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TERMO DE REFERENCIA PARA CONTRATAÇÃO DE
EMPRESA DE ENGENHARIA PARA ESTABELECER
DIRETRIZES E PARÂMETROS TÉCNICOS VISANDO
AUMENTO DE OFERTA DE ÁGUA PARA CAPTAÇÃO
PÚBLICA NO RIBEIRÃO BORDA DA MATA. MUNICÍPIO DE
HOLAMBRA-SP.
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Sumário
1. INTRODUÇÃO 5
2. JUSTIFICATIVA 5
3. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SOLO 8
3.1. GEOLOGIA 83.2. GEOMORFOLOGIA 9
3.3. PEDOLOGIA 10
3.4. ARGISSOLOSVERMELHO-AMARELO(IRRIGART, 2007): 10
3.5. GLEISSOLOSHÁPLICOS(IRRIGART,2007): 11
4. REDE DE DRENAGEM 12
4.1. RlOjAGUARI 13
4.2. Rio CAMANDUCALA 14
5. ÁREAS DEGRADADAS E CONTAMINADAS 16
6. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS E PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO 17
7. RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS 20
8. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E DE INFRAESTRUTURA URBANA 22
8.1. POPULAÇÃO ATUAL E PROJEÇÃO POPULACIONAL 238.2. DADOS HISTÓRICOS E PROJEÇÕES DE POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE HOLAMBRA 23
9^ ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA RECUPERAÇÃO E REFLORESTAMENTO 24
10. ESCOPO DOS TRABALHOS 25
10.1. ESTRUTURA DO PROJETO 2910.2. CRONOGRAMA 31
10.3. FORMA DE PAGAMENTO ... .. 31
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Lista de Figuras
Figura l - Vazão captada nos principais mananciais de Holambra-SP 6Figura 2 — Vazões disponíveis e seus respectivos saldos por sub-bacia 13Figura 3 - Avaliação da oferta e da demanda de água no município de Holambra-SP 15Figura 4 - Demanda de água por tipo de usos nas bacias PCJ - UGRHI 05 15Figura 5 - Temperaturas médias mensais e chuvas médias mensais no município de Holambra-SP... 18Figura 6 - Representação gráfica completa do balanço hídrico climatológico 19Figura 7 - Balanço hídrico mensal 19Figura 8 - Deficiência, excedente, retirada e reposição hídrica mensal 20
ABREVIATURAS
Plano Diretor Florestal PCJ - Plano Diretor para Recomposição Florestal Visando à Produção
de Água nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí,
Plano de Bacias 2010-2020 - Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí para o período de 2010 a 2020, com propostas de Atualizaçao do Enquadramento dos
Corpos d'Água até o ano de 2035.
CT-RN - Câmara Técnica de Proteção dos Recursos Naturais.
CBHs-PCJ - Comités das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
SMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
UGRHI - Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
PCJ - Piracicaba, Capivari c Jundiaí.
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Bacias PCJ - Bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
RMC - Região Metropolitana de Campinas
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DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE O
MUNICÍPIO DE HOLAMBRA
1. Introdução
A ocupação da Fazenda Ribeirão, área pertencente atualmeníe ao município
de Holambra, iniciou-se em 1948 com a chegada dos primeiros imigrantes
holandeses. Através do apoio do governo holandês, estes imigrantes se tornaram
proprietários de terras e produtores agropecuários.
A população de Holambra vem aumentando significativamente, mantendo seu
índice de crescimento acima do da Região Metropolitana Campinas (RMC), Os
dados mostram que o município de Holambra, entre os anos de 2000 e 2010
ostentou um crescimento bem mais intenso que o da própria RMC, mantendo, ainda
assim, uma taxa de urbanização (72,43%) significativamente mais baixa do que o da
RMC (92,83%). Este dado sugere que, apesar do forte crescimento populacional
testemunhado pelo município, houve uma parcela importante da população que
preferiu manter-se nas áreas rurais.
2. Justificativa
A escassez dos recursos hídricos nas Bacias PCJ se tornou pauta constante
nas diferentes instâncias de gestão desse recurso, sendo, portanto, necessárias
medidas que minimizem esse quadro. No manejo ambiental as florestas são
fundamentais para o equilíbrio na disponibilidade de água em bacias hidrográficas. A
presença delas em áreas de produção de água faz com que esta infiltre mais
eficientemente e seja liberada posteriormente a taxas mais constantes mediante o
escoamento básico, ao longo do ciclo hidrológico.
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Em 2005 foi elaborado o "Plano Diretor para Recomposição Florestal Visando
à Produção de Água nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí" (também chamado de Plano Diretor Florestal PCJ), que identificou as
bacias prioritárias para produção de água. Contudo, com a evolução na gestão de
recursos hídricos, novos diagnósticos e planos nos níveis municipal, regional e
estadual foram realizados e devem, portanto, ser considerados. O próprio Plano de
Bacias 2010-2020 contém informações adicionais que necessitam ser levadas em
consideração quanto a áreas prioritárias para preservação e produção de água.
Por ser o Córrego Borda da Mata o principal manancial responsável pelas
captações para abastecimento público em Holambra, é de primordial importância a
conservação e o aumento de sua capacidade hídrica.
Figura l - Vazão captada nos principais mananciais de Holambra-SP
Vazão Captada por Rio
4-210,00
40,00^^^ f̂t.
Vazão Captada por Rio |m3/dta)
i Ri beirão Pirapitingu i/CórregoG u ali m azinho
l Córrego da Glória
l Córrego da Estiva
l RioCamanducaiaou Rio daGuardinha
l Ri beirão da Cachoeira
l Córrego do João Paul mo
m Córrego da Borda da Mata(Í ncl u i ndoa q uantklade captadapara abasteci me nto público epara a cooperativa)
Fonte: Plano de Bacias (2010-2020) - PCJ
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Em 26 de Dezembro de 2005, a Prefeitura Municipal da Estância Turística de
Holambra, promulgou a Lei n° 547 que instituiu a Política Municipal de Recursos
Hídricos, Estabelece Normas e Diretrizes para a Recuperação, Preservação e
Conservação dos Recursos Hídricos e Cria o Sistema Municipal de Gerenciamento
dos Recursos Hídricos.
No escopo do projeto deverá constar a descrição e avaliação da situação de
todas as exigências constantes desta lei, em particular aqueles referentes a:
- Zoneamento
- Parcelamento e ocupação do solo
- Infra-estrutura sanitária
- Proteção de áreas especiais
- Controle da erosão do solo
- Controle do escoamento superficial das águas pluviais
- Mapeamento e avaliação dos riscos ambientais
A escassez dos recursos hídricos nas Bacias PCJ se tornou pauta constante
nas decisões político-administrativas nas diferentes instâncias de gestão das águas.
O ciclo hidrológico na Região Sudeste, onde se situam as bacias, indica que
aproximadamente 30% das precipitações ocorrem nos meses de estiagem (de abril
a setembro), quando a água se torna escassa, comprometendo ainda mais o
atendimento às demandas pelo recurso. As maiores precipitações, nos meses de
outubro a março, em torno de 70%, atendem às demandas com maior flexibilidade
na gestão.
A recuperação ecológica e a recomposição florestal são fundamentais para o
equilíbrio da disponibilidade de água ao longo do ano hidrológico nas bacias
hidrográficas. As florestas têm papel primordial na distribuição da água da chuva.
Quando a precipitação cai sobre uma área florestal, é interceptada (em média 20%)
e a água que penetra pelo dossel florestal chega ao solo com menor velocidade pelo
amortecimento na camada de serrapilheira (piso orgânico florestal). Esta água se
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infiltra no solo com maior facilidade, e em maior quantidade, devido à presença das
raízes mais profundas das árvores, e consequentemente diminui de maneira drástica
o escoamento superficial. A água infiltrada recarrega os lençóis que irão alimentar as
nascentes a taxas mais constantes, especialmente nos meses mais secos, pelo
escoamento básico.
A presença florestal evita as elevadas amplitudes de vazão devidas ao
escoamento superficial nas áreas não protegidas expostas às chuvas, escoamento
este que provoca erosões do solo e assoreamento nas calhas dos rios e
reservatórios nas áreas rurais; e também as enchentes e inundações, incluindo nos
povoamentos urbanos. Além disso, comprometem também a qualidade da água
demandando maiores custos de tratamento.
As áreas de produção de água devem ser mantidas ocupadas com florestas e
serem adequadamente manejadas para esse fim, para que possam garantir maior
equilíbrio tanto na quantidade como na qualidade das águas ao longo do ano
hidrológico.
A recarga de água dos mananciais está diretamente ligada ao uso e
ocupação do solo. A legislação que rege o uso e ocupação do solo no Brasil são os
Planos Diretores Municipais. Portanto, é necessário que estes sejam avaliados em
relação à recarga de água e que os municípios possam contar com base técnica de
gerenciamento das águas.
O plano deverá nortear ações no âmbito do município de Holambra de forma
a contribuir para aumentar a disponibilidade hídrica para captação no Ribeirão Borda
da Mata, avaliando as medidas já adotadas e orientando para novas medidas.
3. Características físicas do solo
3,1. Geologia
A região metropolitana de Campinas, onde se localiza o município de
Holambra, está situada em uma área de contato entre rochas cristalinas ácidas Pré-
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Cambrianas do Escudo Brasileiro e as rochas sedimentares das Eras Paleozóica e
Mesozóica da Bacia do Paraná, onde ocorrem também rochas intrusivas
intermediárias, como diabásio e sedimentos mais recentes.
Em Holambra, especificamente, conforme observado no Anexo 1 predomina a
Formação Itararé, que recobre as rochas Pré-Cambrianas na porção ocidental da
região de Campinas, sendo constituído por arenitos, diamictitos, ritmitos, argilitos e
conglomerados (IRRIGART, 2007).
As rochas sedimentares da Formação Itararé, de idade paleozóica,
correspondem aos depósitos glaciais continentais, glacio marinhos, deltaicos,
lacustres e marinhos. A espessura do pacote sedimentar itararé pode variar de O a
400 m, sendo mais espesso na região ocidental da Bacia Hidrográfica do PCJ.
Apresentam baixas resistências mecânicas, porém, quando cimentadas, passam a
apresentar maiores coerências e resistências.
Em uma porção menor do município é possível se observar Depósitos
Aluvionares Recentes, que constituem sedimentos de areno-argilosos a argilosos,
de coloração acinzentada a avermelhado, com níveis e lentes de areias e cascalhes,
e conglomerados, principalmente em sua base; e Suítes Graníticas Indiferenciadas e
Sintectônicas, onde se encontram agrupados granitos, granodioritos, monzogranitos
e granitoides indiferenciados, e os de composição grano dioríticas e graníticas
(IRRIGART, 2007).
3.2. Geomorfologia
Na região de estudo são reconhecidas duas províncias geo morfológica s:
Planalto Atlântico e Depressão Periférica. Nas áreas com altitude de 515 a 665 m,
como é o caso do município de Holambra, que possui um relevo relativamente
plano, suavemente ondulado, com uma altitude média de 600 m, ocorrem tipos de
relevo associados à dissecação da superfície correspondentes a: colinas amplas e
médias, colinas médias e pequenas, colinas pequenas e rampas sedimentares, de
acordo com o Anexo 2 (IRRIGART, 2007). SHS
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Estes tipos de relevo caracterizam-se pela menor dimensão das suas formas,
sendo favoráveis à agricultura e pecuária. A introdução de equipamentos agrícolas
nestes terrenos é facilitada devido às pequenas declividades, contribuindo para as
práticas intensivas de agricultura, embora este modelo de agricultura quase não seja
praticado em Holambra. Além disso, as condições topográficas favoráveis dos
terrenos sedimentares da Depressão Periférica Paulista favorecem a instalação de
malha urbana e industrial relativamente densa, como acontece nos municípios da
Região Metropolitana de Campinas (RMC). Em geral essas formas de relevo são
susceptíveis a processos erosivos dos tipos: erosão laminar, sulcos rasos e
profundos, reentalhe de cabeceira de drenagem, ravinas e voçorocas. Esses
processos intensificam-se junto às áreas de maior ocupação urbana.
3.3. Pedologia
Em Holambra é possível se observar a presença de Argissolos Vermelho-
Amarelo, na maior parte do município, e Gleissolos Háplicos, em uma pequena
porção da área, conforme apresentado no Anexo 3. Em relação ao agente de
transporte, os solos ainda podem ser classificados em residuais ou sedimentares.
Os primeiros permanecem no local de pedogênese, ou seja, permanecem no local
onde houve a decomposição da rocha, enquanto que os solos sedimentares são
aqueles que sofreram a ação de um agente de transporte, que pode ser o vento, a
água ou a gravidade. Nas várzeas dos rios Camanducaia e Jaguari, pode-se
observar a presença de solos sedimentares, pois são constituídas de solos
originários de deposições de materiais transportados pelo curso d'água ou mesmo
trazidos das encostas pelo efeito erosivo das chuvas, podendo caracterizar-se como
solos aluviais ou coluviais (CALHEIROS et. ai., 2009).
3.4. Argissolos Vermelho-Amarelo (IRRIGART, 2007):
"Os Argissolos Vermelho-Amarelo são solos minerais com horizonte B
textural, não-hidromórficos, normalmente com argila de atividade baixa e são bem a
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moderadamente bem drenados. São solos em sua maioria de fertilidade natural
baixa/média, usualmente profundos que apresentam sequência de horizontes do tipo
A, B e C, cuja espessura não excede a 200 cm. Estão situados em áreas de relevo
ondulado a forte ondulado, ocorrendo também em menor proporção em relevo
suave, ondulado e montanhoso.
Os solos presentes na região de estudo são os Argissolos Vermelho-Amarelo
Eutrófícos (solos com saturação por bases igual ou superior a 50%) e Distróficos
(solos com saturação por bases inferior a 50%)".
3.5. GleissolosHáplicos (IRRIGART, 2007):
"GleissoloHãplico (GX) Compreende solos hidromórficos, mal drenados, isto
em função do lençol freático permanecer pouco profundo durante todo o ano. Na
área em estudo, ocorrem GleissolosHáplicos distrófícos e eutróficos.
São poucos desenvolvidos e geralmente apresentam sequência de horizontes
A e Cg ou A(B)g e Cg, sendo o subscrito g indicativo de presença de gleização. No
horizonte A, o teor de carbono orgânico é mais elevado que nos outros horizontes,
em virtude do acúmulo de matéria orgânica proveniente da decomposição dos
vegetais.
São originados de sedimentos argilo-siltosos e ocorrem em áreas planas, das
várzeas dos rios de maior expressão.
O aproveitamento desse solo para fins agrícolas requer drenagem para
manter o lençol freático em nível adequado, correção da acidez e adubação.
São solos inadequados para a construção de aterros sanitários e como local
para recebimento de efluentes pela inexpressiva zona de aeração e a facilidade de
contaminação dos aquíferos".
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4. Rede de Drenagem
O município de Holambra encontra-se inserido na Bacia Hidrográfica do
Paraná, na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos UGRHI 05,
conhecida como PCJ, sigla que corresponde aos principais rios dessa UGRHI,
Piracicaba, Capivari e Jundiaí, conforme indicado na Figura 2 Ressalta-se que
Holambra faz parte dos municípios que estão totalmente inseridos na UGRHI 5.
A área de abrangência das Bacias PCJ compreende um recorte espacial que
possui área de 15.303,67 km2, sendo 92,6% no Estado de São Paulo e 7,4% no
Estado de Minas Gerais (MG). Situa-se entre os meridianos 46° e 49° O e latitudes
22° e 23,5° S, apresentando extensão aproximada de 300 km no sentido Leste-
Oeste e 100 km no sentido Norte-Sul.
No estado de São Paulo, as Bacias PCJ, todas afluentes do rio Tietê,
estendem-se por 14.137,79 km2, sendo 11.402,84 km2 correspondentes á Bacia do
rio Piracicaba, 1.620,92 km2 à Bacia do Rio Capivari e 1.114,03 km2 à Bacia do Rio
Jundiaí. Em termos hidrográficos, são sete sub-bacias principais que compõem o
PCJ: a sub-bacia do próprio rio Piracicaba e as de seus afluentes, os rios
Corumbataí, Atibaia, Camanducaia e Jaguari, sendo que nessa última está inserido
o município de Holambra, e, ainda, as áreas que correspondem às drenagens dos
rios Capivari e Jundiaí.
O potencial de recursos hídricos superficiais das bacias que compõem a
UGHRI-PCJ não está, em sua totalidade, à disposição para uso na própria região,
pois uma parcela substancial é revertida, através do Sistema Cantareira, para a
bacia do Alto Tietê. Esse sistema é o principal produtor de água potável da Região
Metropolitana de São Paulo - RMSP, sendo responsável pelo abastecimento de
grande parte de sua população.
Na área da UGRHI-PCJ, o Sistema Cantareira conta com reservatórios de
regularizações nos rios Atibainha e Cachoeira, na sub-bacia do rio Atibaia, e nos rios
Jacareí/Jaguari, na sub-bacia do rio Jaguari.
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Figura 2 - Vazões disponíveis e seus respectivos saldos por sub-bacia
Vazões (mVs)
Sub-bacia
At toai aCamanducaia
Corumbatal
J agua n
Piracicaba
Total Piracicaba
Capivan
Jundiaf
Í̂PÕ
Qd«pon*«l
8,543.504,707,208,16
32.10
2,383.50
37,98
Captações1
10,780,903.016,727,14
28,55
3,734,63
36,92
2014
Lançamentos
6,410,411,251-725,66
15,45
2,832,34
20,61
Saldo Captações1
4,163,012,93
2. :5
6,68
18.97
1,481.21
21,67
11.210,953,206,877.87
30.10
3,965,45
39,51
2020
Lançamentos
7,020,481,27' ,8'
5,90
16,48
3,062,55
22.08
Saldo
4,353,022,772,146,19
18,47
1,480.59
20,55
1 Và/ores relativos á parecia das demandas atendidas por mananciais superficiais.
Fonte: Plano de Bacias - PCJ
4. L Rio Jaguari
O rio Jaguari, afluente do rio Piracicaba, é um dos principais rios que passam
pela cidade de Holambra, juntamente com seus afluentes, os rios Camanducaia e
Pirapitingui. O rio Jaguari exerce, juntamente com o rio Atibaia, importante papel no
reforço do abastecimento público da RMSP, já que ambos contribuem com a
reversão de 31 m3/s.
Dentre os rios mencionados, os rios Jaguari e Camanducaia foram avaliados
pela CETESB quanto à qualidade de suas águas, de acordo com alguns indicadores
apresentados no relatório de "Qualidade das Águas Superficiais no Estado de São
Paulo" (2011). Destaca-se entre os indicadores avaliados, o índice de Qualidade da
Água - IQA e o índice de Qualidade de Água Bruta para Fins de Abastecimento
Público - IAP, cujas situações obtidas são apresentadas a seguir.
O rio Jaguari possui 9 (nove) pontos de amostragem no seu curso principal,
dentre os quais 5 são utilizados para monitorar a qualidade da água para fins de
abastecimento público. Os valores observados são:
• IQA - 8 (oito) pontos de amostragem com qualidade considerada "boa",
e 1(um) ponto de amostragem considerado "regular".
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« IAP - 2 (dois) pontos de amostragem com qualidade considerada
"boa", 1(um) ponto de amostragem com qualidade considerada
"regular" e 2 (dois) pontos considerados com qualidade "ruim".
Dos pontos observados, os que se encontram próximos a Holambra
(montante e jusante do município) apresentam a seguinte situação:
• IQA do ponto a montante: qualidade considerada "boa".
• IQA do ponto a jusante: qualidade considerada "boa".
• IAP do ponto a jusante: qualidade considerada "ruim".
A montante do município de Holambra, próximo à cidade de Jaguariúna, o Rio
Jaguari apresenta qualidade considerada "regular" para o índice de Qualidade de
Água Bruta para Fins de Abastecimento Público.
4.2. Rio Camanducaia
O rio Camanducaia possui 5 (cinco) pontos de amostragem no seu curso
principal, dentre os quais 1 (um) é utilizado para monitorar a qualidade da água para
fins de abastecimento público. Os valores observados são:
• IQA - 5 (cinco) pontos de amostragem com qualidade considerada
"boa".
• IAP - 1 (um) ponto de amostragem com qualidade considerada "ruim".
Dos pontos observados, o que se encontra próximo a Holambra (montante do
município) apresenta a seguinte situação:
• IQA do ponto a montante: qualidade considerada "boa".
• IAP do ponto único ponto considerado, situado próximo ao município
de Amparo: qualidade considerada "ruim".
•-.
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Segundo o mesmo relatório, o corpo receptor dos esgotos do município de
Holambra é o ribeirão Cachoeira.
Com relação à utilização de manancial para abastecimento urbano de água,
Holambra possui situação de abastecimento considerada satisfatória pela Agência
Nacional das Águas-ANA (2012), considerando como cenário o ano de 2015.
Figura 3-Avaliação da oferta e da demanda de água no município de Holambra-SP
MaruncuK
Córrego Borda da Mata /Mini Praia(Ponto I), Poço Mini Praia
Córrego Borda da Mata/Mm Praia(Ponto!)
Poço Sto António e Poço Escoínha
Sistema
Mini Praia Profettura
Mrt Praia Cooperativa
2 Poços Holambra
Participação noabastecimento do
município
50%
«%
j 2%
Situação(até 2015)
Satisfatória
Satisfatória
Satisfatória
Outros Munidpta» atendidos
-
Fonte: Atlas Brasil, Abastecimento Urbano de Água. ANA (2012)
No que diz respeito à demanda de água por tipo de uso na sub-bacia do
Baixo-Jaguarí, onde o município de Holambra está inserido, apresenta-se a situação
mostrada na Figura 4.
Figura 4 - Demanda de água por tipo de mós nas bacias PC J - UGRHI05
Usos Demanda (m*/s) 07,10 índice de estadocrítico
Doméstico
Industrial
Irrigação
AquiculturaPecuária
MineraçãoSubtotal
1,670
2,617
0,240
0,035
0,001
4,563 2,26 201,90
Fonte: Carmo e Hogan (2010)
.
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Observa-se que não há recursos hídricos superficiais suficientes para atender
à demanda de água nos períodos de estiagem, podendo-se, então, considerar o
armazenamento de água dos rios e da chuva em períodos de abundância.
Após o exposto, pode-se concluir que a região da UGRHI 5 Bacia
Hidrográfica do Rio Piracicaba, Capivari e Jundiaí é considerada crítica do ponto de
vista do uso de recurso hídrico superficial para abastecimento. Isso ocorre em
função da escassez do recurso superficial por limitações da bacia hidrográfica dos
rios Piracicaba e Capivari, em comportar a demanda local, além do fornecimento
desta água para o Sistema Cantareira de São Paulo. Além disso, a qualidade das
águas superficiais tem sido deteriorada ao longo do tempo por falta de tratamento de
esgotos domésticos urbanos.
5. Áreas degradadas e contaminadas
O Plano de Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (COBRAPE, 2011}
indica como áreas degradadas aquelas que sofrem possuem processos erosivos,
contaminação, inundação e mineração. Ainda de acordo com a COBRAPE (2011),
no município de Holambra, não há ocorrência de erosão e processos ativos de
mineração. No município, há três pontos críticos de inundação que são: a região do
loteamento Chácaras de Recreio Danúbio Azul, região do loteamento Chácaras
Camanducaia e na região do extremo norte do município.
Uma área é considerada contaminada quando, após uma investigação
confirmatória, são detectados valores de concentrações de contaminantes
superiores aos valores de intervenção estabelecidos pela Companhia Ambiental do
estado de São Paulo (CETESB) através do "Relatório de Estabelecimento de
Valores Orientadores para Solos e Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo"
(CETESB, 2001) ou a presença de fase livre do contaminante (gasolina, solvente
etc.).
Em 2011, a CETESB publicou uma relação de áreas contaminadas no Estado
de São Paulo, no qual é relatada contaminação em duas áreas no município de
Holambra, ambas devido a postos de combustível localizados na Avenida Rota dos