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GOVERNANÇA PÚBLICA, OU: A NECESSIDADE DE REPENSAR A RELAÇÃO ENTRE ESTADO E SOCIEDADE NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Disciplina: Debate Contemporâneo sobre Estado, Economia e Sociedade Os problemas contemporâneos do Estado II
Dr. Klaus Frey UFABC
02/2014
SUMÁRIO
ü diferentes abordagens básicas de governança pública ü a evolução conceitual da governança pública ü a nova governança pública ü governança para além do Estado (nacional) ü teorias de governança
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Introdução – novo contexto • Desencantamento com modelo centralizador do Estado como
também com o modelo neoliberal de um mercado desenfreado. • Perda de legitimidade política do Estado e da democracia
representativa. • Reformas do Estado: Da burocracia hierárquica em direção ao
fortalecimento dos mercados, quase-mercado e redes. • Mudanças globais: aumento das atividades econômicas
transnacionais; aumento da complexidade institucional, sobretudo em nível supranacional.
• Dependência crescente de outros atores: “Governar torna-se um processo interativo porque nenhum ator detém sozinho o conhecimento e a capacidade de recursos para resolver problemas unilateralmente” (STOKER, 2000, p. 93).
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DIFERENTES ABORDAGENS BÁSICAS DE GOVERNANÇA PÚBLICA Entre eficiência e participação ...
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Diferentes abordagens de governança pública – ambiguidades
• Fundamentos ideológicos diferentes – ou até antagônicas – impulsionaram a adoção da perspectiva da governança pública na teoria e, sobretudo, nas práticas empíricas
• De um lado, as necessidades administrativas e a política neoliberal de austeridade e, de outro, as aspirações da emancipação social e política e as expectativas de transformação social.
• Vertente instrumental ou economicista (tradição anglo-saxã) vs. vertente democratizante e pluralista (tradição europeia)
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Diferentes abordagens de governança pública – foco na eficiência
• Vertente instrumental (tradição anglo-saxã): Governança como concepção para analisar ou descrever “quaisquer” tipos de relação Estado-sociedade determinado pela troca de recursos entre atores – foco na intermediação de interesses e eficiência da prestação de serviços.
• Ênfase no caráter gerencial, em que as redes são vistas antes como “centres o power and privilege that give structural advantage to particular private interests in the process of making or shaping public policy decisions” (Klijn e Skelcher, 2007: 588).
• Em acordo com os princípios do neoliberalismo é reivindicado um ‘“entrepreneurial government’, based on competition, markets, customers, and measurement of outcomes” (BEVIR, 2009, p. 5).
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Diferentes abordagens de governança pública – foco na eficiência
• Prevalece concepção que enfatiza os interesses particulares como constitutivos dos processos de governança.
• Metodologicamente embasado nos princípios do individualismo metodológico, tomando como ponto de partida da análise o nível micro do comportamento individual.
• Alinhamento entre o New Public Management (NPM), o neoliberalismo e a teoria da escolha pública
• Recorrência ao modelo do agente utilitarista, maximizador de interesses particulares
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Diferentes abordagens de governança pública – foco na participação
• Vertente democratizante e pluralista (tradição europeia): novas arenas de interação política permitem transpor as restrições e constrangimentos inerentes à democracia representativa e à política partidária, favorecendo novas formas de intermediação política baseadas em processos de negociação e deliberação.
• Baseado em concepção teórica que ressalta a centralidade dos objetivos, valores ou realizações coletivos buscados por regimes de governança.
• Governança vista como baseada em coordenação não-hierárquica, em oposição à hierarquia e o mercado como dois modos distintos de governo.
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Diferentes abordagens de governança pública – foco na participação
• As redes de políticas públicas são vistas como forma específica de governança,
• Predominam interações informais entre atores públicos e privados com interesses interdependentes, com reduzida relevância das hierarquias.
• O governo é apenas um entre muitos influentes atores sociais que estão envolvidos na formulação e implementação de políticas públicas.
• Governança como “diferentes formas de regulação intencional de assuntos coletivos” (MAYNTZ, 2009, p. 9)
• Ênfase nas estruturas e processos pelos quais se organiza de forma conjunta o processo de políticas públicas, tomando como principal unidade de análise não os atores nas redes, mas os padrões relacionais e interacionais entre os mesmos.
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Diferentes abordagens de governança pública – foco na participação
• Ênfase nas estruturas e processos pelos quais se organiza de forma conjunta o processo de políticas públicas, tomando como principal unidade de análise não os atores nas redes, mas os padrões relacionais e interacionais entre os mesmos.
• Diante da complexidade e diversidade da “ordem real existente”, o interesse se dirige para a compreensão de “governance mixes” entre mercados, hierarquias e redes (RHODES, 1997, 2003)
• Pano de fundo de uma evolução conceitual: a suposta mudança do modelo de um Estado intervencionista para um Estado cooperativo, sendo o primeiro identificado como a noção de um súdito tutelado e o segundo com um cidadão ativo e com a ampliação da participação democrática no processo de governar.
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A EVOLUÇÃO CONCEITUAL DA GOVERNANÇA PÚBLICA Diferentes origens ... ü Neoliberalismo ü Ciências Sociais ü Sociedade civil ü Experimentalismo democrático
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... do neoliberalismo • Crítica à ineficiência do Estado, ao crescimento das burocracias e
à concepção do interesse público como ponto de partida. • Pressuposto da eficiência do mercado e da competição. • Consequências para Estado/governo e da análise de suas ações:
• Transferência dos instrumentos do setor privado ao público: “entrepreneurial government”
• Governo “ruim”– remando (rowing) – governo “necessário” – conduzindo (steering).
• Foco na análise em nível micro do comportamento individual a partir da concepção do indivíduo maximizador de interesses particulares (escolha racional!)
• Mas como explicar a continuidade normas e padrões de regulações na ausência de uma autoridade maior? Através da consolidação de normas e regras em regimes de governança.
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... das ciências sociais • Crítica às reformas neoliberais na base de pesquisas empíricas –
consequências não-intencionais: • Fragmentação da prestação de serviços • Enfraquecimento do controle central, sem estabelecimento de mercados
• Governança enquanto proliferação de redes de políticas, compostas por um conjunto complexo de organizações públicas e privadas.
• Dependência mútua entre Estado e as demais organizações, sobretudo, em termos de recursos.
• Redes podem contribuir para reduzir a capacidade do Estado de comandar ou conduzir de forma efetiva.
• Concepção de um padrão complexo e fragmentado de regulação composto por múltiplas redes.
• Tipologias de estruturas de governança: hierarquias, mercados e redes
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... da resistência da sociedade civil • Radicais, socialistas e anarquistas • Sociedade civil como espaços de associações de cidadãos, livres e espontâneas.
• Duas percepções do conceito de “governança”: • um novo sistema de força e coerção (neoliberal), minando o
Estado e favorecendo as grandes corporações – crescente poder do capital financeiro e industrial.
• uma concepção alternativa da ordem democrática, não-estática, com foco na sociedade civil, nos movimentos sociais, na cidadania ativa, na força da esfera pública e, de forma geral, na resistência ao capital, ao poder estatal e corporativo.
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... do experimentalismo democrático governamental (Brasil)
• Democracia participativa como programa e estratégia governamental de poder e de transformação
• Democracia política/popular + democracia substantiva
• Arranjos democráticos de participação: conselhos e fóruns populares, OP.
• Redes comunitárias e fomento ao capital social •
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A NOVA GOVERNANÇA PÚBLICA Entre gerencialismo, cooperação em redes e participação cidadã ...
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NPM • Governança como “a face aceitável dos cortes de
gastos“ (STOKER, 2000). • Diretamente relacionado às estratégias de ajustes
estruturais e resultado de pressões externas, sobretudo em países em desenvolvimento
• Estruturas de incentivos para provisão de serviços públicos – incentivos de performance.
• Privatização e tentativas de criar “quase” mercados. • Gestão corporativa: gestão por resultados, medições de
performance, valor por dinheiro, foco no cliente. • Êxito do NPM condicionado à burocracia eficiente!
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Redes, parcerias e inclusão • 2ª onda de reformas: arranjos institucionais – redes e
parcerias – e valores administrativos – melhoria de serviços e inclusão social
• Do Estado mínimo ao Estado “ativador” que busca ativamente apoiar os processos socioeconômicos – 3ª via!
• Reação às falhas do NPM – negligência de equidade social e falhas na accountability!
• Melhoria da coordenação entre agências –vertical e horizontal por meio de redes.
• Redes como forma de coordenação social superior ao mercado e à hierarquia.
• Compartilhamento do processo de políticas públicas • Conciliar eficiência com inclusão social.
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Participação democrático-popular, inclusão e parcerias
• Democracia participativa: inclusão dos politicamente excluídos no processo decisório: OP, fóruns, conselhos.
• Limites da abordagem: Decisões de alto impacto, foco no processo decisório, não na implementação em nível comunitário.
• Novas abordagens de governança comunitária e de formação de redes sociais e de colaboração na resolução de problemas locais.
• Parcerias com iniciativa privada para viabilização de projetos urbanos e de infraestrutura urbana.
• Novas experiências para além do OP e dos conselhos – Estado experimental; Estado como movimento social? (Boaventura de Souza Santos)
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GOVERNANÇA PARA ALÉM DO ESTADO (NACIONAL) Novas escalas emergentes ... ü Governança regional ü Governança global
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Regional governance
• Governança das regiões urbanas • Governança regional (EU, Mercosul) • Governança multinível • Redes transnacionais de políticas
• ... E suas implicações para as cidades e regiões metropolitanas ...
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Global governance • Surgimento de novas estruturas institucionais e regulamentos em nível internacional sem haver poder de Estado
• Redes transnacionais de políticas, envolvendo atores estatais e não-estatais
• Regionalismo multipolar • Novos temas: segurança global, meio ambiente, direitos humanos, good governance ...
• ... Com implicações nacionais e locais ...
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TEORIAS DE GOVERNANÇA Diferentes olhares para fenômenos comuns ... ü Escolha racional ü Neoinstitucionalismo ü Teoria de sistemas ü Regulação ü Construtivismo social
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Escolha racional • Pressuposto do indivíduo maximizador dos interesses/
benefícios particulares. • Abordagem que se apoia em análises em nível micro das
atividades individuais – supostamente racionais – para explicar fenômenos coletivos.
• Mas como se explica que instituições perduram? • Instituições são concebidas como auto reforçadoras. • Instituições estruturam as interações estratégicas entre
pessoas/atores. • Instituições estáveis proporcionam expectativas razoáveis
quanto ao resultado de diferentes cursos de ação e suas consequências.
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Neoinstitucionalismo • Para além das instituições formais, regras, p r o c e d i m e n t o s e i n s t i t u i ç õ e s ( v e l h o institucionalismo).
• Concepção ampliada, incluindo normas, hábitos, padrões de comportamento, costumes culturais, instituições “informais”.
• Institucionalismo da escolha racional: maximização de benefícios
• Institucionalismo histórico: path dependency, efeito lock-in.
• Institucionalismo sociológico: identidades, valores
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Teoria de sistemas • Sistema (político): um padrão de ordem, baseado em
interações regulares e contínuas entre elementos interdependentes (instituições, comportamentos políticos), apresentando uma lógica própria baseada em relações e inter-relações funcionais entre os elementos.
• Governança como um sistema sociocibernético, enquanto sistema de auto-organização composto por atores e instituições interdependentes; emerge das atividades e das trocas entre atores e instituições.
• Papel do Estado: facilitar interações sociopolíticas, encorajar arranjos de cooperação e distribuir serviços entre organizações.
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Teoria da regulação • Examina a forma como diferentes formas do capitalismo
tentam gerenciar as instabilidades do capitalismo. • Nova governança relacionada à transformação do
fordismo ao pós-fordismo. • Da acumulação intensiva, baseada na produção em
massa, e da regulação monopolística • Declínio do fordismo implica no declínio do Estado
burocrático, Keynesiano e do Welfare State • Novo contexto da regulação: globalização do capital,
políticas neoliberais, terceirização, parcerias público-privadas e “Estado de Regulação”.
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Construtivismo social • Abordagens construtivistas e interpretativas de
governança com foco em contingências e no caráter dos significados das ações e práticas humanas
• Contestações e lutas pelos significados • Foco nas intenções, crenças, no conhecimento tácito e
consciente, assunções conscientes ou inconscientes, sistemas de signos e linguagens, discursos e ideologias
• Estudos sincrónicos e diacrónicos • Como os diferentes discursos influenciaram o surgimento
de novas práticas de governança: NPM, participação, justiça social...
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GOVERNANÇA E POLÍTICAS PÚBLICAS Como o Estado deve viabilizar políticas públicas diante da proliferação de mercados e redes ... ü Planejamento e regulação ü Gerenciamento de redes ü Diálogo e deliberação
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Planejamento e regulação • Apesar do enfraquecimento continua relevante o
planejamento estratégico das organizações e governos. • Neol iberal ismo não necessariamente exclui o
planejamento, mas antes prevê a privatização e terceirização de atividades e tarefas
• Ethos empreendedor no setor público. • O Estado continua com tarefa de estruturar e ter “a
imagem global” do processo político. • Governança implica em regimes ampliadas de regulação:
agências, comissões, tribunais ...
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Redes e seu gerenciamento • Enquanto a relativa retirada do Estado provocou a
proliferação de redes, coloca-se a questão do controle e coordenação das redes, até para garantir os objetivos formulados no âmbito do sistema político.
• Possíveis meios complementares: regulações, normas e leis; estruturas de incentivos; técnicas de negociação.
• “Muddling through” (Lindblom) – política como processo incremental
• Estado como facilitador, dependendo crescentemente da negociação e da criação de confiança.
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Diálogo e deliberação • Maior papel do cidadão no processo política:
• Fortalecimento da democracia • Aprimoramento do policy-making e implementação de políticas
• Aposta na aprendizagem social • Fomentar ação comunicativa (Habermas) em processos
deliberativos para alcançar consensos sobre o bem comum.
• Irrealista em sociedades de massa em diante da necessidade de ouvir a expertise de especialistas?
• Exclusão de grupos? Inviável em situações de crise? • Como conciliar diálogo e deliberação com efetividade do
agir? – desafios para gestores públicos, planejadores e políticos!
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GOVERNANÇA DEMOCRÁTICA É possível? ü Good governance ü Instituições não-majoritárias ü Visões democráticas alternativas
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Good governance • GG segundo Banco Mundial: “um Estado legítimo com
um mandato democrático, uma administração eficiente e aberta e o uso da competição e de mercados nos setores privados e públicos”.
• Visão primordialmente econômica – e não democrática – da governança, visando garantir funcionamento da economia de mercado.
• Outras agências de desenvolvimento e das Nações Unidas enfatizam também objetivos sociais, como a inclusão social, a justiça e a proteção ambiental.
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Instituições não-majoritárias • Tensão entre governança e democracia por arranjos de
governança irem além do sistema representativo, baseado no voto.
• Defensores da escolha racional: democracia implica em custos transacionais e beneficia de forma desigual mais aqueles que participam, além de favorecer um aumento dos gastos públicos.
• Defendem instituições não-majoritárias para proteger certas áreas de políticas – estratégicas – da democracia!
• Porém: possibilidade de ver instituições não-majoritárias também como formas de incluir setores marginalizados em processos políticos dentro da perspectiva da democracia participativa.
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E as visões democráticas alternativas... • Legitimidade democrática das novas formas de governança? • Necessidade da ampliação da legitimidade democrática; duas
estratégias básicas: • Aprovação por assembleias eleitas e monitoramento por órgãos
independentes, como tribunais (accountability legal) • Avaliação do grau de “fairness” e “inclusiveness”, sujeito ao
escrutínio público (papel central da sociedade civil) • Ampliação das oportunidades de participação nas diferentes
fases do ciclo das políticas públicas. • Novos arranjos institucionais: audiências públicas, fóruns da
cidade, referendos, votações deliberativas, conselhos cidadãos...
• Suporte estatal para grupos sub-representados para buscar equilibrar chances participativas.
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Referências bibliográficas • BEVIR, Mark. (2009). Key concepts in governance. London, Thousand Oaks:
SAGE. Introduction, p. 3-30. • BÖRZEL, Tanja A. (2008). Organizando Babel: redes de políticas públicas In
F. Duarte, C. Quandt & Q. Souza (Eds.), O tempo das redes (pp. 217-256). São Paulo: Perspectiva.
• FREY, Klaus. (2008). Development, good governance, and local democracy. Brazilian Political Science Review, 2(2), 39-73. Disponível em: http://socialsciences.scielo.org/pdf/s_bpsr/v3nse/a07v3nse.pdf.
• FREY, K. (2004). Governança interativa: uma concepção para compreender a gestão pública participativa? Política & Sociedade: Revista de Sociologia Política, 1(5), 117-136.
• SMITH, Andy. (2010). Governança de múltiplos níveis: o que é e como pode ser estudada. In B. G. Peters & J. Pierre (Eds.), Administração pública (pp. 619-635). São Paulo, Brasília: UNESP, ENAP
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