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Dezembro de 2016 Edição: 363 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva LBP defende novos comandantes distritais oriundos dos bombeiros CN “E ste Natal, com a participação dos ouvintes, a Rádio Renascença (RR) quer ajudar os bombeiros portu- gueses, numa oportunidade de agrade- cer a coragem e o empenho dos Solda- dos da Paz”. Durante todo o ano os bombeiros es- tão disponíveis para defenderem vidas e bens. Combatem e arriscam tudo por cada um dos portugueses, muitas vezes com falta de equipamento e recursos fi- nanceiros. O objectivo é melhorar e dignificar a vida dos bombeiros portugueses através, por exemplo, da compra de equipamentos de protecção individual e do apoio ao Fundo de Protecção Social dos Bombeiros. Por seu turno, o presidente da Liga dos Bombeiros Portu- gueses, comandante Jaime Marta Soa- res, agradece à Renascença a iniciativa tomada e elogia o esforço que todos os seus profissionais estão a desenvolver para que desta iniciativa resultem os me- lhores resultados em prol dos bombeiros. A esse propósito, o presidente da LBP quer também destacar o apoio inexcedí- vel do cónego Américo Aguiar, presiden- te do conselho de administração da RR, cuja atenção e carinho para com os bombeiros já ficou também bem patente anteriormente quando, na qualidade de presidente da Irmandade dos Clérigos, Porto, facultou-lhes, por duas vezes, a totalidade dos ingressos cobrados aos visi- tantes do monumento em dois fins de semana para apoio do Fundo de Protecção Social do Bombeiro. CAMPANHA RENASCENÇA “Juntos pelos Bombeiros” VILA NOVA DE FAMALICACÃO TRAUMA E DESENCARCERAMENTO Portugal entre os melhores Página 5 Página 13 Página 32 Páginas 10 e 11 Celorico da Beira Pág. 14 Valpaços Pág. 15 Ponte da Barca Pág. 23 Tributo ao pioneirismo

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Page 1: Pág. 15 Pág. 23 CN LBP defende novos comandantes distritais · para trás ficam trezentos e tantos dias mar-cados pelo frenesim do tempo que passa, pela pressa impiedosa das horas,

D e z e m b r o   d e   2 0 1 6   Edição:  363  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

LBP defende novos comandantes distritaisoriundos dos bombeirosCN

“Este Natal, com a participação dos ouvintes, a Rádio Renascença

(RR) quer ajudar os bombeiros portu-gueses, numa oportunidade de agrade-cer a coragem e o empenho dos Solda-dos da Paz”.

Durante todo o ano os bombeiros es-tão disponíveis para defenderem vidas e bens. Combatem e arriscam tudo por cada um dos portugueses, muitas vezes com falta de equipamento e recursos fi-nanceiros.

O objectivo é melhorar e dignificar a vida dos bombeiros portugueses através, por exemplo, da compra de equipamentos de protecção individual e do apoio ao Fundo de Protecção Social dos Bombeiros.

Por seu turno, o presidente da Liga dos Bombeiros Portu-

gueses, comandante Jaime Marta Soa-res, agradece à Renascença a iniciativa tomada e elogia o esforço que todos os seus profissionais estão a desenvolver para que desta iniciativa resultem os me-lhores resultados em prol dos bombeiros.

A esse propósito, o presidente da LBP quer também destacar o apoio inexcedí-vel do cónego Américo Aguiar, presiden-te do conselho de administração da RR, cuja atenção e carinho para com os bombeiros já ficou também bem patente anteriormente quando, na qualidade de

presidente da Irmandade dos Clérigos, Porto, facultou-lhes, por duas vezes, a totalidade dos ingressos cobrados aos visi-tantes do monumento em dois fins de semana para apoio do Fundo de Protecção Social do Bombeiro.

CAMPANHA RENASCENÇA

“Juntos pelos Bombeiros”VILA NOVA DE FAMALICACÃO

TRAUMA E DESENCARCERAMENTO

Portugalentre

os melhores

Página 5

Página 13Página 32

Páginas 10 e 11

Celorico da Beira Pág. 14

ValpaçosPág. 15

Ponte da Barca Pág. 23

Tributoao pioneirismo

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2 DEZEMBRO 2016

Ou contam ou não contamA questão é lamentavel-

mente recorrente. Diria até que é quase histórica,

e que há muito devia ter sido ultrapassada. Esse é o desejo renovado dos bombeiros no seu dia a dia e da própria Liga dos Bombeiros Portugueses nos muitos contactos institucionais em que tem chamado sempre a atenção para o facto.

Nesta matéria, como em tan-tas outras que dizem respeito ao socorro não há, não deve, nem pode haver meio-termo ou qualquer tipo de eventual jogo escondido. Ou contam connos-co ou não contam.

Todos sabem que os bombei-ros asseguram mais de 90 por cento do socorro pré-hospitalar em Portugal a solicitação do Instituto Nacional de Emergên-cia Médica (INEM) através dos centros de orientação de doen-tes urgentes (CODU). O INEM é a entidade que legalmente gere esse socorro mas na prática são os bombeiros que o satisfazem quase na totalidade. Os núme-ros falam por si e as competên-cias demonstradas pelos bom-beiros também.

A realidade do dia a dia é cla-ra, demonstrando quantitativa e qualitativamente o papel dos bombeiros no socorro pré-hos-pitalar. Contudo, perante factos tão evidentes, o INEM repetida-mente demonstra os seus com-plexos em relação à sua natural e positiva dependência dos bombeiros para cumprir a mis-são de socorro. Diria até que poderemos estar perante um caso de bipolaridade institucio-nal em que, umas vezes valori-

za o papel do parceiro bombei-ros, e outras vezes, temeroso do impacto que essa relação possa evidenciar esquece-os ou apaga-os.

Vejamos o caso concreto do anúncio feito pelo INEM sobre o reforço de meios de emergência no decorrer do presente mês de Dezembro e noite de fim de ano. Limita-se a falar dos seus próprios meios, claramente exí-guos relativamente a todos os outros que os bombeiros facul-tam. Diz que vai reforçar os seus meios, inclusive, na noite da passagem de ano, mas omi-te, por razões que lamentamos, todo o dispositivo de pré-hospi-talar que os bombeiros, por sua própria iniciativa, também re-forçam na mesma época sem necessitar de parangonas.

Será até de estranhar que o INEM pretenda reforçar o seu próprio dispositivo de socorro e nem acorde com os seus princi-pais parceiros, os bombeiros, os termos desse reforço.

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses, lamentavelmente, não foi tida nem achada nessa ma-téria mas, à parte isso, sabe que pode testemunhar aos por-tugueses que, na passagem de fim de ano, como em todas as noites e dias do ano, os bom-beiros estarão nos seus postos, alerta, disponíveis, solícitos para a resposta às necessida-des dos seus concidadãos.

Rocha da Silva, primeiro mé-dico responsável do Serviço Na-cional de Ambulâncias (SNA) que deu origem ao INEM, não pensava assim dos bombeiros. Sabia bem, como eu próprio

pude testemunhar por diversas vezes, que os bombeiros eram o parceiro fundamental do ser-viço que então surgia e só cres-ceu graças a essa muleta provi-dencial.

O INEM tem dias, não é de agora, é um posicionamento de anos e que há muito devia ter mudado a bem de todos. Pensa por e para si próprio e, não obs-tante sussurrar às vezes o con-trário, de facto é constrangido, quase envergonhado na afirma-ção da necessidade do seu par-ceiro.

Não tenho qualquer dúvida que sem os bombeiros o SNA/INEM pura e simplesmente não teria passado do papel.

Ao longo do tempo são mui-tas as atitudes conhecidas na tentativa incompreensível de sacudir o parceiro, a raiar, mui-tas vezes, a verdadeira megalo-mania doentia.

Veja-se o caso das ambulân-cias entregues aos bombeiros no âmbito dos Postos de Emer-gência Médica (PEM). Qual a ra-zão pela qual o INEM é tão re-sistente a que as respectivas associações e corpos de bom-beiros evidenciem os seus sím-bolos nessas ambulâncias? De facto, a hierarquia de símbolos devia ser a contrária à pretendi-da pelo INEM, ou seja, a evi-dência dos símbolos dos bom-beiros, que são quem operam na realidade aquele meio, e de-pois do INEM, enquanto pro-prietário da mesma.

Daí, por isso, erradamente, as pessoas que não estejam tão familiarizadas com os bombei-ros, dizerem que em certas cir-

cunstâncias quem as terá assis-tido foi o INEM quando, na ver-dade, quem esmagadoramente o fez e o faz são os bombeiros, com as suas competências, “know-how”, conhecimentos e experiência com recurso ape-nas à ambulância cedida pelo INEM.

Estes são pequenos/grandes expedientes que ajudam o INEM a estabelecer a confusão.

Todos sabemos tão bem que, quantas vezes os bombeiros, a solicitação do CODU/INEM, che-gam com as suas próprias am-bulâncias, tão ou mais bem equipadas que as do INEM, e são confrontados com a estra-nheza da sua chegada com tais meios quando as pessoas terão

chamado e contavam com a chegada do INEM?

A verdade tem que prevale-cer sobre tudo isto. Importa so-correr bem e, ao mesmo tem-po, evidenciar quem tem o mé-rito de o fazer.

Lutemos pelo reforço de uma parceria que para ser verdadei-ra e ainda mais eficaz, deve ser levada a sério, assumida com verdade, na prática, assente no respeito mútuo, entendida em termos de paridade e reconhe-cimento mútuo das mais-valias, competências e méritos de cada um.

Haverá sempre quem coor-dene, esse será o papel do INEM, quem tenha a capacida-de legal para o fazer mas que

saiba, a par disso, manter uma postura de unidade e respeito.

Cabe ao INEM cumprir o seu papel mas importa que não ten-te ceder à tentação de cavalgar o parceiro a troco de injusta e falsamente passar a ideia de que, para além do seu papel, também se apropria de forma abusiva da missão e do papel dos outros, diga-se, dos bom-beiros.

No fundo, importa que o INEM se deixe de complexos e defina claramente, com as respectivas consequências, se conta ou não com os bombeiros. E que se lembre, também, que só existe, de facto, por que há bombeiros.

Artigo escrito de acordocom a antiga ortografia

E mais um ano está prestes a chegar ao fim, para trás ficam trezentos e tantos dias mar-

cados pelo frenesim do tempo que passa, pela pressa impiedosa das horas, pela azáfama diá-ria que não permite períodos mortos. Mas, por agora, a época é de paz, de alguma tranquilida-de que abre portas à reflexão sobre o tanto fei-to e outro que ficou por cumprir.

Novos objetivos, novos desafios surgem ali já à frente no dealbar de mais um ano. Dentro de dias, todos, de uma ou outra forma, estaremos, mesmo que mentalmente, a planear novos fei-tos, a deslocalizar metas, a agendar outras con-quistas.

A escassos dias do final de mais um ano, em quadra de muitos e bons valores, resta-nos de-sejar que a solidariedade, o amor ao próximo e a generosidade irrompam na vida de todos. A época impõe uma espécie de catarse ou reden-ção ao “comum dos mortais” que, durante o ano se arreda de princípios mais nobres e que, nes-ta época, tenta vestir os melhores sentimentos.

Com o hábito de fazer o bem, os bombeiros,

com e sem farda, surgem assim como um mo-delo que importa seguir, desde logo pela forma como estes homens e mulheres se dão aos ou-tros, pelo tempo que emprestam a esta causa. Ao “fazerem o bem, sem olhar a quem” milha-res de voluntários de norte a sul do País, pro-vam que de facto “Natal é quando um homem quiser” e traduz-se no que dão, sem nada espe-rar em troca.

Resta-nos, assim, desejar que a quadra traga tudo de bom a operacionais e dirigentes, que permita a concretização de projetos e a supera-ção de lacunas bem como realização e valoriza-ção pessoal.

Aproveitamos para agradecer e retribuir as mensagens, os e-mails e postais – sim, porque a tradição ainda é o que era – que nos têm che-gado nas últimas semanas de vários bombeiros dos quadros de honra, de elementos dos corpos ativos e de comandantes e presidentes que em nome das suas instituições que muito sensibili-zaram equipa do jornal Bombeiros de Portugal.

A todos um enorme obrigada e votos de um

natal muito feliz, designadamente para aqueles os que numa época tão especial deixam as suas casas e as suas famílias para garantir a prote-ção e o socorro das comunidades que servem.

Aproveitamos ainda, porque já só regressa-mos em 2017, uma entrada em grande no novo ano.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Natal também é fazer o bem sem olhar a quemFo

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Presépio dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Corvo

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3DEZEMBRO 2016

O Natal é por tradição, época de Paz, Amor e Solidariedade, valo-res que são particularmente ca-

ros aos Bombeiros Portugueses, por-que os praticam a cada momento na afirmação das suas convicções huma-nitárias, na sua disponibilidade e no desempenho da sua missão e em todos os dias do ano.

Estando a Família dos Bombeiros Portugueses imbuída desse espírito ao

longo de todo o ano, entendo nesta quadra saudá-los todos e às suas famí-lias, milhares de mulheres e homens de diferentes idades e condição social, inseridos nas associações humanitárias de voluntários, em corporações profis-sionais e estruturas privativas. Todas estas mulheres e homens, sem excep-ção, prestam um inestimável contribu-to à defesa da vida e haveres dos seus concidadãos, num exemplo notável de

coragem, solidariedade e humanismo no serviço à Comunidade, quantas ve-zes à custa da própria vida.

Os Bombeiros sempre foram e conti-nuam a ser um referencial de abnega-ção, altruísmo, nobreza, espírito de missão, carácter e ética sendo também por isso o grande pilar de sustentação do bem estar e qualidade de vida de todos os Portugueses.

Não o fazem sozinhos, e esse é ou-

tro vector importante e digno de realce e valorização, fazem-no integrados em estruturas, Associações Humanitárias e Corpos de Bombeiros, cujos dirigen-tes e comandantes são também credo-res de todo o nosso respeito e admira-ção pelo seu trabalho em prol de tão nobre missão.

É, pois, com respeito, carinho e mui-ta admiração que me dirijo aos Bom-beiros Portugueses e às suas famílias,

desejando-lhes um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

Que o espírito humanista e solidário dos Portugueses nunca baixe os bra-ços. Sei eu, sabemos todos que os bombeiros nunca o farão.

Lisboa, 14 de Dezembro de 2016A BEM DA HUMANIDADE

O Presidente do Conselho ExecutivoJaime Marta Soares

Comandante

Mensagem de Natal

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4 DEZEMBRO 2016

A Associação Humanitária e Beneficente dos Bombeiros

Voluntários de Braga foi distin-guida pela Câmara Municipal com a medalha de honra da ci-dade, grau ouro, entre 48 enti-dades e personalidades tam-bém homenageadas na cerimó-nia que decorreu no Dia de S. Geraldo, a 5 de dezembro, no Theatro Circo de Braga.

A Associação dos Bombeiros de Braga foi também a escolhi-da para intervir em nome de to-dos os distinguidos.

Na sua intervenção, o presi-dente da direção, António Fer-reira, explicou que “é neste contexto que aqui estou, honra-do e feliz por, em nome da As-sociação Humanitária e Benefi-cente de Bombeiros Voluntários de Braga e também em repre-sentação de todas as entidades, instituições ou personalidades que hoje aqui foram igualmente medalhadas, poder proferir, pe-rante tão ilustre assembleia, umas palavras de aplauso, de agradecimento, de compromis-so e de apelo”.

Referindo-se aos bombeiros, aquele dirigente sublinha que “ no dia em que recebemos tão importante distin-ção, quero aqui e agora prestar sincera e pública homenagem a todos os bombeiros, desde os co-mandantes até aos bombeiros menos graduados e também a todos os que assumiram funções nos vários corpos diretivos da nossa Associação e que ao longo destes quase 140 anos tão valiosos e relevantes serviços prestaram à nossa cidade e ao nosso distrito”.

O capitão António Ferreira, não deixou de lem-

brar as condições difíceis que o atual quartel ofe-rece, afirmando ao presidente da Câmara Munici-pal, Ricardo Rio, que “apesar das enormes limita-ções que enfrentamos (…) sobra-nos a coragem, o entusiasmo e a vontade de elevar mais alto a fasquia do nosso desempenho e da nossa compe-tência”.

Refira-se que o arcebispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, foi também distinguido com a me-dalha de honra da cidade de Braga.

BRAGA

Associações distinguidasA Câmara Municipal de Espo-

sende aprovou, em reunião do executivo e por unanimida-de, o Regulamento de Conces-são de Benefícios Sociais aos Ci-dadãos Voluntários em Corpos de Bombeiros do Município de Esposende. O documento vai ser agora sujeito a discussão pública, dando oportunidade a que qualquer interessado possa pronunciar-se sobre as normas de apoio definidas, através da apresentação de reclamações, observações ou sugestões. Fin-do o período de consulta públi-ca, o regulamento terá que ser aprovado pela câmara municipal e, posteriormente, pela assem-bleia municipal.

Estes benefícios sociais são na ótica do presidente da autar-quia, Benjamim Pereira, uma forma de incentivar o volunta-riado nos quartéis que se come-çam a debater com a escassez de pessoas dispostas a abraçar esta causa e se disponham a trabalhar em prol da comunida-de, de forma abnegada.

Com estas medida pretende a autarquia de Esposende “criar um instrumento de caráter so-cial que conceda a estes cida-dãos determinadas vantagens e benefícios, incentivando-os ao exercício do voluntariado, reco-nhecendo, também por esta via, a mais-valia do seu trabalho”.

De acordo com o regulamen-to, os bombeiros voluntários do quadro ativo dos corpos de bombeiros de Esposende e de

Fão podem beneficiar de seguro de acidentes pessoais, redução de 50% do pagamento de taxas de licenciamento para constru-ção, reconstrução, ampliação e alteração de primeira habitação, isenção de taxas de ligação e de faturação de água, saneamento

e lixo, utilização gratuita das piscinas municipais, prioridade na atribuição de habitação so-cial promovida pelo município, bem como de aconselhamento jurídico e apoio psicológico em situações decorrentes do exercí-cio da sua função humanitária.

ESPOSENDE

Município aprova incentivos

A Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) foi infor-mada pelo Secretário de

Estado da Saúde, Manuel Del-gado, de que, na última sexta--feira, ante véspera do dia de Natal, proferiu um despacho que vai permitir, até final do corrente ano, transferir para as Associações de Bombeiros 5 milhões de euros.

Esta verba destina-se a pa-gar valores em dívida para com os Bombeiros, resultantes da prestação de serviços cujo pagamento há muito deveria ter sido realizado.

O presidente da LBP, co-mandante Jaime Marta Soa-res, congratulou-se com a me-dida anunciada, defendendo que vem demonstrar sensibili-

dade do Ministério da Saúde para com os argumentos apre-sentados pela confederação, na defesa do cumprimento das obrigações daquele Ministério para com um dos seus mais importantes parceiros, os Bombeiros, a braços com difi-culdades financeiras criadas precisamente por esses atra-sos.

ÚLTIMA HORAPagamentos da Saúde aos bombeiros

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A Câmara Municipal da Maia decidiu apoiar, com 22 mil euros cada, as duas associações de bombeiros voluntários do con-

celho, Pedrouços e Moreira da Maia.No primeiro caso o apoio será aplicado no apoio à aquisição

de uma viatura que substituirá outra perdida em acidente quan-do se dirigia para o combate a um incêndio florestal em Valon-go.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) considerou a viatura acidentada como perda total razão pela qual terá entre-gue aos bombeiros 90 mil euros correspondentes, valor com o qual não conseguem adquirir uma nova. O apoio da autarquia irá cobrir metade dos 44 mil euros em falta para essa aquisição.

Os Bombeiros de Moreira da Maia vão aplicar os 22 mil euros no apoio à aquisição de duas ambulâncias de transporte de doentes.

MAIA

Autarquia apoia voluntários

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5DEZEMBRO 2016

Considerando que:• Não existe legislação que defina os re-

quisitos orientadores das nomeações para os cargos de Comando Nacional, Regional e Dis-trital;

• É necessário e fundamental dar cabal cumprimento ao reconhecimento público, as-sumido pelo Governo, através do Secretário de Estado da Administração Interna, Municí-pios, Freguesias e pela ANPC, de que o prin-cipal agente de proteção civil em Portugal, são os Bombeiros;

• Tal reconhecimento pode e deve ser as-sumido como realidade prática e objetivaob-jectiva do socorro em Portugal;

• Uma parceria tem que envolver neces-sariamente a experiência prática, de ambos os lados, entendendo-a numa base de con-fiança mútua;

• A maior parte das ações de proteção ci-vil, numa percentagem de 98%, são coman-dadas e resolvidas nos teatros de operações pelos Bombeiros de Portugal;

• É necessário que os elementos dos co-mandos distritais associem o conhecimento teórico, à experiência prática e ao conheci-mento profundo da orgânica e do modus ope-randi dos principais agentes de proteção civil;

• É imprescindível que os elementos dos comandos distritais tenham um conhecimen-to profundo do terreno, das suas característi-cas morfológicas, das dinâmicas do fogo e do socorro em geral:

O Conselho Nacional da Liga dos Bombei-ros Portugueses, reunido no dia 17 de de-zembro de 2016, no quartel sede da Associa-ção Humanitária de Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, ciente de interpretar a vonta-de das estruturas nacionais dos Bombeiros de Portugal, mas ciente também da longa experiência de todos os seus membros, que representam a estrutura local, regional e na-

cional dos Bombeiros Portugueses, e en-quanto órgão soberano, ente Congressos, decide recomendar:

• Que os candidatos a nomear, pela tute-la, para os comandos distritais, cumpram, cumulativamente, os seguintes requisitos:

• Seja cooptado das fileiras do principal agente da proteção civil, os Corpos de Bom-beiros;

• Seja licenciado e com experiencia de Comando de Corpo de Bombeiros;

• Tenha formação adequada e atualizada no âmbito de Comando e de Combate a In-cêndios (Urbanos, Industriais e Florestais) e em todas a outras missões de Socorro;

• Tenha conhecimentos adequados em matéria de atribuições, competências, orga-nização e missões dos Corpos de Bombeiros;

• Tenha boa capacidade de Comando de homens e facilidade de diálogo entre os vá-rios agentes de Proteção Civil;

• Tenha disponibilidade pessoal para o exercício do cargo (permanente);

• Tenha capacidade física, tenha equilí-brio psicológico e emocional perante o risco e gosto pelo exercício da função;

• Que a sua nomeação seja antecedida de parecer da Liga dos Bombeiros Portugue-ses.

Desta forma entendem os membros cons-tituintes deste Conselho Nacional ficar asse-gurado o perfil adequado e a indispensável interação entre o Comando Distrital e os Agentes de Proteção Civil que asseguram a operacionalidade do setor.

Aprovado, por unanimidade, no Conselho Nacional, de 17 de dezembro de 2016, em Barcelinhos

A BEM DA HUMANIDADEO Presidente do Conselho Executivo

Jaime Marta SoaresComandante

Recomendação

A Liga dos Bombeiros Por-tugueses reuniu em Con-selho Nacional, pela últi-

ma vez este ano, no passado dia 17, em Barcelinhos, reunião magna que permitiu a aprova-ção do Plano de Atividades e Orçamento da confederação para 2017 e abriu espaço à dis-cussão e ao balanço sobre as questões que marcaram o setor no ano que agora finda.

Nesta reunião magna, mar-cada pelo consenso, mereceu unanimidade uma recomenda-ção proposta pelo conselho executivo da LBP dirigida ao Governo para que a nomeação

dos comandos distritais da Au-toridade Nacional de Proteção Civil assente numa série de re-quisitos, entre os quais a prove-niência das fileiras do principal agente da proteção civil e na experiência nessa área que ga-rante o bom desempenho de funções.

Esta recomendação, segundo a confederação, que traduz “a vontade das estruturas nacio-nais dos Bombeiros de Portugal”, permitirá assegurar a qualidade e a interação indispensável entre os comandos distritais e os agentes de proteção civil que as-segura a operacionalidade. Nos

considerandos que fundamen-tam o documento a LBP sublinha que “a maior parte das ações de proteção civil, numa percenta-gem de 98%, são comandadas e resolvidas nos teatros de opera-ções pelos Bombeiros de Portu-gal”, para depois defender que “os elementos dos comandos distritais tenham conhecimento profundo do terreno, das suas características morfológicas, das dinâmicas do fogo e do socorro em geral” e que, da mesma for-ma, “associem o conhecimento teórico, à experiência prática e ao conhecimento profundo da orgânica e do modus operandi

dos principais agentes de prote-ção civil”.

O Conselho Nacional de Bar-celinhos permitiu ainda analisar e debater outras questões das quais se destacam a precarieda-de do relacionamento institucio-nal com Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) acentuado por demoras e des-coordenação na resposta aos corpos de bombeiros, com pre-juízos óbvios para a prontidão do socorro.

Sem novidade os representan-tes do setor de todos os distritos do Pais voltaram a alertar para os sucessivos atrasos nos paga-

mentos dos hospitais, uma ques-tão que, entretanto, parece co-meçar agora a ser a solucionada com a transferência de uma ver-ba de 5 milhões de euros para as associações de bombeiros, se-gundo anunciou a tutela há es-cassos dias.

Este encontro ficou ainda mar-cado pelos apelos do presidente da LBP, Jaime Marta Soares à união e à coesão que permitam aos bombeiros de Portugal falar a uma só voz e, desta forma, ve-rem atendidas as suas reivindi-cações.

Registe-se que no próximo dia 27 de janeiro, o Casino da Fi-

gueira da Foz recebe o congresso extraordinário da LBP que visa debater e votar várias alterações estatutárias, entre as quais a re-dução do número de órgãos so-ciais e de membros da confede-ração, a limitação de mandatos do conselho executivo e ainda a organização e funcionamento do Conselho Nacional Operacional e do Conselho de Federações. Nes-te encontro nacional de bombei-ros será também analisada a proposta de revisão dos regula-mentos do Fundo de Proteção Social do Bombeiros e das distin-ções honoríficas.

Sofia Ribeiro

CONSELHO NACIONAL APROVA RECOMENDAÇÃO

LBP quer experiência nos comandos distritais

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6 DEZEMBRO 2016

INTRODUÇÃO

Longe vão os tempos em que a chegada do novo ano era

anunciada especialmente atra-vés do almanaque ilustrado “O Bombeiro”, publicação seme-lhante ao histórico e ainda exis-tente “Borda d’Água”.

Segundo uma das definições do seu significado etimológico, almanaque corresponde à “de-signação de uma publicação de periodicidade anual, que contém calendário, curiosidades e dados científicos, inscrições de aniver-sários, listas e pequenos escritos jocosos ou de entretenimento.”

O bombeiro Oliveira Cruz, dos Voluntários da Ajuda, foi quem se dedicou, durante mais de dez anos, à direcção do “nosso” al-manaque.

O primeiro número de “O Bombeiro” verificou-se no ano de 1885, numa época de grande proliferação, em Portugal, de al-manaques, reunindo estes “um tipo de verdades reconhecidas por determinados grupos como universais e essenciais”.

Sobre a utilidade dos almana-ques, escreveu Eça de Queiroz: “O almanaque, com efeito, é o livro disciplinar que coloca os marcos, traça as linhas dentro das quais circula com precisão toda a nossa vida social. (…) Só com o almanaque sempre pre-sente e sempre vigilante, pode existir regularidade na vida indi-vidual e colectiva; e sem ele, como uma feira, quando se aba-tem as barreiras e se recolhem as cordas divisórias, o que era uma sociedade seria apenas uma horda e o que era um cida-

dão seria apenas um trambo-lho.”

Nas palavras do grande ro-mancista português parece ter-se inspirado, sempre, Oliveira Cruz, em virtude dos conteúdos compi-lados para “O Bombeiro”, do qual o Núcleo de História e Património Museológico da Liga dos Bombei-ros Portugueses (NHPM/LBP) conserva exemplares das edições dos anos de 1895 e de 1904. De resto, é das páginas da segunda edição atrás referida que trans-crevemos dois documentos histó-ricos, versando curiosas concep-ções: a visão de Guilherme Go-mes Fernandes acerca da extin-ção de incêndios; e o programa (incompleto) da Escola do Bom-beiro.

As imagens que seleccionámos para ilustrar este nosso aponta-mento, pertencentes, também, ao NHPM/LBP, complementam pedagogicamente ambos os do-cumentos, contextualizando o período temporal em apreço, que ficou marcado pela expansão dos corpos de bombeiros e por notá-veis avanços de pendor organiza-tivo e técnico-operacional.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

DO ALMANAQUE PARA 1904A importância do reconhecimento…

a Escola do Bombeiro

O fim principal de quem combate um incêndio deve ser o circums-

crevel-o ao menor espaço possivel ainda dentro d’esse espaço reduzir os prejuízos ao mínimo. Par isso se se conseguir tem cada um de guiar-se pela pratica adquerida em outros fo-gos, pelo seu critério e segundo cir-cumstancias especiaes, sendo condi-ção sine qua non, o máximo sangue frio. Os nervosos e os que se deixam pela febre do enthusiasmo nunca po-dem ser bons bombeiros.

O maior ou menor desenvolvimen-to que os incendios tomam depende quasi sempre da forma como foram ou poderam ser combatidos no come-ço. E esse combate nunca póde ser

bem dirigido sem que previamente se faça um reconhecimento em fórma para se descobrir o verdadeiro foco do incendio e onde teve origem, qual a sua violencia, a direcção provavel da sua marcha e o genero das mate-riais combustiveis que o alimentam e a inflammabilidade do que lhe fica proximo e o póde fortalecer.

E’ necessario seguir-se a mesma tactica que na guerra – antes de dar batalha procede-se ao reconhecimen-to das forças do inimigo, ás suas po-sições, etc., para n’essa conformida-de se dispôr o ataque e assegurar melhor a victoria; e assim, tambem, na lucta contra o fogo.

Ninguem póde conformar-se com a

ideia de vêr fechados os seus haveres n’uma casa que arde; mas é necessa-rio que isso se faça emquanto se não effectuou o reconhecimento e os soc-corros não estão a postos para o ata-que.

A exclusão do ar retarda o desen-volvimento das chammas e o contra-rio é fazel-as alastrar e robustecer por fórma que depois são infructife-ros os maiores esforços para as con-ter. E quantas e quantas vezes a le-viandade de se tentar salvar meia du-zia de cadeiras ou objectos de insigni-ficante valor, não tem dado margem a enormes perdas!

Exceptua-se, sem duvida, d’esta regra geral a salvação de pessoas,

cuja vida corra risco eminente ou a salvação de objectos d’arte insubsti-tuiveis ou cujo valor exceda o dos

restantes ou da propriedade, ou quando haja documentos, ou papeis de superior importância.

Programma

A instrução tactica do bombeiro com-prehende:

Escola de passo, Exercícios gymnasti-cos – Signaes e toques de apitos – No-menclatura de material d’incendios – Ma-nobras com bombas – Idem com appare-lhos de salvação – Casa de fumo – Tele-phones – Algumas noções sobre construção civil – Telephones – Algumas noções sobre construcção de predios – Extincção de incêndios.

I – Escola de passo

Formação da esquadra – Das posições em sentido e descanso – Das continencias – Olhar para qualquer dos flancos – Das voltas – Das marchas – Das voltas em marcha – Dos alinhamentos – Da marcha directa – Da marcha obliqua – Marcha de costado – Diminuição e augmento de frente na formação de costado – Mudan-ças de frente – Mudanças de direcção – Formação para os flancos – Na marcha de costado – das ordens aberta e cerrada – Destroçar e reunir – Ajoelhar e levantar.

II – Exercicios gymnasticos

Exercicios livres – Exercicios em parale-llas – Idem em torniquete – Subidas em corda lisa, de nós e vara – Equilibrios e passagem sobre vigas – Saltos – Escada horizontal – Exercicios com halteres – Idem nas argolas, escaladas no portico com auxilio dos dedos.

III – Signaes e toques de apito (1)

Posição do apito – Tabella dos signaes d’apito – Disposições geraes.

IV – Nomenclatura do material d’incendios (2)

V – Manobras com bombas

Evoluções com a bomba montada. Montar e desmontar bombas, por tempos e para trabalho – Estabelecimento de mangueiras – Utilisação de boccas d’agua – Idem de tanques de lôna – Reparação das bombas no local do incendio.

VI – Manobras com escadas

Armar e desarmar escada de ganchos – Subir e descer pela mesma – Arvora-gem com escadas de lanços – Idem com escada «Magirus» – Subir e descer por estas escadas – Armar, subir e desarmar, pela escada Espinha.

VII – Manobras com apparelhos de salvação

Montagem da manga de salvação – Descer por dentro e por fora – Dobrar e guardar malote – Salvamento pelo des-cençor – Idem pelo nó de cadeira e outros – Idem ás costas dos bombeiros pelas di-versas escadas.

VIII – Casa de fumo

Respiradores e sua utilidade – Forma de entrar em uma casa cheia de fumo – Precauções a tomar.

IX – Apparelhos telephonicos

O que é o telephone – Signaes conven-cionaes – Precauções.

X – Algumas noções sobre construcção de predios

Cabouco – Paredes – Vigamento – Soa-lho – Forro – Madeiramento – Asna – Filei-ra – Madres – Frexal – Varedo – Guarda pó – Coberturas – Hombreiras – Verga – Peitoril – Soleira – Cunhal – Socco – Alge-roz – Cimalha – Escada – Patim – Pernas – Bandeira – Caixilhos das janellas – Cor-tina – Parapeito – Abobadas – Pé direito – Pilar – Imposta.

(1) A 4.ª parte será explicada pelo ins-tructor durante os exercícios.

(2) Esta parte será ensinada, durante a 5.ª, 6.ª e 7.ª parte deste manual.

Nota: Por suposta falta de espaço, a parte correspondente à extinção de incên-dios, transitou para o almanaque do ano de 1905.

Extincção D’incendios

Escola do Bombeiro

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7DEZEMBRO 2016

No passado dia 19 de de-zembro, o presidente da Câmara Municipal do

Porto (CMP), Rui Moreira, apresentou no novo Centro de Gestão Integrada (CGI) da CMP, o cérebro que comanda a cidade usando tecnologias de última geração, permitindo to-mar medidas imediatas, de forma coordenada e centrali-zada. Está instalando no quar-tel do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, a funcio-nar 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano.

Na sala de operações as en-tidades de segurança (Policia Municipal e Policia Segurança Publica), de gestão de tráfego (Pelouro da Mobilidade), de emergência (Proteção Civil e Sapadores Bombeiros) e de gestão de resíduos/ambiente ocupam postos de trabalho do-tados de equipamentos termi-nais de elevada performance, operando vários subsistemas críticos na operação e gestão da cidade tais como o sistema de controlo de tráfego (semá-foros), o sistema de vídeo, o sistema de controlo de acessos da zona ribeirinha e outros.

A sala de operações está ainda equipada com um ecrã de vídeo composto por 10 mo-nitores, que permite uma área de visualização composta por 40 câmaras de vídeo da cidade simultaneamente. Existem, neste momento, mais de 130 câmaras na cidade a quem o CGI acede.

Em termos de solução de rede de comunicação de da-dos, o CGI interliga-se à rede metropolitana da cidade que permite a ligação a todos os edifícios municipais importan-tes para a sua atividade, no-meadamente os edifícios dos paços do concelho, dos cor-reios, da Policia Municipal, etc. Está ainda preparada a ligação a entidades externas e a salas de comando tais como a sala de operações do Metro do Por-to, dos STCP, da PSP, do CDOS, INEM etc.

A sala de crise dispõe, ain-da, de sistema de projeção de vídeo e de vídeo-conferência permitindo a interligação das entidades a operar no CGI e entidades externas no âmbito da segurança e socorro nacio-nais.

Nesta data o Presidente da

CMP apresentou a mega-ope-ração e a programação para a passagem do Ano Novo, na ci-dade do Porto, com o novo CGI no seu primeiro grande teste.

O comandante do BSB, co-ronel Rebelo de Carvalho apre-

sentou também o investimen-to feito no último ano no Bata-lhão, com a exposição de uma nova embarcação, um novo veiculo urbano de combate a incêndios (VUCI), de um outro VUCI que foi restaurado (com

novas valências) pelas oficinas do BSB, equipamentos para desencarceramento, mergu-lho, matérias perigosas e para resgate em estruturas colap-sadas, materiais para forma-ção, material de proteção indi-

vidual (capacetes, botas, luvas e aparelhos respiratórios) e a apresentação do novo farda-mento dos elementos do Bata-lhão.

(Texto e fotografiasde Subchefe António Oliveira)

PORTO

Novo centro de gestão integrada no BSB

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8 DEZEMBRO 2016

Na rubrica do mês de novem-bro falou-se de experiência

e da responsabilidade que os elementos mais velhos têm para com os mais novos. Estan-do mais um ano a findar, vamos escrever sobre o passado, so-bre as histórias, sobre aquilo que fica de cada saída e sobre o que podemos aprender com isso.

Quantas vezes não se con-versa sobre aquele serviço, um episódio lembra outro e de re-pente, temos toda uma plateia que nos ouve e interioriza tudo aquilo que estamos a dizer, as nossas ações, as nossas atitu-des, lembrando que os mais experientes são, o modelo a se-guir.

Tantas vezes já se ouviram as expressões “naqueles tem-pos é que era, aquilo é que eram bombeiros” “não havia cá nomex e as coisas apagavam-

-se à mesma” e de seguida são contados episódios em que tudo corria sempre bem, o fogo era apagado e toda a gente vol-tava ao quartel, sempre com muita diversão.

No entanto, é sabido que muitas vezes a realidade não é essa, as ocorrências que não correm bem, e que deviam ser faladas, não o são, ou, são alte-radas na memória ao longo do tempo. Uma das grandes mais--valias das histórias é poder-mos aprender através da pas-sagem e partilha de informa-ção, falar das questões e atitu-des tomadas, que não estão escritas nos manuais.

Existem vários momentos importantes em que podemos partilhar a nossa perceção da ocorrência (salientar que não estamos a escrever sobre “de-briefing” ou outras técnicas es-truturadas, mas sim sobre a

partilha informal do conheci-mento). Analisemos alguns desses momentos.

Após a ocorrência termina-da, dentro do veículo e no re-gresso à unidade, quando tudo ainda é recente, o que foi feito, como foi feito, como devia ter sido feito, o que correu bem, o que podia ter corrido melhor.

Às vezes, não se consegue fa-lar nesta altura, ou pelo cansa-ço, ou porque o silêncio é im-portante, ou simplesmente, porque existe aquele pormenor que todos viram, mas ninguém quer falar.

Outro momento é no quartel, de preferência com todos os elementos, um espaço em que

se pode falar livremente, e mais uma vez, o que correu bem, o que podia ter corrido melhor, o que cada um fez, o que cada um devia ter feito. Fa-lar abertamente sobre a ocor-rência, sabendo que por vezes existem coisas que se não fo-rem ditas ou esclarecidas dão origem a mal entendidos e per-ceções erradas, que podem fi-car para sempre.

Ainda no quartel temos um terceiro momento, posterior, em que se poderá conversar entre elementos, evitar os co-mumente conhecidos por mal entendidos, conversar sobre o momento.

Algum tempo após a ocor-rência, temos o momento do contar da história. Porque não aproveitar também estas altu-ras para descrever a situação, aproveitar a visão de quem não esteve, aproveitar e discutir de

acordo com as novas técnicas e procedimentos, o que hoje em dia se teria feito diferente. O importante é aprender, sempre aprender.

E porque não, aproveitando também o final do ano, reunir todo o Comando, e respetivo estado-maior, pensando nas ocorrências existentes durante o ano, aquilo que correu bem, o que poderia ser melhorado, como poderia ser melhorado, o que fazer e que está ao nosso alcance, que áreas investir em termos de instrução/formação.

VAMOS PENSAR O PASSADO, PARA CONSTRUIR O FUTURO.

Para mais informações ou esclarecimentos, contacte a Di-visão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Na-cional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Pensar o passado, para construir o futuro

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

O Conselho Técnico-Científico da Escola de Tecnologias,

Engenharia e Aeronáutica do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) reconheceu parte da formação ministrada pela Escola Nacional de Bom-beiros (ENB) para efeitos de creditação de competências no âmbito da Licenciatura de En-genharia de Proteção Civil.

Da análise dos programas curriculares dos cursos da ENB resultou o reconhecimento de 17 módulos, aos quais o Conse-lho Técnico-Científico atribuiu um total de 55 créditos ECTS (Sistema Europeu de Transfe-rência de Créditos) em 12 uni-

dades curriculares da Licencia-tura de Engenharia de Proteção Civil ministrada naquela insti-tuição.

A ENB é a autoridade peda-

gógica na formação técnica dos bombeiros portugueses e tem como objetivo a formação hu-mana, profissional e cultural dos bombeiros e demais agen-

tes de proteção civil e o desen-volvimento de ações formativas de âmbito operacional e tecno-lógico em situações de emer-gência.

O ISEC é uma instituição de ensino superior com reconheci-do prestígio, que pretende de-senvolver o ensino e a forma-ção no domínio da prevenção e socorro de pessoas, bens e am-biente. A ENB tem parcerias com o ISEC para apoio aos cur-sos de Pós-Graduação de Ges-tores de Emergência e Socorro, Licenciatura em Engenharia da Proteção Civil e Curso Técnico Superior Profissional em Prote-ção Civil e Socorro.

ENB

ISEC reconhece 17 módulos de formação

A imagem poderá fazer lembrar a qua-dra natalícia que atravessamos mas,

na verdade, retrata o ambiente de infor-malidade e camaradagem que traduz o final de mais um curso realizado recente-mente na Unidade Local de Formação do Algarve instalada no quartel dos Bombei-ros de Vila Real de Santo António: Tra-tou-se de um curso para bombeiros de Operações Essenciais de Extinção de In-cêndios Urbanos e Industriais.

A imagem e respetiva informação fo-ram publicadas no blogue “SAFEPLACE 52” do bombeiro João Miguel Horta, dos Municipais de Tavira.

O curso contou com a participação de formandos dos Bombeiros de Portimão, Alcoutim e Vila Real de Santo António.

Tratou-se de uma formação de aperfei-çoamento técnico com o objetivo de do-tar os bombeiros com competências téc-nico operacionais para integrar equipas

de primeira intervenção em operações de extinção de incêndios urbanos e indus-triais.

Esta ação teve como formadores, de Combate a Incêndios Urbanos e Indus-

triais da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), o adjunto de comando dos Bom-beiros de Portimão, Valter Raimundo, e o bombeiro Joel Afonso, dos Voluntários de Vila Real de Santo António.

ULF ALGARVE

Operacionais com novas competências

Foto

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ce52

O quartel do Corpo de Bombeiros do Sul Sueste - Barreiro acolheu, recentemente, um “workshop” sobre “Uma

Nova Abordagem em Caso de Acidente Rodoviário”, no âm-bito formação do salvamento e desencarceramento, organi-zado em parceria entre aquele entidade e a empresa de equipamentos de segurança “VIANAS”.

O encontro contou com a participação de cerca de três dezenas de formandos, provenientes de corpos de Bombei-ros de oito distritos, entre os quais, sete elementos do Corpo de Bombeiros do Sul Sueste.

Foi realizada a demonstração prática de diferentes técni-cas de abordagem a vítimas de acidentes de viação, técnicas essas de caráter inovador, e que resultam da aprendizagem e aperfeiçoamento realizados ao longo dos últimos cinco anos pela Equipa de Salvamento e Desencarceramento do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, recentemen-te consagrada como vice-campeã mundial de salvamento e desencarceramento, em outubro último no Brasil.

BARREIRO

Nova abordagemdo acidente rodoviário

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9DEZEMBRO 2016

O risco de morte dos conduto-res de tratores agrícolas é

oito vezes maior do que dos condutores de veículos ligeiros e pesados. Por outro lado, 2 em cada 3 capotamentos de trato-res são mortais. A maioria des-sas mortes ocorre em conduto-res do sexo masculino e com mais de 60 anos de idade.

Essas mortes ficam a dever--se a muitas circunstâncias mas, em larga maioria, devido à inexistência ou não utilização do aro de proteção, conhecido tam-bém como “Santo António”, úni-ca forma de evitar o capota-mento dos veículos.

Por outro lado, chegam a morrer todos os meses seis con-dutores de tratores agrícolas.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Cadaval consciente da dimen-são trágica dos acidentes com tratores agrícolas no seu conce-lho e no país, abraçou, por isso, o desafio da realização de um curso de técnicas de elevação

de emergência em tratores agrícolas, procurando dotar os participantes com conhecimen-tos, nomeadamente ao nível do “saber fazer”, que em muitas si-tuações poderá significar salvar vidas.

Mercê do trabalho conjunto entre a direção, comando e cor-po ativo foi possível estabelecer parcerias com autarquias e em-presas locais para viabilizar este projeto, a que acresce ainda a cedência de equipamentos pelas empresas Jacinto Lda e Interfire indispensáveis para assegurar a componente prática das sessões e que permitiram também aos formandos estar a par das últi-mas novidades do mercado a ní-vel de ferramentas.

A componente pedagógica foi delineada através de uma par-ceria com a equipa da HR-PT que se dedica a estudar esta te-mática há algum tempo. Esta formação insere-se num proje-to formativo mais vasto e as-senta em vários patamares for-

mativos que permitem atingir um conjunto alargado de obje-tivos pedagógicos delineados num determinado horizonte temporal e desta forma prepa-rar os operacionais para intervi-rem em segurança em diversos cenários.

A formação decorreu nos dias 3 e 4 de dezembro com a reali-zação de dois cursos de nível I, certificados pela Associação Hu-manitária de Bombeiros Volun-tários de Abrantes, entidade certificada pela DGERT, com a duração de oito horas, em que participaram 50 elementos de corpos de bombeiros dos distri-tos de Lisboa, Leiria, Santarém, Castelo Branco e Porto.

No final, em jeito de balanço ficou evidenciada a necessidade de formação a nível nacional nesta área de intervenção. Foi também consensual a vontade manifestada por todos para que esta formação possa evoluir ra-pidamente para o Nível II.

CADAVAL

Treinos para acidentescom tratores

O novo comandante nacional operacional da Autoridade Nacional da Proteção Civil CONAC/ANPC é Rui Esteves,

atual comandante distrital de Operações de Socorro de Cas-telo Branco, substituindo o comandante José Manuel Moura no cargo que ocupava desde dezembro de 2012.

À semelhança do CONAC, todos os comandantes de agru-pamento e distritais de operações de socorro da ANPC esta-vam em comissão de serviço quando o atual Governo assu-miu funções, que decidiu não renovar essas comissões e re-meter a decisão para o final deste

ANPC

Rui Estevesé o novo CONAC

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10 DEZEMBRO 2016

O jornal “Correio do Minho” prossegue a publicação de

suplementos alusivos às asso-ciações e corpos de bombeiros do distrito de Braga. Os últimos suplementos editados dizem respeito à Associação Humani-tária e Beneficente dos Bombei-ros Voluntários de Braga identi-ficando “Uma corporação de portas abertas à comunidade” e à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ter-ras de Bouro, “há 31 anos ao serviço da população”.

No caso dos Voluntários de Braga, o suplemento reproduz um número significativo de tes-temunhos de entidades e per-sonalidades locais em torno do reconhecimento e respeito pelo trabalho desenvolvido por aquela instituição aos bracaren-ses e a todos os que deles ne-cessitem. São também identifi-cados neste suplemento as va-lências e capacidades, as vivên-

cias e as dificuldades evidencia-das pelos bombeiros.

O suplemento alusivo aos Vo-luntários de Terras de Bouro re-trata o quartel requalificado e as novas áreas ganhas nessa

iniciativa e aponta como próxi-mo sonho a reconversão do sa-lão num moderno auditório, útil para os bombeiros e para o pró-prio concelho. Projeto que o presidente da direção, Manuel

Tibo, apresenta como impor-tante.

É apontada a missão especial de cuidar do Parque Nacional do Gerês, bem identificada pelo comandante José Dias.

BRAGA

Mais dois suplementos sobre bombeiros

Edgar Brandão e Susana Pe-reira são os novos elemen-tos da equipa de trauma

dos Bombeiros da Parede, com a responsabilidade de seguirem as pisadas pioneiras de Ricardo Pires e Rui Massena e os resul-tados, entretanto, alcançados por Mariana Campilho e Sebas-tião Ezequiel, que este ano se sagraram vice-campeões do mundo no World Rescue Chal-lenge, no Brasil, que se realizou

no passado mês outubro, em Curitiba, no Brasil, no qual esta equipa de bombeiros voluntá-rios competiu com profissionais de todo o mundo.

Os novos elementos, entra-ram neste desafio a “convite” de Ricardo Pires, o mentor des-te projeto e iniciaram-se, já este mês, nos campeonatos re-gionais, com um promissor 3.º lugar na classificação geral.

Os bombeiros explicam que

estas provas “permitem mos-trar às pessoas que não conhe-cem esta realidade, “como se atua na abordagem da vítima de trauma” ao mesmo tempo que abrem portas à partilha de novas dinâmicas, o que termos práticos permite ensinar mas

também aprender, numa troca de experiências sempre impor-tante tendo em vista a qualifi-cação do socorro prestado.

Quase todos voluntários, es-tes “campeões do trauma” para além dos piquetes no quartel da Parede, cumprem, ainda, um

treino semanal um esforço grande mas que todos garantem ser muito gratificante. Mariana Campilho é o exemplo da supe-ração, enfermeira, radicada no Reino Unido, tem conseguido com alguma colaboração dos colegas do hospital Londrino

onde trabalha “juntar folgas, fe-riado e férias” para satisfazer os compromissos assumidos com a causa e ainda para dar o seu melhor nestas competições, provando que “querer é poder”.

A vontade de saber mais, para fazer melhor e algum

TRAUMA

Portugal tem dosAs equipas de trauma dos Bombeiros da

Parede e de salvamento e desencarceramento do Regimento de

Sapadores Bombeiros de Lisboa estão entre as melhores do mundo, a prová-lo os resultados obtidos nos campeonatos

internacionais. Já este ano no Brasil as duas formações bateram-se com as

melhores do mundo arrecadando para Portugal o título de vice-campeões, que confirma a preparação não apenas dos nossos profissionais, mas também dos

bombeiros voluntários.

Sofia Ribeiro (textos)

Marques Valentim (fotos)

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11DEZEMBRO 2016

A equipa de salvamento e de-sencarceramento do Regimento de Sapadores Bombeiros Lisboa (RSBL) tem no seu currículo, vários anos de trabalho e al-guns títulos nomeadamente a de campeã do mundo conquis-tado em Lisboa, no ano passado

e a de vice-campeã alcançado este ano no Brasil, fruto de muito treino e trabalho que acaba por facilitar também a atuação dos municipais da capi-tal, onde, quase sempre mais do que uma vez por dia, socor-rem vitimas encarceradas.

Em escassos minutos peran-te os jornalistas, no quartel de Chelas, a equipa responde a mais um desafio e em escassos seis minutos apuram as técni-cas e socorrem-se da muita ex-periência acumulada para com manobras quase mecânicas, porque treinadas à exaustão, retira da viatura mais uma “ví-tima” presa no “automóvel aci-dentado”.

Integram o grupo do RSBL o chefe de 1.ª classe Miguel Duarte, o subchefe de 1.ª clas-se Rui Santos e os bombeiros Rui Oliveira, Rui Mexia, Ricardo Couto, Diogo Lourenço e Fer-nando Mafra.

Responsáveis e operacionais falam da importância do treino que serve não apenas a perfor-mance nos desafios nacionais e internacionais, mas sobretudo para garantir o sucesso das operações que marcam a rotina dos bombeiros, no socorro às populações que servem .

“atrevimento”, mas muita res-ponsabilidade levou Ricardo Pi-res e a Rui Massena a participa-rem há três anos na primeiro Trauma Challenge realizado em Portugal e de lá para cá os Vo-luntários da Parede não mais pararam e, neste momento, es-tão à altura dos socorristas pro-

fissionais de todo o mundo, provando no terreno a prepara-ção dos bombeiros portugueses e desmistificando ideias, con-ceitos e um certo provincianis-mo que leva os portugueses a desconfiar de tudo o que é seu e das suas próprias capacida-des.

Este pioneirismo dos volun-tários paredenses está a ser seguido por um número cres-cente de corpos de bombeiros, que apostam nesta vertente competitiva para reforçar a preparação dos seus operacio-nais.

DESENCARCERAMENTO

melhores do mundo

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12 DEZEMBRO 2016

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Terceira – Açores, comemoraram o dia da padroeira

em ambiente festivo e que serviu para, não só proceder à promo-ção de um conjunto significativo de elementos a bombeiros de 3ª, como também atribuir medalhas de assiduidade da Liga dos Bom-beiros Portugueses de 5, 20 e 25 anos, e louvores diversos.

Neste caso, foram lidos louvores aos bombeiros envolvidos no combate aos incêndios ocorridos em agosto último na Madeira, um louvor público ao segundo comandante, Jorge Silva, por 35 anos dedicados à causa, ao adjunto de comando, Cláudio Dias, pelo seu desempenho na missão em Timor 1999, um agradecimento ao an-tigo segundo comandante Rúben Toste pelo desempenho no cargo, e também um agradecimento público a dois bombeiros pela criação e desenvolvimento da fanfarra.

Na sua intervenção, o comandante luís Picanço, fez um agrade-

cimento “às pessoas que mais contribuíram para a minha vida como bombeiro, à Associação Humanitária, ao comando, aos meus bombeiros”, lembrou os que já partiram, “como o Heliodoro Xavier, José de Oliveira, Manuel Luis e tantos outros”, e agradeceu a pre-sença de várias entidades, incluindo, “o meu segundo comandante Jorge Silva que embora esteja a passar momentos difíceis na sua vida particular não quis deixar de marcar presença”.

As comemorações do dia da padroeira, Nossa Senhora da Con-ceição, contaram com as presenças, do presidente do Serviço Re-gional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, capitão José An-tónio Oliveira Dias, também em representação do Secretário Re-gional da Saúde, do presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, José Gabriel do Álamo de Menezes, do presidente da Assembleia Municipal, Ricardo Manuel Rodrigues de Barros, dos comandantes da PSP, GNR e do Regimento de Infantaria, do inspe-tor coordenador Luis Paulo Andrade, do comando dos Bombeiros de Praia da Vitória e do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo.

ANGRA DO HEROÍSMO

Bombeiros em festa no dia da padroeira

Os Bombeiros Voluntários de Torre de Dona Chama venceram a segunda

edição do Orçamento Participativo (OP).Na primeira edição, relativa a 2016, e

cuja votação decorreu até março último, conseguiram obter a verba necessária para a aquisição de uma ambulância de socorro e na segunda edição, votado até 15 de novembro passado, relativo a 2017, irá permitir a aquisição de equi-pamentos de proteção individual para os bombeiros (EPI).

A ambulância, entretanto adquirida, irá entrar ao serviço em Fevereiro do próximo ano e os EPI deverão ser tam-

bém obtidas em breve. Neste caso, vão ser adquiridos 40 EPI, 20 para incêndios urbanos e 20 para incêndios florestais.

No caso da ambulância, a necessida-de prende-se com o tempo que este tipo de equipamento ocupado sempre que é acionado para socorro dadas as distân-cias que é preciso percorrer. Os Bombei-ros de Dona Chama passam, agora, a dispor de duas viaturas desse tipo.

Relativamente aos EPI, com o apoio também garantido no âmbito do OP vai ser possível atenuar o défice de equipa-mentos do género existentes no quar-tel.

MIRANDELA

Quartel de Dona Chama vence OP

A fanfarra da Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Vila Viçosa voltou a fazer-se ouvir no passado

dia 8 de dezembro, retomando assim a atividade suspensa há duas décadas.

Os quarenta elementos que agora compõem a fanfarra, entre crianças e jovens da comunidade, abrilhantaram devi-damente o dia da padroeira de Portugal, Nossa Senhora da Conceição, cujo santuário local, mais uma vez assinalou.

Estão de parabéns os Bombeiros de Vila Viçosa, dirigentes e operacionais, por terem conseguido retomar uma atividade em que a instituição também deu cartas no passado.

VILA VIÇOSA

Fanfarravolta a marcar presença

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13DEZEMBRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, no

dia 8 de dezembro, homena-gearam um comandante, rece-beram, como é tradição antiga, a procissão da Imaculada Con-ceição e passaram a ostentar no seu estandarte a fénix de honra da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

O comandante do Quadro de Honra, Francisco José Pereira Sampaio, foi distinguido com o crachá de ouro da LBP perante a formatura do corpo de bom-beiros e com uma moldura hu-mana significativa. A distinção, a convite do presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soa-res, foi entregue pelo presiden-te da Câmara Municipal de Fa-malicão, Paulo Cunha, acompa-nhado do presidente da Federa-ção de Bombeiros de Braga, Fernando Vilaça, de outros au-

tarcas, dirigentes e elementos de comando e dos próprios fa-miliares do homenageado.

Para o presidente da LBP, esta homenagem assumiu par-ticular significado já que se dis-tingue um grande comandante e um ilustre médico que na área do pré-hospitalar prestado pe-los bombeiros foi verdadeira-mente pioneiro nomeadamente na resposta medicalizada e na adoção de procedimentos ino-vadores.

O comandante Jaime Marta Soares sublinhou tratar-se de “uma homenagem a um ho-mem que muito respeitamos, um médico distinto que dedicou muitos anos aos bombeiros e que, sem dúvida, honrou e hon-ra a farda que veste”.

A propósito, o presidente da LBP, lembrou o caráter humani-tário da intervenção dos bom-

beiros e que o principal susten-táculo da prestação do socorro assenta no associativismo, com 98 por cento do socorro em ge-ral, 96 por cento na área dos incêndios florestais, 98 por cen-to no transporte de doentes e mais de 95 por cento na respos-ta pré-hospitalar a solicitação do INEM.

Após a homenagem ao co-mandante Francisco Sampaio procedeu-se à colocação da Fé-nix de honra no estandarte dos Voluntários de Vila Nova de Fa-malicão.

FAMALICÃO

Homenagem a comandante pioneiro

Os Bombeiros de Paços de Ferreira decidiram aderir do desafio internacional Mannequin

Challenge com o intuito alertar e consciencializar os condutores sobre o álcool e o uso do telemóvel que na origem de tantos acidentes rodoviários.

Entre 1 de janeiro e 21 de novembro do pre-sente ano, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Rodoviária, a tendência decrescente de vítimas rodoviárias não é acompanhada em igual

forma pelo número de sinistrados, apresentando números preocupantes.

A condução sob efeito de álcool continua a ocu-par o topo da lista das causas dos sinistros. Mes-mo quando consumido em pequenas quantida-des, o álcool altera a capacidade de reação do condutor perante um obstáculo.

Quanto ao uso do telemóvel, as suas potencia-lidades e inovações causam distração ao condu-

tor, sendo a concentração visual no pequeno ecrã reduz a visão periférica e provoca a perda de per-ceção total do meio envolvente.

Numa tentativa de influenciarem de forma po-sitiva a negra estatística, os Voluntários de Paços de Ferreira usaram o Mannequin Challenge para relembrar quem conduz que “mais vale perder 1 minuto na vida, do que a vida em 1 minuto”, criando um cenário multívitimas onde estão re-

presentados os sinistrados, assim como a ação dos bombeiros nestes teatros de operações.

Para o sucesso deste trabalho, que importa co-nhecer na página de Facebook dos Bombeiros Vo-luntários de Paços de Ferreira ou no Youtube, contribuíram o Superabate- Centro de Abate de Viaturas, Lda., que cedeu o espaço e as viaturas e, também, ao filmmaker Marcos Gomes que rea-lizou as filmagens e a edição deste vídeo.

PAÇOS DE FERREIRA

Desafio para consciencializar

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14 DEZEMBRO 2016

Embora a conjuntura não permita grandes manifes-tações de otimismo, certo é

os Bombeiros de Celorico da Beira, embora não escondam di-ficuldades, dão a conhecer uma instituição estável com suporte para alicerçar o futuro, com margem de crescimento.

Problemas existem, “existem sempre nestas casas”, como as-sinala Frederico Serra, o presi-dente da direção que, ainda as-sim, acredita que a resiliência, que é imagem de marca dos bombeiros de Portugal, se en-carrega de transformar esses obstáculos em desafios, quase sempre superados.

A escassez de novos voluntá-rios para servir a causa constitui uma preocupação latente, como admite o comandante Carlos Al-meida, enaltecendo a disponibi-lidade dos 60 elementos do efe-tivo no cumprimento de um crescente número de solicita-ções, consequência do envelhe-cimento da população a exigir cada vez mais cuidados. Atentos a esta realidade, os Voluntários de Celorico da Beira mantêm, há cerca de dois anos, um es-treito trabalho com a população das 16 freguesias do concelho, promovendo vários rastreios, num claro investimento na pre-

venção. O comandante explica que esta equipa de proximida-de, coordenada pela subchefe Carla Marta sai, uma vez por se-mana, do quartel para cumprir esta missão especial que permi-te identificar e “encaminhar para o centro de saúde” situa-ções mais gravosas.

“Esta ação é, também, um claro investimento numa estra-tégia de aproximação à comuni-dade, que permite dar a conhe-cer a nossa realidade, o nosso trabalho e até nossas dificulda-des”, salienta Carlos Almeida, dando conta ainda de um con-junto de outras atividades que visam “estreitar laços”.

O quartel construído para res-ponder às necessidades de tem-pos que já lá vão, carece agora de novas áreas para fazer às exigências do presente. Presi-dente e comandante anunciam um projeto de redimensiona-mento de áreas, que permitirá, entre outras intervenções e me-lhoramentos, ampliar o parque de viaturas, que, há muito, dei-xou de ter espaço para toda a frota, o que até obrigou a asso-ciação a alugar um armazém para resguardar os meios me-nos utilizados. A concretização do projeto, orçado em cerca de 200 mil euros, aguarda a apro-

CELORICO DA BEIRA

Bombeiros com missão ampliadaA Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Celorico da Beira assinala no próximo mês de fevereiro 80 anos de

serviço público. Numa espécie de balanço, porque a ocasião é propícia a isso mesmo,

direção e comando falam do trabalho desenvolvido em várias frentes,

nomeadamente na vertente social, mas também dos projetos que permitirão

continuar a escrever a história desta nobre instituição do distrito da Guarda, dos quais se destaca a requalificação do quartel que

poderá avançar em breve.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

vação de uma candidatura ao Programa Operacional Susten-tabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), sendo que a autarquia já se comprometeu em assegurar a designada com-ponente nacional, ou seja 15 por cento do valor da interven-ção, um apoio que direção e co-mando registam com agradado, defendendo que cabe às autar-quias assegurar os recursos para os bombeiros possam as-segurar um serviço de excelên-cia às populações.

“Na verdade, os bombeiros e a câmara ajudam-se mutua-mente”, assinala Frederico Serra relembrando que “ainda recen-temente”, a instituição assumiu a compra de uma autoescada, dotando, assim, o município de mais um equipamento que não existia e que pode fazer toda a diferença no êxito de ocorrên-cias várias.

Mais crítico, o comandante acredita que a autarquia podia intervir de uma forma mais energética no processo de cres-cimento do corpo de bombeiros, assente na modernização de meios.

Sem grandes apoios, resta a esta equipa trabalhar, engen-drar formas de gerar receita para que a “instituição possa so-breviver” e satisfazer todos os seus compromissos, ainda que entidades, nomeadamente ao nível da saúde, continuem a protelar o pagamento de servi-ços prestados pelos Bombeiros de Celorico da Beira. As verbas “retidas” são da ordem das de-zenas de milhares de euros, fundamentais para fazer face aos encargos, nomeadamente, com mais de uma dezena de funcionários.

Este é um quartel a todos os níveis bem equipado, onde a se-gurança, mas também a forma-

ção e da preparação dos opera-cionais são preocupações cons-tantes, muito embora o coman-dante registe a falta de respostas da Escola Nacional de Bombeiros, que a associação vai

colmatando com formadores próprios.

Fundada a 8 de fevereiro de 1937, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira pode orgulhar--se do trabalho, da luta cons-tante para combater a interiori-dade e o certo isolamento, com o intuito de garantir a na exce-lência do serviço prestado às populações, não descurando a vertente social e de apoio aos mais vulneráveis, nomeada-mente aos idosos, apostando, assim, numa espécie de missão ampliada que em muito contri-bui para o bem-estar e qualida-de de vida neste município do distrito da Guarda.

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15DEZEMBRO 2016

Fundada a 2 de fevereiro de 1936 a Associação Humani-tária dos Bombeiros Volun-

tários de Valpaços continua, hoje, a honrar o projeto dos fundadores tentando servir cada vez mais e melhor uma população de mais de 10 mil habitantes de 19 das 25 fregue-sias do concelho, que em ter-mos operacionais partilha com a congénere de Carrazeda de Montenegro.

Hoje no quartel da cidade de Valpaços reina a estabilidade que permite arquitetar uma es-tratégia de crescimento, contu-do há, alguns anos atrás, vive-ram-se naquela casa momentos bem menos tranquilos, como revela ao jornal Bombeiros de Portugal Amílcar Mesquita, o homem que em 2012 assumiu a liderança de uma instituição que se debatia com uma grave crise financeira e onde quase

tudo faltava e muito estava por fazer.

O desafio era grande, mas a determinação e vontade de su-perar, bem maior. E assim sen-do muito trabalho e uma gestão rigorosa permitiram inverter o ciclo de declínio e devolver cre-dibilidade à instituição que no presente “não deve um tostão à banca” e tem os “ordenados dos seus funcionários em dia”, conforme faz questão de subli-nhar o presidente da direção, falando do processo complicado que impôs cortes na despesa, sem contudo comprometer o in-vestimento, necessário para as-segurar um serviço de qualida-de às populações.

Para o sucesso deste proces-so de recuperação contribuiu, também, a autarquia de Valpa-ços que “esteve e está” sempre na primeira linha no apoio aos bombeiros do concelho, atenta às necessidades dos operacio-

nais que no município garantem o socorro às populações.

Para além dos mais de 200 mil euros investidos na renova-ção do parque de viaturas, das verbas investidas na aquisição de equipamento de proteção in-dividual e fardamento, lembra o comandante Luís Nogueira, esta direção assumiu ainda como prioritárias a requalifica-ção do quartel com interven-ções nas camaratas e balneá-rios e ampliação das áreas par-queamento, ao que Amílcar Mesquita junta a intenção de “brevemente” avançar com a empreitada de isolamento, substituição da cobertura e re-cuperação das fachadas do edi-fício-sede. Numa visita ao quar-tel, presidente e comandante fazem questão de mostrar as “novas” áreas, apenas com o intuito de enaltecer o contributo e trabalho dos bombeiros sem-pre disponíveis para “arregaçar as mangas” e lançarem mãos à obra, neste caso às mais varia-das obras.

Depois da compra de algu-mas ambulâncias de transporte de doentes necessárias para as-segurar um serviço que garante à organização a receita neces-sária para manter e equipar de-vidamente o corpo de bombei-ros, o presidente reconhece a

necessidade de substituir um “velho e lento” veículo urbano de combate a incêndios (VUCI) e a reposição do veiculo tanque com capacidade para 16 mil li-tros de água perdido no último verão, porque o outro existente no quartel “leva apenas oito mil litros de água”, como explica Luís Nogueira.

Também a formação tem sido uma preocupação constante, sendo que as lacunas detetadas vão sendo supridas por forma-dores internos ou em ações municipais e distritais, uma es-tratégia de recurso imposta pela Escola Nacional de Bom-beiros que, segundo o coman-dante dos Voluntários de Valpa-ços, esquece ou ignora os bom-beiros do interior do país. Neste

processo de tantas mudanças houve ainda espaço para pro-moções, o que “já não aconte-cia há oito anos”, mas que o responsável operacional consi-derava essencial para valoriza-ção dos homens e mulheres que integram este efetivo.

Aqui como em muitos outros quartéis, faltam voluntários, só nesta casa a emigração levou mais de 20 operacionais, mas este não será o único problema, pois segundo o comandante, mesmo quem opta por ficar no seu país não se revela disponí-vel para integrar as fileiras dos soldados da paz. Sem soluções mágicas, “nem nada para ofe-recer aos mais jovens” direção e comando optam, ainda assim, por ações de proximidade, no-

meadamente nas escolas, que sempre garantem “um ou ou-tro” novo elemento, ainda as-sim poucos para dar respostas às necessidades que um quartel que regista, anualmente, um média superior a 3600 serviços.

Já em jeito de balanço quase no final do segundo mandato o presidente da direção mostra--se satisfeito com o trabalho efetuado, considerando que, no entanto, muito continua por fa-zer, nada que assuste esta enorme família, sempre dispo-nível para participar o projeto de engrandecimento desta ins-tituição referência no concelho de Valpaços, mas também dis-trito de Vila Real e, certamente, muito dignifica os bombeiros de Portugal.

VALPAÇOS

Associação recupera estabilidadeA octogenária Associação Humanitária dos Bombeiros de Valpaços, no distrito de Vila

Real apresenta-se como uma instituição adaptada às exigências dos tempos que

correm, muito embora num passado recente tivesse enfrentado muitas

dificuldades.A crise abanou, mas não deixou danos

numa estrutura que hoje se destaca pela estabilidade, fruto de muito trabalho não

apenas da direção mas também dos bombeiros, todos determinados em

dignificar o bom nome da instituição.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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16 DEZEMBRO 2016

2016 EM BALANÇO

Mais um ano ao serviço de quem serve sempre

É chegada a época dos balanços e das avaliações e também a equipa do Jornal Bombeiros de Portugal se obriga a esses exercícios com o intuito de fazer melhor, de dar um passo em

frente na divulgação das atividades das associações, dos corpos de corpos de bombeiros e da confederação que o representa, bem como no tratamento de todos os temas que interessam ao setor.

Este ano, uma vez mais, cruzamos o País de lés a lés e con-tas feitas foram cerca de 22 mil quilómetros percorridos pelos 18 distritos de Portugal continental, tudo com o propósito úni-co de dar a conhecer o trabalho de mais 47 instituições. Es-tas deslocações cifram-se em 200 horas no asfalto e, mui-tas, centenas de quilómetros vencidos num só dia, nada que demova uma equipa comprometida com a causa, dis-ponível para mostrar o trabalho de homens e mulheres que escolheram servir a comunidade, mas também de-nunciar as preocupações, dar conta das revindicações e das aspirações do setor

Durante 47 dias andamos entre Viana do Castelo e Faro, mas foi no distrito de Lisboa, aliás o que reúne o maior número de corpo de bombeiros, onde fizemos mais escalas, apresentando mais nove associações. Viseu e Leiria foram também territórios que mere-ceram atenção especial seguidos do Porto. Uma vez mais, passamos pelo litoral, mas detivemo--nos no interior onde as dificuldades sentidas por estas instituições são ampliadas pela lupa do isolamento que, mesmo num país de re-duzidas dimensões, onde o longe é ainda assim perto, continua a empurrar gente, costumes e tradições para os grandes centros urbanos.

A falta de voluntários ou a cada vez mais diminuta disponibilidade para assumir tão exigente desafio é um problema (quase) transver-sal, ainda assim, e porque a he-terogeneidade é imagem de marca dos bombeiros, nestas colunas demos a conhecer a vitalidade de várias institui-ções, assegurada por ho-mens e mulheres de todas as idades, profissões e condições sociais, unidos pela firme e nobre deter-minação de servir abnegadamente as po-pulações.

Os anos passam e ao pegarmos nas co-leções de jornais damos conta que o périplo pelo país dos bombeiros, pelo menos neste formato e com regularidade, começou há já cinco anos, durante os quais apresentámos mais de duas centenas de associações, ou seja cerca metade das existentes no território continental e ilhas. Embora exis-ta ainda muita estrada para “palmilhar”, certo é que, em ocasiões como os aniversários, tomadas de posse, inau-gurações ou sempre que a atualidade e a importância do evento o justificam lá estamos, a Norte ou Sul, no interior ou junto à costa, aqui bem perto ou num lugar mais recôn-dito do território nacional, para dar boa nota e justo desta-que às atividades dos bombeiros de Portugal.

E porque a vontade de servir quem nos serve sempre, não quebra, em 2017 a mesma equipa continuará a descobrir cada uma destas instituições onde fazer o bem já é sinónimo de fazer bem, porque sendo inquestionáveis os valores que enobrecem a causa, importa sublinhar o profissionalismo, a preparação dos operacionais e qualidade dos meios em-pregues em cada uma das missões cumpridas.

O velho ano despede-se, mas 2017 está já aí a bater à porta trazendo a certeza que o jornal Bombeiros de Portugal continuará a acompanhar, de perto, o traba-lho das associações de todo o País.

Até já!Sofia RibeiroVizela

Torres Novas

Montelavar Vila Meã Ericeira

Boticas Condeixa Évora

Leiria

Leiria

Leiria Azambuja Sousel

Batalha Valbom Algueirão Mem Martins

Fanhões Figueiró dos Vinhos

Montijo Malveira

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17DEZEMBRO 2016

Figueira da Foz

Aveiro Novos

Almomôvar

Figueira da Foz

São Brás de Alportel

São Brás de Alportel

Arrifana

Penafiel

São Martinho do PortoVidigueira Vila Franca das Naves

Águas de Moura

Caldas da Rainha

Sernancelhe Merceana Ponte da Barca

Resende

Idanha a Nova

Guimarães

Trafaria

São João da Madeira

Castro Daire

Valpaços

Celorico da Beira

Freixo de Espada à Cinta

Valença Pampilhosa da Serra

Armamar Nespereira

Oliveira do Hospital

Alenquer

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18 DEZEMBRO 2016

O Corpo de Bombeiros do Sul Sueste concluiu no dia 13 de

dezembro o ciclo anual de simula-cros em indústrias SEVESO inseri-das na Área de Atuação Própria, nomeadamente a LBC Tanquipor, a FISIPE e a ADP Fertilizantes.

Os exercícios na LBC Tanquipor (25 de outubro), FISIPE (9 de no-vembro) e ADP Fertilizantes (13 de Dezembro) foram realizados no âmbito dos Planos de Emergência Internos destas empresas, e tive-ram como cenários, respetivamen-te, um derrame de Bioetanol no cais de descarga, seguido de incêndio, uma ru-tura da tubagem na bacia de contenção de Acetato de vinil e um colapso do empanque da saída de amoníaco de um condensador, com fuga do produto para a atmosfera.

O simulacro na LBC Tanquipor envolveu cinco veículos, dois elementos de comando e 12 bombeiros. Para a FISIPE foram mobilizados cinco viaturas, dois elementos de comando e 11

bombeiros e na ADP o exercício juntou um total de 12 operacionais apoiados cinco veículos.

Esta ações tiveram como objetivo testar a operacionalidade dos meios internos das em-presas e dos órgãos de comando para situa-ções de emergência, bem como a capacidade de resposta dos meios externos, designada-mente do Corpo de Bombeiros do Sul e Sues-te.

SUL E SUESTE

Ciclo de simulacros concluído

No fim de semana de 4 e 5 de de-zembro, o Grupo de Resgate dos

Bombeiros da Póvoa de Lanhoso des-locou-se à Serra da Estrela, onde, com condições meteorológicas adver-sas treinou técnicas e procedimentos nas vertes de busca e salvamento, apostando assim, uma vez mais na preparação dos elementos para os mais exigentes desafios.

“A importância do treino é infinita, este leva á perfeição e quando se re-fere à intervenção em situações de exceção essa expressão toma ainda mais força, pois um bom treino leva ao desenvolvimento de um trabalho perfeito e a um resultado para as víti-mas e para a equipa positivo, minimizando as-sim os resultados Adversos de potenciais ca-tástrofes”, assinala fonte da Voluntários da Póvoa de Lanhoso.

Registe-se que esta equipa é constituída por 16 operacionais, sendo que 14 estão dota-dos para desenvolver Salvamento em Locais Remotos/Catástrofes, 12 deles estão qualifi-cados para realizar Salvamento Técnico por Cordas, 10 são Técnicos de Ambulâncias de Socorro, um é enfermeiro na equipa, e oito são funcionários da associação, quatro dos quais integram a Equipa de Intervenção Per-

manente (EIP). “É um grupo polivalente pre-parado para os mais variados cenários, tendo uma capacidade de resposta de nível excecio-nal”, sublinha porta-voz do corpo de bombei-ros.

O grupo tem desenvolvido treinos “em zo-nas remotas e com condições meteorológicas adversas”, de forma a dar uma resposta mul-tidisciplinar, testando cenários e situações di-ferenciados com o objetivo de promover a mas também as capacidades físicas e emocio-nais dos operacionais em condições de grande adversidade.

PÓVOA DE LANHOSO

Treino na Serra da Estrela

A equipa dos Bombeiros da Parede (A), constituída pela Mariana

Campilho e pelo Sebastião Esquível, conquistou o primeiro lugar do II Campeonato Regional de Trauma que se disputou em Ponte de Sôr en-tre 2 e 4 de dezembro último com a participação de 11 equipas.

A equipa vencedora foi a mesma que recentemente se tornou vice--campeã mundial da especialidade de trauma nas provas realizadas re-centemente em Curitiba, Brasil.

A prova foi organizada pela Associação Na-cional de Salvamento e Desencarceramento (ANSD), representante em Portugal da World Rescue Organisation (WRO)

O “World Rescue Challenge 2016 | Curitiba” elegeu duas equipas portuguesas como vice--campeãs do Mundo nas disciplinas de trauma e salvamento e desencarceramento.

O II Campeonato Regional de Trauma per-mitiu apurar as seis equipas provenientes dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Porta-legre, Évora, Beja e Faro que estarão presen-tes no IV Campeonato Nacional de Trauma que terá lugar na Figueira da Foz em finais de maio de 2017. Nas provas de Ponte de Sor, na “manobra standard”, o primeiro lugar foi para

os Bombeiros Voluntários de Parede (A), o se-gundo para os Bombeiros Voluntários de Pare-de (B) e o terceiro para os Bombeiros Voluntá-rios de Ponte de Sor (B)

Na “manobra complexa”, os Bombeiros Vo-luntários de Parede (A) voltaram a ganhar, seguindo-se, em segundo, os Bombeiros Vo-luntários de Cascais (A) e, em terceiro, o Re-gimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (A).

A classificação geral determinou: 1.º Bom-beiros Voluntários de Parede (A); 2.º Bombei-ros Voluntários de Cascais (A); 3.º Bombeiros Voluntários de Parede (B); 4.º Bombeiros Vo-luntários de Cacilhas; 5.º Regimento de Sapa-dores Bombeiros de Lisboa (A); 6.º Bombeiros Voluntários de Ponte de Sor (B).

PONTE DE SOR

Parede ganha campeonato regional de trauma

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19DEZEMBRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Cas-cais e Alcabideche, com 19 ele-

mentos e 7 viaturas, acorreram a um violento acidente de viação que envol-veu três viaturas, duas delas alvo de choque frontal.

O acidente ocorreu numa das vias mais movimentadas de Cascais, que inclui um dos acessos da A5 ao centro (3.ª Circular), aparentemente devido a avaria numa das viaturas que se despistou e invadiu a faixa contrária,

embatendo noutra e provocando o despiste de mais uma.

Do embate resultaram ferimentos em três vítimas, uma delas com gravi-dade grave e outra sujeita a mano-bras de desencarceramento. As ope-

rações de socorro, num contexto mul-tivítimas, obrigaram ao corte total da via durante mais de uma hora.

A primeira viatura dos bombeiros a chegar foi a ambulância PEM/INEM atribuída aos Voluntários de Cascais

que regressava ao quartel depois de ter conduzido um doente ao Hospital de Cascais. De seguida foram pedidos os reforços, que não tardaram a che-gar, e que incluíram também a VMER/INEM, sediada no Hospital de Cascais.

CASCAIS

Acidente violento em acesso principal

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A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Fáti-

ma (BVF) celebrou o habitual jantar e festa de Natal dos bombeiros, cor-pos sociais e respetivas famílias, da instituição. A anteceder o jantar, os Bombeiros de Fátima convidaram a população para participar na bênção de duas novas viaturas, de dois equipamentos e para a imposição de insígnias a novos elementos.

A receção teve no quartel, na Avenida D. José Alves Correia da Silva. Com a bênção das duas novas viaturas para transporte de doentes e outros equipamentos recentemente adquiridos.

“Sentimos necessidade de investir em mais duas ambulâncias pois as existentes não estavam a chegar para as solicitações do serviço de trans-porte de doentes não urgentes por parte da po-pulação”, refere Alberto Caveiro, presidente da direção.

Os novos equipamentos foram adquiridos com verbas próprias, fruto das campanhas de anga-riação.

Uma das viaturas irá substituir uma que se en-contra em fim de vida e a outra irá aumentar a frota disponível. “Esperamos servir melhor quem de nós mais precisa”, sintetiza o presidente.

O investimento total da Associação Humanitá-ria de Bombeiros Voluntários de Fátima nestas novas aquisições foi de cerca de 70 mil euros.

O jantar natalício incluiu a imposição de insíg-nias a cinco novos elementos e de promoções de carreira a outros bombeiros. “É sempre uma ale-gria vermos o nosso grupo de bombeiros a crescer, já que o trabalho que prestam à população é de um altruísmo inacessível”, refere Alberto Caveiro.

FÁTIMA

Investimentono transporte de doentes

Os Bombeiros Volun-tários de Paço de

Sousa dispõem a partir de agora de uma nova viatura para operações específicas (VOPE).

A viatura já se encon-tra ao serviço,” para melhorar o socorro à população”, resultou de uma oferta e, posterior-mente, da necessária adaptação a cargo de elementos do próprio corpo de bombeiros ten-do em vista “ aumento da operacionalidade no socor-ro”.

A viatura “designada por

veículo para operações espe-cíficas, vem também facultar algumas valências, como res-

gate em terrenos de difícil acesso”, refere uma fonte do corpo de bombeiros.

PAÇO DE SOUSA

Quartel recebe VOPE

Os Bombeiros Voluntários de Estremoz a apresentaram à população a sua nova

ambulância de transporte no passado dia 10 no Rossio Marquês de Pombal, em pleno cen-tro da cidade. Aproveitaram ainda a oportuni-dade para divulgar o seu “Calendário dos Bombeiros 2017”.

No dia seguinte, domingo, dia 11, no âmbi-to do Natal dos Bombeiros, os bombeiros par-ticiparam na missa celebrada na Igreja de São Francisco, a que se seguiu a bênção das novas viaturas, segundo informação que nos foi prestada pelo presidente da direção, José Ca-pitão Pardal.

ESTREMOZ

Bombeiros apresentamnova viatura

Os Voluntários de Vieira do Minho contam, desde do início do mês, com dois desfibrilhadores auto-

máticos externos (DAE), um equipamento “de extre-ma importância, que pode fazer a diferença entre a vida e a morte de uma vítima em paragem cardiorres-piratória”, conforme assinala, em comunicado, fonte dos bombeiros.

Este investimento, que ronda os seis mil euros, foi assegurado pela Associação Cultural e Humanitária Bairrada - Luxemburgo com sede na cidade de Stras-sen e resulta do empenho pessoal do comendador Ro-gério de Oliveira, presidente desta organização, que “ciente das dificuldades deste corpo de bombeiros” não hesitou em assegurar este “relevante apoio”.

Os dois equipamentos estão instalados em duas ambulâncias de socorro, uma sediada no Quartel de Vieira do Minho e a outra no Posto de Socorro Avan-çado de Ruivães, que serve a parte nordeste do Con-celho de Vieira do Minho.

Registe-se que Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho cobrem uma área geográfica de 218 quilóme-tros quadrados e servem cerca de 13 mil habitantes, “número que aumenta, consideravelmente, no verão e nos períodos de festas anuais”. Outros dos desafios deste território de montanha é garantir prontidão a uma população envelhecida a necessitar cuidados es-peciais.

VIEIRA DO MINHO

DAE em ambulâncias

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20 DEZEMBRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos passam a dispor de mais

duas novas viaturas, uma ambulância de socorro e um veículo ligeiro de com-bate a incêndios (VLCI). A cerimónia de entrega das viaturas decorreu na Praça da Autonomia e contou com o presi-dente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, a secretária Regional da Inclusão e Assuntos So-

ciais, Rubina Leal, e o presidente da di-recção da Associação, Adelino Gonçal-ves.

A nova ambulância foi adquirida pe-los bombeiros, com o apoio da autar-quia, que comparticipou com metade do seu valor, e cujo custo total rondou os 50 mil euros.

Segundo o presidente da Associação, a ambulância apresenta-se totalmente

equipada e está já pronta para entrar ao serviço.

A viatura VLCI, cedida Serviço Regio-nal de Proteção Civil, implicou um in-vestimento que rondou também os 50 mil euros, “sendo um equipamento im-portante, em especial, para as opera-ções de resgate em montanha e com-bate a incêndios”.

Na oportunidade, o presidente da Câ-

mara Municipal elogiou o trabalho de-senvolvido pelos Bombeiros “ao nível da prestação dos serviços de emergência e socorro às populações, e em especial ao nível da articulação e operacionalização do Serviço Municipal de Proteção Civil já em funcionamento no Município”. Pedro Coelho considerou importante apoiar a aquisição da viatura e reiterou a dispo-nibilidade da autarquia para manter o

apoio anual, na ordem de 192 mil euros, para o funcionamento da corporação.

A secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, salientou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela AHB-VCL no contexto do apoio às populações e da proteção civil e referiu que o Gover-no Regional da Madeira irá reforçar, em 2017, o orçamento para Proteção Civil Regional em 40 por cento.

CÂMARA DE LOBOS

Parque de viaturas ampliado

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ama-rante viu, recentemente, reforçados, em simultâneo, os seus

meios humanos e materiais.No primeiro caso, tratou-se do ingresso de novos elementos

no corpo de bombeiros. No segundo caso, regista-se a entrada ao serviço de duas novas viaturas, nomeadamente, uma ambu-

lância de socorro, 4x4, oferecida pela Câmara Municipal de Ama-rante e que tomou o nome do pintor “Amadeu de Sousa Cardo-so”.

A segunda viatura, designada por VALE 03, compreende um trator adquirido pela Associação e uma cisterna oferecida pela empresa “Metalocardoso”.

AMARANTE

Novos meios humanos e viaturas

Os Bombeiros Voluntário de Bragança receberam uma ambulância de so-

corro, com equipamento de topo, doada pela empresa bragantina Fepronor, no valor de 54 mil euros. A ambulância pos-sui, entre outros equipamentos, um des-fibrilhador. Refira-se que, até ao momen-to a corporação dispunha de apenas um, cedido pelo INEM.

Para o comandante dos bombeiros, José Fernandes, “é importante que a po-pulação tome conhecimento da dimen-são desta oferta, que faz com que os bombeiros de Bragança se possam orgu-lhar de ter ao dispor uma viatura de emergência com o melhor material que existe no mercado para servir a popula-ção”.

“Felizmente para Bragança, que o en-

genheiro Luís Gonçalves tem a disponibi-lidade financeira e a vontade para colma-tar aquela que era uma lacuna na nossa corporação”, referiu José Fernandes.

O segundo comandante da corpora-ção, Carlos Martins, congratula-se com facto dos bombeiros poderem contar com uma ambulância de características especiais, que, entre outras coisas, pos-sui um chassis que permite uma carga de 3500 kg, um motor potente, suspen-são pneumática e todo o equipamento de socorro mais moderno que existe no mercado.

“Nós temos algumas ambulâncias deste tipo, mas já com alguns anos, e ao nível do equipamento, nada como isto, e quando o nosso sócio benemérito che-gou ao pé de nós e nos disse para esco-

lhermos o melhor material que houves-se no mercado, nós nem queríamos acreditar”, referiu o segundo comandan-te, Carlos Martins.

Luís Gonçalves, da Fepronor, o em-presário benemérito, explica que o moti-

vou a doar este equipamento. “Eu reali-zei um sonho que já tinha vários anos, a ambulância teria que ser equipada com tudo o que há de melhor no mercado, não podia ser de outra maneira, e para mim é uma enorme satisfação pensar

que esta viatura pode auxiliar o socorro da população de forma rápida e funcio-nal, de forma a aliviar o sofrimento das pessoas, e isso deixa-me extremamente feliz”, afirmou o responsável da empre-sa.

BRAGANÇA

Benemérito oferece ambulância equipada

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21DEZEMBRO 2016

Há três anos que o encontro distrital natalício de bombeiros de Évora é mais um motivo de animado convívio alusivo à quadra.

Desta vez decorreu em Arraiolos e juntou centena e meia de parti-cipantes.

O encontro, organizado por um grupo de bombeiros, conta com o apoio da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora e a sua organização é rotativa, voluntária, em 2017 já está marcado para Montemor-o-Novo e para 2018 não faltam candidatos.

No local onde se realiza, os bombeiros procuram sempre tam-bém contar com os apoios de outras entidades locais e, em espe-cial, da respetiva associação de voluntários.

Além do repasto, mais uma vez, houve troca de presentes, num convívio que se prolongou pela tarde dentro.

ARRAIOLOS

Encontro distrital em terceira edição

No passado dia 10 de dezem-bro decorreu no restaurante

“O Copinhos”, casa emblemáti-ca da cidade de Bragança e cuja gerência tem colaborado muito com as atividades dos Bombei-ros de Bragança, o jantar de Natal organizado pelo núcleo da juvebombeiro, do corpo de Bombeiros Voluntários de Bra-gança.

Com boa disposição, cama-radagem e harmonia, desenro-lou-se este jantar com objetivo de comemorar a quadra natalí-cia.

O objetivo principal deste jantar foi unir numa só mesa um número máximo de efeti-vos do corpo ativo, comando e direção, naquilo que é o bom ambiente vivido naquela Asso-ciação. De salientar também, a integração dos novos estagiá-rios no espirito de equipa deste corpo de bombeiros.

O núcleo da juvebombeiro desta corporação está já pro-gramar novas atividades para 2017.

BRAGANÇA

Juvebombeiroassinala a quadra

Os Bombeiros Voluntários de Braga reuniram-se no tradicional jantar natalício e antes dele fizeram questão de fazer uma ce-

rimónia simbólica na zona fronteira ao quartel em que prestaram homenagem à memória do bombeiro Bruno Daniel falecido há um mês, aos 28 anos, depois de um ano de tratamentos acompanha-

dos de perto pelos seus colegas. A homenagem traduziu-se na li-bertação de balões com mensagens evocativas do Bruno Daniel.

Depois desta cerimónia decorreu então o jantar natalício da As-sociação que reuniu bombeiros, dirigentes e benfeitores.

No decurso desta festa o presidente da direção António Ferreira

renovou a vontade de consolidar a situação financeira herdada. A propósito, referiu a aquisição de cinco novas ambulâncias, que im-plicam um investimento de 300 mil euros só possível depois do trabalho realizado, de estabilização das contas da instituição, com a maioria das dívidas pagas e as restantes já calendarizadas.

BRAGA

Ceia lembra bombeiro Bruno Daniel

A festa de Natal dos Voluntários de Lamego teve como ponto

alto a tomada de posse dos adjun-tos de comando António Joaquim Silva Fernandes e Luís Filipe Ama-ro Oliveira, numa cerimónia que permitiu homenagear os bombei-ros de 3.ª Pedro Fragueiro, Luís Paiva e António Paiva, que se des-tacaram pelo número de horas de serviço operacional prestado.

A tradicional ceia natalícia que reuniu bombeiros e familiares contou, mais uma vez, com a pre-sença do Monsenhor Padre José Guedes, capelão dos Bombeiros.

Nesta noite marcada pelos afetos, os sorrisos e a partilha foram apresentadas as novas mascotes, a Sr.ª Heroína e o Sr. Herói, que se assumem com uma espécie de embai-xadores da associação, desig-nadamente nas escolas do concelho.

Na ocasião, comando e a direção dos Bombeiros de La-mego deixaram votos de “en-corajamento para o novo ano” desejando que “ a dedi-

cação demonstrada por todos sirva de entusias-mo para prosseguir trabalho de excelência”.

LAMEGO

Adjunto toma posseem festa de natal

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22 DEZEMBRO 2016

Vários dos elementos que ingressaram nos Bombeiros Torrejanos na recruta de 1976

voltaram a reunir-se, no passado dia 3 de de-zembro, reencontro que começou manhã cedo e só terminou depois de um retemperador repas-to, condimentado por memórias que o tempo anula. Não faltaram as histórias caricatas nem os episódios e mais dramáticos, num convívio marcado pela boa disposição e o sentido de hu-mor.

O grupo concentrou-se junto ao quartel e ru-mou ao Cemitério de Torres, onde foi prestada ou a devida homenagem a todos os que partiram,

que culminou com um minuto de silêncio. De re-gresso ao quartel, os quarenta anos desta recruta foram assinalados com a colocação de uma foto-grafia do grupo numa simbólica cerimónia que contou com a presença de José Carlos Pereira, comandante dos Bombeiros Voluntários Torreja-nos.

O agradável convívio deixou uma forte motiva-ção para que no próximo ano o grupo volte a reu-nir-se com o intuito de, uma vez mais, recordar “os momentos que possibilitaram a todos vivên-cias marcantes e que bem dignificam a missão dos bombeiros voluntários”.

Tarde de emoção e adrenalina vivida no quartel dos Famalicenses, quando, recente-

mente serviu de base de apoio à organização do passeio todo-o-terreno que assinalou o 23.º aniversário do Clube Aventura Famalicão (CAF).

Mais de meia centena de viaturas certificam

o êxito desta prova que serviu também para sensibilizar os participantes para a missão dos bombeiros, que, desafiados, pelos promotores deixaram no quartel dos Famalicenses um “in-teressante donativo” segundo revela fonte da instituição, sublinhando o apoio e reforçando os agradecimentos aos responsáveis do CAF.

TORREJANOS

Encontro marcaentrega à causa

FAMALICENSES

Passeio apoia bombeiros

Foram muitos os operacionais e dirigentes dos Bombeiros

de Barcelinhos que se reuniram no espaço do novo quartel para o tradicional jantar de Natal.

Nesta reunião de um grande e unida família o comandante

José Beleza Ferraz, enalteceu a entrega dos bombeiros ao longo de um ano marcado por um substancial aumento do número de serviços voluntários. O res-ponsável operacional salientou, ainda, o desempenho de todos

no combate aos incêndios que permitiu “proteger as popula-ções e bens, mas também a vida dos bombeiros”. Na ocasião José Beleza falou ainda no in-vestimento na segurança do corpo ativo que recebeu 60 no-

vos equipamentos e 120 capa-cetes.

Durante o convívio natalício, o presidente da direção, José Ar-lindo Costa, falou da evolução das obras do quartel, reconhe-cendo que “o mais importante

agora é a conclusão da terceira fase da empreitada, que prevê a construção dos acessos”. O diri-gente aproveitou ainda para agradecer à população “a cola-boração extrema que tem dado ao dado aos seus bombeiros”.

A noite foi de festa e não fal-taram prendas e as iguarias típi-cas de uma quadra que começou a ser celebrada a rigor com a instalação de um magnífico pre-sépio à entrada do quartel e que merece de facto ser visitado.

BARCELINHOS

Associação assinala quadra

Os Bombeiros Voluntários de Odemira acabam de perder

um dos seus emblemáticos ele-mentos, o bombeiro Joaquim Catita, mais conhecido por “Vi-lla”, vítima de doença súbita quando se encontrava em servi-ço.

Joaquim Catita regressava de Beja onde tinha ido buscar doentes acabados de fazer he-modiálise. Conseguiu imobilizar a viatura na via antes de ficar inanimado. Foi um dos doentes que acionou o socorro via 112.

Os elementos da viatura médica (VMER) do Hospital de Beja, da ambulância SIV do INEM e dos próprios Bombeiros de Odemira compareceram rapidamente no local mas a situação veio a veri-ficar-se ser irreversível.

Joaquim Catita era casado, ti-nha dois filhos e estava prestes a completar 61 anos de idade.

Aos Bombeiros Voluntários de Odemira, corpo ativo, comando e dirigentes, bem como à famí-lia do extinto, apresentamos sentidos pêsames.

ODEMIRA

Quartel perde “emblemático elemento”Faleceu recentemente o comandante do Quadro

de Honra Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa (RAHBVL), Álva-ro Jorge.

O comandante Álvaro Jorge, nasceu em 1922, na freguesia de Santa Catarina, Lisboa, ingressou há 75 anos no Corpo de Bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa no dia 28 de setembro de 1941.

Foi promovido a bombeiro de 3.ª em 26 de ju-nho de 1942, a 2.ª em 27 de fevereiro de 1951, a 1.ª em 17 de Outubro de 1952, a subchefe em 6 de agosto de 1962, a chefe em 22 Novembro de 1979, a comandante em 24 de Julho de 1983 e a comandante honorário em 1 de Agosto de 1987.

O extinto recebeu 82 louvores coletivos e refe-rências elogiosas simples, 40 louvores indivi-duais, 12 louvores públicos ou citações e 24 con-decorações, entre as quais o grande colar honra e mérito da RAHBVL.

LISBOA

O adeus ao comandante QH Álvaro Jorge

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23DEZEMBRO 2016

Sem condições mínimas de conforto para os homens e mulheres que integram o

efetivo, nem tão pouco apro-priadas áreas operacionais, o quartel dos Voluntários de Ponte da Barca, com mais de 30 anos, deverá em breve ser apoiado por um novo e moderno equipa-mento a construir numa área de expansão, por isso numa zona mais desafogada da vila e servi-da por melhores acessibilida-des, “junto ao centro escolar e desportivo em Mira Lima”, con-forme explica ao jornal Bombei-ros de Portugal, Arlindo Bago, o presidente da associação, dan-do conta que esta é uma “aspi-ração antiga da instituição”, mas que só poderá ser concreti-zada com financiamento comu-nitário, pois a instituição, como muitas congéneres, não dispõe de recursos próprios para avan-çar com um investimento desta envergadura.

Está concluída e aprovada a “ampliação deslocalizada”, um projeto que será concretizado em terreno cedido pela autar-quia, refere o dirigente falando de uma empreitada que rondará os 600 mil euros, mas que per-mitirá responder às exigências operacionais de um território in-serido em pleno Parque Nacio-nal da Penada Gerês, o que por si só constitui uma enorme res-ponsabilidade, meios, mas so-bretudo prontidão na resposta que os Voluntários de Ponte da Barca se orgulham de conseguir assegurar, como aliás assinala o comandante João Vieira, lamen-tando não poder oferecer me-lhores condições aos homens e mulheres que servem 24 horas por dia, 365 dias por ano, não apenas os 12 mil habitantes do concelho, mas também de ou-tras zonas do País onde, não ra-ras vezes, prestam apoio em variadíssimas missões, com es-

PONTE DA BARCA

Quartel vai receber“ampliação destacada”

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca aguarda com

expetativa a construção de um novo complexo de apoio ao quartel, pois as

instalações, já antigas, deixaram de reunir condições para acolher os mais de 50

homens e mulheres que garantem o socorro neste concelho do distrito de Viana do Castelo. O processo está concluído e o

arranque da empreitada depende, agora, da aprovação de uma candidatura a

financiamento comunitário.

Texto: Sofia Ribeiro

pecial enfoque no combate aos incêndios florestais.

Nos últimos tempos direção e comando têm apostado em pe-quenas intervenções, permitin-do assim dar algum conforto aos operacionais, nomeada-mente ao corpo feminino que não dispunha sequer de instala-ções para pernoitar e por isso estava arredado dos piquetes noturnos. João Vieira fala de instalações projetados à luz de outra realidade que nada tem a ver com as exigências do pre-sente, que impõe a permanên-cia no quartel de uma força mí-nima sempre disponível.

O comandante não esconde dificuldades no recrutamento de novos elementos que tanta falta fazem para reforçar ou tão-so-mente para renovar um contin-gente que deveria ter 90 opera-cionais, mas que, atualmente, ronda, apenas, a meia centena.

A boa vontade e a entrega desta equipa permitem, ainda assim, dar resposta às solicitações da população, como sublinha o João Vieira, embora, reconheça, que o futuro ordene o compro-misso dos mais jovens com o voluntariado e a causa.

Apesar deste aparente afas-tamento, a população “adora os seus bombeiros”, assegura o presidente falando de uma co-munidade sempre disponível para apoiar a associação, dando como exemplo a recente aquisi-ção de uma ambulância de transporte de doentes, adquiri-da com o apoio das gentes de Ponte da Barca. Também os emigrantes se desdobram em ações nos países de acolhimen-to e têm garantido importantes verbas que a instituição tem aplicado na modernização do parque de viaturas e na aquisi-ção de equipamentos.

O dirigente assinala também a “boa relação” com a autar-quia, traduzida numa parceria que, nos últimos anos, tem contribuído para ampliar a ca-pacidade de resposta deste efetivo

Crítico do sistema o coman-dante João Vieira defende que “os bombeiros são um agente da proteção civil, prestam um serviço público e como tal quem de direito deve assegurar o financiamento destas estru-turas”, defendendo que esta responsabilidade não pode ser passada para o voluntariado, mas sim assumida, devida-mente, pelos municípios que são responsáveis pela seguran-ça das populações. Sem ro-mantismos defende uma orga-nização de base profissional, complementada por voluntá-rios, e que, ainda assim, não se pode assentar, somente, nas equipas de intervenção perma-

nente (EIP) que, na realidade, operaram durante apenas oito horas, quando o socorro tem que ser assegurado 24 horas por dia. Nesta linha, João Vieira vai mais longe e exige que as autarquias invistam também ao nível dos meios, dos equipa-mentos de proteção individual e formação dos operacionais.

Fundada a 2 de março de 1935, a Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca não se aco-moda no estatuto da antigui-dade, procurando todos os dias afirmar-se como uma re-ferência no concelho com tra-balho em prol da comunidade, ainda que essa seja uma mis-são complexa que exige entre-ga total não apenas da direção e do comando, mas sobretudo dos operacionais que no terre-no, asseguram a proteção de bens e socorro das popula-ções.

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24 DEZEMBRO 2016

SABROSA

Distinções no 125.º aniversário

O Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (BSB) participou no passa-

do dia 19 de Novembro de 2016, na 35.ª edição das “Foulées 18”, uma pro-va de “trail” com a distância de 18 km,

organizada pela Brigade de Sapeurs Pompiers de Paris.

Depois da edição do ano passado ter sido anulada por motivos de segurança nacional, devido aos atentados de Pa-

ris, em 2016 a prova teve a participa-ção de cerca de 1000 sapadores bom-beiros de várias corporações europeias.

Para além da componente competiti-va, esta prova possui uma vertente so-

lidária, porque parte do valor das ins-crições reverteu para o Banco Alimen-tar.

A delegação do BSB foi recebida pelo comandante da Brigade de Sapeurs

Pompiers, général Philippe Boutinaud, que agradeceu a presença assídua do BSB nesta prova organizada anualmen-te.

(Texto e fotografias/BSB Porto)

PORTO

Sapadores participam em prova em Paris

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Sabrosa,

Vila Real, comemorou o seu 125.º aniversário em cerimónia presidida pela ministra da Administração Inter-na, Constança Urbano de Sousa, e que contou, também, com a presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jai-me Marta Soares.

As comemorações ficaram assinala-

das com a atribuição de várias distin-ções, desde logo, à própria Associa-ção, distinguida com a Fénix de Honra da LBP, a medalha de mérito de prote-ção e socorro, grau ouro, distintivo azul do MAI e a medalha de mérito grau ouro da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real.

A LBP, em ato coordenado pelo seu próprio presidente, procedeu também à entrega ds dois crachás de ouro, ao

segundo comandante no Quadro de Honra (QH), António Augusto Guedes, e ao segundo comandante, Miguel José Teixeira Serôdio Rodrigues.

O comandante José Manuel Gonçal-ves Pitrez de Barros foi, igualmente, distinguido com a medalha de servi-ços distintos, grau ouro, da LBP.

A associação, por seu turno, atri-buiu o seu diploma de honra à Câma-ra Municipal de Sabrosa.

Além das entidades atrás referi-das, a cerimónia contou ainda com as presenças, do presidente da Câ-mara Municipal, José Manuel de Car-valho Marques, do presidente da As-sembleia Municipal, António Manuel Sousa Ribeiro da Graça, do presiden-te da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil (ANPC), Joaquim Leitão, de-putados à Assembleia da República, vereadores municipais, do presiden-

te da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real, José Pinheiro, do comandante distrital da ANPC, Ál-varo Ribeiro, representantes das juntas de freguesia, direcções e co-mandos de associações do distrito, acolhidos pelo presidente da direção da Associação, Mário Augusto Varela, comandante José Manuel Barros, restantes órgãos sociais da institui-ção e comando.

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25DEZEMBRO 2016

Os Bombeiros Voluntários de Bragança comemora-ram no passado dia 8 de

dezembro o Dia da Padroeira dos bombeiros e da cidade, Nossa Senhora da Conceição.

Este ano decorreu a integra-ção de 24 estagiários, que ini-ciaram a formação inicial de bombeiros em Outubro e que decorrerá durante o próximo ano. Foram ainda promovidos a bombeiro de 3.ª os 11 estagiá-rios que concluíram com êxito o curso de formação inicial de bombeiro de 2015/2016.

Na oportunidade, para além da entrega das medalhas de assiduidade da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP) foram também atribuídos pelo presi-dente da LBP 3 crachás de ouro, ao subchefe Orlando Fer-nandes e aos bombeiros de 2.ª, José Cruz e António Fonseca. O comandante Jaime Marta Soa-res convidou as entidades pre-sentes a acompanhá-lo nesse ato.

Após as cerimónias, depois de concluídos os discursos em

parada, os presentes dirigiram--se ao monumento de homena-gem ao Bombeiro, seguindo-se a missa e o tradicional desfile motorizado pelas ruas da cida-de.

Um dos pontos altos das co-memorações do dia da padroei-ra dos bombeiros foi a bênção de duas novas viaturas.

Uma delas, um veículo pesa-do de desencarceramento que representou um investimento de mais de 150 mil euros, su-portado na sua totalidade pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bra-gança foi apadrinhado pelo presidente da LBP.

A outra foi uma ambulância

de socorro, oferecida pela em-presa brigantina Fepronor, que investiu cerca 54 mil euros para equipar o veículo.

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bragança, Rui Correia, destacou a importân-cia das novas viaturas:

“A ambulância foi uma oferta do empresário Luís Gonçalves, o que é fantástico, por vários motivos. Um dos motivos é al-guém em Bragança ter a capa-cidade de oferecer um equipa-mento destes aos bombeiros. O outro veículo é um de desen-carceramento pesado, que es-távamos a precisar, porque o que tínhamos era muito lento…

Este desencarcerador já tinha sido adquirido em março e ago-ra foi apadrinhado pelo coman-dante Jaime Marta Soares”, re-feriu.

Já o presidente do município de Bragança salientou a impor-tância de “garantir o apoio aos bombeiros”, continuando para

isso a reservar uma fatia gene-rosa do orçamento para apoiar a corporação.

O Município de Bragança es-tabeleceu uma parceria com os Bombeiros de Bragança e Ize-da, no sentido de poderem as-segurar o funcionamento da pista de gelo instalada durante

a quadra natalícia na Praça Ca-mões.

O valor da receita das entra-das na pista de gelo reverterá a favor destas corporações. No ano passado foram angariados 12 mil euros, esperando-se que este ano esse valor seja ultra-passado.

BRAGANÇA

Bombeiros comemoram Dia da Padroeira

A obra de requalificação e am-pliação do quartel dos Bom-

beiros Voluntários de Bucelas venceu nova etapa com a apre-sentação pública da sua segun-da fase em cerimónia que foi

presidida pelo secretário de Es-tado da Administração Interna, Jorge Gomes.

No mesmo momento decor-reu também o ato de posse do novo adjunto de comando do

corpo de bombeiros, António Ferreira.

A segunda fase da obra de requalificação e ampliação in-clui a nova parada do quartel e insere-se no projeto em curso

delineado há mais de três déca-das.

A cerimónia contou também com as presenças, do presi-dente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, do

presidente da Autoridade Na-cional de Proteção Civil, Joa-quim Leitão, do vice-presiden-te da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, coman-dante Manuel Varela, do co-

mandante de agrupamento sul da ANPC, Elísio Oliveira, aco-lhidos pelos órgãos sociais e comando da instituição na pre-sença de uma significativa moldura humana.

BUCELAS

Quartel vence nova etapa

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26 DEZEMBRO 2016

O subchefe Manuel da Con-ceição Francisco, conhecido

por chefe “Manel”, infelizmen-te, por motivos de saúde, não pode estar presente na sessão solene comemorativa do 72.º aniversário da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Vo-luntários da Malveira, concelho de Mafra, para receber o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). A distinção foi recebida na sessão solene por seu filho, o comandante do Quadro de Honra José Manuel Sousa, das mãos da vereadora da proteção civil da Câmara Municipal de Mafra, Aldevina

Rodrigues, a convite do repre-sentante da LBP presente na cerimónia, Rama da Silva.

O chefe “Manel” é uma figura emblemática dos Voluntários da Malveira, com 87 anos de vida, muitos deles dedicados aos bombeiros. Percorreu to-dos os postos até chegar a sub-chefe em 1977. Passou ao Qua-dro de Honra em fevereiro de 1995 com, 48 anos, 6 meses e 16 dias de dedicação aos bom-beiros.

Na sessão solene, foram igualmente entregues meda-lhas de assiduidade da LBP, de 20 anos, aos bombeiros, Aníbal

Lopes, Carlos Martinho, Carlos Félix, Diamantino Fernandes e Carlos Cintrão, de 15 anos, a Nelson Silva, Ricardo André, Nuno Silva, José Pires, e Carlos Café, de 10 anos, a Marta Pe-reira, Inês Silva e Bruno Santos e, de 5 anos, a Mauro Loretti, Inês Viegas, Joaquim Siqueni-que, Paolo Alves, Bruno Jorge e Nuno Rodrigues.

A inexistência de um veículo de combate a incêndios urba-nos (VUCI) foi evidenciado pelo comandante Miguel Oliveira na sua intervenção bem como a necessidade de renovar o par-que de ambulâncias, em face

MALVEIRA

Crachá de ouro para o chefe Manel

da enorme procura a que os Voluntários da Malveira têm vindo a ser sujeitos no domínio do socorro pré-hospitalar.

O projeto de remodelação e qualificação das atuais instala-ções, obra candidata ao PO-SEUR no valor de 900 mil eu-ros, foi outro tema abordado, quer pelo comandante, quer pelo presidente da direção, Vi-tor Gomes. O atual quartel foi inaugurado em 1972 e, desde então, foi sofrendo sucessivos melhoramentos e ampliações, obras cuja eficácia chegou ago-

ra ao termo e apontando para a solução definitiva de requalifi-cação que conta também com o apoio da Câmara Municipal de Mafra.

A vereadora anunciou, entre-tanto, que a Autarquia também irá apoiar com 10 mil euros a aquisição de uma nova ambu-lância de transporte e que, fru-to da colaboração dos bombei-ros em breve todas as escolas contarão com formação na área dos primeiros socorros.

A sessão solene contou tam-bém com as presenças, do vi-

ce-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, comandante Manuel Vare-la, do segundo comandante distrital da ANPC, André Fer-nandes, do presidente da União de Freguesias de Malvei-ra e S. Miguel de Alcainça, aco-lhidos, pelo presidente da as-sembleia-geral, Armando Mon-teiro, do presidente da direção, Vitor Gomes, do comandante Miguel Oliveira, e dos restan-tes membros dos órgãos so-ciais, comando e quadro de honra.

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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Vidago comemorou o seu 49.º aniversário no passado dia 8 de dezembro com promoções, a posse do novo adjunto de co-mando e a inauguração de duas novas viaturas.

Após o hastear das bandeiras e o desfile decorreu a promoção a bombeiros de 3.ª da Andreia Filipa Pinto Teixeira e da Maria do Céu Gomes Reis e a imposi-ção de galões ao novo Adjunto de Comando Bruno Sarmento, seguindo-se a sessão solene. O bombeiro de 1.ª, Bruno Miguel Machado Sarmento preenche assim a vaga existente no co-mando dos Voluntários de Vida-go.

No seu discurso de tomada de posse, Bruno Sarmento adian-tou que,” sei que o futuro me trará muitos desafios mas, a lealdade, o rigor a determinação e entrega ao trabalho de equipa, será o meu compromisso”.

O novo adjunto deixou ainda um agradecimento especial ao seu primeiro comandante, Car-los Ferreira.

Bruno Miguel Machado Sar-mento ingressou em 2004, como aspirante, nos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar onde foi progredindo. Nesse mesmo ano foi promovi-do a bombeiro de 3.ª, em 2008 a 2.ª, e em maio último solicitou a sua transferência para o Corpo de bombeiros de Vidago, onde foi promovido a bombeiro de 1.ª e agora nomeado adjunto de co-mando.

O início das intervenções cou-be ao comandante do corpo de bombeiros, Bruno Henriques, que enalteceu “todos aqueles que ao longo de quase cinco dé-cadas foram trabalhando para o

crescimento da nossa associa-ção” e enumerou algumas das dificuldades que os bombeiros têm enfrentado nos últimos tempos, defendendo mais in-centivos para os soldados da paz, por parte do governo e das autarquias

Francisco Oliveira, presidente da direção, recordou que, “inde-pendentemente das dificulda-des, assinalamos com alegria a passagem de mais um aniversá-rio, sem dúvida um dia especial, na vida das pessoas como nas instituições, sinal de vida e es-perança, sempre pretexto para um momento de balanço mais

ou menos exaustivo, através dele tiram-se ilações e faz-se a história”. Francisco Oliveira lem-brou que “o ano que está a ter-minar infelizmente para nós foi dramático, começamo-lo da pior maneira em 21 de janeiro com o acidente na A7 em Ribeira de Pena, do qual resultou a perda total de uma ambulância, um morto e dois feridos graves”.

Por último, o dirigente ende-reçou uma palavra de apreço ao comando, “pela forma como tem dirigido o corpo de bombei-ros”, aos soldados da paz, pela “dedicação, espírito de sacrifício e profissionalismo demonstra-

dos”, e aos respetivos familia-res.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Chaves, António Ca-beleira, começou por prestar a sua homenagem aos “homens e mulheres que ao longo destes 49 anos de existência da asso-ciação, ajudaram a mantê-la viva e a desempenhar com de-dicação a mais nobre das mis-sões: servir o próximo com ris-co da própria vida”

Para além dos intervenientes já referido, a sessão solene contou ainda com as interven-ções, de Alcino Rodrigues, da Federação de Bombeiros do

Distrito de Vila Real, de Álvaro Ribeiro, comandante distrital de operações de socorro da ANPC, e do vogal do conselho executi-vo da Liga de Bombeiros Portu-gueses, comandante José Re-queijo.

As comemorações prossegui-ram com a bênção, pelo padre José Carlos, das duas novas viaturas, uma ambulância de socorro e uma viatura de trans-porte de doentes que foram apadrinhadas por Fernando Ca-dete, comandante do Quadro de Honra e pela vidaguense Da-niela Picotez Brás e seu pai Eduardo Brás.

VIDAGO

Aniversário a pensar no cinquentenário

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27DEZEMBRO 2016

As comemorações do 103.º aniver-sário da Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Almada ficaram assinaladas pela atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a três elementos, um do quadro ativo, o chefe Luís Filipe Lopes Silvestre, e dois do quadro de honra, o bombeiro de 2.ª António Fer-nando Dias Garcia e o bombeiro de 3.ª

Samuel Gomes de Andrade. A entrega das distinções foi coordenada pelo vi-ce-presidente da LBP, Rodeia Machado, presente nas cerimónias.

Antes da sessão solene, durante a qual foram também entregues outras distinções, foi inaugurada uma nova ambulância de socorro, financiada pela Câmara Municipal de Almada e apre-sentadas outras duas viaturas, uma

ambulância de socorro e um veículo urbano de combate a incêndios sujei-tas a uma profunda reestruturação. Por dificuldade ocorrida no processo de entrega ficou por inaugurar um veículo de transporte de doentes (VDTD), também financiado pela autarquia.

As comemorações foram presididas pelo vereador da proteção civil da Câ-mara de Almada, Rui Jorge, em repre-

sentação do respetivo presidente, Joa-quim Judas, o representante da LBP, o comandante Clemente Mitra em re-presentação da Federação de Bombei-ros do Distrito de Setúbal, o segundo comandante distrital da ANPC, Rui Costa, o presidente da Assembleia Municipal, Manuel Maia, a presidente da União de Freguesias Da Caparica e Trafaria, Ilda Garret, representante da

União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, o co-mandante do Porto de Lisboa, o coor-denador do Serviço Municipal de Pro-teção Civil, António Godinho, bem como dirigentes e elementos de co-mando de associações de bombeiros vizinhas e também dos Voluntários de Alvaiázere, há muito geminados com os colegas de Almada.

ALMADA

Três crachás em dia de festa

O dia 26 de novembro, que amanhecera soalheiro, tro-

cou as voltas Municipais do Car-taxo e à hora marcada para o início da sessão solene de co-memoração do 80.º Aniversá-rio, a chuva contínua obrigou à mudança de local – a cerimónia foi deslocada do quartel do cor-po de bombeiros, para o Audi-tório Municipal da Quinta das Pratas, onde tiveram lugar as intervenções das entidades ofi-ciais, assim como, a entrega de condecorações e de louvores. De regresso ao quartel, convi-dados e população, participa-ram na inauguração do Museu do Bombeiro.

Na ocasião cerimónia, Pedro Magalhães Ribeiro, presidente da autarquia, falou do orgulho da Câmara no corpo de Bom-beiros Municipais do Cartaxo – “um sentido de orgulho genuíno quer pela vossa competência profissional, reconhecida nas missões que cumprem no con-celho e em todo o país, quer pelo auxílio à população, que prestam com espírito de ajuda ao próximo, pelas vossas quali-dades humanas e espírito de entreajuda, pelas provas de bravura que deram ao longo destes 80 anos”, afirmando que este orgulho é partilhado pelos cartaxeiros – o que é “visível na

profunda proximidade da cor-poração à população e no apoio e carinho que toda a comunida-de sempre vos dispensou”.

Para o autarca, desde que Sebastião Tavares de Matos, presidente da Câmara Municipal em 25 de novembro de 1936, sob proposta do vereador Cor-deiro Veríssimo Narciso, fundou a corporação “tem havido con-senso político, na prioridade dada ao investimento em equi-pamentos de proteção indivi-dual e em meios operacionais, para que a corporação possa cumprir a sua missão”.

Mas o orgulho e o investi-mento efetuados pela Câmara Municipal não são suficientes para resolver todos os proble-mas – “em matéria de apoio à proteção civil e no reconheci-mento que é devido aos corpos de bombeiros municipais, su-cessivos governos têm tardado em construir as soluções neces-sárias e em instituir o estatuto dos bombeiros municipais e profissionais”.

Para o presidente da Câmara, é essencial que o anúncio públi-co do Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, de que no primeiro tri-mestre de 2017, o estatuto es-taria concluído, seja uma reali-dade e que este seja acompa-

nhado de soluções no âmbito “do descongelamento de carrei-ras e possibilidade de que os municípios em situação de rutu-ra financeira, possam contratar bombeiros”. Lembrando que “todas as corporações têm a mesma missão, mas não têm a mesma compensação”, o autar-ca referiu a necessidade de aca-bar com a discriminação dos corpos de bombeiros munici-pais, no que se refere ao finan-ciamento da administração cen-tral, para que se possam “ultra-passar as lógicas corporativas e reforçar a cultura de justiça e solidariedade entre todos os bombeiros”.

David Lobato, comandante em regime de substituição, diri-giu-se aos bombeiros reconhe-cendo a “entrega, dedicação e brio, com que cumpriram a mis-são ao longo de 80 anos de ser-viço à comunidade”, quer na

defesa da vida humana, quer dos bens de pessoas, empresas e instituições.

Em tempos que considerou “difíceis, numa sociedade em que parecem comandar o con-sumismo e o egoísmo”, desta-cou “reconfortante, poder con-tar com homens e mulheres de todas as gerações, que escolhe-ram o altruísmo, a solidarieda-de e o heroísmo, como valores essenciais”.

Ao presidente da Câmara Mu-nicipal do Cartaxo, o coman-dante agradeceu por “apesar dos tempos difíceis que atra-vessamos, ter sabido com-preender os nossos problemas e garantido que nada nos falte, zelando assim, pela segurança dos munícipes”.

Adelino Gomes, vice-presi-dente da Liga dos Bombeiros Portugueses e Carlos Gonçal-ves, presidente da Federação

dos Bombeiros de Santarém, nas suas alocuções sublinharam o reconhecimento pela compe-tência dos Bombeiros Munici-pais do Cartaxo, bem como a elevada preparação técnica e humana, demonstrada sempre que são chamados a intervir a nível distrital e nacional.

A sessão teve como momen-to alto, a distinção com o car-chá de ouro da Liga dos Bombe-ros Portugueses dos bombeiro de 2.ª Augusto José Nunes Ver-ças e João Manuel Valbom Cae-tano. Foram ainda agraciados com medalhas de assiduidade a bombeira de 3. ª Joana de Abreu Silva Cunha Rolaça (grau Cobre), o bombeiro de 2.ª Do-mínico Bruno Domingues Lage (grau Prata) e o bombeiro de 2.ª Pedro Miguel Coelho Barata Quitério e comandante David Alexandre Amaral Lobato (grau

Ouro). Receberam, ainda, um louvor o Augusto José Nunes Verças (bombeiro de 2.ª) e Joa-quina Rodrigues de Carvalho Oliveira (assistente administra-tiva aposentada) que desta for-ma viram reconhecida a “dedi-cação à causa dos bombeiros” na prática de “ações que os dis-tinguiram dos seus iguais”.

Entre muitos representantes de organizações ligadas a for-ças de segurança, proteção civil e bombeiros, assim como, ve-readores, presidentes de juntas de fregueisa do concelho e anti-gos comandantes dos Munici-pais do Cartaxo, marcaram também presença nas cerimó-nias Joaquim Chambel, coman-dante do Agrupamento Distrital Centro Sul, em representação da Autoridade Nacional de Pro-teção Civil, Mário Silvestre, Co-mandante Operacional Distrital de Santarém.

CARTAXO

Municipais celebram 80.º aniversário

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28 DEZEMBRO 2016

As comemorações do 124.º aniversário da Associação

Humanitária de Bombeiros Vo-luntários de Rio Maior incluí-ram a atribuição do prémio “Comandante do QH Dr. Eduar-do do Rosário Agostinho – Bombeiro de Mérito 2015”, a título póstumo, ao bombeiro de 1ª, Mário Paulo Brito Henri-ques, falecido em 31 de janeiro último vítima de doença súbi-ta. O capacete de cristal alusi-

vo foi entregue à sua mãe, Ma-ria Angelina Brito Henriques.

O bombeiro Mário Henriques era um dos três candidatos apresentados ao prémio, a par dos seus colegas de 3.ª, Paula Cardoso e Rúben Carvalho. O mesmo prémio, na vertente estagiário, foi atribuído ao bombeiro de 3.ª Rui Miguel Sa-bino Matias. No caso da fanfar-ra, os prémios de assiduidade 2016 foram atribuídos a Fer-

nando Carmo, Catarina Lima e Teresa Vicente. Os prémios trompete e percussionista 2016 foram entregues a Fer-nanda Mendes, Carolina Perei-ra e Carolina Duarte. Proce-deu-se ainda à entrega de um conjunto significativo de me-dalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

A sessão solene, antecedida pela habitual romagem ao ce-

mitério local, foi presidida pela presidente da Câmara Munici-pal de Rio Maior, Isaura Morais, e contou com as presenças, do vice-presidente do conselho executivo da LBP, comandante Adelino Gomes, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Santarém, coman-dante Carlos Gonçalves, do co-mandante operacional distrital da ANPC, Mário Silvestre, a co-lhidos, pelo presidente da as-

sembleia-geral, Eduardo Casi-miro da Silva, pelo presidente da direção, José Oliveira Cola-ço, pelo comandante Paulo Ri-beiro Cardoso, e pelos restan-tes elementos dos órgãos so-ciais e do comando.

Após a sessão solene decor-reu no mesmo local uma missa solene por intenção dos bom-beiros, dirigentes e sócios fale-cidos, seguindo-se o tradicio-nal almoço de convívio.

RIO MAIOR

Homenagem póstuma

O lançamento de um livro, intitulado precisa-mente “Missão”, da autoria de Graça Alves,

assinalou a comemoração do 90.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntá-rios Madeirenses. A obra, não obstante ser rica em referências histórias anteriores, dedica-se es-pecialmente a retratar os últimos 15 anos da ati-vidade da instituição.

A sessão decorreu no Instituto do Vinho do Bordado e do Artesanato da Madeira e contou com as presenças, do presidente do Governo Re-gional, Miguel Albuquerque, do seu antecessor e dirigente da instituição, Alberto João Jardim, da vice-presidente da Assembleia Regional, Maria Fernanda Dias Cardoso, da secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Vargas, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), Rodeia Machado, do presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, Luis Nery, do presidente da Federação de Bombeiros da Madei-ra, Rocha da Silva, e do comandante dos bombei-ros voluntários alemães de Leichligen, com quem se encontram geminados, entre outras personali-dades e representantes de organismos e entida-

des, acolhidos pelos órgãos sociais e pelo coman-do da instituição.

No âmbito da celebração do 90º aniversário fo-ram também entregues dois crachás de ouro, ao bombeiro de 1.ª António José Francisco e ao bombeiro de 2.ª João Ressurreição Faria, meda-lhas de assiduidade da LBP, de 10 anos, ao vice--presidente do conselho fiscal, Jorge Berardo, de 15 anos, ao adjunto de comando equiparado,

Fernando Neves, ao bombeiro de 2.ª, Isabel Au-gusto, e aos bombeiros de 3.ª, Fábio Freitas, Sandra Rebolo, Randolf Fernandes, José Cama-cho e Ruben Gouveia, de 10 anos, aos bombeiros de 3.ª, Rui Ferreira, João Paulo Figueira, Bruno Coelho, Catarina Pereira, José Bruno Pereira, Hi-lário Freitas, André Vieira e Paulo Nóbrega, e de 5 anos, ao bombeiro de 1.ª José Lopes e ao bom-beiro de 3.ª Sérgio Pereira.

MADEIRENSES

Livro assinala 90 anos

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29DEZEMBRO 2016

O comandante Fernando Jorge, dos Bombeiros Voluntários de Miranda

do Corvo, foi distinguido pela Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) com o crachá de ouro, para cuja entrega o co-mandante José Requeijo, vogal do conselho executivo da con-federação presente, convidou o presidente da Câmara Muni-cipal de Miranda do Corvo, Mi-guel Baptista.

Foram igualmente agracia-dos com as medalhas de servi-ços distintos da LBP, grau ouro, o adjunto de comando Jaime Ricardo, o chefe José Augusto Fernandes e o bombeiro de 1ª Joaquim Fernandes, e grau prata, o chefe Hermenegildo Santos, o subchefe Afonso Castro, o bombeiro de 1.ª Car-los Pedro, o bombeiro de 3ª supranumerário Lídio Ferreira, e o oficial bombeiro de 2.ª Cé-sar Fernandes.

Com medalhas de assiduida-de da LBP, de dedicação – 25 anos, foram distinguidos, o subchefe Carlos Sequeira, os bombeiros de 1.ª Amilcar Ra-poso e Elias Simões, o oficial bombeiro de 1.ª Cláudio Perei-ra, o oficial bombeiro de 2.ª Rui Lopes, o bombeiro de 2.ª Jorge Martins, o chefe Pedro Caetano, os bombeiros de 2ª Armando Cancela e Nuno Lo-pes e o bombeiro de 1.ª Luis Almeida, e de 20 anos, os sub-chefes, Rui Gama, Edmundo Rodrigues, Nuno Paiva e Tiago Lopes, os bombeiros de 1.ª, Jorge Ribeiro, Rui Mendes e Rui Raposo, e os bombeiros de 3.ª, José Francisco, Aníbal Amaral, João Paulo Simões, e Luis Sil-va.

Foram igualmente atribuídas medalhas de assiduidade da LBP, de 15 anos, aos subche-fes, Luis Costa, Sérgio Rodri-gues e José António Gama, aos

bombeiros de 1.ª, João Perei-ra, Sónia Antunes, Diogo Car-doso, Luis Ferreira, João Fran-cisco, Pedro Silva e Bruno Ra-poso, aos bombeiros de 2.ª, Luis Pereira, João Rodrigues, Luis Esteves, João Rosado, Paulo Mateus e Ana Rita Silva, e bombeiro de 3.ª, Hélder Cos-ta, de 10 anos, aos bombeiros de 2.ª, Samuel Fernandes, Paulo Francisco, Joaquim Pai-va, Mariana Fernandes, Marga-rete Rodrigues, Paula Florido, Carlos Antunes e Hugo Cravo, e de 3.ª, Joana Rodrigues, Luis Rodrigues, Tiago Rodrigues, Tiago Simões, Elsa Catarina Santos e Bruno Santos.

Por 5 anos de assiduidade receberam também a respecti-va medalha da LBP, os bombei-ros de 2.ª, Carlos Silva e Da-niela Gonçalves, e de 3.ª, An-dreia Dias, Rafael Carvalho, Orlando Paiva, Ruben Assun-ção, Ricardo Reis, Jorge San-

tos, Hugo Lopes, Marco Reis, André Correia, Adriana Sousa, Stefane Silva, Bruno Carvalho, Jorge Antunes, Rui Dias, Bruna Valada, Flávio Costa, José Sa-muel Lopes, Eduardo Bento, Pedro Pinto, Rita Pinheiro, Luis Pedroso, Tiago Guiomar, Tiago Amado, Cátia Almeida, Ana Margarida França, Joana Si-mões, João Pedro Barata, Fili-pe Rodrigues, Andreia Simões e Alexandra Francisco.

Procedeu-se à inauguração de um veículo florestal de com-bate a incêndios florestais inte-gralmente pago pela Autarquia e mais uma ambulância de so-corro, a quinta adquirida com verbas obtidas pela “Comissão do Bar”, neste caso com 43 mil euros, um grupo de bombeiros que há anos se organiza na re-colha de fundos de forma exem-plar e que levou o presidente da direção, Eurico Soares, a subli-nhar que “não conheço outra associação que consiga angariar tantos fundos”.

Este dirigente fez questão de também enaltecer o papel da Câmara Municipal e do seu pre-sidente no apoio à instituição lembrando que “muitas câma-ras deviam pegar neste exem-plo”.

O comandante Fernando Jor-ge, no mesmo sentido, lembrou que há 30 anos se falava de um protocolo de apoio aos bombei-ros e que foi há 3 anos, com este presidente de câmara, que ele se concretizou.

Na sua intervenção, o co-mandante viria a lembrar tam-bém a necessidade de incenti-

vos ao voluntariado, criticou o INEM “que não pode exigir e não dar” e a Autoridade Nacio-nal de Proteção Civil por, no âmbito das candidaturas de via-turas ao POSEUR ter reprovado a que apresentaram por consi-derarem que “temos viaturas a mais”.

A sessão solene contou tam-bém com as presenças, do pre-sidente da Assembleia Munici-pal, João Mourato, do coman-dante de Agrupamento Centro Norte da ANPC, António Ribeiro, do presidente da Federação de

Bombeiros do Distrito de Coim-bra, comandante António Si-mões, do comandante distrital de Coimbra da ANPC, Luís Tava-res, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral, Gustavo Cardoso, do presidente do con-selho fiscal, José Manuel, do presidente da direção, Eurico Soares, pelo comandante Fer-nando Jorge e restantes órgãos sociais e comando. Refira-se que quatro dos presidentes de juntas de freguesia locais tam-bém fazem parte dos órgãos sociais da associação.

MIRANDA DO CORVO

Comandante distinguido com crachá de ouro

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30 DEZEMBRO 2016

Elementos dos Bombeiros Voluntários Lisbonen-ses participantes no Dispositivo Especial de

Combate aos Incêndios Florestais (DECIF 2016), e a partir das compensações recebidas por essa mis-são, apoiaram a instituição na aquisição de 12 mo-chilas florestais e outro equipamento, conforme foi salientado pelo comandante Jorge Fernandes no decorrer da sessão solene comemorativa do 106.º aniversário daquela associação.

Na mesma sessão, presidida pelo vereador da Câmara Municipal de Lisboa Carlos Carlos Castro, responsável pela proteção civil, o presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Mor-gado, entregou à instituição um donativo de 4 mil euros.

A promoção a bombeiro de 3ª das estagiárias Mara Saramago e Ana Barbosa e a entrega de me-dalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) ocupou também uma parte da ses-

são, a par a entrega de louvores e diplomas de agradecimento a personalidades e entidades cujo apoio no último ano foi digno de nota. Realce tam-bém para a homenagem prestada à Embaixada da República da África do Sul, cuja embaixadora este-ve presente, por 75 anos de associada da institui-ção.

No domínio das medalhas de assiduidade da LBP foram entregues, de 5 anos, à bombeira de 3.ª Bruna Sousa, de 10 anos, ao segundo comandante Tiago Fernandes e ao bombeiro de 3.ª, Carmem Fernandes, de 15 anos, aos bombeiros, de 3.ª, Sandra Manuel, Carlos Machado, Hugo Santos, de 2.ª, António Manuel Reis e José Carlos Coutinho, e de 20 anos, ao bombeiro de 2.ª Fernando Pedroso Alves.

Na presença de todos os elementos do Quadro de Honra o adjunto de comando QH Alberto Anibal recebeu também a oferta de um capacete.

A sessão contou também com as presenças, do vogal do conselho executivo da LBP, Rui Rama da Silva, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante António Carvalho, do presidente da Escola Nacional de Bombeiros, José ferreira, do comandante de agrupamento sul da ANPC, Elísio Oliveira, do presidente da Reviver Mais, Luis Miguel Baptista, do comandante do Re-

gimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, Pedro Patrício, acolhidos, pelo presidente da assembleia--geral, Costa Martins, do presidente da direção, Manuel Garcia Correia, do comandante Jorge Fer-nandes e restantes elementos dos órgãos sociais e comando.

LISBONENSES

Bombeiros ajudam a equipar

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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

de Palmela recebeu boas notí-cias no dia das comemorações do seu 79.º aniversário.

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, a presidir à sessão so-lene, dirigiu-se aos presentes e, em particular, ao presidente da Câmara Municipal de Pame-la, Álvaro Amaro, sossegando--o sobre a necessidade de fi-nanciar metade das obras de remodelação e requalificação das obras do quartel candida-tas ao POSEUR. O autarca comprometia-se a custear me-tade das obras caso elas não viessem a merecer o apoio co-munitário. Nas palavras do se-cretário de Estado, ficava as-sim implícita a garantia do fi-nanciamento do POSEUR, ca-bendo assim à autarquia garantir apenas 15 por cento do valor da obra..

Dias depois desta cerimónia, aliás, o secretário de Estado confirmou o financiamento a todos os projetos de quartéis, desde que aprovados pelas es-truturas comunitárias.

Entre as distinções entre-gues na sessão solene realiza-da no Cineteatro S. João des-taca-se naturalmente o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao adjunto de comando José de Brito Sil-

va, em cerimónia coordenada pelo vice-presidente da confe-deração presente, António Ro-deia Machado.

Foram também distinguidos com medalhas de assiduidade da LBP, por 20 anos, os bom-beiros Paulo Cardoso e Jaime

Pereira, por 15 anos, José Cas-carrinho, João Eduardo Lou-renço e Carlos Almeida, e por 5 anos, Nuno Vieira, Tiago Rodri-gues e João Filipe Guerreiro.

Foram ainda promovidos a bombeiros de 3.ª os estagiá-rios, Ricardo Oliveira, André

Mendonça, Raquel Fidalgo, Da-niel Pereira e António Fraga.

Realce também para a inau-guração de uma nova ambu-lância em cerimónia realizada no exterior do teatro.

Além das entidades referi-das, estiveram também pre-

sentes vários autarcas, presi-dentes das juntas de fregue-sia, de Palmela e Quinta do Anjo, o presidente da Federa-ção de Bombeiros de Setúbal, comandante Raimundo, o co-mandante e segundo coman-dante de Setúbal da ANPC, Pa-

trícia Gaspar e Rui Costa, re-presentantes de duas dezenas de associações de bombeiros congéneres, acolhidos pelo presidente da direção, Octávio Machado, restantes órgãos so-ciais e comando do corpo de bombeiros.

PALMELA

Remodelação do quartel bem encaminhada

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31DEZEMBRO 2016

ANIVERSÁRIOS1 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Vila Real (Cruz Verde) . . . . . . . . . . . . .126Bombeiros Voluntários do Montijo . . . . . . .108Bombeiros Voluntáriosde Vila Praia de Âncora . . . . . . . . . . . . . . .100Bombeiros Voluntários Espinhenses . . . . . . .89Bombeiros Voluntários de Esmoriz . . . . . . . .86Bombeiros Voluntários de Arraiolos . . . . . . .834 de janeiroBombeiros Voluntários de Ourém . . . . . . . .1055 de janeiroBombeiros Voluntários de Alcabideche . . . . .90Bombeiros Voluntários de Farejinhas . . . . . .876 de janeiroBombeiros Voluntários de Esposende . . . . .126Bombeiros Voluntáriosde Vila Real (Cruz Branca). . . . . . . . . . . . .120Bombeiros Voluntários de Cheires . . . . . . . .87Bombeiros Voluntários do Entroncamento . . .68Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra . .568 de janeiroBombeiros Voluntários de Faro. . . . . . . . . . .949 de janeiroBombeiros Voluntários de Mora . . . . . . . . . .7710 de janeiroBombeiros Voluntários da Amadora . . . . . .11212 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Canas de Senhorim . . . . . . . . . . . . . . . .8614 de janeiroBombeiros Voluntários de Azambuja. . . . . . .85Bombeiros Voluntáriosde Vila Nova de Foz Côa . . . . . . . . . . . . . . .83Bombeiros Voluntáriosde São Roque do Pico . . . . . . . . . . . . . . . . .69Bombeiros Voluntários de Ortigosa. . . . . . . .1815 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Vila Real de Santo António . . . . . . . . . .127Bombeiros Voluntários de Cacilhas . . . . . . .12617 de janeiroBombeiros Voluntários da Rebordosa . . . . . .39

18 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Carrazeda de Ansiães. . . . . . . . . . . . . . .87Bombeiros Voluntáriosde Provesende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8620 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Marco de Canaveses . . . . . . . . . . . . . . .9321 de janeiroBombeiros Voluntários de Barrancos. . . . . . .3722 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Albergaria-a-Velha . . . . . . . . . . . . . . . . .92Bombeiros Municipais de Santa Cruz . . . . . .8524 de janeiroBombeiros Voluntários de Penamacor . . . . . .7925 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Santa Cruz das Flores . . . . . . . . . . . . . .66Bombeiros Voluntários de Côja . . . . . . . . . .54Bombeiros Voluntários do Alandroal . . . . . . .3726 de janeiroSapadores Bombeiros de Lisboa. . . . . . . . .62227 de janeiroBombeiros Voluntários de Vale Besteiros. . . .3928 de janeiroBombeiros Voluntários de Aveiro Velhos . . .135Bombeiros Municipais de Tomar . . . . . . . . . .9529 de janeiroSapadores Bombeiros do Porto . . . . . . . . .289Bombeiros Voluntários da Vidigueira. . . . . . .3130 de janeiroBombeiros Voluntáriosde Póvoa de Santa Iria . . . . . . . . . . . . . . . .74Bombeiros Voluntários de Vieira de Leiria . . .7031 de janeiroBombeiros Voluntários Estoris . . . . . . . . . . .94Bombeiros Voluntáriosde Macedo de Cavaleiros. . . . . . . . . . . . . . .94Bombeiros Voluntários de Izeda. . . . . . . . . .33

Fonte: Base de Dados LBP

em novembro de 1996

Quando vim para os bombeiros, em 1960, aprendíamos a apagar os fogos com os nossos ante-

passados bombeiros e, coitadinho de nós, que não tínhamos quaisquer utensílios para os apagar. Não havia água nos matos, não havia carros com água, os carros que haviam eram sim-plesmente de transporte e carga de motobombas, próprias para os incên-dios urbanos, que para nada serviam sem água. Além disso também não ha-via caminhos onde pudessem circular carros. Foi preciso muita propaganda para o efeito e, com o tempo, foram feitos caminhos com a largura de um carro, pois nos que havia só se podia andar a pé.

Os utensílios que existiam para os fogos florestais eram simplesmente uns sachos e umas pás, para se atirar terra para as labaredas, o que não dava rendimento nenhum. Para além disso o que valia, eram os ramos do arvoredo que se colhiam nos montes para serem usados como batedores e era o único método que dava resulta-do.

Então, passou-me pela cabeça cons-truir uns batedores: Num cabo de vas-soura preguei uma ripa em T com cer-

ca de 40cm e nela preguei retalhos de manga danificada e arrumada por ino-peracional, com cerca de meio metro cada. E fomos para o incêndio com aquilo, convencidos de que tínhamos descoberto o ouro, mas, não resultou; A ripa em T tinha tendência para cair na vertical aquando batia no mato, não dava nada. Mas, o nosso quarteleiro Marcelino, que Deus haja, ao ver aqui-lo, logo que chegou ao quartel, arran-cou os retalhos de manga e fixou-os no cabo com uma daquelas braçadeiras que havia para vedar as mangueiras e aí está um modelo de batedor, que deu um grande sainete pois abafava muito as labaredas. Deu um resultadão. Para que permanecesse a ideia de que foi nos B.V. de Oliveira de Azeméis que nasceu tal ideia, foi deixado no Museu dos Bombeiros um exemplar, que julgo que ainda lá esteja. E digo julgo, por-que já lá não vou há largos anos e no fim deste tempo todo, muita coisa muda. Mas se não está, devia de estar!

Então passou-se a construir dúzias desses batedores não só para os nos-sos bombeiros usarem como para os dar aos lavradores que, por ventura, apareciam no fogo para ajudar e nos próximos já virem equipados com tal

utensílio. As outras corporações do distrito, que viram aquilo, passaram também a construí-los e a usá-los.

Não há muito tempo vi, na TV num incêndio em Castelo de Paiva, um civil com um destes batedores e fiz o meu

raciocínio que foi um dos tais a quem se distribuíram e mantem-no até ago-ra.

Durante muitos anos se usou este método até se dar a evolução no siste-ma de hoje.

No próximo artigo que escrever con-tinuarei a explicar como se deu esta evolução.

Comandante Alegria,Honorário

de Oliveira de Azeméis

O que mudou no sistema de extinção de incêndios

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32 DEZEMBRO 2016

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore – Praceta das Ordenações Afonsinas, 3-A – 2615-022 ALVERCA – Telef.: 21 145 1300 – web: http://www.quarkcore.pt – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal.

A Crónicado bombeiro Manel

Aqui na nossa associação já é tra-dição que no Natal e na passagem

de ano façamos um convívio com amigos e familiares, todos os que de-sejem estar connosco. Cada um trás um doce ou salgado e passamos aqui umas horas bem passadas e prontos a arrancar para o que for preciso.

Os piquetes desses dias acabam por ter muito mais gente, seja de noi-te ou dia, e até chegam a dobrar.

É assim, é uma tradição. E quem está em casa confia que os bombei-

ros estejam no seu posto como acon-tece sempre, todos dias do ano.

É certo que não deixa de ser um sacrifico sair do aconchego das nos-sas casas, da beira do fogo da lareira, para vir aqui para o quartel. Mas tam-bém é certo que nos bombeiros tam-bém está outra parte da nossa famí-lia, nem será família de sangue, mas é de muita amizade, muitos sacrifí-cios e até apertos, ou momentos feli-zes vividos em conjunto. No fundo somos uma família, a dos bombeiros,

com muitas outras famílias de cada um deles dentro.

Outro dia estávamos a falar sobre este grande convívio que se organiza aqui no Natal e no fim do ano quando alguém nos veio mostrar uma notícia do jornal em que dizia que o INEM garantia que ia ter mais meios na rua nessas alturas. Só pudemos rir com essa notícia porque também é isso que fazemos sem nos por em bicos de pé. As pessoas cá da terra sabem que estamos cá, que até somos mais

nessa altura. E até há alguns vizinhos e amigos que espontaneamente tam-bém aparecem para conviver connos-co.

Não precisamos de dizer que esta-mos cá no quartel porque as pessoas sabem-no bem, porque nos conhe-cem e sabem que apostamos tudo na segurança de quem precise de nós. Se alguém precisa de se por em bicos de pé é lá com eles.

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Não nos pomos em bicos de pés

A todas associações e corpos de bombeiros que mantém a tradição de construir os seus presépios, símbolos muito queridos dos bom-beiros, e que acabam também por seu local muito concorrido de visita.

Ao INEM pelos tempos de espera para aten-dimento de chamadas de socorro e inclusive muita demora no contacto feito pelos bombei-ros para passagem de dados relativos a ocor-rências onde estão a prestar socorro.

LOUVOR/REPREENSÃO

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP), comandan-

te Jaime Marta Soares, foi o entrevistado por Carla Rocha na “Manhã da Rádio Renas-cença” a propósito da campa-nha lançada por aquela esta-ção de rádio a favor dos Bombeiros Portugueses nesta quadra natalícia e a que se associaram, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e muitas outras personalidades da sociedade portuguesa.

Na entrevista em direto na Renascença o presidente da LBP apontou as duas maiores carências do setor: quartéis e viaturas. Quanto às respostas governamentais, disse que dos discursos à realidade “vai uma grande distância”.

O comandante Jaime Marta Soares aproveitou para agrade-cer todas as campanhas para ajudar os bombeiros – como a da Renascença, neste Natal –

pois há muitas carências ainda por colmatar. Muitas delas si-tuam-se precisamente na “casa dos bombeiros”, ou seja, os quartéis. “Há muitos que preci-sam de ser reabilitados e outros feitos de raiz”, afirmou o presi-dente da LBP na entrevista a Carla Rocha. O presidente da LBP adiantou que, no âmbito do programa Portugal 20-20, de-vem ser recuperados cerca de 50 quartéis. O representante dos bombeiros espera que “se-jam definidas prioridades” e que “as verbas sejam bem apli-cadas”.

EM DIRETO

Bombeiros gratos pelo apoio da Renascença

Para o comandante Jaime Marta Soares, além disso, é preciso apostar na renovação das viaturas. “Temos um par-que de viaturas obsoleto, com mais de 15, 20 anos”, revela, explicando que se trata de “um equipamento que é sujeito a determinadas pressões, que não pode falhar naquele mo-mento, porque se falhar podem estar em causa vidas de pes-soas”. Segundo o presidente da Liga, “estão previstos cerca de cinco milhões de euros para viaturas”, mas “é muito pouco e fica muito aquém daquilo que são as necessidades”.

Jaime Marta Soares espera, contudo, que o “bom relaciona-mento entre o Governo e a Liga dos Bombeiros Portugueses” possa dar frutos. Admite, por outro lado, que é preciso cora-gem para tomar medidas que

gerem “antipatias políticas” e que não tenham em considera-ção o retorno em votos.

“Não é o problema de um só

Governo. Dizem todos a mesma coisa. Fazem todos discursos maravilhosos. Então nos ani-versários dos bombeiros, en-

chem o coração de solidarieda-de e vontade. Mas daí à realida-de e ao concreto vai uma gran-de distância”, destaca.