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2º TRIMESTRE | 2015 Equipa Research: João Lampreia (Head) Ana Mendonça/ Diana Oliveira/ João Saldanha OUTLOOK 3T 2015 EQUIPA RESEARCH: JOÃO LAMPREIA (HEAD) ANA MENDONÇA / DIANA OLIVEIRA / JOÃO SALDANHA

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2º TRIMESTRE | 2015 Equipa Research: João Lampreia (Head) Ana Mendonça/ Diana Oliveira/ João Saldanha

OUTLOOK 3T 2015

EQUIPA RESEARCH:

JOÃO LAMPREIA (HEAD)

ANA MENDONÇA / DIANA OLIVEIRA / JOÃO SALDANHA

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2.

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1.1 GLOBAL 1.2 EUA 1.3 EUROPA 1.4 BANCO CENTRAL EUROPEU GRÉCIA MERCADO COMMODITIES

MERCADO CAMBIAL

1.

3.

6.

MERCADO DE DÍVIDA

MERCADO ACCIONISTA

SÍNTESE POSICIONAMENTO

5.

7.

4.

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• Em 2015, algumas economias vão continuar a beneficiar dos baixos preços do crude nos mercados internacionais.

• O crescimento global, apesar de manter-se abaixo da sua média histórica, é impulsionado por políticas expansionistas dos bancos centrais nas principais economias desenvolvidas.

• O fortalecimento do USD e o agravamento do défice externo

norte-americano funcionará como impulso do comércio internacional.

OUTLOOK TRIMESTRAL Enquadramento Macroeconómico - Global

Fonte: WorldBank Research BiG

• No segundo trimestre, espera-se que a economia norte-americana revele já sinais de crescimento (vs. -0,2% do período anterior), ainda que a inflação deva ser nula.

• Na zona euro, deverão continuar a ser visíveis os sinais de recuperação, ainda que de forma gradual.

• Diferente conclusão retira-se ao nível das economias asiáticas, que deverão crescer a um ritmo mais lento face ao período anterior.

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Crescimento real do PIB (%)

Crescimento PIB Global (%) Média

Fonte: Bloomberg; Research BiG

Japão GDP: +1,4% CPI: +0,2%

China GDP: +6,9% CPI: +1,4%

Rússia GDP: -4,00% CPI: +15,9% Zona Euro

GDP: +1,4% CPI: +0,1%

Brasil GDP: -0,7%

CPI: +8,2%

EUA GDP: +2,5% CPI: +0,0%

Estimativas 2ºTrimestre

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 1.1 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO-GLOBAL 3

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• O mercado de trabalho tem apresentado melhorias significativas com a taxa de desemprego já próximo do nível target do FED. A taxa de participação mantém-se muito inferior à apresentada no período pré-crise, o que sustenta um racional de queda de desemprego, em parte, pelo ‘abandono’ do mercado laboral e não através apenas da criação de emprego.

• O crescimento salarial encontra-se igualmente estagnado, transparecendo o sentimento deflacionário na economia.

OUTLOOK TRIMESTRAL Enquadramento Macroeconómico - EUA

Fonte: Bloomberg

• O efeito sazonal que tipicamente restringe o desempenho da economia americana no 1Q não deverá penalizar o output da actividade – perspectivando-se um crescimento do PIB até 3%.

• As pressões desinflacionistas associadas à quebra do preço do crude poderão limitar um crescimento nominal do PIB superior.

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PIB vs Inflação

Inflação YoY PIB YoY

Fonte: Bloomberg

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Taxa de Participação vs. Crescimento Salarial

Taxa de Participação Crescimento Salarial (dta)

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 1.2 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO-EUA 4

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• O início da normalização monetária pelo FED e o nível robusto da actividade económica gera pressão sobre a subida dos custos de financiamento.

• O movimento altista do USD em função da divergência do ciclo macro e monetário - diferencial de taxas de juro a favor do USD - e a emergência de riscos à escala global deverão ainda assim reter valor sobre o actual nível das treasuries.

OUTLOOK TRIMESTRAL Enquadramento Macroeconómico - EUA

Fonte: Bloomberg

• Na última reunião, o Fed manteve, sem surpresas, inalterada a taxa de juro directora, nos 0%-0,25%.

• A reserva federal norte-americana tem mantido um discurso dovish – subida de taxas de juro deverá ocorrer apenas com melhorias no mercado de trabalho e uma confiança relativa de que a inflação de médio prazo se aproxime da meta de 2%.

• No que respeita ao aumento da taxa directora, os membros do comité apontam para os 0,625% este ano (inalterada face à reunião anterior), 1,625% em 2016 (vs. 1,875% anteriores) e 2,875% em 2017 (vs. 3,125% anteriores).

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10-Year Treasury Yield Curve

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Target Fed Funds rate at year-end

Fed Funds Futures rate SEP14 FOMC Median forecast

DEC14 FOMC Median forecast JUN15 FOMC Median forecast

Fonte: Bloomberg; FOMC Sep/Dec/Jun; Research BiG

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 1.2 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO-EUA 5

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• Os principais indicadores de actividade industrial na Europa sinalizam um pick-up da actividade – com alguns países periféricos (Espanha e Itália) a apresentarem valores francamente positivos.

• A maior debilidade estrutural de França poderá retirar fulgor

ao trajecto de recuperação vigente na Europa, ainda que a Alemanha figure como outperformer face à média da zona euro.

OUTLOOK TRIMESTRAL Enquadramento Macroeconómico – Zona Euro

Fonte: Bloomberg

• A evolução trimestral do PIB confirma os sinais de moderada aceleração da actividade económica no bloco Europeu.

• Os indicadores de sentimento – perfil essencialmente lagging – cristalizam igualmente o sentimento mais favorável da actividade na Europa.

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PIB VS. Sentimento Económico

PIB QoQ Sentimento Económico (dta)

Fonte: Bloomberg

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Manufacturing PMI

Zona Euro França Alemanha

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 1.3 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO-EUROPA 6

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• A recuperação europeia evidencia–se na tendência ascendente das vendas de retalho e do indicador de confiança dos consumidores.

• Ainda que a recuperação tenha por base um ponto de partida relativamente deprimido, o indicador de confiança dos consumidores mantém-se a níveis negativos.

OUTLOOK TRIMESTRAL Enquadramento Macroeconómico – Zona Euro

Fonte: Bloomberg

• O mercado de crédito reverteu parcialmente o sentimento negativo e apresenta quebras anuais inferiores a 1%, com a recuperação mais acentuada a verificar-se de uma forma mais expressiva no segmento de dívida empresarial.

• As famílias continuam o seu processo de desalavancagem a um ritmo moderado e estável.

Fonte: Bloomberg

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Vendas a Retalho vs. Confiança do Consumidor

Vendas a retalho Confiança do consumidor (dta)

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 1.3 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO-EUROPA 7

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• A queda nos preços da energia acentuou a espiral

deflacionista na Zona Euro, ainda que no período recente já se observe uma recuperação do nível de preços - apesar dos aumentos serem mais notórios nos serviços e bens não energéticos.

• Não obstante o recente movimento da expectativa sobre o índice de preços na Zona Euro, o mesmo ainda se encontra longe do target de inflação de longo prazo do BCE (2%) – o que assegura a continuidade das políticas de QE.

OUTLOOK TRIMESTRAL Enquadramento Macroeconómico –BCE

Fonte: Bloomberg

• Após o anuncio do programa de QE (EUR 60 mil mn/mês até Setembro de 2016), os índices accionistas europeus protagonizaram um rally assinalável, posteriormente arrefecido pelo incremento dos custos de financiamento e pela instabilidade vigente na Grécia.

• Não obstante a volatilidade de curto-prazo despoletada pelo drama helénico, o programa de QE continua a justificar o racional de investimento em Equities europeias.

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Balanço BCE vs. Índice SXXE

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Inflação vs. Inflação Swap Foward 5Y5Y

Inflação YoY Inflação Swap Forward 5Y5Y

Fonte: Bloomberg; Research BiG

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 1.4 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO-BCE 8

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• Tendo em consideração que grande parte da dívida grega é detida por instituições internacionais, que estão preparadas para absorver um eventual default grego, acreditamos que o contágio financeiro directo possa estar contido.

• O Presidente da Comissão Europeia, já admitiu a existência de um plano de detalhado para a possibilidade de um ‘Grexit’.

OUTLOOK TRIMESTRAL Grécia

Fonte: Open Europe; FMI; EFSF; Greek Public Management Office

• Os seis meses de negociações com os credores e que resultaram na marcação de um referendo na Grécia tiveram um enorme impacto nas yields de dívida pública do país – com as maturidades mais reduzidas a apresentarem valores especulativos.

• Na periferia, o comportamento das yields no decorrer da deterioração grega no último mês, reflecte a confiança do mercado de que o efeito de contágio possa ser limitado.

• Ainda que o contágio financeiro esteja controlado, o risco geopolítico apresenta-se como um dos principais receios. Fonte: Bloomberg; Banco da Grécia; BiG Research

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Evolução Obrigações 10Y

Grécia Portugal Espanha Itália

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 2 GRÉCIA 9

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• As negociações entre os credores e a Grécia, com a incerteza se será ou não alcançado um acordo, tem levado a uma fuga de capitais dos bancos helénicos a uma velocidade ‘estonteante’.

• Este capital flight aumentou a dependência das instituições

na linha de capital de emergência (ELA) do BCE – que ascende actualmente a EUR 89 mil mn.

OUTLOOK TRIMESTRAL Grécia

Fonte: Bloomberg; Banco da Grécia; BiG Research

• Os depósitos do Governo, quer no Banco Central, quer nas restantes instituições bancárias, apresenta um comportamento volátil desde o arranque da crise de dívida soberana, em 2010.

• Os receios de escassez de liquidez na economia helénica são claramente visíveis pela queda dos depósitos no período recente.

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Depósitos vs. Linha de Emergência

Linha de Emergência (ELA) Depósitos Residentes (dta)

Fonte: Banco da Grécia; BiG Research

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Depósitos Governo Helénico (EUR mn)

Depósitos BdG Depósitos Inst. Bancárias

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OUTLOOK TRIMESTRAL Grécia

NovoBailout

Vitória do NÃO

Novas NegociaçõesExtensão de Controlo de Capitais

Criação IoU(nota promessa pagamento )

Grexit:Default dívida

Regresso ao Drachma

AcordoInsucesso/

Demora

Novas Eleições/ Referendo

AprovadoParlamento

Não Aprovado Parlamento

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 2 GRÉCIA 11

• No dia 30 de Junho, data em que terminou o segundo programa de ajuda financeira, a Grécia falhou o pagamento ao FMI. Posteriormente foi realizado um referendo ao povo helénico que resultou na vitória do ‘não’, ditando uma nova etapa de negociações entre os credores, com a Grécia a ter que entregar uma nova proposta até 10 de Julho.

• No próximo dia 20 de Julho vence uma linha de obrigações ao BCE no valor de EUR 3,5 mil mn, e caso a Grécia falhe o pagamento entrará em default junto do BCE. A escassez de euros no país poderá levar à criação de uma nota promessa de pagamento no curto prazo (IoU), antes da criação da nova moeda, em caso de Grexit.

• Se houver um acordo entre os credores e a Grécia é evidente a necessidade de um novo programa de assistência financeira (o terceiro).

Fonte: Bloomberg Intelligence; Research BiG

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• A desvalorização do preço das commodities – metais, agricultura e energia – nos mercados internacionais é em parte explicada pela robustez do dólar desde meados de 2014 - Crude negoceia actualmente 40% abaixo do valor observado em Janeiro de 2013.

• As matérias-primas e o crude, em particular, deverão manter-se pressionadas no curto/médio prazo.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercado Commodities

• Num timeframe mais curto, e considerando o desempenho dos futuros a 5 anos vs. contractos spot, projectamos que o crude transaccione entre USD 42 - 56 por barril em 2015.

• Apenas significativos (pouco prováveis) choques à procura - aceleração no crescimento económico – ou à oferta (destruição de campos de produção devido a conflitos) poderão inverter esta alteração de um ‘novo contexto de preços reduzidos’ para o ‘anterior paradigma’.

Fonte: Bloomberg; Research BiG

Fonte: Bloomberg

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Contrato à vista vs Futuro 5Yr

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Projecção Research BiG

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OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 3 MERCADO COMMODITIES 12

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• O 2º trimestre do ano marcou alguma perda do fulgor do USD relativamente à generalidade das divisas internacionais.

• A divergência do ciclo macro e monetário nos EUA deverá continuar a suportar o interesse no dólar norte-americano.

• A mitigação dos “piores cenários” sobre a situação da Rússia permitiram um assinalável rebound do cross RUB/USD.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercado Cambial

Fonte: Bloomberg

• A divergência das políticas monetárias entre a reserva federal norte-americana (normalização monetária) e o BCE (programa de QE até, pelo menos, Setembro de 2016) deverá continuar a suportar o momento positivo do dólar.

• Ultrapassado o “drama Grego”, acreditamos que a evolução do cross Eur-Usd poderá manter-se sob um intervalo relativamente estreito.

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USDRUB USDEUR USDCHF USDJPY USDCAD USDBRL

Evolução Cambial (%)

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Fonte: Bloomberg

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 4 MERCADO CAMBIAL 13

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• A expectável compressão de spreads na periferia no seguimento do arranque do programa de compra de activos, encontrou um obstáculo importante na crescente possibilidade de incumprimento pela Grécia.

• Ainda que se deverá manter níveis de volatilidade relevantes, o racional de longo prazo permanece intacto – traduzindo a progressiva compressão de spreads na periferia face às Bunds até cerca de 100 p.b. no prazo de 12 meses.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercado Dívida

Fonte: Bloomberg

• A profunda assimetria na evolução das políticas monetárias pelo FED e BCE fomentaram o decoupling entre a evolução das yields nos activos sem risco mais representativos.

• O outlook mais favorável para a evolução do nível de preços na Europa acarretou um sell-off agressivo da dívida alemã – materializando-se um histórico pick-up das yields num timeframe bastante reduzido.

Fonte: Bloomberg

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Bunds vs. Treasury

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OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 5 MERCADO DÍVIDA 14

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• De facto, a crescente incerteza manifesta-se em maior

intensidade na dívida de médio prazo nacional – maturidades de 5 a 10 anos - reflectindo o refúgio da volatilidade pelos investidores em safe-havens.

• Nas maturidades mais longas, o incremento das yields mostra-se relativamente homogéneo quer no caso nacional, quer na dívida risk-free.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercado Dívida

Fonte: Bloomberg

• Pré-Grécia, as obrigações alemãs apresentavam uma maior inclinação ao longo da curva, vis-à-vis a periferia europeia, em seguimento do novo paradigma de inflação que sustentou o referido sell-off da dívida Germânica.

• O ‘drama’ helénico recentrou os holofotes sobre a periferia, traduzindo a crescente aversão ao risco e o agravamento da percepção sob o risco de crédito nos países da periferia.

Fonte: Bloomberg

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PT/GER - Yield Change (bp): 20 Abr.-29 Jun.

PT Yield Change (bp) Ger Yield Change (bp)

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 5 MERCADO DÍVIDA 15

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• Impulsionado pelo programa de QE europeu, o diferencial das taxas risk-free entre os EUA e a Alemanha atingiu um nível historicamente elevado e/ou até tido como irracional.

• A recente correcção da dívida Soberana mostrava-se inevitável à luz dos fundamentais macroeconómicos. Esta situação elimina o risco de não existir volume suficiente no mercado de dívida para acomodar o programa de compras do BCE.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercado Dívida

Fonte: Bloomberg

• O decoupling entre os mercados accionistas e obrigacionistas provou esta irracionalidade, com as yields a reverterem para valores mais condizentes com o desempenho nos últimos anos protagonizado pelos índices accionistas.

• Acreditamos que este movimento de convergência entre os activos de Equity e Dívida deverá acentuar-se - à imagem do observado no período 2011-14.

Fonte: Bloomberg

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DAX vs. Bunds - Decoupling

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OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 5 MERCADO DÍVIDA 16

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• O actual sell-off no mercado da dívida soberana europeia apresenta semelhanças evidentes com o ocorrido no Fed taper tantrum nos EUA durante largos meses de 2013.

• O sell-off da dívida germânica foi extremamente agressivo – gerando quedas acima de 23% - num prazo relativamente curto (3 meses). Esta situação caracteriza o perfil globalmente extremado deste movimento, pelo que acreditamos numa estabilização e/ou inversão no prazo mais curto.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercado Dívida

Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg

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DAX 10 Yr. Bund 30 Yr. Bund

Germany - Equity/Debt Retracement - Abril - Junho 2015

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S&P 500 10 Yr. Treasury 30 Yr. Treasury

US Taper Tantrum Abril - Setembro 2013• O Fed Taper Tantrum – coincidiu com um sell-off massivo da

dívida norte-americana, o qual foi gerado a partir do anúncio dos planos de reversão do Quantitative Easing pelo Fed.

• O discurso marcadamente dovish de Janet Yellen pretende acomodar as expectativas de subida de taxas de juro pelo mercado com o início da normalização monetária pelo FED – suavizaria o respectivo impacto sobre a actividade económica.

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 5 MERCADO DÍVIDA 17

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• Não obstante prémio relativo do S&P 500 vs. Euro Stoxx ao nível do PER (acima de 1), destacamos que o valor deste rácio encontra-se a valores relativamente abaixo da média histórica.

• O diferencial de performance entre Europa e EUA deverá ser, por isso, relativamente mais estreito no prazo de 12 meses.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercados Accionistas – Evolução Índices e Avaliação

Fonte: Bloomberg

• As empresas europeias comparam favoravelmente com as norte-americanas nas projecções de lucros no ano corrente, contrariando o desempenho observado no passado recente.

• Esta outperformance esperada explica parcialmente os ganhos do Euro Stoxx, vis-à-vis a performance estagnada do S&P 500, sendo que a amplitude do movimento cambial contribui igualmente para explicar o diferencial Europa-EUA.

Fonte: Bloomberg

0,7

0,8

0,9

1

1,1

1,2

1,3

1,4

fev-

10

jun

-10

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t-10

fev-

11

jun

-11

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t-11

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-13

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jun

-14

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t-14

fev-

15

Evolução rácio PER SPX 500/ Eurostoxx 600

SPX 500/ Eurostoxx 600 Média

-25%

-10%

5%

20%

35%

50%

2011 2012 2013 2014 2015E

SPX 500 vs. Eurostoxx 600

EPS SPX EPS SXXERetorno Índice SPX Retorno Índice SXXE

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 6 MERCADO ACCIONISTA 18

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• Numa óptica fundamental, o DAX e o PSI-20 negoceiam a desconto face aos comparáveis europeus – sendo os índices que mais desvalorizaram no trimestre findo – o que permite vislumbrar oportunidades interessantes de médio prazo.

• O índice norte-americano S&P 500 encontra-se a prémio face aos comparáveis europeus, quer ao nível do P/BV quer ao nível do PER.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercados Accionistas – Evolução Índices e Avaliação

Fonte: Bloomberg

• O PSI-20 regista a melhor performance desde o início do ano, superando o benchmark europeu. Torna-se evidente a disparidade dos índices Europeus face aos norte-americanos, justificado quer pelo enquadramento da actual política monetária, quer pelo fortíssimo movimento de ajuste pela via do mercado cambial.

• A instabilidade na Grécia retirou fulgor ao desempenho dos

índices Europeus, num período que fica claramente marcado por um incremento significativo do nível de volatilidade.

PSI20 CACDAX

SXXEAEX

IBEX

SPX

1

1,5

2

2,5

3

10 12 14 16 18 20

P/B

V a

ctu

al

PER 2015E

Avaliação Índices - PER vs. P/BV

Fonte: Bloomberg

15,91

12,83 13,0811,95 12,37

5,12

0,87

-6,98-4,84

-8,53

-6,10

-3,44

-6,52

-0,23

-10

-5

0

5

10

15

20

PSI20 CAC DAX SXXE AEX IBEX SPX

Performance Índices

YTD (%)

2 T (%)

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 6 MERCADO ACCIONISTA 19

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• A Semapa anunciou o lançamento de uma OPA sobre si própria, numa modalidade que contemplará a oferta de acções da Portucel em troca de títulos da Semapa.

• O racional da Oferta, em caso de sucesso, passa por retirar a Semapa de bolsa e atribuir um maior grau de liquidez à Portucel.

• Respeitando as regras de entrada no PSI-20, a NovaBase aparece como o título que apresenta a maior probabilidade de integrar o principal índice, em substituição da Semapa.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercados Accionistas – PSI-20

Fonte: Bloomberg

• O PSI-20 é actualmente o índice europeu com melhor performance YTD, ainda que se encontre abaixo do valor máximo de 2014.

• Desde o seu máximo, empresas como o BES, ESFG e PT perderam valor que foi destruído e não se mostra recuperável.

• Na simulação, o ‘PSI20 New’ representa a nova revisão anual do índice e que coloca o índice a 16% do máximo de 2014. Já o PSI-17, não incorpora as três empresas numeradas anteriormente, com o índice a negociar a 6% abaixo do máximo de 2014. Fonte: Bloomberg; Research BiG

0%

50%

100%

150%

200%

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

NovaBase SonaeCapital

F.Ramada SonaeIndustria

Inv.Participa.

Cofina

Market Cap Free Float vs. Free Float Velocity

Market Cap FF (EUR mn) Free Float Velocity

PSI-20 Semapa

OUTLOOK 2015 | BANCO BIG 1.1 ENQUADRAMENTO - CRESCIMENTO GLOBAL 20 OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG

6 MERCADO ACCIONISTA- PSI-20 20

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• Não obstante os fortes ganhos desde o início do ano, o sector automóvel continua a negociar a desconto face ao índice europeu – alinhado em termos fundamentais com a média dos últimos 5 anos.

• O sector segurador figura como um dos mais atractivos a nível fundamental e a underperformance dos títulos do segmento poderão conferir oportunidades de médio prazo.

OUTLOOK TRIMESTRAL Mercados Accionistas – Evolução Sectorial

Fonte: Bloomberg

• A clara outperformance dos sectores de automóveis e bens de consumo é explicada pela valorização do dólar face ao euro, que beneficiou as empresas exportadoras e pelo aumento da consumo privado.

• Os sectores de Oil & Gas e Segurador apresentam uma fraca valorização, enquanto o sector de utilities é o único que segue negativo no período YTD.

0

20

40

60

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0

20

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Análise Sectorial - PER vs PER média 5Yr

PER Média 5Yr Stoxx 600 Index

-5

0

5

10

15

20

25

30

Evolução Sectorial (YTD %)

YTD (%) Stoxx 600 IndexFonte: Bloomberg

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 6 MERCADO ACCIONTSA – EVOLUÇÃO SECTORIAL 21

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OUTLOOK TRIMESTRAL Síntese de Posicionamento - Europa

Fonte: Bloomberg

• O perfil atractivo do sector automóvel europeu e a forte quebra do Euro continua a validar o racional de investimento nestes players, não obstante os expressivos ganhos YTD.

• Contudo, a volatilidade associada ao dilema Grego releva a atractividade de players tipicamente Value, designadamente nomes de utilities e/ou seguradoras.

• A holding Philips e a retalhista alimentar Metro apresentam-se entre as top-picks para beneficiar da expectável aceleração da recuperação económica europeia.

• O rally do crude no último trimestre, que deverá estabilizar, no curto/médio prazo, no intervalo de USD 42-56 por barril coloca as petrolíferas europeias na ‘linha da frente’ para replicarem o movimento.

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 7 SINTESE DE POSICIONAMENTO 22

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OUTLOOK TRIMESTRAL Síntese de Posicionamento

Banca

Mat.-Primas

Retalho

Bens de Consumo

Autos

Tecnologia

Const. & Materiais

Airlines

Oil&Gas

Químico

Food&Beverage

Healthcare

Telecoms

Segurador

Media

Utilities

** Downgrade; * Upgrade;

SECTORIALEUA

Europa

Portugal

Emergentes

Treasuries (10 Yr)

Bunds (10 Yr) *

Periferia Europa - Soberano

Investment Grade Europa

Investment Grade EUA

High Yield Europa

High Yield EUA

EUR-USD

USD-JPY

EUR-GBP *

Defensivas

Cíclicas

Large Caps

Small Caps

** Downgrade; * Upgrade;

SOB

ERA

NO

EQUITY

GEO

GR

AFI

AS

CRÉDITO

CO

RP

OR

ATE

OUTROS

FXES

TILO

BPI

PHarol

Sonae

REN

Teixeira Duarte

NOS

Top Pick 3T PSI-20

OUTLOOK 3T2015 | BANCO BIG 7 SINTESE DE POSICIONAMENTO 23

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