oscar da lata de aço
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sumário
EditorialA última edição da ABEAÇO Notícias de 2012 foi produzida para fechar o ano com chave de ouro. Em uma homenagem à au-têntica gastronomia brasileira, entrevistamos a chef Mara Salles, estrela de nossa capa e da reportagem “Sabor Brasileiro”, na qual garimpamos os principais alimentos enlatados fabricados regionalmente no País: doce de leite, manteiga, goiabada cas-cão e carne de charque são algumas das delícias. A reportagem mostra que a lata de aço permitiu que a tradição de sabores re-gionais e de receitas pudesse chegar ao país inteiro.
Destacamos também a versatilidade das latas em miniatura, que são um sucesso e estão virando hit como lembrancinha de even-tos corporativos e de casamentos. Além disso, com o crescimen-to do número de solteiros, a quantidade de opções de alimentos em mini latas, como extrato de tomate e leite condensado, está aumentando para facilitar o preparo e evitar desperdícios.
Não poderíamos deixar de falar sobre a festa do 2º Prêmio de Embalagens de Aço. Só faltou o tapete vermelho para rece-ber os vencedores nas seis categorias – Latas para Alimentos, Latas para Tintas, Latas Promocionais, Aerossol, Sistemas de Abertura e Jornalista Destaque. Os convidados puderam ainda se divertir com show da Rita Lee cover cantando seu reconhe-cido repertório. A Princípia Embalagens Especiais foi a grande vencedora: levou três troféus para casa.
Para finalizar essa edição, traçamos um panorama sobre o segmento de aerossol. O Brasil está recuperando sua lideran-ça frente aos concorrentes argentinos. Em 2007, a Argentina vendeu para o Brasil cerca de 52% do gás consumido. Atual-mente, 49% dos aerossóis comercializados no país são pro-duzidos aqui, sendo que o restante é importado. Segundo o presidente da ABAS, Hugo Agustin Chaluleu, o Brasil tem hoje infraestrutura para atender à demanda de aerossol no País. A expectativa é atingir a marca de 1,36 bilhão de tubos em 2020 (6,6 tubos per capita).
Boa leitura e boas festas!
EXPEDIENTE
Informativo da Associação Brasileira da Embalagem de Aço - ABEAÇO
Alameda Vicente Pinzon, 144 - cj. 41Vila Olímpia - 04547-130 - São Paulo - SPFone: (11) 3842-9512 / Fax: (11) 3849-0392
Editora: Claudia Reis (MTB 15693)Colaboradores: Equipe Press à PorterCapa: Rubens Chaves (Divulgação)Arte e Diagramação: ABEAÇOCoordenação: Thais Fagury (Gerente Executiva)Produção: Press à Porter Gestão de Imagem
Fotolitos e Impressão: Atrativa GráficaTiragem: 5.500 exemplares
Impresso em Novembro de 2012.
CAPA
Sabor brasileiro
VOCÊ SABIA?
pág. 04
VITRINE pág. 26
Foto
: SVT
Víd
eo
Thais Fagury, Gerente Executiva
INSTITUCIONAL pág. 13
2º Prêmio de Embalagens de Aço: Oscar da lata de aço
Que em agosto de 2010 o ex-presidente Lula sancionou a Lei
12.305 que regula a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS)? E que em dezembro do mesmo ano o decreto que
regulamenta a lei foi assinado? O novo conjunto de regras é
bem amplo e determina as ações que devem ser tomadas
pelos diversos setores, entre eles, o poder público, indústria,
distribuidores, varejo, importadores e consumidores, para
garantir que os resíduos sejam reutilizados, reciclados ou
dispostos de maneira correta.
Que, de acordo com a nova lei, as embalagens devem ser
fabricadas com materiais que incentivem sua reutilização ou
reciclagem? Segundo a norma, cabe aos fabricantes desses
recipientes assegurarem que as embalagens não ultrapassem
o volume e o peso específicos para a comercialização e uso
de cada uma delas; sejam fabricadas pensando na facilidade
e viabilidade de sua reutilização, mantendo-as compatíveis
com as exigências dos produtos que abrigam; e possam ser
recicladas caso não seja possível reutilizá-las.
Que a logística reversa é o termo usado para denominar o
conjunto de ações e procedimentos que viabilizam a coleta
e devolução dos resíduos sólidos ao setor empresarial? O
reaproveitamento desses resíduos em outros ciclos produtivos
ou uma correta destinação final dos mesmos contribui para o
desenvolvimento econômico e social.
Que em julho de 2012 foi publicado um edital convocando
o setor de embalagens para que assinassem um acordo?
Segundo o edital, os interessados têm um prazo de 180 dias
para apresentar propostas para implantar da melhor maneira
possível a logística reversa. As sugestões devem garantir que
todo o setor compartilhe a responsabilidade pelo ciclo de vida
das embalagens que representam a fração seca dos resíduos
sólidos urbanos.
MERCADO pág. 20
2 3
EM PARALELO pág. 24
Festa sustentável e colorida
Gás total para recuperar a liderança
MINI LATAS pág. 10
Pequenas notáveis
@Abeaço Brasil @latadeaco
4 5
capa
Sabor Brasileiro
Goiabada Cascão, Doce de Leite, Carne de Charque:tradições de nossa gastronomia que a lata de aço ajuda a preservar
Sobre as mesas dos dois restau-
rantes do chef Alex Atala, em São
Paulo, brilham mini latas de uma mar-
ca de manteiga que se tornou ícone
da boa cozinha brasileira. Se estiver
pensando em Aviação, acertou em
cheio. No D.O.M – considerado o
4º melhor restaurante do mundo e o
melhor da América Latina pelo S. Pel-
legrino World’s 50 Best Restaurants
– e no Dalva e Dito, casa de Atala
que homenageia a cozinha regional,
a manteiguinha famosa ganhou lati-
nhas exclusivas e é parte obrigatória
do charmosíssimo couvert. A man-
teiga Aviação é o símbolo máximo
de uma tendência entre
os melhores
restaurantes do País: valorizar as
delícias regionais brasileiras e apro-
veitar quitutes especiais que, mui-
tas vezes, só chegam com o sabor
preservado a nossa mesa graças à
embalagem de aço.
O Brasil tem delícias autênticas
com sotaques variados. Graças à
embalagem de aço, elas resistem ao
tempo, preservando o sabor e a cultu-
ra do País. Histórias não faltam. Des-
de os anos 30, uma família mineira
produz em Ponte Nova uma goiabada
cascão em lata que, segundo os en-
tendidos, não tem igual, a Goiabada
Zélia. A equipe de ABEAÇO Notícias
provou a iguaria e atesta: trata-se de
uma goiabada cremosa, com açúcar
na medida certa e pedaços da fruta
evidentes. É para comer de colher,
fazendo oração e tomando
cuidado para não ficar
viciado.
A Goiabada Zélia já teve outros
nomes. Quando a produção come-
çou, pelas mãos habilidosas das ir-
mãs Ieêta, Sinhazinha e Marta Mol,
o doce chamava-se Goiabada São
José. Anos depois, foi rebatizado de
Goiabada Celeste, em homenagem
à primeira sobrinha que acabara de
nascer. Nos anos 60 a fábrica foi
comprada por Olavo Gonçalves Mol,
irmão das três doceiras, que mudou
novamente a marca para Zélia, ho-
menageando sua esposa.
A goiabada cascão Zélia, em lata
de aço, é oferecida nas versões 800
gramas e 10 Kg e chega às mesas de
todo o país com o sabor de um sécu-
lo atrás. E a escolha da embalagem
não é coincidência. José Renato Car-
neiro Mol, sobrinho neto das funda-
doras e hoje proprietário da empresa,
explica que a escolha da embalagem
foi motivada, especialmente, pela
segurança que proporciona. “Como
vendemos para vários estados, a lata
nos dá mais tranquilidade no trans-
porte”, diz Mol. Além disso, ele res-
salta, a lata preserva as propriedades
da goiabada. “Ela mantém o produto
sem risco de oxidação, não sendo
necessária a adição de conservan-
tes. A Goiabada Zélia é 100% goiaba
e açúcar”.
O Estado de Minas Gerais é mes-
mo um dos mais ricos quando se fala
em doces em lata, nas versões mais
populares ou gourmets. Tão famoso
quanto a goiabada mineira é o doce
de leite, outro par perfeito para o
queijinho típico daquele estado. En-
tre os produtos populares mais gos-
tosos estão o Doce de Leite Pastoso
Caxambu, em latas de 750 gramas,
produzido na famosa estância hidro-
mineral. Ainda na categoria doce de
leite, o campeão, ou melhor, penta-
campeão no Concurso Nacional de
Produtos Lácteos, – é o da marca
Viçosa, que vem em latinhas de 800
gramas, com uma tampinha plástica
para fechar o produto após abertura,
e 10 Kg, na versão food service.
Linha de produção da fábrica Zélia, localizada em Ponte Nova, Minas Gerais.
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
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capa
O doce de leite Viçosa é certamen-
te o preferido entre alguns dos mais
renomados chefs e quituteiros pau-
listas que enchem suas panelas com
produtos regionais, como Mara Sal-
les, do restaurante Tordesilhas (leia
entrevista na página 9), e Laura Es-
tima, da Doce de Laura. “É o melhor
do Brasil por causa da cremosidade
e da consistência, que não é molen-
ga, mas firme. O sabor é leve e nada
enjoativo. Uso para fazer os recheios
de todos os bolos da minha doceria”,
derrete-se Laura.
Na linha regional chique, brilham os
doces em lata assinados por Christia-
na Mares Guia Martins, também de
Minas Gerais. As latas dos Doces da
Christy estão disponíveis apenas em
supermercados gourmets, como a
Casa Santa Luzia, em São Paulo. As
latas coloridas de 500 ou 900 gramas,
com rotulagem bonita e sofisticada,
vêm recheadas de goiabada ou man-
Mendonça, ou “Dona Sinhá”, que
descobriu pés de marmeleiro na fa-
zenda da família e começou a fazer
doce para que a fruta durasse todo o
ano. As gerações foram passando, a
família investiu no plantio de outros ti-
pos de frutas e iniciou a fabricação em
escala de frutas em calda, por um mo-
tivo bastante objetivo: as localidades
eram normalmente de difícil acesso
por rodovias e era preciso conservá-
-las. O portfólio é de dar água na
boca, formado por doces em calda,
cremosos e do tipo “caramel” (frutas
inteiras com calda espessa).
O gerente de Compras da Helo-
mar, Nelson Faria, explica que a lata
de aço foi escolhida para grande par-
te dos produtos, especialmente os
de exportação, porque é um padrão
mundial de envase de doces em cal-
da. “A grande vantagem é a resistên-
cia da embalagem depois do envase
do produto”, comenta. Por isso, de-
lícias como os doces cremosos de
mamão ralado, coco, cidra, laranja,
banana, abacaxi e abóbora com coco
são acondicionadas nas latinhas.
De Águas da Prata, tradicional es-
tância hidromineral no interior de São
Paulo, vêm uma seleção de produtos
regionais de alta qualidade. Mantei-
ga, pessegada, goiabada e geleias
de sabores variados são produzidos
diariamente na fábrica artesanal da
Laticínios Prata. As latas de aço que
conservam as delícias têm rótulos
rústicos, com cara de antiguinhos, o
que só aumenta o charme dos pro-
dutos. O dono da empresa, Rodri-
go Zordon Fernandes, conta que a
escolha da embalagem ocorreu em
1932, quando o negócio foi fundado.
“Sempre fizemos produtos de forma
artesanal, sem conservantes, e, des-
de aquela época, a lata foi a melhor
forma de conservar alimentos”. Para
Rodrigo, o fato de utilizar este tipo
de embalagem permite que a fábrica
consiga manter um padrão de quali-
dade. Ele ressalta que sua Goiabada
Cascão foi eleita como uma das me-
lhores do País pelo caderno Paladar,
do jornal O Estado de S. Paulo.
A lata também é aliada de fabrican-
tes de alimentos que querem conser-
var carnes tradicionalmente produ-
zidas no país. O maior exemplo é a
Xavante Alimentos, que distribui na-
cionalmente um inigualável pernil de
porco sem osso, o charque. O produ-
to é oferecido em latas de aço de 900
gramas e 3,4 Kg, com litografia capri-
chada, e a receita preserva a tradição.
“A Carne na Lata é um produto tradi-
cional na culinária mineira e tem esse
nome porque antigamente não exis-
tia geladeira. Ao se matar um porco
fritava-se toda a carne e guardava-se
em latas cobertas com banha. Dessa
forma a carne não estragava. Assim
escolhemos a lata porque faz parte da
identidade do produto, é resistente e
conserva muito bem o alimento”, con-
ta Douglas Tavares, diretor comercial
da Xavante Alimentos.
Douglas não tem dúvidas de que
a embalagem de aço apresenta inú-
meras vantagens em relação a outras
formas de envasamento. “É resisten-
te, protege da luz, não transfere gos-
to ou cheiro ao alimento, preservan-
do as características do produto. E é
reciclável”, completa. No website do
gada. “A principal razão pela escolha
da lata é que esteticamente o pro-
duto fica mais bonito. Dá a ideia de
um doce tradicional, como eram em-
balados antigamente. Fazemos, sob
encomenda, latinhas de 260 gramas
para eventos empresariais, casamen-
tos e outros. A lata de aço é sempre
um sucesso”, explica Christiana, res-
saltando que a receita está há 90 anos
na família. Christiana, aliás, aprendeu
a fazer o doce com a sogra, Maria da
Conceição, nascida em Ponte Nova,
capital mundial da goiabada cascão e
terra da Goiabada Zélia.
Aliando sabor de produto artesanal
a método de produção de última gera-
ção, a Helomar, de Brazópolis (MG), é
um dos destaques entre as indústrias
brasileiras que ajudam a preservar
a tradição da culinária brasileira.
A produção começou em 1912,
de forma caseira, pelas mãos de
dona Maria Feliciana Pereira de
produto (www.carnenalata.com.br)
há receitas inspiradoras e um texto
explicativo que mostra o valor que a
empresa dá à gastronomia brasilei-
ra. “A Xavante Alimentos é pioneira
na industrialização da carne na lata,
além de seguir rigorosamente a téc-
nica tradicional de preparo da carne
suína para conservação em gordu-
ra. Essa tradição vem se perdendo
desde o advento da geladeira, mas
a Xavante Alimentos seguirá pre-
servando essa cultura dos nossos
antepassados!”. ABEAÇO Notícias
assina embaixo.
Modo de Preparo- Enfeite o fundo e as laterais de uma fôrma redonda (com cerca de 20
cm) com o ovo, o tomate e a azeitona. Reserve.- Numa panela grande, aqueça o azeite e doure a cebola.
- Junte os tomates e refogue demoradamente. Acrescente o purê de tomate, óleo ou molho de tomate das sardinhas e a água. Tampe a panela e
cozinhe até ferver e os tomates desmacharem.- Acrescente a ervilha, a azeitona, o palmito, o cheiro verde e as sardinhas.
- Tempere com sal e pimenta a gosto.- Acrescente aos poucos a farinha de milho misturada com a farinha de
rosca, mexendo sempre, até obter uma preparação homogênea.- Na fôrma reservada faça camadas alternadas de massa de cuscuz e
Catupiry®.- Desenforme e sirva morno ou frio.
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capa
Mara Salles,a chef verde-amarela
O restaurante Tordesilhas, em São Paulo, comandado pela chef Mara Salles, é certamente um dos pioneiros da onda da brasilidade. Quando muita gente torcia o nariz para ingredientes regionais, fazendo biquinho para pronunciar nomes estrangeiros, Mara percorria o Brasil pesquisando ingredientes, receitas, jeitos autênticos de preparar nossas delícias. Esta cozinheira de mão cheia e pesquisadora da gastronomia verde-amarela contou, em entrevista exclusiva à ABEAÇO Notícias, alguns segredos de sua cozinha.
ABEAÇO NOTÍCIAS: Por que você decidiu abrir um restaurante de comida brasileira/regional?MARA SALLES: O meu trabalho com as cozinhas regionais brasileiras começa na fazenda de café onde passei a infância, na convivência com pessoas de outras regiões que trabalhavam e moravam na fazenda. Quando estávamos no primeiro endereço do Tordesilhas, de 1990 a 1999 (rua Ouro Branco - Jardins) começamos a fazer um evento chamado Semana da Cozinha Regional Brasileira, que era anual e temático – durava uma semana e a cada dia apresentávamos um buffet com comidas de uma determinada região gastronômica brasileira, era uma loucura. A partir desse evento, as pesquisas sobre as cozinhas tanto em livros, como in loco, foram ficando cada vez mais necessárias e frequentes, e passei a viajar com regularidade pelo Brasil atrás de novas receitas, ingredientes, preparos.
AN: Qual o prato regional mais solicitado no restaurante? Por que você acha que os clientes gostam tanto?MS: Praticamente todos os nossos pratos saem bastante bem. Não temos um único carro-chefe, mas posso citar alguns destaques: Moquecas, Bobó de Camarão, Tutu à Mineira, Pratos com Carne seca, Pato no Tucupi, Barreado, Peixes (Filhote e Pirarucu amazônicos; Robalo, Abadejo, Namorado). Entre as entradas e petiscos: Pasteizinhos, Comissão de Frente; Queijo de Coalho com Melado de Cana, Tacacá, Espetinhos de Carne-de-sol. Entre as sobremesas: Pudim de Tapioca, Sorvetes Amazônicos, Mix de Compotas Brasileiras, Cocada com Sorvete de Tapioca e Calda de Tamarindo, Brulée de Chocolate Amargo com Doce de Cupuaçu.
AN: Quando você cria um prato regional, o que você leva em conta? Qual o seu processo criativo? Você estuda a história da região?MS: É importante sempre ter em conta que além das cozinhas clássicas, temos ‘subcozinhas’ regionais. Quer dizer que temos, dentro do mesmo bioma ou região, cozinhas com ingredientes e preparações diferenciadas – só na Amazônia temos umas três cozinhas diferentes, algumas com maior influência portuguesa, outra com maior influência indígena. No restaurante apresentamos um pequeno panorama das cozinhas regionais clássicas, levando em conta a autenticidade da comida apresentada, mas também o público a quem você está apresentando. No restaurante você deve melhorar a apresentação dos pratos, tirar os excessos de condimento ou de gordura, usar processos para conseguir mais sabor, mas não pode mudar a natureza do mesmo. Uma moqueca é uma moqueca. Deve ser servida na panela de barro e chegar fumegando à mesa. Mas é importante também criar a partir dos ingredientes brasileiros. E isso é fundamental para que a gastronomia brasileira evolua e mostre as suas possibilidades. Viajo constantemente pesquisando ingredientes, modos de fazer, receitas e cardápios. Adoro isso. E gosto muito de ir à casa das pessoas, onde a comida é feita de forma mais autêntica, sem as amarras e limitações de um restaurante, trocar experiências, aprender e ensinar alguma coisa.
AN: Você utiliza alimentos/ingredientes enlatados no cardápio? Quais? Em quais pratos?MS: De forma contínua, creme de leite, leite condensado, doce de leite nas sobremesas. De forma eventual sardinha, atum, milho e ervilha, e uma ou outra coisinha.
AN: Você indica algum alimento ou tempero enlatado?MS: Sim. O doce de leite de Viçosa, Minas Gerais, algumas manteigas enlatadas, alguns doces. Um enlatado surpreendente que conheci há pouco tempo foi a carne de lata Xavante, que compramos no Mercado Municipal de Belo Horizonte. Tem alguns derivados de tomate também muito bons, como o tomate pelado, alguns extratos e molhos de tomate.
TORDESILHAS: Rua Bela Cintra, 465, Consolação – São Paulo
Receita típica brasileira!
A Catupiry®, criadora da marca do requeijão
mais cremoso do Brasil, lançou recentemente
latas colecionáveis em homenagem às regiões
do Brasil – Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nor-
te/Nordeste. A coleção denominada “Receitas
do Brasil” começou com dois típicos pratos da
região Sudeste: bolinho de bacalhau rechea-
do de Catupiry® e cuscuz de sardinha com
camadas de Catupiry®.
“Por meio dessas receitas, a Catupiry®, que
há 100 anos faz parte dos sabores brasileiros,
espera levar momentos ainda mais especiais
para a casa do consumidor”, diz Alexandre Del-
manto, superintendente de Marketing e Comer-
cial da Catupiry®. “O objetivo é homenagear a
nossa terra, tão rica, e ao mesmo tempo cheia
de ingredientes tão especiais”, acrescenta.
A marca viajou por regiões do país em bus-
ca de pratos saborosos, que representassem
a diversidade da cozinha brasileira, como o
delicioso cuscuz paulista, o arroz carreteiro
da mesa gaúcha, o barreado paranaense e o
acarajé baiano. Em cada um dos pratos es-
colhidos, a Catupiry® deu um toque especial
com sabor único e incomparável.
Rendimento: 8 porçõesTempo de Preparo: 10 minutos
Tempo de Cozimento: 25 minutosDica: À medida que for fazendo as camadas, dê uma leve apertada
para que o cuscuz fique firme.Variação: Substitua as sardinhas por cerca de 500g de camarão
médio limpo. Neste caso refogue o camarão no azeite com a cebola.
Cuscuz de Sardinha comcamadas de Catupiry - Região Sudeste
Ingredientes- rodelas de ovo cozido, rodelas de tomate e azeitona verde para enfeitar
- 3 colheres (sopa) de azeite ou óleo- 1 cebola picada
- 2 tomates maduros, sem pele e sem semente, picados- meia xícara (chá) de purê de tomate
- 2 latas de sardinha em molho de tomate ou óleo - meia xícara (chá) de água quente
- meia xícara (chá) de ervilha em conserva ou fresca cozida- 5 colheres (sopa) de azeitona verde picada
- 1 vidro de palmito cortado em rodelas- 1 colher (sopa) de cheiro verde picado
- sal e molho de pimenta a gosto- cerca de 1 e meia xícara (chá) de farinha de milho
- 1 colher (sopa) de farinha de rosca- 1 embalagem de Requeijão Cremoso Catupiry® (410g)
Foto
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mini latas
Pequenas notáveis
A sociedade está mudando. A
cada ano, o número de solteiros
aumenta. Segundo pesquisa rea-
lizada pelo instituto de opinião pú-
blica Market Analysis (2011), só no
Brasil o total chega a sete milhões.
Morando sozinho, com agenda
apertada e repleta de compro-
missos, esse público busca al-
ternativas para facilitar a rotina e
evitar desperdícios, principalmen-
te quando se trata de alimentação.
As empresas já perceberam isso.
Itens simples e muito consumidos,
como o extrato de tomate, estão
disponíveis em versões miniatura.
A marca Quero oferece uma latinha
com dimensões de 60x58mm, con-
tendo apenas 140g, perfeita para
este mercado crescente.
Thais Fagury, gerente executi-
va da ABEAÇO, ex-
plica que foi criado
um nicho para as
latas mini. “Com a
quantidade de sol-
teiros aumentando a cada dia,
lheradas, a latinha de aço traz 100g
de leite condensado, quantidade
exata para matar a vontade de co-
mer um doce no meio da tarde sem
ter que se preocupar com o peso na
consciência ou ter que lembrar que
chegou a hora de parar de comer.
Os países europeus também
apostam em latas mini com apelo
estilizado. Na Alemanha, as peque-
nas latas de molho de tomate com
apenas quatro centímetros de altura
por aproximadamente 450mm de
diâmetro fazem sucesso entre os
solteiros gourmets. Na Espanha, as
latas de chiclete, pouco maiores que
uma moeda de um real, são ótimas
opções como lembrancinhas ou para
levar dentro da bolsa.
“Quando viajo para o exterior sem-
pre compro várias lembrancinhas
para pessoas queridas. Na minha
última viagem para Barcelona, com-
prei a latinha de chiclete em aço por-
que achei um mimo. É sempre bom
trazer presentes a mais para o caso
de alguém ser esquecido. Duvido
que alguém não goste de ganhar um
presente como esse”, diz o jornalista
Marcus Rodrigues, que em 2012 fez
um tour pela Europa.
O mesmo ocorre com fabricantes
de chicletes e balas nacionais. A
Florestal Alimentos, indústria do seg-
mento de balas e líder na produção
e comercialização de pirulitos planos
no país, possui uma linha completa
de latinhas fornecidas pela Princípia
Embalagens para envasar os diver-
sos sabores das balas Flopi e
Lixx. As latas possuem pouco
menos de três centímetros
de altura.
Iguarias de luxo, como
caviar, também são ven-
didos em mini latas. A
Petrossian, marca dos ir-
mãos armênios Melkoum e
Mouchegh, disponibiliza o
produto em diferentes quanti-
dades e tamanhos: para duas
pessoas em embalagem de
30g, para quatro pessoas em
lata de 50g e, para oito pes-
soas, em embalagem de 125
gramas.
Além das novidades que
surgem a cada dia no mer-
cado, existem também
aquelas conhecidas há
anos. Qual mãe nunca usou
o famoso Vick Vaporub para
curar a tosse do filho? A mar-
ca existe no mercado brasilei-
ro há mais de 80 anos e já virou
sinônimo de tradição e qualida-
de. E não poderia ser diferente:
seu pequeno formato, em lata de
aço com 12g e apenas 45 mm de
diâmetro, permite que ela caiba
no bolso da camisa ou da calça
e em qualquer nécessaire.
Comemorações especiais
Apesar de o mercado alimen-
tício investir nesse segmento
de latas mini, a maior procura
por essas embalagens ainda é
por organizadores de eventos
esses consumidores procuram
opções de alimentos em porções
individuais para facilitar na hora
do preparo”, relata. “Disponibilizar
produtos em versões menores dá
ao consumidor a opção de ter à
mão a quantidade exata daquilo
que procura”, complementa.
Segundo Luiz Marchi, gerente
Comercial da Rimet, fabricante de
embalagens metálicas, a empresa
possui uma versão miniatura de
lata de aço, com 140 gramas, uti-
lizada por clientes do mercado de
atomatados como Quero, Arisco
e Knorr. “A lata é bastante conhe-
cida e está bem consolidada no
mercado. A principal destinação
dessas embalagens mini é o con-
sumo domiciliar”, conta Marchi.
E não é só o Brasil que traz op-
ções de embalagens “tamanho
individual” para os consumidores.
No Chile é possível encontrar a
versão miniatura do tradicional
Leite Moça, da Nestlé. Perfeita
para ser devorada em poucas co-
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corporativos, comemorações ou
festas em geral: casamentos,
aniversários, formaturas, lança-
mentos de produtos, eventos
de relacionamento. Não faltam
ocasiões especiais para pessoas
ou empresas presentearem seus
amigos, familiares ou consumido-
res com mimos personalizados,
elegantes, delicados e inusitados.
A opção por usar latas de aço
para embalar as lembranças
acontece naturalmente, já que
elas são práticas e versáteis.
Isso sem contar com o fato de
serem duráveis e 100% reci-
cláveis. O presente embalado
pode ser saboreado ou utilizado
rapidamente, mas as latinhas deco-
radas ficam como lembrança, em
alguns casos, por gerações.
E nestas ocasiões especiais o
divertido está na escolha do tama-
nho do presente. Não é apenas
por caber mais facilmente den-
tro da bolsa que as noivas aca-
bam escolhendo uma latinha
pequenina para embrulhar o
bem casado entregue no fim da
festa de casamento. Parece que
quando a lata é feita em tamanho
miniatura a lembrancinha fica
mais bonita e especial.
A Meister SA, fabricante de
latas de aço que atua no mer-
cado desde 1937, possui cer-
ca de dez modelos diferentes
que se enquadram na categoria de
lata mini. A maioria tem dimensões
de até 70 mm de diâmetro e 68 mm
de altura e, a menor de todas, tem
apenas 9 mm de altura.
De acordo com a analista de ven-
das da empresa, Evelin Silva, os
clientes da Meister buscam esse ta-
manho de lata por diversos motivos.
“Vendemos muito para eventos cor-
porativos. Várias empresas nos pro-
curam para solicitar esse tipo de lata,
pois buscam um tamanho de brinde
pequeno”, conta.
Ainda segundo Evelin, os princi-
pais segmentos que optam por este
tamanho de lata são empresas de
eventos, chocolaterias e de cosmé-
ticos. “As empresas de chocolates
que compram esse tipo de lata em
geral possuem estoque para o ano
todo”, explica. Evelin ressalta que a
produção deste item requer muito
expertise. “Por se tratar de algo tão
pequeno, sua produção é minucio-
sa, requer prática e horas de traba-
lho”, explica.
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Só faltou o tapete vermelho na entrega do 2º Prêmio de Embalagens
de Aço, realizado em São Paulo, no Espaço Villa Bisutti, no dia 17 de
outubro. A ABEAÇO reuniu fabricantes, envasadores e imprensa numa
noite especial para o segmento de embalagens de aço. Priscila Kirsner,
apresentadora do programa Fiscais da Natureza, comandou a noite
como mestre de cerimônia. E para encerrar a festa com chave de ouro,
Rita Lee cover animou o público com as tradicionais canções da rainha
do rock’n’roll nacional.
Os convidados acompanharam a entrega da premiação com muita
expectativa. A Princípia Embalagens Especiais foi o fabricante de maior
destaque, levando três troféus para casa. Foram mais de 90 embala-
gens e 20 matérias avaliadas criteriosamente por um comitê formado
por membros de institutos de pesquisa, universidades, entidades seto-
riais, especialistas em nutrição e jornalistas.
Oscar dalata de aço
mini latas
Fotos: Divulgação Meister
Fotos: Produtora 7
O evento foi realizado no Espaço Villa Bisutti.
14 15
institucional
Categoria Latas para Alimentos
A premiação começou com a categoria Latas para Ali-
mentos, dividida em duas subcategorias: inovação e pra-
ticidade. No quesito inovação, foram avaliados se a solu-
ção foi inovadora em sua fabricação e uso e se contribuiu
para o sucesso da embalagem nas gôndolas. A Lata Gran
Mestri Renner, desenvolvida para a manteiga Gran Mes-
tri, marca catarinense, foi eleita a mais inovadora. “Nós
acreditamos na embalagem de aço e na inovação que
desenvolvemos. Dedico este prêmio ao esforço de toda a
nossa equipe”, disse José Victor Basso, gerente Geral da
Metalgráfica Renner.
Na subcategoria praticidade, foram levados em consi-
deração sistema de abertura prática e fácil de usar, faci-
lidade de transporte e empilhamento e acondicionamen-
to da embalagem. A lata para o café Duo Grão Nestlé,
produzida pela Nestlé-Mococa, foi a vencedora. “Quero
aproveitar a oportunidade para agradecer o trabalho feito
em conjunto com nossos fornecedores. Esta lata não seria
possível sem a parceria com a Mococa”, ressaltou Cristia-
ne Lopes de Oliveira, gerente de Inovação e Renovação
de Embalagens da Nestlé.
Categoria Latas para Tintas
Na categoria Latas para Tintas, o principal critério ava-
liado foi a inovação da embalagem. A lata da Interlight
Cerviflan, para tinta da marca Indutil, foi consagrada a
vencedora. Em formato retangular, a lata permite que se
aplique diretamente o rolo de tinta. “Agradeço aos nossos
funcionários e amigos. Muito obrigado pelo tempo dedica-
do para fazer com que uma embalagem inovadora virasse
realidade no Brasil”, disse Vicente Lozargo Filho, diretor-
-presidente da Cerviflan, ao receber o prêmio.
Categoria Latas Promocionais
Na categoria Latas Promocionais, foram destacadas
três subcategorias: litografia, design e aplicação diferen-
ciada. No quesito litografia, os jurados analisaram a im-
pressão e o destaque das cores e imagens. O conjunto
Vintage da Meister atendeu a todos estes requisitos e foi
o vencedor. O conjunto é formado por três latas em for-
matos diferenciados e foi produzido para catálogo. “Em
nome de toda a equipe da Meister quero agradecer por
esta premiação”, falou Evelin Silva, que subiu ao palco
para receber o troféu com Aline Graminho, ambas analis-
tas de vendas da Meister.
A lata com melhor design foi escolhida pelo seu dife-
rencial no ponto de venda. A Princípia foi a empresa ven-
cedora com a Lata Luminária, produzida para a fábrica
de doces Santa Edwiges. Criada para envasar biscoitos
amanteigados, ela vem com uma pequena vela para ilu-
minar ambientes. “Agradeço a ABEAÇO pelo incentivo
por meio dessa premiação. É um momento que envolve
a criatividade e inovação para apresentar os diferenciais
do aço”, disse Adriana Alcerito Lima, diretora executiva
da Princípia. Na categoria Latas Promocionais, a Princípia
também foi a vencedora da subcategoria aplicação dife-
renciada com a lata Black & Decker. Esta lata, ricamente
decorada, foi criada para uma edição especial do ferro de
passar roupa X560 da marca.
Categoria Aerossol
Aplicação diferenciada foi o critério usado para esco-
lher a melhor lata de aerossol. A vencedora foi a Aerossol
Würth, fabricada pela Brasilata. A lata possui design ino-
vador que facilita o uso e foi premiada internacionalmen-
te. “Quero agradecer aos nossos mil inventores e nossos
funcionários que fazem parte desta conquista”, ressaltou
Antônio Carlos Teixeira Álvares, diretor Superintendente
da Brasilata.
16 17
institucional
Categoria Sistemas de Abertura
Essa foi dividida em duas subcategorias: praticidade e
tampas para embalagens diversas. A Princípia conquistou
seu terceiro troféu com a Lata Plec Plec, feita para enva-
sar balas da marca Flopi. Foi escolhida como o tipo de
abertura de lata mais prático. Basta pressionar a tampa
na parte superior para que a lata se abra facilmente. Para
fechar, basta apertar as laterais.
Na subcategoria tampa para embalagens diversas a
vencedora foi a tampa Deep, da Silgan White Cap. Seu di-
ferencial é o tamanho da lateral: mais alta e ampla, facilita
na hora de abrir o pote. “Este tipo de tampa já tinha sido
lançado lá fora. Ficamos felizes em trazer para o Brasil e
ter esse reconhecimento”, disse Dilciney Tadeu Zagato,
gerente Geral da Silgan White Cap no Brasil, que recebeu
o troféu junto com Ivone Lucas, coordenadora de Vendas
da empresa.
A última categoria da noite a ser premiada foi a de Jor-
nalista Destaque. O vencedor foi Wilson Palhares, com a
matéria “Bicentenária, mas contemporânea”, que abordou
os avanços tecnológicos da lata de aço ao longo de seus
200 anos. O jornalista foi representado pelo filho, Marcos
Palhares, diretor da revista EmbalagemMarca. “Ficamos
muito felizes por receber este prêmio”, disse Palhares.
Veja a listagem completa dos ven-cedores no box da página 17.
Confira todas as fotos do evento nos perfis da ABEAÇO no Facebook (www.facebook.com.br/abeacobrasil)
e Twitter (@latadeaco).
Latas para Alimentos - Inovação1° Colocado – Gran Mestri Renner
2° Colocado – Lata Duo Grão Nestlé - Mococa3° Colocado – Lata Linolen – Brasilata
Latas para Alimentos - Praticidade1° Colocado – Lata Duo Grão Nestlé – Mococa
2° Colocado – Gran Mestri Renner3° Colocado – Lata Linolen - Brasilata
Latas para Tintas – Inovação1° Colocado – Lata Interlight Cerviflan
2° Colocado – Lata Suvinil Valença3° Colocado – Lata Fascínio Palmira
Latas Promocionais – Melhor Litografia1° Colocado – Conjunto Vintage Meister
2° Colocado – Lata Marie Madeleine Meister3° Colocado – Lata Doce Beijo Meister
Latas Promocionais – Design1° Colocado – Lata Luminária Princípia
2° Colocado – Lata Ovo Colcci Meister3° Colocado – Conjunto Elegance Rosas Pérola Meister
Latas Promocionais – Aplicação Diferenciada1° Colocado – Lata Black & Decker Princípia
2° Colocado – Lata Coração Confiance Princípia3° Colocado – Lata Royal Canin Aro
Aerossol – Aplicação Diferenciada1° Colocado – Aerossol Würth Brasilata
2° Colocado – Aerossol Freshmatic Prada3° Colocado – Aerossol Chemicolor Cerviflan
Sistema de Abertura - Praticidade1° Colocado – Lata Plec Plec Princípia
2° Colocado – Lata Abre Fácil Peel Off Rimet3° Colocado – Lata Linolen Brasilata
Sistema de Abertura – Tampas Diversas1° Colocado – Tampa Deep Silgan White Cap2° Colocado – Lata Abre Fácil Peel Off Rimet
3° Colocado – Lata Linolen Brasilata
Jornalista Destaque1° Colocado – Wilson Palhares, Revista EmbalagemMarca
“Bicentenária, mas contemporânea”2° Colocado – Renata Armas, Revista Viva Saúde
“A estrela das gôndolas”3° Colocado – Fernando Maia, Diário do Nordeste
“Reciclaço já recolheu 153 mil toneladas no período de 10 anos”
Os vencedores
Marcos Palhares recebeu o troféu de Jornalista Destaque pela revista EmbalagemMarca
18 19
institucional
Lata de aço também é artePara destacar a versatilidade da lata de aço, a Cerviflan
distribuiu para os convidados aromatizador de ambiente com
aroma cítrico envasado em lata de aerossol. O artista plástico
uruguaio Juan Muzzi reproduziu o seu quadro Lubolos para
litografar a embalagem.
O pintor, em entrevista exclusiva para a ABEAÇO Notícias,
explicou qual foi sua inspiração para pintar o quadro. “Na épo-
ca da escravidão, para participar das festas dos escravos, os
uruguaios se pintavam de preto, os chamados Lubolos. Foi
pensando neles que pintei este quadro”, diz.
BrindesAlém de entregar a lata com aromatizador de ambiente da
Cerviflan, no final da festa, a ABEAÇO também presenteou os
convidados com outros mimos: uma sacola reciclável feita de
juta (fibra têxtil vegetal), uma lata da Meister recheada com
deliciosos brigadeiros, uma lata da Princípia cheia de balinhas
e um bloco feito de papel reciclado da Silgan.
Para os jurados, a ABEAÇO entregou latas de aço douradas
da Kopenhagen com pães de mel.
Comissão julgadora
A comissão julgadora do 2º Prêmio de Embalagens de Aço foi formada por:
• Andreia Regina Ignácio dos Santos, diretora da equipe de nutrição da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo; • Carlos Zardo, sócio-diretor da +Packing Design;
• Kelly Bando, coordenadora de Desenvolvimento de Produto da Narita Design;
• Fábio Mestriner, professor e coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing);
• Dra. Silvia Tondella Dantas, pesquisadora científica do Cetea Ital;
• Mara Lúcia Siqueira Dantas, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo;
• Cláudia Reis, diretora fundadora da Press à Porter Gestão de Imagem;
• Sandra Scigliano, proprietária da Textu Comunicação;
• Luciana Pelegrino, diretora executiva da ABRE (Associação Brasileira de Embalagens);
• Regina Moldero, responsável pelo Núcleo de Comunicação do Siniem (Sindicato Nacional da Indústria de Estamparia de Metais)
• Airton Aparecido Sicolin, assessor da diretoria do Sitivesp (Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo) e gerente executivo da Abitim (Associação Brasileira de Tintas de Impressão).
O evento contou com a presença de cerca de 200 convidados.
A festa contou com mestre de cerimônia e show ao vivo. Na saída, todos ganharam um super kit de lembrança.
20 21
mercado
Em entrevista concedida em 2009 à ABEAÇO Notícias,
o presidente da ABAS (Associação Brasileira de Aeros-
sóis e Saneantes Domissanitários), Hugo Agustin Cha-
luleu, fez uma previsão que poderia parecer otimista: o
mercado de aerossóis deveria atingir nos próximos anos
600 milhões ou 700 milhões de unidades vendidas. Os
números superaram a previsão de Chaluleu. Em 2011,
o setor alcançou cerca de 800 milhões de unidades, o
maior resultado da história.
Com investimentos da indústria brasileira em tecno-
logia e maquinário, o país é referência no segmento de
aerossóis e possui reconhecimento mundial. Segundo
Reinaldo dos Santos, coordenador de Negócios da Prada
Embalagens, a expectativa para 2012 é comercializar 900
milhões de tubos. “O Brasil consumiu no ano passado 4,1
tubos per capita, com projeção de 4,6 tubos per capita
para 2012. A expectativa é atingir a marca de 1,36 bilhão
de tubos em 2020 (6,6 tubos per capita)”, conta o executi-
vo. Destaque para aerossóis utilizados em higiene pesso-
al, inseticidas, ambientadores e purificadores, industriais,
medicinais, veterinários e tintas.
A concorrência com os importados, alguns anos atrás,
principalmente com a Argentina, pois mais de 50% é
Dentro de um lata de aerossol com gás liquefeito
Bico
Lacre
Tubo Imerso
Na forma de gásliquefeito /Mistura compropelente
Gás total para recuperara liderança
proveniente do país vizinho, não in-
timidou a retomada do crescimento.
Segundo dados da ABAS, em 1998,
enquanto a produção local era de
123 milhões de unidades, a importa-
ção chegava a 49 milhões. Vantagem
para o Brasil. Em 2006, as produções
se igualaram: 169 milhões para am-
bos. Em 2010, avanço do inimigo:
foram 326 milhões de fabricação lo-
cal contra 375 milhões de produtos
importados. Atualmente, 49% estão
relacionados à produção interna e
51%, à importada, ou seja, foram fa-
bricados 397 milhões de unidades no
território brasileiro e 405 milhões de
unidades vieram de fora. Praticamen-
te um empate técnico.
A arma adotada pelo país vizinho
para abocanhar o mercado brasileiro
foi a redução do preço do gás pro-
pelente, importante componente dos
aerossóis. O valor comercializado
e taxado foi muito abaixo do preço
adotado internacionalmente.
O quadro começou a mudar com
o lançamento de propelentes de alta
qualidade, que seguiram rígidas exi-
gências mundiais da categoria de
aerossóis. A Liquigás, controlada
da Petrobras, lançou o Purogas, um
propelente livre de impureza, odor e
umidade característicos dos gases
liquefeitos de petróleo (GLP). Pouco
depois, a Ultragaz apresentou ao
mercado o Demexx (DME), derivado
do gás natural com maior índice de
pureza, solúvel em água e com redu-
ção da emissão de compostos orgâ-
nicos voláteis (VOCs) e com preço
competitivo. “Hoje, podemos dizer
que temos finalmente infraestrutura
para atender a demanda de aerossol
no País”, afirma Chaluleu.
Aerossol em lata de aço
E qual a embalagem mais indica-
da para envasar os aerossóis? Não
resta dúvida de que a lata de aço é
a melhor, pois é 100% reciclável e
oferece segurança única. É impor-
tante ressaltar que a lata de aerossol
é reciclável, mas não pode ser reu-
tilizada para trabalhos artesanais ou
outros fins, por possuir substâncias
inflamáveis.
Segundo a ABAS, mais duas quali-
dades devem ser destacadas: maior
vida de prateleira devido a ausência
de oxigênio dentro da embalagem e
dosagem regulada, tanto na abertura
do jato (spray pattern) quanto no vo-
lume por segundo (spray rate).
Linha de produção PRADA.
Foto
: Div
ulga
ção
22 23
mercado
A Suvinil, marca de tintas imobiliárias da Basf, uti-
liza o aerossol no Suvinil Spray Multiuso. “A marca
está presente no mercado de tintas no segmento de
spray desde 2009, tendo conquistado rapidamente
seus clientes. E foi pensando neles que a Suvinil
simplificou e criou uma linha multiuso que pode ser
aplicada em diversas superfícies”, conta Mário La-
vacca, gerente de Produto da marca.
Como a responsabilidade ambiental é uma atitu-
de cobrada pelos consumidores, a Suvinil apostou
no desenvolvimento de produtos que, além de ter
qualidade, pudessem contribuir para a preservação
do meio ambiente.
“O Suvinil Spray Multiuso foi desenvolvido respei-
tando todas as normas sustentáveis e as que regu-
lamentam o material. A embalagem de aço é uma
ótima alternativa, pois é 100% reciclável em um pro-
cesso que pode ser repetido quantas vezes forem
necessárias. O aço é um material que se decompõe
totalmente, voltando para a natureza como matéria-
-prima”, completa Lavacca.
Para Vicente Lozargo Filho, diretor-presidente da
Durante a montagem, a embalagem
passa pelas seguintes etapas: corte da
folha em corpos, processo de solda de
alta tecnologia, preparação de neck in
e pestana para recravação de compo-
nentes, enganchamento do fundo e do
domo (parte superior), passagem pela
bomba de teste de qualidade, acondi-
cionamento e paletização automática
por meio de um robô.
A embalagem, além de utilizar um
aço específico, necessita de uma
solda de alta tecnologia e passa
por um exigente processo de teste
de vazamento na linha de produção,
com o intuito de garantir a qualidade
do produto e evitar qualquer aciden-
te no envasador.
Erradicação do CFC
Há mais de dez anos que o CFC
(clorofluorcarbono), principal subs-
tância destruidora da camada de
ozônio, deixou de ser utilizado na
Cerviflan, fabricante nacional de embalagens metálicas, a lata
de aço confere ainda propriedades de armazenamento e trans-
porte exclusivas, como proteção à luz, resistência a quedas,
além da impressão mais refinada.
A Cerviflan contribui muito para o desenvolvimento do se-
tor no País. Além de ter o parque fabril mais moderno da
América Latina, a companhia trouxe para o Brasil as latas de
45 mm e 53 mm de diâmetro, com aplicação de uma película
de PET ao fundo.
“A Cerviflan foi pioneira na América Latina na fabricação de
tubos para aerossóis de aço com PET. A novidade foi pensada
especialmente para a indústria de cosméticos. Com o PET, a
embalagem pode ficar na pia, sem o risco de ferrugem”, ex-
plica Lozargo Filho. “A Cerviflan saiu na frente também com a
fabricação da embalagem de 300 mm, usada pelo segmento
químico. A empresa desenvolveu o domo ou cúpula menor,
promovendo ergonomia à embalagem para aerossóis.”
Fabricação da embalagem
Os tubos para aerossóis seguem os mesmos padrões de
fabricação das demais latas de aço. Porém, seu processo de
montagem é mais rápido e contínuo, devido aos altos volumes.
Algumas embalagens, em virtude do conteúdo e formulação,
requerem proteção extra do verniz em seu interior.
O fabricante recebe as folhas de flandres com camada de esta-
nho com as devidas especificações para o corpo, fundo e domo.
O aço de todas as partes passa pelo processo de impressão, co-
nhecido como litografia, conforme indicação de cada cliente.
produção de latas de aerossol. Pri-
meiramente, esse gás foi substituído
por um gás ecológico, o butano pro-
pano sem cheiro. Logo em seguida,
novos gases muito mais limpos fo-
ram desenvolvidos, como o Demexx
(DME), sendo excelentes alternativas
para as latas de aerossol.
O Brasil foi o terceiro país do mun-
do a substituir o CFC por propelentes
naturais, logo depois dos Estados
Unidos e do Canadá. O Brasil foi o
primeiro país da América Latina a
produzir o DME, propelente ecológi-
co, largamente utilizado na Califórnia,
Japão, China, entre outros, visando
preservar o meio ambiente na redu-
ção de emissão de compostos orgâ-
nicos voláteis.
172,8 184,6 194,9 202,9 206,5 206,1 224,9282,1
339,1
413,8
490,8545,5
702,2
802,2
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
MERCADO BRASILEIRO DE AEROSSÓIS
milh
ões
de
unid
ades
MERCADO BRASILEIRO DE AEROSSÓIS2011
produção49%
importado51%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Importado 49,5 80,5 84,8 85,7 89,0 84,7 89,3 133,3 169,7 216,7 229,3 232,1 375,3 405,2
Produção 123,3 104,1 110,1 117,2 117,5 121,4 135,6 148,8 169,3 197,1 261,5 313,4 326,9 397,0
Comercializado 172,8 184,6 194,9 202,9 206,5 206,1 224,9 282,1 339,1 413,8 490,8 545,5 702,2 802,2
Dados estatísticos fornecidos pela ABAS
Mario Lavacca, gerente de Produto da Suvinil
Vicente Lozargo Filho, diretor-presidente da Cerviflan
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
Festa sustentável e colorida
Fotos: Press à Porter
Festa de aniversário de criança quanto mais colorida me-
lhor. E se for feita com materiais reutilizados, fica ainda mais
criativa. A ABEAÇO Notícias sugere uma comemoração sus-
tentável utilizando latas de aço pós-consumo na decoração.
Você pode usar latas de leite em pó, de milho, de leite con-
densado ou de achocolatado para fazer criativos e personaliza-
dos enfeites de mesa. Para deixar as embalagens ainda mais
coloridas, use balas, canudos e varinhas com biscoitos. Confira
abaixo o passo a passo e prepare uma festa inesquecível!
• Latas de aço pós-consumo;• Papel cartão colorido; • Cola Tenaz Pritt.
Materiais
25
Tire a medida da lata e corte o papel no tamanho suficiente para cobrir toda a lateral da lata;
1º Passo
Envolva a lata com o papel cartão e passe a cola Tenaz Pritt nas pontas;Pressione o papel contra a lata para ter certeza que a cola secou;
2º PassoPara finalizar, recorte no papel cartão a letra inicial do nome da aniversariante. No passo a passo sugerido, usamos a letra “I” de Isabela ou Igor.
3º Passo
2ª Etapa - Sugestão de enfeite – Varinha mágica com biscoitos
24
• Biscoitos Tortinhas Adria • Folhas de papel cartão colorido • Tesoura • Cola Pritt Bastão • Cola Pritt Tenaz • Cola para isopor • Fita dupla face • Papel celofane transparente • Palito de churrasco • Fitas coloridas.
MateriaisDesenhe o molde da estrela no papel cartão e recorte-a para fazer as outras.
1º Passo
Cole uma das estrelas no palito de churrasco. Para dar acabamento, passe cola em toda a volta de outra estrela e cole por cima. Corte as fitas coloridas em tamanhos iguais e amarre no palito um pouco abaixo da estrela para enfeitar.
2º PassoCorte o papel celofane transparente em quadrados e embrulhe os biscoitos fechando-os com fita colorida.
3º Passo
Cole o embrulho do biscoito na estrela4º Passo
em paralelo
Pronto! Com as varinhas montadas, a festa já pode começar!
Arroz na lataA lata de aço é capaz de preservar perfeitamente as características
dos alimentos. Por este motivo, o tradicional Arroz Acquerello é
envasado em aço pela família Rondolino, na fazenda Colombara,
na Itália. Considerado pela cena gastronômica internacional como
o melhor arroz para risoto do mundo, o Acquerello pode ser
encontrado em empórios, como o Santa Luzia, em São Paulo. Outra
opção é comprar pelo site da Refinaria Deli Gourmet.www.refinariadeligourmet.com.br
vitrine
26
Aniversário com capuccinoPara comemorar seus 20 anos, a Café 3 Corações
acaba de lançar três embalagens colencionáveis.
Além de lindas, as latas são recheadas com dezes-
seis sachês de Capuccino nos sabores Classic, Light,
Chocolate, Baunilha e Canela. As embalagens foram
fabricadas pela Aro. www.3coracoes.com.br / www.aro.com.br
Novo visualA Mactra acaba de lançar novo layout para o balde de aço usado para
envasar toda sua linha de impermeabilizantes. Produzido pela Prada, a
embalagem tem impressão litográfica em cinco cores com quadricromia e
aplicação de verniz. Fábio Mestriner, responsável pelo projeto, explica que o
objetivo da nova comunicação visual da Mactra é tirar todas as dúvidas dos
consumidores quanto ao uso do produto por meio de imagens explicativas. Conheça toda a linha da empresa no site www.mactra.com.br.
Latas perfumadasA linha Egeo Provoke, de O Boticário, está
cheia de novidades: os desodorantes e
perfumes Woman e Man são embalados
em lata de aço. As embalagens são ino-
vadoras e funcionais, ou seja, podem ser
reutilizadas. Os produtos Egeo Provoke
foram criados para inspirar a conquista.
As latas foram produzidas pela Aro.
Confira nos sites www.oboticario.com.br / www.aro.com.br
27
Miau!Quem gosta de gatos vai adorar esta coleção de latinhas,
uma para cada estação do ano com lindas imagens de
gatos e sutis arabescos, criados pensando nos movimen-
tos dos felinos. A Aro foi a responsável pela produção das
latas. Para ganhar uma delas, basta comprar a primeira
linha de alimentos úmidos Super Premium da Royal Canin.
Comece já a sua coleção.www.royalcanin.com.br / www.aro.com.br
CentenárioPara celebrar seus 100 anos, a Lacta lançou uma edição limitada de latas
com estampas vintage. A embalagem vem recheada com três tabletes de
chocolate ao leite. A primeira barra reproduz a identidade visual inicial da
Lacta, lançada no início do século passado. A segunda barra vem envolta
com embalagem atualizada e, a terceira, convida os consumidores a
imaginarem como será a embalagem nos próximos 100 anos. Confira a
fan page da marca alusiva à comemoração no link www.facebook.com/
LactaOficial. As latas foram produzidas pela Metalgráfica Itaquá.www.metalgraficaitaqua.com.br
Rock enlatadoJá imaginou ter uma lancheira de lata de aço de sua banda favorita
de rock? Esta relíquia pode ser comprada na loja It’s Only Rock ‘n’
Roll, localizada na Vila Madalena, em São Paulo. Especializada no
bom e velho rock, a loja vende camisetas e artigos de decoração
relacionados a mais de 200 bandas, todos produtos licenciados.Confira os modelos de lancheira no site www.itsonlyrocknroll.com.br
Mickey NatalinoA Bagley do Brasil Alimentos se inspirou no personagem mais
famoso e querido de Walt Disney para lançar três latas colecio-
náveis para o próximo Natal. As embalagens são recheadas com
deliciosos panetones. De acordo com a Aro, fabricante das latas,
o aço foi escolhido devido à possibilidade da litografia quadricolor
com imagens em alta definição e por ser 100% reciclável.www.aro.com.br.
Latas onlineLatas decoradas com astronauta,
bonequinhas e estampas vintages
são alguns exemplos de embalagens
vendidas no site Coisas da Doris. São
mais de 15 opções. Se você gosta
de colecionar latas ou usá-las para
embalar presentes confira a loja virtual
www.coisasdadoris.com.br/loja/index.php/
bandejas-caixas/latas.html?p=1.
Fotos: Press à Porter / Divulgação