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1 P-537 537 537 537 - A BORDO DA MARCO POLO A BORDO DA MARCO POLO A BORDO DA MARCO POLO A BORDO DA MARCO POLO Hans Kneifel Na Terra e nos outros mundos, povoados pela humanidade, os calendários registram meados de maio do ano de 3442. Apesar de, Perry Rhodan e aqueles que não tiveram a inteligência retardada pela imbecilização que se alastrava pela galáxia, estarem em menor numero, a luta dos terranos contra o caos e a força das hordas do Enxame já não representava grande perigo. E o sucesso , que os homens da Intersolar e da Good Hope II puderam contabilizar nos últimos tempos, era provavelmente a ação Trantus-Tona, nos quais eles foram bem sucedidos em expulsar uma frota de conquistadores amarelos e salvar um planeta com 500 milhões de habitantes de uma destruição certa. Entretanto, também, a própria Terra estava marcada por um progresso significativo. Lá, a maioria dos homens tinha ganhado de volta sua inteligência anterior e a empregava utilmente.

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PPPP----537 537 537 537 ---- A BORDO DA MARCO POLO A BORDO DA MARCO POLO A BORDO DA MARCO POLO A BORDO DA MARCO POLO Hans Kneifel Na Terra e nos outros mundos, povoados pela humanidade, os calendários registram meados de maio do ano de 3442. Apesar de, Perry Rhodan e aqueles que não tiveram a inteligência retardada pela imbecilização que se alastrava pela galáxia, estarem em menor numero, a luta dos terranos contra o caos e a força das hordas do Enxame já não representava grande perigo. E o sucesso , que os homens da Intersolar e da Good Hope II puderam contabilizar nos últimos tempos, era provavelmente a ação Trantus-Tona, nos quais eles foram bem sucedidos em expulsar uma frota de conquistadores amarelos e salvar um planeta com 500 milhões de habitantes de uma destruição certa. Entretanto, também, a própria Terra estava marcada por um progresso significativo. Lá, a maioria dos homens tinha ganhado de volta sua inteligência anterior e a empregava utilmente.

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Isso valia especialmente para os homens e mulheres da Marco Polo. Eles voltaram a bordo da nave e obtiveram, quando penetraram no “Enxame”, sua inteligência de volta. Que se encontram em sua maioria A BORDO DA MARCO POLO... Personagens principais desse episódio:Personagens principais desse episódio:Personagens principais desse episódio:Personagens principais desse episódio: Elas KoromElas KoromElas KoromElas Korom----KhanKhanKhanKhan - Um comandante escrevendo um diário. Edmond PontonacEdmond PontonacEdmond PontonacEdmond Pontonac - Chefe de um grupo de Imunes. GaibraGaibraGaibraGaibraith Deightonith Deightonith Deightonith Deighton - O marechal solar que auxilia a “Ação MARCO POLO”. Julian TifflorJulian TifflorJulian TifflorJulian Tifflor - O marechal solar que traz uma nova ordem. Perry RhodanPerry RhodanPerry RhodanPerry Rhodan - O administrador geral infiltrado na multidão. Toolen MacKozyrevToolen MacKozyrevToolen MacKozyrevToolen MacKozyrev - Um logístico perseverante.

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1.1.1.1. É um pouco deprimente estar sozinho. E, obviamente, esta emoção subjetiva é aumentada, quando se está sozinho em uma grande nave, onde todos os camarotes estão desabitados. Uma máxima pode afirmar: “Estar sozinho numa grande nave como a Marco Polo”. Estou sozinho nessa nave - desde o retorno de Gruelfin. Metido no meio do caos com uma humanidade imbecilizada numa galáxia, cujos planetas estão igualmente imbecilizados. Por ter tanto tempo disponível, eu, Elas Korom-Khan, comandante emocionauta da MARCO POLO, escreverei uma espécie de diário. Um diário onde relatarei pontos relevantes da evolução da humanidade. Pela evolução da imbecilização causada pelo enxame à estupidez de agora, os adultos regrediram até a infantilidade, produzidas pelo Homo superior e pelos saqueadores. A MARCO POLO fora estacionada no campo de pouso da frota, na cidade de Terrania, para reparos. Mas estou a bordo. Recebi ordens, e estou convencido de que elas são corretas e apropriadas. Se for necessário, darei a partida na nave, se necessário, para a segurança da mesma. Pois até o dia de hoje nada aconteceu. O local do qual escrevo: Sala de comando. O tempo: Manhã, pouco antes do nascer do sol. O dia: 05 de março de 3442. E aqui, as minhas experiências: O dia começou como muitos outros - com um nascer do sol resplandecente e refrescante sobre os verdejantes jardins da cidade de Terrania, salpicada de branco. As encostas das Muralhas da Foice estavam cobertas pela vegetação selvagem. E o sol, que se levantava por trás das montanhas além de Atlan Village, nos dava uma das melhores paisagens deste planeta. As árvores gigantescas, ancestrais e com copas salientes, pendulavam através de uma brisa suave. Ao passo que as sombras revestiam as áreas atrás das Muralhas da Foice, os raios de sol passaram pela parte de cima da MARCO POLO, que, como uma montanha de aço sobre o complexo civil, descia lentamente pelas torres e pelas guaritas aéreas. As telas panorâmicas da nave eram como janelas de cristal polido e, eu aumentei um

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pouco a potência do ar condicionado, ajustando para uma temperatura mais amena. “Estou tendo a ilusão de uma branda brisa matinal passando por uma janela aberta”, pensei com meus botões. Eu fico enlouquecido quando não ouço o som de uma voz humana em lugar nenhum - a música, o gravador a bordo da MARCO POLO e os filmes não são o bastante para a existência. E também fico um tanto entediado com tão pouco trabalho - mesmo com a cozinha. “Naturalmente eu não estou isolado de todo o mundo.” E fui lentamente, em cerca de meia hora, admirando as verdes montanhas de relva, os arbustos e me dirigi à cozinha, que ficava no próximo nível, e preparei um cozido de carne, generoso, e um grande bule daquele preparado, que um dia já foi denominado “café”. Voltei cuidadoso para a central com a enorme bandeja, abarrotada de provisões, e me sentei. Enquanto eu comia e ouvia antiga música terrana, meditava sobre os acontecimentos dos últimos dias. “Que bom que os homens no Império-Alfa me suprem de notícias!”, falei comigo mesmo. Um dos canais de comunicação estava sempre ativado: podia me juntar a uma ilustre companhia sempre que necessário; com Danton ou Deighton. Eles sabiam que a MARCO POLO era bem guardada, pois eu estava aqui a bordo. Mesmo que limitadamente, entretanto, fazíamos contato mútuo de mensagens sobre as localizações primordiais e com os vizinhos, e o Império-Alfa me repassava, e eu as guardava na memória. Os imbecilizados pareciam voltar a ter algo de sua antiga inteligência. Ao mesmo tempo parecia, quando se deviam unir as observações e a coerência das experiências realizadas, adquirindo confiança, os representantes do Homo superior (que, a mim, ainda era um fascinante e desconcertante gênero inesperado). Talvez seu gênero ainda não fosse maduro o suficiente para este século. “Eu preciso, depois, ter uma longa conversa com Império-Alfa, pensei, enquanto me esforçava para esvaziar o prato e a caneca. Eu me permiti um conhaque triplo, desta garrafa que já tinha uma grande viagem a contar. Fora e voltara de Gruelfin. Logo estaria vazia. Eu me levantei e fui até a galeria panorâmica. “Lá, nas Muralhas da Foice... movimento. Talvez seja apenas um rebanho de vacas perdidas!”_Eu disse.

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Aqui e acolá vagavam bandos de terranos ladrões e saqueadores nas proximidades das folhagens, refugiando-se, porém, das câmeras de vigilância, penetrando no pátio e também pelos estaleiros, destruindo valores irrecuperáveis. “Não. Não são vacas!”_ disse. Cerca de mil imunes encontram-se no momento escondidos no metrô, numa linha que nós chamamos de Império-Alfa. Havia mulheres e homens de todas as partes da galáxia. E também aquele sorridente Edmond Pontonac, outrora da tripulação de uma das luas de Saturno, trazia algo; eu tinha podido me divertir com ele casualmente ao falar no rádio e experimentando um pouco de sua odisséia sem precedentes. “Homens”?_ Eu me perguntei, se os conheço de todo. Por pouco não derramei o copo de conhaque por entre meus dedos. Coloquei minha mão sobre o console e girei vagarosamente um botão com um marcador de distância na tela. As lentes escurecidas externas da nave apontavam um alvo. Um quadro dentro da tela se tornou maior e mais nítido. O raio ótico dividiu o grupo de homens, que cautelosamente se esgueiravam próximos às poucas construções, correram através da relva plana e se protegeram nas moitas das Muralhas de Foice. Ainda mais perto... Girei o controle de zoom até a proximidade da tela. Aqui eu ainda tinha uma imagem, que era tão grande e precisa, como se estivessem uns dez, doze homens enfileirados corretamente diante de mim. Ou melhor: corretamente perfilados a mim. Então vislumbrei uma jovem; ela outrora fora membro da tripulação. Os outros eu não conhecia, mas para tal tripulação de oito mil pessoas, isto não era exatamente um milagre. Além do mais, estas pessoas estavam meio esfaimadas e estavam ali vestidas em farrapos. “Alguns dias atrás eles eram como crianças - mais rápidos e mais incautos, e com outra expressão em seus rostos?”_Perguntei, surpreso. Certamente eles não eram membros do pretenso Comando da Salvação, que Pontonac havia criado. Pelo contrário, eles se agitavam bastante cautelosos e muito indisciplinados.

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Eram imbecilizados, que voltavam a ter parte de suas lembranças e habilidades - ou se não, apenas aprenderam muito rapidamente e também não esqueceram a lição. “Será possível que a imbecilização divirja?”, perguntei. Observei o grupo com mais atenção. Eram treze pessoas. Um homem, em cujos ombros vi a jaqueta do uniforme de bordo da MARCO POLO, ensebado e imundo, os liderava. Eu distingui o resto de três ângulos na manga. Também havia uma alta patente de serviço. Na frota se dizia: Três ângulos - pode ler e escrever. Eu desacreditava ser correto dizer que hoje algum deles pudesse ler e escrever. Talvez no Espaço Linear ou fora da galáxia. Os homens se aproximaram prudentes, mas determinados. Eu vi em seus rostos inteligência adulta; aquela feição que as crianças têm quando elas têm um pouco de noção e que nunca mais será esquecida. O chefe permanecia de pé e apontava uma coluna de sustentação, que alcançava cerca de mil metros de altura acima da base. Então ele disse algo. Os outros acenaram com a cabeça. Assim a coluna tornara-se o objetivo. “Ao menos eles não estão mais tomados pelo medo!” eu disse. “O que querem aqui?” Eu costumava pensar tardiamente... Essa nave também podia ficar taciturna, quando não estava lotada com todos os oito mil tripulantes. Eu podia, com efeito, decolar sozinho, voar e voltar em segurança, mas isto também era tudo. Apenas o impacto dos violentos corpos celestes poderia me dominar; enquanto eu voava, também me tornava incapaz de operar uma eclusa. A jovem tropeçou em um fio, que estava oculto na grama. Ainda há quatro dias os outros haveriam deixado a garota para trás e soltado uma estrepitosa gargalhada. Agora ajudavam a jovem, perscrutavam sem pausas e pareciam estar satisfeitos em seguir adiante. Eu vi que eles portavam um manto técnico em farrapos - com dois ângulos no braço. (Dois ângulos - pode usar um intercomunicador!) Será que eles puderiam usar um intercomunicador, de fato...?

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Eu esperei uma hora e observei o grupo. Eles poderiam ser substitutos para todos os outros homens. Mas seriam mesmo tripulantes de verdade? Eu esperei até eles alcançarem a coluna de sustentação. Então notei como a técnica operava a emergência. E então acionei a câmera de vigilância deste local e deixei as treze pessoas fazerem tudo. Eles ainda tinham, até chegarem à nave, um longo caminho diante de si. Eu enviei contra eles dois rápidos robôs de apoio programados. Talvez para sorte do meu plano - considerando que treze homens não ofereciam perigo à nave ou a mim. Eu ia me perguntando. Uma hora depois... Mas não quero me prolongar. “Até eles estarem na nave, eu vou tentar alcançar Deighton ou Danton”, eu disse e caminhei pela transversal através da Central até a tela do comunicador. Operei o comunicador e tive meio minuto depois, uma garota de cerca de dezesseis anos diante de mim. “O senhor é Korom-Khan, correto?” ela perguntou. Seu rosto era grave demais para a sua idade e transtornado demais para àquela hora da manhã. Seguramente ela estava exausta. “É isto mesmo, minha jovem”, eu disse e tentei uma risada encorajadora. “Eu gostaria de falar com Deighton. Ele já está de pé?” Ela acenou e explicou: “Ele parece nunca mais dormir. Eu o vi há alguns minutos atrás. O senhor pode esperar um momento?” Eu acenei com a cabeça e me sentei em uma robusta poltrona giratória. Pelo menos os robôs da nave tinham uma positrônica primitiva, eram ativos sem pausas e tinham um reto e vistoso regimento aquartelado. Todos cintilavam e luziam como se fossem da mesma importância da MARCO POLO. “Claro que espero”, eu disse vagamente. “Tome o seu tempo, o universo não vai se destruir até lá”. Ela não achou este comentário muito proveitoso, levantou a mão e tentou contatar Deighton. Este era o lado bom da coisa, nós tínhamos renunciado a tudo depois, pois havia tão poucos humanos imunes que todo mundo tinha quase sempre todo um tempo que fosse necessário.

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Dois minutos depois, eu tinha Galbraith Deighton diante de mim. Ele me saudou com a cabeça e perguntou à meia-voz: “O que posso fazer por você, Korom-Khan?” Eu ri ironicamente um pouco; o menos imune deste planeta tentando “fazer algo para alguém”. Nós todos fazemos tudo apenas pelos outros - para uma massa ignóbil de indivíduos, a mais conflituosa de um gênero com mente transportada diretamente para a Idade da Pedra e da qual apenas uma ínfima parte se recuperara. “Por mim pouco, eu tenho tudo o que preciso. Mas ouça você. Eu deixei ileso certo grupo de treze homens no campo de pouso da frota - presumivelmente eles vêm para perto da nave.” Eu reportei o que vi. Eles se aproximaram em marcha como se soubessem que a MARCO POLO fora sua terra natal. Mais precisamente, que lá eles teriam uma vida melhor do que fora da área de proteção. Eles usavam uma passagem de emergência, evitando com prudência as câmeras de vigilância. “Eu presumo, portanto, que a inteligência, ou o conhecimento, ou a memória vagarosamente esteja voltando.” Deighton me piscou primeiro com olhos muito cansados e então falou: “Sua observação, Korom-Khan, confere com centenas de fatos semelhantes. Também Pontonac me assegurou que tem melhorado sua condição de piloto. O que sugere?” Eu disse: “Conhece meu plano, Mr. Deighton. Eu concordo resolutamente como antes, de acordo com as regras de vigilância, em trazer novamente oito mil homens e mulheres a bordo. Primeiro eles precisam, com efeito, se recolher - não todos, ou apenas uma pequena parte virá voluntariamente.” “Basicamente estou de acordo”, explicou Deighton e acenou agradecendo alguém fora do quadro. Era uma caneca, que ele levantou e bebeu de uma vez. “Mas...?” Eu pressenti que algo viria; nós já havíamos tratado deste tema outrora.

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“Mas eles não se educam sozinhos, nem mesmo com muitos robôs programados, deve-se dizer que o que se deve fazer é o retorno. Eles precisam de qualquer modo de um imune!” “Justo. Duzentos de seus Imunes de Alfa devem ser mais do que suficientes. E estou convencido de que também um velho sobrevivente do espaço como Edmond Pontonac ajudaria. Ele se juntou a muitos imunes, como todos nós sabemos.” Deighton sacudiu a cabeça. “Roi será contra!” ele disse. “Pelo menos ele não se fascina por esta idéia. Eu temo que ele vá querer informar seu pai deste plano.” Eu abri os braços e expliquei, cheio de esperança: “Uma coisa não contradiz a outra, Sir. Nós podemos tentar executar este programa ‘MARCO POLO’ em um passo mais lento. Primeiro vêm uns poucos, depois cada vez mais. Então logo estaremos habilitados a montar um grupo com os robôs de aprendizagem e os imunes. Logo que Roi entrar em contato com o chefe, nós saberemos ter completo êxito, se ele não reprovar a concessão.” Deighton permaneceu cético: “Ou talvez conseqüências inesperadas!” Eu precisei retorquir e falei alto: “Mesmo quando cerca de oito mil homens viviam na MARCO POLO, ainda pudemos educá-los e cuidar deles melhor aqui, fornecendo-lhes uma vida melhor do que ao ar livre. Mas sou otimista: O estado das coisas não pode piorar ainda mais.” “Dificilmente!” murmurou Deighton; depois coçou o pescoço e bebeu o seu café matinal. “O desaparecimento do Homo superior e a recuperação da inteligência são sinais absolutos!” eu disse encantado. “Quantos da minha equipe de campo você disse que precisa?” Eu repeti: “Duzentos. Nem um a mais. Talvez um pouco menos. Eu posso programar os robôs e encontrar Pontonac com eles. Ele certamente irá ajudar.” “Bem. Entendido. Do que precisa?”

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Eu havia ganhado. Respondi: “Nós precisamos de pessoal de campo com bons conhecimentos pedagógicos. Eles precisam programar os robôs, assim como também conhecer um pouco de cibernética. Eles precisam instruir os homens chegados em sua nova função, que na verdade é sua antiga função, por isso eu preciso de professores que conheçam bem a nave. E de muitos homens simples, para manter a ordem e tranqüilidade da nave. Precisamos, por fim, a parte dos controles, também de outra estação tripulada.” Deighton disse: “Eu lhe enviarei nos próximos dias todos aqueles homens e mulheres do Império-Alfa que nós pudermos liberar. Roi irá avisar o seu pai, e você falará com Pontonac. Diga a ele de que maneira eu o encarreguei, certo?” Eu vi em seus olhos. Para todos nós - isto é verdade para todos os imunes que estiveram na plena posse das suas faculdades mentais e, assim, das possibilidades técnicas - esta miséria em breve já não poderá mais ser desprezada. O menor dos lampejos de esperança seria suficiente para nós... E a tropa das treze pessoas e os outros vizinhos com brilhos de sorte sobre si eram bem um lampejo de esperança. Eu me sentia imponente. O plano MARCO POLO se iniciara neste instante. Deighton disse conclusivo: “Daqui em diante eu não posso lhe ajudar mais. Você precisa conseguir por si a busca conjunta da tripulação regular, com os duzentos Imunes e com a ajuda de Pontonac. Você dará conta?” “Talvez leve meses”, eu disse e me levantei. Eu embrulhei a minha excitação para viagem. Finalmente esta provocante e obtusa espera teve um fim. “Mas em poucos meses eu poderei dar partida nessa nave indo para o espaço linear ou para fora da galáxia, pelo menos deixar um bom trecho para trás.” “Bem! Faça o que nós planejamos.” Nós nos saudamos e então eu encerrei a reunião.

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Apenas manteremos suficiente contato pelo rádio. Conforme fazia a volta, olhei para trás e suspendi a respiração. Então comecei a rir com um estrondo. Eles vinham! As treze pessoas vinham para além de uma cerca deslizante ainda não-vista. A ampliação me indicava incontestavelmente a pista de rolamento. Depois um deles (Um ângulo - ele sabia que alguém poderia operar um intercomunicador!) tinha ligado o planador. A máquina pousou sobre o campo deteriorado com sujeira e resíduos. Eles estavam posicionados corretamente em seus lugares. Aquele que ligara o planador, neste ínterim, pôde fazer mais do que simplesmente acionar um intercomunicador – e desligá-lo: Ele controlou a máquina. Frenético e assustado, como uma criança atrapalhada, mas imperturbável nas linhas de condução da nave. “Eu vou ficar louco!”, pensei. Eu deveria surpreender Deighton com esse quadro desconcertante? Eu deixei passar: Ele havia concordado, e logicamente não precisava mais de tal prova. Era óbvio de se ver que esta ação era uma mistura de vontade, saber e sorte. O planador sacudia constantemente em sua extremidade, arrastando-se pelo concreto especial. Presumivelmente a turbina não estava ligada, ou um gerador estava mal regulado. Então ele permaneceu de pé. “Isto eu preciso ver!” eu disse. Eu desloquei um pouco o zoom da câmera de vigilância e deixei a imagem maior e mais clara. O jovem com rosto estreito e severo cruzou os profundos trilhos escavados na sujeira, se inclinou sobre o painel de comandos e começou a procurar. Então levantou a mão e mexeu no manche algumas vezes. Ele parecia explorar suas lembranças sobre quais alavancas ou interruptores aos quais ele deveria acionar. De qualquer modo ele riu quando o planador levantou vôo novamente. Ele passou a controlar a velocidade apoiado para frente. As outras doze pessoas permaneciam rígidas. A alavanca de controle era agitada quase que corretamente, mas os movimentos de ambos os lados eram grandes demais. De todo modo o planador voava com considerável velocidade e em ziguezague apontado diretamente à MARCO POLO.

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Para qualquer caso eu apanhei uma arma de choques e a guardei no coldre; com esta ajuda eu poderia lutar, caso fosse necessário. Eu via mais uma vez com perfeição; nenhum dos treze estava armado. Então fui pra baixo, para saudar os primeiros homens e mulheres que tinham por si próprios, reencontrado a MARCO POLO. O programa MARCO POLO começara. Agora, neste minuto. Eu ri maldosamente, do mesmo modo que pensei.

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