes, o rol de testemunhas - limitado a 3 (três) pessoas - bem como requerer e especificar as demais provas que pretende apresentar.

Parágrafo Sétimo: As despesas relativas às provas correrão por conta daquele que as solicitou, sendo incabível, em qualquer hipótese, o seu reembolso pela cooperativa.

Art. 35. A parte interessada poderá arguir a suspeição de membros da Cacij na primeira oportunidade em que lhe couber, situação em que o coordenador da comissão avaliará o pedido no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo Único: O coordenador, identificando a existência de motivos que configurem a suspeição, remeterá o processo à outra câmara para que esta possa dar continuidade à instrução processual.

Art. 36. Instaurado o PAD, o mesmo não poderá ser arquivado por desistência das partes, exceto pelo óbito do denunciado, quando então será extinto o feito com a juntada do documento correspondente.

Art. 37. Na condução do processo, após analisadas as questões preliminares, o relator promoverá a tomada de depoimentos, acareações e investigações, objetivando a coleta de provas, bem como determinará a execução dos demais atos que julgar necessário, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 38. As partes serão intimadas com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para tomada de depoimentos, cientes que serão de sua responsabilidade o comparecimento das testemunhas arroladas.

Art. 39. A audiência de instrução seguirá os regramentos:

I. O denunciante, o denunciado, as testemunhas e demais pessoas, cujo depoimento seja requerido pelo relator, ou pelas partes, serão qualificados, e, depois de cientificados da denúncia, inquiridos sobre as circunstâncias dos fatos e as provas que possam indicar;

II. Os depoimentos serão reduzidos a termo e assinados pelos depoentes, pelo relator e demais membros presentes;

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III. As perguntas das partes ou de seus procuradores serão formuladas ao relator, que, por sua vez, as formulará ao depoente;

IV. Se houver mais de um denunciado ou denunciante, cada um será ouvido individualmente;

V. Serão consignadas as perguntas que o(s) depoente(s) deixar(em) de responder, juntamente com as razões de sua abstenção, se houver;

VI. Serão recusadas, pelo relator, as perguntas que não tiverem estrita relação com o processo, ou importarem em repetição de outra(s) já respondida(s);

VII. As partes ou seus advogados não poderão intervir ou influir de qualquer modo nas respostas dos depoentes, sendo-lhes facultado apresentar perguntas apenas por intermédio do relator;

VIII. Sempre que houver configuração da suspeição ou impedimento da testemunha, esta poderá ser ouvida apenas como informante, a critério do relator;

IX. O relator poderá ouvir outras testemunhas, além das arroladas pelas partes. X. O relator não permitirá que as testemunhas manifestem suas apreciações

pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato; XI. A acareação será admitida entre denunciante(s), denunciado(s) e testemunha(s),

sempre que suas declarações divergirem sobre fatos ou circunstâncias relevantes.

Art. 40. Concluídas as tomadas de depoimento, as partes serão intimadas para, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentarem, suas respectivas considerações finais por escrito ao relator.

Parágrafo Único: Apresentadas as alegações finais no PAD não poderá o denunciado requerer a formalização de TC.

Art. 41. Instruído o processo, apreciada a defesa, as alegações finais, bem como os demais elementos probatórios que compõe o processo, o relator apresentará memorial opinando pela existência ou não da conduta infrativa.

Art. 42. O memorial será apresentado à câmara respectiva, que terá o prazo de 60 (sessenta) dias para elaborar o relatório conclusivo à plenária, apontando a existência ou não de conduta infrativa.

Parágrafo Primeiro: Quando existir conduta infrativa o relatório conclusivo indicará a prática constatada, as fundamentações, bem como a pena recomendada.

Parágrafo Segundo: Feitas estas deliberações o PAD será submetido à apreciação da plenária para decisão.

CAPÍTULO II – Da Decisão pela Plenária

Art. 43. Tendo o denunciado requerido a formalização do TC até as alegações finais caberá à plenária opinar por sua aceitação.

Art. 44. Caberá à plenária – no prazo de 30 (trinta) dias - ratificar o relatório da câmara competente ou, em não havendo ratificação, proferir decisão indicando, se houver, a(s) infração(ões) cometidas, bem como a pena a ser executada.

Parágrafo Único: Proferida a ratificação/decisão, o relator comunicará o denunciado no prazo máximo de 30 (trinta) dias para, se quiser, apresentar recurso ordinário.

Art. 45. Caso não haja recurso ordinário, após transitado em julgado, o relator do PAD encaminhará o processo para execução da pena pela diretoria executiva.

TÍTULO V - DOS RECURSOS E SEUS JULGAMENTOS

Art. 46. Caberá recurso ordinário ao Conselho de Administração sobre qualquer decisão da plenária da Cacij.

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Art. 47. Caberá recurso especial, como última instância, apenas quando a punição proveniente do PAD ao denunciado for de eliminação a qual será mantida, ou não, pela primeira assembleia geral extraordinária da Unimed Blumenau a ser realizada.

Art. 48. O prazo para apresentação dos recursos é de 30 (trinta) dias do recebimento da decisão respectiva, sob pena de não o fazendo, transitar em julgado a decisão.

Parágrafo Primeiro: Os recursos previstos neste artigo terão efeito suspensivo.

Parágrafo Segundo: O recurso apresentado fora do prazo estabelecido neste artigo será considerado intempestivo e devidamente rejeitado.

CAPÍTULO I - Do Recurso Ordinário e seu Julgamento

Art. 49. O recurso ordinário deverá ser dirigido ao relator do PAD conforme as regras especificadas neste Título V, que encaminhará ao Conselho de Administração.

Art. 50. O Conselho de Administração, em reunião ordinária fará a leitura do recurso e, por maioria simples, manterá a decisão proferida ou deliberará pela instauração do colegiado, o qual avaliará a procedência ou não do recurso no prazo de 60 (sessenta dias).

Parágrafo Único: No caso de manutenção da decisão já proferida o relator do PAD será comunicado, que por sua vez, informará o Recorrente e, após transitado em julgado, a diretoria executará a pena conforme previsto neste regimento.

Art. 51. Na mesma reunião que decidir pela instauração do colegiado serão sorteados 5 (cinco) membros do Conselho de Administração, além do diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto.

Art. 52. Havendo empate, o voto de qualidade será do diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto.

Art. 53. Concluído o julgamento será proclamado o resultado que constará em ata específica.

CAPÍTULO II – Da Análise e Julgamento pelo Colegiado

Art. 54. A reunião colegiada será convocada somente quando o Conselho de Administração não mantiver a decisão recorrida proferida pela plenária.

Art. 55. A reunião colegiada será presidida pelo diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto e a decisão será tomada por maioria simples de votos.

Parágrafo Único: Todos os membros presentes terão direito a 1 (um) voto, cabendo ao membro da diretoria executiva ou seu substituto, o voto de qualidade.

Art. 56. Competirá ao diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto as seguintes atribuições:

I. Comunicar todos os membros do colegiado, informando a data e a hora da sessão de julgamento, bem como disponibilizar o processo para acesso dos mesmos;

II. Coordenar a reunião colegiada que seguirá as seguintes fases: a. Aberta a sessão de julgamento, o diretor-presidente da cooperativa ou seu

substituto, determinará a entrada na sessão do denunciado com seu respectivo advogado, se presente e regularmente constituído;

b. Iniciará com a leitura do relatório da Cacij; c. Sucessivamente, dará a palavra por 20 (vinte) minutos, improrrogáveis, ao

denunciado ou ao seu advogado, para oralmente sustentar a defesa; d. Finda a sustentação oral, será permitido aos demais membros do colegiado

solicitarem esclarecimentos ao relator, ou ao denunciado; e. Encerrados os esclarecimentos, o denunciado, a seu critério, poderá

permanecer no recinto;

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f. O diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto emitirá seu voto e perguntará aos presentes se existe voto divergente deste. Caso haja, o mesmo poderá ser sustentado por aquele que o manifestou e imediatamente colocado em votação;

g. A maioria simples dos votos indicará o resultado.

Art. 57. Proferida a decisão, o colegiado por meio do diretor-presidente da cooperativa ou seu substituto comunicará ao denunciado, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, o conteúdo da decisão.

Parágrafo Único: Nos casos de decisão punitiva a comunicação prevista neste artigo indicará a pena aplicada, bem como o prazo destinado a apresentação de recurso para os casos de eliminação.

CAPÍTULO III - Do Recurso Especial e Seu Julgamento

Art. 58. O recurso especial será dirigido ao Conselho de Administração da Unimed Blumenau que deverá convocar assembleia geral específica para esse fim ou inserir na pauta da próxima assembleia geral extraordinária.

Art. 59. As partes serão intimadas da realização da assembleia geral com a antecedência mínima de 10 (dez) dias.

Parágrafo Único: O denunciado não está obrigado a comparecer na assembleia ou se fazer representar por advogado.

Art. 60. Quando da publicação do edital de convocação da assembleia geral para preservar a privacidade do denunciado o processo será identificado pela intitulação do seguinte tema: “Recurso especial de cooperado em processo administrativo disciplinar”.

Art. 61. O procedimento para o julgamento da assembleia geral atenderá as seguintes normas:

I. O relator iniciará a leitura da denúncia, dos fatos e da decisão, contendo o tempo máximo de 15 (quinze) minutos.

II. Em seguida, é dada a palavra ao denunciado ou seu procurador para defesa oral pelo tempo máximo de 15 (quinze) minutos.

III. Após manifestação do denunciado ou seu procurador, será concedido o tempo sucessivo de 5 (cinco) minutos, para que as partes procedam alegações finais.

Parágrafo Único: Concluída a sustentação oral pelas partes, o diretor-presidente da cooperativa dará prosseguimento ao julgamento colocando a matéria em votação.

Art. 62. As perguntas à assembleia serão em relação à culpabilidade, se houve ou não infração administrativa, a qual seguirá a punibilidade já definida pelo colegiado.

Art. 63. A votação poderá ser por meio eletrônico ou a descoberto, devendo o diretor-presidente da cooperativa solicitar que se levantem os contrários à adoção da medida disciplinar por entenderem que não houve infração ao Estatuto Social, regimento interno e a legislação em vigor.

Art. 64. A decisão assemblear será tomada pela maioria simples de votos (metade mais um).

Art. 65. É permitido ao denunciado no momento da votação retirar-se do local, bem como, indicar 1 (um) cooperado de sua confiança presente na assembleia para zelar e fiscalizar a regularidade da apuração.

Art. 66. A decisão adotada pela assembleia geral faz coisa julgada no momento do encerramento da mesma. Não havendo recurso administrativo em face desta decisão.

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TÍTULO VI – DOS PRAZOS E ATOS PROCESSUAIS

Art. 67. Quando quaisquer prazos deste regimento tiver seu final em dia não útil (sábado, domingo ou feriados oficiais), este será prorrogado para o primeiro dia útil subsequente.

Art. 68. Os horários para cumprimento dos prazos serão os de funcionamento da cooperativa – das 8 h às 18 h, de segunda à sexta-feira.

Art. 69. Para a contagem do prazo, exclui-se o dia de seu início e inclui o dia final, encerrando-se às 18 h.

Art. 70. Os prazos contarão obrigatoriamente no primeiro dia útil subsequente da data do recebimento das citações, notificações, intimações ou correspondências.

Art. 71. Todos os protocolos realizados fora do prazo e horário estabelecido nesta norma serão desconsiderados, não cabendo qualquer recurso.

Art. 72. As intimações e decisões serão realizadas à pessoa do denunciado mesmo quando representado por advogado e nos casos de pessoa jurídica ao seu diretor técnico.

Art. 73. A punibilidade por falta administrativa prevista neste regimento, ou, em outros atos normativos da cooperativa, prescreve em 5 (cinco) anos, contados a partir da data do conhecimento comprovado do fato pelo denunciante.

Art. 74. São causas de interrupção de prazo prescricional:

I. A citação do denunciado. II. A apresentação de defesa prévia no PAD.

Art. 75. O PAD paralisado há mais de 3 (três) anos, pendente de despacho ou julgamento, poderá ser arquivado ex-officio, ou, sob requerimento da parte interessada.

Art. 76. Deferida medida judicial de suspensão do PAD, o prazo prescricional ficará suspenso até a revogação da medida respectiva, quando então o prazo voltará a fluir.

TÍTULO VII - DAS NULIDADES

Art. 77. Nenhum ato será declarado nulo se dele não resultar prejuízo para as partes.

Art. 78. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que tenha dado causa.

Art. 79. Não será declarada nulidade de ato processual que não houver influído na decisão da causa.

Art. 80. As nulidades consideram-se sanadas:

I. Se não forem arguidas em tempo oportuno; II. Se, praticado por outra forma, o ato atingir sua finalidade; III. Se a parte, ainda que tacitamente, aceitar seus efeitos.

Art. 81. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos sob pena de preclusão.

TÍTULO VIII - DAS PENALIDADES

Art. 82. As penas previstas para o denunciado julgado culpado são as seguintes:

I. Advertência sigilosa; II. Multa penal correspondente a 60 (sessenta) consultas; III. Multa penal correspondente a 120 (cento e vinte) consultas; IV. Suspensão de 30 (trinta) dias, aduzidas de multa correspondente a 180 (cento e

oitenta) consultas; V. Eliminação do quadro de cooperados da Unimed Blumenau.

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Parágrafo Primeiro: Para definição da multa penal, será considerado como base de cálculo o valor consulta eletiva paga pela Unimed Blumenau na época da aplicação da pena.

Parágrafo Segundo: Ao cooperado que for imputadas as penas tipificadas nos incisos deste artigo, especificamente quanto à eliminação e suspensão não poderá atender, sob qualquer hipótese, beneficiários da Unimed Blumenau ou do Sistema Nacional Unimed através do plano de assistência à saúde, tendo em vista a suspensão ou perda do vínculo com a cooperativa. Ocorrendo atendimento, o cooperado não terá direito aos valores correspondentes ao serviço realizado, bem como poderá responder por perdas e danos. Parágrafo Terceiro: O cooperado suspenso ou eliminado ficará responsável por comunicar à Unimed Blumenau todos os seus pacientes que estejam, naquele momento, em tratamento continuado, pré-natal, pré-operatório ou que necessitem de atenção especial. Nesta situação o cooperado, desde que devidamente requisitado pelo beneficiário, disponibilizará as informações necessárias e a Unimed Blumenau assegurará a continuidade do tratamento através de outro profissional.

Art. 83. A aplicação das penas obedecerá a seguinte regra de graduação:

I. A advertência sigilosa somente será aplicada nas infrações leves sem agravante. II. A multa penal correspondente a 60 (sessenta) consultas somente será aplicada

nas infrações leves com no máximo 1 (uma) agravante. III. A multa penal correspondente a 120 (cento e vinte) consultas somente será

aplicada: a. Nas infrações leves com 2 (duas) agravantes. b. Nas infrações moderadas sem agravante.

IV. A Suspensão por 30 (trinta) dias aduzida de multa penal correspondente a 180 (cento e oitenta) consultas somente será aplicada: a. Nas infrações leves quando houver 3 (três) ou 4 (quatro) agravantes. b. Nas infrações moderadas com 1 (uma) agravante.

V. A Eliminação do quadro de cooperados da Unimed Blumenau será aplicada: a. Nas infrações leves quando houver 5 (cinco) ou mais agravantes. b. Nas infrações moderadas quando houver 2 (duas) ou mais agravantes. c. Nas infrações graves.

Art. 84. São circunstâncias que agravam a pena:

I. Reincidência. II. Requerer o TC, e, por inércia, não assiná-lo no prazo determinado. III. Cometer a infração mediante simulação ou outro recurso que tenha dificultado

a apuração quanto ao cometimento da infração. IV. Abusar de sua autoridade ou prevalecer de função de direção e ou chefia de

empresa ou instituição prestadoras de serviços médicos e ou hospitalares. V. Promover, ou organizar o cometimento da infração com o concurso de demais

agentes, dentre estes: cooperados, prestadores de serviços, funcionários, terceirizados ou beneficiários.

VI. Coagir ou induzir outrem à execução da infração. VII. Instigar ou determinar alguém sujeito à sua autoridade a cometer infração. VIII. Concorrer de alguma forma para dificultar a instrução do PAD. IX. Pagar e/ou receber comissões relacionadas a condutas infrativas.

Parágrafo Único: Para fins de aplicação da pena a reincidência será considerada:

I. Quando o denunciado formalizou TC pela suposta prática de infração igual a da nova denúncia nos últimos 3 (três) anos;

II. Quando o denunciado tiver sido apenado em PAD anterior dentro de um período de 5 (cinco) anos; e

III. Uma agravante para cada infração com a mesma tipificação.

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CAPÍTULO I – Do Concurso de Infrações

Art. 85. Quando o denunciado, mediante ação ou omissão, pratica duas ou mais infrações, idênticas ou não, aplicam-se cumulativamente as penas em que haja incorrido.

CAPÍTULO II - Da Execução da Pena

Art. 86. Transitada em julgado, a decisão será anotada no livro de matrícula do denunciado.

Art. 87. A punição será aplicada pela diretoria executiva, podendo exigir o seu cumprimento a contar do 1º (primeiro) dia após o trânsito em julgado da decisão administrativa condenatória.

Art. 88. A execução da pena fixada tem um prazo máximo de 3 (três) meses para ser iniciada.

Parágrafo Primeiro: Deferida medida judicial de suspensão do cumprimento da pena o prazo acima ficará suspenso até a revogação da medida respectiva, quando então o prazo voltará a fluir.

Parágrafo Segundo: A multa penal poderá, a critério da cooperativa, ser descontada da produção do cooperado.

Parágrafo Terceiro: A imputação da multa penal não desobriga o cooperado ao pagamento de qualquer indenização que porventura seja necessária à reparação de seus atos perante a cooperativa.

CAPÍTULO III - Do Registro da Pena

Art. 89. A penalidade aplicada e os motivos que a originaram serão anotados no livro de matrícula em que o denunciado estiver inscrito na Unimed Blumenau.

Parágrafo Primeiro: A Cacij manterá um prontuário histórico onde arquivará as denúncias apresentadas contra seus cooperados, os processos administrativos, constando as infrações cometidas e penalidades aplicadas.

Parágrafo Segundo: Cada cooperado, mediante solicitação prévia ao coordenador da Cacij, terá direito de consultar seu prontuário na sede.

TÍTULO IX - DAS INFRAÇÕES

CAPÍTULO I - Das Infrações Administrativas Disciplinares

Art. 90. Dentre outras, comete infrações administrativas disciplinares de natureza leve o cooperado que:

I. Eleito, infringir norma do Regimento Interno ao qual está subordinado; II. Descumprir, quando vigente, quaisquer das condições de prestação de serviços

estabelecidas no Termo de Cooperativação; III. Autogerar exames sem a devida indicação clínica, ou, antes de avaliar/examinar

o beneficiário, ou ainda, sem que este tenha sido cientificado da necessidade e tenha autorizado o procedimento indicado;

IV. Solicitar exames e/ou procedimentos de forma indiscriminada. A constatação se dará mediante perícia fundamentada em parecer de médico da mesma especialidade;

V. Cobrar por ato não realizado; VI. Cobrar por código diverso daquele efetivamente praticado; VII. Cobrar códigos concorrentes quando um for parte integrante de outro, a exemplo

das vias de acesso; VIII. Solicitar exames para trabalhos científicos através da Unimed;

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IX. Deixar de cumprir os contratos celebrados pela cooperativa com os contratantes de planos de saúde, ainda que através do sistema de intercâmbio Unimed;

X. Esteja exercendo cargo de Direção Técnica em instituição cooperada ou contratada da cooperativa e permita que médico não cooperado atenda os beneficiários do Sistema Nacional Unimed, ressalvado os casos comprovadamente caracterizados como urgência e emergência;

XI. Violar as normas fixadas pela cooperativa para procedimentos médicos, de diagnósticos ou terapêuticos;

XII. Manter-se inadimplente com a cooperativa após ter sido regularmente notificado para efetuar o cumprimento das obrigações pendentes;

XIII. Promover qualquer ato que prejudique a imagem da cooperativa, de seus administradores, funcionários e cooperados;

XIV. Atender ou assinar por serviços em especialidade médica que não esteja habilitado na cooperativa, considerando para tal as condições estabelecidas no Termo de Cooperativação;

XV. Deixar de emitir laudo ou relatório, bem como documentação relacionada aos exames de diagnóstico;

XVI. Exercer atividade profissional médica quando este possuir afastamento concedido pela Unimed Blumenau, nos moldes regimentais e estatutário, bem como ultrapassar o período de afastamento concedido;

XVII. Enviar produção realizada em local diverso do informado e habilitado junto à cooperativa;

XVIII. Desviar da prática de seus pares de especialidade transgredindo parâmetros de conduta desta, bem como dos normativos médicos vigentes;

XIX. Favorecer qualquer cooperado em razão de sua função na cooperativa, em prejuízo desta;

XX. Não preencher deliberadamente da forma correta as solicitações de serviços médicos apresentadas à cooperativa;

XXI. Permitir na condição de responsável técnico que médico não cooperado à Unimed Blumenau seja sócio de pessoa jurídica Cooperada;

XXII. Dificultar atendimento ou atender de forma diversa dos demais pacientes os beneficiários do Sistema Nacional Unimed, inclusive quanto à disponibilidade de agenda;

XXIII. Não ressarcir a cooperativa, quando for seu dever, nos moldes previstos no Estatuto Social ou Regimento Interno;

XXIV. Não emitir, quando solicitado em até 180 (cento e oitenta) dias após o procedimento ou cobrar por sua emissão, relatórios/atestados referentes aos procedimentos/exames realizados pelo cooperado aos beneficiários do Sistema Nacional Unimed, sempre que estes solicitarem;

XXV. Retirar das dependências da cooperativa qualquer documento sem prévia autorização;

XXVI. Não disponibilizar os dados assistenciais dos atendimentos prestados aos beneficiários quando solicitados pela cooperativa, ou, ANS, respeitado o sigilo médico/paciente de acordo com a legislação específica;

XXVII. Não atualizar anualmente ou quando solicitado pela cooperativa os documentos exigidos pelo Estatuto Social e Regimento Interno;

XXVIII. Não cumprir as obrigações decorrentes da legislação dos órgãos fiscalizadores, higiene, manutenção de equipamentos e utensílios usados na sua prestação dos serviços;

XXIX. Quando afastado da cooperativa, não identificar formalmente todos os beneficiários que estejam naquele momento em tratamento continuado, pré-natal, pré-operatório ou que necessitem de continuidade no atendimento;

XXX. Utilizar ou permitir que seus funcionários ou terceiros usem beneficiários da cooperativa para fins de aprendizado acadêmico, sem prévio consentimento de ambos e desde que previamente autorizado pela cooperativa; e

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XXXI. Não priorizar os atendimentos de urgência/emergência, assim como idosos com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade, gestantes, lactantes e crianças até 5 (cinco) anos de idade.

Art. 91. Dentre outras, comete infrações administrativas e disciplinares de natureza moderada o cooperado que:

I. Atender paciente com carteira de usuários de planos de saúde da Unimed Blumenau ou do Sistema Nacional Unimed fornecida por terceiros;

II. Cobrar dos beneficiários do Sistema Nacional Unimed por atos, honorários e serviços médicos que estejam contemplados no rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS, mesmo que de forma parcial;

III. Cobrar por materiais ou medicamentos não utilizados; IV. Falsificar a assinatura do beneficiário; V. Submeter os beneficiários da Unimed a procedimentos desnecessários ou

experimentais; VI. Incluir na cooperativa filial que de fato não seja uma extensão da matriz da

pessoa jurídica cooperada; VII. Receber comissão por materiais e ou medicamentos utilizados, ou, ainda por

exames diagnósticos solicitados. Nos mesmos termos incide o cooperado que oferece ou paga comissão;

VIII. Condicionar o atendimento à mudança de acomodação hospitalar superior à contratada pelo beneficiário;

IX. Exercer quaisquer atividades consideradas prejudiciais à cooperativa ou que colida com os seus objetivos, definidos no Estatuto Social e normatizados no Regimento Interno;

X. Prescrever materiais implantáveis, órteses, próteses e medicamentos de forma contrária à Resolução do CFM n° 1.956/2010, ou a que vir substituí-la e, ao rol de procedimentos previstos nas resoluções da ANS.

Art. 92. Dentre outras, comete infrações administrativas e disciplinares de natureza grave o cooperado que:

I. Deixar de atender aos requisitos estatutários e regimentais de ingresso e/ou permanência na cooperativa;

II. Praticar, contra a cooperativa ou contra seus beneficiários, qualquer ato criminoso mediante reconhecimento judicial transitado em julgado;

III. Permanecer sem renda por prestação de serviços, não gerando produção mínima exigida pelo Estatuto Social.

IV. Cooperado pessoa jurídica manter por mais de 12 (doze) meses médico não cooperado à Unimed Blumenau como seu sócio;

V. Não pagar pelas perdas apuradas em balanço na proporção das operações que houver realizado com a cooperativa, se o fundo de reserva não for suficiente para cobri-las.

Parágrafo Único: A simples tentativa de cometimento das infrações descritas no Título IX, se provada, será considerada como se consumada fosse, aplicando-se a mesma pena para ambas as situações (forma tentada e forma consumada).

TÍTULO X – DA VIGÊNCIA, DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 93. A qualquer momento os membros da Cacij e do Conselho de Administração, poderão reportar-se também aos médicos auditores, peritos, técnicos, advogado e demais profissionais da Unimed Blumenau a fim de obter as informações que entenderem necessárias ao bom funcionamento dos trabalhos da comissão.

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Art. 94. A cada 6 (seis) meses, a contar da vigência deste regimento, o coordenador da Cacij encaminhará ao Conselho de Administração da Unimed Blumenau um relatório circunstanciado de todas as atividades desenvolvidas pela comissão no período anterior.

Parágrafo Único: Os documentos e relatórios submetidos às pessoas acima indicadas, bem como aos membros da Cacij, devem ser recebidos, analisados e processados em caráter sigiloso.

Art. 95. Nenhuma disposição desse regimento deverá ser interpretada contrária ao disposto no Estatuto Social.

Art. 96. Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho de Administração da Unimed Blumenau.

Art. 97. Este regramento, com redação aprovada nos moldes do artigo 90 do Estatuto Social vigente, entra em vigor 15 (quinze) dias após a assinatura, inclusive para as denúncias e processos já em curso.

Art. 98. O presente regimento revoga qualquer norma ou ato normativo anterior a esta data, que lhe sejam contrários, sendo que, na dúvida, aplica-se o presente regimento.

Art. 99. A comissão de elaboração dos regimentos internos poderá, a qualquer tempo, ser novamente composta, nos termos definidos no Estatuto Social da Unimed Blumenau, para atualização do texto.

Art. 100. O Regimento Interno da Cacij será enviado de forma eletrônica a todos os cooperados da Unimed Blumenau e, quando solicitado formalmente à cooperativa, será enviada cópia física, além de disponibilizado na área restrita do cooperado.

Blumenau, 02 de Março de 2016.

COMISSÃO DOS REGIMENTOS INTERNOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DO CONSELHO FISCAL E DA CACIJ

DR. CARLOS EDUARDO SANDRINI DE CASTRO Conselho de Administração

DR. ZADI FRANCISCO MANOEL Cacij

DRA. IRENE WIGGERS Conselho Fiscal

DR. CLOTAR EGON SCHROETER Comissão De Ética

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