os três eixos da revolução brasileira

6
Os três eixos da revolução brasileira É notório que o Brasil vem num processo de transformação rápido, que tem sido produzido pela revolução socialista que está em curso. Esta revolução quer ser silenciosa e tem passado desapercebida para a maioria dos brasileiros. Poucas vozes se levantaram para denunciar e falar sobre o assunto. Quero aqui explicitar como esse movimento revolucionário tem sido implantado em nosso país. São três eixos revolucionários que caminham em paralelo, mas mantendo os mesmos objetivos estratégicos e frequentemente se intercruzando. O primeiro deles é a chamada revolução gramsciana, que entrou em pauta com o maior dos seus estrategistas, Fernando Henrique Cardoso, quando da fundação do Cebrap, no final dos anos sessenta. O Cebrap virou um think thank e logo foi imitado por outros, basicamente para realizar a formação de quadros e a produção de ciências sociais comprometidas com a revolução. É claro que o Cebrap levou FHC à presidência da

Upload: arturleite

Post on 07-Nov-2015

252 views

Category:

Documents


31 download

DESCRIPTION

jerte kfghf

TRANSCRIPT

Os trs eixos da revoluo brasileira

Os trs eixos da revoluo brasileira notrio que o Brasil vem num processo de transformao rpido, que tem sido produzido pela revoluo socialista que est em curso. Esta revoluo quer ser silenciosa e tem passado desapercebida para a maioria dos brasileiros. Poucas vozes se levantaram para denunciar e falar sobre o assunto. Quero aqui explicitar como esse movimento revolucionrio tem sido implantado em nosso pas.

So trs eixos revolucionrios que caminham em paralelo, mas mantendo os mesmos objetivos estratgicos e frequentemente se intercruzando. O primeiro deles a chamada revoluo gramsciana, que entrou em pauta com o maior dos seus estrategistas, Fernando Henrique Cardoso, quando da fundao do Cebrap, no final dos anos sessenta. O Cebrap virou um think thank e logo foi imitado por outros, basicamente para realizar a formao de quadros e a produo de cincias sociais comprometidas com a revoluo. claro que o Cebrap levou FHC presidncia da Repblica, trs dcadas depois. A revoluo gramsciana se consolidou com a posse de Lula e do PT na Presidncia da Repblica.

Basta ver uma breve lista de pesquisadores que passaram pelo Cebrap para se perceber como o organismo espalhou esporos por toda parte: Boris Fausto, Cndido Procpio Ferreira de Camargo, Carlos Estevam Martins, Elza Berqu, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, Francisco de Oliveira, Jos Arthur Giannotti, Jos Reginaldo Prandi,1 Juarez Rubens Brando Lopes, Lencio Martins Rodrigues, Luciano Martins, Octavio Ianni, Paul Singer e Roberto Schwarz. Muitas das cabeas coroadas da academia e da imprensa nunca deixaram de ser agentes propagadores da revoluo gramsciana, como se v. Foram produtores de falsa cincia, a servio da transformao social. Se voc, leitor, fez algum curso universitrio provavelmente saiu dele intoxicado com o veneno ideolgico produzido por essa gente, que autora da maior parte da literatura recomendada.

Os agentes formados por esses falsos gurus pouco a pouco foram tomando conta do Estado, de modo a transformar seus organismos em aparelhos ideolgicos, a servio da causa revolucionria. Tomaram conta primeiro da Educao e da Sade. Depois de todo o resto.

Essa revoluo ganhou fora quando dominou o pensamento universitrio brasileiro, ao longo dos anos setenta e oitenta (e depois, j que nunca parou). Os professores e alunos passaram a ser divulgadores e doutrinadores das ideias revolucionrias e tambm cabos eleitorais quando as eleies aconteciam. A eficcia poltica foi total, a ponto de a direita ter desaparecido da cena poltica, s retornando agora, de forma embrionria e dispersa, com as eleies de 2014. O presidente da Cmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ser talvez a maior expresso poltica dessa nova direita. O Brasil est ainda hemiplgico, voado politicamente apenas com seu lado sinistro.

O segundo eixo da revoluo a cultural, que recebeu grande impulso depois da posse de FHC como presidente e ainda maior quando o PT o sucedeu. Polticas de cotas, de aborto, pr movimento gay, causa ambientalista, a busca obsessiva pela igualdade de gneros no limite do ridculo, liberao do uso de estupefacientes, tudo tem sido feito nessa direo, naturalmente inspirado da Escola de Frankfurt. O objetivo derradeiro destruir a famlia crist e o Brasil como unidade, fragmentado em mltiplos movimentos sociais. Essa perna da revoluo sofreu agora profundo revs porque Eduardo Cunha assumiu a presidncia da Cmara de Deputados e, como primeira medida, decidiu retirar de pauta os pontos da agenda revolucionria.

O terceiro eixo mais antigo e caudatrios de intelectuais que produziram fico e no fico desde o sculo XIX. A literatura e a filosofia foram postas a servio da transformao. A Semana de Arte Moderna expresso maior dessa tentativa revolucionria. Nossos grandes escritores, em alguma medida, fizeram da sua obra um veculo de propaganda da revoluo.

Dos trs eixos, o mais pernicioso e o mais profundamente arraigado o terceiro. Contra ele s pode agir um processo de produo cultural em volume equivalente quele produzido pelas esquerdas, convencendo a inteligncia brasileira, sua elite cultural bem como econmica, do erro que abraar a revoluo. um processo que levar dcadas, por isso um partido poltico ou alguma liderana contrarrevolucionria no pode fazer muito, exceto aquilo que Eduardo Cunha fez. preciso reescrever os livros didticos, que surjam novos escritores comprometidos com a causa da verdade, que os jornais saiam das mos dos comunistas, que os professores deixem de ser agentes da transformao para serem os portadores da moralidade. Um movimento assim nem comea e nem acaba em partidos polticos, pois exige o engajamento de uma elite pensante que ainda no existe.

Eu vejo aqui e ali sintomas de vitalidade. preciso fazer germinar um novo tipo de homem, comprometido com a verdade e o Bem. Vai demorar, mas, se serve de consolo, penso que essa reao est em curso, de forma espontnea. A esquerda deixou de ter o monoplio da mdia e da produo de ideias. A internet deu voz queles que, isolados, nada podiam fazer para interferir no processo. O simples fato de se discutir o assunto j trabalhar para a sua superao.

Quem viver ver.