p 34 - programa de recomposição florestal

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Companhia Hidreltrica Teles Pires S.A.

JGP Consultoria e Participaes Ltda.

Projeto Bsico Ambiental (PBA) UHE Teles PiresP.34 - Programa de Recomposio Florestal

Responsvel Alexandre Afonso Binelli Flvio Adan Bonatti Marcos Paulo Sandrini

Equipe Responsvel pela Elaborao do Programa Registro Cadastro Tcnico Profissional Federal IBAMA CREA 5060815490 249060 CRBio 64978/01-D 4509304 CRBio 61149/01-D 283541 Controle de Reviso Descrio Reviso Tcnica

Assinatura

Reviso 00

Data 03/03/2011

Responsvel/ Empresa Renata Cristina Moretti/ JGP Consultoria e Participaes Ltda.

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P.34 - Programa de Recomposio Florestal1. Introduo / Justificativa O Programa de Recomposio Florestal foi proposto no EIA-RIMA como medida compensatria da supresso da vegetao para a implantao do empreendimento e tambm como mitigao no sentido de recuperar a cobertura florestal das reas degradadas em decorrncia das obras e tambm da APP do futuro reservatrio da UHE Teles Pires. Segundo consta no EIA do empreendimento (EPE/LEME-CONCREMAT, 2010), este Programa visa a atender aos seguintes impactos: Perda de Cobertura Vegetal; Alterao da Vegetao na Margem do Reservatrio; Alterao da Paisagem.

No processo de licenciamento do empreendimento, mais especificamente na Licena Prvia N 386/2010, de 13/12/2010 (Processo IBAMA N 02001.006711/2008-79), foi solicitado o detalhamento, no Projeto Bsico Ambiental PBA, de todos os programas ambientais propostos no EIA-RIMA, incluindo o Programa de Recomposio Florestal. A Licena Prvia N 386/2010 (condicionante 2.5) e o Parecer Tcnico N 111/2010 COHID/CGENE/DILIC/IBAMA solicitaram a fixao da APP do futuro reservatrio em 500 metros para o corpo principal do rio Teles Pires e segmentos laterais, exceto o brao compreendido pelo rio Paranata, que dever manter APP de 100 metros. Essa ser, portanto, a principal rea a ser contemplada no presente Programa de Recomposio Florestal. O Ofcio N 1203/2010 DILIC/IBAMA (item d das exigncias relativas aos Programas do Meio Bitico) determina que o aproveitamento das sementes e mudas provenientes do resgate de germoplasma na recuperao das reas objeto deste Programa, conforme previsto no Programa de Salvamento de Germoplasma e Implantao de Viveiro de Mudas, em especial das espcies ameaadas, raras e endmicas da rea afetada. Alm disso, foi solicitada a busca por parcerias com instituies de pesquisa (item i das exigncias relativas aos Programas do Meio Bitico). Portanto, o presente documento constitui o detalhamento do Programa de Recomposio Florestal proposto do EIA do empreendimento, incluindo a incorporao de todas as solicitaes realizadas no processo de licenciamento. Assim, ser apresentada a estratgia de implantao deste Programa, bem como o detalhamento de todas as atividades e procedimentos a serem considerados na elaborao dos projetos especficos de recuperao da cobertura florestal, em especial da futura APP do reservatrio, constituindo uma diretriz elaborao dos mesmos.

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A LP No 386/2010 requereu, em sua condicionante 2.10, a incluso, neste Programa de Recomposio Florestal, de medida compensatria para resgate do quantitativo de carbono equivalente emitido para a atmosfera. Para atendimento a essa condicionante foi includa, no Relatrio Demonstrativo de Atendimento s Condicionantes da Licena Prvia, a anlise do balano de carbono para o projeto da UHE Teles Pires, que composto por quatro componentes: 1) Emisso equivalente resultante da supresso de 8.600 ha de vegetao florestal; 2) Emisses associadas construo do empreendimento; 3) Emisses geradas no reservatrio durante a operao; 4) Reduo da emisso pela substituio de fontes trmicas que compem o fator de emisso mdio na margem combinada (construo e operao) do Sistema Interligado Nacional SIN (conforme publicado pelo Ministrio de Cincia e Tecnologia MCT). Desse balano, obteve-se que a emisso total do empreendimento pode ser estimada em 2.878.040 t de CO2-equivalente (2.573.660,97 + 304.380 t de CO2-equivalente), enquanto a Reduo Anual de Emisses por Fornecimento de Energia ao SIN, pela substituio de fontes trmicas, de 2.029.602 t CO2/ano. A concluso dessa anlise de que, em um ano e meio de operao da UHE Teles Pires, todas as emisses do empreendimento j tero sido compensadas. A operao da UHE Teles Pires, em sua vida til, tem, portanto, um balano altamente positivo com grande contribuio para a reduo de emisses de gases de efeito estufa. Nesse balano ainda no foi considerado o sequestro de carbono relacionado recomposio florestal prevista de cerca de 2.600 ha na APP do futuro reservatrio (ver Quadro 4.a deste Programa), o que tornaria o balano de emisses do empreendimento ainda mais favorvel. 2. Objetivos O presente Programa objetiva, de modo geral, garantir uma adequada coordenao de todas as atividades necessrias recuperao da cobertura florestal das reas degradadas na APP do futuro reservatrio e demais reas selecionadas para serem reflorestadas. Com a implantao deste Programa e a adoo dos procedimentos propostos nos projetos de recuperao especficos, espera-se a adequada restaurao da cobertura florestal da APP do futuro reservatrio, e das reas alteradas ou selecionadas para serem recuperadas. Desse modo, os objetivos especficos do Programa de Recomposio Florestal so os seguintes: Planejar adequadamente a recomposio da vegetao das reas selecionadas; Detalhar as atividades e procedimentos a serem considerados na elaborao dos projetos especficos de recuperao da cobertura florestal (Anexo 1); Adotar o mtodo mais adequado de recuperao da cobertura florestal (conduo da

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regenerao secundria, plantios de mudas ou consrcio de ambos); Promover a recomposio vegetal das reas degradadas em decorrncia da implantao do empreendimento, incluindo as instalaes como canteiros de obras, alojamento, acessos provisrios, jazidas, bota-foras e demais infraestruturas de apoio; Compensar a supresso de vegetao na APP natural do rio Teles Pires e drenagem de contribuio ao futuro reservatrio, realizando a recuperao ou recomposio da APP na mesma sub-bacia hidrogrfica do empreendimento (prevista na Resoluo CONAMA N 369/2006) e na APP do futuro reservatrio; Definir previamente as reas para recomposio florestal com espcies nativas nas futuras margens do reservatrio, de acordo com as estratgias de recuperao florestal possveis, conservando e ampliando a flora nativa da regio (Anexo 2); Dar destino ao material proveniente do resgate de germoplasma recuperao florestal das reas selecionadas objeto do presente Programa; Contribuir com a proteo das margens do futuro reservatrio e seus afluentes contra problemas relacionados instalao de processos erosivos e assoreamento; Contribuir com a conteno do processo de instabilizao de encostas nas margens do futuro reservatrio; Contribuir com o estabelecimento de habitats atrativos para a fauna de ambientes florestais na regio do empreendimento, especialmente nas margens do futuro reservatrio; Garantir a qualidade dos servios de recomposio, mediante a operacionalizao de uma equipe de superviso tcnica com condies de verificar a observncia de todas as especificaes constantes no projeto de recuperao e de exigir com rigor as aes corretivas pertinentes; Garantir a consolidao da recuperao florestal, assumindo as tarefas de manejo e repasse, assim como manuteno e vigilncia, durante um perodo mnimo necessrio aps a concluso da sua implantao; Gerenciar e supervisionar a recuperao florestal, mediante a centralizao dessas responsabilidades em uma nica equipe especializada, com as consequentes economias de escala.

3. Metas As metas do Programa de Recomposio Florestal so as seguintes: Conforme os Planos de Recuperao de reas Degradadas, recuperar a cobertura florestal de todas as reas degradadas em decorrncia da implantao do empreendimento; Iniciar a recuperao das reas da APP do futuro reservatrio e demais reas selecionadas at o fim do 7 ano aps o enchimento do reservatrio; Apresentar todos os relatrios de acompanhamento do Programa.

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4. rea de Abrangncia O Programa de Recomposio Florestal abranger a APP do futuro reservatrio e as reas degradadas em decorrncia da implantao do empreendimento (reas de apoio como canteiro de obras, alojamento, jazidas, bota-foras, acessos temporrios, linhas de transmisso, etc.), conforme apresentado no Anexo 2. O Quadro 4.a inserido a seguir resume a quantificao das reas a serem recuperadas, conforme sua origem. Vale ser ressaltado que a rea total poder ser recuperada com variados mtodos (plantios de espcies nativas, conduo da regenerao secundria, ou o consrcio de ambos os mtodos). Nota-se que dever ser recuperado um total de aproximadamente 172,19 km2, j descontadas as reas atualmente com florestas. Quadro 4.a reas a serem recuperadasOrigem APP a recuperar do reservatrio1 reas de apoio a recuperar2 TotalObservaes:

Total da rea a recuperar (km2)3 21,5452 4,3739 25,9191

1 no inclui as reas atualmente com matas, as quais somam 172,19 km2; 2 no inclui a APP do reservatrio j contabilizada; 3 considerando os vrios mtodos de recuperao (plantio, regenerao ou consrcio)

5. Base Legal e Normativa O Cdigo Florestal (Lei N 4771/1965, art. 2, alnea b) define como de preservao permanente as florestas e demais formas de vegetao presentes nas margens de reservatrios naturais ou artificiais. A Medida Provisria N 2166-67/2001 define, em seu Art. 4 6, que "na implantao de reservatrio artificial obrigatria a desapropriao ou aquisio, pelo empreendedor, das reas de preservao permanente criadas no seu entorno, cujos parmetros e regime de uso sero definidos por Resoluo do CONAMA." Conforme o Art. 5 da Resoluo CONAMA N 369/2006, o rgo ambiental competente estabelecer, previamente emisso da autorizao para a interveno ou supresso de vegetao em APP, as medidas ecolgicas, de carter mitigador e compensatrio, previstas no 4, do art. 4, da Lei n 4.771, de 1965, que devero ser adotadas pelo requerente. No Art. 5 1 estabelecido que para os empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento ambiental, as medidas ecolgicas, de carter mitigador e compensatrio, previstas neste artigo, sero definidas no mbito do referido processo de licenciamento, sem prejuzo, quando for o caso, do cumprimento das disposies do art. 36, da Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000. No Art. 5 2 da Resoluo CONAMA N 369/2006 fica estabelecido que as medidas de carter compensatrio de que trata este artigo consistem na efetiva recuperao ou recomposio de APP e devero ocorrer na mesma sub-bacia hidrogrfica, eProjeto Bsico Ambiental (PBA) P.34 - Programa de Recomposio Florestal

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prioritariamente: I - Na rea de influncia do empreendimento, ou II - Nas cabeceiras dos rios. A Resoluo CONAMA N 302/2002 estabelece a dimenso das reas de preservao permanente ao longo de reservatrios, definindo, preliminarmente, essas extenses em 100 metros para reas rurais e 30 metros para reas urbanas. A esse respeito, no entanto, importante considerar que na Licena Prvia N 386/2010 e no Parecer Tcnico N 111/2010 COHID/CGENE/DILIC/IBAMA foi solicitada a recuperao da APP do futuro reservatrio fixada em 500 metros para o corpo principal do rio Teles Pires e segmentos laterais, exceto o brao compreendido pelo rio Paranata, que dever manter APP de 100 metros. A Instruo Normativa MMA N 06/2006 e o Decreto Federal N 5.975/2006, dentre outros aspectos, definem a necessidade de reposio florestal para a pessoa fsica ou jurdica que detenha autorizao de supresso de vegetao natural. As propostas metodolgicas para recuperao da cobertura florestal foram baseadas na Instruo Normativa MMA N 05/2009, a qual dispe sobre os procedimentos metodolgicos para restaurao e recuperao das reas de Preservao Permanente e da Reserva Legal institudas pela Lei N 4.771/65. A Resoluo CONAMA N 429/11 dispe sobre a metodologia de recuperao das reas de Preservao Permanente - APPs. De acordo com o seu Art. 3, a recuperao de APP poder ser feita pelos seguintes mtodos: I - conduo da regenerao natural de espcies nativas; II - plantio de espcies nativas; e III - plantio de espcies nativas conjugado com a conduo da regenerao natural de espcies nativas. Os Art. 4 e 5 apresentam os requisitos e procedimentos a serem seguidos para cada um desses mtodos de recuperao. Considerando a implantao das linhas de transmisso (LT) para o empreendimento, a implantao deste Programa est sujeita s exigncias da Norma Tcnica ABNT NBR 5.422/85, que estabelece o distanciamento de segurana entre a vegetao e os cabos de LTs, e as diretrizes para a poda seletiva da vegetao. As condicionantes e exigncias constantes na Licena Prvia N 386/2010, no Parecer Tcnico N 111/2010 COHID/CGENE/DILIC/IBAMA e no Ofcio N 1203/2010 DILIC/IBAMA so as principais referncias para a elaborao do detalhamento do presente Programa. 6. Metodologia / Atividades a serem desenvolvidas A proposta de recuperao florestal deste presente Programa foi adequada s solicitaes constantes na Licena Prvia N 386/2010, Parecer Tcnico N 111/2010 e Ofcio N 1203/2010 DILIC/IBAMA.

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Conforme previsto na Instruo Normativa MMA N 05/2009, dependendo das condies das reas a serem recuperadas, podero ser adotados diferentes procedimentos metodolgicos ou mtodos para restaurao e recuperao da cobertura florestal, como segue: Mtodo I: plantio de mudas de espcies nativas em rea total na densidade 1667 mudas por hectare; Mtodo II: plantio de mudas de espcies nativas em ilhas de diversidade (nucleao) na densidade 600 mudas por hectare; Mtodo III: plantio mecanizado de sementes de espcies nativas em rea total, conforme tcnica do Instituto Scio Ambiental ISA na Bacia do Rio Xingu no mbito da Campanha Y Ikatu Xingu1; Mtodo IV: favorecimento da regenerao secundria de espcies nativas, prevendo o enriquecimento com mudas ou semeadura; Mtodo V: Reconformao do terreno e implantao de forrao vegetal herbcea (indicado para as reas degradadas fora de APP e originalmente desprovidas de floresta).

Tambm poder ser adotado o consrcio entre esses mtodos, visando ao melhor desenvolvimento da recuperao florestal, conforme avaliao durante o monitoramento. O Quadro 6.a inserido a seguir apresenta a quantificao preliminar das reas a serem recuperadas de acordo com o mtodo a ser utilizado, conforme mapeamento apresentado no Anexo 2. Quadro 6.a Quantificao preliminar das reas a serem recuperadas elos diferentes mtodosOrigem APP do reservatrio reas de apoio Total Total da rea a recuperar (km2) 21,5452 4,3739 25,9191 Mtodo I (km2) 2,8401 0,2010 3,0411 Mtodo II ou III (km2) 7,2689 3,7780 11,0469 Mtodo IV (km2) 11,4362 11,4362 Mtodo V (km2) 0,3949 0,3949

Todas as reas a serem contempladas com a recuperao da cobertura florestal devero ser objeto de projeto de revegetao especfico, elaborados com base nas diretrizes gerais estabelecidas no Anexo 1. Dever ser utilizada como estratgia bsica o processo sucessional e considerados aspectos de diversidade biolgica; utilizao de espcies nativas da regio; utilizao de espcies ameaadas de extino; utilizao de espcies provenientes do resgate de germoplasma; escolha e combinao de espcies; origem e qualidade das mudas e aspectos de manejo do plantio e manuteno, entre outros.

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http://www.yikatuxingu.org.br/. Acessado em fevereiro de 2010.

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Na seleo dos locais de implantao dos projetos de recomposio florestal sero considerados, primeiramente, aspectos de segurana na operao das estruturas definitivas do empreendimento (linhas de transmisso, barramento, etc.). Sero contempladas prioritariamente a APP do futuro reservatrio e as reas degradadas com a implantao do empreendimento, alm de reas de terceiros fora dessas j citadas, como as APPs de cursos dgua ou nascentes existentes na sub-bacia hidrogrfica do reservatrio. No caso de reas de terceiros, devero ser firmados contratos de utilizao junto aos proprietrios, os quais sempre incluiro clusulas obrigando o proprietrio a manter e preservar a rea plantada aps a transferncia das responsabilidades e vigilncia, no podendo alterar o seu uso no futuro. Como parte indissocivel do processo de contratao, ser prevista a subscrio de Termo de Compromisso de Preservao de rea Verde, assim como a averbao, no Cartrio de Registro de Imveis, da rea revegetada. Desse modo, as seguintes atividades encontram-se no escopo do Programa de Recomposio Florestal: Estruturar a equipe de gerenciamento do Programa; Aquisio das APPs e seleo das demais reas a recuperar, incluindo os acordos com proprietrios das reas fora da APP do futuro reservatrio, nos quais sero claramente estabelecidas as responsabilidades de cada parte; Adequar os projetos especficos para as caractersticas das reas de recuperao florestal; Desmobilizar as obras e providenciar limpeza geral e regularizao do terreno das reas a recuperar, propiciando condies para implantao dos projetos; Contratar empresas aptas a fazer os plantios ou conduo da regenerao, de acordo com as especificaes constantes nos projetos de revegetao; Formao das mudas, disponibilizao de sementes resgatadas ou compradas; Monitorar a recuperao florestal; Transmitir as adequaes necessrias para as empresas executoras das atividades ou implantao dos projetos; Avaliao final para assegurar a adequada recuperao florestal das reas e possveis intervenes; Emitir relatrios de andamento das atividades (parciais e final) ao rgo ambiental responsvel pelo licenciamento, para aceite final e obteno da licena de operao.

A implantao dos projetos dever ser realizada respeitando as pocas apropriadas para as operaes de implantao e manuteno. O primeiro passo para implantao dos projetos ser, por meio dos resultados do Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais Sujeitas a Processo Erosivos (P.07 do PBA), averiguar a existncia de processos erosivos que exigem a aplicao de medidas de conteno e estabilizao ou simplesmente a adoo de tcnicas de conservao do solo.Projeto Bsico Ambiental (PBA) P.34 - Programa de Recomposio Florestal 7

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Dever ser feito o controle das espcies infestantes que possam competir em espao e nutrientes com as mudas que sero plantadas ou regeneradas, o que possibilitar tambm uma melhor avaliao das condies do solo. Antes dos plantios e durante sua manuteno, o controle das espcies infestantes dever ser realizado com o cuidado de preservar as eventuais mudas que surgirem da regenerao natural, provenientes de propgulos de exemplares arbreos prximos ou dos remanescentes florestais adjacentes. A compactao do solo dever ser avaliada para julgar a necessidade ou no de uma descompactao mecnica, tanto das reas a serem recuperadas com o manejo da regenerao secundria como das reas em que haver plantio de mudas de espcies arbreas. H a possibilidade de descompactao do solo apenas na cova de plantio. As reas a serem recuperadas sero submetidas a avaliao para verificao da necessidade de isolamento dos trechos que so contguos a reas de pastagem. Nesses locais ser avaliada a necessidade de implantao de cercas e leiras de material lenhoso no aproveitvel, obtido das reas de supresso de vegetao, para proteo dos plantios.. Sero utilizados aceiros impedindo a chegada de fogo proveniente de reas adjacentes, j que comum a prtica de renovao das pastagens com o uso do fogo. Todas estas medidas visam criao de condies favorveis para o estabelecimento da regenerao secundria ou do plantio. Dado o principal objetivo do Programa na recuperao da cobertura florestal das reas selecionadas, o monitoramento das atividades e desenvolvimento da cobertura florestal em regenerao ter importncia especial. O foco da superviso, durante essa fase dos projetos de recuperao, ser na verificao do processo de consolidao dos plantios ou regenerao, assim como as prticas adequadas para minimizar possveis impactos ambientais e proteo dos mesmos. O monitoramento da recuperao florestal das principalmente a observncia dos seguintes aspectos: reas contempladas focar

Desmobilizao das obras, remoo de entulhos e limpeza geral; Implantao da proteo das reas a recuperar (cercas e aceiros), caso necessrio; Controle de espcies infestantes e competidoras; Preparo do solo (descompactao, coveamento, calagem); A melhoria das condies edficas e outras destinadas a favorecer a regenerao florestal (distribuio da camada orgnica armazenada em rea total ou nas coroas das mudas); Anlise do solo e adubaes; Controle de qualidade de mudas e sementes adquiridas, verificando nveis de desenvolvimento, ausncia de pragas e doenas, e outros aspectos pertinentes; Atividades de plantio propriamente dito, incluindo tanto os procedimentos tcnicos8

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para garantir o desenvolvimento adequado das mudas ou sementes, quanto a diversidade de espcies e padro de mixagem adotado no campo; Implantao de acordo com o projeto especfico, principalmente em relao ao mtodo de recuperao determinado; Manuteno e manejo das reas (roadas, capina qumica, irrigao, replantio, tutoramento, controle de formigas cortadeiras etc.), incluindo o controle da aplicao correta de defensivos agrcolas; Favorecimento da regenerao secundria e necessidade de intervenes, como o enriquecimento com espcies nativas ou semeadura e controle de espcies infestantes. Avaliao da recuperao florestal, prevendo inclusive a alterao do mtodo de recuperao caso no haja xito no mtodo adotado.

Complementarmente, a superviso verificar o cumprimento do cronograma de implantao do Programa, identificando eventuais atrasos e solicitando as aes corretivas pertinentes. O monitoramento dos plantios consistir em vistorias com frequncia adequada com o andamento dos trabalhos, nas quais sero documentados aspectos positivos e negativos identificados. Quando identificadas situaes no conformes com as diretrizes propostas, ser indicado o procedimento para melhoria ou adequao, sempre visando ao rpido desenvolvimento dos plantios. proposto o monitoramento em vistorias quinzenais, at 6 meses aps o incio da recuperao; vistorias mensais, de 6 meses at 1 ano; vistorias bimestrais, de 1 ano at 2 anos; e vistorias semestrais de 2 anos at 9 anos, totalizando 38 vistorias ao longo de 9 anos em cada rea (2 anos aps o incio da recuperao as ltimas reas). Toda inspeo ser documentada e toda situao no conforme gerar uma solicitao de ao corretiva, de acordo com os procedimentos e formatos que venham a ser definidos. 7. Indicadores de Desempenho Como indicador do desempenho da implantao do Programa de Recomposio Florestal ser adotada a qualidade dos servios executados, cujos padres mnimos a serem monitorados sero detalhados em projeto especfico baseado nas diretrizes gerais a serem consideradas (Anexo 1); qualidade das mudas e insumos utilizados; e o efetivo desenvolvimento e recuperao da cobertura florestal. Desse modo, o principal indicador do desempenho da implantao do Programa de Recomposio Florestal ser a comprovao de que todas as reas contempladas estejam em franco processo de recuperao de sua cobertura florestal nativa, seja por meio de plantio de mudas, conduo da regenerao secundria ou consrcio de ambos, at o fim do 7 ano aps o enchimento do reservatrio.

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8. Etapas / Prazos A implantao do Programa de Recomposio Florestal seguir as seguintes etapas: Estruturao da equipe de gerenciamento do Programa; Definio das reas a terem sua cobertura florestal recuperada; Aquisio ou estabelecimento de convnios com proprietrios das reas a recuperar; Elaborao do projeto especfico de recuperao florestal para cada rea ou zona, conforme estratgia mais indicada para a situao encontrada; Desmobilizao das obras, remoo de resduos e regularizao do terreno; Contratao das empresas executoras dos projetos; Avaliao da necessidade de cercamento de parte das reas a serem recuperadas; Avaliao da necessidade de descompactao do solo, calagem e adubao; Implantao do projeto de recuperao florestal especfico; Manuteno e intervenes nas reas em recuperao; Monitoramento da implantao do projeto de recuperao florestal; Proteo das reas em recuperao (aceiros); Emisso de relatrios de andamento das atividades; Avaliao final da recuperao florestal e possveis intervenes necessrias.

A implantao do Programa de Recomposio Florestal seguir o cronograma de atividades apresentado ao final deste documento. 9. Relatrios Todas as vistorias que compem o monitoramento das atividades e da situao de recuperao da cobertura florestal sero documentadas nos seguintes tipos de relatrios: Relatrios Parciais: produzidos mensalmente at o 1 ano e a cada 02 meses at o 2 ano, sendo destinados ao empreendedor, contendo a descrio das atividades executadas, os principais problemas enfrentados e as gestes realizadas; Relatrios Parciais de Consolidao: produzidos a cada 06 meses at o 4 ano e anualmente entre o 5 e 9 ano, os quais sero destinados a atualizar o rgo ambiental responsvel pelo licenciamento quanto situao de implantao do Programa; Relatrio de Consolidao Final: produzido ao fim de implantao do Programa e destinado ao rgo ambiental responsvel pelo licenciamento, no qual so consolidadas as informaes desde o incio de implantao do Programa at a situao final das reas em recuperao, com avaliao se os objetivos foram cumpridos, visando obteno da Licena de Operao do empreendimento.

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10. Recursos Humanos e Materiais Necessrios A equipe de gerenciamento do Programa dever contar com um coordenador (bilogo, agrnomo ou engenheiro florestal) com ampla experincia em projetos de revegetao e/ou de recuperao de reas degradadas, incluindo a totalidade do ciclo de implantao dos mesmos (planejamento projeto implantao monitoramento). Esse profissional dever envolver-se no Programa desde o seu incio e poder contar com apoio de auxiliares de campo nas atividades de monitoramento. Os recursos materiais da equipe de gerenciamento incluem veculo, equipamentos e insumos para servios de campo (superviso) e equipamentos e insumos de escritrio para trabalhos de gabinete. Os recursos para campo incluiro: Veculo 4x4; Cmara fotogrfica digital; Rdio e/ou telefone celular; GPS; Trena; Fichas de campo; Equipamento de proteo individual (EPI).

Os recursos de escritrio incluiro: Computador; Telefone; Impressora / copiadora; Software de uso geral; Software de geoprocessamento; Bases cartogrficas com reas do reservatrio, APP e demais reas contempladas com a recuperao florestal.

11. Parcerias Recomendadas Em virtude da recuperao da cobertura florestal de reas degradadas ser assunto de grande interesse cientfico e bastante recorrente no meio acadmico da rea ambiental, recomendam-se parcerias com a Universidade Estadual de Mato Grosso Campus Alta Floresta, no sentido de apoiar ou possibilitar o desenvolvimento de pesquisas nessas reas a recuperar. Tambm recomendada a parceria com o Instituto Scio Ambiental, no sentido de repasse de tecnologia e treinamento para adoo da tcnica de plantio mecanizado de sementes de espcies nativas que vem sendo realizado na Bacia do rio Xingu, no mbito da Campanha Y Ikatu Xingu, alm do fornecimento de sementes atravs da Rede de Sementes do Xingu, que tambm contempla a bacia do rio Teles Pires.Projeto Bsico Ambiental (PBA) P.34 - Programa de Recomposio Florestal

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12. Interface com outros Planos, Programas e Projetos O Programa de Recomposio Florestal tem relao com os seguintes Programas: P.01 - Plano de Gesto Ambiental; P.02 - Plano Ambiental para Construo PAC; P.03 - Programa de Desmatamento e Limpeza do Reservatrio e das reas Associadas Implantao do Projeto; P.05 - Programa de Contratao e Desmobilizao de Mo-de-obra; P.07 - Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais Sujeitas a Processos Erosivos; P.11 - Programa de Monitoramento Hidrossedimentolgico; P.14 - Programa de Salvamento de Germoplasma Vegetal e Implantao de Viveiro de Mudas; P.33 - Programa de Implantao da rea de Preservao Permanente do Reservatrio APP P.44 - Plano Ambiental de Conservao e Uso do Entorno de Reservatrio Artificial PACUERA.

13. Referncias Bibliogrficas CONSRCIO LEME; CONCREMAT ENGENHARIA; EPE - EMPRESA DE PESQUISA ENERGTICA. Estudo de impacto ambiental - EIA, Relatrio de impacto ambiental - RIMA. EPE: Relatrio Tcnico, 2010.

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UHE TELES PIRES CRONOGRAMA DE IMPLANTAOAno 1 Ms Descrio OBRASServios Preliminares Canteiro e Acessos de Obra Desvio do Rio Desm atamento e Escavaes Estrutura de Controle Tneis Montagem Ensecadeiras Tam po Tnel 1 e 2 Tam po Tnel 3 e 4 Barragem Margem Esquerda e Direita Escavaes Tratamentos e Aterro Barragem Leito do Rio Escavaes e Tratamentos Concreto Vertedouro Desm atamento e Escavaes Concreto Montagem Muros de Ligao e Abrao Concreto Circuito de Gerao Desm atamento e Escavaes Tomada D'gua Concreto Montagem Conduto Forado Concreto Pr-Montagem Montagem Casa de Fora Concreto - rea de Montagem Concreto - Unidades - Primrio Concreto - Unidades - Secundrio Pr-Montagem Montagem Outras Estruturas Subestao Elevadora Linha de Transmisso 500 Kv BAYs Subestao Coletora PROGRAMA DE RECOMPOSIO FLORESTAL Estruturao da equipe de gerenciamento Definio das reas a recuperar Aquisio ou convnios com proprietrios das reas a recuperar Elaborao dos projetos especficos de recuperao florestal Desm obilizao das obras, remoo de resduos e regularizao do terreno Contratao das empresas executoras dos projetos Preparo do solo Implantao do projeto (plantio ou conduo da regenerao secundria) Manuteno Construo de aceiros contra fogo Monitoram ento Intervenes necessrias Avaliao final da recuperao florestal Relatrios parciais Relatrios parciais de consolidao Relatrio de consolidao final 20 21 2 24 54 31 24 54 31 24 54 31 20 57 38 22 35 14 36 59 24 37 143 107 38 143 106 36 83 48 38 143 106 38 143 106 104 107 4 36 61 26 36 102 67 Ao trmino da recuperao 1 1 13 18 23 30 38 18 23 23 27 12 18 25 15 1 9 17 17 8 13 7 11 17 14 18 8 23 25 16 20 22 20 28 36 43 22 35 26 35 18 34 35 35 14 37 28 27 24 38 20 37 43 41 43 25 35 35 16 20 10 3 6 7 6 5 13 ENCHIMENTO DO RESERVATRIO 4 9 7 17 11 21 14 29 12 11 17 26UN-01 UN-03

Ano 28 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Ano 330 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41

Ano 442 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53

Ano 554 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65

Ano 666 67 68 69 70 71 72

Ms1 2 3 4 5 6 7

Incio Trmino Durao

DESVIO DO RIO

14 27 27 28 26 18 13 11

Continua at o 9 ano ap s enchimento Continua at o 9 ano aps enchimento Continua at o 9 ano aps enchimento Continua at o 9 ano aps enchimento Ao final do 9 ano aps enchim ento Mensal at 1 ano e a cada 2 m eses at 2 ano Mensal at 1 ano e a cada 2 m eses at 2 an o

UN-04

UN-05

UN-02

... ... ... ... ... R R R R R R RC R R R R R R RC R R R R R R RC R R R R R R RC R R RC RC ...

Projeto Bsico Ambiental (PBA) P.34 - Programa de Recomposio Florestal

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Anexo 1 Diretrizes para Elaborao dos Projetos Especficos de Recuperao da Cobertura Florestal

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Diretrizes para Elaborao dos Projetos Especficos de Recuperao da Cobertura Florestal do Programa de Recomposio Florestal (P.34) do UHE Teles Pires1.0 Introduo O presente documento apresenta as diretrizes a serem seguidas na elaborao dos projetos especficos de recuperao da cobertura florestal da APP do futuro reservatrio da UHE Teles Pires, reas de apoio (canteiros de obras, alojamento, acessos provisrios, jazidas, bota-foras, linhas de transmisso etc.) e demais reas destinadas compensao em virtude da supresso de vegetao para a implantao do empreendimento. 2.0 Recomendaes de recuperao ambiental Os projetos devero ser implantados em etapas e seguir como estratgia bsica de recuperao florestal o processo sucessional, considerando aspectos de diversidade biolgica, utilizao de espcies ameaadas de extino, escolha e combinao de espcies, origem e qualidade das mudas e aspectos de manejo. Alm destas consideraes, os procedimentos devero ser compatibilizados com as caractersticas ambientais nas reas de interveno, includos a aspectos antrpicos, micro-climticos, edficos e biticos. O detalhamento destes procedimentos permite a execuo do projeto por empresa especializada. No entanto, ressalta-se que o sucesso das medidas prescritas depende do envolvimento do empreendedor, da qualidade dos servios prestados e da excelncia do material vegetal utilizado. Antes do incio da recuperao florestal propriamente dita, todos os fatores impactantes presentes, que possam comprometer o adequado desenvolvimento das mudas, devero ser considerados nos projetos para serem eliminados. Deste modo, a recuperao florestal somente dever ser iniciada aps a finalizao de qualquer movimentao do terreno em funo das obras, trnsito de mquinas e pessoas, a estabilizao de processos erosivos e dinmica do escoamento superficial, a remoo de entulhos e materiais contaminantes, controle de espcies infestantes e demais fatores que possam comprometer a recuperao das reas. As antigas reas de minerao necessitam intervenes mais intensas com a reconformao do terreno, estabilizao hidrodinmica, e adio de camada orgnica de solo para dar condies recuperao florestal. Dever ser realizada a caracterizao dos solos de todas as reas degradadas, a fim de definir a necessidade de adubao e o manejo que ser adotado nas atividades de revegetao. A compactao do solo dever ser avaliada para julgar a necessidade ou no de uma descompactao mecnica na rea total que sero plantadas mudas de espcies arbreas ou se apenas na cova de plantio destas, assim como aes de1

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conservao do solo. A implantao do projeto dever ser realizada respeitando as pocas apropriadas para as operaes de implantao e manuteno, com base nos dados climticos apresentados anteriormente. O preparo do terreno, com atividades que envolvam movimentao de solo (construo de terraos e mecanismos de controle de escoamento, regularizao do terreno, acessos etc.), dever ser realizado preferencialmente durante o perodo seco. J as atividades relacionadas com o plantio das mudas (preparo das covas, adubao etc.) devero ser realizadas somente com o incio do perodo chuvoso. Antes do plantio ou induo da regenerao dever ser realizado o controle das espcies infestantes que possam competir em espao e nutrientes com as mudas, o que possibilitar tambm uma melhor avaliao das condies do solo. O controle das espcies infestantes dever ser realizado com o cuidado de preservar as eventuais mudas da regenerao natural, provenientes de propgulos de exemplares arbreos prximos ou dos fragmentos florestais adjacentes. Caso haja no entorno atividade pecuria, dever ser avaliada a viabilidade de isolamento das pastagens atravs de cercas, impedindo o acesso do gado s mesmas. Esta medida visa reduzir eventuais quebras ou depredao das mudas pelo gado. Da mesma forma, dever ser avaliada a necessidade de construo de aceiros contra fogo, j que comum a prtica de renovao de pastagens com o uso do fogo. Todas estas medidas visam criao de condies favorveis para ser iniciado o plantio das mudas ou sementes de espcies arbreas nativas ou a regenerao secundria nas reas a recuperar. 3.0 Contedo mnimo dos projetos de recuperao florestal Na elaborao dos projetos de recuperao, as reas devero ser caracterizadas ambientalmente para auxiliar na definio das intervenes necessrias. Isto contribuir com a padronizao do contedo dos projetos especficos de recuperao da cobertura florestal, o que permitir acompanhar o cumprimento dos objetivos e metas do Programa. Com auxlio da caracterizao ambiental realizada, ser possvel identificar e definir as aes necessrias recuperao das reas degradadas. Cada uma das reas degradadas cadastradas dever ser avaliada individualmente para que sejam traadas as estratgias de recuperao ambiental. Deste modo, as seguintes etapas devero constar de maneira clara e prtica nos projetos especficos de recuperao florestal: Caracterizao ambiental das reas a recuperar; Intervenes prvias necessrias (descompactao do solo, correo de eroses,2

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adio de camada orgnica etc.); Preparo do solo (sulcagem, gradagem, aragem, calagem, abertura de covas, adubao etc.) e demais atividades necessrias para permitir o plantio ou incio da regenerao (roada, roada seletiva, coroamento etc.); Mtodo de recuperao (espaamento, espcies a serem utilizadas, mixagem de espcies etc.); Manuteno das reas (irrigao, coroamento, roada peridica, repasse, adubao, podas de conduo, controle de formigas etc.); Cronograma de implantao das atividades previstas no projeto.

3.1 Caracterizao ambiental das reas a recuperar Tamanho da rea a ser recuperada reas com grande extenso requerem intervenes mais intensas, com o plantio de mudas ou semeadura mecanizada. Por outro lado, reas pequenas podem ser recuperadas apenas com o favorecimento da regenerao secundria da vegetao. Vegetao atual na rea a ser recuperada O uso e ocupao do solo e a cobertura vegetal atual na rea a ser recuperada fundamental na definio do mtodo de recuperao a ser adotado. Basicamente, nos locais em que a regenerao secundria da vegetao j se encontrar em andamento as intervenes consistiro apenas no enriquecimento da mesma. Vegetao e uso adjacente A regenerao secundria facilitada em reas cujo entorno ocorrem florestas, as quais constituem rica fonte de propgulos. reas com matriz de entorno constituda por pastagens requerem intervenes mais intensas, com o plantio de mudas ou semeadura mecanizada, alm da avaliao da necessidade de construo de cercas e aceiros contra fogo. Caractersticas do solo As caractersticas fsico-qumicas do solo, atravs da anlise completa do solo, auxiliam no clculo da necessidade de adubao e calagem, no caso da opo por plantios de mudas ou sementes. A caracterizao do tipo de solo auxilia na determinao do manejo a ser adotado, como parcelamento de adubaes, tipo de aes para conservao do solo etc. Histrico de degradao O histrico de degradao do solo importante para definir as aes necessrias para dar condies ao incio da recuperao florestal das reas (plantio ou regenerao3

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secundria). Podem ocorrer problemas de compactao do solo acarretados pela atividade pecuria (atividade mecnica de pisoteamento por parte dos animais) ou trnsito intenso de mquinas das obras; remoo da camada orgnica do solo nas reas de jazidas; queima e rebrota como manejo de pastagens podem causar a perda do horizonte orgnico; instalao de processos erosivos nas reas mais dissecadas e desprovidas de florestas; e assoreamento dos cursos dgua, com consequente lavagem do horizonte orgnico e desestruturao do solo. Destacam-se as antigas reas de minerao que necessitam intenso trabalho de reconformao do terreno, estabilizao hidrodinmica, adio de camada orgnica de solo para dar condies recuperao florestal. Aes para melhorar estas condies do solo envolvem principalmente a descompactao mecnica, correo de eroses, adio de camada orgnica do solo armazenado, plantio de adubos verdes etc. Insolao Este aspecto importante na determinao das espcies a serem utilizadas e a direo das linhas de plantio conforme o movimento dirio do sol (sentido leste-oeste), visto que a insolao determinada pela orientao das vertentes, as quais variam conforme as condies topogrficas do terreno. Declividade O relevo aspecto de grande importncia na definio da necessidade de aes preventivas de conservao do solo (curvas de nvel ou terraos, bacias de conteno etc.) e possveis restries de tcnicas de manejo do solo (tradicional ou manejo mnimo). Clima importante considerar as variveis climticas regionais durante a determinao do cronograma de atividades (pluviosidade, temperatura e umidade), de modo a concililas com os perodos mais propcios. Deste modo, por exemplo, o plantio dever ser realizado nos perodos chuvosos ou prximos a estes; o preparo do solo nos perodos mais secos etc. 3.2 Intervenes prvias e preparo do solo Com base na caracterizao ambiental das reas a recuperar, ser possvel definir as intervenes necessrias no sentido de melhoria das condies de solo (descompactao do solo, correo de eroses, adio de camada orgnica etc.), estabilizao do terreno, remoo de resduos e entulhos (pr-existentes ou das obras). Tambm ser possvel determinar as necessidades de realizaes de calagem e adubaes.

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Isolamento e proteo das reas a serem recuperadas A implantao do projeto dever ser iniciada com a demarcao e o isolamento das reas destinadas recuperao com cercas de arame liso ou farpado, que evitem o acesso e o pastoreio pelo gado, caso haja esse risco. Esta medida visa reduzir eventuais quebras ou depredao das mudas pelo gado. As cercas devero ser construdas com moures confeccionados com a madeira do desmatamento do reservatrio. Este isolamento no poder impedir o acesso do gado aos cursos dgua, devendo prever reas de dessedentao. Tambm dever ser providenciada a construo de aceiros na face da rea a ser recuperada voltada para locais em que o fogo comumente utilizado como mtodo de reforma de pastagens ou eliminao da vegetao nativa. Os aceiros devero conter, no mnimo, 4 a 5 metros de largura. Como forma de dificultar o avano do fogo, entre o aceiro e a rea a ser recuperada, podero ser plantadas espcies vegetais que tem a capacidade de armazenar gua ou resistentes ao fogo. O empreendedor dever manter uma brigada de incndio treinada para conter qualquer foco que coloque em risco as reas a serem recuperadas. Limpeza prvia e roada seletiva Esta atividade dever ser realizada preferencialmente nas reas de plantio, porm, tambm poder ser adotada nas reas em regenerao, quando identificadas situaes em que as espcies infestantes esto impedindo o estabelecimento da vegetao nativa. Aps as medidas iniciais, as plantas j estabelecidas na regenerao natural devero ser preservadas e incorporadas aos plantios, respeitando-se os padres de densidade e diversidade propostos, ou prpria vegetao em regenerao. Esta medida visa acelerar a recuperao da rea. Desta forma, as equipes responsveis pelo servio de roada devero ser treinadas para identificar os indivduos arbustivos e arbreos existentes a serem preservados. Antes do plantio, as reas devero ser limpas, removendo-se qualquer lixo, entulho e restos de obra que exista. Aps esta limpeza dever ser realizado o controle das espcies exticas infestantes ou nativas em desequilbrio, que possam competir com as mudas a serem plantadas. Isto vale tambm para as reas a terem favorecida a regenerao secundria da vegetao nativa. Aps a identificao dos arbustos e jovens rvores, dever ser realizada a roada seletiva das reas de interveno, de maneira a desenraizar herbceas infestantes que possam competir com as mudas que sero plantadas e regularizar o terreno para o plantio. Este trabalho dever ser feito por meio de capina com roadeiras costais semimecanizadas ou trator com roadeira. O material vegetal resultante dever ser deixado5

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na prpria rea de interveno para decomposio e incorporao da camada orgnica do solo. Preparo do solo Nos locais em que o substrato se mostra excessivamente compactado devero ser realizados trabalhos de descompactao do horizonte superficial (20 a 30 cm) com a gradagem ou aragem do solo. Caso a compactao no esteja excessiva nas reas de plantio de mudas, poder ser realizada a descompactao somente na cova de plantio. A calagem do solo dever ser feita, no mnimo, 40 dias antes do plantio e da adubao, concomitante descompactao do horizonte superficial. Porm, caso isso no seja cumprido, nas reas de plantio de mudas poder ser realizada no momento de abertura e preparao das covas. A aplicao dever ser feita a lano, em rea total ou, nos casos em que isso no for possvel, em cada cova de plantio. As quantidades de calcrio somente devero ser indicadas a partir da anlise fsicoqumica do solo ou substrato. Usualmente no se aplica mais que 2 toneladas de calcrio por hectare. Tambm podem ocorrer reas que necessitam trabalho mais intenso de recuperao do solo, como no caso das antigas reas de minerao que exigem a reconformao do terreno, estabilizao hidrodinmica, adio de camada orgnica de solo para dar condies recuperao florestal. Abertura e preparo das covas No caso das covas de plantio, dever ser respeitado no mnimo 30 cm de dimetro por 30 cm de profundidade; caso o solo da rea seja muito raso, pedregoso ou seco, as dimenses da cova podem ser de at 60 cm de dimetro por 60 cm de profundidade. Podero ser abertas manualmente, com uso de ferramentas ou broca-motorizada, ou com broca acoplada no trator. Assim que abertas, ser misturada terra retirada a quantidade de calcrio calculada, caso no tenha sido realizada anteriormente, devendose fech-la novamente, sem compactar a terra. Deve-se fixar um tutor de bambu ou material equivalente junto borda da cova. Em seguida, a rea da cova dever ser coberta com uma camada de composto orgnico ou serragem e ficar disponvel para plantio to logo sejam terminados os trabalhos de preparao no setor. Adubao A necessidade de adubao dever ser determinada aps a anlise fsico-qumica do solo das reas a recuperar. Ressalta-se que a adubao poder ser qumica ou orgnica. As aplicaes das adubaes no devem coincidir com os perodos de intensas chuvas e nem quando os nveis de umidade do solo estiverem muito baixos.

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A adubao poder ser complementada com o plantio de espcies forrageiras nas entrelinhas das mudas (adubao verde) que, alm de propiciar rpida cobertura e fertilizao do solo, promove condies de sombreamento para as mudas do plantio. 3.3 Mtodo de recuperao vegetal As caractersticas ambientais das reas a serem recuperadas sero determinantes na definio do mtodo de recuperao da cobertura florestal a ser adotado, principalmente em relao ao poder de resilincia (regenerao da vegetao), que est diretamente ligado distncia aos grandes remanescentes de florestas nativas. A seguir so listados e descritos os mtodos possveis de serem adotados. Ressalta-se que tambm poder ser adotado o consrcio entre vrios mtodos visando o melhor desenvolvimento e rapidez da recuperao florestal, conforme avaliao na elaborao dos projetos ou durante o monitoramento. Plantio de mudas de espcies nativas em rea total na densidade 1667 mudas por hectare (Mtodo I)

O plantio em rea total na densidade 1667 mudas por hectare dever ser empregado em reas onde predomina uma vegetao no arbrea e h necessidade de recobrimento rpido em sua totalidade, como principalmente nas reas adjacentes ao limite do futuro reservatrio e antigas reas de minerao. O mtodo de plantio adotado dever ser o reflorestamento heterogneo de espcies nativas, com padro de densidade de 1.667 mudas por hectare e espaamento homogneo aproximado de 3 m X 2 m (6 m2) entre as mudas. Neste tipo de plantio haver preferencialmente proporo entre espcies pioneiras (adaptadas ao crescimento a pleno sol) e no pioneiras (adaptadas ao crescimento a sombra) de 1:1 ou 50 % de cada, com a disposio das mudas seguindo esquema apresentado a seguir, ou seja, cada muda de espcie pioneira dever ser intercalada com uma muda de espcie no-pioneira. Ser tolerado o limite mnimo de 40 % para qualquer dos grupos. A lista proposta de espcies a serem utilizadas encontra-se ao fim desta diretriz.

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Esquema de plantio: P P NP NP NP P POnde:

NP NP P P NP

P P NP NP P

NP NP P P NP

P P NP NP P

NP

P

NP

P = espcie pioneira NP = espcie no pioneira

Este modelo prope um distanciamento de 6 a 9 metros entre espcies no-pioneiras, com a distncia entre pioneiras e no-pioneiras variando de 2 a 3 metros. Desta forma, o crescimento das espcies pioneiras promover rapidamente proteo, sombreamento e alteraes fsico-qumicas no solo, favorecendo aquelas de desenvolvimento mais lento e mais exigente em nutrientes. Recomenda-se que o plantio seja realizado sem alinhamento ao longo do terreno a fim de produzir mata semelhante natural. As seguintes exigncias devero ser cumpridas na seleo das espcies arbreas nativas a serem utilizadas nos plantios das reas a serem recuperadas: Utilizar um mnimo de 80 de espcies arbreas das formaes vegetais de ocorrncia regional; 5 % do total das mudas implantadas devero ser de espcies ameaadas de extino; 20 % do total das mudas implantadas devero ser de espcies atrativas para a fauna; Nenhuma espcie pioneira dever ultrapassar o limite mximo de 20 % das mudas utilizadas no plantio; Nenhuma espcie no pioneira dever ultrapassar o limite mximo de 10 % das mudas utilizadas no plantio; Apenas o mximo de 10 % das espcies implantadas pode ter menos de 12 indivduos.

Ressalta-se que o reflorestamento dever ser objeto de repasses com espcies no pioneiras na medida do necessrio. Plantio de mudas de espcies nativas em ilhas de diversidade (nucleao) na densidade 600 mudas por hectare (Mtodo II)

Nas reas a serem recuperadas com alguma proximidade a remanescentes florestais, dever ser adotado um modelo de recuperao constitudo por ilhas de plantio com alta diversidade de espcies arbreas nativas espcies pioneiras e no pioneiras, as quais recobriro cerca de 36% da rea total a ser recuperada.

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Em um hectare, devero ser alocadas pelo menos 04 ilhas com rea de 900 m2 cada (30 x 30 metros), nas quais devero ser plantadas 150 mudas com espaamento homogneo entre mudas (2 x 3 metros), resultando em uma densidade de plantio de 1.667 mudas por hectare dentro das ilhas e 600 mudas por hectare na rea total. A existncia destas ilhas dever incentivar a fauna silvestre a visitar estas reas, favorecendo o estabelecimento da regenerao secundria nos espaos entre as mesmas, o que dever ser considerado durante as roadas de manuteno. As mesmas exigncias quanto diversidade das espcies arbreas nativas utilizadas nos plantios do Modelo I tambm sero exigidas neste Modelo II. A lista proposta de espcies a serem utilizadas encontra-se ao fim desta diretriz. Plantio mecanizado de sementes de espcies nativas em rea total (Mtodo III)

Este mtodo consiste no aproveitamento do maquinrio agrcola (plantadeiras, lanadeiras, adubadeiras etc.), comumente existente nas propriedades rurais da regio, para efetuar a semeadura mecanizada de espcies arbreas nativas, em terreno com solo previamente preparado (arado ou gradeado). Sua vantagem consiste na grande rapidez de recobrimento do solo, possibilidade de mecanizao do plantio, baixa manuteno e baixo custo. Esta tcnica foi desenvolvida pelo Instituto Scio Ambiental ISA na Bacia do Rio Xingu no mbito da Campanha Y Ikatu Xingu2, cujas sementes so fornecidas pela Rede de Sementes do Xingu, que tambm contempla a bacia do rio Teles Pires. Neste plantio mecanizado utilizada a maior diversidade possvel de sementes de espcies arbreas nativas, que podero ser originadas do resgate de germoplasma do empreendimento ou adquiridas de terceiros. Em meio a estas sementes de espcies arbreas adicionado terra e outras sementes de espcies arbustivas forrageiras, herbceas, adubos verdes (feijo-guandu, crotalria etc.) e at mesmo espcies comestveis agrcolas (milho, feijo, abbora, melancia etc.) para promover um rpido recobrimento e sombreamento do solo, formando um microclima mais ameno e propcio ao desenvolvimento das mudas de espcies arbreas. A mistura destas espcies foi denominada pelo ISA de muvuca de sementes. Para melhorar a porcentagem de germinao em campo deve ser feita a quebra de dormncia ou latncia das sementes. Aps o plantio, indicado que o solo seja recoberto com folhas e galhos. recomendado que seja utilizado entre 30 a 100 sementes por metro quadrado de rea a ser recuperada. As mesmas exigncias quanto diversidade das espcies arbreas nativas utilizadas nos plantios do Modelo I e II sero exigidas neste Modelo III.

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http://www.yikatuxingu.org.br/. Acessado em fevereiro de 2010.

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Maiores detalhes podem ser encontrados no guia Coleo plante as rvores do Xingu e Araguaia: volume I, manual do plantador do Instituto Scio Ambiental ISA. A lista proposta de espcies a serem utilizadas encontra-se ao fim desta diretriz. Favorecimento da regenerao secundria de espcies nativas, prevendo o enriquecimento com mudas ou semeadura (Mtodo IV)

O favorecimento da regenerao secundria dever ser realizado nas reas de pastagens com pouca manuteno ou que possuem alto poder de resilincia por se encontrarem prximas a remanescentes de vegetao nativa, com a possibilidade de chegada de propgulos dispersos pelo vento ou, principalmente, pela fauna nativa. Nestas reas pode ser necessrio intervenes mecnicas como a descompactao de solos, calagem, controle de espcies infestantes, alm do isolamento por leiras, cercas e aceiros contra incndios e adio de composto orgnico proveniente dos resduos do desmatamento. As reas objeto deste mtodo de recuperao devero ser freqentemente percorridas com o intuito de avaliar a necessidade de novas intervenes, como por exemplo, um plantio ou semeadura de enriquecimento, ou at mesmo a alterao do mtodo adotado, caso o processo de regenerao secundria no esteja se estabelecendo devidamente. Nas reas em que o processo de regenerao secundria j se iniciou naturalmente e que qualquer interveno possa significar a degradao de uma vegetao j em estabelecimento, apenas dever ser assegurada sua integridade, com a continuidade do processo e a proteo contra incndios e depredao por terceiros. Estes locais tambm devero ser frequentemente percorridos com o objetivo de avaliar a necessidade de novas intervenes, como o enriquecimento. Implantao de forrao vegetal herbcea (Mtodo V)

A implantao de forrao vegetal herbcea (gramneas) indicada para as reas de pastagens fora da APP do futuro reservatrio, portanto atualmente sem cobertura florestal, cujo uso do solo no ser alterado aps a finalizao das obras, ou seja, sero mantidas como pastagens. Antes do plantio da forrao vegetal, as reas onde ser adotado este mtodo devero ser estabilizadas com a reconformao do terreno, descompactao, correo de eroses e demais tcnicas necessrias para conservao do solo. A lista proposta de espcies a serem utilizadas encontra-se ao fim desta diretriz.

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3.4 Aspectos relacionados implantao e manuteno das reas Sementes As sementes utilizadas na produo de mudas ou plantio mecanizado de sementes devero ser provenientes do resgate de germoplasma, a ser realizado nas reas desmatadas para o reservatrio e entorno, ou adquiridas de terceiros. Independentemente de sua origem, devero ser armazenadas adequadamente at seu uso, e estar em bom estado e devidamente tratadas contra pragas doenas. Viveiro de mudas Os viveiros de produo de mudas, de responsabilidade do empreendedor, recebero as sementes coletadas de matrizes provenientes das reas desmatadas para o reservatrio e entorno ou adquiridas de terceiros. Suas dimenses devero ser definidas com base na produo ou quantidade de mudas necessrias para atender os plantios nas reas a serem recuperadas, conforme o cronograma especfico e prazo de atendimento das condicionantes estabelecidas pelo rgo licenciador. Seleo das mudas e viveiro de espera As mudas utilizadas no plantio devero ter altura mnima de 20 cm e serem provenientes dos viveiros prprios, com sementes coletadas de matrizes das reas desmatadas para o reservatrio e entorno, o que aumenta as possibilidades de utilizao de material gentico compatvel. Alm do tamanho, tambm dever ser observada a qualidade das mudas, descartando-se a utilizao de plantas doentes ou mal-formadas. Aps o transporte das mudas dos viveiros at a rea de plantio, as mesmas sero dispostas em viveiros de espera, ficando estocadas sob instalaes adequadas e onde ter incio o processo de rustificao para o posterior plantio. As atividades de monitoramento das mudas no viveiro de espera incluiro o controle de pragas, irrigao, regulao do grau de insolao (sombrite) e podas. Os viveiros de espera so instalaes de carter provisrio, que poder ser desmontada depois de sua utilizao. Plantio das mudas As mudas devero ser plantadas de acordo com a proporo e densidade de plantio previstas no projeto. Aps a abertura das covas, os lotes de mudas previamente arrumadas em travessas de acordo com a mixagem especificada, de modo que no11

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ocorram duas mudas da mesma espcie lado a lado, devero ser levados a campo para o plantio propriamente dito. O plantio dever ser condicionado s condies meteorolgicas da poca em que for realizado, devendo ser realizado preferencialmente durante ou imediatamente aps dias chuvosos, admitindo-se a soluo tcnica da irrigao quando houver necessidade e possibilidade. No ato do plantio, dever ser retirada a embalagem (saquinho ou tubete) que envolve a muda, procurando-se evitar o destorroamento ou que a muda fique com a raiz exposta. Caso as razes tenham crescido demais dentro do vasilhame e se enrolado ao redor do torro, elas devero ser podadas rentes a este, o que proporcionar um melhor desenvolvimento estrutural da muda. Se o enovelamento for freqente nos lotes de mudas estes lotes devero ser trocados por lotes de mudas menores, tendo em vista que o enovelamento das razes prejudica fortemente o desenvolvimento das mudas. Preparada, a muda dever ser colocada na cova sobre uma pequena poro de terra j misturada ao adubo qumico. A seguir dever ser adicionada terra ao redor da mesma, tomando-se o cuidado para que a muda fique firme na cova. O colo da muda, ao final do plantio, dever estar rente superfcie do solo, ficando o torro original da muda coberto com uma pequena camada de terra. O excesso da terra retirado da cova, agora ocupada com a muda, dever ser espalhado num raio de aproximadamente 30 cm formando uma bacia e propiciando, assim, o maior armazenamento das guas das chuvas. O tutoramento das mudas dever ser efetuado com estacas de bambu de cerca de 1,5 metro de comprimento, dos quais 50 cm devem ser fincados no terreno para evitar quebra do tronco ou mau desenvolvimento causados pelo vento ou chuvas intensas, alm de uma melhor visualizao das mudas nos trabalhos de roada. A amarrao da muda ao tutor dever ser feita com fios de sisal, em forma de um oito amarrado no tutor e livre no caule da muda. As mudas com copas exageradamente desenvolvidas devero ser podadas imediatamente aps o plantio, de forma a direcionar o desenvolvimento estrutural da parte area e diminuir a perda de gua por transpirao, at que as razes garantam a absoro ideal. Semeadura (plantio mecanizado de sementes) A semeadura de espcies arbreas e arbustivas dever ser realizada somente aps o preparo do solo e mistura correta da muvuca de sementes, seguindo as recomendaes do Instituto Scio Ambiental ISA3.

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http://www.yikatuxingu.org.br/. Acessado em fevereiro de 2010.

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Recobrimento com composto orgnico Aps o plantio das mudas, poder ser adicionada uma camada de composto orgnico ou serragem curtida de 5 a 10 cm de espessura em cada coroa de muda. Esta camada permitir uma regulao da temperatura e umidade do solo na coroa da muda, alm de fornecer nutrientes durante a sua decomposio, estimulando seu crescimento. O composto orgnico utilizado poder ser originrio do material lenhoso decomposto ou da picotagem dos resduos vegetais provenientes do desmatamento do reservatrio. Posteriormente, o material vegetal proveniente das capinas para controle das espcies infestantes dever ser disposto sobre o terreno e as coroas das mudas. Irrigao Aps o plantio das mudas ou sementes, dependendo das condies climticas, deve ser prevista a necessidade de irrigao das reas em recuperao, de modo a evitar a mortalidade excessiva nos plantios. Podero ser utilizados tratores com tanque, caminhes-pipa ou mesmo moto-bombas para fazer a irrigao. Controle de formigas cortadeiras Dever ser realizado um plano de monitoramento da populao de formigas e, eventualmente, caso necessrio, um controle atravs da utilizao de iscas granuladas, com certificao da ANVISA. Este plano de controle dever abranger todas as reas em recuperao e olheiros localizados no entorno, tendo incio pelo menos dois meses antes do plantio das mudas, se estendendo at o terceiro ano aps o plantio, quando as mudas j tero porte suficiente para suportar eventuais desfolhamentos. Monitoramento e manuteno do plantio Todas as atividades de recuperao de reas degradadas devero ser objeto de superviso sistemtica por equipe tcnica especializada. Essa superviso garantir que as medidas de recuperao sejam implantadas de acordo com as especificaes constantes em projeto, identificando eventuais desvios e exigindo a sua correo. A superviso tcnica participar dos procedimentos de recepo de obra, garantindo que a totalidade das medidas de recuperao aplicveis sejam, de fato, implementadas durante as atividades de construo e operao do empreendimento. Durante o perodo de implantao dos procedimentos de recuperao ambiental, podero ser verificadas situaes no previstas que exijam a sua modificao. Caber equipe de superviso tcnica a identificao oportuna de tais necessidades, agindo junto aos responsveis pela execuo dos trabalhos, para que os mesmos sejam devidamente contemplados.

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Durante os dois primeiros anos aps o plantio poder ser realiza poda de formao nas mudas, isto , devero ser podados os brotos ladres e os galhos exageradamente alongados. O desenvolvimento das mudas e o ndice de sobrevivncia devero ser avaliados atravs das atividades de monitoramento. O monitoramento das formigas, pragas, trepadeiras e ervas daninhas e a substituio das mudas mortas devero ser atividades permanentes de manuteno e monitoramento das reas de plantio em processo de consolidao. Caso a taxa de mortalidade em determinada rea ou de determinada espcie ultrapasse 10% nos primeiros 60 dias aps o plantio, dever ser feita a avaliao das causas desta mortalidade, seguida de correo, se possvel, dos fatores que levaram a tal mortalidade, e replantio. Neste caso, dever ser feita a determinao das espcies que apresentaram menor mortalidade naquela situao especfica, seguida de repasses de plantio, em que devero ser empregadas exclusivamente as espcies mais bem adaptadas. Ao longo dos trs primeiros anos do plantio, devero ser realizadas no mnimo trs capinas ou coroamentos anuais, sempre que ocorrer reinfestao das reas trabalhadas por gramneas ou outras espcies daninhas, com cuidado redobrado para no atingir as mudas implantadas ou regeneradas pelos propgulos oriundos do prprio banco de sementes ou da chuva de sementes promovida por espcies das matas prximas aos plantios. Como j descrito, este material vegetal proveniente das capinas dever ser disposto no terreno e nas coroas das mudas. As entrelinhas devero ser mantidas vegetadas e baixas. Depois que os locais apresentarem maior sombreamento, a infestao por estas espcies infestantes e daninhas tende a diminuir. Nas reas em que ser realizada a conduo da regenerao secundria da vegetao nativa e plantio de sementes dever ser avaliada a necessidade de intervenes como, por exemplo, um plantio de enriquecimento, ou at mesmo a alterao do mtodo adotado, caso o processo recuperao florestal no esteja se estabelecendo devidamente. 3.5 Cronograma de atividades Os projetos especficos de recuperao devero contar com cronograma de atividades, a fim de compatibiliz-las com as variveis climticas regionais, disponibilidade de insumos, maquinrios e mo-de-obra. 4.0 Referencias bibliogrficas indicadas CONSRCIO LEME; CONCREMAT ENGENHARIA; EPE - EMPRESA DE PESQUISA ENERGTICA. Estudo de impacto ambiental - EIA, Relatrio de impacto ambiental - RIMA. EPE: Relatrio Tcnico, 2010.

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INSTITUTO SCIO AMBIENTAL ISA. Coleo plante as rvores do Xingu e Araguaia: volume I, manual do plantador. Organizao, Eduardo Malta Filho. So Paulo: Instituto Scio Ambiental, 2009. INSTITUTO DE BOTNICA SMA. Manual prtico para recuperao de reas degradadas e anais do "Seminrio regional sobre recuperao de reas degradadas: conservao e manejo de formaes florestais litorneas". Ilha Comprida/SP. 2003. FELFILI, Jeanine Maria EMBRAPA/Cerrados. 2000. et al. Recuperao de matas de galeria.

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Anexo 2 Localizao das reas a Recuperar

Projeto Bsico Ambiental (PBA) P.34 - Programa de Recomposio Florestal

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Anexo 3 Lista de Espcies Arbreas Nativas Propostas para o Plantio

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Grupo ecolgico de espcies florestais nativasNome cientfico Alibertia sessilis Anacardium giganteum Anacardium spruceanum Apuleia leiocarpa Aspidosperma cylindrocarpon Aspidosperma macrocarpon Aspidosperma sp. Astrocaryum gynacanthum Bactris riparia Bertholletia excelsa Bowdichia nitida Brosimum galactodendron Brosimum sp. Buchenavia grandis Calophyllum brasiliense Capirona huberiana Carapa guianensis Cariniana legalis Cariniana micrantha Caryocar glabrum Caryocar villosum Cedrelinga catenaeformis Ceiba pentandra Cenostigma tocantinum Coccoloba sp. Copaifera multijuga Dinizia excelsa Dipteryx odorata Endlicheria sericea Enterolobium maximum Erisma uncinatum Eschweilera carinata Eschweilera coriacea Eugenia protenta Eugenia sp1 Eugenia sp2 Euterpe oleracea Ficus sp. Nome popular Marmelada Cajueiro Caju Garapeira Peroba rosa Peroba mica Guarant Murumuru Tucum Castanheira Sucupira preta Sorveira Leiteiro Mirindiba Guanandi Escorrega macaco Andiroba Jequitib Tauari Pequi Pequi Cedrorana, Cedro-alagoano Sumama Pau preto Cocoloba Copaba Angelim pedra Cumbar, Champanhe Tamanqueira Tamboril Cedrinho Mata mat Mata mat Canela de cutia Goiabinha Vermelhinho Aa Figueira Grupo ecolgico No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira

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Grupo ecolgico de espcies florestais nativasNome cientfico Garcinia madruno Guarea silvatica Hevea brasiliensis Himatanthus sucuuba Hirtella ciliata Hymenaea courbaril Hymenolobium sp. Inga sp. Jacaranda copaia Licania micrantha Machaerium scleroxylon Manilkara huberi Manilkara sp. Mezilaurus itauba Miconia sp. Minquartia guianensis Nectandra puberula Nectandra robusta Ocotea odorifera Ocotea sp. Ormosia sp. Parahancornia amapa Parkia multijuga Parkia nitida Parkia paraensis Peltogyne confertiflora Piper jaborandi Pouteria manaoensis Pouteria sp. Protium paniculatum Protium pilosum Psidium sp. Rollinia exsucca Rollinia sp. Swietenia macrophylla Tabebuia sp. Tachigali myrmecophila Tachigali paniculata Nome popular Bacupari Marinheiro Seringueira Sucuba Choro Jatob Angelim Ing Parapar Cariperana Pau ferro Massaranduba Balata Itaba Miconia Acariquara Louro Canelo Canela sassafrz Canela Tento Amap Paric Faveira Bajo Roxinho Jaborandi Abiurana Abiu casca fina Amescla breu Amescla aroeira Ara Ata Pinha da mata Mogno Ip Tax Taxi preto Grupo ecolgico No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira No Pioneira

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Grupo ecolgico de espcies florestais nativasNome cientfico Tachigali rugosa Vitex sp. Abarema jupunba Acacia polyphylla Albizia hasslerii Apeiba hirsuta Apeiba tibourbou Astrocaryum aculeatum Attalea speciosa Bactris gasipaes Bauhinia rufa Bellucia imperialis Byrsonima spicata Cecropia sp. Ceiba speciosa Coussarea ampla Croton urucurana Dialium guianense Duguetia sp. Goupia glabra Guazuma ulmifolia Iriartea delvidea Jacaranda caroba Jacaratia spinosa Licania sp. Mabea fistulifera Maclura tinctoria Magonia pubescens Malouetia tamaquarina Mauritia flexuosa Maximiliana maripa Oenocarpus bacaba Oenocarpus bataua Orbignya phalerata Peltophorum dubium Pera bicolor Physocalymma scaberrimum Pithecellobium foliolosum Nome popular Carvoeiro Vitex Saboeiro Paric de espinho Farinha seca Jangada Escova de macaco Tucum Babau Pupunha Pata de vaca Goiaba de anta, Jambo Murici Imbaba Paineira Coussarea Sangra d'gua Juta pororoca Pindaba preta Cupiba Chico magro Paxiba Caroba Mamo de veado Carip Mamoninha da mata Amoreira Timb Mulungu Burirti Inaj Bacaba Patu Babau Monjolo Figueirinha Aric Jurema Grupo ecolgico No Pioneira No Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira

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Grupo ecolgico de espcies florestais nativasNome cientfico Pourouma sp. Pourouma guianensis Pterodon emarginatus Pterogyne nitens Sapium haematospermum Schefflera morototoni Schizolobium parahyba var. amazonicum Siparuna guianensis Sloanea sp. Socratea exorrhiza Spondias dulcis Spondias sp. Sterculia sp1 Sterculia sp2 Tapirira guianensis Theobroma subincanum Trattinnickia burseraefolia Trattinnickia rhoifolia Trema micanthra Triplaris americana Virola sp1 Virola sp2 Vismia cayennensis Vochysia divergens Vochysia sp. Vouacapoua pallidior Xylopia sp1 Xylopia sp2 Zanthoxylum rhoifolium Nome popular Pourouma Mamica de porca Sucupira Passarinheiro Carrapateira Mandioco Pinho cuiabano Negramina Pateiro Sete pernas Caj Cajarana Mandovi Xix Breu de tucano Cupu Morcegueira Amescla, almcega Periqueteira Novateiro Branquilho Virola Lacre da mata Cambar Cambar rosa Acap Embireira Pindaba Mamica de porca Grupo ecolgico Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira Pioneira

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