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56 Nov/Dez 2011 CORPO E MENTE EM EQUILÍBRIO Arte milenar adaptada para o bem-estar por mestres chineses, o Tai Chi Chuan ajuda, entre outras coisas, a desestressar e manter a harmonia

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Revista da Unimed Blumenau. Traz reportagens com foco na prevenção de doenças, qualidade de vida, promoção da saúde e medicina. Produzida pela Mundi Editora, Blumenau / SC.

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56 Nov/Dez 2011

corpo e mente em equilíbrio

Arte milenar adaptada para o bem-estar por

mestres chineses, o tai chi chuan ajuda, entre outras

coisas, a desestressar e manter a harmonia

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editoriAl

índice

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04 AlÔ VocÊ O canal de comunicação do leitor 05 em Foco Unimed é a sexta maior empresa de Blumenau 08 pÁGinAS VerdeS Herbert Holetz 17 noSSA Gente com Nívea Maria Weigmann Nuss 21 conSultAS Central facilita agendamento 25 reSponSAbilidAde SociAl Grupo doa creche para município 26 SAÚde mentAl As lacunas da Lei Antimanicomial 30 odontoloGiA Plano foca a saúde integral 32 outubro roSA Campanha prega prevenção do câncer de mama 34 proFiSSÕeS O que o mercado de trabalho procura 37 HiStÓriA Museu Hering é exemplo de preservação 40 ViAGem A mística de Machu Picchu

Verão pede cuidados redobrados com as doenças de pele

14 Tai Chi Chuan ajudaa manter o equilíbriodo corpo e da mente

22 Como evitar e tratar esse mal da vida moderna

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Veículo de Divulgação da Unimed Blume-nau - Cooperativa de Trabalho Médico.

CONSELHO EDITORIALDr. Alfredo NagelDr. Cleonildo de OliveiraDr. Fernando SanchesDr. Jauro SoaresDr. Odilon AscoliDr. Roberto A. MoreiraDr. Rodrigo VanzelliLuiz Mund

EDITOR-EXECUTIVOSidnei dos Santos - Palavra Escrita Ltda [email protected]

REPORTAGEMFrancielle de Oliveira e Iuri Kindler

GERENTE DE ARTERui Rodolfo Stüpp

CAPABanco de Imagens

EDITORA-CHEFEDanielle Fuchs - Fuchs Editorial Ltda [email protected]

GERENTE COMERCIALEduardo Bellidio - 47 [email protected]

GERENTE COMERCIAL GERALCleomar Debarba [email protected]

DIRETOR-EXECUTIVONiclas Mund [email protected]

CIRCULAÇÃOcirculaçã[email protected]

SUGESTÃO DE [email protected]

UNIMED BLUMENAURua das Missões, 455 • Blumenau/SCFone: 47 3331.8500 • Fax 47 3331.8570www.unimedblumenau.com.brTwitter: @unimedblumenau

HOSPITAIS

UNIDADE CENTRONeumarkt Trade & Financial Center, 5º andar • Blumenau/SCRua Ingo Hering, 20 | Anexo ao Shopping NeumarktFone: 47 3037.8500UNIDADE VILA NOVA Rua Almirante Barroso, 1159, Bairro Vila Nova • Blumenau/SCFone: 47 3331.8700UNIDADE TIMBÓRua Pomeranos, 3000, Bairro Pomeranos • Timbó/SCFone: 47 3281.4000

SOS UNIMEDFone: 0800.6454747

Divulgação DivulgaçãoDaniel Zimmermann

A agitação da vida moderna, por muitas vezes, nos impede de parar e relaxar. São compromissos inadiá-veis, urgentes, as agendas estão sempre lotadas. Com isso, o estresse passou a ser uma realidade no dia a dia de um número cada vez maior de pessoas. E sabe-se que ele pode ser desencadeador de uma série de doenças. Por isso, em busca de bem-estar e saúde, também é cada vez maior o número de pessoas que procuram atividades alternativas para promover a qualidade de vida.

Uma prática bastante difundida é o Tai Chi Chuan, arte marcial oriental que antigos mestres chineses adaptaram para promover o bem-estar. Ele pode ser praticado por pessoas de todas as idades e de dife-rentes condições físicas. Tem como objetivo principal promover a harmonia entre corpo e mente. Para fa-cilitar o acesso das pessoas a esta prática, a Unimed Blumenau passou a oferecer aulas gratuitas. Confira como participar e os objetivos da arte milenar chinesa na reportagem de capa dessa edição.

Como o Verão bate à porta, essa edição também aborda os cuidados necessários com a pele para evitar acidentes ou doenças causados pela maior exposição ao sol e outros problemas, como queimaduras por águas-vivas, por exemplo. O dermatologista Rafael Lenzi Tarnowsky é quem ensina a cuidar desse que é o maior órgão do corpo e o que está mais exposto às interferências externas.

A seção Páginas Verdes traz uma entrevista imperdível com o senhor Herbert Holetz, o senhor simpático que, por mais de 40 anos, atuou no Cine Bush, o primeiro cinema de Santa Catarina. Ainda em atividade, Holetz é responsável pelo projeto ‘Cine Arte’, que apresenta filmes de arte gratuitamente na Fundação Cultural de Blumenau. Ainda na linha cultural, confira a reportagem sobre o Museu Hering, instalado na sede da Cia. Hering e que conta a história da empresa e da industrialização da Blumenau e Santa Catarina a partir da indústria têxtil.

Boa leitura!

pAuSA pArA reSpirAr

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AlÔ VocÊ

“Gostaria de agradecer à Unimed Blumenau pelo atendimento presta-do à minha mãe. Passei por momentos difíceis desde a descoberta da doença dela até a presente data. Graças a Deus, ela está bem e vem se recuperando em casa. Pude, nos momentos de angústia, contar com o apoio dos colaboradores dessa conceituada empresa. Gostaria, ainda, de ressaltar a tranquilidade de possuir um plano de saúde que sempre busca prestar o melhor serviço aos clientes. Muito obrigada!”

AGrAdecimento

Sandra luzia melimBeneficiária Unimed

“Em nome da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, cumprimento a todos que fazem da Unimed Blumenau uma grande e respeitada empresa. Os valores que fornecem os alicerces da nossa ci-dade são os valores da Unimed. Com a ajuda mútua, a cidade se ergue; com responsabilidade, assume obrigações; com democracia, a história de um povo é construída e, com a solidariedade, avançamos com mais justiça. Parabéns à Unimed Blumenau pelos 40 anos”.

40 AnoS (1)

Sylvio Zimmermann netoDiretor de Desenvolvimento Econômico de Blumenau

“Quero parabenizar a Unimed Blumenau pelos 40 anos, pela qualidade dos serviços prestados na área de saúde, sempre voltados à segurança de pacientes e profissionais e na melhoria contínua do atendimento”.

40 AnoS (2)

napoleão bernardesVereador

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unimed é SextA mAior empreSA de blumenAuA Unimed Blumenau é a sexta maior empresa de Blumenau, segundo pesquisa divulgada pela revista Amanhã, de Porto Alegre. O levan-tamento mostra que a Cooperativa é a 84ª empresa de Santa Catarina e oitava do Médio Vale do Itajaí, su-bindo duas posições, para a 349ª, entre as 500 maiores do Sul do País. Entre as Unimeds, a de Blumenau fica na quinta posição na região, depois de Porto Alegre, Florianópo-lis, Londrina e Maringá. Para formar este ranking, a publicação leva em consideração as receitas, patrimônio e liquidez das empresas.

em Foco

Sem copArticipAçãonoS recurSoS prÓprioS

mudAnçA de HorÁrio em timbÓ

A partir do dia 1º de novembro os mais de 100 mil beneficiários da Unimed Blumenau não pagarão coparticipação ao realizarem exames e consultas de urgência e emergência no Atendimento 24 Horas Vila Nova, em Blumenau, e no Hospital Unimed – Unidade Timbó. A promo-ção ‘Coparticipação Zero’ segue até abril de 2012. A Central de Agen-damentos, tanto para o Atendimento 24 Horas, quanto para a Unidade Timbó, atende pelo telefone 3331-8550.

Em 19 de novembro, haverá mudança no horário de atendimento do Hospital Unimed – Unidade Timbó, mas todos os serviços clínicos, ci-rúrgicos e de urgência serão mantidos. Os novos horários passam a ser:

prontoatendimento Adulto: das 7h de segunda até 12h de sábado, com atendimento 24 horas neste período.Prontoatendimento Pediátrico: das 7h às 22h, de segunda a sexta.centro cirúrgico: das 7h de segunda até 18h de sexta-feira.Aos domingos não haverá expediente.

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A Unimed Blumenau publicou o Re-latório de Sustentabilidade 2010 no modelo Global Reporting Initiative (GRI). A Cooperativa foi a primeira empresa do Estado a divulgar o rela-tório neste modelo, em 2011.

O relatório foi estruturado em três eixos: econômico, social e ambiental. Está disponível online e utiliza lingua-gem multimídia, com textos, fotos e vídeo para divulgar as ações realiza-das em 2010 pela Unimed Blumenau, com foco nos valores corporativos e nas diretrizes da GRI.

“Para a Unimed Blumenau, a susten-tabilidade é um valor e por meio dele a Cooperativa orienta suas práticas, em busca da excelência em gestão, aprimorando continuamente os pro-cessos, reduzindo custos e prevenin-do impactos”, ressalta o presidente, Dr. Marco Antonio Bramorski.

“O uso das diretrizes da GRI mostra o compromisso em ser transparente so-bre os impactos de sustentabilidade e, além disso, demonstra a intenção

organizacional para administrá-los responsavelmente”, afirma a coorde-nadora de Responsabilidade Social, Jeane Tomaz Pinheiro.

A GRI é uma organização não-gover-namental internacional, com sede na Holanda, que tem como missão de-senvolver e disseminar globalmente diretrizes para elaboração de relató-

rios de sustentabilidade utilizadas vo-luntariamente por empresas em todo o mundo. Segundo a GRI, a Unimed Blumenau é uma das 200 empresas brasileiras filiadas e a terceira de San-ta Catarina, sendo a primeira coope-rativa catarinense. O relatório pode ser acessado no linkwww.unimedblumenau.com.br/sus-tentabilidade2010.

unimed publicA relAtÓrio no modelo Gri

O marchador blumenauense Moacir Zimmermann (AABLU/FMD/Furb/Unimed) conquistou a 4ª colocação na prova de 20 quilômetros de Mar-cha Atlética, com a marca de 1h25min6seg durante a Universíade, em Shenzhen, na China.

Moacir liderou a prova até o quilômetro 12, quando o russo Andrey Krivov assumiu a liderança, vencendo a prova com o tempo de 1h24min15seg. A medalha de prata foi conquistada pelo também russo Mikhail Ryzhov e a medalha de bronze ficou com o equatoriano Cristian Andres Chocho.

Zimmermann, que é aluno do Curso de Educação Física da Furb, encerrou a participação em Universíades, pois o evento é destinado a universitários com idade limite de 28 anos. Além da 4ª posição obtida neste ano, o mar-chador de Blumenau também obteve a medalha de bronze, em 2009, na Universíade de Belgrado, Sérvia.

O reimplante de mão ao qual foi submetido Braian Henri-que da Silva após um acidente de trabalho foi realizado pela equipe do cirurgião de mãos Filipe Pimont Berndt no Hos-pital Santo Antônio e não no Hospital Santa Catarina, como foi equivocadamente publica-do na reportagem ‘Reimplan-te livra jovem de perder mão’, nas páginas 32 e 33 da edição 55 da Revista Unimed.

mArcHAdor Se deStAcAnA uniVerSíAde correção

em Foco

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cooperAtiVA Vence prÊmio em GeStão

Com o projeto ‘Construindo Carreiras’, a Unimed Blumenau venceu o 1º Prêmio Unimed do Brasil – Práticas em Gestão de Pessoas na categoria ‘Atração, Remu-neração e Carreira’. O projeto, desenvolvido pelo setor de Gestão de Pessoas, com o apoio das áreas de Responsabilidade Social e Universidade Corporativa da Unimed, tem como objetivo promover a inclusão e a diversidade, criando oportunidades para o jovem aprendiz e o deficiente construírem uma carreira profissional. Compõem este projeto os programas de ‘Inclusão Social e Diversi-dade’ e ‘Jovem Aprendiz’. Para realizar os dois programas, a Unimed tem como parceiros, há 15 anos, a Pró-Família, e, há 7 anos, a Abludef.

Desde 1996, segundo a coordenadora de Gestão de Pessoas da Cooperativa e responsável pelo projeto, Kátia Bressanini, 89 pessoas foram beneficiadas. Atualmente, 23 funcionários (14 jovens aprendizes e nove deficientes) estão no programa. Todos estudam e recebem auxílio-educação. Durante os 15 anos, permanecem na empresa ou foram promovidos 26,6% dos jovens que ingres-saram nos dois programas.

“A evolução e melhoria nas condições de vida dos jovens e deficientes inseridos no projeto e de suas respectivas famílias, através de trabalho e renda, é a maior conquista”, destaca o presidente da Unimed Blumenau, Dr. Marco Antonio Bra-morski. “Vamos continuar, aumentar a inclusão de deficientes e ampliar os cur-sos de inserção do jovem na realidade social, porque os resultados são muito positivos para os jovens, sociedade e para a Cooperativa”, conclui.

A Unimed Blumenau participou da programação do ‘Dia Mundial Sem Carro’, em 22 de setembro, realizada na Rua XV de Novembro, em Blumenau. Durante todo o dia, a Cooperativa esteve presente no evento com o setor de Responsa-bilidade Social expondo trabalhos elaborados por alunos participantes do Pro-jeto Unimed Vida; com o SOS Unimed realizando curso de primeiros socorros e com a Medicina Preventiva fazendo ações de conferência de pressão arterial, teste de glicemia e teste de estresse, além do setor de Vendas.

O estande da Unimed foi prestigiado por cerca de 300 pessoas, entre comu-nidade, clientes e funcionários. As ações e mobilizações relacionadas ao ‘Dia Mundial Sem Carro’ tiveram o objetivo de chamar a aten-ção de funcionários, cooperados e co-munidade para os problemas gerados pela grande quanti-dade de veículos em circulação, demons-trando alternativas para o deslocamen-to urbano.

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pÁGinAS VerdeS

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com Herbert Holetz

“O Brasil saBe fazer cinema muitO Bem”

Grande parte dos 77 anos de vida, Herbert Holetz de-

dicou ao cinema de arte, como ainda tem feito. Em meio aos inúmeros cartazes, panfletos, re-cortes de jornal, títulos distribuídos entre fitas VHS e DVDs, o cinéfilo blumenauense ocupa o tempo atual cuidando do espaço reservado ao cinema reflexivo e clássi-co, na Fundação Cultural de Blumenau. O senhor de cabelos ralos e cami-nhar calmo é quem esco-lhe a dedo os filmes que são exibidos no projeto ‘Cine Arte’, que ocorre semanalmente no Cine Teatro Edith Gaertner, onde estão cinquenta das 1100 poltronas que acomodaram, por quase 90 anos, os frequenta-dores do Cine Busch, no centro de Blumenau. En-tre tantas histórias que, por horas, são contadas por senhor Holetz, estão registros fidedignos de uma época de glamour do cinema blumenauen-se, que animou muitas crianças, aproximou di-versos casais e distraiu, por anos, a população da cidade, sendo uma das poucas fontes de entretenimento de boa parte do Século 20.

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pÁGinAS VerdeScom Herbert Holetz

Segundas-feiras, Herbert Holetz apresenta cinema de arte naFundação cultural de blumenau

revista unimed: como iniciou a relação do senhor com o ci-nema? Herbert Holetz: Foi logo na in-fância, nos anos 1940. Minha mãe, Agnes Holetz, que me apresentou ao cinema, nas mati-nês da época. Ela me levava com assiduidade para assistir a alguns filmes. Foi a partir daí que pas-sei a admirar cada vez mais as produções. As comédias de ‘O Gordo e o Magro’, Chaplin e as aventuras de Tarzan eram muito divertidas.

ru: o que o senhor pensa dos filmes brasileiros?Holetz: O Brasil sabe fazer ci-nema muito bem. Quem é que não lembra de ‘O Cangaceiro’, de 1953? É uma produção muita rica para a época e que demons-tra toda a capacidade do brasi-leiro em produzir coisas boas. Assim como o filme ‘Tico Tico no Fubá’, de 1952. Foram vários anos em cartaz no Exterior. Atual-mente, estamos melhores ainda. ‘Tropa de Elite’ é uma amostra

disso, assim como ‘Carandiru’, lançado em 2003.

ru: cite uma das lembranças do tempo de frequentador assíduo dos cinemas.Holetz: Lembro que, quando jovem, participava sempre das promoções feitas na rádio. Para ganhar ingressos do cinema era preciso responder perguntas so-bre as produções da época e eu já ficava aguardando para res-ponder. Assim, ganhei alguns ingressos para o cinema.

ru: como e quando começou a relação do senhor com o cine busch?Holetz: Desde sempre. Eu com-parecia à sessão de cinema quase sempre e o gerente começou a perceber minha presença quase que permanente. Então, passei a ajudar nas tarefas. Encaminhava as pessoas para os lugares. No iní-cio, não recebia nada, mas assistia aos filmes de graça. Isso era muito bom. Depois de um tempo, come-cei a trabalhar lá oficialmente.

ru: o cine busch foi o primeiro de Santa catarina e único por muitos anos. como o senhor se sente de ter participado dele?Holetz: O senhor Frederico Gui-lherme Busch trouxe para Blu-menau uma das primeiras salas de cinema do Brasil e o meu sentimento para com o Cine Busch será para sempre. Traba-lhei lá por mais de 40 anos, dos 89 anos que Busch funcionou. Iniciei em 1953, um ano an-tes de o estabelecimento com-pletar 50 anos. Deste auge da plateia lotada, permaneci até o fechamento, em 1993. Depois disso, ainda me permiti zelar por aquele patrimônio por al-gum tempo. Fui porteiro, bilhe-teiro e depois passei a gerente. Foram quatro décadas maravi-lhosas da minha vida.

ru: A televisão surgiu em 1950 no brasil. como isso re-fletiu no cinema da cidade?Holetz: Assim como o pioneiris-mo no cinema no Estado, Blu-menau também foi a primeira a ter estação televisiva em Santa Catarina. A TV Coligadas, no canal 3, surgiu em 1969. Antes disso, alguns televisores na ci-dade sintonizavam, com muitas interferências, a TV Paranaense, de Curitiba. Houve, nesse perío-do, uma abstenção no cinema, pois era novidade ter uma tela para assistir em casa. Mas, o charme e a classe das salas de cinema não cessaram. Tivemos, depois, várias salas de cinema na cidade e tive a oportunidade de trabalhar, também, no Cine Blumenau, que ficava no alto da Rua XV de Novembro, inau-gurado em 1951 e cerrado em 1983. A enchente daquele ano foi um dos principais fatores do fechamento.

ru: o senhor chegou a ter mais de 2 mil cópias guarda-das. todos esses filmes foram assistidos mais de uma vez?

Daniel Zim

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Holetz: Assisti diversas vezes al-guns desses títulos. Desse mon-tante, hoje tenho em casa 400 títulos, que guardo com muito zelo. Os demais estão aos cui-dados da Fundação Cultural de Blumenau, pois doei para registros históricos. Uma gran-de parte já está em DVD, mas confesso que era melhor antes: colocar a fita VHS no aparelho e deixar rodar. Hoje, tem que selecionar muitas opções nos aparelhos de DVD.

ru: o senhor é casado e tem três filhos. o cinema foi ab-sorvido pela esposa e pelos herdeiros?Holetz: Todos gostam de fil-mes. Minha senhora me acom-panhou muito na época do Cine Busch, pois, enquanto eu cuida-va do cinema, ela fazia a ven-da dos doces na bomboniére,

na entrada. Tínhamos um cão que nos acompanhava. Mais tarde, ele seguia minha esposa até em casa, já que terminava o

trabalho antes de mim. Quan-do a sessão acabava e eu saía do cinema, ele estava me espe-rando para me acompanhar no trajeto. Assim como meus pais,

Agnes e Ewald, fizeram comi-go, apresentei o cinema para meu filho quando tinha cinco anos. Levei Jorge Alfredo a uma sessão no Rio de Janeiro. Acho que o resultado foi positivo, pois ele admira muito o cinema também. Ajuda-me com filmes que ainda procuro e fala sobre cinema em um blog na internet. Minhas filhas Regina e Letícia também são adoradoras da sé-tima arte.

ru: qual a principal atriz de longas-metragens para o se-nhor?Holetz: Todas as grandes mu-lheres do cinema já se foram. A principal delas e que marcou a história é Marilyn Monroe. De-pois de uns dois primeiros fil-mes, ela deslanchou e encantou muita gente. Por isso, é consi-derada musa, não é mesmo?

“O senhor Frederico Guilherme Busch trouxe

para Blumenau uma das primeiras salas de cinema do Brasil e o meu sentimento para

com o Cine Busch será para sempre”

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pÁGinAS VerdeScom Herbert Holetz

ru: os filmes de arte, na maio-ria, são marcados por beijos que entram para a história. qual beijo o senhor acha que mais marcou o cinema?Holetz: Clark Gable e Vivien Lei-gh formaram um grande casal do cinema e protagonizaram um dos mais marcantes beijos, em 1939, entre Rhett Butler e Scar-lett O’Hara em ‘E o Vento Le-vou’, que é um dos títulos mais belos da história. Tem também o beijo do clássico ‘Casablanca’, entre Rick e Ilsa, protagonizados por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, em 1942.

ru: qual sua opinião sobre os filmes atuais? Holetz: Os atuais eu quase nem conheço. Deixei de ir ao cine-ma comercial em 2004. As salas de cinemas já não são mais as mesmas. O som precisa ser mui-to alto pra dar conta de inibir o barulho de celulares, conversa e ruídos de pacotes de pipoca. Isso não é nada agradável. En-tão, passo a conhecer alguns fil-mes pelo que leio e depois pro-curo assistir em DVD.

ru: Hoje, o senhor atua so-mente no projeto ‘cine Arte’? Holetz: Sim, somente por aqui. Gosto dos filmes de arte, que têm qualidade na fotografia, na musicalidade e, principalmen-te, contendo uma mensagem. Para o filme ser de arte é preciso uma série de elementos. Tenho conhecimento de todos que são reproduzidos aqui e eles têm muita classe.

ru: quando começou o proje-to ‘cine Arte’?Holetz: Houve uma época em que fui morar em Joinville. Além de trabalhar em cinema comer-cial, gerenciei um projeto cha-mado ‘Ciclos de Cinema’, da Fundação Cultural daquela cida-de. Mais tarde, em 2003, passei a executar o trabalho cultural em Blumenau. A partir de então,

todas as segundas-feiras são en-cerradas com a exibição de um clássico. Atualmente, os filmes são exibidos às 19h30min, na sala do Cine Teatro Edith Gaer-tner, que fica no prédio da Fun-dação Cultural de Blumenau.

ru: como é a programação e qual é o público do projeto?Holetz: Existem 50 lugares. No início, o público era mais assí-duo. Hoje, temos pouco mais da metade dos locais ocupados em cada sessão. Mas, quem está lá, realmente está interessado em cinema de arte. Recebo pesso-as de diversas idades que têm paixão pela sétima arte. O ‘Cine Arte’ é gratuito e qualquer pes-

soa pode assistir aos filmes de épocas e nacionalidades dife-rentes, que encantam a todos durante a exibição.

ru: quais os filmes que o se-nhor recomenda a quem quer conhecer o cinema de arte?Holetz: São tantos, mas, além dos que eu já mencionei, como ‘E o vento levou’ (1939), ‘Casa-blanca’ (1942) e ‘O cangaceiro’ (1953), tem ‘O mágico de Oz’ e ‘Good bye Mr. Chips’ (1939), ‘A ponte de Waterloo’ (1940), ‘Cidadão Kane’ (1941), ‘Cinema Paradiso’ (1988), ‘Tomates ver-de fritos’ (1991) e um recente – ‘O fabuloso destino de Amélie Poulain’ (2001).

O cinema foi apresentado pela primeira vez em Blumenau no dia 21 de abril de 1900, por G. Koehler, no Teatro Frohsinn. O Frohsinn situava-se na Rua das Palmeiras, onde hoje está a sede da Celesc. Era o “Kinematografen”, que mostrava “fotos em movimento”, como dizia a propaganda.

cinemA em blumenAu

beijo protagonizado por clark Gable e

Vivien leigh em‘e o Vento levou’

Divulgação

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Pesquisas comprovam que o estresse é o prin-cipal responsável pelo desequilíbrio da saúde, podendo desencadear doenças como hiper-

tensão, ansiedade, depressão, diabetes, alergia, insônia, câncer, entre tantas outras. Para evitar e combater esse mal, é preciso refletir sobre os próprios hábitos de vida. Recomenda-se uma ali-mentação mais natural e saudável, sono regulado, vida menos agitada e competitiva, serenidade e prática de atividades que proporcionem equilíbrio físico e mental. E uma excelente opção para isso é a arte milenar do Tai Chi Chuan, que a Unimed Blumenau oferece gratuitamente para colabora-dores, cooperados, beneficiários e comunidade.

Mestres orientais adaptaram a arte marcial do Tai Chi Chuan para a saúde. Ela é fundamentado na filosofia taoísta (Tao = caminho, caminhar ou ca-minhante). A professora de Tai Chi Chuan Virgínia Braun Barg explica que a atividade trabalha cor-po e mente como um todo, com enfoque princi-pal na respiração abdominal e na conexão entre corpo e mente. A prática engloba alongamento, holopraxis (técnicas que buscam o autoequilíbrio), automassagem, relaxamento e meditação.

O centro energético no Tai Chi Chuan é o abdô-men. Assim, a professora orienta que, durante as atividades diárias, deve-se fazer uma pausa a cada hora para praticar a respiração abdominal – en-chendo a barriga de ar e soltando, o que ajuda a desestressar. “O bom é praticar o Tai Chi Chuan diariamente”, recomenda.

Os exercícios do Tai Chi Chuan costumam ser fei-tos lentamente e de forma contínua, ao som de músicas relaxantes. O objetivo, segundo Virgínia, é trazer harmonia e equilíbrio para o corpo (terra), emocional (água), mental (ar) e espiritual (fogo). “O Tai Chi Chuan está ligado com o fluir da na-tureza, com movimentos sempre redondos e os pés centrados no chão, como se fosse uma árvo-re para manter o equilíbrio. O fluir precisa ser de dentro para fora”, explica.

Virgínia pratica Tai Chi Chuan há sete anos e, des-de então, não toma mais nenhum medicamento. Ela é formada pela Universidade da Paz, campus de Florianópolis, época em que despertou o in-teresse para a arte marcial. Adepta de um estilo de vida saudável, ela desenvolveu o projeto ‘Movi-mento e Serenidade’, com o intuito de levar saúde às pessoas.

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tAi cHi cHuAn pArA todoS

reportAGem de cApA

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O Tai Chi Chuan é uma arte chinesa que surgiu por volta do ano 1.200. Foi lendariamente criado pelo monge taoísta Chang San Feng. Conta a lenda que esse monge era especialista em diversas artes marciais e que-ria reunificar os princípios filosóficos e físicos que, na época, estavam dissociados devido a muitas guerras na China.

Chang San Feng, observando a luta entre uma garça e uma serpente, idealizou os movimentos do Tai Chi Chuan. Existe outra versão da ori-gem da prática, que descreve a criação pelo mestre Chen Wanting, há cerca de 300 anos.

Historicamente, existem cinco estilos de Tai Chi Chuan: Chen (criado pelo mestre Chen Wang Ting), Yang (mestre Yang Lu Chang), Wu (mes-tre Wu Yuxian), Wu (mestre Wu Jian Quan) e Sun (mestre Sun Lu Tang). O nome de cada estilo surge do nome do criador. Em chinês, quando se referem ao Tai Chi Chuan as pessoas dizem Tai Chi Chuan da família Chen ou Tai Chi Chuan da família Yang e assim por diante.

Atualmente, o Tai Chi Chuan é praticado no mundo todo e muito apre-ciado no Ocidente, especialmente pela relação com a meditação e com a promoção da saúde, oferecendo tranquilidade e equilíbrio. Os criado-res basearam-se na observação da natureza, não apenas na dos animais, mas no estudo dos princípios da interação entre os diversos elementos naturais.

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Virgínia braun barg (de frente) pratica tai chi chuan há sete anos e garante que a prática a livrou dos remédios

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reportAGem de cApA

Desde três de outubro, a Uni-med Blumenau oferece para beneficiários, colaboradores, cooperados e comunidade em geral aulas gratuitas de Tai Chi Chuan na Cooperativa, na Rua das Missões, Bairro Ponta Agu-da. A prática acontece todas as segundas e quartas-feiras, das 7h15min às 7h50min. “Não precisa se inscrever, é só apare-cer e praticar.

Em dias de chuva, as aulas são realizadas no auditório”, ressal-ta a coordenadora de Atenção à Saúde da Cooperativa, Márcia Manfredi. As aulas são coorde-nadas pela professora Virgínia Braun Barg. Ela explica que as práticas são realizadas em pé e que só é preciso usar roupa con-fortável e evitar salto alto.

Quem aderiu à prática já conhe-ce os resultados. A assistente de Gestão de Pessoas da Unimed, Nilva Leite Gambeta, diz que as aulas ajudaram a diminuir a ten-são e dores nos ombros. “Fico menos ansiosa e, nos dias da aula, sinto que melhora muito o rendimento no trabalho”.

A estudante Juliani dos Passos Fagundes percebeu os mesmo benefícios: “Depois da aula, o dia fica bem melhor. Em casa, também tento fazer diariamente os exercícios que aprendi aqui”, afirma Juliani.

Aulas gratuitas de tai chi chuan

o quê: aulas de Tai Chi Chuan com a professora Virgínia Braun Barg quando: todas as segundas e quartas-feiras, das 7h15min às 7h50min onde: na sede da Unimed Blumenau, Rua das Missões, 455, Bairro Ponta Aguda Valor: as aulas são gratuitas e abertas para funcionários, cooperados, beneficiários e comunidade

SerViço

Daniel Zim

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Aulas são realizadas na unimed blumenau

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diVididA em VÁriAS AtiVidAdeS

Formada em Administração de Empresas pela Furb, a as-sistente do escritório regional de Pomerode, Nívea Maria Weigmann Nuss, foi contratada, há 11 anos, para de-

senvolver atividades e atendimentos de administração de contratos; contas médicas; autorização; assuntos adminis-trativos; e secretariar o coordenador do escritório.

Para Nívea, o trabalho no escritório regional é como se fosse em uma “mini Unimed”. “No escritório, executo o traba-lho dentro das normas da empresa, desenvolvendo todas as atividades sem nenhuma rotina”, ressalta. “Meu trabalho é uma caixinha de surpresas”, completa.

Como reside em Blumenau, Nívea viaja todos os dias. As ati-vidades começam às 7h45min e vão até 17h30min. Ela con-ta que escolheu trabalhar na Unimed por ser uma empresa sólida, confiável e um trabalho no qual atua diretamente com o público interno e externo.

Nas horas de folga, Nívea gosta de estar com a família, prin-cipalmente o marido Jaime, e Apolo, o cachorro de estima-ção da raça pastor alemão.

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noSSA Gente

Administração de contratos: desenvolve atividades inerentes à manutenção do cadastro de beneficiários e contratos; solicitação e recebimento de documentos de empresas para inclusões/exclusões/alteração de plano; agendamento de entrevistas qualificadas para plano empresarial e particular; e orientações sobre contratos. contas médicas: atendimento a prestadores e cooperados para

recebimento de documentos; distribuição de correspondências; devoluções de documentos e solicitações de revisão de pagamento. Financeiro: efetua processos de cobrança; realiza depósitos;

emiti boletos bancários; carimba boletos vencidos para pagamento em banco ou casa lotérica; emite autorização/cancelamento de débito automático em conta; encaminha notas fiscais e pagamentos; encaminha negociações em casos de contratos inadimplentes e verifica bônus/fator moderador/coparticipação/reajustes. Autorização: emite autorizações da Unimed Blumenau e

intercâmbio para procedimentos médico-hospitalares mediante análise de contratos e demais procedimentos internos; emite e solicita assinatura do auditor em guias de procedimentos que necessitam de auditoria médica (encaminhamento por e-mail para a sede) e agendamento de perícias médicas. Assuntos administrativos: Acompanha a execução de obras

e manutenção das instalações do escritório; confere e distribui documentos recebidos via malote; controla e organiza o material de expediente, copa e cozinha; arquiva documentos e auxilia na logística para realização de reuniões do NIC. Secretariar o coordenador: presta informações para assessorar

o coordenador do escritório; redige e emite correspondência, pautas e atas de reuniões entre outros documentos; agenda reuniões e solicita dados estatísticos dos prestadores a pedido do coordenador.

AtiVidAdeS deSenVolVidAS por níVeA:

nívea desenvolve várias funções no escritório

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Com a chegada do Verão, é na-tural o aumento da transpira-ção e umidade do corpo, que,

consequentemente, causam doen-ças de pele, como micoses - provo-cadas por fungos que aproveitam as condições favoráveis para se re-produzirem -, assaduras e herpes. O dermatologista Rafael Lenzi Tarno-wsky recomenda que as pessoas re-dobrem os cuidados com a higiene para evitar a contaminação, já que os fungos estão presentes em todos os lugares.

Após a praia, o médico aconselha secar bem a virilha com toalha seca, principalmente por causa das sun-gas e biquínis molhados. “Depois de um mergulho no mar ou piscina, uma ducha de água doce e a troca da roupa de banho quando chegar em casa é fundamental”, destaca o dermatologista.

Outro fator importante é verificar os espaços entre os dedos dos pés, pois a umidade favorece a prolifera-ção dos fungos causadores das mi-coses. “Use roupas confortáveis, de tecidos mais leves, como algodão, evitando roupas quentes, justas e tecidos sintéticos, especialmente nas roupas íntimas. Quando pos-sível, fuja dos sapatos fechados”, orienta o médico.

O horário de Verão exige ainda mais cuidados com a exposição ao sol. Por conta do adiantamento do reló-gio, as pessoas confundem os horá-rios e acabam relaxando em tomar medidas de proteção por acharem que o sol está mais fraco.

Por isso, o sol deve ser evitado entre 10h e 16h. “Medidas de proteção não são apenas os protetores sola-res adequados a cada tipo de pele, mas a atenção aos horários apro-priados de exposição, uso de cha-péus, óculos, guarda-sol, camisetas e outros”, ressalta Dr. Rafael.

Atenção redobrAdA no Verão

cuidAdoS com A pele

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Combater o surgimento do herpes nem sempre é fácil, especialmente o labial, desencadeado pela inten-sa exposição aos raios ultra-viole-ta. “Uma dica é não esquecer o protetor labial, porém, às vezes, é preciso tratar a crise com medica-mentos via oral”, ressalta.

O dermatologista chama atenção para os acidentes causados por águas-vivas e caravelas, comuns no litoral de Santa Catarina. Por uma série de razões, que incluem época de reprodução dos animais, temporadas de veraneio e até a temperatura da água, ocorrem

muitos acidentes durante os me-ses de janeiro e fevereiro. A me-dusa (Olindias sambaquiensis) é responsável pela maioria dos aci-dentes, que resultam em queima-ção e muita dor.

Trata-se, segundo Dr. Rafael, de um envenenamento da pele, não uma queimadura, e pode ser tratado com medidas simples de primeiros socorros, como aplicação de água do mar gelada e compressas de vi-nagre no local afetado. Após isso, um prontoatendimento em emer-gência deve ser buscado, se for necessário.

dr. rafael alerta para os perigos contra a pele no Verão

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As áreas do corpo que envelhecem com mais rapidez são, justamente, aquelas mais expostas ao sol, como mãos, antebraços, braços, colo, pescoço, orelhas e rosto. São áre-as que merecem atenção especial quando se aplica o filtro solar.

Dr. Rafael diz que é preciso cuidado com os filtros solares muito oleosos, pois, associados ao clima quente e úmido e ao aumento da exposição solar, eles podem promover a for-mação de cravos e espinhas nas peles acneicas. Pessoas com essa característica de pele devem usar protetores em gel ou fluido. É pre-ciso escolher um filtro que proteja contra os raios UVA e UVB, prefe-rencialmente a partir do fator 20 ou 30, indicado pelo dermatologis-ta para proteger apropriadamente, sem efeitos colaterias.

Filtro solar

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cuidAdoS com A pele

maquiagem com protetor solar é eficaz para luz artificial? Sim, tanto para radiação solar como para luzes artificiais. Marcas boas, certificadas pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, oferecem protetores solares eficazes. Também se pode optar por protetores solares que contenham cor de base, que hoje são muito comuns no mercado. Filtros solares com fator de proteção superior a 30 têm realmente

uma eficácia superior? O percentual de proteção de filtros solares com fatores de proteção acima de 30 aumenta pouco. Os com fatores de proteção 50 a 100 são indicados para as pessoas de pele mais clara e para os que têm mais predisposição a câncer ou doenças de pele. qual o cuidado com a pele que está descascando? É necessário

proteger a pele do sol para que ela não chegue a queimar e descascar. Não esquecer de proteger as orelhas, pescoço e o dorso dos pés, áreas comumente esquecidas e, consequentemente, queimadas. A queimadura na infância ou na vida adulta aumenta a chance de desenvolver câncer de pele. Essa pele deve ser hidratada adequadamente e utilizar cremes calmantes quando prescritos pelo dermatologista. o que devo levar em conta na hora de comprar um protetor

solar? É bom comprar um com fator de proteção, no mínimo, 20 a 30, apropriado para o tipo de pele, prescrito pelo dermatologista ou verificar se o produto tem o selo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Nas promoções de filtros solares em mercados e farmácias, é preciso atentar para a data de validade do produto.

dÚVidAS Sobre proteção SolAr

Segundo estudos e estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estão previstos mais de 80 mil novos casos de câncer de pele no Brasil, este ano. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatolo-gia em todo o País indica que, se os cuidados forem tomados desde a in-fância até os 18 anos, as chances de desenvolver a doença são reduzidas em até 85%.

Os tipos de câncer de pele não-mela-noma são os carcinomas basocelula-res e os espinocelulares, mais comuns em adultos, com picos de incidência na faixa dos 40 a 50 anos. O basoce-lular é o tipo mais frequente e repre-senta 70% dos casos. Mesmo com altas taxas de incidência, o câncer de pele não-melanoma apresenta altos índices de cura.

O melanoma, que é o câncer de pele com alto potencial de produzir me-tástase, pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoces. É causado por fatores ge-néticos, mas pode ser desencadeado pela exposição inadequada ao sol, mais frequente em pessoas de pele clara e sensível.

A maior incidência de neoplasias de pele se dá na região da cabeça e do pescoço, locais de alta exposição à ra-diação ao longo da vida. As estatísti-cas apontam que Santa Catarina tem um dos mais altos índices de câncer de pele no País.

câncer

mAiS inFormAçÕeSDr. Rafael Lenzi TarnowskyCRM 8791(47) 3326-5232

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SerViçoS

A Unimed Blumenau está com um novo serviço à disposição dos clien-tes. Desde 1º de julho deste ano, está em funcionamento a Central de Agendamento. Com o serviço, a Cooperativa já cumpre determinação da RN nº 268, publicada em 2 de se-tembro de 2011 pela Agência Nacio-nal de Saúde (ANS) e que tem data para entrar em vigor somente em 19 de dezembro.

A norma estipula que a operadora disponibilize prazos para agenda-mentos, consultas e exames. Segun-do a coordenadora de Relacionamen-to com Clientes e Cooperados, Káthia Floriani, a Central de Agendamento da Unimed Blumenau foi criada para agilizar e facilitar ao cliente o agenda-mento de consultas e exames, prin-cipalmente para algumas especialida-des de grande demanda em relação ao número de cooperados.

São várias as formas de solicitação do serviço. Os agendamentos po-dem ser feitos via telefone, e-mail, atendimento online ou presencial (na sede da Unimed). Uma atenden-te fica à disposição para os agen-damentos que, em alguns casos, podem ser feito em tempo real, ou seja, na hora da solicitação do be-neficiário.

“Nós fazemos todo o agendamen-to, o cliente não precisa ligar para o consultório. Basta ligar para a nossa central. Após agendar com o médi-

co e confirmar com o cliente, ainda enviamos uma mensagem via celu-lar, no dia da consulta, lembrando do agendamento. Isso evita o es-quecimento e consequente falta à consulta”, explica Káthia.

central agenda consultas e exames

e-mail: [email protected]: www.unimedblumenau.com.br, clicando no ícone “atendimento online” telefone: 3331-8550 presencial: na sede, que fica na Rua das Missões, 455, Bairro Ponta

Aguda, das 8h às 12h e das 13h30min às 18h

como AGendAr

Agendar exames e consultas tornou-se mais cômodo

Dr. Cláudio Eduardo P. SouzaCirurgião Plástico CRM 14.706

Dra. Sandra Mara Nadal

Cirurgiã Vascular e Angiologista CRM 14 894

Tratamento de VarizesEdemasÚlceras Venosas e ArteriaisEsclerose de Microvasos

Rua Dr. Luis de Freitas Melro . 42Centro . Blumenau/ SC

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Cirurgia Plástica estética e reparadoraTumores de peleCicatrizes e queimadurasCirurgia Crânio FacialReconstrução de mamaDermolipectomia pós emagrecimentoToxina BotulínicaPreenchimento facial

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As dores nas pernas são quei-xas frequentes nos consultórios médicos e um importante fa-

tor limitante na atividade profissional. Acomete indivíduos de todas as faixas etárias e pode ser originada por di-versos motivos. As doenças vasculares

atingem mundialmente cerca de 30% dos homens e 70% das mulheres, em decorrência de fatores constitucionais e hormonais.

Como as estatísticas apontam que a maior parte das dores está diretamente

relacionada a problemas circulatórios, o primeiro médico a ser consultado deve ser o angiologista ou o cirurgião vascular, para que, a partir de um mi-nucioso exame físico, possa identificar a razão do problema e prescrever a me-lhor forma de tratamento. O fato de a dor acontecer durante atividade ou em repouso, pela manhã ou no final do dia, pode indicar por onde começar a investigação.

O angiologista e cirurgião vascular An-derson Torres Reis diz que o tratamento vai depender da causa. Pode ser trata-mento clínico (medicamentos), mudan-ça nos hábitos de vida - como parar de fumar, fazer dietas, perder peso e fazer exercícios físicos orientados -, ou cirúr-gico (cirurgias pequenas ou grandes). Podendo, até mesmo, em casos mais graves, como nas tromboses arteriais, ter que ser feita amputação da perna ou parte dela. “O tratamento sempre vai depender do paciente e de outras

doreS nAS pernAS

dor nas pernas pode ser sintoma de doença vascular grave

Fotos Banco de Imagens

é preciSo inVeStiGAr AS cAuSAS

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de oriGem VASculAr Arterial: extremamente importante é a dor que surge ao

caminhar, principalmente na panturrilha (barriga da perna) e que passa com o repouso. Ela, habitualmente, denota um problema circulatório arterial, causado pela aterosclerose, doença inflamatória que provoca o entupimento das artérias por colesterol e outros depósitos de gordura. É uma enfermidade extremamente grave que, se não tratada corretamente, pode levar à amputação dos membros inferiores ou, até mesmo, provocar infarto do miocárdio e derrame cerebral. Venosa: as varizes são outra causa frequentemente

relacionada à queixa. As veias que se dilatam, comumente na região das pernas, podem trazer complicações muito além da questão estética. Há a possibilidade da ocorrência de flebites, eczemas, tromboses e ulcerações (úlcera varicosa). Mas, as principais queixas dos pacientes com varizes são sensação de peso e cansaço nos membros inferiores, principalmente à tarde ou após longos períodos em pé, e câimbras. Esses são um dos problemas mais comuns entre as mulheres, geralmente desencadeadas por fatores como alterações hormonais, sedentarismo, obesidade, ortostatismo (longo período de pé) e genética.

de oriGem mÚSculo eSqueléticA/neurolÓGicA:Problemas de coluna são outro exemplo e merecem minuciosa investigação. Os ligamentos, ossos e articulações dessa região, responsáveis pela sustentação de grande parte do peso do corpo, estão ligados, entre outros, aos membros inferiores por meio dos nervos que saem da medula, estrutura interna da coluna. Hérnia de disco lombar: é uma grande causa de dor nas

pernas, devido ao excesso de peso, da prática de exercícios ou postura inadequada. Diante de situações como essas, o disco, que serve de amortecedor entre as vértebras, desloca-se para trás ou para o lado, comprimindo algum nervo da coluna e causando dor intensa, que tende a acompanhar o trajeto desse nervo na parte de trás da perna e chegar até os pés. Artroses: outra causa de dor nas pernas são problemas nas

articulações, como joelhos, que causa dor ao se iniciar um movimento (levantar da cadeira ou caminhar, por exemplo). outrAS cAuSAS poSSíVeiS:Ansiedade, estresse, falta de atividade física regular, infecções (erisipelas ou linfangites) e problemas de postura são outras hipóteses para dores nas pernas.

Fonte: Dr. Anderson Torres Reis

AS cAuSAS dAS doreS nAS pernAS

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As varizes, mais em mulheres, mas também em homens,estão entre as principais causas de dores nas pernas

doenças que ele poderá ter, para que se ajuste a melhor forma de tratar”, ressalta.

As dores nas pernas podem ter várias origens. A mais comum no dia a dia dos consultórios são as varizes, veias dilatadas e tortuosas sem função, ou a doença aterosclerótica, causada pelo acúmulo de gordura nas paredes das ar-térias.

Quando isso acontece, elas ficam endurecidas e estreitas, tornando a circulação lenta ou, até mesmo, não passando sangue para as pernas, tornado-as frias e sem pulsos e bastante do-loridas. A doença aterosclerótica, segundo o médico, causa uma das piores dores.

Má-circulação, dormência dos membros e for-migamento nas mãos e pés também podem ser causado por um problema na coluna ou muscular. Daí a importância de procurar um angiologista ou cirurgião vascular para des-cobrir a causa, tratar ou encaminhar a outro especialista caso seja necessário.

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Jose_Lino_Jan_Fev2011_D.pdf 23/12/2010 13:17:52

doreS nAS pernAS

evite ficar em pé ou sentado na mesma posição durante muito tempo; procure andar um pouco e se alongar durante alguns minutos a cada hora; evite ficar com as pernas cruzadas durante muito tempo; duas ou três vezes por dia, deite-se durante 15 ou 20 minutos com as pernas

a uma altura superior ao nível do coração; não se exponha ao sol durante muito tempo, nem abuse de banhos de

banheira com água muito quente; tome banho de água morna e, depois, reative a circulação das pernas com

um pouco de água fria; As mulheres devem usar salto médio, de 3 cm a 5 cm no máximo; À noite, antes de dormir, faça uma massagem suave, circular e ascendente

nas coxas, para favorecer a drenagem; use roupa confortável, que não aperte as pernas nem a cintura, porque isso

dificulta a circulação; não fume.

dicAS pArA combAter AS doreS

longos períodos em pé, principalmentecom salto alto, podem resultar

em dores nas pernas no fim do dia

mAiS inFormAçÕeSDr. Anderson Torres ReisCRM 11849(47) 3382-2587

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em SintoniA com A comunidAde

Com foco em ações de respon-sabilidade social, no primeiro semestre deste ano, o Grupo

Uniasselvi, inaugurou a Unidade de Educação Infantil São Judas Tadeu, doada ao Município de Indaial. O grupo de ensino superior desenvol-ve ações de enfoque comunitário voltadas ao meio ambiente, cultura, esportes, formação e apoio profis-sional, entre outros.

A obra doada à administração pú-blica de Indaial beneficiará o sistema educacional da cidade, na oferta de vagas para cerca de 350 crianças en-tre zero e seis anos. O investimento de R$ 960 mil abrangeu pouco mais

de 890 metros quadrados de cons-trução, com oito salas, refeitório, cozinha, laboratório de informática e biblioteca, área de recreação, além das áreas de serviço e quadras de es-porte e playground. Toda a estrutura foi murada, calçada e ajardinada.

O idealizador e hoje chanceler do Grupo Uniasselvi, professor José Tafner, acredita que instituições de ensino têm por finalidade a res-ponsabilidade social. Segundo ele, a Uniasselvi, assim como demais instituições de segmentos diferen-ciados, doam um pouco mais de si, alocando recursos adicionais para contribuir com a comunidade.

Sobre a entrega da unidade de ensino infantil para Indaial, Tafner considera, primeiro, como a reali-zação de um grande desejo da es-posa Verônica. Natural de Indaial e professora por muitos anos da rede de educação infantil, ela almeja-va a doação de uma creche para a comunidade. Em segundo, Tafner descreve o ato como agradecimen-to pelo apoio recebido do Municí-pio desde a implantação da Unias-selvi, em 1998.

Anualmente, o grupo publica o ba-lanço social que pode ser conheci-do no site da instituição (www.gru-pouniasselvi.com.br).

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Grupo investiu r$ 960 mil em escola doada ao município de indaial

reSponSAbilidAde SociAl

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Visando debater a saúde men-tal, foi realizado em maio des-se ano o 1º Ciclo de Debates

da Psicologia da Furb, com o objeti-vo de não deixar a Luta Antimanico-mial cair no esquecimento. O tema central foi ‘Reforma psiquiátrica – a discussão não pode parar!’. O mês de maio remete ao primeiro encon-tro do Movimento Antimanicomial no Brasil, realizado em 1987 em Bauru (SP).

A partir do final da década de 1980, diversos núcleos do Movimento fo-ram surgindo no Brasil, até a conso-lidação nacional, em 1993, com o 1º Encontro Nacional da Luta Antima-nicomial, em Salvador (BA). Na oca-sião, foi elaborada uma carta sobre os direitos dos pacientes e familiares dos serviços de saúde mental.

Quem influenciou fortemente a re-forma da saúde mental no Brasil foi o psiquiatra italiano Franco Basaglia. O fundador do Movimento da Psi-quiatria Democrática esteve no País no final da década de 1970 para conhecer o hospital psiquiátrico de Barbacena (MG). Ocasião em que o cineasta Helvécio Ratton lançou o documentário ‘Além da Razão’, que retrata a experiência de internação psiquiátrica em Barbacena.

A principal conquista de Basaglia foi a lei que leva o nome do psiquiatra e estabele o fechamento dos hospi-tais psiquiátricos na Itália. No Brasil, a Lei da Reforma Psiquiátrica ou Lei Paulo Delgado, autor do projeto, só entrou em vigor em abril de 2001, depois de 12 anos de tramitação no Congresso Nacional.

A lAcunA deixAdA pelA reFormA pSiquiÁtricA

SAÚde mentAlEduardo Sofiati

mAiS inFormAçÕeS

Dr. José Augusto dos SantosCRM 59743326-0881

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Após a promulgação da Lei no Brasil, começaram a ser fechados os hospitais psiquiátricos e os manicômios. E alternativas para garantir que os pacientes continuassem tendo atendimento precisaram ser abertas. A Lei foi criada no intuito de oferecer tratamento em serviços de base comunitária e proteger os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas falha ao fechar hospitais psiquiátricos.

Na visão do psiquiatra José Augusto dos Santos, existem lados positivos na Lei da Reforma Psiquiátrica, como a humanização da psiquiatria e a evolução dos tratamentos psiquiátricos e pacientes que não têm família para cuidar, ou que a família não os aceita mais, ficam desamparados. Em alguns casos, são con-fundidos com criminosos e acabam indo para a cadeia.

“A falha da Lei está na falta de estrutura. Porque falta suporte hospitalar em casos de crises psicóticas, onde há riscos à vida”, afirma o médico. Dr. José Augusto explica que manicômios são estruturas arcaicas que serviam como asilos, depósitos de humanos e devem ser fechados. No Brasil, já não existem mais. Agora, quanto aos hospitais psiquiátricos, “são estruturas necessárias ao tratamento do transtorno mental que devem ser preservadas e aumentados o número de leitos”. Dados do Ministério da Saúde do Brasil são piores do que antes da Lei. Com o fechamento de 18 mil leitos psiquiátricos em oito anos e uma média de 16,5 milhão de brasileiros que necessitam de internações psiquiátricas ao longo da vida, tem morrido mais doentes mentais abandonados no País depois da desa-tivação desses leitos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta as doenças mentais como a segunda causa de incapacidade para o trabalho, com o prognóstico de que, até 2020, seja a primeira causa. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) – são 1.650 em todo o Brasil, três em Blumenau – são insuficientes para atender a demanda. O psiquiatra, que já trabalhou em uma dessas unidades, diz que o tratamento é excelente, mas, o atendimento em um hospital não pode ser ex-cluído nos casos de urgências e emergências. Pacientes mais graves necessitam de internação. A Reforma Psiquiátrica levou ao corte de R$ 2 bilhões ao ano em verbas para a saúde mental.

A evolução no brasil

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SAÚde mentAl

Com dados nada positivos em relação à pessoa que sofre com algum trans-torno (tipo de sofrimento psíquico grave mental), recebendo pouca as-sistência por parte do governo com a lacuna deixada pelo fechamento dos manicômios, os profissionais da saú-de têm que buscar alternativas para tratar os pacientes que, em muitos casos, não têm apoio total da família. Para a psicóloga e psicoterapeuta-psi-canalista Carla Cumiotto, que trata a pessoa não como doente mental, mas sim, como alguém que tem um sofrimento que foi construído ao lon-go do tempo e pode ser tratado.

Tirar o estigma de que alguém com transtorno mental (sofrimento psí-quico grave) não pode ser tratado e voltar a conviver em sociedade, inserir essa pessoa novamente na rotina da cidade, na vida em comunidade, é o primeiro ponto para que a pessoa se sinta útil e pertencendo à sociedade de alguma forma. Segundo Carla, a própria Lei da Reforma Psiquiátri-ca ou Lei Paulo Delgado, existe um parágrafo que explica que a pessoa, não estando em surto, pode assinar um documento para que não seja internada.

Na história brasileira, quem começou com um olhar diferente em relação à pessoa com transtorno mental foi Nise da Silveira, uma psiquiatra (te-rapeuta ocupacional) que não con-cordava com os tratamentos com os eletrochoques. Nise fundou, em 1946, a instituição chamada ‘Seção de Terapêutica Ocupacional’, revolu-cionando a psiquiatria brasileira. O movimento de saúde mental no País passou a adotar trabalhos de pintura e modelagem, reativando os vínculos dos pacientes com a realidade.

Em Blumenau, Carla procura fazer um trabalho nesse sentido. Exposi-ções de pintura das pessoas que par-ticipam do tratamento no Centro de Apoio Psicossocial (Caps) já foram ex-postos em um terminal de ônibus da cidade. Na ocasião, os próprios pa-cientes explicavam como realizaram as pinturas para as pessoas que circu-lavam no local. Essas mostras artísti-cas servem para inserir as pessoas na vida em sociedade e fazer com que não se sintam excluídas. “O paciente que está parado tem uma narrativa pobre e, através da cultura que tem a função terapêutica, ele se sente cida-dão novamente”, ressalta Carla.

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usuários de terminal urbano observam a arte dos pacientesC

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Nas atividades de ressocialização também está pre-sente a Enloucrescer, que é o nome da Associação de Familiares, Amigos e Usuários do Serviço de Saú-de Mental do Município de Blumenau, fundada em 1998. O tema loucura sempre está presente no traba-lho dessa instituição, que promove palestras, encena peças de teatro e desenvolve oficinas de artesanato que gera renda para manter a entidade. Atualmente, 20 pessoas fazem parte da Enloucrescer, todos usuá-rios do Caps.

Nos serviços em que Carla atua, em média são aten-didas gratuitamente 28 pessoas por mês. Blumenau ainda caminha em relação à saúde mental, mas, se-gunda a psicóloga, por força de lei, a cidade já pode-ria ter mais um Caps, o Caps III, aberto 24 horas, devi-do à capacidade populacional. Segundo a psicóloga, como a saúde geral no Brasil, a Luta Antimanicomial precisa avançar e sofre com os mesmos problemas: falta de estrutura e suporte para atender a demanda, que só tende a crescer. “Existe uma lacuna na Reforma Psiquiátrica. O usuário tem atenção psicossocial, mas o ato clínico precisa avançar”.

exposições devolvem a confiança

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plAnoS

plAno odontolÓGicoé SorriSo inteGrAl

Quem não lembra, quando criança, participar com os cole-gas de classe da higiene bucal,

realizada nas escolas? Essa atividade é uma forma importante de criar, desde cedo, uma cultura de manutenção da saúde da boca e dos dentes.

O trabalho com crianças e adolescen-tes é tido como fundamental, pois é nesse período que hábitos e costumes são melhores fixados ao cotidiano e assim podem prevenir problemas futuros.

As próprias mães, durante a gestação, devem manter a boca saudável como forma de prevenir e garantir a saúde integral do bebê.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças mais co-muns, que afetam grande parte das pessoas, têm o envolvimento com a parte oral. Por isso, é preciso muito cuidado com dores orofaciais, câncer de boca ou de garganta, feridas, de-

feitos congênitos, doenças periodon-tais, cáries, perca de dentes e demais distúrbios que venham a afetar a ca-vidade oral.

Além da conscientização e educação para a saúde bucal, a redução de do-enças que partem desse sistema con-siste, além de higiene adequada, de verificações de especialistas.

Dentes são estruturas primordiais do organismo humano. Não só pela esté-tica ou pela mastigação de alimentos. Eles também são fundamentais em procedimentos como fala e, quando o assunto é prevenção, todas as impli-cações devem ser consideradas.

O coordenador-geral de vendas da Unimed Blumenau, Dirlei Reichert, diz que a Unimed Blumenau também se preocupa com essas necessidades. É por isso que, além de planos empre-sariais que priorizam a prevenção da saúde, há a busca de estratégias foca-das na saúde total dos beneficiários.

Além da estética, a boa dentição é sinal de saúde

Fotos Divulgação

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Acompanhamento é indispensável para manter a saúde bucal

Desta forma, em parceria com a Uniodonto, a Unimed também ofe-rece o Plano Odontológico Sorriso Integral. “Com atendimento nacio-nal, os planos são oferecidos com coparticipação de 20% a 50%. Uma forma econômica e eficaz de man-ter a saúde bucal em dia”, afirma o coordenador-geral de vendas.

No geral, são aproximadamente 2 mil cirurgiões-dentistas só em Santa Catarina e mais de 20 mil profissio-nais da área no sistema nacional. Aos beneficiários, isso se torna um facili-tador para a manutenção da perfeita saúde bucal.

Com formato personalizado, os aten-dimentos são realizados em consultó-rios particulares e com hora marcada. Informações sobre o plano odontoló-gico da Unimed/Uniodonto podem ser acessadas no link Uniodonto do site www.unimedblumenau.com.br.

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SAÚde dA mulHer

cAmpAnHA cHAmA Atenção pArA o cÂncer

Uma doença muitas vezes silen-ciosa, que pode deixar danos físicos e psicológicos e, em

casos extremos, levar à morte. Es-tima-se que a cada hora seja diag-nosticada uma mulher com câncer de mama no Brasil. Por isso, os me-lhores remédios continuam sendo a prevenção e o tratamento precoce. Para prevenir, deve-se adotar práti-cas recomendadas para a manuten-ção da saúde em geral, como evitar a obesidade com alimentação equi-librada e prática regular de exercí-cios físicos. Mesmo raro antes dos 35 anos, acima dessa faixa etária a incidência cresce de forma rápida e progressiva. Pesquisas da socieda-de Americana de Cancerologia es-timam 16 milhões de novos casos em 2020 no mundo.

Ações da campanha mundial de conscientização sobre a doença são tradicionalmente realizadas em ou-

tubro. O Outubro Rosa, como foi batizado, tem manifestações como a iluminação especial na Torre de Pisa, na Itália, e no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Em Blumenau, a Rede Feminina de Combate ao Cân-cer é a responsável pela campanha de prevenção. Fundada há 38 anos, em 24 de setembro de 1973, a en-tidade conta com 130 voluntários e 11 funcionários. Em média, são atendidas 700 pessoas por mês na sede que fica na Rua Itajaí. São 180 mulheres cadastradas na mastec-tomia, que vão até duas vezes por semana na entidade.

Com as campanhas da Rede Femi-nina de Blumenau, durante todo o ano – pedágios, Tarde Cor-de-Rosa e jantares beneficente – a presiden-te Aglaê Nazário de Oliveira espera conseguir arrecadar dinheiro sufi-ciente para a ampliação da sede. Principalmente, a sala de mastecto-

mia, Segundo a previsão da presi-dente, as obras devem começar em 2012. A despesa da entidade com folha de pagamento, material de ambulatório e laboratório – entre outras, como material de limpe-za – ficam na casa dos R$ 25 mil por mês.

A campanha Outubro Rosa em Blumenau já está consolidada, se-gundo Aglaê. “Este ano, a gente está muito feliz porque todos es-tão entendendo o significado des-sa campanha, do símbolo do laço rosa. Tanto a população quanto as empresas participam de forma efe-tiva da campanha de prevenção”, afirma. O evento que fechou a pas-sagem do outubro rosa por Blume-nau aconteceu dia 30, em passeata com saída da Sede da Rede Femina, às 9h, e chegada no Parque Rami-ro Ruediger, reunindo aproximada-mente mil pessoas.

Banco de Imagens

diagnóstico precoce torna o câncer de mama menos letal

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preVinA-Se

As formas de prevenção do câncer de mama são as mesmas para qualquer tipo de câncer. confira 10 dicas para evitar a doença:

1. Não fume! Essa é a regra mais importante para se prevenir câncer.

2. Alimentação saudável reduz os riscos de câncer em, pelo menos, 40%. Coma mais frutas, legumes, verduras, cereais e menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados. A dieta diária deve conter, pelo menos, cinco porções de frutas, verduras e legumes. Dê preferência às gorduras de origem vegetal, como o azeite extra-virgem, óleo de soja e de girassol, entre outros, lembrando sempre que não devem ser expostas a altas temperaturas. Procure evitar as gorduras de origem animal (leite e derivados, carne de porco, carne vermelha, pele de frango etc.) e algumas gorduras vegetais como margarinas e gordura vegetal hidrogenada.

3. Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas. Os homens não devem tomar mais do que dois drinques por dia, enquanto as mulheres precisam limitar o consumo a um drinque. Além disso, pratique atividades físicas moderadas durante pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana.

4. É aconselhável que homens entre 50 e 70 anos, durante uma consulta médica, orientem-se sobre a necessidade de investigação do câncer de próstata.

5. Os homens acima de 45 anos com histórico familiar de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos devem realizar consulta médica para investigação.

6. As mulheres com 40 anos ou mais precisam fazer o exame clínico das mamas anualmente. Além disso, toda mulher entre 50 e 69 anos deve realizar uma mamografia a cada dois anos. Quem tem caso de câncer de mama na família (mãe, irmã, filha etc., diagnosticados antes dos 50 anos) ou aquelas que tiveram câncer de ovário ou câncer em uma das mamas, em qualquer idade, necessitam executar o exame clínico e a mamografia a partir dos 35 anos, anualmente.

7. As mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem realizar exame preventivo ginecológico. Após dois exames normais seguidos, o exame precisa ser feito a cada três anos. Para os exames alterados, siga as orientações médicas.

8. É recomendável que mulheres e homens, com 50 anos ou mais, façam exame de sangue oculto nas fezes a cada ano (preferencialmente) ou a cada dois anos.

9. No lazer, evite exposições prolongadas ao sol entre 10h e 16h e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e filtro solar. Se você se expõe ao sol durante a jornada de trabalho, procure usar chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.

10. Realize diariamente a higiene oral (escovação) e consulte o dentista regularmente.

Fonte: Instituto Nacional do Câmcer

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As mudanças ocorrem gradati-vamente e, com elas, surgem novas exigências no mercado

de trabalho. isso, algumas profissões se tornam obsoletas, enquanto ou-tras surgem e carecem de mão de obra qualificada. Com a velocidade em que a tecnologia avança, aque-las profissões que já foram ditas do futuro estão cada dia mais presentes

na vida de todos e quem almeja ini-ciar uma carreira profissional precisa estar atento.

“O mundo está cada vez mais virtu-al”. Essa é a constatação da supervi-sora de Recursos Humanos Alessan-dra Buzetto. Ela acredita nas redes sociais como parte da vida cotidiana das empresas. “Antes, tínhamos uma

ficha e você contratava os profissio-nais através dela. Hoje, as áreas de tecnologia de novas mídias têm o perfil profissional de todos lá. O que as empresas têm de cadastramento em um mês com uso da internet, an-tigamente acontecia em um ano”.

Profissionais de mídias sociais já estão deixando de ser terceirizados para fa-zer parte das empresas, conhecendo e se incorporando à realidade delas. O que as empresas percebem e bus-cam atualmente são os profissionais que falam a linguagem da corpora-ção. Na visão da supervisora de RH, as três áreas que mais crescem são a ambiental, de tecnologia e a área da comunicação como um todo.

Ter fluência em outro idioma é re-quisito básico para muitas áreas. Profissionais de logística e comércio exterior são valorizados por grandes empresas que precisam buscar me-lhores contratos de importação e exportação. O fluxo comercial entre Brasil e China, por exemplo, exige que, pelo menos, o inglês seja domi-nada por quem trabalha na negocia-ção, mas, saber o mandarim, idioma falado na maior parte do norte e do sudoeste da China, pode abrir mui-tas portas.

proFiSSÕeS

Banco de imagens

HorA de projetAr o Futuro

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Um dos momentos mais difíceis na vida do jovem é a escolha da profissão. O que cursar na uni-versidade? Que profissão é mais prazerosa? Qual tem melhor re-muneração? São perguntas que, somadas à pressão da família, fazem o jovem se sentir desorien-tado em muitos. Nesse turbilhão de emoções, os testes vocacio-nais servem para ajudar a toma-da de decisão, porém, eles não devem ser adotados como regra geral para escolher a profissão.

Durante esses testes, são avalia-das inteligência global, habilida-des do ser humano, percepções de memória e raciocínio, além da personalidade.

As formas de orientação profissio-nal, aliada a experiências de vida que o jovem tem e as informações sobre a profissão que gosta, po-dem ajudar muito no processo de decisão. A coordenadora do programa Interação Furb, evento aberto à comunidade sempre re-

alizado em setembro e que reúne professores e alunos dos cursos da universidade, acredita que essa etapa introspectiva que o jovem passa já começa durante o ensino médio. “No processo de orienta-ção profissional é apresentado ao jovem as mais diversas possibilida-des de escolha. Nesse momento, o leque se abre. Quanto mais infor-mações o jovem buscar, o leque de possibilidades vai se fechando e ele encontrará a resposta”, ex-plica Candice Nardelli Reif.

escolhendo a profissão

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conHeçA-Se melHor - Pense no que mais gosta de fazer. Isso pode ser uma pista para a escolha profissional, afinal, é importante fazer o que se gosta. conVerSe - Com pais, parentes, amigos e professores sobre as profissões que exercem e como fizeram a escolha. O

caminho percorrido por eles pode ser o seu; a opinião dos outros influencia muito na escolha. peSquiSe - Em livros, revistas, jornais e, principalmente, na internet sobre cursos e profissões. Quanto mais informações,

mais certa será a escolha. inVeStiGue - A matriz curricular (lista de disciplinas) e ementas dos cursos (o que é estudado). Saber o que será estudado

pode mudar tudo. troque ideiAS - Com profissionais e estudantes da área. Tire as dúvidas e saiba a impressão que eles tem sobre a própria

profissão. Saber as vantagens e desvantagens ajuda a decidir o que é melhor para você. trAbAlHe - Em atividades voluntárias, estágio ou emprego. Ter uma experiência profissional ajuda a decidir o que você quer

para o seu futuro. procure SAber - Como é o mercado de trabalho e o salário do profissional formado. Utilize para isso sites de buscas. Faça

de conta que está procurando um emprego como aluno do curso ou profissional formado. ViSite - Instituições de ensino e cursos que você tem interesse, converse com os alunos e professores dos cursos. FAçA o que GoStA - É muito mais fácil estudar e trabalhar com algo que se gosta, que se faz com prazer. O sucesso será

uma consequência. lembre-Se - A escolha do curso é o primeiro passo da vida profissional. É importante, mas não é o último, pode ser

mudada até você se encontrar.Fonte: Furb

pArA eScolHer umA proFiSSão

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Quando se fala em videogame, quem é da década de 1980 lembra do sau-doso Atari. Projetado por Jay Miner e lançado em 1977, nos Estados Uni-dos, ele chegou ao Brasil em 1983, tornando-se um marco da época. Hoje, os jovens que já nasceram in-seridos na tecnologia do celular, dos computadores de mão e da internet, estão habituados a jogos eletrônicos bem mais avançados. Em Florianópo-lis, maior pólo de jogos eletrônicos do Brasil, as empresas estão de olho em jovens e crianças com esse perfil para transformá-los em profissionais. No País, existem, aproximadamente, 35 milhões de jogadores, formando o quarto mercado consumidor do mundo, mas, a indústria nacional de games ainda é pequena.

O setor já sofre com a falta de mão de obra, mas, esse não é o único fator que contribui para que o País ainda não tenha destaque no merca-do mundial. Para o doutor em com-putação gráfica Paulo César Rodacki Gomes, o Brasil está crescendo, mas, sofre com a pirataria. Paulo atua no desenvolvimento de softwares para as plataformas dos produtos Apple e de jogos para iPad e iPhone.

Em relação aos jogos antigos, como do Atari, Paulo diz que a tecnologia dos games atualmente pode ser usa-da em outras áreas e não servem ape-nas como mera diversão. A inovação

gerada pela tecnologia de um jogo eletrônico permite que as imagens não sejam mais opacas e somente em duas dimensões. É possível visu-alizar a tela toda do jogo movendo-a em diversos ângulos ou caminhando pelo cenário em todas as direções, principalmente nos jogos de RPG. Aprimorar o movimento de câme-ra de um jogo, por exemplo, pode melhorar o controle na área de se-gurança. Já na arquitetura, a pessoa caminha por todos os cômodos de um imóvel como se estivesse partici-pando de um jogo.

Quem desenvolve um jogo pode tra-balhar em várias áreas. Em algumas ocasiões, é necessário uma equipe multidisciplinar, porque envolve pes-soas que dominam programação, a plataforma em que será rodado o jogo, programando o conjunto de dados e informações que fazem parte dele. Para compor o jogo, é preciso alguém que faça de arte gráfica, a música, os cenários e os personagens. Na Furb, onde Pau-

lo é professor do curso de Ciências da Computação, em algumas dis-ciplinas ele aborda a questão de desenvolvimento de jogos.

Para um game ficar pronto precisa passar pela fase de testes e ajustes, o que leva em média quatro meses no caso de jogos para iPad e iPhone. O mercado de trabalho não se restringe só ao Brasil, a internet foi um grande avanço nesse sentido. Um dos pontos positivos em relação ao passado, se compararmos o tempo de cinco ou dez anos, o preço dos computadores que hoje estão mais acessíveis.“Hoje até profissionais autônomos conse-guem desenvolver jogos com mais facilidade. Quando se faz um jogo, se deve pensar em vender para o mun-do interio. Por exemplo, hoje você disponibiliza para o mundo através de um site”, explica Gomes.

No Estado, quem quiser se especiali-zar em desenvolvimento de jogos ele-trônicos tem a Univali como opção. O curso foi implantado em julho de 2008, no campus de Florianópolis. A duração é de dois anos e meio e for-ma Tecnólogo em Jogos Digitais. O bacharelado em Ciência da Compu-tação da Furb oferece formação que inclui disciplinas fundamentais para o desenvolvimento de jogos, como programação, inteligência artificial, computação gráfica, multimídia e desenvolvimento para iPhone.

proFiSSÕeS

jogo eletrônico não é brincadeira

Empresas de game estão de olho em jovens e

crianças com perfil para torná-los profissionais

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muSeu HerinG dÁ exemplo de preSerVAção

Criada em 1880, a Trikotwaren Fabrik Gerbruder Hering, como foi batizada pelos fundadores

e irmãos Hermann e Bruno Hering, passaria a ditar o perfil econômico de Blumenau. Propulsora do ramo têxtil catarinense, com mais de 130 anos de história, a Cia. Hering é a maior fran-quia de vestuário do Brasil. Toda a ri-queza dessa história pode ser contem-plada na exposição ‘Tempo ao Tempo’, no museu que leva o sobrenome dos fundadores, anexo à sede da empresa, no Bairro Bom Retiro, em Blumenau.

Para abrigar o museu, a empresa res-taurou o imóvel enxaimel tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual em 2002. Estima-se que a casa tenha sido erguida no final do Século 19, muito provavelmente em 1893, período em que a família transferiu a malharia, antes na Rua XV de Novembro, para a região onde está hoje localizada o polo administrativo e o mais antigo centro industrial da empresa.

O arquiteto Paulo Zutter, especialista em construções históricas e responsá-vel pela primeira restauração da casa, em 2000, conta que, no processo de restauro, a casa foi desmontada e, depois de um tratamento peça por peça, entre madeiras e tijolos, foi re-erguida. Durante o procedimento, todos os tijolos originais da constru-ção foram numerados. “Foi preferível remontá-la e ter bastante precisão nos detalhes. Parece extravagante, mas foi necessário”, justifica.

Na intervenção mais recente, o pré-dio sofreu adaptações para abrigar o acervo e atender aos visitantes e administração do museu. Foram redi-mensionadas as instalações elétricas, hidráulicas e executadas aplicações de climatização e acessibilidade. A Kos-thaus, como era chamada a casa que abrigava espaço para refeições e biblio-teca da empresa, ganhou um deck e trabalho paisagístico. A execução, sob comando do arquiteto Jonathan Mar-

celo Carvalho, priorizou externamente espaços para convivência e promoções culturais.

O museu é a materialização de um sonho do empresário Ingo Hering. Na comemoração do centenário da em-presa, ele escreveu uma carta em que dizia: “A Cia. Hering se sentiria particu-larmente feliz se pudéssemos, juntos, reconstruir, com a maior riqueza pos-sível de documentos, objetos e máqui-nas, a memória da empresa”.

A tecnologia e história se misturam no projeto desenvolvido pela museó-loga Marília Xavier Cury, da Universi-dade de São Paulo (USP). O formato cria uma exposição interativa que é dividida entre a família Hering – com biografias, fotos, genealogia e docu-mentos -, além do resgate histórico empresarial apresentando os desa-fios, os fundadores o maquinário de ontem e as inovações inseridas com o tempo.

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obra em frente ao museu é do artista plástico nelson Graubart

HiStÓriA

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HiStÓriA

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Campanhas publicitárias, marcas, peças do vestuário e o depoimento de 130 pessoas, entre colaborado-res, ex-colaboradores e diretores, também estão inclusos no acervo que possui, também, um software de criação que proporciona ao visi-tante sair do museu com uma cami-seta personalizada.

Entre as principais atrações estão dois teares manuais restaurados e que permitem ao visitante tecer a malha como se fazia no Século 19. Os equipamentos foram restaurados por Sido Stribel, trabalhador aposen-tado que atuou por 41 anos na Cia. Hering (1948 a 1989) e trabalhou na construção de 158 teares para a em-presa. A montagem das máquinas, na época, driblava as dificuldades de importação de equipamentos.

Outro detalhe bastante rico é a obra de arte desenvolvida por Nelson Graubart a pedido da Cia. Hering. A peça é uma réplica da estátua crida para o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) para homenagear o Conselho de Designer da Moda da América, detentor da marca ‘Alvo da Moda’ e que licenciou o IBCC para

desenvolver a campanha ‘Câncer de Mama no Alvo da Moda’ no Brasil, com parceria da Cia. Hering.

Amélia Malheiros, responsável pela comunicação coorporativa da em-presa, cita como experiência rica o trabalho que está sendo desenvol-vido, proporcionando uma grande troca com a comunidade. “A opor-tunidade de compartilhar a bela história da industrialização de Santa Catarina, do empreendedorismo dos primeiros colonizadores e a contri-buição da companhia nesse contexto é algo muito gratificante”, aponta.

O subsolo da casa revela curiosida-des do final do Século 19. O alça-pão que liga a parte externa à par-te mais baixa da construção e por onde passavam os alimentos que eram armazenados, permanece in-tacto e mostra parte do modo de vida da época.

A parede de pedras, erguida para se-gurar o barranco, hoje parece mais um ornamento. O piso de ladrilho hidráulico, bem conservado, traz um charme especial para o ambiente e remete ao Século 19.

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Sido Stribel restaurou os teares expostos no museu

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Com o intuito de mostrar os arcos que sustentam a casa, um dos cantos do subsolo foi deixado exposto para se observar a parte mais próxima ao solo, inclusive com os tijolos aparentes. Com três andares, a casa, foi construída com a técnica enxaimel, que encaixa hastes de madeira entre si e tem os espaços pre-enchidos com tijolo, típico dos coloniza-dores alemães. A cobertura é de telhas em forma de rabo de castor ou escama de peixe.

No piso térreo, o teto, tipo saia e camisa - estilo com influência europeia bastante usado no Brasil colonial - destaca o capri-cho e o zelo dos antepassados. Ao redor da casa, um projeto paisagístico traz ain-da mais beleza à construção centenária. Um deck que se estende por uma das laterais ajuda a ampliar a belíssima vi-são da casa em estilo enxaimel. Ao lado, mais um espaço feito em pedras portu-guesas, ou petit pavê, é destinado à con-templação.

Áreas de contemplação

Rua Hermann Hering, 1790, Bairro Bom Retiro, Blumenau Exposição ‘Tempo ao Tempo’ Visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 18h Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h Informações: 3321-3341

muSeu HerinG

A tecnologia ajudaa observar a história

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Muitos caminhos levam a Ma-chu Picchu, mas a trilha do Salkantay é a rota preferida

dos turistas. E foi com a ideia de fazer essa trilha que o radiologista Paulo César Granero, a esposa e pa-tologista Luzete Cristina Granero e os filhos João e Laura fizeram uma viagem ao Peru, em julho.

A família partiu do aeroporto de Flo-rianópolis, com conexão em São Pau-lo, para desembarcar em Lima, capi-tal do país vizinho. De lá, seguiram para Cuzco, a cidade mais antiga da América do Sul, encravada a 3.360 metros de altitude, de clima seco. Lá, passaram um dia para se adaptarem a altitude, antes de começar a trilha.

Cuzco tem cerca de 300 mil habitan-tes, um número próximo ao que se estima nos tempos incas. A principal característica é ter a cidade colonial espanhola assentada sobre a cidade inca, feita com as maiores pedras

do império e as mais arredondadas, preservando o traçado, a engenharia e hidráulica. É considerada a capital arqueológica da América do Sul e é patrimônio cultural da humanidade, título concedido pela Unesco.

Dra. Luzete conta que em Cuzco é servido chá de coca, sugerido para amenizar os efeitos da altitude. O chá amargo é oferecido na chegada aos hotéis. As folhas de coca para mascar também são vendidas em feiras de rua. “Devido à altitude, a digestão demora mais, causando sensação de desconforto ao turista desavisado. É preciso comer pouco e se hidratar bastante”, orienta.

Há duas maneiras de se fazer a trilha de Salkantay: ficando em barracas em acampamentos ou em lodges (pequenas pousadas de montanha). A família optou em ficar nos lodges, que a empresa Mountain Lodges of Peru construiu ao longo da trilha.

Foram sete dias de caminhada, com um grupo de 12 pessoas e sempre acompanhados de um guia. O ponto mais alto da trilha de Salkantay che-ga a 4,6 mil metros de altitude.

Como optaram por ficar nos lodges, o máximo de bagagem era uma mo-chila de 10 quilos para cada pessoa, que eram transportadas por mulas. Dra. Luzete recomenda levar uma bota para caminhada, roupas leves, tênis e meias grossas. A caminhada começava entre 7h e 8h e segue até 17h.

Durante a trilha, os lanches são rá-pidos. Em alguns dias, um auxiliar e um cozinheiro seguiam a cami-nhada com o grupo e faziam o al-moço. No percurso, podem ser vis-tos pequenos povoados e, no meio das montanhas, belos lagos. “É uma viagem para quem gosta de aven-tura e contato com a natureza”, afirma a médica.

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Fotos Divulgação

dra. luzete (d) com os filhos e duas mulheres peruanas trajadas tipicamente

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À medida em que o grupo vai se aproximando de Machu Picchu, a 2,4 mil metros de altitude, percebe-se a exuberância da vegetação e, aos poucos, a cidade se descortina lá no alto. Como Machu Picchu é con-siderado um território a parte, para entrar é preciso passaporte. “Esse ano, como era o centenário de Machu Picchu, ganhamos um carimbo especial no passaporte”, conta Dra. Luzete.

Na cidade histórica, as construções com pedras enormes, encaixadas milimetricamente, ainda se encontram preservadas, ocultando técnicas utilizadas há mais de 500 anos. Lá, um guia nativo explica toda a his-tória local para os turistas. Depois de passar o dia em Machu Picchu, o grupo pegou um trem de volta, saindo de Águas Calientes, para Cuzco.

Cuzco oferece boas opções de passeios. A família resolveu ficar mais dois dias na cidade, repleta de turistas. O típico de lá, além do artesana-to inca, são as roupas feitas de lã de alpaca. Também há muitos museus que mostram a cultura inca, além de lojas com produtos artesanais.

Segundo Dra. Luzete, a comida peruana da montanha tem como base os grãos, como milho e quinoa, além de batatas e carne. Mas, o que mais chamou a atenção da família foi a hospitalidade peruana. “Eles se esforçam bastante para que todos tenham uma ótima viagem”, salienta. Além disso, ficaram encantados com os hotéis, comidas e disponibilida-de de vinhos e restaurantes de Cuzco. “A infraestrutura para os turistas é super-organizada e com preços acessíveis”, destaca.

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As ruínas da cidade inca têm o poder de encantar os visitantes

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ViAGem

Foi o professor norte-americano Hiram Bingham que, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu, em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador e explorador, aficionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos.

Bingham a chamou de “Cidade Perdida dos Incas” no primeiro livro (Lost City of the Incas). Porém, na época, a meta de Bingham era outra: en-contrar a legendária capital dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572.

Ao penetrar pelo cânion do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Mas, alcançá-las significava subir por uma empinada ladeira coberta de vegetação. Quan-do Bingham chegou à cidade pela primeira vez, encontrou as ruínas tomadas por vegetação nativa e árvores. Desde então, a fama de Machu Picchu se espalhou e ela recebe visitantes do mundo inteiro.

A redescoberta

praça das Armas, em cuzco, com a catedral ao fundo. Abaixo, a famíliano passo Salkantay, o ponto mais alto da trilha até machu picchu

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