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OSHO

O ciclo da pobreza, tecnologia, religião,Pobreza, tecnologia....

Som – Orquestra de Mantovani

Música - Lamelight

Formatação – setembro/2008

LhT

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Antes de entrar na apresentação de Osho sobre o círculo de pobreza, tecnologia, religião, pobreza..., creio ser interessante recapitular a teoria de motivação humana de Maslow. Pois, Osho faz referência a ela. Com o conhecimento dessa teoria podemos compreender o porquê das mudanças comportamentais de uma pessoa, um povo, uma nação e uma civilização superando a pobreza, avançando na tecnologia, mergulhando na religião e se interessando por questões transcendentais.

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ReflexãoÉ comum os gerentes e diretores de empresas participarem de cursos sobre motivações em que a sua base é a Teoria de Maslow. Assim, procura-se aplica-la à nível empresarial para motivar os empregados.Participei desses cursos e procurei aplica-los á nível empresarial, mas jamais fiz associação com as minhas motivações. Com a explanação de Osho, tomei consciência das minhas diferentes motivações em várias fases de minha vida. Hoje eu sei o porquê das mudanças dos objetivos ao longo da vida.

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Agora posso compreender os meus comportamentos passados: os interesses, as preocupações, os sonhos e os anseios. Posso entender porque, muitas vezes, a minha atenção ficava focado no trabalho e no mundo dos negócios. Ficando de certa forma as coisas mais importantes com a família,á margem.O amor, a espiritualidade, Deus só tinham espaço no meu coração somente nos momentos em que a minha mente ficava desocupada.

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Informações colhidas na Wikipédia a enciclopédia livre

A hierarquia de necessidades de Maslow

Ela é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização.

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Maslow define um conjunto de cinco necessidades descritos na piramede.

1. necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;

2. necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa, as formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;

3. necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;

4. necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;

5. necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser: "What humans can be, they must be: they must be true to their own nature!".

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É neste último patamar da pirâmide que Maslow considera que a pessoa tem que ser coerente com aquilo que é na realidade "... temos de ser tudo o que somos capazes de ser, desenvolver os nossos potenciais".

Entretanto existem várias criticas a sua teoria, a principal delas é que é possível uma pessoa estar auto-realizada, contudo não conseguir uma total satisfação de suas necessidade fisiológicas.

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Necessidades físicas

Necessidades Sociais

Necessidades Psicológicas

Necessidades espirituais

Piramide de Maslow

Hierarquia das necessidades humanas

A transcendência, no topo da pirâmide foi acrescentada posteriormente por Maslow.

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Observações:Esta teoria é válida como regra geral. Podem acontecer de algumas necessidades surgirem antes de serem satisfeitas outras hierarquicamente inferiores, uma vez que todas as necessidades listadas acima estão presentes em todos os indivíduos. E a manifestação de uma determinada necessidade pode acontecer dependendo do momento, da circunstância e do indivíduo.

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OSHO O ciclo da pobreza, tecnologia, religião, pobreza,

tecnologia...

Osho respondendo pergunta.

Pergunta:“É possível viver religiosamente e continuar na estrada rumo à iluminação, embora vivendo num país como os Estados Unidos e se envolvendo num negócio competitivo?”.

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Resposta de Osho

A pergunta é de Alan Rudick.O que você acha? Você pode se tornar religioso na

Índia, num país como a Índia?Minha impressão é que, se você deseja se tornar

religioso, os Estados Unidos são o melhor lugar, pois são um país bem sucedido no conhecimento, em ter tudo que o ser humano desejou à séculos, e nesse próprio sucesso eles fracassaram. Este próprio sucesso se tornou um fracasso.

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É bastante aparente que você pode ter todo o dinheiro do mundo e permanecer pobre por dentro, que você pode ter todos os inventos, os mais recentes, e ainda assim permanecer insatisfeito. Essa insatisfação precisa ser procurada em outra direção e dimensão. Isso é aparente nos Estados Unidos, mas não é tão aparente na Índia, não pode ser – pelo menos na índia moderna. Já foi aparente.

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Quando Buda vivia, a Índia estava praticamente na mesma situação em que estão os Estados Unidos hoje. Ela era conhecida no mundo como um pássaro de ouro – ela era! Naqueles dias ela era o país mais rico do mundo. A religião desabrocha somente quando um país é opulento, nunca o contrário. Buda foi o subproduto daquela opulência, pois somente nelas as suas esperanças desaparecem; quando se torna desesperançado. Não há mais caminhos para fora; você viu todo o caminho, até o final e nada há. Automaticamente os olhos começam a se voltar para dentro. Não é acidental que um país pobre comece a pensar no comunismo, e não em religião.

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Na Índia, se alguém deseja ser poderoso politicamente, precisam gritar slogans sobre o socialismo, o comunismo e coisas assim. Nunca se ouve um slogan sobre religião. Por quê? Num país religioso, por que os políticos não exploram a religião? Eles sabem que ninguém quer ser religioso, que as pessoas estão saturadas dela; elas não são religiosas. Tradicionalmente elas assim aparentam, mas elas não são. As pessoas estão com fome, em inanição , não têm abrigo, alimento e roupas, suas necessidades básicas não estão preenchidas; o que dizer de Deus?

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Há uma hierarquia de necessidades. As físicas são básicas, e a o menos que sejam satisfeitas, a pessoa não será capaz de saber das necessidades psicológicas. Alguém faminto não estará interessado em Beethoven, Shakespeare ou Leonardo da Vinci, mas em comida – e isso é natural, nada de errado nisso, em como alimentar o corpo e sobreviver.

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Quando a questão é de sobrevivência, quem se importa com a música clássica? Mas quando sua fome está satisfeita, seu corpo aquecido e você têm uma casa para viver, de repente você começa a se interessar por coisas novas, nas quais nunca antes se interessou – em música, poesia, arte, filosofia. Estas são necessidades psicológicas. Você começa a pensar em grandes coisas. O corpo está satisfeito e a mente diz: “Agora também posso ter minhas necessidades satisfeitas”.

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Quando as necessidades da mente são satisfeitas – quando você ouviu todos os tipos de música, dançou todos os tipos de dança e entrou fundo na filosofia, arte, poesia, escultura, arquitetura, quando viu todas essas coisas e ficou satisfeito e saturado – surge o terceiro tipo de necessidade: a religião. Essa é a necessidade de Deus, a espiritual, a mais elevada.

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Se uma pessoa faminta estiver interessada em Deus, seu Deus não pode ser verdadeiro, mas somente um provedor de alimento. Ela dirá a Deus: “dê-me meu pão de cada dia”. Esse é o Deus do pobre. Não é de estranhar que a prece cristã contenha isto: Dê-nos nosso pão de cada dia. Buda e Krishna não teriam concebido tal prece: Dê-nos nosso pão de cada dia? Pedir por pão? Isso parece profano. Mas próprio Jesus era pobre e pertencia aos pobres. Ele estava ensinando pessoas pobres e precisava criar um Deus que é um provedor.

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Não é por acaso que os seguidores de Jesus insistem em falar sobre os seus milagres. O que são esses milagres? Em primeiro lugar, eles são fisiológicos: é dado olhos a um cego, um doente curado... ou milagres como Jesus transformando pedras em pão. Pense, esses milagres dizem algo? Jesus não transforma pedras em sermões ou música, mas em pão; e transforma água em vinho. Ora, não temos milagres como esses à volta de Buda. Existem milagres, mas eles são totalmente diferentes – a hierarquia. Os milagres de Buda são tão diferentes que vocês ficarão surpresos.

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Uma mulher vai a Buda; seu filho está morto e ela chora e se lamenta, e ela é viúva e jamais terá uma outra criança, e seu único filho morreu e para ele ia todo seu amor e atenção. Ela vai a Buda aos prantos. Se ela tivesse ido a Cristo, então o milagre teria sido Cristo tocar e ressuscitar o morto, como fez com Lázaro.

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O que Buda fez? Ele sorriu e lhe disse: “Vá à cidade e traga algumas sementes de mostarda de uma casa onde ninguém morreu”. E a mulher correu para a cidade e foi de casa em casa. E em todos os lugares que ia as pessoas diziam: “Podemos lhe dar quantas sementes de mostarda você queira, mas a condição não será preenchida, pois muitas pessoas morreram em nossa casa. E mulher, não fique ansiosa! Buda lhe aprontou uma peça; você não encontrará uma única casa em toda a terra que satisfaça a condição.”

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Mas ela tinha esperança: “Talves... quem sabe? Pode haver alguma casa que não conheceu a morte”. E ela perambulou o dia todo, mas à noite uma grande compreensão despontou nela: “ A morte faz parte da vida, ela acontece; não é algo pessoal, como uma calamidade pessoal que me aconteceu”. Com esse entendimento ela foi a Buda.

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Ele perguntou: “Onde estão as sementes de mostarda?”. E ela sorriu... e disse: “Você conseguiu!”. Ela caiu a seus pés e pediu: “Inicia-me, gostaria de conhecer aquilo que nunca morre”. Não peço pelo meu filho de volta, pois mesmo que ele me seja dado, morrerá novamente. Portanto, qual o sentido? “Ensina-me, de tal modo que possa conhecer algo dentro de mim o qual nunca morre”.

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Ora, essa é uma história totalmente diferente. Os milagres de Jesus parecem mais miraculosos, pois a terra ainda era pobre. Você não pode perceber o ponto? O Oriente está se tornando cristão e o Ocidente está se tornando budista. Quanto mais o Ocidente ficar rico, mais budistas ele será. Os novos cristãos estão nascendo no Oriente – pobres e primitivas tribos, os intocáveis, os oprimidos. Para eles, Jesus tem atrativo, eles gostariam que alguém transformasse pedras em pão – eles estão famintos. O que eles têm a ver com Buda? Buda parece aristocrático demais, fala de coisas grandes que não fazem sentido para o pobre e o faminto.

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Um milagre aconteceu na Segunda Guerra Mundial: o Japão, do Oriente, lutou contra os Estados Unidos. Esse foi o primeiro grande encontro em guerra entre o Oriente e Ocidente. O que aconteceu?Agora Los Angeles se moveu para Japão e todos os centros Zen budistas se moveram para os Estados Unidos. Isso é um milagre! Se você deseja encontrar o Zen, precisa ir aos Estados Unidos. Não vá ao Japão; as pessoas acharão que você é estúpido e pensarão: “Zen? Você ficou maluco? Você não pertence a este século, não é contemporâneo”.

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Se você deseja encontrar centros Zen, eles estão florescendo nos Estados Unidos. Mas se você quer uma melhor tecnologia de carros, melhores rádios e relógios, vá ao Japão.

Isso acontece sempre, desde eras remotas, através dos séculos. Há uma hierarquia: o Japão está interessado em carros, rádios e televisores melhores; os Estados Unidos estão saturados com a TV!

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Há alguns dias, numa universidade, pessoas compraram um Cadillac novinho em folha e o queimaram! Muito simbólico... As pessoas estão saturadas de carros, de inventos. Elas desejam algo mais elevado. Jesus não será mais relevante e somente Buda pode sê-lo. Os milagres de Jesus parecerão muito pequenos, pois a ciência pode fazê-los. Os milagres de Buda parecerão muitíssimo grandiosos, pois a ciência não pode faze-los.

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E você me pergunta: “Um homem pode ser religioso nos Estados Unidos?”

Onde mais? Os Estados Unidos são a terra onde a religião tem futuro. Na Índia e na China a religião não tem futuro. Sim, a religião tem um passado na Índia, mas não futuro. Estados Unidos? Lá a religião não tem passado, mas tem um futuro. No Oriente o sol está se pondo, no Ocidente o sol está nascendo. Não se preocupe com isso – sobre como você pode ser religioso nos Estados Unidos. Não há possibilidade de ser religioso na Índia! A Índia apenas finge ser religiosa, a sua religião permanece como um tipo muitíssimo baixo de religião. Não estou falando do passado, lembre-se; não estou falando dos Upanixades, do Gita e de Buda,. Naqueles dias, a Índia era os Estado Unidos. Agora, tudo se foi.

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E há um ponto muito sutil a ser compreendido; é assim que a roda da história se move: sempre que um país fica muito rico, ele se torna religioso, porque então a necessidade mais elevada começa a se afirmar, e sempre que a religião começa a florescer, mais cedo ou mais tarde o país ficará pobre. Pense: se os hippies, os centros Zen e os meus sannyasins continuarem a crescer nos Estados Unidos, por quanto tempo o país pode permanecer rico? Quem cuidará da tecnologia que o torna rico? As pessoas meditarão; elas não irão às universidades e serão desligadas. Quem se importará com as coisas comuns, mundanas e materiais? As pessoas se tornarão contempladoras do umbigo, fecharão os olhos e ficarão quietas, satisfeitas e felizes e não mais serão cientistas.

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É assim que a roda se move. Primeiro, um país é pobre: ele começa a correr em direção à tecnologia, melhor ciência, melhores meios de vida e os mais elevados padrões de vida. Então um dia, quando ele consegue e atinge o auge, de repente nada produz efeito e ele vem a saber que todo o esforço foi em vão: “Não chegaremos a lugar algum, estivemos atrás de uma ilusão, de uma miragem; de repente as pessoas começam a se desligar, Sannyas é isso.

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Milhares de pessoas se desligaram de seus mundos na época de Buda e o seguiram. Elas perceberam a ilusoriedade do desejo mundano; elas atingiram e descobriram a deficiência. Mas então o país começa ficar pobre. Mais cedo ou mais tarde o país fica pobre; quando as pessoas meditam demasiadamente o país empobrece. As pessoas pensam no outro mundo, e este ficam pobres. Quando isso acontece, elas começam a ficar anti-religiosas. Elas se tornam comunistas ou qualquer outra coisa, mas não são religiosas. Novamente a roda começa a se mover.

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Agora o Japão abandonou o Zen, a religião, a meditação; ele é uma das culturas mais materialistas. Logo ele ficará rico, ele está se tornando rico. E quando ficar... E haverá rebelião contra a riqueza, e as pessoas começarão a pensar nas belezas da pobreza, da não-posse, em ser livres de todo o apego. Elas começarão a pensar em como se tornar andarilhos: “Por que se preocupar em viver numa casa, engaiolado? Por que não ter uma barraca e se mover, um dia nesta praia e outro naquele? Por que não desfrutar toda a terra?”

Este é o círculo: pobreza, tecnologia, religião, pobreza, tecnologia, religião. É assim que as coisas se movem.

Se você permanecer muito tempo na Índia, você se tornará comunista.

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Você pergunta: “É possível viver religiosamente e continuar na estrada rumo à iluminação” – o melhor lugar são os Estados Unidos e, para ser mais particular, a Califórnia – “ embora vivendo num país como os Estados Unidos e se envolvendo num negócio competitivo?”

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Ser religioso não significa renunciar, porém simplesmente perceber a situação. Se você puder ver que a competição é um jogo, então não há problema; não fique sério a respeito. A seriedade é o problema, e não a competição, de modo nenhum! Então se trata de um jogo. Desfrute-o, mas saiba que é um jogo. E se você for bem-sucedido ou fracassar, não faz muita diferença; não importa, é irrelevante. Tudo que importa é que você desfrutou o jogo, que ele foi divertido. Tanto o perdedor quanto o ganhador o desfrutaram. É necessário um espírito desportivo, isso é tudo.

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Quando você joga cartas, o importante não é ganhar, mas passar o tempo, desfrutar do jogo, suas nuances e estratégias – isso é o que importa. Um inevitavelmente perderá e um inevitavelmente vencerá: esse de modo nenhum é o propósito, a meta.

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Se você puder viver no mundo e joga-lo como um jogo, se puder viver em todos os tipos de relacionamentos e lembrar-se de que o mundo é um grande drama – o palco é grande e você não pode ver onde ele começa e onde termina, mas ele é um drama, um mundo muito dramático - , se você puder lembrar-se disso, então não há problema. Dessa maneira você está simplesmente desempenhando um papel, mas ele não criará qualquer preocupação, constrangimento ou tensão em você. Você jogará o jogo, e à noite, quando voltar para casa você se esquecerá completamente dele.

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Se você for sério, então há problema. Mas se você for sério, você pode renunciar ao mundo, os jogos competitivos e mudar para os Himalaias – sentado na caverna você permanecerá sério. Então sua meditação terá a qualidade da seriedade e criará cansaço. Qual a diferença? Você está na Wall Street, brigando com unhas e dentes numa competição mortal e assassina e está seriamente nela, preocupado dia e noite sobre se terá sucesso, se conseguirá ou não! Então você está sentado numa caverna dos Himalaias meditando seriamente, com unhas e dentes.

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Agora você não terá um pescoço para cortar, a não ser o seu próprio, mas continuará a ser uma barbaridade. Agora você está em competição com você mesmo, com o seu corpo e mente, lutando e lutando. Você se dividirá e a briga começará, e ficará preocupado se vai conseguir ou não – “Quando essa iluminação vai acontecer?” -, se vai ou não acontecer. E gostaria de dizer-lhe: essa será uma preocupação maior do que estar na Wall Street, porque é sabido que muitas pessoas conseguiram lá, e nas cavernas dos Himalaias... muito raramente, de vez em quando. Você está em maiores dificuldades.

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Minha sugestão é: abandone a seriedade, tome a vida como um divertimento, um jogo. Desfrute-a, vale a pena desfrutá-la, ela é um belo jogo, uma grande oportunidade – para aprender, perceber, compreender. Mas não seja sério.

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A vida é não-intencional, não está indo a lugar algum, não tem objetivo. A jornada é o próprio objetivo! É isto que desejo que meus samnyasins aprendam: a jornada é o próprio objetivo. Mova-se não seriamente, alegremente, e então, tudo que você estiver fazendo é meditação. Qualquer ato feito alegremente se torna meditativo. Meditação é a qualidade que surge naturalmente, quando você está desfrutando não seriamente. Sim, jogar cartas, apostar ou negociar pode ser meditativo. Qualquer coisa pode se transformar em meditação. A única coisa que precisa ser acrescentada é um espírito brincalhão, não-sério. Então isso não cria tensão alguma em você, nenhum estresse é produzido, você permanece relaxado. Aprenda a permanecer relaxado e a Wall Street é tão boa como qualquer caverna dos Himalaias.

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“E jamais sejam enganados pelos “Santos” espirituais indianos, que percorrem os Estados Unidos e dizem que “a Índia é a única terra religiosa”. Não seja enganado por eles; a Índia não é. No momento ela é uma das terras mais materialistas sobre a terra. Seu materialismo está reprimido, profundamente reprimido. Ela tem uma face da religiosidade, mas atrás dessa face você nada mais encontrará além de materialismo. Não seja enganado pela face.

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Não estou dizendo que não há algumas pessoas religiosas; há, mas elas estão em qualquer lugar. Na verdade religião nada tem a haver com Oriente e Ocidente – poetas, pintores e cantores estão em qualquer lugar -, assim também a religiosidade – pessoas religiosas estão em qualquer lugar. Elas são muito poucas, é verdade; é muito difícil encontra-la, isso também é verdade, mas nenhum país tem o monopólio. Na Índia, se você olhar e observar profundamente, você ficará surpreso.

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Medite sobre esta pequena anedota:Um jovem e ingênuo sacerdote caminhava pela Times

Square quando uma jovem o abordou e perguntou: “Você quer uma fodinha: Dez dólares”. O sacerdote não respondeu e continuou a caminhada.

Algumas quadras adiante uma outra senhorita se aproximou dele e docemente lhe propôs: “Que tal uma fodinha, padre? Dez dólares”. Novamente ele nada disse.

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Quando ele chegou à sua igreja, encontrou uma freira e lhe perguntou: “diga-me, irmã, o que é uma fodinha?”

Ela olhou fundo em seus olhos e disse: “Dez dólares!”Tente olhar fundo nos olhos do indiano e encontrarão dez

dólares! Eles continuam falando contra o dinheiro, mas toda essa conversa é orientada pelo dinheiro. Eles continuamente falam contra o sexo, mas esse discurso é apenas um símbolo de suas sexualidades reprimidas. Tome cuidado com essa falsidade. A Índia é hoje um dos países mais falsos do mundo.

Até logo.

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