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PADRÕES DE COMPETITIVIDADE DA OVINOCULTURA DE LÃ COM VISTAS À INDÚSTRIA TÊXTIL [email protected] APRESENTACAO ORAL-Estrutura, Evolução e Dinâmica dos Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais MIGUEL ANGELO MARQUES LINARDAKIS; DEBORA NAYAR HOFF. UNIPAMPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA, SANTANA DO LIVRAMENTO - RS - BRASIL. PADRÕES DE COMPETITIVIDADE DA OVINOCULTURA DE LÃ COM VISTAS À INDÚSTRIA TÊXTIL Resumo O acirrado panorama econômico atual exige dos atores do agronegócio uma rápida e eficiente adequação aos padrões competitivos estabelecidos. Analisando a ovinocultura de lã no Brasil, observa-se uma carência de estudos sobre os padrões competitivos vigentes no mercado, que possam subsidiar a elaboração de estratégias competitivas consistentes aos elementos que cultuam este setor, e principalmente aos que visão suprir a indústria têxtil. Partindo disso, se faz necessário uma analise que permita a visualização destes padrões, com o intuito de balizar as estratégias dos elementos que suprem a indústria têxtil, sendo este o fim deste estudo. Para tal, se fez necessário uma pesquisa bibliográfica para identificação dos supostos padrões competitivos da ovinocultura de lã, e posterior aplicação do método Delphi de pesquisa, em duas rodadas, abordando especialistas deste segmento, de diferentes áreas. Como resultado, obteve-se um rol de padrões competitivos que atualmente precisam ser considerados, e que se usados como um ferramental na elaboração dos planos estratégicos, teoricamente, facilitam a sustentabilidade financeira e o posicionamento assumido pelas organizações que atendem ou que visam atender a indústria têxtil, através da geração de vantagens competitivas, principalmente os produtores de ovinos instalados na região de Sant’Ana do Livramento, fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Palavras chave: ovinocultura de lã; padrões de competitividade; vantagem competitiva. Abstract The tight economic outlook requires actors of the agribusiness rapid and efficient adjustment to competitive standards established. Analyzing the wool sheep industry in Brazil, there is a lack of studies on the competitive standards prevailing in the market that can support the development of competitive strategies consistent with elements who worship this sector, especially the view that supply the textile industry. Starting from this, an analysis is needed to allow the visualization of these patterns, in order to mark out the strategies of the elements that supply the textile industry, which is the purpose of this study. To this end, it was necessary a literature search to identify the alleged competitive standards of wool of sheep breeding, and subsequent application of the Delphi method of research, in two rounds, addressing this segment specialists in different areas. As a result, we obtained a list of competitive standards that currently need to be considered, and that if used as a tool in the preparation of strategic plans, theoretically, facilitate the financial sustainability and the position assumed by the organizations that serve or seek to meet the textile industry through

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PADRÕES DE COMPETITIVIDADE DA OVINOCULTURA DE LÃ CO M VISTAS À INDÚSTRIA TÊXTIL [email protected]

APRESENTACAO ORAL-Estrutura, Evolução e Dinâmica dos Sistemas Agroalimentares e

Cadeias Agroindustriais MIGUEL ANGELO MARQUES LINARDAKIS; DEBORA NAYAR HOFF.

UNIPAMPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA, SANTANA DO LIVRAMENTO - RS - BRASIL.

PADRÕES DE COMPETITIVIDADE DA OVINOCULTURA DE LÃ

COM VISTAS À INDÚSTRIA TÊXTIL Resumo O acirrado panorama econômico atual exige dos atores do agronegócio uma rápida e eficiente adequação aos padrões competitivos estabelecidos. Analisando a ovinocultura de lã no Brasil, observa-se uma carência de estudos sobre os padrões competitivos vigentes no mercado, que possam subsidiar a elaboração de estratégias competitivas consistentes aos elementos que cultuam este setor, e principalmente aos que visão suprir a indústria têxtil. Partindo disso, se faz necessário uma analise que permita a visualização destes padrões, com o intuito de balizar as estratégias dos elementos que suprem a indústria têxtil, sendo este o fim deste estudo. Para tal, se fez necessário uma pesquisa bibliográfica para identificação dos supostos padrões competitivos da ovinocultura de lã, e posterior aplicação do método Delphi de pesquisa, em duas rodadas, abordando especialistas deste segmento, de diferentes áreas. Como resultado, obteve-se um rol de padrões competitivos que atualmente precisam ser considerados, e que se usados como um ferramental na elaboração dos planos estratégicos, teoricamente, facilitam a sustentabilidade financeira e o posicionamento assumido pelas organizações que atendem ou que visam atender a indústria têxtil, através da geração de vantagens competitivas, principalmente os produtores de ovinos instalados na região de Sant’Ana do Livramento, fronteira oeste do Rio Grande do Sul.

Palavras chave: ovinocultura de lã; padrões de competitividade; vantagem competitiva.

Abstract The tight economic outlook requires actors of the agribusiness rapid and efficient adjustment to competitive standards established. Analyzing the wool sheep industry in Brazil, there is a lack of studies on the competitive standards prevailing in the market that can support the development of competitive strategies consistent with elements who worship this sector, especially the view that supply the textile industry. Starting from this, an analysis is needed to allow the visualization of these patterns, in order to mark out the strategies of the elements that supply the textile industry, which is the purpose of this study. To this end, it was necessary a literature search to identify the alleged competitive standards of wool of sheep breeding, and subsequent application of the Delphi method of research, in two rounds, addressing this segment specialists in different areas. As a result, we obtained a list of competitive standards that currently need to be considered, and that if used as a tool in the preparation of strategic plans, theoretically, facilitate the financial sustainability and the position assumed by the organizations that serve or seek to meet the textile industry through

the generation of competitive advantages, especially sheep producers located in region of Sant’Ana do Livramento, in the western border of Rio Grande do Sul. Keywords: wool sheep industry, competitive standards, competitive advantage. 1 INTRODUÇÃO

O panorama econômico atual mostra que são cada vez mais visíveis as crescentes

exigências dos mercados consumidores, de todos os setores produtivos, inclusive nos agronegócios. A derrubada das barreiras econômicas entre os países facilitou e impulsionou as relações comerciais entre as nações, e movimentou os ambientes concorrenciais de todos os setores. Segundo Pedrozo, Begnis e Estivalete (2009), a internacionalização dos mercados fez com que as agroindústrias passassem a dispersar uma preocupação de proporções iguais, tanto para mercado interno como para o externo.

Com este aumento de responsabilidade que recai sobre a indústria no geral, em função do potencial aumento de demandantes externos dos diferentes setores produtivos, aumenta também, conseqüentemente, o numero de exigências que as demais organizações, que compõem com a indústria a cadeia produtiva, precisam atender. Cada nação, ou até mesmo cada região, tem particularidades que necessitam ser zeladas e consideradas quando de uma negociação. De acordo com Pedrozo, Hoff e Blume (2009), isso obriga as organizações a adotarem uma postura cada vez mais estratégica em seu ambiente competitivo, efetuando movimentos minuciosamente pensados, buscando a sustentabilidade financeira da firma ao longo prazo.

Relevando-se este contexto, e voltando a atenção para o agronegócio, principalmente para ovinocultura e a cadeia produtiva da lã ovina no Brasil, verifica-se uma carência no que diz respeito a criação de vantagens competitivas e estabelecimento de estratégias que possam permear todos os elos que compõem esta cadeia produtiva. O mercado mundial da lã ovina começou a entrar em crise antes mesmo das crescentes formalizações de aberturas de fronteiras econômicas, como pôde ser observado nos estudos de Viana e Souza (2007), Nocchi (2001) e Silva (2001), este evento começou no inicio da década de 70, estendendo-se, tendo sua pior fase nos anos 90, motivado, principalmente, pelos altos estoques de lã gerados pelos países grandes produtores, ocasionando uma repentina oferta de um volume muito grande do excedente, aliado a intensa disseminação pelo mundo dos tecidos sintéticos (Superinteressante, 1988) e (Gorini e Siqueira, 2010).

No Brasil, o reflexo desta crise foi sentida principalmente no estado do Rio Grande do Sul (RS), maior produtor brasileiro de lã, que em 1974 produziu mais de 34 milhões de quilos de lã, e em 2007 produziu pouco mais de 10 milhões de quilos de lã (IBGE, 2009). Ao longo desse período de queda da produção, ocorreu, pouco a pouco, a desestruturação da cadeia produtiva da lã ovina no RS. Enquanto os produtores gaúchos, que ainda continuaram na ovinocultura, rumavam, na melhor das hipóteses, para a produção de plantéis de dupla aptidão (carne e lã), os produtores de outros países, como Uruguai e Austrália, por exemplo, imediatamente se organizavam para criar mecanismos de apoio a produção da lã ovina de qualidade, criando respectivamente o Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), em 1966 (SUL, 2009) e a Australian Wool Corporation (AWC) em 1973 (AWI, 2009).

Como mostra Viana e Souza (2007), a desvalorização da lã ovina tem origem de modo muito sutil no inicio da década de 70, quando o quilograma (Kg) da lã chegou a ser

comercializado a R$ 29,27. Deste ano até o final da década de 80, a variação do preço da lã se manteve em declínio, tendo sua pior fase no inicio da década de 90, com uma queda abrupta de preços, que passou de aproximadamente R$15,56 em 1989 para R$5,57 em 1990 (figura 1), acarretando também uma significativa redução dos rebanhos ovinos (figura 2). Em Sant’Ana do Livramento por exemplo, o rebanho que em 1990 era de 833 mil cabeças de ovelhas (ver eixo vertical à direita na figura 2), passou para aproximadamente 480 mil em 1999, e em 2003 chegou a aproximadamente 350 mil cabeças, refletindo em pouco mais de uma década, o impacto causado pela derrocada do preço da lã. Após 2003 houve uma leve recuperação do rebanho santanense, chegando ao final de 2008 com um total de 431 mil cabeças de ovinos (IBGE, 2009), em função da melhora significativa dos preços de aproximadamente 140% observada principalmente na safra de 2003 em relação à de 2001 (IBGE, 2010).

Figura 1 – Variação do preço da lã de 1973 a 2005. FONTE: Viana e Souza (2007).

Figura 2 – Efetivo do rebanho ovino no Brasil, no RS e em Sant’Ana do Livramento no período de 1974 a 2007. FONTE: IBGE (2009).

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Brasil Rio Grande do Sul Santana do Livramento - RS

Estes fatos reforçam a necessidade de se estudar aspectos referentes a ovinocultura de lã brasileira e gaúcha principalmente, na tentativa de recuperar o tempo de regresso. Ainda existe espaço para o comercio de lãs no mercado internacional, pois grandes compradores de lãs finas como Itália, Alemanha, Japão, China e em menores quantidades o próprio Brasil e grandes compradores de lã suja e alta micragem (diâmetro) como Índia e novamente a China, demandam volumosas quantidades anualmente, para supri a industria têxtil (SUL, 2009).

A relevância deste estudo descansa na tentativa de ser um ferramental para auxiliar a recolocar de forma competitiva a ovinocultura de lã gaúcha no cenário internacional, através da delimitação dos padrões competitivos da ovinocultura de lã. Entende-se que a observação destes padrões competitivos tenderá a facilitar, de modo geral, a implantação de estratégias que possam tornar a cadeia produtiva da lã ovina competitiva em seu ambiente concorrencial, atendendo as atuais exigências dos mercados consumidores e facilitando o estabelecimento de sua sustentabilidade financeira a médio e longo prazo. Para tal, é necessário identificar e listar os padrões competitivos da ovinocultura de lã descritos na literatura e submetê-los a avaliação critica de especialistas deste setor, tendo como fim a indústria têxtil, contribuindo para melhorar o desempenho dos produtores da região de Sant’Ana do Livramento junto ao seu mercado de inserção. Esta identificação pode balizar mudanças que permitam ao setor atingir todos os padrões emanados pelo ambiente competitivo, garantindo, teoricamente, sustentabilidade e expansão de espaço de mercado no médio e longo prazo para os atores desta cadeia, alem de auxiliar na melhora da distribuição de renda da região, por gerar receitas na forma de impostos, favorecendo o desenvolvimento local. Por outro lado, a identificação de empecilhos ao desempenho competitivo do setor pode também contribuir para a melhoria do mesmo, por poder, por um lado, orientar políticas públicas, por outro, atividades de pesquisa e de extensão da universidade que vise fortalecer este importante setor da economia gaúcha. 2 COMPETITIVIDADE E PADRÕES DE COMPETITIVIDADE

2.1 Competitividade

O estudo da competitividade dos diversos setores se faz necessário no contexto econômico atual. Em alguns segmentos este tema é bastante enfatizado e pesquisado em estudos que buscam equacionar os padrões competitivos instalados na tentativa de facilitar a elaboração de estratégias que conduzam as organizações a contemplar as exigências do mercado o qual atendem. No agronegócio brasileiro ainda existem setores carentes de estudos que abordem a competitividade e seus determinantes. A ovinocultura de lã é um exemplo de segmento agronegocial que ainda possui lacunas a serem preenchidas com estudos sobre competitividade. Este estudo acerca dos padrões de competitividade da ovinocultura de lã propõe-se na tentativa de preenchimento de uma destas lacunas.

Como mencionado na introdução, os mercados atuais, independente dos setores, estão cada vez mais exigentes, e a manutenção de uma organização em sua arena concorrencial dependerá, cada vez mais, da força competitiva que ela possuir. De acordo com Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997), a definição de competitividade se mostra em duas facetas. Uma destas facetas é denominada competitividade revelada, e é determinada pelo desempenho de uma firma em seu mercado de atuação em dado período, influenciada diretamente pelo volume demandado pelo mercado. A segunda faceta que pode ser assumida pela competitividade é, segundo os autores, a competitividade potencial, determinada pela eficiência de uma firma dentro de seu ambiente concorrencial. Nesta definição de contexto, a

responsabilidade da característica competitiva de uma organização é de sua própria responsabilidade, e esta característica será refletida de acordo com a utilização de técnicas produtivas, inovações, melhoria de gestão, entre outras características.

Tendo o entendimento de como a competitividade pode ser evidenciada, os mesmos autores definem que é preciso relacionar a competitividade com estratégias que forneçam às organizações, condições para que ela possa garantir sua sustentabilidade financeira de forma duradoura. Com este direcionamento de pensamentos, (FERRAZ, KUPFER E HAGUENAUR, 1997, p.3), elaboraram o conceito que diz que competitividade é “a capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhes permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura uma posição sustentável no mercado”.

Para Silva e Batalha (1999) a competitividade fornece duas vertentes de análise, reforçando os pressupostos de Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997), indicando também em seus estudos duas maneiras de se identificar competitividade, podendo ser competitividade revelada, em função do desempenho e do encaixamento do mercado, e ou, competitividade potencial, em função da eficiência dos movimentos estratégicos das firmas e suas disposições. Os autores também consideram relevante o conceito de competitividade elaborado por Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997) por considerar este a frente de seu tempo, contornando o que se vinha apresentando até então, e embasado neste conceito, definem competitividade como sendo “a capacidade de um dado sistema produtivo obter rentabilidade e manter participação de mercado no âmbito interno e externo de maneira sustentada” (SILVA e BATALHA, 1999, p.12).

Porter (1992) sugere que a cadeia de valores por ele desenvolvida, é um importante instrumento que evidencia vantagens competitivas quando da interação de atividades chaves dentro da empresa. Essas vantagens competitivas, geralmente buscam refletir diferenciação e ou redução de custos, agregando valor a finalidade da organização e conseqüentemente aumentando a força competitiva dela.

Este mesmo autor reforça que a competitividade de uma organização é concebida também em função do inter-relacionamento de 5 forças inertes ao setor que moldam a competição. Para o autor, estas forças competitivas são responsáveis pela moldura da estratégia da empresa, sendo que a organização que melhor adequar sua estratégia para o fenômeno concebido por estas forças terá maior força competitiva em seu setor de atuação. Essas forças correspondem ao poder de negociação dos clientes, ameaça de novos entrantes, poder de negociação dos fornecedores, ameaça de produtos ou de serviços substitutos, e rivalidade entre os atuais concorrentes (PORTER, 2009).

Os pressupostos de Porter são, em todos os viesses, referência nos estudos relacionados a competitividade, porem, ainda existe uma lacuna aberta. A análise dos fatores determinantes de competitividade sistêmicos é a principal diferença entre os estudos sobre competitividade das obras de Michael Porter (1992) e (2009) e de Coutinho e Ferraz (1994). Porter não faz referencia a fatores sistêmicos devido a conjuntura vivida pela economia utilizada como referencia para suas obras, a americana. Para Porter o nível competitivo que uma empresa pode alcançar em seu ambiente concorrencial depende principalmente de fatores internos a empresa e inerentes ao setor. Como visto, a análise das cinco forças competitivas e da cadeia de valor empresarial, deixa transparecer esse descompromisso para com fatores sistêmicos, ou seja aqueles decorrentes do ambiente macroeconômico, político e internacional.

Na tentativa de explorar o tema com o intuito de facilitar o entendimento acerca deste, Coutinho e Ferraz (1994) defendem que a competitividade deve ser observada e aplicada considerando sua dinâmica através de uma linha temporal, contrapondo o modo estático como se apresentam outras maneiras de se observar a competitividade, relevando os movimentos estratégicos passados e suas conseqüências e o momento atual da firma ou nação, aliado a

uma analise sistêmica de uma gama de fatores que possam vir a possibilitar o equacionamento do padrão competitivo instalado para um determinado mercado em dado momento. Este possivelmente seja o modelo que melhor contempla o entendimento de competitividade nos diversos setores da economia, inclusive no agronegócio, pois permite o entendimento da competitividade desde sua formação, ou seja, desde as variáveis internas à organização, passando por aquelas inerentes ao setor produtivo e considerando também aquela emanadas do ambiente macroeconômico, político e internacional, traçando uma linha de raciocínio lógico que possibilita a visualização de aspectos inerentes ao setor do agronegócio pesquisado, que são geradores de vantagem competitiva.

Estes fatores citados anteriormente são, portanto, determinantes da competitividade, e são classificados como: fatores determinantes de competitividade internos à empresa, fatores determinantes de competitividade estruturais e fatores determinantes de competitividade sistêmicos (COUTINHO, FERRAZ, 1994).

Figura 3 – Fatores determinantes da competitividade FONTE: Coutinho e Ferraz (1994, p.19).

2.2 Padrões de competitividade Os padrões de competitividade orientam e delimitam os processos decisórios acerca

das estratégias competitivas das empresas, segundo Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997). Mesmo com um vasto leque de padrões pré-estabelecidos, cada ambiente concorrencial apresenta sua particularidade acerca de um ou um grupo de padrões, dando maior ênfase a estes considerados “fatores críticos de sucesso competitivo” (FERRAZ, KUPFER E HAGUENAUER, 1997, p.6), e complementam dizendo que padrões são moldados por características estruturais e comportamentais do setor no qual a firma atua e o sistema econômico que a rege.

Pode-se afirmar que os padrões competitivos delimitam diretrizes para as empresas, tanto pela estrutura setorial quanto pelo mercado consumidor. Estas diretrizes servirão para a formulação dos planos estratégicos, adaptados aos padrões estabelecidos no setor. Para Farina

FATORES ESTRUTURAIS (SETORIAIS)

Mercado Configuração

da indústria

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Estratégia e gestão

Capacitação para

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Capacitação produtiva

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Macroeconômicos

Internacionais

Sociais

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Infra-estruturais

Fiscais e

financeiros

Político-

institucionais

FATORES INTERNOS

À EMPRESA

FATORES SISTÊMICOS

(1999) a evolução de uma firma em seu ambiente de atuação será o reflexo da adaptação de suas capacitações e recursos para o atendimento dos padrões emanados pelo setor. A elaboração de estratégias para esta empresa deve, concomitantemente com o atendimento destes padrões, gerar vantagens competitivas que garantam a sustentabilidade financeira da empresa ao longo prazo. Estes padrões que a empresa deve atender geralmente são representados por variáveis como preço, regularidade de oferta, diferenciação, entre outras particularidades exigidas pelo mercado.

Um aspecto importante trata que a definição dos padrões de competitividade para uma empresa irá depender do ambiente concorrencial que ela está inserida ou irá se inserir. A observação e identificação destes padrões do mercado serão as balizas que irão delimitar os meios pelos quais a empresa buscará sua sustentabilidade no ambiente concorrencial. Pedrozo, Begnis e Estivalete (2009) sustentam esta afirmação propondo em seu estudo um paradigma já conhecido anteriormente, chamado estrutura – conduta – desempenho (ECD), surgido em função de analises que objetivavam o entendimento de mercados imperfeitos. Esta estrutura deixa evidente a necessidade de se adaptar as exigências do mercado (estrutura), implementando estratégias (conduta) que dêem um retorno satisfatório para a organização (desempenho).

Kupfer (2009) trata os padrões de competitividade, assim como a competitividade da empresa perante seu ambiente concorrencial, como um fator a ser analisado ex post, ou seja, só poderão ser conhecidos e estudados estes padrões apos a análise do desempenho passado da empresa, levando em conta as exigências e a aceitação do mercado em relação a movimentação da empresa dentro de seu ambiente. Identificadas as exigências do mercado, a elaboração de estratégias tornam-se mais fáceis e adequadas para as intenções da empresa. Os padrões também necessitam de um olhar sistêmico, pois uma cadeia produtiva de estrutura fragilizada pode fazer com que, um ou mais elos desta cadeia, fiquem a margem dos padrões estabelecidos, em função do não equacionamento desses padrões por um elo anterior.

3 METODOLOGIA Para atender os objetivos do estudo, a pesquisa apresenta-se como exploratória e

descritiva com um caráter qualitativo e quantitativo, em função, do aprofundamento de aspectos subjetivos inerentes ao problema identificado e a levantamentos feitos através de apurações bibliográficas e questionamentos.

O método utilizado neste estudo foi composto de duas etapas:

Padrões de competitividade

da ovinocultura de lã

Parecer de cada um dos

especialistas sobre os padrões

Síntese dos pareceres para

nova avaliação pelos

Especialistas participantes do método Delphi

Indústria

Governo

Pesquisadores

Produtores

Exportadores

Pesquisa bibliográfica

Estabelecimento dos padrões de

competitividade da ovinocultura de lã

Figura 4 – Fluxo do método FONTE: Criada pelos autores.

A etapa primeira foi constituída de um levantamento bibliográfico para formação de

um rol de padrões de competitividade feito a partir de periódicos e outras produções científicas e informacionais relacionadas à ovinocultura de lã e que expressassem de alguma maneira possíveis padrões para este setor. Na segunda etapa o rol de padrões anteriormente definido foi submetido à validação por um grupo de especialistas do setor através do método Delphi, transmitido por correio eletrônico (e-mail), utilizado na forma de um questionário estruturado, com perguntas fechadas respondidas através de uma escala Likert, composta 5 intensidades de respostas possíveis, conforme o quadro abaixo:

1 Não é, com certeza, um padrão competitivo

2 Acho que não é um padrão competitivo

3 Não posso dizer que é ou não um padrão competitivo

4 Acho que é um padrão competitivo

5 É, com certeza, um padrão competitivo Figura 5 – Escala Likert utilizada FONTE: Criada pelos autores.

Para a efetuação da segunda etapa do método de pesquisa deste estudo, foram

selecionados os especialistas dispostos na tabela 1 abaixo, por serem considerados atuantes na ovinocultura de lã e, portanto credenciados a argumentar acerca dos padrões de competitividade para este setor. Na população de especialistas sobre o setor, pode-se dizer que os escolhidos compuseram a amostra de especialistas que contribuiu para a construção deste conhecimento.

Nome Qualificação

Barraca Ideal, importação e exportação de lãs.

Comercio de lãs, representada pelo proprietário, o Sr. Dionísio.

Barraca MeM, importação, exportação e armazenamento de lãs.

Comercio de lãs, representada por um de seus proprietários, o Sr. Rolando Machado.

Barraca Santana, importação, exportação e armazenamento de lãs.

Comercio de lãs, representada por seu proprietário, o Sr. Carlos Carneiro.

Carlos José Hoff de Souza Médico veterinário, pesquisador da Embrapa pecuária sul.

Claudio Hausen Especializado em produção ovina, trabalhou junto a Câmara Setorial da Ovinocultura, Woolmark e FECOLÃ.

Barraca Tejupá, cooperativa Comércio de lãs e suporte técnico e estrutural à produção

dos ovinocultores de São Gabriel – RS

de ovinos, representado pelo presidente o Sr. Carlos Cleber Dias Leal.

Fernando do Prado Lima Albornoz

Produtor de ovinos, proprietário do estabelecimento São Luis, medico veterinário.

Gilson de Mendonça Professor do departamento de fisiologia e farmacologia da UFPel, coordenou, o grupo UNIOVINOS do curso de Zootecnia da UNIPAMPA Campus Dom Pedrito.

João Garibaldi Viana Zootecnista, Pesquisador da ovinocultura, doutorando em Agronegócios pelo CEPAN – UFRGS.

José Carlos Ferrugem Moraes

Médico veterinário, pesquisador da Embrapa pecuária sul.

José Octavio Silveira Produtor de ovinos, proprietário do estabelecimento Cabanha Mlaneira, especializada em lãs de baixa micragem.

Letícia Piccoli Médica veterinária, especializada em produção de ovinos.

Marcelo Linhares Produtor de ovinos, proprietário do estabelecimento Cerro Chato.

Miguel Potis Bartolome Linardakis

Médico veterinário, fiscal do MAPA, com larga experiência em produção de ovinos.

Figura 6 – Amostra de especialistas que participaram do método Delphi utilizado. Fonte: Criado pelos autores.

Além das questões fechadas que foram respondidas através da escala Likert, o instrumento também dispunha de um espaço destinado a colaboração dos especialistas, que poderia ser preenchido com algum(s) padrão(es) que julgassem importante e não constante na relação apresentada.

É necessário observar que o método de pesquisa utilizado neste estudo está alicerçado em parte na metodologia elaborada anteriormente no estudo feito Pedrozo, Hoff e Blume (2009) acerca da potencialidade competitiva e recursos essenciais à produção de vinhos finos no interior de Santa Catarina (SC) e na obra de Hair et al (2005) que dispõe de forma clara e objetiva a maneira correta para se apurar uma problemática cientificamente.

Após obtida a definição dos padrões de competitividade da ovinocultura de lã através da pesquisa bibliográfica e da primeira rodada (aplicação) do método Delphi junto aos especialistas elencados efetuou-se uma média ponderada através de uma planilha eletrônica Excel, de cada um dos padrões dispostos, com base na escala Likert contida no Delphi. Com essa média definida, elaborou-se um novo Delphi contento além dos padrões competitivos anteriormente listados com suas respectivas médias obtidas, alguns outros oriundos da colaboração dos especialistas participantes do método de pesquisa. Todos os padrões que após a primeira rodada do Delphi tiveram uma média ponderada superior a 4 foram considerados padrões competitivos da ovinocultura de lã. Os padrões que obtiveram uma média entre 3 e 4 foram considerados possíveis padrões de competitividade da ovinocultura de lã. Já os padrões que obtiveram uma media inferior a 3 foram considerados como não sendo padrões competitivos da ovinocultura de lã.

O segundo Delphi foi remetido aos especialistas, novamente por e-mail, para que estes confirmassem ou refutassem as atribuições, em função da média ponderada, obtidas pelos padrões listados, alem de avaliarem as colaborações feitas por eles próprios, justificando seu posicionamento quando contrario ao atributo obtido pelo padrão.

4 RESULTADOS

Os primeiros resultados obtidos no desenvolvimento da pesquisa que originou este

estudo puderam ser observados no estabelecimento do rol de padrões competitivos que permeiam a ovinocultura de lã atualmente, através da investigação bibliográfica realizada, a qual impulsionou o andamento da pesquisa. Nesta fase, mesmo sem a validação, já se pôde identificar, genericamente, as atuais exigências dos mercados que tangenciam a ovinocultura de lã, possibilitando a visualização de estratégias congruentes com o equacionamento do padrão competitivo deste setor, o que resultaria em aumento de competitividade para a organização que atendesse a esta observação. A partir da pesquisa bibliográfica, foram elencados 19 características que representavam ser padrões de competitividade da ovinocultura de lã, os quais precisavam de uma confirmação para serem considerados como tal. Estes 19 padrões estão dispostos a seguir:

• Manutenção de um padrão racial do rebanho ovino; • Diâmetro da fibra (micragem) abaixo de 20 micrometros (mu); • Diâmetro da fibra entre 20 e 24 mu; • Diâmetro da fibra acima de 24 mu; • Baixa variabilidade do diâmetro entre as fibras de um mesmo velo (montante

de lã extraído de um mesmo ovino); • Mechas de lã com longo comprimento; • Maior alinhamento das fibras; • Alta força de tração da mecha de lã (acima de 16 Newton); • Coloração natural da fibra ovina; • Baixo nível de vegetais presente entre as fibras; • Ausência de queimaduras e pigmentos no velo de lã; • Redução da presença de pêlos junto a fibra (Medulação da fibra); • Baixo nível de lanolina presente na fibra; • Baixa quantidade de Neps (bolinhas de lã presentes no velo); • Utilização de processo mecanizado de tosquia; • Redução de dejetos produzidos na industrialização (confecção do fio); • Investimento em tecnologia na propriedade rural com a finalidade de melhorar

a genética do rebanho; • Investimento em tecnologia na confecção do fio com a finalidade de produzir

um produto que mantenha intensamente as características naturais da fibra ovina;

• Investimento em tecnologia na confecção dos tecidos que possam permitir a produção de peças de vestuário com flexibilidade, controle de umidade, elasticidade e resistência entre outras características naturais da fibra ovina;

4.1 Primeira rodada do método Delphi

Após a pesquisa bibliográfica, as características listadas foram avaliadas, consolidando a primeira rodada do método Delphi. Os resultados da avaliação podem ser observados a seguir:

Padrões avaliados na primeira etapa do método Delphi Conceito Likert Média

1 2 3 4 5

Manutenção de um padrão racial do rebanho ovino; 1 3 9 4,62

Diâmetro da fibra (micragem) abaixo de 20 mu; 2 2 9 4,54

Diâmetro da fibra entre 20 e 24 mu; 1 1 1 6 4 3,85

Diâmetro da fibra acima de 24 mu; 3 1 4 4 1 2,92

Baixa variabilidade do diâmetro entre as fibras; 1 5 2 5 3,77

Longo comprimento da mecha; 1 2 10 4,69

Maior alinhamento das fibras; 1 3 5 4 3,92

Alta força de tração da mecha (acima de 16 Newton); 2 4 7 4,38

Coloração natural da fibra; 1 3 2 7 4,15

Baixo nível de vegetais presente entre as fibras; 1 1 2 9 4,46

Ausência de queimaduras e pigmentos; 1 2 10 4,69

Redução da presença de pêlos junto a fibra (Medulação da fibra); 1 2 10 4,62

Baixo nível de lanolina presente na fibra; 2 4 4 2 1 2,69

Baixa quantidade de Neps (bolinhas); 2 5 1 5 3,69

Utilização de processo mecanizado de tosquia; 2 1 1 2 7 3,85

Redução de dejetos produzidos na industrialização (confecção do fio); 1 1 1 10 4,54

Investimento em tecnologia na propriedade rural com a finalidade de melhorar a genética do rebanho;

2 11 4,85

Investimento em tecnologia na confecção do fio com a finalidade de produzir um produto que mantenha intensamente as características naturais da fibra ovina;

1 3 9 4,54

Investimento em tecnologia na confecção dos tecidos que possam permitir a produção de peças de vestuário com flexibilidade, controle de umidade, elasticidade e resistência entre outras características naturais da fibra ovina;

1 1 11 4,69

Figura 6: Resultado após aplicação da primeira fase do método Delphi FONTE: Criada pelos autores.

Como explicitado por Farina (1999) no embasamento teórico deste estudo, é necessário identificar os padrões emanados pelo setor de uma organização, equacionalos e dispor estratégias que contemplem o atendimento destes padrões e dos interesses financeiros e estruturais da empresa. Traduzindo a primeira rodada do Delphi, segundo os especialistas, para uma organização da indústria têxtil, alguns dos itens anteriormente listados não poderão ser considerados padrões competitivos, como por exemplo os itens, “Diâmetro da fibra acima de 24 mu” e “Baixo nível de lanolina presente na fibra”, pois com uma micragem desta espessura e com um baixo nível de gordura (lanolina) na fibra, torna-se difícil a elaboração de um fio de boa qualidade que favoreça a elaboração de um bom tecido, porem, para alguns produtores, estas características abrem mercados e tornam-se padrões competitivos na confecção de peças rústicas e artesanais. Os especialistas entendem também que outras características poderão influenciar no incremento competitivo da indústria têxtil, porem segundo eles, são entraves possíveis de serem corrigidos na própria industrialização do fio que tornar-se-á tecido, como por exemplo, a exclusão das neps, a correção da variabilidade do diâmetro entre as fibras de uma mesma mecha e o alinhamento entre as fibras de uma mecha, situação diferente dos dois itens anteriormente citados. Estas características foram denominadas possíveis padrões competitivos da ovinocultura de lã para a indústria têxtil, e completam o quadro destes possíveis padrões: o diâmetro de fibra entre 20 e 24 (mu), utilizado em algumas áreas da indústria têxtil, para tecidos mais grosseiros e carpetes, e a utilização de processo mecanizado de tosquia, o qual não agrega grandes vantagens em termos de qualidade na obtenção do velo em relação ao método convencional, a martelo, e sim incrementa redução de custos para o produtor quando bem executado.

A primeira etapa do método Delphi serviu também para incrementar o rol de possíveis padrões de competitividade da ovinocultura de lã, através de contribuições feitas pelos

especialistas. Estes especialistas, fazendo uso da faculdade que lhes cabia, além de avaliarem a lista de padrões de competitividade da ovinocultura de lã a eles apresentada, incrementaram o instrumento de coleta de dados com outros possíveis padrões de competitividade. As contribuições feitas por estes especialistas foram as seguintes:

• Bom acondicionamento da lã na esquila; • Utilização de tintas adequadas (que saem na Lavagem) nos ovinos; • Ausência de contaminantes como: Juta, Polipropileno, fio papel e tintas plásticas em

meio as fibras; • Ausência de resíduos químicos (clorados, fosforados e outros); • Análise do Fator de Conforto (CF) que tem a ver diretamente com a curvatura da fibra

(Fibre curvature); • Criação de programas que beneficiem aqueles produtores que apresentem um melhor

produto; • Utilização do método de esquila Tally-Hai; • Sistema de classificação e comercialização das lãs com diferentes atributos integrando

produtor-indústria com preço de mercado internacional; • Divulgação de tecnologias visando atingir o segmento produtor primário; • Controle de parasitas; • Controle de verminose; • Orientação ao produtor de não misturar raças de ovinos com aptidão carne e ovinos

com aptidão lã, pois não existe uma definição na fibra e sim uma degeneração;

4.2 Segunda rodada do método Delphi Após a primeira rodada do método Delphi, os padrões avaliados receberam atribuição

conforme a média obtida na avaliação dos especialistas. A distribuição destes atributos pode ser observada na figura a seguir:

Figura 7 – Representação do resultado após aplicação da primeira FONTE: Criado pelos autores.

Os especialistas que participaram da primeira etapa do método Delphi novamente

participaram da segunda. Cabe explicar que na segunda fase foram dadas duas opções de resposta: sim ou não. O especialista deveria confirmar ou refutar o atributo adquirido pelo padrão em função de sua avaliação na primeira etapa do método. No caso de não concordar com o atributo do padrão, deveriam apresentar uma justificativa para a opção. O gráfico a seguir representa o resultado obtido para os padrões que foram submetidos a

Baixo nível delanolina

Diâmetro dafibra

Baixaquantidade

Baixa variabilidade dodiâmetro

Diâmetro dafibra

Utilização de processomecanizado

Maior alinhamento

Coloração

Alta força de tração damecha

Baixo nível de vegetaispresente

Diâmetro da fibra(micragem)

Redução de dejetos

Investimento emtecnologia

Manutenção de umpadrão

Redução da presença de

Longocomprimento

Ausência dequeimaduras

Investimento emtecnologia

Investimento emtecnologia

Pad

rões

ava

liado

s na

prim

eira

eta

pa d

o D

elph

i

Padrões de competitividade do setor

Possiveis padrões de competitividade do setor

Não são padrões competitivos do setor

Representação do resultado após aplicação da primeira rodada do método Delphi

Os especialistas que participaram da primeira etapa do método Delphi novamente Cabe explicar que na segunda fase foram dadas duas opções de

resposta: sim ou não. O especialista deveria confirmar ou refutar o atributo adquirido pelo padrão em função de sua avaliação na primeira etapa do método. No caso de não concordar

do padrão, deveriam apresentar uma justificativa para a opção. O gráfico a seguir representa o resultado obtido para os padrões que foram submetidos a

1 2 3

lanolinapresente na fibra;

fibra acima de 24 um;

quantidadede Neps (bolinhas);

diâmetroentre as fibras;

fibra entre 20 e 24 um;

mecanizadode tosquia;

alinhamentodas fibras;

Coloraçãonatural da fibra;

mecha(acima de 16…

presenteentre as fibras;

(micragem)abaixo de 20 um;

produzidos na…

tecnologiana confecção do fio…

padrãoracial do rebanho…

pêlos junto a fibra…

comprimentoda mecha;

queimadurase pigmentos;

tecnologiana confecção dos…

tecnologia na propriedade…

Média escala Likert

Padrões de competitividade do setor

Possiveis padrões de competitividade do setor

Não são padrões competitivos do setor

do método Delphi

Os especialistas que participaram da primeira etapa do método Delphi novamente Cabe explicar que na segunda fase foram dadas duas opções de

resposta: sim ou não. O especialista deveria confirmar ou refutar o atributo adquirido pelo padrão em função de sua avaliação na primeira etapa do método. No caso de não concordar

do padrão, deveriam apresentar uma justificativa para a opção. O gráfico a seguir representa o resultado obtido para os padrões que foram submetidos a tal avaliação:

4 5

Média escala Likert

Figura 8 – Segunda fase do método DelphiFONTE: Criado pelos autores.

Como pode-se observar na figura anterior, as características

pelos especialistas tiveram seus atributos confirmados, principalmentetratam sobre o diâmetro maior que 24 mu e o baixo nível de lanolina presente na fibra, características estas que segundo confirmaram os especialistas, não são padrões competitivos para a industria têxtil

Nesta segunda etapa do método Delphi, também ocorreu a avaliação dos padrões sugeridos pelos especialistas na etapa anterior. Esta avaliaçãLikert utilizada na primeira etapa.

Manutenção de um padrãoracial

Longocomprimento

Alta força de tração damecha

Longocomprimento

Alta força de tração damecha

Coloração

Baixo nível de vegetaispresente

Ausência dequeimaduras

Redução da presença depêlos

Investimento em tecnologia

Investimento em tecnologiana

Investimento em tecnologiana

Diâmetro da fibraentre

Maior alinhamento

Baixa quantidade de

Redução de dejetos produzidos

Diâmetro da fibra (micragem)abaixo

Baixa variabilidade dodiâmetro

Utilização de processomecanizado

Baixo nível de lanolinapresente

Diâmetro da fibra

Segunda fase do método Delphi

ervar na figura anterior, as características inicialmente avaliadaspelos especialistas tiveram seus atributos confirmados, principalmente as características que

obre o diâmetro maior que 24 mu e o baixo nível de lanolina presente na fibra, características estas que segundo confirmaram os especialistas, não são padrões competitivos

Nesta segunda etapa do método Delphi, também ocorreu a avaliação dos padrões sugeridos pelos especialistas na etapa anterior. Esta avaliação deu-se através da mesma escala Likert utilizada na primeira etapa.

0 1 2 3 4 5 6

racial do rebanho…

comprimentoda mecha

mecha(acima de 16…

comprimentoda mecha

mecha(acima de 16…

Coloraçãonatural da fibra

presenteentre as fibras

queimadurase pigmentos

pêlos junto a fibra…

na propriedade…

na confecção do…

na confecção dos…

entre20 e 24 mu

alinhamentodas fibras

Neps (bolinhas)

produzidos na…

abaixode 20 um

diâmetroentre as fibras

mecanizadode tosquia

presentena fibra

acima de 24 mu

sim não

inicialmente avaliadas as características que

obre o diâmetro maior que 24 mu e o baixo nível de lanolina presente na fibra, características estas que segundo confirmaram os especialistas, não são padrões competitivos

Nesta segunda etapa do método Delphi, também ocorreu a avaliação dos padrões se através da mesma escala

7 8 9 10

Colaboração dos especialistas 1 2 3 4 5 Média

Bom acondicionamento da lã na esquila; 2 8 4,8

Utilização de tintas adequadas (que saem na Lavagem) nos ovinos; 1 1 8 4,6

Ausência de contaminantes como: Juta, Polipropileno, fio papel e tintas plásticas em meio as fibras;

2 8 4,6

Ausência de resíduos químicos (clorados, fosforados e outros); 3 1 6 4,3

Análise do Fator de Conforto (CF) que tem a ver diretamente com a curvatura da fibra (Fibre curvature);

1 3 6 4,5

Criação de programas que beneficiem aqueles produtores que apresentem um melhor produto;

10 5

Utilização do método de esquila Tally-Hai; 2 8 4,8

Sistema de classificação e comercialização das lãs com diferentes atributos integrado produtor-indústria com preço de mercado internacional;

2 8 4,8

Divulgação de tecnologias visando atingir o segmento produtor primário; 1 2 7 4,5

Controle de parasitas; 1 1 8 4,6

Controle de verminose; 1 1 8 4,6

Orientação ao produtor de não misturar raças de ovinos com aptidão carne e ovinos com aptidão lã, pois não existe uma definição na fibra e sim uma degeneração;

1 9 4,9

Figura 9 – Média da avaliação dos padrões sugeridos pelos especialistas FONTE: Criado pelos autores.

Por estes padrões serem fruto de contribuições dos especialistas abordados pelo

método, convencionou-se que eles não careceriam de uma nova avaliação, como ocorrido com os padrões oriundos da pesquisa bibliográfica. Nota-se nas colaborações um forte teor técnico, porem, segundo os especialistas consultados, estes aspectos técnicos tem importante participação na formação da fibra de lã ovina que irá entrar na indústria têxtil, como por exemplo, o controle de parasitas e verminose, tendo, portanto, presença na qualidade que irá resultar o tecido confeccionado. Outra importante observação é a intenção de estreitamento na relação entre os elos produtor e indústria, inclusive com sugestões de programas de beneficiamento e favorecimento de tecnologia á origem da cadeia. Outras sugestões estruturais como um bom acondicionamento da lã após a esquila, longe de contaminantes e umidade, alem da utilização de tintas solúveis em água para marcar os ovinos, sem prejudicar a fibra de lã também tem importante papel na formação da qualidade do tecido oriundo da indústria têxtil. 5 CONCLUSÃO

Após a análise dos resultados obtidos, foi possível constatar que os principais padrões

de competitividade da ovinocultura de lã com vistas á suprir a indústria têxtil são os seguintes:

• Alta força de tração da mecha (acima de 16 Newton);

• Análise do Fator de Conforto (CF) que tem a ver diretamente com a curvatura da fibra (Fibre curvature);

• Ausência de contaminantes como: Juta, Polipropileno, fio papel e tintas plásticas em meio as fibras;

• Ausência de queimaduras e pigmentos na lã; • Ausência de resíduos químicos (clorados, fosforados e outros); • Baixa quantidade de Neps (bolinhas); • Baixa variabilidade do diâmetro entre as fibras; • Baixo nível de vegetais presente entre as fibras; • Bom acondicionamento da lã na esquila; • Coloração natural da fibra; • Controle de parasitas; Controle de verminose; • Criação de programas que beneficiem aqueles produtores que apresentem um

melhor produto; • Diâmetro da fibra de até no maximo 24 mu; • Divulgação de tecnologias visando atingir o segmento produtor primário; • Investimento em tecnologia na confecção do fio com a finalidade de produzir

um produto que mantenha intensamente as características naturais da fibra ovina;

• Investimento em tecnologia na confecção dos tecidos que possam permitir a produção de peças de vestuário com flexibilidade, controle de umidade, elasticidade e resistência entre outras características naturais da fibra ovina;

• Investimento em tecnologia na propriedade rural com a finalidade de melhorar a genética do rebanho;

• Longo comprimento da mecha; • Maior alinhamento das fibras; • Manutenção de um padrão racial do rebanho ovino; • Orientação ao produtor de não misturar raças de ovinos com aptidão carne e

ovinos com aptidão lã, pois não existe uma definição na fibra e sim uma degeneração;

• Redução da presença de pêlos junto a fibra (Medulação da fibra); • Redução de dejetos produzidos na industrialização (confecção do fio); • Sistema de classificação e comercialização das lãs com diferentes atributos

integrando produtor-indústria com preço de mercado internacional; • Utilização de processo mecanizado de tosquia; • Utilização de tintas adequadas (que saem na Lavagem) nos ovinos; • Utilização do método de esquila Tally-Hai;

Definidos os padrões de competitividade da ovinocultura de lã, torna-se possível,

como sugerem Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1997) balizar a adequação de estratégias que contemplem, de maneira acertada, os movimentos das organizações, neste caso, as que permeiam a ovinocultura de lã, em especial as localizadas na metade sul do RS, carentes de tais estratégias, servindo de ferramenta, visando permitir que os produtores atendam com plenitude os anseios da indústria têxtil e conseqüentemente dos consumidores das diversas partes do mundo.

Alem disso, com o estabelecimento destes padrões anteriormente citados, abre-se um leque de possibilidades de estudos e pesquisas que podem vir a complementar o desenvolvimento deste trabalho.

Uma sugestão de atividade de pesquisa seria a identificação, através dos fatores determinantes de competitividade evidenciados no modelo de Coutinho e Ferraz (1994), que mostre se o setor da ovinocultura de lã é competitivo. Ou ainda, identificar em que condições estão os diversos elos da cadeia produtiva da lã ovina na metade sul do RS, ao serem confrontadas com o padrão competitivo setorial.

Com esta proposta de estudo e com a definição dos padrões de competitividade da ovinocultura de lã visando a indústria têxtil, seria possível, teoricamente, identificar a real estrutura estabelecida regionalmente, e estipular uma conduta que favoreça o desempenho almejado aos produtores locais, como sugerem Pedrozo, Begnis e Estivalete (2009).

Outro aspecto observado com a elaboração deste estudo foi a dificuldade em obter a colaboração participativa dos atores envolvidos na cadeia produtiva da ovinocultura de lã na região de Sant’Ana do Livramento, alguns inclusive, desconhecendo o fato de que fazem parte desta cadeia produtiva. Dos 24 considerados especialistas inicialmente convidados a participar do escopo deste estudo, apenas 13 responderam o instrumento de coleta de informações em tempo hábil para a construção da primeira fase do método Delphi utilizado. Destes 13, apenas 10 se prontificaram em responder em tempo hábil o instrumento na segunda etapa do método Delphi, ficando assim o registro.

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