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P2T1 – Lenita Literatura - Crônica – narrativa curta, onde não há conflito, apenas o cotidiano (inclusive a linguagem) - Comédias para se ler na escola - Já no título podemos observar uma gafe gramatical – pois se pode eliminar o verbo SE ou conjugá- lo. Veja: ... para serem lidas na escola. ... para ler na escola. Mas Luís Fernando Veríssimo nunca se preocupou com a gramática, ele sempre utilizou uma linguagem própria e simples, repleta de humor, camuflada de sátira. Faz muito uso de figuras de linguagem em busca de um texto estético e centrado na mensagem. De olho na linguagem = SEXA Fábulas = SEGURANÇA 1 – Equívocos enganos, coisas que acontecem e não estão em nossos planos. A Espada O Marajá O Homem Trocado - ironia Suflê de Chuchu Sozinho A Foto Panorama Literário XII – XIV – Período Medieval A Igreja comandava a massa, canalizando seu poder através dos reis e nobres, que dominava a população sob o sistema feudal. Nesse período surgiram trovadores, que eram responsáveis por entreter os nobres. Eles iniciaram as cantigas, que podiam ser de: Amor Amigo Escárnio/Maldizer XV – Humanismo O antropocentrismo passou a substituir o teocentrismo, nesse período predominaram as crônicas – principalmente de viajantes,

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P2T1 – Lenita Literatura

- Crônica – narrativa curta, onde não há conflito, apenas o cotidiano (inclusive a linguagem)

- Comédias para se ler na escola - Já no título podemos observar uma gafe gramatical – pois se pode eliminar o verbo SE ou conjugá-lo. Veja:... para serem lidas na escola. ... para ler na escola.Mas Luís Fernando Veríssimo nunca se preocupou com a gramática, ele sempre utilizou uma linguagem própria e simples, repleta de humor, camuflada de sátira. Faz muito uso de figuras de linguagem em busca de um texto estético e centrado na mensagem. De olho na linguagem = SEXA Fábulas = SEGURANÇA

1 – Equívocos – enganos, coisas que acontecem e não estão em nossos planos.

A Espada O Marajá O Homem Trocado - ironia Suflê de Chuchu Sozinho A Foto

Panorama Literário

XII – XIV – Período MedievalA Igreja comandava a massa, canalizando seu poder através dos reis e nobres, que dominava a população sob o sistema feudal.Nesse período surgiram trovadores, que eram responsáveis por entreter os nobres. Eles iniciaram as cantigas, que podiam ser de:

Amor Amigo Escárnio/Maldizer

XV – Humanismo O antropocentrismo passou a substituir o teocentrismo, nesse período predominaram as crônicas – principalmente de viajantes, de capitães. O teatro português obteve destaque com Gil Vicente em O Auto da Barca do Inferno – que consistia em uma sátira a Igreja.

XVI – Renascimento – ClassicismoEsse período é marcado pelo surgimento das ciências/ filosofias/ indústrias/ tecnologias, além do antropocentrismo marcante e da mitologia, para explicar aquilo que a ciência não conseguia.Nesse período surgiram clássicos – que são assim considerados por serem atemporais, isto é, tratarem de temas que não se tornam ultrapassados. Destaque para:

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Camões em Os Lusíadas Shakespeare com Romeu e Julieta

Barroco – XVII = a arte da contra-reformaOcorre a expansão do catolicismo e a inquisição esta em alta. O ser humano encontra-se em conflito entre o teocentrismo e o antropocentrismo e o principal tema e a transitoriedade da vida. Nessa época surgem figuras de linguagem como:

Antítese = idéias contrarias, porém racionais (céu X Inferno, alma X corpo,...)

Paradoxo = idéias contrarias e sem lógica (Amor é fogo, que arde sem se ver, ferida é que dói e não se sente, é contentamento descontente,...)

Características: Cultismo = Gregório de Mattos Guerra (‘boca do inferno’) culto de

reforma (estética), linguagem rebuscada, figuras de linguagem (sátira, poesia sacra)

Conceptismo = Padre Antonio Vieira

Arcadismo XVIII (setecentismo) = Neoclassismo Antropocentrismo = racionalidade, clareza, simplicidade e

objetividade. Uso de expressões Greco-latinas = Carpe Diem Faz referencia a mitologia Na Europa= Revolução Francesa, Brasil = Inconfidência Mineira, MG

Características: Linguagem simples Bucolismo (tem haver com a linguagem da natureza) Retorna a Mitologia Clássica Uso de Pseudônimos Pastoralismo

Inicio no Brasil – 1768 Obras poéticas de Claudio Manoel da Costa = Vila Rica – Poema Épico Tomas Antonio Gonzaga = Liras de Marília de Dirceu

Iracema – Jose de AlencarIracema e uma obra de Romantismo, sendo classificada como: romance indianista. Como foi publicada em 1865, faz parte do Período Barroco. E também chamado de “Lenda do Ceara”.A palavra Iracema significa lábios de mel, alem de ser um anagrama da palavra America.A intenção inicial de Alencar era a de escrever um romance em prosa (UTI.lizando lirismo), pode-se observar que os primeiros parágrafos revelam uma seqüência de versos em sete silabas.Pode-se perceber o caráter épico no romance, por retratar batalhas ocorridas no nordeste do Brasil, alem de personagens reais, como Martim Soares Moreno, Antonio Felipe Camarao (Poti) e Mel Redondo (Irapua).

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Ocorre na obra a personificacao dos animais e da natureza.

Personagens:Tribo Tabajara:

Araquem = Iracema = sacerdotisa, avestal, guardia do segredo da jurema. Caubi = guerreiro, irmão de Iracema. Irapua = líder da tribo, apaixonado por Iracema.

Tribo Pitiguara: Poti = guerreiro, irmão de sangue de Martim, mas tarde batizado

como Antonio Felipe Camarao. Martim = colonizador, “batizado” como Cotiabo. Jacauna = líder da tribo, tio de Poti. Baturite = avo de Poti, considerado sábio.

Questão da UFSC-2010 sobre Iracema:

Texto 4

Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do Sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;

Serenai verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.

Onde vai a afoita jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela?

Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano?

[...]

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

ALENCAR, J. de. Iracema. São Paulo: Núcleo, 1993. p. 17-18.

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Considerando o texto 4, o romance Iracema e o contexto do Romantismo brasileiro, assinale o que for CORRETO.

01. Originalmente concebido como um longo poema épico, o romance Iracema traz uma tentativa de Alencar de fundir poesia e prosa. Isso fica evidente nos dois parágrafos iniciais do texto 4, que, lidos em voz alta, revelam uma sequência de versos de sete sílabas. Nessa fusão de poesia com prosa, tem-se uma amostra da liberdade formal dos românticos.

02. O texto 4 evidencia como Alencar, ao contrário de outros prosadores do Romantismo, busca uma prosa enxuta, quase sem adjetivos. INCORRETA: Ele usa e abusa dos adjetivos: “virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.”

04. A narrativa em Iracema caracteriza-se pela linearidade: os fatos da história são narrados na mesma ordem em que ocorrem. Essa linearidade é de regra nos romances do Romantismo. INCORRETA: Não há linearidade.

08. Ao longo de todo o romance, Iracema é comparada a elementos da natureza brasi-leira; isso pode ser associado às tendências nacionalistas da literatura romântica.

16. Ao contrário da tendência romântica para o final feliz, em Iracema tem-se um final trágico: a heroína morre nos braços do amado, após ser flechada por Irapuã, que a queria ter como esposa. INCORRETA = Iracema não morre por flechada de Irapua.

32. Além de indianista, Iracema também pode ser classificado como um romance histórico, porque faz referência a eventos históricos do Brasil colonial (guerras de portugueses contra franceses no Nordeste) e traz personagens da história do período, como Martim Soares Moreno (Martim), Mel Redondo (Irapuã) e Antônio Felipe Camarão (Poti).

(Acredito que seja possível que a Lenita coloque uma questão bem parecida, já que na primeira prova houve uma questão de interpretação idêntica a uma da federal 2010.)