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P 1 L P Gestão de Resíduos P M G I R S

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Gestão de Resíduos

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Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 www.ietsp.com.br e-mail - [email protected]

028/2018 São Paulo, 23 de julho de 2018.

À SEPLAG – Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão Juiz de Fora – MG

At. Eng. Willian Gonçalves Ribeiro de Castro Supervisor de Saneamento Departamento de Articulação e Integração das Políticas de Setoriais – DAIPS

Ref.: Produto 1 – Legislação Preliminar

Prezado Senhor

Tal como estabelecido em contrato, encaminhamos-lhe a versão Final do Pro-

duto 1 – Legislação Preliminar, após a retificação do Produto de acordo com a

análise realizada pelo GT Executivo do PMGIRS/JF e pela Caixa Econômica Fe-

deral. Conforme o Contrato n° 01.2018.059, o referido Relatório é apresentado

em 2 (duas) vias impressas, e 2 (duas) vias digitais, em CDs.

Colocamo-nos à sua disposição para esclarecimentos.

Atenciosamente

Urb. Tarcísio de Paula Pinto Responsável Técnico

I&T – Informações e Técnicas em Construção Civil Ltda.

CNPJ 69.101.889/0001/08 Inscrição Estadual – Isento

Rua Francisco Perrotti, 421 Jardim Ademar, São Paulo SP CEP 05531-000

Fone (11) 3742-0561

PREFEITURA DE JUIZ DE FORA

Antônio Almas

Prefeito

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG

Argemiro Tavares Junior

Secretário

Renata Goretti Piedade

Subsecretária de Planejamento do Território

Lívia Delgado Rodrigues

Gerente do Departamento de Integração e Articulação

de Políticas Setoriais

William Gonçalves Ribeiro de Castro

Supervisor de Saneamento

DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA - DEMLURB

Marcel Fernandes Lima

Diretor Geral

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE - SMA

Luís Cláudio Santos Pinto

Secretário de Meio Ambiente

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL - SDS

Tammy Angelina Mendonça Claret

Secretária de Desenvolvimento Social

SECRETARIA DE ATIVIDADES URBANAS - SAU

Eduardo Pompeiano Facio

Secretário de Atividades Urbanas

GRUPO TÉCNICO EXECUTIVO – PMGIRS

Portaria 9.657/2017

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG JF

William Gonçalves Ribeiro de Castro (Gestor do Grupo)

Filipe Santiago dos Reis (Fiscal do Contrato)

Maria Auxiliadora Ramos Vargas

Telma Souza Chaves

DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA – DEMLURB

Gisele Pereira Teixeira (Gestora Substituta)

Marco Aurélio Miguel Silva

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO

SOCIAL - SDS

Fernanda Barbosa dos Santos

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE - SMA

Juliana Coutinho Adalla Guiseline

SECRETARIA DE ATIVIDADES URBANAS -

SAU

Edson Rodrigues da Costa

Consultoria:

EQUIPE TÉCNICA - I&T Gestão de Resíduos

Tarcísio de Paula Pinto Coordenador Geral

Wanderley Macedo dos Anjos Gerente do Projeto

Carlos Henrique Melo

Engenheiro

Marcelo A. da Costa Silva

Comunicação

José Antonio R. de Lima

Especialista em Resíduos

Marcos Paulo M. Araújo

Advogado

Alexandre Lalau Guerra

Economista

Maria Stella Magalhães Gomes Arquiteta - Apoio técnico

Piero Pucci Falgetano Geógrafo - Apoio técnico

Rafael Guiti Hindi Geógrafo - Apoio técnico

Marisa Vieira de Jesus Analista administrativa

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 4 e-mail - [email protected]

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE

JUIZ DE FORA

PRODUTO 1 - LEGISLAÇÃO PRELIMINAR

Sumário

APRESENTAÇÃO............................................................................................11

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................11

2 LEGISLAÇÃO FEDERAL ..........................................................................13

2.1 Constituição Federal ...........................................................................13

2.2 Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ...................................15

2.3 Lei das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico ....................19

2.4 Política Nacional sobre Mudança do Clima .........................................23

2.5 Lei Federal dos Consórcios Públicos ..................................................24

2.6 Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) ......................................25

2.7 Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) ..............................26

2.8 Estatuto da Cidade ..............................................................................27

2.9 Decreto 5.940/2006 – Coleta Seletiva Solidária em Órgão Públicos ...27

2.10 Resoluções .........................................................................................28

2.10.1 Resolução Conama 5 de 1993 ................................................ 28

2.10.2 Resolução Conama 307 de 2002 ............................................ 28

2.10.3 Resolução Conama 358 de 2005 ............................................ 30

2.10.4 Resolução Conama 401 de 2008 ............................................ 31

2.10.5 Resolução Conama 416 de 2009 ............................................ 31

2.10.6 Resolução Conama 465 de 2014 ............................................ 32

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 5 e-mail - [email protected]

2.10.7 Resolução Conama 481 de 2017 ............................................ 32

2.10.8 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Anvisa 222 de 2018 . 33

2.11 Resolução Conama 362 de 2005 ........................................................34

2.12 Legislações a serem observadas ........................................................35

3 LEGISLAÇÃO ESTADUAL .......................................................................45

3.1 Política Estadual de Saneamento Básico ............................................45

3.2 Política Estadual de Resíduos Sólidos ................................................47

3.2.1 Arranjos Territoriais Ótimos (ATOs) ........................................ 49

3.3 Política Estadual de Reciclagem de Materiais (PERM) .......................50

3.4 Política Estadual de Apoio e Incentivo à Coleta Seletiva de Resíduos

Sólidos .........................................................................................................52

3.5 Decreto 45.137/2009 – Sistema Estadual de Informações sobre

Saneamento .................................................................................................52

3.6 Bolsa Reciclagem ...............................................................................53

3.7 Decreto 624/2016 – Grupo de Trabalho para desenvolvimento da Cadeia

Produtiva de Reciclagem ..............................................................................54

3.8 Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo ....................................55

3.9 Política Estadual de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e

Gordura de Origem Vegetal ou Animal de Uso Culinário ..............................55

3.10 Decreto 47.347/2018 - Estatuto da FEAM ...........................................56

3.11 Decreto 47.365/2018 - Organização da SECIR ...................................59

4 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL .......................................................................60

4.1 Política Urbana Municipal, Resíduos Sólidos e Saneamento Básico ...61

4.1.1 Lei Orgânica (LOM) ................................................................ 61

4.1.2 Código de Posturas e sua regulamentação ............................. 62

4.1.3 Lei 9.811/2000 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano ... 69

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 6 e-mail - [email protected]

4.1.4 Uso e Parcelamento do Solo ................................................... 71

4.1.5 Decreto 11.878/2014 - Plano Municipal de Saneamento Básico

(PSB) 78

4.2 Legislação Sanitária e RSS .................................................................81

4.2.1 Código Sanitário ..................................................................... 81

4.2.2 Lei 7.688/1990 – Procedimentos Relativos ao Lixo Hospitalar . 83

4.2.3 Taxa de Coleta de Lixo Hospitalar (TCLH) .............................. 84

4.2.4 Lei 12.192/2010 – Coleta, Transporte, Armazenagem, Tratamento

e Destinação Final de RSS ................................................................. 84

4.3 Legislação Ambiental ..........................................................................85

4.3.1 Código Ambiental ................................................................... 85

4.3.2 Sistema Municipal de Meio Ambiente ...................................... 86

4.3.3 Comdema e suas Deliberações ............................................... 86

4.4 Lei 11.232/2006 – Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos (TCRS) ........89

4.5 Cobrança de Preço Público Decorrente da Prestação de Serviços de

Coleta de Resíduos Produzidos pelos Grandes Geradores ..........................90

4.6 Catadores, suas Organizações e Incentivo a Coleta Seletiva .............91

4.6.1 Decreto 9.598/2008 – Concessão de Permissão de Uso

ASCAJUF ........................................................................................... 91

4.6.2 Declaração de Utilidade Pública da ASCAJUF ........................ 91

4.6.3 Declaração de Utilidade Pública da APARES .......................... 91

4.6.4 Permissão de uso ALICER ...................................................... 91

4.6.5 Lei 13.427/2016 – Programa Pro-reciclar ................................ 91

4.7 Organização dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos

Sólidos .........................................................................................................92

4.7.1 Seplag – Planejamento ........................................................... 92

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 7 e-mail - [email protected]

4.7.2 Demlurb – Prestação dos Serviços ......................................... 97

4.7.3 SAU – Fiscalização ............................................................... 101

4.7.4 Regulação ............................................................................ 103

4.7.5 Outras Funções .................................................................... 103

4.8 Legislação Orçamentária .................................................................. 104

4.9 Lei Orçamentária Anual (LOA) .......................................................... 104

4.10 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ............................................. 106

4.11 Plano Plurianual ................................................................................ 107

4.12 Outras leis e decretos a serem considerados .................................... 109

Lista de Figuras

Figura 1 - Integração da Política Nacional de Resíduos Sólidos com outras

legislações correlatas .......................................................................................12

Figura 2 - Ordem de prioridade na gestão de resíduos ....................................17

Figura 3 – Classificação de Resíduos de Construção Civil ..............................29

Figura 4 - Classificação dos Resíduos de Serviço de Saúde ...........................30

Figura 5 - Arranjo territorial Ótimo 45 ...............................................................50

Figura 6 - Destaque da Subsecretaria de Planejamento do Território ..............94

Figura 7 – Organograma SEPLAG ...................................................................95

Figura 8 - Organograma simplificado Demlurb .................................................99

Figura 9 - Organograma do Demlurb ............................................................. 100

Figura 10 - Organograma da Secretaria de Atividades Urbanas .................... 102

Lista de Mapas

Mapa 1 – Unidades Territoriais (UT) do Município de Juiz de Fora ..................74

Mapa 2 – Divisão Territorial Segundo a Lei de Uso e Ocupação do Solo.........75

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 8 e-mail - [email protected]

Lista de Tabelas

Tabela 1 - Metas quantitativas para indicadores de resíduos ...........................80

Tabela 2 - Orçamento Secretaria de Planejamento e Gestão ........................ 104

Tabela 3 - Gastos previstos para o Demlurb na LOA 2018 ............................ 105

Tabela 4 – Destaque do orçamento do Demlurb na LOA 2018 ...................... 105

Tabela 5 - Orçamento Secretaria de Atividades Urbanas ............................... 106

Tabela 6 - Programas do PPA que incluem resíduos sólidos ......................... 107

Tabela 7 – Ação voltada aos resíduos sólidos no Programa “JF + Infraestrutura”

....................................................................................................................... 107

Tabela 8 – Ações voltadas aos resíduos sólidos no Programa “JF + Sustentável”

....................................................................................................................... 108

Lista de Siglas

ALICER – Associação Lixo Certo

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APARES – Associação de Catadores de Papel e Resíduos Sólidos de Juiz de

Fora

ASCAJUF – Associação Municipal dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais

Reaproveitáveis de Juiz de Fora

ATO – Arranjo Territorial Ótimo

COMDEMA - Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente

COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental

DAIPS – Departamento de Articulação e Integração de Políticas Setoriais

DEMLURB – Departamento Municipal de Limpeza Urbana

DFA – Departamento de Fiscalização Ambiental

DFAU – Departamento de Fiscalização de Obras, Atividades Econômicas e

Urbanas

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 9 e-mail - [email protected]

DLA – Departamento de Licenciamento Ambiental

DLU - Departamento de Licenciamento de Obras e Parcelamento Urbano

DVISA – Departamento de Vigilância Sanitária

FEAM - Fundação Estadual de Meio Ambiente

GEE – Gás de Efeito Estufa

LDO – Lei de Diretrizes Orçamentária

LOA – Lei Orçamentária Anual

LOM – Lei Orgânica Municipal

MCidades - Ministério das Cidades

PGRSS – Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde

PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental

PNMA – Política Nacional de Meio Ambiente

PNMC – Política Nacional sobre Mudança do Clima

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos

PPA – Plano Plurianual

RCC – Resíduos de Construção Civil

RSD – Resíduos Sólidos Domiciliares

RSS – Resíduos de Serviço de Saúde

SAU – Secretaria de Atividades Urbanas

SECIR – Secretaria de Cidades e de Integração Regional

SEPLAG – Secretaria de Planejamento e Gestão

SIMAD – Sistema Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

SINISA – Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico

SMA – Secretaria de Meio Ambiente

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 10 e-mail - [email protected]

SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SNSA – Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

SS – Secretaria da Saúde

SSPLAT – Subsecretaria de Planejamento do Território

SSVS – Subsecretaria de Vigilância em Saúde

SUSAN – Supervisão II de Saneamento

TCRS – Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Quadro de Revisões

Versão e data Alterações solicitadas Providência

P1-LEGISLAÇÃO

PRELIMINAR rev1.docx

(14/06/2018)

Abordar os capítulos da Constituição Federal que tratam

da questão do meio-ambiente e que irão dar origem ao

arcabouço legal federal na área de resíduos sólidos.

Abordado no Item 2.1

No caso da Legislação Estadual, abordar o Plano

Preliminar de Regionalização para Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos Urbanos (PRE - RSU), que divide o

Estado de Minas Gerais em agrupamentos de municípios,

denominado Arranjos Territoriais Ótimos (ATOs). Esse

Plano foi desenvolvido com base na Lei Federal

11.107/2017, que trata dos consórcios municipais.

Abordado no Item

3.2.1

Em relação à Legislação Municipal, faltou abordar a Lei de

Uso e Parcelamento do Solo.

Abordado nos Itens

4.1.4.1 e 4.1.4.2

Ainda sobre a Legislação Municipal, há no documento a

informação de que a análise do Plano de Saneamento será

efetuada em momento oportuno. Entretanto, o momento

para tratar desse assunto é no Produto I.

Abordado no Item

4.1.5

Solicitamos atenção ao tamanho dos organogramas, o

tamanho da fonte utilizada não permite a leitura de todos

os itens

Todos os

organogramas foram

aumentados.

P1-LEGISLAÇÃO

PRELIMINAR rev2.docx

(18/07/2018)

Adequações na Lei de Parcelamento do Solo e na Lei de

Uso e Ocupação do Solo

Abordado nos Itens

4.1.4.1 e 4.1.4.2

P1-LEGISLAÇÃO

PRELIMINAR rev3.docx

(20/07/2018)

Versão Atual Versão Atual

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE

JUIZ DE FORA

PRODUTO 1 - LEGISLAÇÃO PRELIMINAR

APRESENTAÇÃO

O presente documento é elaborado no âmbito do Contrato 01.2018.059, firmado

entre a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, por meio da Secretaria Municipal

de Planejamento – Seplag, e a I&T – Informações e Técnicas em Construção

Civil Ltda., cujo objeto é a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos de Juiz de Fora (PMGIRS).

O projeto insere-se no âmbito do Contrato de Transferência de Recursos n°

0.487.807-42/2017 entre a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora e a Associação

Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – AGEVAP.

O PMGIRS ancora-se na Lei Federal 12.305/2010 e na Lei Federal 11.445/2007,

que, respectivamente, instituíram a Política Nacional de Resíduos Sólidos e as

Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico. A elaboração do PMGIRS

também estará em consonância com a Política Nacional sobre Mudanças do

Clima, instituída pela Lei Federal 12.187/2009, e com a Lei Estadual

18.031/2009, que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos de Minas

Gerais, além de outras legislações afetas ao tema, como as Políticas Nacional e

Estadual de Meio Ambiente e as de Educação Ambiental.

1 INTRODUÇÃO

O Manual de Referência: Elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos, produzido pela AGEVAP, define as diretrizes para a

elaboração do Plano e o conteúdo mínimo que este deve observar, baseado no

artigo 19 da Lei Federal 12.305/2010.

Neste sentido, este Produto 1 – Legislação Preliminar está estruturado como

determinado no Manual de Referência. Seu objetivo é fazer um levantamento

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 12 e-mail - [email protected]

detalhado da legislação – federal, estadual e municipal – que possa ter impacto

na elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

Juiz de Fora, bem como discutir sua inter-relação com as políticas municipais

relacionadas aos resíduos sólidos e ao saneamento básico.

Apresenta-se a seguir a estrutura deste documento.

No Item 2 são abordadas as legislações federais indicadas no Manual de

Referência, além de leis, decretos, e outros, mais recentes ou que, ainda que

não mencionados no referido Manual, guardam algum tipo de relação com o

tema e que precisam ser consideradas para a elaboração do PMGIRS.

Figura 1 - Integração da Política Nacional de Resíduos Sólidos com outras legislações correlatas

Fonte: AGEVAP, 2014

De forma similar, aborda-se no Item 3 a legislação estadual, que certamente terá

influência na elaboração do Plano, sobretudo a Política Estadual de Resíduos

Sólidos, que traz diretrizes para este setor.

O Item 4, por sua vez, traz a análise da legislação municipal afeta ao tema e sua

repercussão nas “políticas urbana, industrial, tecnológica e de comércio exterior,

bem como com as que promovem a inclusão social”. Avançando para uma

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 13 e-mail - [email protected]

compreensão de toda a legislação municipal relacionada aos resíduos sólidos,

estão incluídas as legislações orçamentárias, tais como a LOA, a LDO e o PPA.

Estabeleceu-se como linha de corte, em relação às legislações que deveriam ou

não ser alvo de análise deste Produto, os diplomas legais, já sancionados, cujo

teor impactará diretamente na elaboração do PMGIRS de Juiz de Fora. Desta

forma, normas que que ainda estão em discussão nos legislativos, embora tenham

relevância para o tema, não foram analisadas, no entanto, estes diplomas terão

espaço no Produto 3 – Diagnóstico Municipal Participativo.

2 LEGISLAÇÃO FEDERAL

Neste tópico é apresentada a legislação federal que trata do tema do

saneamento básico, com destaque para os resíduos sólidos, bem como a

legislação ambiental. O objetivo do tópico é identificar o arcabouço legal afeto ao

tema e seu impacto para a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos de Juiz de Fora.

2.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 foi promulgada em 5

de outubro de 1988, tornando-se, a partir daí a lei suprema do país.

Neste produto, importa abordar os artigos consagrados pela Assembleia

Constituinte, que guardam relação com o tema dos resíduos sólidos. Não há, no

entanto, artigos que tratam diretamente dos resíduos sólidos, porém faz-se uma

análise dos artigos que tratam das questões ambientais, o quais poderão ter

repercussão no PMGIRS de Juiz de Fora.

A Constituição Federal traz um capítulo exclusivo sobre o meio ambiente, trata-

se do Capítulo IV do Título VIII – Da Ordem Social, algo que não ocorria nas

constituições anteriores e que também contribuiu para que a Constituição

Federal de 1988 seja considerada como moderna e progressista.1

1 BENJAMIN, Antônio Herman et al. O meio ambiente na Constituição Federal de 1988. Desafios do direito ambiental no século XXI: estudos em homenagem a Paulo Affonso Leme Machado. São Paulo: Malheiros, 2005.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 14 e-mail - [email protected]

Nos dizeres do Ministro Eros Graus2, a Constituição tal como estabelecida:

Dá vigorosa resposta às correntes que propõem a exploração predatória dos recursos naturais, abroqueladas sobre o argumento, obscurantista, segundo o qual as preocupações com a defesa do meio ambiente envolvem proposta de 'retorno à barbárie.

Um importante direito é estabelecido no Art. 225 da Constituição Federal, qual

seja o direito ao “meio ambiente ecologicamente equilibrado”, mas também é

imposto ao “Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo

para as presentes e futuras gerações”.

Além disso, a Carta Magna estabelece no parágrafo 1º do mesmo artigo as

incumbências do Poder Público para a garantia deste direito, cujos principais são

destacados a seguir.

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

Também é importante destacar o parágrafo 2º do Art. 225, que determina a

responsabilidade daquele que explora recursos minerais de recuperar o meio

ambiente degradado.

Destaca-se ainda o parágrafo 3º do mesmo artigo, que trata das atividades

lesivas ao meio ambiente, que traz a seguinte redação:

As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais

2 GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988:(interpretação e crítica). Malheiros, 2003 apud BENJAMIN, Antônio Herman et al. O meio ambiente na Constituição Federal de 1988. Desafios do direito ambiental no século XXI: estudos em homenagem a Paulo Affonso Leme Machado. São Paulo: Malheiros, 2005.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 15 e-mail - [email protected]

e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Convém salientar, que apesar de a Constituição Federal abordar o tema do meio

ambiente de forma bastante detida no Art. 225, não apenas neste artigo o tema

é tratado, estando presente ao longo de toda a Carta Magna.

É o exemplo do disposto na alínea LXXIII do artigo 5º, que trata dos Direitos e

Deveres Individuais e Coletivos, onde é dada a prerrogativa a qualquer cidadão

para o ingresso de ação popular para anular ato lesivo ao meio ambiente.

A alínea VI do artigo 23, por sua vez, determina que “é competência comum da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (...) proteger o meio

ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas”.

Além disso, no artigo 186 está estabelecido os critérios para o cumprimento da

função social da propriedade rural, dentre os quais está elencada, na alínea II, a

“utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio

ambiente”.

Observa-se, pois que a Assembleia Constituinte, a partir de exemplos

internacionais, não se furtou de inserir na Constituição Federal tema tão

importante quanto o meio ambiente, dando o destaque e o enfoque necessários.

2.2 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS)

Em 10 de agosto de 2010, foi sancionada a Lei 12.305, que instituiu a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e

instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao

gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades

dos geradores e do Poder Público, e aos instrumentos econômicos aplicáveis; o

País definiu enfim uma base legal para a gestão dos resíduos sólidos.

A Lei, regulamentada pelo Decreto 7.404 de 23 de dezembro de 2010, estende

a responsabilidade sobre a destinação de resíduos sólidos para todos os

geradores, como indústrias, empresas de construção civil, hospitais, portos e

aeroportos. A PNRS trata da responsabilidade ambiental sobre os resíduos e

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 16 e-mail - [email protected]

estabelece ao gerador a responsabilidade pela destinação final. A política

pública define obrigações e deveres de cada setor e cada cidadão.

A lei proporciona avanços para a ampliação da recuperação de resíduos e cria

instrumentos para remediar e eliminar os lixões, além de instituir a

responsabilidade compartilhada no manejo dos resíduos sólidos.

Como se pode constatar no art. 1º, §1º, a obrigação de observância dos termos

da Lei é tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas.

Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis direta ou indiretamente pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento dos resíduos sólidos.

Fazem parte da Política Nacional o plano nacional de resíduos sólidos; os planos

estaduais de resíduos sólidos; os planos microrregionais de resíduos sólidos e os

planos de resíduos sólidos de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas; os

planos intermunicipais de resíduos sólidos; os planos municipais de gestão

integrada de resíduos sólidos e os planos de gerenciamento de resíduos sólidos.

Tais instrumentos, além de serem muitas vezes condição para acesso a recursos

da União, devem possuir conteúdos mínimos (artigos 15, 17, 19 e 21), tais como:

diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; proposição de cenários;

metas de redução, reutilização e reciclagem; metas para a eliminação e

recuperação de lixões, associadas à inclusão social; normas e condicionantes

para o acesso a recursos federais e estaduais; identificação de possibilidades de

implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas; mecanismos para a

criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos

resíduos sólidos; programas e ações de educação ambiental que promovam a

não-geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos, conforme

disposto no Art. 9º e ilustrado na Figura 2; descrição do empreendimento ou

atividade; diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo

a origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos

ambientais a eles relacionados; ações preventivas e corretivas a serem

executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes etc.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 17 e-mail - [email protected]

Figura 2 - Ordem de prioridade na gestão de resíduos

Fonte: I&T

O plano de gerenciamento de resíduos sólidos deverá ser elaborado pelos

geradores de resíduos dos serviços de saneamento básico, das indústrias, dos

serviços de saúde, de mineração, da construção civil, de terminais portuários e

aeroportuários e outras instalações ligadas aos serviços de transporte, também

por estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços e os que gerem

resíduos perigosos e de atividades agrosilvopastoris.

São conceitos importantes deste instituto legal a responsabilidade compartilhada

(Art.30) e a logística reversa (Art.33).

O primeiro estabelece o conceito de responsabilidade compartilhada em relação

à destinação de resíduos. É um conjunto de atribuições, onde cada integrante

da cadeia produtiva, de forma individualizada e encadeada, abrangendo os

fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores

ficarão responsáveis, junto com os titulares dos serviços públicos de limpeza

urbana e manejo dos resíduos sólidos pelo ciclo de vida dos produtos desde a

matéria-prima, passando pelo processo produtivo e pelo consumo, até a

disposição final. Busca a minimização do volume de resíduos sólidos e rejeitos

gerados, bem como a redução dos impactos causados à saúde humana e à

qualidade ambiental decorrentes do processo produtivo.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 18 e-mail - [email protected]

A lei determina que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes

invistam no desenvolvimento, na fabricação e na colocação no mercado de

produtos que sejam aptos à reutilização e reciclagem, e que sua fabricação e

uso gerem a menor quantidade possível de resíduos sólidos.

O segundo conceito é um instrumento de desenvolvimento econômico e social,

caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a

viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para

reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra

destinação final ambientalmente adequada. A lei estabelece a estruturação de

sistemas de logística reversa para que os resíduos de um produto colocado no

mercado façam um “caminho de volta” após seu uso.

Ficam obrigados a praticá-la, além dos fabricantes, importadores, distribuidores

e comerciantes de agrotóxicos (seus resíduos e suas embalagens), os

fabricantes de pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes (seus resíduos e suas

embalagens), lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz

mista, produtos eletroeletrônicos e seus componentes e produtos

comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro.

Ainda na esteira da responsabilidade compartilhada, a Política Nacional de

Resíduos Sólidos determina, em seu Art. 36, que o titular dos serviços de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos deve estabelecer formas de

reaproveitamento dos resíduos oriundos dos serviços públicos de limpeza

urbana, além de estabelecer sistema de coleta seletiva dos resíduos

domiciliares, inclusive com a implantação de sistema de compostagem para os

resíduos sólidos orgânicos.

No art. 44, abre-se a possibilidade de concessão de incentivos fiscais,

financeiros e creditícios para empresas e entidades dedicadas à limpeza urbana

e atividades a ela relacionadas e para projetos relacionados à responsabilidade

pelo ciclo de vida dos produtos.

Recentemente, o Decreto 9.177 de 23 de outubro de 2017, regulamentou o artigo

33 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecendo

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Normas para assegurar a isonomia na fiscalização e no cumprimento das obrigações imputadas aos fabricantes, aos importadores, aos distribuidores e aos comerciantes de produtos, seus resíduos e suas embalagens sujeitos à logística reversa obrigatória.

O Decreto determina que os fabricantes, os importadores, os distribuidores e os

comerciantes de produtos, seus resíduos e suas embalagens sujeitos a logística

reversa e não signatários de acordo setorial, são obrigados a implantar sistema

de logística reversa nos termos do acordo setorial firmado.

A legislação estabelece, ainda, que caso haja alteração no acordo setorial,

gerando termo aditivo, os não signatários ficam obrigados a cumprir a

determinação do termo aditivo.

O Decreto traz a possibilidade dos não signatários de acordos setoriais firmarem

termos de compromisso próprios com a União.

O descumprimento dos acordos setoriais ou termos de compromissos, de acordo

com o Art. 5º, sujeita à aplicação “aos signatários, aos aderentes e aos não

signatários as penalidades previstas na legislação ambiental”.

Por fim, o Decreto incumbe os “órgãos executores, seccionais e locais do

Sistema Nacional do Meio Ambiente” a fiscalização do cumprimento dos acordos

setoriais ou termos de compromisso, conforme o parágrafo único do Art. 5º.

2.3 LEI DAS DIRETRIZES NACIONAIS PARA O SANEAMENTO BÁSICO

A Lei Federal nº 11.445/2007, regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.217/2010,

estabeleceu as diretrizes para o saneamento básico. Entre os princípios instituídos

por estas normas está a universalização (ampliação progressiva do acesso de todos

os domicílios ocupados ao saneamento básico), a qual deve ocorrer com

integralidade (conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos

serviços de saneamento básico), propiciando à população – urbana e rural – o

acesso aos mesmos em conformidade com suas necessidades.

Ao município - titular dos serviços, conforme art. 30 da Constituição Federal de

1988 - a Lei nº 11.445/2007 conferiu a obrigatoriedade de formular sua política

de saneamento, devendo entre outras competências, elaborar o plano de

saneamento (Art. 9º), cuja estruturação básica mínima (art. 19) deve contemplar:

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• Diagnóstico da situação do saneamento e seus impactos nas condições

de vida da população, utilizando sistema de indicadores sanitários,

epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos, apontando as causas

das deficiências detectadas;

• Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização,

admitidas soluções graduais e progressivas, observando a

compatibilidade com os demais planos setoriais, principalmente o Plano

de Bacias;

• Programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as

metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com

outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes

de financiamento;

• Ações para emergências e contingências;

• Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência

e eficácia das ações programadas.

O PMSB estabelecerá a programação de investimentos contínuos, de modo a

alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico, em

conformidade com as necessidades da população. O art. 11 da Lei exige estudo

de viabilidade econômico-financeira da prestação universal e integral dos

serviços, em conformidade com o respectivo plano, de forma a garantir a

sustentabilidade econômico-financeira.

De acordo com o art. 3º da Lei 11.445/2007, alterada pela Lei Federal

13.308/2016, o saneamento básico é entendido como conjunto de serviços,

infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água,

esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana, definidos como:

• Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades,

infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de

água potável, desde a captação até as ligações prediais e os respectivos

instrumentos de medição;

• Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e

instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição

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final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o

seu lançamento final no meio ambiente;

• Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,

infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte,

transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário

da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;

• Drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva

das respectivas redes urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e

instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de

transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de

cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas

áreas urbanas.

Além do conteúdo mínimo, os processos de elaboração e revisões do PMSB

devem garantir a participação da sociedade, devendo prever procedimentos de

divulgação do processo de revisão, bem como dos estudos que os

fundamentam, além de sua avaliação por meio de consulta ou audiência pública

(Art. 51). O Art. 11 da Lei Federal assevera que a existência do PMSB é condição

necessária à validade dos contratos de prestação dos serviços públicos de

saneamento entre titular e prestador dos serviços.

De acordo com o Decreto nº 9.254/2017, o PMSB será condição para acesso a

recursos federais destinados a serviços de saneamento básico, a partir de 31 de

dezembro de 2019.

É necessário destacar que continua vigente a exigência dos órgãos colegiados

de controle social, conforme estabelece o Decreto nº 8.211/2014. Desde 1º de

janeiro de 2015, os municípios que não instituíram o controle social do

saneamento básico, por meio de órgãos colegiados, estão impossibilitados de

obter recursos federais destinados ao setor.

O inciso III do Art. 11 determina que a previsão de normas para regulação que

assegurem os meio para cumprimento das diretrizes da Lei 11.445/2007

“incluindo a designação da entidade de regulação e fiscalização” é condição de

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validade dos contratos cujo objeto sejam a prestação de serviços públicos de

saneamento básico.

A Lei determina, no Art. 21, os princípios para o exercício da função de

regulação.

I - independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira da entidade reguladora;

II - transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.

O Art. 22, por sua vez, estabelece os objetivos da regulação.

I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários;

II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;

III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência;

IV - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

Os prestadores de serviços públicos de saneamento básico são obrigados a

fornecer à entidade reguladora os dados necessários para o desempenho da

atividade (Art. 25). Cabendo à entidade reguladora a “interpretação e fixação de

critérios para a fiel execução dos contratos”, de acordo com o § 2º do Art. 25.

A Lei 11.445/2007 ainda institui, em seu Art. 53, o Sistema Nacional de

Informações em Saneamento (SINISA), cujo objetivo é:

I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de saneamento básico;

II - disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento básico;

III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico.

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O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) é vinculado à

Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministério das

Cidades (MCidades) e cumpre parte dos objetivos do SINISA. O SNIS foi criado

em 1995 coletando informações sobre serviços de abastecimento de água e

esgotamento sanitário, evoluindo posteriormente para a coleta de informações

acerca da prestação de serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos

sólidos e, mais recentemente, para os serviços de drenagem e manejo das

águas pluviais urbanas.

2.4 POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) é também uma importante

peça a ser considerada quando o tema é Saneamento Básico e Gestão de

Resíduos, visto que parte dos resíduos é responsável pela emissão de metano

(CH4), um dos Gases de Efeito Estufa (GEE).

A Lei Federal 12.187 foi sancionada em 19 de dezembro de 2009 e estabeleceu

no seu Art. 3º que:

Art. 3º A PNMC e as ações dela decorrentes, executadas sob a responsabilidade dos entes políticos e dos órgãos da administração pública, observarão os princípios da precaução, da prevenção, da participação cidadã, do desenvolvimento sustentável e o das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, este último no âmbito internacional, e, quanto às medidas a serem adotadas na sua execução, será considerado o seguinte:

I - todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, para a redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático;

II - serão tomadas medidas para prever, evitar ou minimizar as causas identificadas da mudança climática com origem antrópica no território nacional, sobre as quais haja razoável consenso por parte dos meios científicos e técnicos ocupados no estudo dos fenômenos envolvidos;

III - as medidas tomadas devem levar em consideração os diferentes contextos socioeconômicos de sua aplicação, distribuir os ônus e encargos decorrentes entre os setores econômicos e as populações e comunidades interessadas de modo equitativo e equilibrado e sopesar as responsabilidades individuais quanto à origem das fontes emissoras e dos efeitos ocasionados sobre o clima; (grifo nosso)

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Neste sentido, a Lei torna imperativa a participação da sociedade na persecução

do objetivo voluntário traçado para redução das emissões de GEE (Gases de

Efeito Estufa) entre 36,1% e 38,9% até o ano de 2020, tal como estabelecido em

seu Art. 12. Além disso, a PNMC estabelece em seu Art. 11 que:

Os princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos das políticas públicas e programas governamentais deverão compatibilizar-se com os princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos desta Política Nacional sobre Mudança do Clima.

Decorre disto a necessidade de caracterizar neste PMGIRS os impactos

ocorrentes no município, para que o PMGIRS possa desenvolver soluções

adequadas ao tema.

2.5 LEI FEDERAL DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS

A Lei nº 11.107/2005 regulamenta o Art. 241 da Constituição Federal e

estabelece as normas gerais de contratação de consórcios públicos. Os

consórcios públicos possibilitam a prestação regionalizada dos serviços públicos

instituídos pela Lei Federal de Saneamento Básico, e é incentivada e priorizada

pela PNRS (BRASIL, 2005).

Os municípios pequenos, quando associados, de preferência com os de maior

porte, podem superar as fragilidades da gestão, racionalizar e ampliar a escala

no tratamento dos resíduos sólidos, e ter um órgão preparado para administrar

os serviços planejados. Assim, consórcios que integrem diversos municípios,

com equipes técnicas capacitadas e permanentes serão os gestores de um

conjunto de instalações tais como: pontos de entrega de resíduos; instalações

de triagem; aterros; instalações para processamento e outras.

A Lei 11.107/2005 possibilita a constituição de consórcio público como órgão

autárquico, integrante da administração pública de cada município associado,

contratado entre os entes federados consorciados. A Lei institui o Contrato de

Consórcio celebrado entre os entes consorciados que contêm todas as regras

da associação; o Contrato de Rateio para transferência de recursos dos

consorciados ao consórcio, e o Contrato de Programa que regula a delegação

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da prestação de serviços públicos, de um ente da Federação para outro ou, entre

entes e o consórcio público.

O Contrato de Consórcio, que nasce como um Protocolo de Intenções entre

entes federados, autoriza a gestão associada de serviços públicos, explicitando

as competências cujo exercício será transferido ao consórcio público. Explicita

também quais serão os serviços públicos objeto da gestão associada, e o

território em que serão prestados. Cede, ao mesmo tempo, autorização para

licitar ou outorgar concessão, permissão ou autorização da prestação dos

serviços. Define as condições para o Contrato de Programa, e delimita os

critérios técnicos para cálculo do valor das taxas, tarifas e de outros preços

públicos, bem como para seu reajuste ou revisão.

2.6 POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (PNMA)

A Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981 estabelece a Política Nacional de Meio

Ambiente, que tem por objetivo, conforme disposto no artigo 2º, “a preservação,

melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando

assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos

interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”.

A Lei determina que a Política visa:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;

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VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida;

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.

Destaca-se, que a Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política

Nacional do Meio Ambiente, de acordo com o artigo 5º da PNRS, além de

estabelecer, em seu artigo 8º, instrumentos comuns à Política Nacional de Meio

Ambiente.

2.7 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (PNEA)

A Lei 9.795 de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação

Ambiental e dá outras providências, estabelece, no Art. 1º, a educação ambiental

como sendo:

os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Também afirma que “a educação ambiental é um componente essencial e

permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada,

em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e

não-formal”, conforme Art. 2º. Afirma ainda que “como parte do processo

educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental” (Art. 3º).

Neste contexto, as premissas estabelecidas pela política de educação ambiental

passam a se constituir em importante ferramenta para garantir, ente outros, um

dos princípios fundamentais estabelecidos pelo Artigo 2º da Lei 11.445/2007:

VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;

São questões transversais e intersetoriais ao saneamento básico que

encontrarão na política e nas ações de educação ambiental, entre outros, os

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pressupostos adequados para a efetivação das articulações e formações

necessárias.

2.8 ESTATUTO DA CIDADE

O Estatuto da Cidade, formalizado por intermédio da Lei Federal nº 10.257 de

10 de julho de 2001, que regulamenta os Artigos. 182 e 183 da Constituição

Federal (CF 1988) e estabelece diretrizes gerais da política urbana, entre outras

providências, define o acesso aos serviços de saneamento básico como um dos

componentes do direito à cidade. Esta definição está dentro do seguinte

contexto:

Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

[...]

Estes pressupostos impõem ao saneamento básico e à gestão dos resíduos a

necessidade de atuação no campo da intersetorialidade, bem como o reforço da

participação da população nos processos, do controle social e das ações de

planejamento. Premissas também estabelecidas pela lei 11.445/2007.

2.9 DECRETO 5.940/2006 – COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA EM ÓRGÃO PÚBLICOS

O Decreto 5.940 de 25 de outubro de 2006 instituiu a separação dos resíduos

recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública

federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e

cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. As cooperativas ou

associações deverão cumprir critérios para estarem aptas a realizarem a coleta

destes resíduos:

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I - estejam formal e exclusivamente constituídas por catadores de materiais recicláveis que tenham a catação como única fonte de renda;

II - não possuam fins lucrativos;

III - possuam infra-estrutura para realizar a triagem e a classificação dos resíduos recicláveis descartados; e

IV - apresentem o sistema de rateio entre os associados e cooperados.

2.10 RESOLUÇÕES

Para a elaboração do PMGIRS de Juiz de Fora será imprescindível a análise das

resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), relacionadas

aos resíduos sólidos.

2.10.1 RESOLUÇÃO CONAMA 5 DE 1993

A Resolução Conama 5 de 1993, que dispõe sobre os gerenciamento dos

resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e

rodoviários, determina que estes estabelecimentos são integralmente

responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos sólidos gerados em suas

dependências (Art. 4º) e que devem elaborar o plano de gerenciamento de

resíduos sólidos, o qual deve prever em sua elaboração “princípios que

conduzam à reciclagem” (Art.5º).

2.10.2 RESOLUÇÃO CONAMA 307 DE 2002

A Resolução Conama 307 de 5 de julho de 2002 estabelece diretrizes, critérios

e procedimentos para a gestão dos resíduos de construção civil. A Resolução

estabeleceu, em seu Art. 3º, classificação dos resíduos de construção civil, como

apresentado na Figura 3.

Observam-se alterações realizadas por outras resoluções do Conselho Nacional

de Meio Ambiente, como a da Resolução 348/04, que ampliou a abrangência

dos resíduos Classe D, incluindo os materiais fabricados com amianto. A

Resolução 431/2011, por sua vez, alterou a classificação do gesso para

Classe B, em face da viabilização de processo de reciclagem deste material.

Ainda em relação à Classe B, foram inseridas, pela resolução 469/2015, as

latas vazias de tintas, que anteriormente eram consideradas como resíduo

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perigoso, ressalvando-se, por meio da inserção do parágrafo 1º no artigo 3º,

que são consideradas latas vazias aquelas que possuam apenas um filme de

tinta, permanecendo como resíduos perigosos aquelas que ainda contenham

tinta.

Figura 3 – Classificação de Resíduos de Construção Civil

A Resolução 448/2012, por seu turno, alterou a definição dos aterros, para que

estes sejam compreendidos como áreas de reservação de resíduos Classe A

para uso futuro e não áreas de disposição permanente de resíduos. A resolução

modernizou as regras para o manejo de resíduos de construção civil, adequando

a Resolução 307/2002 às normas estabelecidas na Política Nacional de

Resíduos Sólidos, sobretudo, em relação à responsabilidade compartilhada e à

ordem de prioridade no manejo dos resíduos sólidos, tal como estabelecido no

Art.9º da Lei 12.305/2010.

Classe A São os resíduos reutilizáveisou recicláveis comoagregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras

Classe B São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso

Classe C São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação

Classe DSão resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde

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2.10.3 RESOLUÇÃO CONAMA 358 DE 2005

A Resolução Conama 358 de 29 de abril de 2005 dispõe sobre o tratamento e a

disposição final dos resíduos dos serviços de saúde, revogando o disposto na

Resolução Conama 5/93 acerca destes resíduos.

A norma estabelece diretrizes para o tratamento dos resíduos de serviço de

saúde incluindo a classificação destes resíduos e determinando o tipo de

tratamento a ser empregado para cada um dos Grupos, para que sejam

prevenidos danos à saúde pública e ao meio ambiente, decorrentes do

inadequado tratamento destes resíduos.

A classificação dos resíduos de serviço de saúde foi realizada em Grupos, que

reúnem resíduos similares em suas características e periculosidade, e que,

portanto, necessitam de tratamento específico ou que podem ser equiparados

aos resíduos domiciliares, como é o caso dos resíduos do Grupo D. Os Grupos

e suas características são apresentados na Figura 4.

Figura 4 - Classificação dos Resíduos de Serviço de Saúde

Esta classificação, mais específica que a adotada na norma anterior, permite

adotar manejo mais adequado destes resíduos, racionalizando os recursos,

Grupo A Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suascaracterísticas de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco deinfecção

Grupo B Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúdepública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características deinflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade

Grupo C Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenhamradionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminaçãoespecificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN epara os quais a reutilização é imprópria ou não prevista

Grupo D Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ouao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares

Grupo E Materiais perfurocortantes ou escarifi cantes, tais como: lâminas de barbear,agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontasdiamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas;lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados nolaboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outrossimilares

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possibilitando, e incentivando, medidas de minimização da geração de resíduos

e de reciclagem ou reaproveitamento.

A Resolução reafirma o já estabelecido na Resolução Conama 5/93 acerca da

responsabilidade do estabelecimento gerador do completo manejo destes

resíduos, desde sua geração até o destino final. Reafirmando ainda a

necessidade de elaboração e implementação do Plano de Gerenciamento dos

Resíduos de Serviço de Saúde.

A Resolução torna obrigatória a segregação dos resíduos na fonte de acordo

com os Grupos constantes no Anexo I da Resolução, “para fins de redução do

volume dos resíduos a serem tratados e dispostos, garantindo a proteção da

saúde e do meio ambiente”, é o que determina o Art. 14.

A norma estabelece ainda, no seu Anexo II, os critérios mínimos para a

disposição final dos resíduos de serviços de saúde.

2.10.4 RESOLUÇÃO CONAMA 401 DE 2008

A Resolução Conama 401 de 4 de novembro de 2008 estabeleceu os limites

máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas

no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento

ambientalmente adequado.

A Resolução determina em seu Art.4º que os estabelecimentos que comercializam

pilhas e baterias devem recebê-las do usuário quando estas estiverem usadas.

A norma estabelece, no Capítulo V, o padrão de comunicação e de informação

que deve ser observado nas embalagens das pilhas e baterias.

A Resolução estabelece a proibição da disposição em aterro sanitário ou

incineração de baterias níquel-cádmio e óxido de mercúrio, além das pilhas

chumbo-ácido.

2.10.5 RESOLUÇÃO CONAMA 416 DE 2009

A Resolução Conama 416 de 30 de setembro de 2009 dispõe sobre a prevenção

à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação

ambientalmente adequada.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 32 e-mail - [email protected]

A Resolução obriga os fabricantes e os importadores de pneus a dar destinação

adequada para um pneu inservível a cada pneu novo comercializado, para tanto,

a norma define critérios para a coleta e para a instalação de pontos de coleta

dos pneus inservíveis.

2.10.6 RESOLUÇÃO CONAMA 465 DE 2014

A Resolução Conama 465 de 5 de dezembro de 2014 dispõe sobre os requisitos

e critérios técnicos mínimos necessários para o licenciamento ambiental de

estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens de agrotóxicos e

afins, vazias ou contendo resíduos.

As unidades de recepção de embalagens de agrotóxico estão sujeitas, de acordo

com a Resolução, ao licenciamento ambiental e devem cumprir critérios

preestabelecidos para sua construção e operação.

2.10.7 RESOLUÇÃO CONAMA 481 DE 2017

A Resolução Conama 481 de 3 de outubro de 2017 estabelece critérios e

procedimentos para garantir o controle e a qualidade ambiental do processo de

compostagem de resíduos orgânicos.

A norma exclui processos de baixo impacto ambiental, desde que o composto

seja para consumo próprio, da aplicabilidade da Resolução, o que beneficia a

compostagem ambiental em pequena escala, não requerendo processo mais

sofisticado.

A Resolução admite a utilização de resíduos orgânicos in natura ou passados

por algum tipo de tratamento, além de permitir a introdução de lodos de estações

de tratamento de esgoto, com a autorização e determinação de parâmetros pelo

órgão ambiental, mas veta a utilização de lodos vindos de efluentes do processo

de tratamento de resíduos de serviços de saúde, portos ou aeroportos, além de

proibir a utilização de resíduos perigosos.

A Resolução determina, em seu Anexo I, o período termofílico necessário para

a redução de agentes patogênicos, além de estabelecer, em seu Art. 6º, a

relação carbono/nitrogênio, que não pode ser inferior a 20:1.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 33 e-mail - [email protected]

É determinada, ainda, a necessidade de peneiramento do composto e os

parâmetros para sua realização, a saber, em malha com abertura máxima de

40mm.

A norma estabelece critérios para o controle ambiental das instalações de

compostagem, como a impermeabilização da base, para proteção do solo, e

coleta e tratamento dos líquidos lixiviados, além do controle da destinação final

dos resíduos e líquidos coletados na instalação.

É estabelecida a prioridade às cooperativas e associações de catadores de

materiais recicláveis para a operação de unidades administradas pelo poder

público.

Por fim, a Resolução Conama 481/2017 determina que os estabelecimentos

sujeitos à elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos, devem

priorizar o envio da fração orgânica para reciclagem por meio da compostagem

ou outro tratamento que respeite a ordem de prioridade no manejo dos resíduos

sólidos estabelecida no Art. 9º da Lei Federal 12.305/2010.

2.10.8 RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC ANVISA 222 DE 2018

A Resolução da Diretoria Colegiada 222 de 28 de março de 2018, editada pela

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispões sobre os

requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de

Saúde, e que revoga a RDC Anvisa 306/2004.

A RDC determina critérios e parâmetros para o armazenamento, coleta,

transporte, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos

de serviços de saúde.

A Resolução estabelece, no Art. 5º, a obrigatoriedade de elaboração de Plano

de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) a todo serviço

gerador destes resíduos, determinando o conteúdo a ser respeitado nos planos

(Art. 6º), facultando, para os serviços geradores exclusivamente de resíduos

Classe D, para a obtenção de licença sanitária, a apresentação de notificação

desta condição (§1º do Art. 5º).

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 34 e-mail - [email protected]

A norma estabelece, ainda, a obrigatoriedade de segregação na fonte, de acordo

com a classificação constante no Anexo I da RDC, a qual é similar a estabelecida

no Anexo I da Resolução Conama 358/2005.

A RDC determina para cada um dos Grupos de resíduos de serviços de saúde

os parâmetros e critérios para seu gerenciamento.

Em relação ao Grupo D, o artigo 82 estabelece que materiais utilizados na área

de trabalho, como vestimentas e Equipamentos de Proteção Individual, poderão

ser tratados como RSS do Grupo D, desde que não apresentem “sinais ou

suspeita de contaminação química, biológica ou radiológica”.

A Resolução estabelece, ainda, critérios para a garantia da segurança

ocupacional.

Cabe destacar que a RDC faculta que os RSS sem risco biológico, químico ou

radiológico podem ser encaminhados para reciclagem, recuperação,

reutilização, compostagem, aproveitamento energético ou logística reversa, caso

não sejam destinados desta forma, são classificados como rejeitos e devem ser

enviados para disposição ambientalmente adequada.

2.11 RESOLUÇÃO CONAMA 362 DE 2005

A Resolução Conama 362 de 23 de julho de 2005 “dispõe sobre o recolhimento,

coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado”.

A Resolução determina que deve ser coletado e ter destinação adequada todo

óleo lubrificante, devendo ser recuperado, tanto quanto possível, seus

constituintes, conforme estabelecido no Art. 1º. O Art. 3º, por seu turno,

determina que o óleo lubrificante coletado deve ser encaminhado para

reciclagem por meio de processo de rerrefino ou outro processo autorizado pelo

órgão ambiental competente e com comprovada eficácia ambiental.

Além disso, os óleos lubrificantes utilizados no Brasil devem obedecer, conforme

Art. 4º, o princípio da reciclabilidade.

O Art. 7º determina que os produtores e importadores devem estabelecer cadeia

de coleta de todo óleo disponível na mesma proporção do óleo colocado no

mercado, com percentual mínimo anual não inferior a 30%, a ser determinado

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 35 e-mail - [email protected]

por órgão competentes: Ministérios de Meio Ambiente e Ministério de Minas e

Energia.

A Resolução proíbe, no Art. 12, descarte outro que não seja a reciclagem tal

como determinado na norma.

A Resolução determina a responsabilidade do produtor ou importador, como

relatado anteriormente, mas também fixa obrigações para o revendedor (Art. 17),

o qual deverá, entre outros, receber o óleo lubrificante usado do gerador, e para

o gerador (Art. 18), que deve, entre outros, acondicionar de forma adequada o

óleo utilizado e dar destinação adequada.

2.12 LEGISLAÇÕES A SEREM OBSERVADAS

A seguir são apresentadas Normas e Resoluções relacionadas aos resíduos

sólidos que serão consideradas para a elaboração do PMGIRS de Juiz de Fora.

As Normas e Resoluções estão agrupadas por resíduos.

Diversos

Norma Brasileira ABNT NBR 7500 de março de 2000. Símbolos de Risco e

Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material.

Norma Brasileira ABNT NBR 9191 de julho de 2000. Sacos plásticos para

acondicionamento de lixo – Requisitos e métodos de ensaio.

Norma Brasileira ABNT NBR 10004 de 31 de maio de 2004. Resíduos sólidos -

Classificação

Resíduos Sólidos Domiciliares (secos, úmidos e indiferenciados)

Decreto Federal 7.405 de 23 de Dezembro de 2010 - Institui o Programa Pró-

Catador.

Norma Brasileira ABNT NBR 15849 de 14 de junho de 2010. Resíduos sólidos

urbanos – Aterros sanitários de pequeno porte – Diretrizes para localização,

projeto, implantação, operação e encerramento.

Norma Brasileira ABNT NBR 13221 de 16 de abril de 2010.Transporte terrestre

de resíduos.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 36 e-mail - [email protected]

Norma Brasileira ABNT NBR 13334 de 15 de julho de 2007. Contentor metálico

de 0,80 m³, 1,2 m³ e 1,6 m³ para coleta de resíduos sólidos por coletores-

compactadores de carregamento traseiro – Requisitos.

Norma Brasileira ABNT NBR 10005 de 31 de maio de 2004. Procedimento para

obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólido.

Norma Brasileira ABNT NBR 10006 de 31 de maio de 2004. Procedimento para

obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos

Norma Brasileira ABNT NBR 10007 de 31 de maio de 2004. Amostragem de

resíduos sólidos.

Norma Brasileira ABNT NBR 13999 de 30 de março de 2003. Papel, cartão,

pastas celulósicas e madeira - Determinação do resíduo (cinza) após a

incineração a 525°C.

Norma Brasileira ABNT NBR 14599 de 30 de junho de 2003. Requisitos de

segurança para coletores-compactadores de carregamento traseiro e lateral.

Norma Brasileira ABNT NBR 8849 de 30 de abril de1985. Apresentação de

projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos - Procedimento

Norma Brasileira ABNT NBR 14283 de 29 de março de 1999. Resíduos em solos

- Determinação da biodegradação pelo método respirométrico.

Norma Brasileira ABNT NBR 13591 de 30 de março de1996. Compostagem –

Terminologia.

Norma Brasileira ABNT NBR 13463 de 30 de setembro de 1995. Coleta de

resíduos sólidos

Norma Brasileira ABNT NBR 12988 de 30 de setembro de 1993. Líquidos livres

- Verificação em amostra de resíduos - Método de ensaio

Norma Brasileira ABNT NBR 13896 de 30 de junho de 1997. Aterros de resíduos

não perigosos - Critérios para projeto, implantação e operação.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 37 e-mail - [email protected]

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resolução CONAMA Nº 404 de 11 de novembro de 2008. Estabelece critérios e

diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte

de resíduos sólidos urbanos.

Resolução CONAMA Nº 386 de 27 de dezembro de 2006. Altera o art. 18 da

Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002 que versa sobre

tratamento térmico de resíduos

Resolução CONAMA Nº 378 de 19 de outubro de 2006. Define os

empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou

regional para fins do disposto no inciso III, § 1o, art. 19 da Lei no 4.771, de 15 de

setembro de 1965, e dá outras providências. Alterada pela Resolução nº 428, de

2010.

Resolução CONAMA Nº 316 de 20 de outubro de 2002. Dispõe sobre

procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento

térmico de resíduos. Alterada pela Resolução nº 386, de 2006.

Resolução CONAMA Nº 275 de 25 de abril de 2001. Estabelece código de cores

para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.

Resíduos de limpeza corretiva

Norma Brasileira ABNT NBR 13463 de 30 de setembro de 1995. Coleta de

resíduos sólidos

BRASIL. Norma Brasileira ABNT NBR 12988 de 30 de agosto 1993. Coleta,

varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos – Terminologia.

Resíduos Verdes

Norma Brasileira ABNT NBR 13999 de 30 de março de 2003. Papel, cartão,

pastas celulósicas e madeira - Determinação do resíduo (cinza) após a

incineração a 525°C.

Resíduos Volumosos

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 38 e-mail - [email protected]

Norma Brasileira ABNT NBR 15112 de 30 de junho de 2004. Resíduos da

construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem -

Diretrizes para projeto, implantação e operação.

Norma Brasileira ABNT NBR 15113 de 30 de junho de 2004. Resíduos sólidos

da construção civil e resíduos inertes - Aterros - Diretrizes para projeto,

implantação e operação.

Norma Brasileira ABNT NBR 10004 de 31 de maio de 2004. Resíduos sólidos -

Classificação

Norma Brasileira ABNT NBR 13896 de 30 de junho de 1997. Aterros de resíduos

não perigosos - Critérios para projeto, implantação e operação.

Resíduo de Construção Civil

Norma Brasileira ABNT NBR 13221 de 16 de abril de 2010.Transporte terrestre

de resíduos.

Norma Brasileira ABNT NBR 15116 de 30 de junho de 2004. Agregados

reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização em pavimentação

e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.

Norma Brasileira ABNT NBR 15112 de 30 de junho de 2004. Resíduos da

construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem -

Diretrizes para projeto, implantação e operação.

Norma Brasileira ABNT NBR 15113 de 30 de junho de 2004. Resíduos sólidos

da construção civil e resíduos inertes - Aterros - Diretrizes para projeto,

implantação e operação.

Norma Brasileira ABNT NBR 15114 de 30 de junho de 2004. Resíduos sólidos

da Construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes para projeto, implantação

e operação.

Norma Brasileira ABNT NBR 15115 de 30 de junho de 2004. Agregados

reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de camadas de

pavimentação – Procedimentos.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 39 e-mail - [email protected]

Resíduos de Serviços de Saúde

Norma Brasileira ABNT NBR 13853 de maio de 1997. Coletores para resíduos

de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – Requisitos e métodos de ensaio.

Norma Brasileira ABNT NBR 9259 de abril de 1997. Agulha hipodérmica estéril

e de uso único.

Norma Brasileira ABNT NBR 12810 de janeiro de 1993. Coleta de resíduos de

serviços de saúde.

Norma Brasileira ABNT NBR 13221 de 16 de abril de 2010. Transporte terrestre

de resíduos.

Norma Brasileira ABNT NBR 14652 de 30 de abril de 2001. Coletor-transportador

rodoviário de resíduos de serviços de saúde - Requisitos de construção e

inspeção - Resíduos do grupo A.

Norma Brasileira ABNT NBR 8418 de 30 de maço de 1984. Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos- Procedimento.

Norma Brasileira ABNT NBR 12808 de 30 de janeiro de 1993. Resíduos de

serviço de saúde – Classificação.

Norma Brasileira ABNT NBR 12810 de 30 de janeiro de 1993. Coleta de resíduos

de serviços de saúde - Procedimento

Norma Brasileira ABNT NBR 12807 de 30 de janeiro de1993. Resíduos de

serviços de saúde – Terminologia

Norma Brasileira ABNT NBR 12809 de 28 de fevereiro de 1993. Resíduos de

Serviços de Saúde – Manuseio.

Brasileira ABNT NBR 15051 de 31 de março de 2004.Laboratórios clínico -

Gerenciamento de resíduos.

BRASIL. Resolução CONAMA Nº 330 de 25 de abril de 2003. Institui a Câmara

Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos. Alterada

pelas Resoluções nº 360, de 2005 e nº 376, de 2006.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 40 e-mail - [email protected]

Resolução CONAMA Nº 316 de 20 de outubro de 2002. Dispõe sobre

procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento

térmico de resíduos.

Resolução CONAMA Nº 006 de 19 de junho de 1991. Dispõe sobre a incineração

de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e

aeroportos.

Resolução ANVISA n.º 306, de 07 de Dezembro de 2004. Dispõe sobre o

Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Resíduos Eletroeletrônicos

Norma Brasileira ABNT NBR 8418 de 30 de maço de 1984. Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos- Procedimento.

Norma Brasileira ABNT NBR 10157 de 30 de dezembro de 1987. Aterros de

resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação –

Procedimento.

Norma Brasileira ABNT NBR 11175 de 30 de julho de1990. Incineração de

resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho – Procedimento.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resolução CONAMA Nº 023 de 12 de dezembro de 1996. Regulamenta a

importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de

1998, e nº 244, de 1998.

Resolução CONAMA Nº 228 de 20 de agosto de 1997. Dispõe sobre a

importação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo.

Resíduos Pilhas e Baterias

Norma Brasileira ABNT NBR 8418 de 30 de maço de 1984. Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos- Procedimento.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 41 e-mail - [email protected]

Norma Brasileira ABNT NBR 10157 de 30 de dezembro de 1987. Aterros de

resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação –

Procedimento.

Norma Brasileira ABNT NBR 11175 de 30 de julho de1990. Incineração de

resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho – Procedimento.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

BRASIL. Resolução CONAMA Nº 023 de 12 de dezembro de 1996. Regulamenta

a importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de

1998, e nº 244, de 1998.

Resolução CONAMA Nº 228 de 20 de agosto de 1997. Dispõe sobre a

importação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo.

Resíduos Lâmpadas

Norma Brasileira ABNT NBR 8418 de 30 de maço de 1984. Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos- Procedimento.

Norma Brasileira ABNT NBR 10157 de 30 de dezembro de 1987. Aterros de

resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação –

Procedimento.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resíduos Pneumáticos

Norma Brasileira ABNT NBR 8418 de 30 de maço de 1984. Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos- Procedimento.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 42 e-mail - [email protected]

Norma Brasileira ABNT NBR 10157 de 30 de dezembro de 1987. Aterros de

resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação –

Procedimento.

Norma Brasileira ABNT NBR 12235 de 30 de abril de 1992. Armazenamento de

resíduos sólidos perigosos – Procedimento.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resolução CONAMA Nº 008 de 19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a entrada

no país de materiais residuais.

Resíduos Sólidos Cemiteriais

Resolução CONAMA Nº 368 de 28 de março de 2006. Altera dispositivos da

Resolução Nº 335, de 3 de abril de 2003, que dispõe sobre o licenciamento

ambiental de cemitérios". Alterada pela Resolução nº 402, de 2008.

Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento

Norma Brasileira ABNT NBR 7166 de 30 de julho de 1992. Conexão internacional

de descarga de resíduos sanitários - Formato e dimensões.

Norma Brasileira ABNT NBR 13221 de 16 de abril de 2010. Transporte terrestre

de resíduos.

Resolução CONAMA Nº 430 de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condições e

padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357,

de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resolução CONAMA Nº 410 de 04 de maio de 2009. Prorroga o prazo para

complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 43 e-mail - [email protected]

no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3o da

Resolução nº 397, de 3 de abril de 2008.

Resolução CONAMA Nº 380 de 31 de outubro de 2006. Retifica a Resolução

CONAMA Nº 375/2006 - Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola

de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e

seus produtos derivados, e dá outras providências.

Resolução CONAMA Nº 375 de 29 de agosto de 2006. Define critérios e

procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de

tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras

providências. Retificada pela Resolução nº 380, de 2006.

Resolução CONAMA Nº 357 de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a

classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu

enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento

de efluentes, e dá outras providências. Alterada pelas Resoluções nº 370, de

2006, nº 397, de 2008, nº 410, de 2009, e nº 430, de 2011.

Resíduos de Drenagem

Norma Brasileira ABNT NBR 7166 de 30 de julho de 1992. Conexão internacional

de descarga de resíduos sanitários - Formato e dimensões.

Norma Brasileira ABNT NBR 13221 de 16 de abril de 2010.Transporte terrestre

de resíduos.

Resolução CONAMA Nº 430 de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condições e

padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357,

de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resolução CONAMA Nº 410 de 04 de maio de 2009. Prorroga o prazo para

complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 44 e-mail - [email protected]

no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3o da

Resolução nº 397, de 3 de abril de 2008.

Resolução CONAMA Nº 380 de 31 de outubro de 2006. Retifica a Resolução

CONAMA Nº 375/2006 - Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola

de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e

seus produtos derivados, e dá outras providências.

Resolução CONAMA Nº 375 de 29 de agosto de 2006. Define critérios e

procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de

tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras

providências. Retificada pela Resolução nº 380, de 2006.

Resolução CONAMA Nº 357 de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a

classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu

enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento

de efluentes, e dá outras providências. Alterada pelas Resoluções nº 370, de

2006, nº 397, de 2008, nº 410, de 2009, e nº 430, de 2011.

Resíduos Industriais

Norma Brasileira ABNT NBR 14725 julho de 2001. Ficha de informações de

segurança de produtos químicos – FISPQ.

Norma Brasileira ABNT NBR ISO 14952-3 de 15 de maio de 2006. Sistemas

espaciais - Limpeza de superfície de sistemas de fluido. Parte 3: Procedimentos

analíticos para a determinação de resíduos não voláteis e contaminação de

partícula.

Norma Brasileira ABNT NBR 14283 de 29 de março de 1999. Resíduos em solos

- Determinação da biodegradação pelo método respirométrico.

Norma Brasileira ABNT NBR 12235 de 30 de abril de 1992. Armazenamento de

resíduos sólidos perigosos – Procedimento.

Norma Brasileira ABNT NBR 8418 de 30 de maço de 1984. Apresentação de

projetos de aterros de resíduos industriais perigosos- Procedimento.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 45 e-mail - [email protected]

Norma Brasileira ABNT NBR 11175 de 30 de julho de1990. Incineração de

resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho – Procedimento

Norma Brasileira ABNT NBR 8911de 30 de junho de 1985. Solventes -

Determinação de material não volátil - Método de ensaio.

Resolução CONAMA Nº 420 de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios

e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias

químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas

contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resolução CONAMA Nº 228 de 20 de agosto de 1997. Dispõe sobre a

importação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo.

Resolução CONAMA Nº 023 de 12 de dezembro de 1996. Regulamenta a

importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de

1998, e nº 244, de 1998.

Resolução CONAMA Nº 008 de 19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a entrada

no país de materiais residuais.

Resíduos de Serviços de transporte

Resolução CONAMA Nº 005 de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o

gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais

ferroviários e rodoviários. Alterada pela Resolução nº 358, de 2005. Diário Oficial

República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, DOU nº 166, de

31/08/1993, págs. 12996-12998.

3 LEGISLAÇÃO ESTADUAL

Neste item são apresentadas as normas estaduais relacionadas ao saneamento

básico e aos resíduos sólidos que deverão ser consideradas para o

desenvolvimento do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

de Juiz de Fora (PMGIRS).

3.1 POLÍTICA ESTADUAL DE SANEAMENTO BÁSICO

A Política Estadual de Saneamento Básico de Minas Gerais foi instituída pela Lei

11.720 de 28 de dezembro de 1994.

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A legislação estabelece como princípio que o saneamento básico é um direito de

todos e que as ações de saneamento básico estão subordinadas ao interesse

público, para que assim se cumpra sua função social.

A Lei estabelece a total integração das políticas e planos da área ambiental,

saúde, recursos hídricos, saneamento básico, além do incentivo à coleta seletiva

e considera, em seu Art. 2º:

II – saneamento básico o conjunto de ações, serviços e obras que visam a alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental por meio de:

a) abastecimento de água de qualidade compatível com os padrões de potabilidade e em quantidade suficiente para assegurar higiene e conforto;

b) coleta e disposição adequada dos esgotos sanitários;

c) coleta, reciclagem e disposição adequada dos resíduos sólidos;

d) drenagem de águas pluviais;

e) controle de roedores, de insetos, de helmintos, de outros vetores e de reservatórios de doenças transmissíveis.

A Política prevê, no seu Art. 4º, que sua execução deve considerar a participação

efetiva da sociedade e dos órgãos públicos, com destaque para a adoção de

medidas que facilitem o acesso das populações de baixa renda ao saneamento

básico, bem como “a solução dos problemas de saneamento básico em áreas

urbanas faveladas ou em outras de urbanização irregular”. Além disso, é prevista,

ainda no Art. 4º, a promoção de ações voltadas à educação ambiental.

A legislação destaca a interação entre o estado e os municípios, além da União,

para a resolução de problemas relacionados ao saneamento básico e para a

implementação de sistemas.

A Lei também estabelece regras para a elaboração e revisão do Plano Estadual

de Saneamento Básico e determina a criação do Conselho Estadual de

Saneamento Básico, a ser regulamentado por legislação própria.

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3.2 POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Política Estadual de Resíduos Sólidos de Minas Gerais foi instituída pela Lei

18.031 de 12 de janeiro de 2009 e regulamentada pelo Decreto 45.181 de 25 de

setembro de 2009. A Lei traz o conjunto de normas pelas quais se guiará a

gestão dos resíduos sólidos no Estado.

O Art. 1º da Lei estabelece que:

A Política Estadual de Resíduos Sólidos far-se-á com base nas normas e diretrizes estabelecidas por esta Lei, em consonância com as políticas estaduais de meio ambiente, educação ambiental, recursos hídricos, saneamento básico, saúde, desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano e promoção da inclusão social.

Observa-se que esta Política Estadual é anterior à Lei Federal 12.305/2010, que

instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, no entanto, muitos de seus

preceitos, definições e diretrizes estão em sintonia com a Lei Federal.

Em seu Art. 6º a Lei estabelece os princípios orientadores da Política Estadual de

Resíduos Sólidos, quais sejam: a não geração, prevenção da geração, a redução

da geração, a reutilização e o reaproveitamento, a reciclagem, o tratamento, a

disposição final ambientalmente adequada e a valorização dos resíduos.

A Política foi alterada pela Lei 21.557/2014, que inseriu o inciso IV no Art. 17, o

qual proíbe:

IV - utilização da tecnologia de incineração no processo de destinação final dos resíduos sólidos urbanos oriundos do sistema de coleta do serviço público de limpeza urbana nos municípios.

Parágrafo único - Excetuando-se a tecnologia de coprocessamento em fornos de fábricas de cimento, a proibição prevista no inciso IV abrange também as concessões públicas para empreendimento que promova o aproveitamento energético a partir da incineração de resíduos sólidos urbanos oriundos da coleta convencional.

Tal alteração, como observado, impede a adoção de tecnologias de incineração

de resíduos por municípios mineiros, sendo mais restritiva que a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, que admite em seu artigo 9º a utilização de

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tecnologias de recuperação energética, desde que estas sejam

comprovadamente viáveis dos pontos de vista técnico, ambiental e econômico.

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, de acordo com o Art. 23 da

Lei 18.031/2009, deve conter, no mínimo:

I - informações sobre a origem, a caracterização e o volume de resíduos sólidos gerados, bem como os prazos para sua destinação;

II - os procedimentos a serem adotados na segregação, na coleta, na classificação, no acondicionamento, no armazenamento, no transporte, no tratamento e na destinação final licenciada, conforme a classificação dos resíduos sólidos, indicando-se os locais e as condições em que essas atividades serão executadas;

III - as ações preventivas e corretivas a serem praticadas no caso de situações de manuseio incorreto ou acidentes;

IV - a forma de operacionalização das exigências relativas à gestão de resíduos sólidos, bem como as intervenções necessárias e as possibilidades reais de implementação de tais exigências;

V - as modalidades de manuseio que correspondam às particularidades dos resíduos sólidos e dos materiais que os constituem, inclusive no que se refere aos resíduos provenientes dos serviços de saúde, com vistas à proteção da saúde pública e do meio ambiente;

VI - os procedimentos a serem adotados pelos prestadores de serviços e as respectivas formas de controle;

VII - os indicadores de desempenho operacional e ambiental;

VIII - as formas de participação da sociedade no processo de implementação, fiscalização e controle social do Plano;

IX - as ações ou os instrumentos que poderão ser utilizados para promover a inserção das organizações produtivas de catadores de materiais recicláveis e de outros operadores de resíduos sólidos na coleta, no beneficiamento e na comercialização desses materiais.

A Política Estadual de Resíduos Sólidos não condiciona o apoio financeiro aos

municípios à elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, no

entanto, estabelece que o acesso aos recursos controlados pelo Estado, está

condicionado à previsão, no PGIRS, “de incentivos econômico-financeiros que

estimulem a participação do gerador, do comerciante, do prestador de serviços e

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do consumidor nas atividades de segregação, coleta, manuseio e destinação final

dos resíduos sólidos”, como definido no Art. 24. Por outro lado, a Lei 18.031/2009

em seu Art. 51 acrescentou diversos artigos à Política Estadual de Reciclagem de

Materiais (PERM), dentre os quais o Art. 4º-E, que torna a Política de Resíduos

Sólidos no âmbito municipal fator condicionante para a transferência de recursos

voluntários e de financiamentos controlados pelo Estado.

A participação e o controle social são aspectos presentes na legislação, que garante

a ampla participação da sociedade na elaboração do PGIRS.

A inclusão social de catadores de materiais recicláveis é elemento bastante

abordado na Lei, determinando a garantia a este segmento e sua inclusão na cadeia

produtiva da reciclagem.

3.2.1 ARRANJOS TERRITORIAIS ÓTIMOS (ATOS)

Em consonância com a Lei Federal 11.107/2005 foi realizado, em parceria com

o Ministério do Meio Ambiente, o Plano Preliminar de Regionalização para a

Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urbanos, que buscou soluções para a

gestão associada de resíduos sólidos para os municípios mineiros.

O Plano resultou na proposição de 51 Arranjos Territoriais Ótimos, os ATOs, que

são agrupamentos de municípios para a gestão associada de resíduos sólidos,

que poderiam culminar em consórcios públicos, para o compartilhamento de

instalações e equipamentos para a gestão de resíduos sólidos.

A região de Juiz de Fora está inserida no ATO 45 tal como apresentado na Figura

5, com o Município de Juiz de Fora, por sua relevância regional e capacidade de

gestão, figurando como a cidade-polo.

Os ATOs têm como premissa a reunião de municípios frágeis do ponto de vista

econômico ou de capacidade de gestão, com outros que são fortes nestes

aspectos, isto para que os municípios possam assim se fortalecer.

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Figura 5 - Arranjo territorial Ótimo 45

3.3 POLÍTICA ESTADUAL DE RECICLAGEM DE MATERIAIS (PERM)

A Lei 14.128 de 19 de dezembro de 2001 instituiu a Política Estadual de

Reciclagem de Materiais (PERM) e os instrumentos econômicos e financeiros

aplicáveis à Gestão de Resíduos Sólidos. A política tem “o objetivo de incentivar

o uso, a comercialização e a industrialização de materiais recicláveis”.

O Art. 2º estabelece as competências do Executivo Estadual, quais sejam:

I – apoiar a criação de centros de prestação de serviços e de comercialização, distribuição e armazenagem de material reciclável;

II – incentivar a criação de distritos industriais voltados para a indústria de reciclagem de materiais;

III – incentivar o desenvolvimento ordenado de programas municipais de reciclagem de materiais;

IV – promover campanhas de educação ambiental voltadas para a divulgação e a valorização do uso de material reciclável e seus benefícios;

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V – incentivar o desenvolvimento de projetos de utilização de material descartável ou reciclável;

VI – promover, em articulação com os municípios, campanhas de incentivo à realização de coleta seletiva de lixo.

Parágrafo único – Cabe à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD – coordenar as ações previstas neste artigo.

A legislação prevê benefícios e medidas para a consecução da política, como a

isenção do ICMS, além de linhas de financiamento.

A Lei estabelece ainda o apoio do Estado aos municípios para a elaboração do

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e às organizações de catadores

de materiais recicláveis.

Outro aspecto importante é a diretriz a ser seguida pelo estado de apoio a

iniciativas que visem a “implantação e manutenção de sistemas municipais de

limpeza urbana que busquem a sustentabilidade por meio de taxas ou tarifas”.

A Lei 18.031/2009, que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos,

determinou a inserção de alguns artigos na Lei 14.128/2001, destacam-se os

artigos 4º-E e 4ºJ, apresentados a seguir.

Em relação à concessão de benefícios o Art. 4º-E estabelece:

A existência de Política de Resíduos Sólidos no âmbito do Município é fator condicionante para a transferência voluntária de recursos e a concessão de financiamento por parte do Estado para a implementação e a manutenção de projetos de destinação final ambientalmente adequada.

O Art. 4º-J tratou do incentivo a programas de coleta seletiva, com a participação

de catadores, e sobre o consorciamento de municípios:

O Estado adotará instrumentos econômicos visando a incentivar:

I - programas de coleta seletiva eficientes e eficazes, preferencialmente em parceria com organizações de catadores;

II - Municípios que se dispuserem a receber resíduos sólidos provenientes de soluções consorciadas.

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3.4 POLÍTICA ESTADUAL DE APOIO E INCENTIVO À COLETA SELETIVA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

A Lei 13.766 de 30 de novembro de 2000 estabeleceu a política estadual de

apoio e incentivo à coleta seletiva de resíduos sólidos, com propósito, dentre

outros, de apoio aos municípios, conforme determinado no Art. 1º:

Art. 1º – O Estado apoiará e incentivará, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente, o município que queira implantar em seu território política de coleta seletiva de resíduos sólidos, com o objetivo de proteger e preservar o meio ambiente.

O Estado, conforme o Art. 2º, deverá assessorar os municípios, promover

campanhas educativas, disponibilizar máquinas, veículos e equipamentos, entre

outros, para que a política possa ser implementada nos municípios.

Além disso, a Lei atribuiu, no Art. 4º, competência ao Copam normas para o

manejo de “resíduos sólidos que, por sua composição físico-química, necessite

de procedimentos especiais para descarte”, tais como lâmpadas fluorescentes,

pilhas e baterias, e outros.

A Lei determina, ainda, que os órgãos e entidades da Administração Pública do

Estado implantem programa de coleta seletiva de resíduos sólidos, com doação

do material coletado para associações e cooperativas de catadores de materiais

recicláveis.

3.5 DECRETO 45.137/2009 – SISTEMA ESTADUAL DE INFORMAÇÕES SOBRE

SANEAMENTO

O Sistema Estadual de Informações sobre Saneamento (SEIS) foi instituído pelo

Decreto 45.137 de 16 de julho de 2009, com “a finalidade de caracterizar os

serviços de saneamento básico do Estado, por meio da coleta, sistematização e

divulgação de informações estatísticas”.

O SEIS é composto pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e

Política Urbana (SEDRU) e pela Fundação João Pinheiro (FJP), além de contar

com a colaboração das prefeituras municipais, de outros órgãos do Governo do

Estado, além de operadoras de serviços de saneamento.

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A coordenação e direção do SEIS, de acordo com a legislação, é de competência

da SEDRU enquanto que “à FJP incumbirá a operacionalização das ações

técnicas e científicas necessárias à implementação e à execução do SEIS”.

3.6 BOLSA RECICLAGEM

A Lei 19.823 de 22 de novembro de 2011, que instituiu o programa de incentivo

financeiro Bolsa Reciclagem, foi regulamentada pelo Decreto 45.975/2012.

Art. 2º A Bolsa Reciclagem tem por objetivo o incentivo à reintrodução de materiais recicláveis em processos produtivos, com vistas à redução da utilização de recursos naturais e insumos energéticos, com inclusão social de catadores de materiais recicláveis.

A Lei estabelece critérios para a concessão do benefício:

Art. 4° São condições para o recebimento da Bolsa Reciclagem pela cooperativa ou associação de catadores de materiais recicláveis:

I – manter atualizados seus dados cadastrais no Estado;

II – desempenhar as atividades a que se refere o parágrafo único do art. 1° desta Lei;

III – ser reconhecida como cooperativa ou associação de catadores de materiais recicláveis pelo comitê gestor da Bolsa Reciclagem ou pela entidade por ele indicada;

IV – apresentar relação de repasses feitos a cooperados ou associados beneficiados pelo incentivo de que trata esta Lei, conforme dispuser regulamento.

O Decreto 45.975/2012 reconhece a atividade realizada pelos catadores de

materiais recicláveis como uma contraprestação de serviços ambientais, tal

como explicito no seu Art. 1º:

Art. 1º A Bolsa Reciclagem, instituída e regulada pela Lei nº 19.823, de 22 de novembro de 2011, tem natureza jurídica de incentivo financeiro pela contraprestação de serviços ambientais, com a finalidade de minimizar o acúmulo do volume de rejeitos e a pressão sobre o meio ambiente, conforme diretrizes da Política Estadual de Resíduos Sólidos, disciplinada pela Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009.

A Lei estabeleceu um Comitê Gestor responsável por gerir o programa e o

regulamento disciplinou a atuação do Comitê e sua composição.

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Art. 5º O Comitê Gestor da Bolsa Reciclagem tem a seguinte composição:

I – um representante da SEMAD;

II – um representante da FEAM;

III – um representante do CMRR;

IV – três representantes de cooperativas ou de associações de catadores de materiais recicláveis; e

V – um representante do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

3.7 DECRETO 624/2016 – GRUPO DE TRABALHO PARA DESENVOLVIMENTO DA

CADEIA PRODUTIVA DE RECICLAGEM

O Decreto com numeração especial 624 de 28 de novembro de 2016 instituiu

“Grupo de Trabalho destinado a promover estudos e propostas para o

desenvolvimento da cadeia produtiva de reciclagem em Minas Gerais e a

inclusão sócio produtiva de catadores de materiais recicláveis”.

Entre as atribuições do Grupo de Trabalho está a realização de estudos e

diagnósticos acerca da coleta seletiva e da cadeia de reciclagem no estado de

Minas Gerais, além da criação de ações de estimulo e de apoio a este segmento.

O Decreto estabelece, em seu Art. 3º, a composição do Grupo de Trabalho:

Art. 3º – O Grupo de Trabalho será composto por dois representantes dos seguintes órgãos:

I – Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social;

II – Secretaria de Estado de Governo de Minas Gerais;

III – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

IV – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior;

V – Secretaria de Estado de Cidades e de Integração Regional;

VI – Secretaria de Estado Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais;

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VII – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais;

VIII – Fundação Estadual do Meio Ambiente;

IX – Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais;

X – Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

3.8 POLÍTICA ESTADUAL DE APOIO AO COOPERATIVISMO

A Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo foi instituída pela Lei 15.075 de 5

de abril de 2004 e regulamentada pelo Decreto 44.009 de 19 de abril de 2005.

A Política “consiste no conjunto de diretrizes e regras voltadas para o fomento e

para o incentivo e desenvolvimento à atividade cooperativista no Estado”, a Lei

cria o Conselho Estadual do Cooperativismo (CECOOP) e o Fundo de Apoio ao

Cooperativismo do Estado de Minas Gerais (FUNDECOOP-MG).

3.9 POLÍTICA ESTADUAL DE COLETA, TRATAMENTO E RECICLAGEM DE ÓLEO E

GORDURA DE ORIGEM VEGETAL OU ANIMAL DE USO CULINÁRIO

A Lei 20.011 de 5 de janeiro de 2012 instituiu a Política Estadual de Coleta,

Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura de Origem Vegetal ou Animal de

Uso Culinário, cujos objetivos são:

I – proteger a saúde;

II – prevenir a contaminação do solo e dos recursos hídricos;

III – evitar danos à rede coletora de esgoto e de drenagem de água pluvial;

IV – informar a população dos riscos ambientais causados pelo despejo de restos de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário na rede de esgoto e das vantagens dos processos de beneficiamento desses resíduos;

V – incentivar projetos de beneficiamento de restos de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário; e

VI – criar mecanismos que favoreçam a exploração econômica de restos de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário, desde a coleta, o transporte e a revenda, até os processos industriais de sua transformação.

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A legislação estabelece a criação de mecanismos e iniciativas que incentivem o

descarte e o beneficiamento ambientalmente correto do óleo e gorduras de

origem animal ou vegetal de uso culinário, como as apresentadas a seguir.

Parágrafo único – Incluem-se entre as ações a que se refere o caput:

[...]

III – o incentivo à criação de centros municipais de coleta de resíduos sólidos, por meio de:

a) doação de bem imóvel desafetado de domínio estadual, observada a legislação aplicável;

b) concessão, mediante contrato de direito público, de uso especial, gratuito, de bem patrimonial do Estado;

c) doação de bens móveis do Estado;

IV – a criação de linhas de crédito;

V – o fomento ao investimento econômico para o estabelecimento de indústrias, empresas e cooperativas destinadas à reciclagem dos resíduos de que trata esta Lei;

3.10 DECRETO 47.347/2018 - ESTATUTO DA FEAM

O Decreto 47.347 de 24 de janeiro de 2018 contém o Estatuto da Fundação

Estadual de Meio Ambiente (FEAM).

O Decreto estabelece as competências da FEAM e sua estrutura organizacional.

Em relação a suas competências, o Art. 5º tem a seguinte redação:

Art. 5º – A Feam tem como competência desenvolver e implementar as políticas públicas relativas à mudança do clima, às energias renováveis, à qualidade do ar, à qualidade do solo e à gestão de efluentes líquidos e de resíduos sólidos, com atribuições de:

I – promover a aplicação de instrumentos de gestão ambiental;

II – propor indicadores e avaliar a qualidade ambiental e a efetividade das políticas de proteção do meio ambiente;

III – desenvolver, coordenar, apoiar e incentivar estudos, projetos de pesquisa e ações, individualmente ou em conjunto com entidades públicas e privadas, com o objetivo de promover a modernização e a

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inovação tecnológica nos setores da indústria, da mineração, do turismo, da agricultura, da pecuária e de infraestrutura, com ênfase no uso racional dos recursos ambientais e de fontes renováveis de energia;

IV – prestar apoio técnico necessário aos órgãos e entidades integrantes do Sisema nos processos de regularização ambiental e no âmbito de sua atuação;

V – propor, estabelecer e promover a aplicação de normas relativas à conservação, à preservação e à recuperação dos recursos ambientais e ao controle das atividades e dos empreendimentos considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, em articulação com órgãos e entidades federais, estaduais e municipais.

O Art. 13 estabelece as competências do Centro Mineiro de Referência em

Resíduos (CMRR) que é de “orientar os municípios e os cidadãos nas ações que

envolvam resíduos, visando à conscientização pública para a preservação do

meio ambiente e a consequente melhoria da qualidade de vida da população”,

algumas das atribuições do CMRR são:

[...]

II – captar, produzir, sistematizar e disseminar dados e informações sobre gestão e gerenciamento de resíduos;

[...]

V – promover seminários, palestras, debates e oficinas sobre desenvolvimento sustentável, inclusão social e cultural, com ênfase na sustentabilidade;

VI – promover a capacitação das cooperativas ou associações de catadores de materiais recicláveis para integração nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, estimulando a geração de trabalho e renda;

VII – executar a gestão do incentivo financeiro a catadores de materiais recicláveis Bolsa Reciclagem, nos termos da Lei 19.823, de 22 de novembro de 2011, e seu regulamento;

VIII – promover ações de coleta seletiva, em especial aquelas que sejam viáveis à inclusão socioprodutiva dos catadores de material reciclado;

[...]

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À Diretoria de Gestão de Resíduos da FEAM cabe “planejar, coordenar e

supervisionar as ações para gestão de resíduos sólidos”, de acordo com o Art.

17, com atribuições tais como: “prestar apoio técnico aos municípios no

desenvolvimento e na implementação de sistemas de gestão de resíduos

sólidos”.

Em relação à Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos, o Art. 20 tem a

seguinte redação:

Art. 20 – A Gerência de Resíduos Sólidos Urbanos tem como competência desenvolver estudos, propor e implementar planos, programas e ações relativas ao diagnóstico, à gestão e ao gerenciamento de resíduos sólidos urbanos – RSU –, com atribuições de:

[...]

IV – apoiar municípios no planejamento e na implementação dos serviços de coleta e destinação adequada de RSU com sustentabilidade econômica, considerando as peculiaridades regionais;

[...]

VI – apoiar a implantação e ampliação da coleta seletiva nos munícipios, com a inclusão socioprodutiva dos catadores de material reciclável, acompanhando seu desempenho;

VII – orientar os municípios quanto ao uso e aplicação das normas legais e técnicas relativas a RSU e capacitá-los para gerarem os indicadores pertinentes;

VIII – orientar e monitorar os procedimentos de encerramento de aterros sanitários, inclusive quanto à definição de uso futuro das respectivas áreas;

IX – avaliar e monitorar unidades de triagem, unidades de compostagem e aterros sanitários, para verificação da concretização ou não do potencial poluidor associado;

[...]

A Gerencia de Resíduos Especiais tem a prerrogativa de “desenvolver estudos,

propor e implementar planos, programas e ações relativas ao diagnóstico, à

gestão e ao gerenciamento de resíduos, sujeitos a logística reversa, bem como

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dos resíduos de serviços de saúde e resíduos da construção civil”. Entre outras

atribuições estão:

[...]

III – promover os acordos setoriais e termos de compromisso previstos em lei para implementação da logística reversa, bem como realizar o acompanhamento da execução desses instrumentos, na sua área de competência;

[...]

VII – apoiar tecnicamente os municípios no planejamento e na implementação de melhorias na gestão dos resíduos de serviços de saúde e da construção civil.

O Art. 28 estabelece que a Gerência de Apoio Técnico ao Licenciamento

Ambiental tem a prerrogativa, de “apoiar a análise e elaboração de

procedimentos relativos ao licenciamento ambiental” de atividades relacionadas

ao gerenciamento de resíduos, em coordenação com a SEMAD.

3.11 DECRETO 47.365/2018 - ORGANIZAÇÃO DA SECIR

O Decreto 47.365 de 2 de fevereiro de 2018 dispões sobre a organização da

Secretaria de Estado de Cidades e de Integração Regional (SECIR). São

competências da SECIR, segundo o Art. 2º, entre outras:

[...]

II – formular, planejar, organizar, dirigir, coordenar e avaliar planos, programas, propostas e estratégias de política urbana, inclusive os de uso e ocupação do solo, de habitação de interesse social e de mobilidade, bem como de política de saneamento básico e ambiental, urbano e rural, em articulação com os demais órgãos e entidades da administração pública estadual, e fornecer apoio aos municípios no âmbito dessas políticas;

III – apoiar o associativismo municipal, a integração dos municípios e a política de consórcios públicos;

[...]

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Na estrutura organizacional da SECIR a Superintendência de Saneamento

Básico tem como prerrogativa, de acordo com o Art. 14:

[...] formular e implementar planos, projetos e programas de saneamento básico, abrangendo o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos.

Com atribuições, dentre as quais:

[...]

IV – apoiar os municípios, as associações microrregionais e os consórcios públicos, em articulação com as demais unidades administrativas da Secir, na elaboração de planos municipais e regionais de saneamento básico;

[...]

VII – apoiar ações municipais com vistas à implementação de programas e projetos destinados ao saneamento básico, bem como orientar os técnicos municipais quanto às normas, às técnicas e aos padrões adequados da prestação do serviço;

VIII – desenvolver, com os municípios e parceiros institucionais, programas e projetos que visem ao aumento da eficiência e modernização da prestação dos serviços de saneamento básico;

[...]

4 LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Neste tópico faz-se a identificação da legislação municipal relacionada ao

saneamento básico, com ênfase na componente resíduos sólidos, bem como

sua interação com as demais normas – estaduais e federais – e sua interface

com a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

de Juiz de Fora.

Salienta-se que diplomas ainda em discussão na Câmara Municipal de Juiz de

Fora não foram alvo de análise, porém as normas relevantes para o tema que

estejam em discussão serão analisadas no Produto 3 – Diagnóstico Municipal

Participativo.

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4.1 POLÍTICA URBANA MUNICIPAL, RESÍDUOS SÓLIDOS E SANEAMENTO BÁSICO

Neste Item aborda-se a inter-relação entre a política urbana municipal, os

resíduos sólidos e o saneamento básico, buscando-se identificar as menções ao

tema nestas leis e seu impacto para a elaboração do PMGIRS de Juiz de Fora.

4.1.1 LEI ORGÂNICA (LOM)

A Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora foi promulgada em 5 de abril de

1990, sendo revisada posteriormente e sua nova versão sancionada em 7 de

abril de 2010.

A lei maior do município estabelece, em seus artigos 75 e 76, a responsabilidade

do município e os princípios fundamentais para a prestação dos serviços de

saneamento básico:

Art. 75. O Município, em consonância com a sua política urbana e com o seu plano diretor, se responsabilizará pela remoção do saneamento básico em seu território.

Art. 76. Os serviços públicos de saneamento no Município serão prestados com base nos seguintes princípios fundamentais:

I - universalização do acesso;

II - integralidade, compreendida como conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;

III - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;

IV - eficiência e sustentabilidade econômica das ações de saneamento;

V - transparência das ações, baseada em sistemas de informação, via internet, e processos decisórios institucionalizados;

VI - controle social, por meio de Conselho Municipal de Saneamento;

VII - segurança, qualidade e regularidade dos serviços de saneamento;

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VIII - planejamento municipal de saneamento participativo, com periodicidade quadrienal;

IX - integração das infraestruturas e serviços com a gestão dos recursos hídricos;

X - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais realizados de formas adequadas à saúde pública, à proteção do meio ambiente, e do patrimônio público e privado.

A LOM estabelece ainda norma para a instalação de aterros sanitários, de inertes

e de unidade de transbordo:

Art. 64. A instalação de aterro sanitário, de aterro de inertes e de unidade de transbordo dependerá de prévia análise e aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente, ouvida a sociedade civil e organizações de defesa do meio ambiente, mediante realização de audiência pública na Câmara Municipal.

No parágrafo único do Art. 92 o legislador reconhece o saneamento básico como

elemento fundamental do direito à saúde: “o direito à saúde implica em condições

dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte,

lazer, informação e participação”.

4.1.2 CÓDIGO DE POSTURAS E SUA REGULAMENTAÇÃO

O Código de Posturas de Juiz de Fora foi instituído pela Lei 11.197, de 03 de

agosto de 2006 - “definindo as condições necessárias para a promoção do bem-

estar e da qualidade de vida no ambiente municipal por meio do ordenamento dos

comportamentos, das condutas e dos procedimentos dos cidadãos em Juiz de

Fora” – e foi regulamentado pelo Decreto 9.117 de 1º de fevereiro de 2007.

Adiante, apresentam-se os pontos, afetos aos resíduos sólidos e ao

saneamento, a serem considerados na elaboração do PMGIRS de Juiz de Fora.

4.1.2.1 Código de Posturas

No Capítulo II – Salubridade das Vias e Logradouros Públicos – do Título II –

Vias e Logradouros – o Código de Posturas de Juiz de Fora estabelece vedações

ao lançamento inadequado de resíduos sólidos em vias, logradouros, rios,

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florestas, etc., além de determinar os limites da atuação da Administração

Municipal em relação aos resíduos sólidos.

O Art. 7º proíbe qualquer espécie de conspurcação no município, incluindo o

lançamento de resíduos e entulhos, nas vias públicas, corpos hídricos, matas e

florestas, entre outros.

No Art. 9º o legislador estabeleceu as atividades às quais cabe ao Poder

Executivo Municipal regulamentar, como se observa a seguir.

I - a coleta regular e programada do lixo domiciliar, não domiciliar e sua destinação final;

II - a fiscalização da coleta e destinação final do lixo especial, proveniente da atividade industrial, de postos de combustíveis e de hospitais, em parceria com os demais órgãos municipais, estaduais e federais envolvidos;

III - a coleta regular e programada do lixo oriundo de resíduos da saúde e sua destinação final no caso da rede de instituições públicas do Município;

IV - a fiscalização da coleta do lixo hospitalar e sua destinação final no caso de instituições particulares existentes no Município;

V - as atividades de varrição, capina, coleta e destinação final dos resíduos delas provenientes nas vias e logradouros públicos;

[...]

VII - a implantação de sistema regular e programado de coleta seletiva de lixo domiciliar ou industrial urbano;

VIII - as atividades destinadas à reciclagem de materiais, incentivando-as, organizando-as e disciplinando-as, inclusive estimulando formas associativas de coleta, bem como oferecendo apoio logístico, financeiro e qualificação profissional aos catadores de materiais recicláveis. (grifo nosso)

No Art. 10 apresentam-se as vedações no manejo dos resíduos sólidos, tais

vedações, em suma, são um regramento genérico para acondicionamento e

destinação de resíduos sólidos pelos geradores.

Art. 10. É vedado:

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I - expor o lixo ou resíduo para coleta fora do período estabelecido para o seu recolhimento;

II - depositar ou descartar lixo em logradouros públicos ou privados, inclusive nas margens de rodovias, estradas vicinais ou ferroviárias, matas e florestas situadas na circunscrição municipal;

III - depositar ou descartar material de construção civil em vias e logradouros públicos sem a permissão expressa do Poder Executivo;

IV - queimar ou incinerar lixo, exceto quando observados os procedimentos e obtidas as devidas autorizações da autoridade competente;

V - conduzir materiais mal acondicionados em vias e logradouros públicos ou sem elementos necessários à proteção da respectiva carga, ou o seu escoamento, comprometendo ou dificultando as atividades de limpeza pública e segurança;

VI - destinar para vias e logradouros públicos resíduos líquidos de aparelho de ar condicionado;

VII - destinar ou arremessar substâncias líquidas ou sólidas para as vias e logradouros públicos;

[...]

Nos artigos 11 e 12 o Código de Posturas determina que as atividades de

manipulação de resíduos e de bota-fora devem ser autorizados pelo Poder

Público Municipal.

Art. 11. As atividades de manipulação do lixo de qualquer natureza, tais como papéis, papelão, plásticos, resíduos, detritos ou equivalentes, em recintos fechados, em vias ou logradouros públicos, deverão ser autorizadas e fiscalizadas pelo Poder Executivo.

Art. 12. Toda e qualquer atividade de aterro “bota-fora” de materiais

inertes, considerados como não agressivos ao meio ambiente, tais como terra, tijolos, argamassa, podas de árvores, deverá ser autorizada pelo Poder Executivo.

Convém salientar, no entanto, que os bota-foras são proibidos desde a vigência

da Resolução 307 do Conama de 5 de julho de 2002, que “estabelece diretrizes,

critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil”, tal

como determinado no parágrafo 1º do artigo 4º:

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§ 1º Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta Resolução.

4.1.2.2 Decreto Regulamentador

O Decreto 9.117/2007 detalha no Capítulo II – Salubridade das Vias e

Logradouros Públicos – do Título II – Vias e Logradouros – o regramento para o

manuseio, acondicionamento e disponibilização para coleta dos resíduos

sólidos.

O Art. 10 apresenta a definição de lixo especial e estabelece que

responsabilidade pela gestão destes resíduos é do gerador, tal como transcrito

no parágrafo 1º.

Art. 10. Lixo especial é todo resíduo considerado como não-urbano, conforme definido em legislação específica, assim caracterizados:

I - resíduo sólido domiciliar que exceder o volume de 200 (duzentos) litros ou 100 (cem) quilogramas por coleta;

II - mobiliário inservível como: móveis, colchões, utensílios de mudança e similares, eletrodomésticos ou assemelhados, provenientes de habitações familiares;

III - resto de poda de jardim, pomar, horta e quintais de habitações familiares;

IV - entulho oriundo de pequenas obras de reforma, demolição, ou ainda construção, de classes A, B, ou C, de habitações familiares;

V - resíduos da construção civil, tais como: terra e vegetação provenientes de escavações, tijolos, blocos, concretos em geral, rochas, telhas, placas de revestimento, argamassa, gesso, forros, madeiras e compensados, papel e papelão, pavimento asfáltico, meios-fios, metais, resinas, tintas, colas, óleos, vidros, plásticos, fiação elétrica e outros, ou aqueles perigosos oriundos de demolições e/ou reformas de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros;

VI - resíduos perigosos produzidos em unidades industriais, de qualquer porte, que apresentem, ou possa vir a apresentar, riscos potenciais à saúde pública ou ao meio ambiente;

VII - resíduo infectante resultante de atividades médico-assistenciais e de pesquisa, produzido nas unidades de trato de saúde humana ou

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animal, composto por materiais biológicos ou perfurocortantes contaminados por agentes patogênicos, que apresentem ou possam apresentar riscos potenciais à saúde pública ou ao meio ambiente;

[...]

IX - resíduos como lodos e lamas, gerados em estações de tratamento de águas, ou de esgotos sanitários, ou fossas sépticas, ou ainda provenientes de postos de lubrificação de veículos e similares;

X - materiais de embalagens de mercadorias para proteção e/ou transporte, que apresentem algum tipo de risco de contaminação do meio ambiente;

XI - resíduos outros não definidos como lixo domiciliar.

§ 1º - Os geradores dos resíduos sólidos especiais acima discriminados são responsáveis exclusivos de seus resíduos, incluindo a gestão, manuseio, coleta, transporte, tratamento e disposição final, ficando sujeitos às normas dos órgãos municipais, estaduais e federais envolvidos.

Estabelece, ainda, a necessidade de cadastramento de grandes geradores de

resíduos e o pagamento de preço público, no caso de coleta pelo Administração

Municipal:

§ 2º - Os geradores dos resíduos sólidos especiais, discriminados nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, são considerados “grandes geradores”, ficam sujeitos às normas estabelecidas e obrigados a se cadastrarem no órgão municipal competente;

§ 3º - Resíduos sólidos especiais de que trata o parágrafo anterior, poderão ser transportados, pelo interessado, para local, previamente designado, ou recolhidos pelo órgão municipal competente, mediante prévia solicitação do interessado, que pagará uma taxa de acordo com tabela de preços públicos de serviços especiais, fixada por ato próprio.

O Decreto 12.913 de 15 de março de 2017 alterou o decreto regulamentador do

Código de Posturas, inserindo parágrafos aos artigos 10 e 13, para incluir os

organizadores de eventos no hall de geradores que precisam realizar a gestão

de seus resíduos.

Art. 1º O art. 10, do Decreto nº 9.117, de 1º de fevereiro de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 10. (...)

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(...)

§ 4º Os geradores dos resíduos sólidos especiais caracterizados no inc. XI deste artigo e no art. 13, V, compreendidos como promotores, organizadores e contratantes da realização de eventos, são responsáveis pela limpeza e pela remoção dos resíduos gerados na área e nos logradouros públicos lindeiros ao evento, após seu encerramento, comprovando a descarga dos resíduos em local de destinação devidamente autorizado pelo órgão ambiental competente, cujo descumprimento do disposto implica em infração média, ficando o infrator sujeito à multa e às demais sanções cabíveis.

§ 5º Nas situações descritas no parágrafo anterior, o órgão municipal competente, ao seu exclusivo critério e de forma facultativa, poderá realizar a limpeza e a destinação dos resíduos, mediante a cobrança do preço público respectivo, a ser recolhido ao Erário através do Documento de Arrecadação Municipal (DAM) emitido para este fim específico, antes da execução do serviço solicitado.

O Art. 12 define o que é considerado resíduo domiciliar e o que considera-se

assemelhado.

II - o resíduo sólido urbano tipificado como domiciliar, produzido em estabelecimentos comerciais, industriais, de serviços, entidades públicas ou privadas, unidades de saúde humana ou animal e imóveis não residenciais e cuja produção esteja limitada, por unidade de estabelecimento, ao volume por coleta de 200 (duzentos) litros ou 100 (cem) quilogramas;

Adiante, estabelece critérios para a gestão dos resíduos de serviços de saúde,

definindo que a coleta destes resíduos pela administração municipal será

realizada mediante pagamento de preço público, como observa-se a seguir no

parágrafo único do Art. 16.

Parágrafo único. A coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos de serviços de saúde, conforme classificação da ANVISA, das instituições particulares dos grupos A (infectante - subgrupos A1, A2, A4), B (químicos - não perigosos), D (resíduos comuns) e grupo E (perfurocortantes), poderão ser transportados pelo órgão municipal de limpeza urbana, desde que haja o ressarcimento dos custos, de acordo com a legislação vigente.

Observa-se que tanto o Código de Posturas quanto o seu decreto

regulamentador foram sancionados anteriormente à Política Nacional de

Resíduos Sólidos, no entanto, verifica-se que há sintonia entre estas legislações

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em diversos pontos, sobretudo em relação à identificação de grandes geradores

– e sua responsabilidade pela gestão de seus resíduos, além da estipulação de

preço público para a coleta realizada pela Administração Municipal – e no tocante

ao apoio à criação e operação de associações de catadores.

Como estabelecido no Art. 20, transcrito a seguir.

Art. 20. O órgão municipal competente deverá dar treinamento de manejo e gerenciamento funcional de resíduos recicláveis aos catadores de resíduos, incentivando a criação de associações, alertando para o papel importante que eles podem desenvolver na minimização do impacto sobre o meio ambiente, além de evitar passivos ambientais, objetivando a qualidade de vida, e oportunizando trabalho com a reciclagem de lixo, gerando empregos.

O decreto versa, em seu Art. 21, sobre a correta forma de disponibilização de

resíduos para a coleta: até duas horas antes do horário previsto para coleta e

em sacos plásticos de cem litros.

É definido, ainda, o que se considera como tratamento térmico de resíduos

sólidos, criando condições para a realização deste tipo de tratamento.

Art. 25. Entende-se por incineração o tratamento térmico dado aos resíduos sólidos a temperaturas acima de 800°, onde ocorre a destruição ou remoção da fração orgânica presente no resíduo, com redução da sua massa e volume. A combustão dos resíduos ocorre em equipamentos projetados especialmente para esse fim, denominados incineradores.

§ 1º - A incineração somente será permitida com o devido licenciamento ambiental pelo órgão competente, sob pena da incidência de infração considerada média, ficando o infrator sujeito a multa e às demais sanções administrativas cabíveis.

Salienta-se, no entanto, que a Política Estadual de Resíduos Sólidos de Minas

Gerais veda, em seu Art. 17, a incineração de resíduos, mesmo para

aproveitamento energético.

No Capítulo II – Trânsito e Equipamentos de Transporte - do Título IV –

Segurança e Ordem Pública – destaca-se a regulamentação da utilização de

veículos de tração animal (VTA), com necessidade de autorização do veículo e

do condutor.

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Os artigos 263 e 264 preconizam que os VTA devam estar identificados,

cadastrados no órgão competente e em bom estado de conservação, além de

estabelecerem os critério para a concessão da autorização para circulação dos

VTA, como transcrito a seguir do Art. 264.

I - o interessado só terá direito à autorização de um veículo;

II - os animais utilizados para a tração do veículo devem ser bem tratados e estar em condições para o desempenho da atividade;

III - os veículos deverão atender às exigências mínimas de segurança, tais como:

a) apresentar bom estado de conservação;

b) estar equipado com laterais vedadas e cobertura superior, quando se fizer necessário, para impedir a queda ou escoamento da carga, comprometendo ou dificultando as atividades de limpeza urbana e segurança, bem como impedir que a carga ultrapasse esses limites;

c) possuir dispositivos refletivos dianteiros e traseiro.

IV - pagamento dos tributos municipais devidos.

Além disso, o condutor deve estar devidamente cadastrado e autorizado, por

meio da Autorização de Condutor de Veículo de Tração Animal (ACVTA), como

observa-se a seguir.

Art. 266. O proprietário ou interessado deverá estar devidamente identificado e portar uma Autorização de Condutor de Veículo de Tração Animal (ACVTA), pessoal, exclusiva e intransferível.

4.1.3 LEI 9.811/2000 – PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO

A Lei 9.811 de 27 de junho de 2000 instituiu o Plano Diretor de Desenvolvimento

Urbano de Juiz de Fora. Destacam-se, inicialmente, os princípios básicos do

PDDU, que é, segundo o Art. 1º, “o instrumento básico da política municipal de

desenvolvimento urbano e o referencial de orientação para os agentes públicos

e privados na produção e na gestão da cidade”. Dentre os princípios básicos,

estão os apresentados a seguir:

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Art. 2º - Constituem princípios básicos do PDDU e norteadores das ações de planejamento e gestão urbana:

[…]

II - assegurar o direito de todos os cidadãos à moradia, serviços e infra-estrutura básica, através da ocupação justa e racional do solo urbano;

[…]

III - garantir a participação da comunidade e da sociedade civil organizada na sua implantação e gestão;

VII - respeitar e defender as especificidades locais, através da identificação das referências urbanas, da valorização dos espaços públicos, da preservação da memória cultural da cidade e da proteção do meio ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

O saneamento básico é considerado, no Art. 3º, como serviços e equipamentos

urbanos.

Art. 3º - O objetivo do PDDU é orientar o pleno desenvolvimento da função social da cidade, buscando atender o direito de acesso do cidadão a moradia, ao transporte, aos serviços e equipamentos urbanos e à preservação, proteção e recuperação dos patrimônios ambiental, arquitetônico e cultural.

Parágrafo único - Entende-se como serviços e equipamentos urbanos, dentre outros, o saneamento básico, a energia elétrica, a iluminação pública, a arborização de vias, a saúde, a assistência social, a segurança, a educação, a cultura, o lazer e a recreação.

No Art. 20, que trata das diretrizes relativos aos serviços e equipamentos

urbanos, a legislação estabelece a garantia de adequada coleta de resíduos no

município de Juiz de Fora.

II - relativamente aos serviços de abastecimento d'água, coleta, tratamento e disposição de esgotos, sanitários, coleta e disposição final do lixo e a drenagem de águas pluviais, o Município garantirá:

[…]

c) a coleta e disposição final do lixo urbano, obedecendo critérios de controle da poluição e de minimização de custos ambientais e de transportes, escolhendo adequadamente o local para aterro sanitário e incrementando o sistema de coleta seletiva, de acordo com o Plano

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Diretor de Limpeza Urbana, que deverá ser compatibilizado com o PDDU;

Convém salientar que está em tramitação na Câmara Municipal de Juiz de Fora

Projeto de Lei Complementar 4.267/2016, que dispõe, entre outros, sobre a

revisão do PDP/JF de Juiz de Fora, este projeto será alvo de análise no

Diagnóstico Participativo do PMGIRS.

4.1.4 USO E PARCELAMENTO DO SOLO

Neste item serão abordadas as leis que tratam do uso e parcelamento do solo

no Município de Juiz de Fora, com atenção para sua repercussão no PMGIRS.

4.1.4.1 Lei de Parcelamento do Solo

A Lei 6.908 de 31 de maio de 1986 dispõe sobre o parcelamento do solo no

Município de Juiz de Fora, “[...] buscando promover o predomínio do interesse

coletivo sobre o particular”, conforme explicitado no Art.1º.

Ainda no Art. 1º, a Lei apresenta seus objetivos:

I - evitar o adensamento populacional excessivo, desproporcional ou superior à capacidade de atendimento dos equipamentos urbanos e comunitários;

II - evitar o desperdício ou a improdutiva aplicação de recursos financeiros públicos, na execução de obras, serviços ou investimentos em áreas não prioritárias ou não se aproveitando as vantagens decorrentes de externalidades econômicas;

III - possibilitar à população o acesso fácil aos equipamentos urbanos e comunitários para assegurar-lhe condições dignas de habitação, trabalho, lazer e circulação no espaço urbano;

IV - facilitar ao Poder Público Municipal o planejamento de obras e serviços Públicos;

V - ordenar o crescimento da cidade.

No Art. 3º a Lei define onde é permitido o parcelamento do solo:

Art. 3º - Somente será admitido o parcelamento de solo para fins urbanos em Zonas Urbanas, de Expansão Urbana ou nos Núcleos Urbanos dos Distritos.

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§ 1º Considera-se lote para fins urbanos o terreno servido de infraestrutura básica, cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos na legislação municipal, para a zona em que se situe.

§ 2º Considera-se infraestrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento de águas pluviais, iluminação pública, rede de esgoto sanitário e abastecimento de água potável, de energia elétrica pública e as vias de circulação pavimentadas.

Convém destacar as definições constantes no Anexo I da Lei nº 6910/1986,

abordada no Item 4.1.4.2, que conceitua:

ÁREA URBANA: É o conjunto de espaços do Município que são utilizados para fins urbanos, além das áreas contíguas, que, mesmo estando pouco ou nada ocupadas, estarão comprometidas com a expansão urbana, em função de sua potencialidade e adequabilidade, de acordo com as perspectivas do desenvolvimento urbano.

ÁREA RURAL: A área rural é a área remanescente, situada entre os limites da área urbana e o limite do Município onde predominantemente se pretende assegurar as atividades agrícola, pecuária e extrativa.

ZONA URBANA: A zona urbana é o espaço da área urbana, que engloba predominantemente as áreas caracterizadas como urbanizadas e ocupadas, podendo compreender pequenos vazios, que são áreas não ocupadas existentes no interior da malha urbana.

ZONA DE EXPANSÃO URBANA: A zona de expansão urbana é o espaço da área urbana que compreende predominantemente espaços vazios e poucos adensados, previstos para a expansão urbana da Cidade.

Por fim, destaca-se a vedação, contida no Art. 4º, em relação ao parcelamento

do solo em áreas rurais do Município:

Art. 4º - Na área rural só será permitido o parcelamento do solo para fins rurais, sendo vedado o parcelamento do qual resultem áreas de terreno de dimensão inferior à do módulo rural da região, estabelecido pelo órgão federal competente.

A Lei de Parcelamento do Solo de Juiz de Fora não trata diretamente dos

resíduos sólidos, não sendo observada impacto na elaboração do PMGIRS.

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4.1.4.2 Lei de Uso e Ocupação do Solo

A Lei 6.910 de 31 de maio de 1986 dispões sobre o ordenamento do uso e

ocupação do solo no Município de Juiz de Fora, trazendo, em seu Art. 1º, os

mesmos objetivos consagrados na Lei de Parcelamento do Solo, apresentada

no Item 4.1.4.1.

A Lei determina a divisão do Municípios, com seus distritos e sua divisão urbana

e rural:

Art. 3° - Para fins urbanísticos e administrativos, o território do Município de Juiz de Fora, constituído por quatro distritos (distritos sede, Rosário de Minas, Sarandira e Torreões), divide-se em:

I - Área urbana;

II - Área rural;

[...]

E a divisão do distrito sede:

Art. 4° - A área urbana do distrito sede do Município conforme o disposto no artigo anterior, fica subdividida em:

I - Zona urbana;

II - Zona de expansão urbana.

[...]

Além disso, estabelece a subdivisão da área urbana do município nas Unidades

Territoriais (UT), conforme Art. 5º reproduzido a seguir e o :

Art. 5° - Para efeito de aplicação desta Lei, a área urbana do distrito-sede fica subdividida em Unidades Territoriais (UT), de acordo com as características físico-urbanísticas e socioeconômicas peculiares a cada uma.

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Mapa 1 – Unidades Territoriais (UT) do Município de Juiz de Fora3

O Município de Juiz de Fora, ao ordenar o território, para efeito de aplicação da

Lei de Uso e Ocupação do Solo definiu o Zoneamento – que estabelece as

limitações urbanísticas dados pelos modelos de ocupação (coeficiente de

aproveitamento e taxa de ocupação) conforme Anexo 8 da Lei nº 6909/1986

determinando os parâmetros que definem o potencial construtivo para os imóveis

na cidade, bem como as categorias de uso (Anexo 6 da Lei nº 6909/1986)

permitidas, nas zonas definidas pelo Art. 6º.

O Art. 6º subdivide a área urbana no Município em quatro tipos de zonas de Uso

e Ocupação do Solo:

• Zona Residencial – ZR

• Zona Comercial – ZC

• Zona Industrial – ZI

3 PJF - PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. Compilação da Legislação Urbana - Atualização, Juiz de Fora, MG, abril. 2018. Disponível em: < https://www.pjf.mg.gov.br/leis_urbanas/arquivos/ segunda_edicao/compilacao_abril_2018_corrigida_21_06_2018.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2018.

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• Zona de Uso Múltiplo - (ZUM)

Estas zonas são, por sua vez, subdivididas, sendo a Zona Residencial

subdividida em 3 zonas (Art. 7º), a Zona Comercial em 5 zonas (Art. 8º) e a Zona

de Uso Múltiplo em 2 zonas (Art. 9º). Não há subdivisão para a Zona Industrial.

Mapa 2 – Divisão Territorial Segundo a Lei de Uso e Ocupação do Solo4

4 Ibidem

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A Área Rural, como já apontado no Item 4.1.4.1 e definido no Anexo I da Lei

6.910/86, “é a área remanescente, situada entre os limites da área urbana e o

limite do Município onde predominantemente se pretende assegurar as

atividades agrícola, pecuária e extrativa”, as áreas urbanas do Município de Juiz

de Fora estão apontadas no Mapa 2.

Convém salientar que a variação do adensamento urbano que se verifica nas

diversas regiões e que está relacionada com o regramento estabelecido na Lei

de Uso e Ocupação do Solo, bem como com os movimentos do mercado

imobiliário, terá impacto na forma de coleta dos resíduos sólidos domiciliares,

haja vista que verifica-se, nas áreas mais adensadas, uma geração mais intensa

por metro quadrado.

Por outro lado, nas áreas de expansão urbana há geração menos intensa por

unidade de área, o que demanda racionalização das rotas de coleta para

otimização do uso dos equipamentos.

A seguir destaca-se a classificação das atividades relacionadas aos resíduos,

presentes no Anexo 7 e as zonas onde tais categorias de uso são permitidas de

acordo com Anexo 6 – Tabela A – Lei nº 6910/1986.

Comércio e Serviços – Bairro: Grupo 4 (B4)

• Comércio de sucata, papel, etc. (até 300m²) é considerado

• Fabricação de artefatos de borracha proveniente de pneu usado

Permitido na ZC3, na ZC4, na ZC4 Via Especial, na ZC5, na ZUM 1 e na ZUM 2

Comércio e Serviços – Setorial: Grupo 2 (S2)

• Comércio atacadista de coleta, filtragem e comércio de óleo vegetal para

reciclagem (até 300m²)

• Comércio de Sucata de ferro, papel, etc. (acima de 2000m²)

Permitido na ZR3 Corredor de Bairro (pequeno porte), na ZC4 (pequeno porte),

na ZC4 Via Especial, na ZC5 (médio porte), na ZUM1 e na ZUM2

Industrial – Grupo 1 (I1)

• Reciclagem de material plástico (até 100m²)

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 77 e-mail - [email protected]

Permitido, para estabelecimentos de pequeno porte, na ZR2 Zona, na ZR2

Corredor, na ZR3 Zona, na ZR3 Corredor, na ZC1, na ZC2, na ZC3, na ZC4

Zona, ZC4 Via Especial, na ZC5; e de grande porte na ZUM1 e na ZUM2.

Industrial – Grupo 2 (I2)

• Adubo vegetal para plantas (acima de 300m²)

• Reciclagem de material proveniente de demolições

• Reciclagem de material de construção (até 2000m²)

• Reciclagem de material não metálico

• Reciclagem e papéis

• Reciclagem de polímeros (plásticos)

• Reciclagem de sucatas: de ferro, de aço, de alumínio e outros metais

• Reciclagem de vidro

• Reciclagem de óleo de cozinha, óleos industriais e automotivos

• Reciclagem e beneficiamento de tijolos refratários

• Coleta, filtragem e comércio de óleo vegetal para reciclagem (acima de

300m²)

• Indústria de estopas, aparas e resíduos de algodão

Permitido, para estabelecimentos de pequeno porte na ZC4 Zona, na ZC5 e para

estabelecimentos de grande porte na ZUM1 e na ZUM2.

Industrial – Grupo 4 (I4)

• Indústria de reciclagem de baterias industriais, automotivas, de telefonia

celular, telefones sem fio

• Industria de reciclagem de lâmpadas fluorescentes

• Usina de tratamento de resíduos de saúde

• Usina de incineração de resíduos

• Usina de compostagem

Permitido para estabelecimentos de grande porte apenas na ZUM2.

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4.1.5 DECRETO 11.878/2014 - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PSB)

O Decreto 11.878 de 21 de fevereiro de 2014 instituiu o Plano Municipal de

Saneamento Básico de Juiz de Fora, após o Plano ser referendado pelo Grupo

de Trabalho Executivo do PSB/JF, pela sociedade em audiência pública e pelo

Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR/JF. O Plano foi anexado ao

Decreto como parte integrante deste.

O Plano de Saneamento Básico foi elaborado no ano de 2014, com ampla

participação social. Foi instituído um Grupo de Trabalho responsável por

acompanhar a elaboração do PSB.

O Plano apresentou, entre outros, a situação atual dos serviços de saneamento

no Município de Juiz de Fora, além de propor soluções para o aperfeiçoamento

destes serviços.

No tocante aos resíduos sólidos, o Plano identificou as fragilidades apresentadas

a seguir:

• Fiscalização inexistente ou tolerante com relação a áreas de bota-fora;

• ausência de caracterização dos resíduos gerados; • deficiência na coleta seletiva: divulgação, frequência e

destinação; • baixo índice de utilização de tecnologias modernas na

manutenção, fiscalização e operação do sistema; • inventário desatualizado de catadores no município; • insuficiência de postos de coleta de resíduos especiais (pneus,

óleo, lâmpadas, pilhas, vidro, volumosos, etc.); • não implantação do Plano Integrado de Resíduos da Construção

Civil e suas diretrizes; • desatualização dos planos relacionados à limpeza urbana; • não implantação do sistema de compostagem; • falta de fiscalização específica dos serviços de limpeza urbana; • disposição incorreta de resíduos de construção civil no bairro

Cidade do Sol (em cava de pedreira extinta); • baixa qualidade dos serviços de coleta de resíduos nos distritos; • baixa qualidade da frota de caminhões utilizada na coleta de

resíduos no município, tanto regular, quanto seletiva; • desatualização das informações constantes no site do Demlurb; • deficiência estrutural e operacional do órgão responsável pela

limpeza urbana; • falta de planejamento operacional da limpeza urbana;

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• metodologia desatualizada para definição da cobrança dos serviços prestados;

• deficiência de limpeza das vias; • limpeza e capina das margens do rio Paraibuna e seus afluentes,

hoje de responsabilidade da Cesama, como forma de compensação pelo lançamento de esgotos sem tratamento, o que mudará com a implantação dos sistemas de intercepção e tratamento.

O Plano identificou também como potencialidades em relação aos serviços de

limpeza urbana:

A relativa sustentabilidade do serviço de limpeza urbana, a qual tem no Demlurb organismo com reconhecida capacidade de operação e manutenção; contudo, a ampliação da coleta seletiva criará demanda de recursos para investimento tanto para operação, quanto manutenção, o que pode acarretar necessidades adicionais de fontes de receitas do serviço.

E como lacuna:

A possibilidade de que o Demlurb esteja exercendo a fiscalização do contrato fica restringida, dentro da lógica geral da Lei Federal n. 11.445/2007.

Necessidade de definição de um ente regulador.

O Plano concluiu que, apesar das dificuldades, os serviços são prestados

satisfatoriamente, como boa frequência em todo o território do Município.

No entanto, o PSB estabeleceu cenários para a gestão dos resíduos para o

horizonte de planejamento, com metas para a universalização dos serviços, a

ser cumprida até o ano de 2022. Dentre as proposições estabelecidas no PSB,

destacam-se as direcionadas ao Demlurb:

Rever o planejamento da coleta doméstica, a fim de compatibilizar a estrutura existente com a demanda e a qualidade do serviço;

Avaliação de áreas que demandem maior frequência de coleta, bem como da necessidade de se ampliar a frota disponível de forma a adequá-la à frequência da coleta e ao volume a ser coletado;

Elaborar um diagnóstico com o mapeamento de todas as áreas acometidas por disposição clandestina de resíduos domiciliares, assim como regiões de difícil acesso aos veículos convencionais, e a

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compatibilização desses veículos de forma a proporcionar uma coleta regular nestes locais (exemplo o uso de contêiners nas AEIS). (sic)

O PSB propõe ainda a instalação de Pontos de Entrega Voluntária de resíduos,

baseado no Plano Integrado de Resíduos da Construção Civil, como forma de

prevenir a deposição irregular de resíduos.

O PSB definiu indicadores qualitativos para os resíduos sólidos:

ICCN- Índice de Cobertura por Coleta Normal de resíduos (%)

ICCS – Índice de Cobertura por Coleta Seletiva (%)

IRMR – Índice de Recuperação de Materiais Recicláveis (%)

GPC – Geração Per Capita(kg/hab.dia)

IACS – Índice de Adesão à Coleta Seletiva (%)

IROCN – Índice de Resíduos Oriundos da Coleta Normal por população coberta por coleta seletiva que seguem para disposição final

IROCS – Índice de Resíduos Oriundos da População Coberta por Coleta Seletiva, que aderiram e que seguem para triagem (%)

Tabela 1 - Metas quantitativas para indicadores de resíduos5

Ano ICCN (%)

ICCS (%)

IRMR (%)

GPC (kg/hab.dia)

IACS (%)

IROCN (%)

IROCS (%)

2014 95 50 10 0,91 20 60 40

2018 99 59 25 0,91 35 60 40

2022 100 68 38 0,91 45 60 40

2033 100 100 80 0,91 80 60 40

Por fim, o PSB estabeleceu dois Projetos dentro do Programa de Melhrira da

Gestão dos Resíduos Sólidos – Pró-Resíduos: Projeto de Gerenciamento do

Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos e o Projeto de

Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos.

Para o Projeto de Gerenciamento do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de

Resíduos Sólidos propôs-se 5 ações:

5 PJF - PREFEITURA DE JUIZ DE FORA. Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, fev. 2014. Disponível em: <https://pjf.mg.gov.br/e_atos/anexos/11878%20-%20Anexo_170237.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2018.

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• A501 - Elaborar o Plano Integrado de Resíduos Sólidos;

• A502 - Revisar condições de validade dos contratos que tenham por

objeto a prestação de serviços públicos de saneamento básico de forma

a adequá-los à legislação/ regulação vigente;

• A503 - Elaborar estudo de concepção para melhoria e expansão da coleta

e transporte para a disposição final de resíduos sólidos;

• A504 - Elaborar e implementar projeto de conteinerização como forma de

armazenamento temporário de resíduos domésticos;

• A505 – Promover a ampliação e melhoria da qualidade da gestão e

gerenciamento dos serviços de varrição, capina e limpeza dos sistemas

de drenagem fluvial (cursos d’água) e pluvial (águas de chuva).

Já para o Projeto de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos foram propostas 5

ações:

• A506 - Elaborar estudo de ampliação da cobertura e melhoria da coleta

seletiva inclusive estudos de impacto ambiental;

• A507 – Adquirir equipamentos e veículos e implantar Pontos de Entrega

Voluntária (PEV);

• A508 – Capacitar e organizar catadores;

• A509 – Formalizar parcerias;

• A510 – Melhorar/construir galpão de triagem;

• A511 – Implementar sistema de banco de dados e adequá-lo ao SIM-

SB/JF.

O total previsto para a elaboração de todas as ações propostas é de R$ 23,5

milhões.

4.2 LEGISLAÇÃO SANITÁRIA E RSS

Neste item são avaliadas as legislações que tratam do código sanitário e dos

resíduos de serviços de saúde de Juiz de Fora.

4.2.1 CÓDIGO SANITÁRIO

A Lei Complementar 064 de 24 de julho de 2017 estabeleceu o código sanitário

do Município de Juiz de Fora.

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A importância do saneamento básico é apontada no Art. 4º do Código Sanitário,

que considera o saneamento como um dos “fatores determinantes e

condicionantes da saúde da população”.

Além disso, o inciso II do Art. 8º estabelece que a operação de sistemas de

saneamento ambiental insere-se dentro das ações de atenção à saúde.

Art. 15. São atribuições comuns ao Estado e aos Municípios, em sua esfera administrativa, de acordo com as pactuações do Sistema de Saúde, conforme definido pelas normas específicas e do Ministério da Saúde:

I - participar da formulação da política e da execução das ações de vigilância ambiental e de saneamento básico;

[…]

Em relação aos resíduos sólidos, propriamente ditos, o Código Sanitário, em seu

Art. 6º, estabelece a necessidade de observância deste regulamento.

Art. 6º A matéria sanitária direta ou indiretamente relacionada com a promoção e a proteção da saúde no Município reger-se-á pelas disposições desta Lei Complementar e de sua regulamentação, abrangendo o controle:

[…]

III - da geração, minimização, acondicionamento, armazenamento, transporte e disposição final de resíduos sólidos e de outros poluentes, segundo a legislação específica;

[…]

No Art. 21 a Lei Complementar estabelece que o controle “da geração, da

minimização, da segregação, do acondicionamento, do armazenamento, do

transporte e tratamento, da disposição final de resíduos sólidos e de outros

poluentes” é parte do conjunto de ações denominadas vigilância sanitária.

Art. 47. São sujeitos ao controle sanitário os produtos de interesse da saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção à utilização e à disposição final de resíduos e efluentes.

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O Art. 51 que estabelece as infrações sanitárias, determina que assim se

constituem as ações de reciclagem de resíduos sólidos infectantes (inciso XXV),

bem como “executar etapa de processo produtivo, transportar e utilizar produto

ou resíduo considerado perigoso, segundo a classificação de risco normatizada”

(inciso XXXII).

4.2.2 LEI 7.688/1990 – PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO LIXO HOSPITALAR

A Lei 7.688 de 14 de fevereiro de 1990, que “estabelece procedimentos relativos

ao lixo hospitalar”, determinou regramento para o manuseio dos resíduos de

serviço de saúde, na ocasião ainda denominado lixo hospitalar. A legislação

aborda questões relativas ao acondicionamento, armazenamento, coleta e

destinação final dos resíduos.

O Art. 3º atribuía ao órgão municipal de limpeza urbana a competência exclusiva

da coleta destes resíduos, no entanto, este artigo foi revogado pela Lei

12.192/2010, tratada adiante.

O Art. 4º da legislação determina a obrigação de inscrição, no Cadastro de

Estabelecimentos Produtores de Lixo Hospitalar, dos estabelecimentos

geradores destes resíduos.

O Art. 26 estabelece as atribuições do órgão municipal de limpeza urbana:

Art. 26 - Caberá ao órgão municipal de limpeza urbana:

I - promover treinamento de seus servidores, propiciando condições mínimas de risco na execução dos serviços;

II - promover exames médicos no pessoal colocado na execução dos serviços, quando da admissão e semestralmente, além da vacinação necessária de acordo com as normas sanitárias nacionais e internacionais;

III - fornecer ao pessoal colocado na execução dos serviços, roupas brancas e paramentos necessários ao desempenho das funções, além de promover sua lavagem e desinfecção no final de cada turno;

IV - promover diariamente a lavagem e desinfecção dos veículos e equipamentos empregados na execução dos serviços;

V - promover, dentro do aterro, disposição final do lixo hospitalar em separado do lixo domiciliar.

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Convém salientar, em relação à alínea V do Art. 26, que a Deliberação Normativa

COPAM 172, de 22 de dezembro de 2011, em consonância com o estabelecido

na Resolução Conama 358/2005, autoriza em seus artigos 5º, 6º e 8º a

disposição final de resíduos de serviços de saúde em aterro sanitário ou aterro

sanitário de pequeno porte, desde que respeitado requisitos operacionais, com

as seguintes regras: A1 e A2, após tratamento prévio; Grupos A4 e E,

respeitando-se as condições quanto à contaminação; Grupo B sem

características de periculosidade, desde que sejam atendidos os requisitos

técnicos e operacionais apontados na DN COPAM 172/2011.

4.2.3 TAXA DE COLETA DE LIXO HOSPITALAR (TCLH)

A Taxa de Coleta de Lixo Hospitalar (TCLH) foi instituída pela Lei 7.700 de 2 de

março de 1990 e alterada, posteriormente, pela Lei Municipal 11.445 de 1º de

novembro de 2007.

A Lei determina, em seu Art. 1º, que “a Taxa de Coleta de Lixo Hospitalar tem

como fato gerador a prestação de serviços de coleta e destinação final do lixo

hospitalar”, e sua base de cálculo, segundo o Art. 2º, é o custo da coleta e

fiscalização dos serviços.

A Lei traz, no seu anexo único, os valores da TCLH, que variam de acordo com

o volume de resíduos e a frequência de coleta.

4.2.4 LEI 12.192/2010 – COLETA, TRANSPORTE, ARMAZENAGEM, TRATAMENTO E

DESTINAÇÃO FINAL DE RSS

A Lei 12.192 de 23 de dezembro de 2010, que “dispõe sobre a coleta, transporte,

armazenagem, tratamento e destinação final de resíduos dos serviços de saúde

no Município de Juiz de Fora”, abordou de forma mais detalhada os

procedimentos para manejo dos resíduos de serviço de saúde, além de

modernizar o arcabouço legal municipal, sobretudo adequando-o à Resolução

Conama 358 de 29 de abril de 2005.

A legislação estabelece, inclusive, regras para o transporte interno destes

resíduos e para a frequência de coleta.

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A Lei estabelece, ainda, a necessidade de elaboração do plano de

gerenciamento de resíduos de serviço de saúde pelos geradores destes

resíduos.

4.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Neste item abordam-se as legislações relacionadas ao meio ambiente e sua

interface com os resíduos sólidos.

4.3.1 CÓDIGO AMBIENTAL

A Lei 9.896 de 16 de novembro de 2000 instituiu o Código Ambiental de Juiz de

Fora, que tem por objetivos:

I - preservação e adequação do meio ambiente a fim de garantir condições necessárias à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos;

II - adequação das atividades do sistema produtivo local às imposições do equilíbrio ecológico, mediante implantação de normas técnicas, procedimentos e padrões de qualidade no tratamento e disposição de resíduos, emissões de efluentes de qualquer natureza;

III - preservação e conservação dos recursos naturais renováveis, bem como o estabelecimento de diretrizes para o manejo e utilização econômica, racional e criteriosa dos recursos naturais renováveis e não renováveis;

IV - adequação do uso e ocupação do território municipal, de acordo com sua aptidão ambiental, visando o desenvolvimento sustentável;

V - desenvolvimento de programas de educação e incentivo às ações que consolidem uma cultura voltada para a adoção de hábitos, costumes, posturas e práticas sociais e econômicas não prejudiciais ao meio ambiente;

VI - acompanhamento e fiscalização dos impactos ambientais provocados por fatores naturais e humanos, tomando as medidas preventivas e corretivas, adequadas a cada tipo de impacto;

VII - previsão de penalidades e instrumentos de sua aplicação, no caso de infrações ao previsto neste Código.

No tocante aos resíduos sólidos, a legislação traz, artigo 13 ao 16, regras gerais

para o manejo de resíduos sólidos e determina, em seu artigo 12, que o SISMAD

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(Sistema Municipal de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável)

deverá criar uma Política Integrada de Resíduos Sólidos.

No artigo 13 a legislação já trata da responsabilidade dos geradores de resíduos

“considerados de risco, contaminados, infectados ou contagiosos”, por seu

manejo, estabelecendo, ainda, que quando o órgão municipal de limpeza urbana

realizar o tratamento destes resíduos, o ônus deve ser do gerador.

A legislação determina, por fim, que a Política Municipal de Meio Ambiente tenha

um programa denominado “Coleta, Tratamento e Disposição de Resíduos

Sólidos”.

4.3.2 SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

A Lei 9.590 de 14 de setembro de 1999 criou o Sistema Municipal de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Juiz de Fora (SISMAD) e o Decreto

6.728 de 5 de junho de 2000 regulamentou seu funcionamento, no artigo 3º deste

Decreto está contido o objetivo do SISMAD, qual seja: “planejar, integrar e

coordenar as ações necessárias ao desenvolvimento sustentável no município

de Juiz de Fora”.

O decreto regulamentador da Lei 9.590/1999 estabeleceu os parâmetros para a

constituição do SISMAD. No tocante aos resíduos sólidos deu diretrizes gerais

sobre o manejo de resíduos sólidos e determinou que o lançamento de resíduos

sólidos fora das normas constitui infração grave.

4.3.3 COMDEMA E SUAS DELIBERAÇÕES

O Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente de Juiz de

Fora (COMDEMA-JF) foi criado pela Lei 5.856 de 9 de setembro de 1980 como

órgão colegiado consultivo.

Com a sanção da Lei 9.680 de 20 de dezembro de 1999, que reestruturou o

Comdema, o órgão teve suas prerrogativas alargadas passando a ser “órgão

normativo, colegiado, consultivo e deliberativo integrante do Sistema Municipal

de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Município”.

O Decreto 12.373 de 17 de junho de 2015, por sua vez, regulamentou a Lei

9.680/1999, regrando o funcionamento do Comdema. Em sua estrutura, descrita

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no Art. 8º, o Comdema - além da Presidência, do Plenário e da Secretaria

Executiva - possui cinco Câmaras Especializadas, dentre as quais, destaca-se a

Câmara de Atividades de Infraestrutura e Saneamento (CAIS), cuja composição,

dada pelo Art. 21, é como se observa a seguir:

I - representante da SDS;

II - representante da SAU;

III - representante do IEF/SAA;

IV - representante da Câmara Municipal;

V - representante da CESAMA;

VI - representante do DEMLURB;

VII - representante do CREA-MG;

VIII - representante do Colégio Pio XII;

IX - representante da Rede de Ensino DOCTUM;

X - representante da UNIJUF;

XI - representante do SENGE/ZM;

XII - representante do SINDUSCON/JF;

XIII - representante do IAB/JF;

XIV - representante do IDENC.

Dentre as competências da CAIS, estabelecidas no Art. 28, estão:

I - propor políticas de uso e ocupação do solo, de esgotamento sanitário, saneamento, resíduos sólidos e drenagem;

II - propor sugestões aos planos diretores urbanos, de esgotamento sanitário e pluvial e limpeza urbana;

III - receber e julgar recurso interposto contra penalidade aplicada pela Câmara de Julgamentos Fiscais;

IV - decidir sobre os pedidos de concessão de licença, no que se refere a atividades relacionadas à Infraestrutura e Saneamento Básico;

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V - requerer ao Plenário, motivadamente, a aplicação das penalidades previstas no art. 42, da Lei nº 9.896/2000 e no art. 1º, da Lei nº 9.975/2001, que dispõem sobre o Código Ambiental Municipal de Juiz de Fora.

4.3.3.1 Deliberação Comdema 22/2005

A Deliberação Comdema de 25 de agosto de 2005, que “dispõe sobre normas

específicas para o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

Simplificado – PGRSS Simplificado”.

A norma estabelece, em seu Art. 1º, que podem apresentar o PGRSS

Simplificado os estabelecimentos públicos ou particulares, novos ou em

funcionamento, que:

I - Geram resíduos do Grupo A (Subgrupo A1, A2 e A4), e/ou Grupo B, e/ou Grupo E em quantidade total igual ou inferior a 80 quilogramas por mês;

II - Geram resíduos do Grupo D, sendo que este não está limitado por peso;

III - Tenham responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos gerados por suas atividades, desde a origem até seu destino final.

A Deliberação estabelece os critérios para análise dos pedidos, a forma de

preenchimento do requerimento, além de determinar as normas – municipais,

estaduais e federais – a serem consideradas para a elaboração do PGRSS

Simplificado.

4.3.3.2 Deliberação Comdema 27/2006

A Deliberação Comdema 27 de 7 de dezembro de 2006 também dispõe sobre

normas específicas para o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de

Saúde Simplificado – PGRSS Simplificado.

A norma estabelece regras para a emissão do Certificado de Conformidade

Ambiental do PGRSS Simplificado, bem como período de validade e os critérios

para renovação.

O órgão executor do SISMAD, segundo o Art. 2º, é o responsável pela emissão

do Certificado.

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4.3.3.3 Deliberação Comdema 35/2008

A Deliberação Comdema 35 de 2 de dezembro de 2008 “dispõe sobre normas

específicas para o licenciamento ambiental dos Estabelecimentos Geradores de

Resíduos de Serviços de Saúde”.

A Deliberação determina, em seu Art. 1º, que devem proceder ao licenciamento

ambiental junto ao Condema os estabelecimentos Geradores de Resíduos de

Serviços de Saúde, contemplados no Anexo Único, que sejam potenciais

geradores dos resíduos:

I- Grupo A subgrupos A3 e A5;

II- Grupo C;

III- Grupo A (Subgrupo A1, A2 e A4), e/ou Grupo B, e/ou Grupo E em quantidade superior a 80 quilogramas por mês;

Parágrafo único – O limite de peso para resíduos do Grupo D é estabelecido pelo decreto regulamentador do Código de Posturas.

A norma define os critérios e etapas para a obtenção da licença ambiental para

os estabelecimentos mencionados.

A Deliberação reafirma a necessidade de elaboração do PGRSS e condiciona a

obtenção da licença ambiental à elaboração do referido plano, como

determinado no Art. 9º. Reafirma, ainda, no Art. 10, as normas de manuseio

destes resíduos.

O Art. 11 da norma aponta as infrações relativas ao manejo dos resíduos de

serviços de saúde, sujeitando o infrator às penalidades previstas no Código

Ambiental Municipal de Juiz de Fora.

4.4 LEI 11.232/2006 – TAXA DE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (TCRS)

A Lei 11.232 de 11 de outubro de 2006 instituiu a Taxa de Coleta de Resíduos

Sólidos (TCRS) com vistas a “custear os serviços públicos específicos e

divisíveis de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos

prestados pelo Município de Juiz de Fora”.

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A TCRS é destinada exclusivamente aos geradores de resíduos domiciliares ou

assemelhados que não gerem resíduos acima de 200 litros ou 100 quilogramas

de resíduos por coleta.

Aos geradores de resíduos acima desta faixa, considerados grandes geradores,

é facultado o transporte do resíduo até local indicado pelo órgão de limpeza

pública ou a coleta pelo ente municipal com cobrança de preço público, o que é

alvo do Decreto 9.603/2008 tratado adiante. Também se enquadram nesta

categoria os geradores de resíduos de construção civil, de resíduos verdes, de

resíduos volumosos e de resíduos gerados em oficinas e indústrias.

A legislação estabelece a responsabilidade exclusiva do gerador pelo manejo de

outros resíduos como os resíduos de serviços de saúde, os resíduos de serviços

de saneamento, além dos resíduos perigosos.

Apesar de anterior à Política Nacional de Resíduos Sólidos e às Diretrizes

Nacionais para o Saneamento Básico, a Lei 11.232/2006 traz elementos que

mais tarde estariam consagrados nesses dois marcos legais, como a

asseguração da sustentabilidade econômico-financeira da prestação do serviço

de limpeza urbana, que é aqui o tema central, mas também a responsabilização

do grande gerador pelo manejo dos seus resíduos.

A legislação ainda estabelece os valores de cobrança e o fato gerador, qual seja:

“a utilização, efetiva ou potencial, dos serviços públicos específicos e divisíveis

de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos

residenciais e não-residenciais prestados pelo Município”. A norma também

prevê isenções à TCRS.

4.5 COBRANÇA DE PREÇO PÚBLICO DECORRENTE DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE

COLETA DE RESÍDUOS PRODUZIDOS PELOS GRANDES GERADORES

Na esteira do item anterior, o Decreto 9.603 de 14 de agosto de 2008 “disciplina

a cobrança de preço público decorrente da prestação de serviços de coleta de

resíduos produzidos pelos grandes geradores”, determinando os preços relativos

à remoção regular e à remoção ocasional.

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O Decreto 12.008 de 20 de julho de 2014 acrescentou o parágrafo único ao Art.

2º do Decreto 9.603/2008, definindo preço público para a descarga de resíduos

de construção civil “em local autorizado, diverso do aterro sanitário”.

4.6 CATADORES, SUAS ORGANIZAÇÕES E INCENTIVO A COLETA SELETIVA

Neste tópico concentram-se as legislações afetas aos catadores de materiais

recicláveis ou reutilizáveis e suas organizações.

4.6.1 DECRETO 9.598/2008 – CONCESSÃO DE PERMISSÃO DE USO ASCAJUF

O Decreto 9.598 de 30 de julho de 2008 outorga a concessão de uso, pelo prazo

de 10 anos, à Associação Municipal dos Catadores de Papel, Papelão e

Materiais Reaproveitáveis de Juiz de Fora – Ascajuf de imóvel público localizado

na Fazenda Benfica, para que a ASCAJUF possa realizar suas atividades de

triagem, operacionais e administrativas.

4.6.2 DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA DA ASCAJUF

A Lei 11.892 de 15 de dezembro de 2009 considera a Associação Municipal dos

Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reaproveitáveis de Juiz de Fora -

Ascajuf como de Utilidade Pública Municipal.

4.6.3 DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA DA APARES

A Lei 11.893 de 15 de dezembro de 2009 considera a Associação de Catadores

de Papel e Resíduos Sólidos de Juiz de Fora – Apares como de Utilidade Pública

Municipal.

4.6.4 PERMISSÃO DE USO ALICER

O Decreto 12.969 de 19 de maio de 2017 outorgou Permissão de Uso à

Associação Lixo Certo (ALICER) de área pública para que a Associação

desenvolva atividades de armazenamento e triagem de materiais recicláveis.

4.6.5 LEI 13.427/2016 – PROGRAMA PRO-RECICLAR

O Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Urbanos (Pro-reciclar) foi

instituído pela Lei 13.427 de 20 de julho de 2016. O Programa visa a incentivar

o reaproveitamento dos materiais, reafirmando aspectos já apontados na PNRS,

como o relacionado à responsabilidade compartilhada.

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Também determina que o poder público municipal deverá promover campanhas

educacionais, entre outros, com o objetivo de esclarecer a população acerca da

correta forma de descarte dos resíduos e os impactos deste no meio ambiente.

4.7 ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS

Neste tópico são abordados os órgãos gestores dos resíduos sólidos e as

legislações que os incumbem de suas atribuições. O foco deste tópico é

apresentar os responsáveis, designados pelo titular dos serviços de limpeza

urbana e manejo dos resíduos sólidos, para a execução das funções de

planejamento, prestação dos serviços, fiscalização e regulação, tal qual

estabelecido na Lei Federal 12.305/2007, que instituiu as Diretrizes Nacionais

para o Saneamento Básico.

4.7.1 SEPLAG – PLANEJAMENTO

A Secretaria de Planejamento e Gestão - SEPLAG passou a ter esta

denominação após a sanção da Lei Nº 12.778 de 09 de abril de 2013, que alterou

o disposto na Lei 10.000/2001, que estabelece a estrutura organizacional do

Poder Executivo do Município de Juiz de Fora.

A Lei 12.778/2013 determina que:

Compete à Secretaria de Planejamento e Gestão realizar o planejamento e a proposição de novos modelos de gestão municipal que fomentem a inovação e aperfeiçoamento das ações governamentais e estimulem a cooperação técnica intersetorial, estabelecer diretrizes técnicas que promovam o desenvolvimento sustentável da cidade no âmbito do planejamento urbano e colaborar com o aprimoramento da Administração Pública Municipal no que tange a definição das políticas de tecnologia da informação e a elaboração e consolidação das peças orçamentárias, além de articular com órgãos e entidades federais, estaduais e de outros municípios a captação e liberação de recursos externos que viabilizem os projetos estratégicos para a cidade.

O Decreto 11.782 de 16 de dezembro de 2013, por sua vez, regulamentou a

organização e as competências da Secretaria de Planejamento e Gestão, neste

sentido, o artigo 19 traz as competências da Subsecretaria de Planejamento do

Território, a saber:

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 93 e-mail - [email protected]

Art. 19. À Subsecretaria de Planejamento do Território, orientada por seu Subsecretário, compete:

I - planejar, organizar, propor as diretrizes, bem como acompanhar e avaliar as ações relativas às políticas de planejamento territorial e setorial que, especificamente, consistem no planejamento urbano e rural, habitacional, de saneamento básico e de mobilidade urbana; (grifo nosso)

O artigo 21 estabelece as competências do Departamento de Articulação e

Integração de Políticas Setoriais - DAIPS, ligado à Subsecretaria de

Planejamento do Território, com destaque àquelas atribuições explicitamente

ligadas ao saneamento básico:

Art. 21. Ao Departamento de Articulação e Integração de Políticas Setoriais, orientado por seu Chefe, compete:

I - coordenar a elaboração e/ou revisão dos Planos de Habitação e Saneamento Básico, integrando-os e compatibilizando-os com as diretrizes e normas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano;

[…]

VI - promover e acompanhar a consolidação e a atualização da legislação dos setores habitacional, de saneamento básico e de mobilidade, reproduzindo as eventuais inovações nas diretrizes dos instrumentos locais de planejamento;

Na Resolução 082 - SEPLAG/JF de 16 de dezembro de 2013, que aprovou o

regulamento interno da Secretaria de Planejamento e Gestão, está estabelecida

a estrutura do Departamento de Articulação e Integração de Políticas Setoriais,

o qual traz em sua composição a Supervisão II de Saneamento - SUSAN, cujas

atribuições estão estabelecidas no artigo 35.

Art. 35. À Supervisão II de Saneamento - SUSAN, orientada por seu Supervisor, compete:

I - coordenar a elaboração e a implementação da Política e do Plano Municipal de Saneamento, garantindo o cumprimento da legislação federal específica, articulados à Política e ao Planejamento Territorial;

II - desenvolver ações com vistas à implementação de programas e projetos destinados ao saneamento básico, garantindo o cumprimento das normas, técnicas e padrões adequados de saúde pública;

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 94 e-mail - [email protected]

III - articular a participação de representantes do Sistema Único de Saúde na formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

IV - contribuir com projetos e ações voltados para a educação para o trânsito;

V - contribuir com o aperfeiçoamento da gestão do saneamento básico e mobilidade urbana no Município;

VI - representar a instituição, quando indicado, em conselho e reuniões específicas do setor;

VII - emitir pareceres técnicos referentes à Política e aos Planos setoriais;

VIII - elaborar relatório com informações das atividades da Supervisão.

Assim, a estrutura organizacional da Secretaria de Planejamento e Gestão pode

ser observada na Figura 7, que traz o organograma geral da SEPLAG, com

destaque para a Subsecretaria de Planejamento do Território – SSPLAT na Figura

6, a seguir.

Figura 6 - Destaque da Subsecretaria de Planejamento do Território

Fonte: Prefeitura Municipal de Juiz de Fora

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 95 e-mail - [email protected]

Figura 7 – Organograma SEPLAG

Fonte: Prefeitura Municipal de Juiz de Fora

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 96 e-mail - [email protected]

4.7.1.1 GT Executivo PMGIRS

O Grupo Técnico Executivo – GT Executivo/PMGIRS foi criado pela Portaria

9.657 de 3 de maio de 2017 com responsabilidade “por todo o processo de

acompanhamento de contrato e elaboração do Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos de Juiz de Fora/MG”.

O Art. 2º da Portaria nomeia os servidores indicados pela administração

municipal para compor o GT Executivo/PMGIRS e o Art. 3ª determina os

gestores e fiscais do contrato.

A portaria também estabelece as atribuições do GT Executivo/PMGIRS:

I - validar o Manual de Referência e o Orçamento elaborados pela AGEVAP que deverão ser utilizados para contratação e elaboração do PMGIRS, através de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART);

II - acompanhar a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;

III - coordenar o processo de mobilização e participação social;

IV - sugerir alternativas do ponto de vista de viabilidade técnica, operacional, financeira e ambiental, buscando promover ações integradas de gestão de resíduos sólidos;

V - deliberar sobre estratégias e mecanismos que assegurem a implementação do Plano;

VI - analisar os produtos gerados durante a construção do Plano;

VII - definir e acompanhar agendas das equipes de trabalho e de pesquisa;

VIII - formular os temas para debate nas oficinas;

IX - criar agendas para a construção das diversas informações componentes do Plano junto à sociedade;

X - produzir documentos periódicos sobre o andamento do processo de construção, publicá-los e distribuí-los convenientemente;

XI - garantir locais e estruturas organizacionais para dar suporte a oficinas, audiências públicas e debates visando à participação da sociedade;

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 97 e-mail - [email protected]

XII - promover campanhas informativas e de divulgação do processo de construção do Plano, adquirindo parcerias com entidades e os diversos meios de comunicação;

XIII - contribuir com os consultores no fornecimento de dados e informações disponíveis na Prefeitura de Juiz de Fora, referentes aos segmentos do saneamento básico;

XIV - analisar e emitir Termos de Recebimento de Produtos (ou de Relatórios de Andamento) conforme estabelecido no Termo de Referência, após aprovação em reunião específica.

4.7.2 DEMLURB – PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

A Lei 5.517 de 28 de novembro de 1978 criou o Departamento Municipal de

Limpeza Urbana – Demlurb e estabeleceu as competências do órgão:

Art. 4.° - Compete ao DEMLURB:

1 - executar a política municipal de limpeza pública, visando a:

- proporcionar a todos os bairros serviços de coleta de lixo e varrição eficientes de modo a evitar que material resultante se constitua em obstáculo ao desenvolvimento urbano, com o aparecimento de focos indesejáveis ou prejudiciais à saúde da população;

- propiciar a destinação final do lixo coletado, evitando focos de poluição ou insalubridade;

- regulamentar e fiscalizar a execução e o funcionamento de quaisquer instalações ou sistemas públicos ou particulares, relativos ao lixo;

2 - funcionar como órgão seccional normativo de planejamento, coordenação, acompanhamento, controle e avaliação de planos, programas e projetos de limpeza pública;

3 - promover a revisão de preços públicos dos serviços contratados por terceiros, e, de sua competência, de modo a assegurar a sua manutenção, melhoramento e expansão, bem como o equilíbrio econômico-financeiro da autarquia;

4 - realizar a apropriação dos custos das operações visando fornecer insumos ao planejamento e atualização sanitária;

5 - realizar operações financeiras, para a obtenção de recursos que se fizerem necessários à execução e ampliação de seus serviços, respeitada a legislação pertinente;

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 98 e-mail - [email protected]

6 - participar dos trabalhos que visem a um planejamento municipal integrado para a preservação do meio ambiente;

7 - participar de outras atividades ligadas à limpeza pública e à política ambiental que lhe vierem a ser delegadas.

A legislação estabeleceu ainda a estrutura básica do Demlurb, composta pelo

Conselho Municipal de Limpeza Urbana e pela Diretoria do Demlurb. O artigo 7º

estabelece que o Conselho Municipal de Limpeza Urbana seja composto pelo

Secretário de Serviços Municipais, que é designado como presidente do conselho,

pelo Diretor Geral do Demlurb, pelo Secretário Municipal de Bem-Estar Social, pelo

Diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto, pelo Diretor Presidente da

Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização, pelo Chefe da Unidade de

Saúde “Dr. João Pereira Rocha Lagoa”, por dois vereadores representantes da

Câmara Municipal de Juiz de Fora e por representante de CREA da 4ª Região.

Atualmente o Conselho de Municipal de Limpeza Urbana tem a seguinte

composição:

• Diretor Geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DEMLURB);

• Secretário de Planejamento e Gestão;

• Secretária de Saúde;

• Diretor Presidente da Companhia de Saneamento e Pesquisa do Meio

Ambiente (CESAMA);

• Diretor Presidente da Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização

(EMPAV);

• Dois Representante da Câmara Municipal;

• Superintendência Regional de Saúde;

• Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais

(CREA/MG);

• Representante dos Servidores do DEMLURB.

O Decreto 2.192 de 31 de dezembro de 1978 aprovou o regulamento do

Demlurb. Sobre sua personalidade jurídica o Decreto repete o estabelecido na

lei de criação do órgão:

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 99 e-mail - [email protected]

Art. 1.º - O Departamento Municipal de Limpeza Urbana - DEMLURB, criado pela Lei n.º 5.517, de 28 de novembro de 1978, é uma entidade autárquica, com personalidade jurídica própria, dispondo de autonomia administrativa, econômico-financeira e patrimonial, observados os limites legais.

Figura 8 - Organograma simplificado Demlurb

Fonte: Demlurb

Adiante, na Figura 9, apresenta-se o organograma do Demlurb.

CONSELHO MUNICIPAL DE

LIMPEZA URBANA

DIRETORIA GERAL

DIRETORIA ADMINISTRATIVA

DIRETORIA DE OPERAÇÕES

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 100 e-mail - [email protected]

Figura 9 - Organograma do Demlurb

Fonte: Demlurb

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 101 e-mail - [email protected]

4.7.3 SAU – FISCALIZAÇÃO

A Secretaria Municipal de Atividades Urbanas centraliza, na estrutura

organizacional da Prefeitura de Juiz de Fora, as atividades de fiscalização no

município.

O Decreto 9742 de 1º de janeiro de 2009, que regulamenta a organização e as

atribuições da Secretaria de Atividades Urbanas, traz em seu artigo 16 as

competências do Departamento de Fiscalização de Obras, Atividades

Econômicas e Urbanas.

Art. 16. Ao Departamento de Fiscalização de Obras, Atividades Econômicas e Urbanas - DFAEU, através de seu chefe, compete:

I - planejar, coordenar, organizar, controlar e executar as atividades de fiscalização de obras, atividades econômicas, atividades urbanas e todas as demais atividades relativas ao cumprimento das normas derivadas do poder de polícia administrativa municipal cuja fiscalização constitui atribuição dos Fiscais de Posturas Municipais;

II - elaborar e executar o plano de fiscalização;

III - solicitar a participação de outros órgãos da Administração Municipal ou órgãos externos à Prefeitura visando garantir a efetividade das ações de fiscalização;

IV - homologar os pontos atribuídos aos Fiscais de Posturas Municipais que fizerem jus à gratificação de produtividade fiscal;

V - controlar e homologar a apuração dos pontos atribuídos aos titulares de função gratificada que fizerem jus à gratificação de produtividade fiscal;

VI - planejar, supervisionar e controlar as atividades desenvolvidas pelas Supervisões que compõem o Departamento;

VII - garantir a capacitação dos servidores do Departamento em conjunto com a Secretaria de Administração e Recursos Humanos - SARH;

VIII - solicitar ao órgão competente do Sistema Jurídico Municipal a propositura de medidas judiciais visando o cumprimento da legislação municipal, quando a medida administrativa adotada revelar-se insuficiente para compelir o infrator a adequar-se às normas legais ou após o encerramento do contencioso administrativo fiscal, contido no conjunto de competências do Departamento;

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 102 e-mail - [email protected]

Figura 10 - Organograma da Secretaria de Atividades Urbanas

Fonte: Prefeitura Municipal de Juiz de Fora

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 103 e-mail - [email protected]

IX - gerar e acompanhar a criação e execução das ordens de serviço encaminhadas às Supervisões que compõem o Departamento;

X - acompanhar o correto cumprimento dos manuais de procedimentos definidos para o Departamento, propondo os ajustes que se fizerem necessários para a otimização das atividades de fiscalização executadas pelos servidores lotados no mesmo;

XI - determinar Instruções Normativas de Serviço visando padronizar as ações do Departamento;

XII - elaborar relatórios gerenciais com informações das atividades do Departamento;

XIII - coletar, agrupar dados, analisar, construir indicadores e informar ao setor competente;

XIV - propor em conjunto com o seu superior hierárquico estudos e medidas de aprimoramento da sistemática do Departamento de Fiscalização de Obras, Atividades Econômicas e Urbanas - DFOAEU;

Na Figura 10 observa-se o Organograma da Secretaria de Atividades Urbanas

com detalhamento da estrutura do Departamento de Fiscalização de Obras,

Atividades Econômicas e Urbanas – DFAU.

4.7.4 REGULAÇÃO

Atualmente, nenhum órgão possui competência legalmente estabelecida para a

execução da função de regulação da prestação dos serviços de limpeza urbana

e manejo dos resíduos sólidos em Juiz de Fora.

4.7.5 OUTRAS FUNÇÕES

É importante destacar as funções estabelecidas pelo Departamento de

Licenciamento de Obras e Parcelamento Urbano (DLU) da Secretaria de

Atividades Urbanas no tocante ao licenciamento de movimentação de terra

para obras no município.

Merece destaque a função da Secretaria de Meio Ambiente de Juiz de Fora

(SMA) relativo ao licenciamento e fiscalização ambiental no município,

exercidos, respectivamente, pelo Departamento de Licenciamento Ambiental

(DLA) e pelo Departamento de Fiscalização Ambiental (DFA).

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 104 e-mail - [email protected]

Destaca-se a ainda a atuação da Secretaria da Saúde (SS), por meio do

Departamento de Vigilância Sanitária, pertencente a Subsecretaria de Vigilância em

Saúde (SSVS), na fiscalização e articulação com as políticas de saneamento

básico.

O Demlurb, por sua vez, além de prestar os serviços de limpeza urbana e manejo

de resíduos sólidos também executa tarefas de planejamento relacionadas à

operação dos serviços.

4.8 LEGISLAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Neste Item são apresentadas as leis orçamentárias do município de Juiz de Fora

e os recursos previstos para os resíduos sólidos.

4.9 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

A Lei 13.634 de 27 de dezembro de 2017 fixou as despesas e receitas para o

exercício de 2018. O orçamento total apresentado é de cerca de R$ 2 bilhões.

Em relação à Secretaria de Planejamento e Gestão, responsável pelo

planejamento, o orçamento total é de aproximadamente R$ 27 milhões,

distribuídos tal como apresentado na Tabela 2.

Tabela 2 - Orçamento Secretaria de Planejamento e Gestão

Código Especificação Valor (R$)

4 Administração 22.998.208,80

11 Trabalho 89.400,00

15 Urbanismo 3.050.000,00

18 Gestão Ambiental 776.292,51

99 Reserva 100.000,00

Total 27.013.901,31

Fonte: LOA 2018

Destacam-se os itens Administração, onde estão inclusos os valores destinados ao

pagamento de pessoal, e Urbanismo, que aloca os recursos para os planos. Cabe

salientar que, como já abordado, a Subsecretaria de Planejamento do Território é a

responsável pelo planejamento relacionado ao saneamento básico, no entanto, não

é possível, na LOA, descrever os gastos apenas com esta unidade.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 105 e-mail - [email protected]

Os gastos previstos com a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo

dos resíduos sólidos estão alocados no Departamento de Limpeza Urbana –

Demlurb. O orçamento total previsto é de cerca de R$ 85 milhões, com

demonstrado na Tabela 3, a seguir.

Tabela 3 - Gastos previstos para o Demlurb na LOA 2018

Código Especificação Valor (R$)

2 Judiciária 630.500,00

4 Administração 20.283.825,49

9 Previdência Social 2.683.858,52

10 Saúde 167.923,20

11 Trabalho 2.785.908,80

15 Urbanismo 47.716.427,48

18 Gestão Ambiental 11.028.608,36

28 Encargos Especiais 23.829,72

Total 85.320.881,57

Fonte: LOA 2018

Foram detalhados, na Tabela 4, os gastos dos itens Urbanismo e Gestão

Ambiental, o primeiro prevê gastos com a ampliação, melhoria e modernização

dos serviços de coleta e com a instalação de ecopontos, além da previsão de

gastos com a usina de reciclagem e de compostagem, já o segundo prevê

gastos com a Central de Tratamento de Resíduos.

Tabela 4 – Destaque do orçamento do Demlurb na LOA 2018

Especificação Valor (R$)

Ecopontos 330.235,20

Manutenção dos Serviços de Conservação Pública 26.571.140,45

Usina de Reciclagem e Compostagem de Resíduos 1.543.655,43

Ampliação, Melhoria e Modernização do Serviço de Coleta 19.271.396,40

Total Urbanismo 47.716.427,48 Central de Tratamento de Resíduos - CTR 11.028.608,36

Total Gestão Ambiental 11.028.608,36

Total das ações 58.745.035,84

Fonte: LOA 2018

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 106 e-mail - [email protected]

O orçamento total da Secretaria de Atividades Urbanas, responsável pela

fiscalização de posturas, incluindo às relacionadas aos resíduos sólidos, é de

aproximadamente R$ 17 milhões. Importa salientar que, como já mencionado, o

Departamento de Fiscalização de Obras, Atividades Econômicas e Urbanas é o

responsável pelas fiscalizações, não sendo possível, no entanto, descrever

separadamente seu orçamento. Desta forma, é apresentado, na Tabela 5, o

orçamento da Secretaria de Atividades Urbanas como um todo.

Tabela 5 - Orçamento Secretaria de Atividades Urbanas

Código Especificação Valor (R$

4 Administração 17.152.890,81

11 Trabalho 182.251,80

Total 17.335.142,61

Fonte: LOA 2018

4.10 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)

A Lei 13.579 de 19 de outubro de 2017 definiu as diretrizes para a elaboração da Lei

Orçamentária para o exercício de 2018. A Lei determina, em seu artigo 2º, as metas

e prioridades para o exercício, dentre as quais está elencado o saneamento.

Art. 2º Constituem metas e prioridades para o exercício financeiro de 2018, aquelas ações constantes do Anexo Único do Projeto de Lei relativo ao Plano Plurianual para o período de 2018 a 2021 e suas alterações posteriores, norteado pelos seguintes temas e objetivos estratégicos:

[…]

II - Direito à Cidade:

a) Saúde;

b) Educação;

c) Saneamento, obras e habitação.

[…]

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 107 e-mail - [email protected]

4.11 PLANO PLURIANUAL

O Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2018/2021 de Juiz de Fora foi

instituído pela Lei 13.580 de 19 de outubro de 2017. O Plano Plurianual é um

planejamento de médio prazo, que determina as diretrizes, programas e

prioridades de investimento de recursos.

Os resíduos sólidos são contemplados nos Programas “JF + Infraestrutura” e “JF

+ Sustentável”, cujos objetivos são apresentados na Tabela 6, a seguir.

Tabela 6 - Programas do PPA que incluem resíduos sólidos

Tema Estratégico Objetivo Estratégico Programa Objetivo

Direito à Cidade Saneamento, Obras e Habitação JF + Infraestrutura

Promover o maior conjunto de obras e intervenções capazes de oferecer aos munícipes uma rede de serviços públicos de qualidade e com capacidade de manter suas necessidades básicas de sobrevivência.

Meio Ambiente e Planejamento Urbano

Desenvolvimento Econômico e Inovação Desenvolvimento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente

Jf + Sustentável

Planejar o crescimento da cidade garantindo a preservação do meio ambiente, o desenvolvimento econômico e social para o presente e para as gerações futuras.

Fonte: PPA 2018/2021 de Juiz de Fora

Dentro do Programa “JF + Sustentável” está uma ação voltada para a implantação

do Centro de Transbordo de Resíduos Sólidos, como pode ser observado na

Tabela 7, adiante.

Tabela 7 – Ação voltada aos resíduos sólidos no Programa “JF + Infraestrutura”

Programa: JF + Infraestrutura

Cód. Nome da Ação / Descrição Exercício Valores (R$)

230

Implantação do Centro de Transbordo de Resíduos Sólidos

Implantação da estação/centro de transbordo para intermediar o recebimento de resíduos sólidos coletados no município, a ser construída na área do antigo Aterro

Sanitário de Salvaterra.

2018 600.000,00

2019 0,00

2020 0,00

2021 0,00

Fonte: PPA 2018/2021 de Juiz de Fora

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 108 e-mail - [email protected]

Destacam-se no Programa “JF + Sustentável” a previsão de recursos para ações

de ampliação da Coleta Seletiva - com meta de atendimento de 100% do

município até 2021 - e de expansão da rede de Ecopontos, com meta de

implantação de mais três Ecopontos em 2019.

Tabela 8 – Ações voltadas aos resíduos sólidos no Programa “JF + Sustentável”

Programa: JF + Sustentável

Cód. Nome da Ação / Descrição Exercício Valores (R$)

167

Operação da Estação de Transbordo

Operação da Estação de Transbordo para intermediar o recebimento de Resíduos Sólidos coletados no

município.

2018 360.000,00

2019 1.560.000,00

2020 1.560.000,00

2021 1.560.000,00

200

Ampliação da Coleta Seletiva

Ampliar a coleta seletiva para todo o município utilizando as associações de catadores e outros parceiros, com o

objetivo de diminuir os resíduos encaminhados a Central de Tratamento de Resíduos.

2018 170.000,00

2019 20.000,00

2020 738.000,00

2021 738.000,00

205

Ecopontos

Expandir às diversas regiões do município os ecopontos para recebimento de pequenos volumes de resíduos da

construção civil, mantendo os mesmos em pleno funcionamento

2018 2.173.425,00

2019 1.897.425,00

2020 1.897.425,00

2021 1.897.425,00

236

Central de Tratamento de Resíduos - CTR

Operação da Central de Tratamento de Resíduos onde está sendo depositado todo o lixo da cidade de Juiz de Fora e monitoramento do aterro sanitário do Salvaterra.

2018 12.712.613,00

2019 132.260.239,00

2020 14.233.540,00

2021 15.278.282,00

Fonte: PPA 2018/2021 de Juiz de Fora

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 109 e-mail - [email protected]

Tabela 8 – Ação voltada aos resíduos sólidos no Programa “JF + Sustentável” (cont.)

Programa: JF + Sustentável

Cód. Nome da Ação / Descrição Exercício Valores (R$)

247

Manutenção dos Serviços de Conservação Pública

Serviços de capina, varrição, canil e curral - aquisição de material de segurança, vassoura, saco plástico, peças

para roçadeiras, ração para animais, conserto de equipamentos, dentre outros.

2018 27.682.781,00

2019 29.714.697,00

2020 31.895.756,00

2021 34.236.904,00

248

Usina de Reciclagem e Compostagem de Resíduos

Manutenção e conservação das instalações da Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos.

2018 1.793.693,00

2019 1.925.640,00

2020 2.066.982,00

2021 2.218.698,00

Fonte: PPA 2018/2021 de Juiz de Fora

4.12 OUTRAS LEIS E DECRETOS A SEREM CONSIDERADOS

Neste tópico são apresentadas leis e decretos municipais que, apesar de não

estarem comentados neste Produto 1, serão considerados para a elaboração do

PMGIRS de Juiz de Fora.

Leis

Lei 10.076 de 30 de outubro de 2001 – dispõe sobre a movimentação de terra

no Município de Juiz de Fora.

Lei 12.345 de 4 de agosto de 2011 – dispõe sobre o Estatuto de Defesa,

Controle e Proteção dos Animais no Município de Juiz de Fora e dá outras

providências.

Lei 13.071 de 22 de dezembro de 2014 – institui a Política Municipal de Utilização

Sustentável dos Veículos de Tração Animal (VTA) e dá outras providências.

Lei n.º 0814/1955 – Proíbe o lançamento de lixo, terra ou qualquer outra matéria

sólida no canal do Paraibuna e seus afluentes no perímetro urbano e suburbano.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 110 e-mail - [email protected]

Lei n.º 4439/1973 – Dispõe sobre o uso de sacos plásticos e outros recipientes

padronizados para o acondicionamento de lixo.

Lei n.º 7700/1990 – Institui a Taxa de Coleta de Lixo Hospitalar.

Lei n.º 7934/1991 – Cria a obrigatoriedade das Escolas Públicas do Município de

Juiz de Fora de procederem à coleta seletiva do lixo.

Lei n.º 9591/1999 – Dispõe sobre a coleta de lixo e dá outras providências.

Lei n.º 9621/1999 – Cria coleta seletiva para Baterias de Uso Celular

Esgotadas, obrigando os revendedores autorizados a recolhê-las e dá outras

providências.

Lei n.º 9656/1999 – Dispõe sobre a instalação de recipientes para coleta seletiva

de lixo nas Escolas Municipais.

Lei n.º 10.396/2003 – Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e o destino final de

pneus não reutilizáveis e dá outras providências.

Lei n.º 10.615/2003 – Torna obrigatória a separação do lixo reciclável em

condomínios.

Lei n.º 10.728/2004 – Autoriza o Poder executivo a instituir o Programa de

Reciclagem de Entulhos de Construção Civil e dá outras providências.

Lei n.º 10.729/2004 – Dispõe sobre a responsabilidade da destinação de pilhas,

baterias e lâmpadas usadas e dá outras providências.

Lei n.º 11.113/2006 - Dispõe sobre a concessão de serviços precedida de obra

pública relativa à implantação de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos do

Município de Juiz de Fora - CTR e serviços necessários à destinação final dos

referidos resíduos.

Lei n.º 11.455/2007 – Altera a redação da Lei nº 7700, de 02 de março de 1990,

que “Institui a Taxa de Coleta de Lixo Hospitalar”.

Lei n.º11.519/2008 – Dispõe sobre a instituição do programa para o

recolhimento e destinação dos óleos vegetais e gorduras residuais de fritura

e cozimento de alimentos do Município de Juiz de Fora e dá outras

providências.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 111 e-mail - [email protected]

Lei nº 11.704/2008- proíbe o despejo de lixo ou entulho em nascente, curso ou

desembocadouro de córrego, em lagoa ou bacia hidrográfica situada no

município.

Lei 11.816/2009 - Proíbe a utilização de embalagens e sacolas plásticas nos

estabelecimentos comerciais, industriais e nos prestadores de serviço existentes

na cidade de Juiz de Fora, permitindo-se o uso de sacolas biodegradáveis e

oxibiodegradáveis.

Lei 11.851/2009 - Altera dispositivo da Lei n° 11.695, de 13 de novembro de

2008, que dispõe sobre colocação de lixeira nos veículos destinados ao

transporte de passageiros na cidade de Juiz de Fora.

Lei 11.986/2010 - Institui o JF LIMPA e dá outras providências.

Lei 12.073/2010 - Dispõe sobre a inserção de mensagem alusiva de dizeres

sobre a orientação de jogar os papéis no lixo em todos os meios de veiculação

escrita no âmbito Municipal.

Lei 12.924/2014 - Proíbe qualquer cidadão jogar lixo nos logradouros públicos,

nos limites do Município de Juiz de Fora.

Decretos

Decreto n.º 2248/1979 – Institui o uso obrigatório de saco plástico para o

acondicionamento do lixo, nos logradouros que menciona e dá outras

providências.

Decreto nº 4576/1992 – Dispões sobre coleta seletiva de lixo nas escolas

públicas do município de Juiz de Fora.

Decreto nº 6714/2000 – Estabelece procedimentos para a doação, instalação e

manutenção de cestos coletores de resíduos leves, sem ônus para o DEMLURB

ou para o MUNICÍPIO de Juiz de Fora, e dá outras providências.

Decreto nº 6860/2000 – Altera disposições constantes dos Anexos I, II e III do

Decreto nº6714/2000.

Decreto n.º 8915/2006 – Concessão CTR.

Tel/Fax (0xx11) 3742-0561 112 e-mail - [email protected]

Decreto n.º 9117/2007 – Regulamenta a Lei nº 11.197, de 03 de agosto de

2006

Decreto n.º 9430/2008 – Regulamenta no âmbito da Administração Pública

Direta e Indireta do Município a destinação de resíduos recicláveis e

descartáveis

Decreto nº 12008/2014 – Acrescenta parágrafo único ao art. 2º, do Decreto nº

9603/2008.

Arq. Tarcísio de Paula Pinto

Responsável Técnico

I&T – Informações e Técnicas em

Construção Civil Ltda.

CNPJ 69.101.889/0001/08

Inscrição Estadual – Isento

Rua Francisco Perrotti, 421 Jardim Ademar, São Paulo SP CEP 05531-000

Fone (11) 3742-0561