os tempos modernos (renascimento e reforma)

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PLANO DE AULA HISTÓRIA 9º ANO EF CMF AUTORIA: PROF FABIANO UD I ASSUNTO 1. - OS TEMPOS MODERNOS (RENASCIMENTO E REFORMA) NR SESSÕES: 03 OBJETIVOS - Relacionar o Renascimento com as transformações socioeconômicas ocorridas na Baixa Idade Média e no início da Modernidade. - Justificar a origem italiana do Renascimento. - Identificar as principais características e realizações da revolução intelectual e artística do Renascimento. - Inferir a importância do Renascimento para o resgate da cultura Greco-romana da Antiguidade. - Relacionar a Reforma Protestante com as transformações socioeconômicas e políticas ocorridas na Baixa Idade Média e no início da Idade Moderna. - Distinguir as origens e princípios doutrinários dos movimentos reformistas. - Explicar a Contra-Reforma como a reação da Igreja Católica à expansão dos movimentos reformistas. - Inferir a importância da Companhia de Jesus. ASSUNTO 1. TEMPOS MODERNOS DIVISÃO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE Pré-história Paleolítico, mesolítico, neolítico e idade dos metais Idade antiga 4000 A.C a 476 D.C Idade média 476 a 1453 Idade moderna 1453 a 1789 Idade contemporânea 1789 a nossos dias A IDADE MÉDIA E O FEUDALISMO Denomina-se Idade Média o período compreendido entre o fim do Império Romano do Ocidente e o fim do Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino. Naquele período ocorreu o Feudalismo, cujas origens estão na decadência do Império Romano do Ocidente e que predominou na Europa durante toda a Idade Média. Com a decadência e destruição do Império Romano do Ocidente, em decorrência das inúmeras invasões dos povos bárbaros, os nobres se afastaram das cidades levando consigo camponeses (com medo de serem saqueados ou escravizados) e os representantes da Igreja Católica. Como os vários povos bárbaros dominaram rapidamente a Europa, foi impossível àqueles nobres unirem-se entre si e com isso surgiu uma organização econômica, política e religiosa baseada em relações servo-contratuais (servis). Os senhores feudais eram na verdade grandes latifundiários e a mão de obra era composta por camponeses, que cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. O modelo feudal era composto basicamente de três classes sociais: a nobreza, que guerreava, o clero que orava e o servo, que trabalhava. A vassalagem era o modelo de fidelidade vigente e representava a terceirização do sistema. O feudalismo caducou à medida que surgiu a burguesia e suas atividades comerciais, que se tornaram intensas nos dois séculos de cruzadas e que levaram a Europa a experimentar o surgimento do renascimento comercial e urbano. A IDADE MODERNA E O RENASCIMENTO

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Page 1: Os Tempos Modernos (Renascimento e Reforma)

PLANO DE AULA – HISTÓRIA – 9º ANO EF – CMF

AUTORIA: PROF FABIANO

UD I – ASSUNTO 1. - OS TEMPOS MODERNOS (RENASCIMENTO E REFORMA)

NR SESSÕES: 03

OBJETIVOS

- Relacionar o Renascimento com as transformações socioeconômicas ocorridas na Baixa Idade

Média e no início da Modernidade.

- Justificar a origem italiana do Renascimento.

- Identificar as principais características e realizações da revolução intelectual e artística do

Renascimento.

- Inferir a importância do Renascimento para o resgate da cultura Greco-romana da Antiguidade.

- Relacionar a Reforma Protestante com as transformações socioeconômicas e políticas ocorridas na

Baixa Idade Média e no início da Idade Moderna.

- Distinguir as origens e princípios doutrinários dos movimentos reformistas.

- Explicar a Contra-Reforma como a reação da Igreja Católica à expansão dos movimentos

reformistas.

- Inferir a importância da Companhia de Jesus.

ASSUNTO 1. TEMPOS MODERNOS

DIVISÃO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Pré-história – Paleolítico, mesolítico, neolítico e idade dos metais

Idade antiga – 4000 A.C a 476 D.C

Idade média – 476 a 1453

Idade moderna – 1453 a 1789

Idade contemporânea – 1789 a nossos dias

A IDADE MÉDIA E O FEUDALISMO

Denomina-se Idade Média o período compreendido entre o fim do Império Romano do Ocidente e o

fim do Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino. Naquele período ocorreu o Feudalismo,

cujas origens estão na decadência do Império Romano do Ocidente e que predominou na Europa

durante toda a Idade Média. Com a decadência e destruição do Império Romano do Ocidente, em

decorrência das inúmeras invasões dos povos bárbaros, os nobres se afastaram das cidades levando

consigo camponeses (com medo de serem saqueados ou escravizados) e os representantes da Igreja

Católica. Como os vários povos bárbaros dominaram rapidamente a Europa, foi impossível

àqueles nobres unirem-se entre si e com isso surgiu uma organização econômica, política e

religiosa baseada em relações servo-contratuais (servis). Os senhores feudais eram na verdade

grandes latifundiários e a mão de obra era composta por camponeses, que cuidavam da

agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além

da proteção contra ataques bárbaros.

O modelo feudal era composto basicamente de três classes sociais: a nobreza, que guerreava, o clero

que orava e o servo, que trabalhava. A vassalagem era o modelo de fidelidade vigente e representava a

terceirização do sistema. O feudalismo caducou à medida que surgiu a burguesia e suas atividades

comerciais, que se tornaram intensas nos dois séculos de cruzadas e que levaram a Europa a

experimentar o surgimento do renascimento comercial e urbano.

A IDADE MODERNA E O RENASCIMENTO

Page 2: Os Tempos Modernos (Renascimento e Reforma)

Idade Moderna é o período compreendido entre a Tomada de Constantinopla pelos Turcos, em

1453 até a Revolução Francesa, em 1789. No início desta época, entre os séculos XV e XVI, o

Velho Mundo assistiu a vários fatos históricos, entre os quais a ascensão da burguesia mercantil,

a formação das Monarquias Nacionais (povo, território, soberania), a afirmação da cultura

renascentista e a ruptura da unidade cristã na Europa ocidental em decorrência da Reforma

Protestante.

Desde o século XIII, na esteira do comércio que se estabeleceu entre oriente e ocidente com a

reabertura do Mediterrâneo para a cultura cristã ocidental devido às cruzadas, o comércio

europeu (via Itália) com o oriente intensificou-se, possibilitando importantes transformações, como a

formação de uma camada burguesa enriquecida, que necessitava de reconhecimento social e que

morava nos burgos, embriões dos grandes centros populacionais existentes até nossos dias. O

comércio comandado pela burguesia foi responsável pelo desenvolvimento urbano (burgos), e

nesse sentido, responsável por um novo modelo de vida. Estavam lançadas as bases para o

renascimento cultural, que trouxe novas relações sociais em que os homens passaram a se encontrar

mais próximos uns dos outros. Dessa forma podemos dizer que a nova mentalidade da população

urbana representou a essência dessas mudanças e possibilitou a produção renascentista.

O RENASCIMENTO

O Renascimento foi um movimento comercial, urbano, literário, artístico e científico, que

baseou-se nos ideais filosóficos do humanismo e marcou a cultura europeia entre os séculos XIV

e XVI, trazendo personalidades geniais e revolucionárias em todas as esferas do conhecimento e das

artes, como Leonardo da Vinci, Dante Allighieri, Michelangelo, Galileu Galilei, Erasmo de Roterdã e

William Shakespeare, entre outros. Nele, intelectuais, filósofos e artistas expressaram o desejo de

renascer elementos da cultura greco-romana, de forma diferente da cultura medieval, onde as

ideias foram influenciadas pelo Cristianismo e pelos ensinamentos da Igreja. Com isso, criou-se o

embasamento cultural necessário para que a humanidade atingisse novos patamares de conhecimento.

O Renascimento representou uma nova sociedade, urbana, caracterizada pelos novos valores

burgueses, a partir de novas concepções de vida e de mundo, numa maneira de tentar romper o

monopólio cultural da Igreja. O renascimento comercial ocorreu simultaneamente ao renascimento

cultural e ao renascimento urbano.

A Itália pode ser considerada o berço do renascimento, em função de ter sido o trampolim do

renascimento comercial, ter sediado os principais burgos europeus e ter influenciado, com isso, o

renascimento urbano e por ter sido a terra natal dos grandes artistas renascentistas e dos

mecenas, burgueses que investiram no aprimoramento daqueles artistas. A Itália também

detinha grande riqueza arquitetônica nas cidades de Roma, Florença, Veneza e Gênova, grandes

centros do Império Romano do Ocidente. Além de tudo, a tomada de Constantinopla

representou grande êxodo dos homens cultos bizantinos para a Itália.

Vários fatores contribuíram para o aumento da produção cultural nos séculos renascentistas. Entre

eles, o Humanismo, o apoio dos mecenas, as invasões turcas que fragmentaram o Império Bizantino e

a introdução do papel e da imprensa.

O Humanismo foi um movimento intelectual italiano do final do século XIII que se

irradiou para a Europa após a queda de Constantinopla em 1453, quando muitos

intelectuais, professores, religiosos e artistas bizantinos refugiaram-se na Itália e

começaram a difundir uma nova visão de mundo, mais antropocêntrica, indo de

encontro à visão teocêntrica medieval. Entre as principais ideias humanistas estavam

a retomada da cultura antiga, através do estudo e imitação dos poetas e filósofos

greco-latinos.

Page 3: Os Tempos Modernos (Renascimento e Reforma)

Apoio dos mecenas: homens com poder político ou econômico que possuíam os recursos

para financiar os estudos e obras dos artistas desse período.

A tomada de Constantinopla: deslocou os intelectuais desse grande centro comercial e

cultural da Idade Média e a maioria refugiou-se na Itália.

Introdução do papel e da imprensa: facilitaram a difusão dos antigos e novos escritos.

CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO

O Renascimento possuiu valores fundamentais dos tempos modernos, entre eles:

Humanismo: base do Renascimento, foi um movimento intelectual de valorização do ser

humano, que preocupava-se com a busca do conhecimento, contestando os atos da Igreja.

Colocava o homem (antropocentrismo) e não Deus, como responsável por seus atos.

Individualismo: manifestações das individualidades, capacidade e poder de criação do

homem. A ideia de que cada um é responsável pela condução de sua vida, a possibilidade

de fazer opções e de manifestar-se sobre diversos assuntos acentuaram gradualmente o

individualismo.

Racionalismo: valorização da razão, no lugar da fé. Convicção de que tudo pode ser

explicado pela razão do homem e pela ciência.

Empirismo: experimentação das teorias. Recusa em acreditar em qualquer coisa que não

tenha sido provada.

Naturalismo: estudo e compreensão da natureza para explicação dos fenômenos naturais.

Hedonismo: culto ao prazer. O corpo passou a ser visto como uma coisa natural e não

como pecado.

Universalismo: foi uma das principais características do Renascimento e considera que o

homem deve desenvolver todas as áreas do saber; podemos dizer que Leonardo da Vinci é

o principal modelo de "homem universal", matemático, físico, pintor e escultor, etc.

EXPANSÃO E DECADÊNCIA DO RENASCIMENTO

No decorrer do século XVI, a cultura renascentista expandiu-se para outros países da Europa

Ocidental. A navegação pelo Atlântico reforçou o capitalismo de Portugal, Espanha e Holanda e em

segundo plano da Inglaterra e França. Nesses "países atlânticos" desenvolveu-se então a burguesia e a

mentalidade renascentista. Esse movimento de difusão do Renascimento coincidiu com a decadência

do Renascimento Italiano, motivado pela crise econômica das cidades provocada pela perda do

monopólio sobre o comércio de especiarias.

Outro fator fundamental para a crise do Renascimento italiano foi a Reforma Religiosa e

principalmente a Contrarreforma. Toda a polêmica que se desenvolveu pelo embate religioso fez

com que a religião voltasse a ocupar o principal espaço da vida humana; além disso, a Igreja Católica

desenvolveu um grande movimento de repressão, apoiado na Inquisição que atingiu todo indivíduo

que de alguma forma de opusesse à Igreja. Como o movimento protestante não existiu na Itália, a

repressão recaiu sobre os intelectuais e artistas do renascimento.

Com suas ideias renovadoras, o movimento renascentista contribuiu de modo marcante para a

afirmação dos valores da burguesia. Ao mesmo tempo, ao difundir os ideais humanistas e propor o uso

de métodos racionais de investigação, incentivou o desenvolvimento das ciências. Esses ideais seriam

retomados e aprofundados no século XVIII pelo Iluminismo.

REFORMAS RELIGIOSAS

Page 4: Os Tempos Modernos (Renascimento e Reforma)

A mudança na mentalidade europeia também repercutiu na esfera religiosa. Setores da sociedade

tornavam-se cada vez mais críticos em relação à Igreja Católica. Na verdade, a burguesia em ascensão

necessitava de uma moral cristã que ao invés de condenar, estimulasse o acúmulo de capital. A Igreja

Católica condenava a cobrança de juros, como sendo uma usura, uma pratica pecaminosa. Tal

insatisfação resultou na Reforma Protestante, um movimento de contestação à autoridade e ao poder

da Igreja de Roma, levando à divisão da cristandade ocidental entre católicos e protestantes.

O pensamento renascentista influenciou a Reforma Protestante, enfraquecendo a liderança

cultural da Igreja, na medida em que os humanistas contestavam a finalidade dos sacerdotes

(intermediário entre o homem e Deus) e os dogmas da Igreja. Esse apoio viria a custar caro, pois

a perseguição aos intelectuais renascentistas foi notória.

CAUSAS DA REFORMA

1. Religiosas:

Falta de preparo e vida desregrada do Clero.

Venda de cargos eclesiásticos e de relíquias sagradas e de indulgências.

O Grande Cisma (Ocorrido em 1378, onde a Igreja passa a ser governada por até três papas

– ela se unifica em 1417).

2. Políticas:

Fortalecimento das monarquias nacionais não aceitando o “universalismo” da Igreja.

3. Econômicas:

Poder econômico da Igreja, grande detentora de terras.

Desejo dos governantes de não pagar tributos ao Papa.

Conflito entre os ideais capitalistas e o pensamento da Igreja (condenação da usura e juros).

A REFORMA LUTERANA

Proposta pelo monge alemão Martinho Lutero, quando elaborou 95 teses e afixou-as na porta da Igreja

do Castelo de Wittenberg, em 1517. A maioria era contra as indulgências. Principalmente as

indulgências visando à construção da Basílica de São Pedro. Pensamento principal: a salvação

somente pela fé e não pelas práticas religiosas, como vendas de indulgências e a inutilidade dos

mediadores (Clero).

A falta de unidade alemã favoreceu a difusão das ideias luteranas, que incluíam a substituição do

Latim pelo idioma alemão nos cultos religiosos; preservação de apenas dois sacramentos da Igreja

Católica: batismo e eucaristia; livre interpretação da Bíblia; contra o celibato, rejeição da hierarquia

religiosa da Igreja de Roma e proibição de culto a santos e relíquias sagradas.

Em 1546, a discordância de alguns príncipes católicos alemães levou a uma guerra civil entre católicos

e protestantes, a qual só terminou em 1555, com um acordo – a Paz de Augsburgo – que instaurou a

liberdade religiosa.

A REFORMA CALVINISTA

Proposta por volta de 1536 pelo francês João Calvino, monge católico influenciado pelo humanismo

renascentista, governante de Genebra, que instaurou uma “oligarquia religiosa”, submetendo a

população a um governo que mesclava política e religião e a um sistema moral severo, proibindo jogos

e danças. Pensamento principal: diferente de Lutero (salvação pela fé), ele defendia a ideia de

Page 5: Os Tempos Modernos (Renascimento e Reforma)

que o ser humano estava predestinado por Deus para a salvação ou para a condenação; o destino

das pessoas é imutável.

Pregava o estímulo ao trabalho e a legitimidade do lucro e do acúmulo de capital, ideias rapidamente

assimiladas pela burguesia. A riqueza material era um sinal da graça divina sobre o indivíduo. O

Calvinismo propagou-se rapidamente atingindo a França, a Holanda, a Inglaterra e a Escócia.

A REFORMA ANGLICANA

Articulada pelo Rei da Inglaterra Henrique VIII. Com características diferentes das anteriores, a

Reforma Anglicana não teve motivações prioritariamente éticas ou doutrinárias, mas sim questões

políticas, econômicas, religiosas e pessoais.

A Reforma na Inglaterra ocorreu pela aversão inglesa a qualquer tipo de subordinação à Roma.

Porém, a causa principal foi a negativa do Papa em anular o casamento do Rei com a princesa

Catarina de Aragão.

O Anglicanismo se consolida no reinado de Elizabeth I, filha de Henrique VIII e Ana Bolena, que

renovou o direito da soberania real sobre a Igreja, além de fixar os fundamentos da doutrina e do culto

anglicano.

A CONTRARREFORMA

A Contrarreforma foi a tentativa da Igreja Católica em revigorar e restaurar a fé católica, bastante

abalada pela Reforma Protestante. Para tentar barrar o avanço do protestantismo, após a Reforma

Protestante, o Papa Paulo III convocou um concílio para a cidade italiana de Trento. O Concílio de

Trento foi realizado entre os anos de 1545 e 1563. Vários assuntos foram discutidos, como a

elaboração do catecismo, manutenção do celibato, manutenção do culto às imagens e santos, acabar

com os desvios morais e administrativos dos sacerdotes, entre outros.

As principais medidas adotadas na Contrarreforma foram o retorno da Inquisição, que tinha

como objetivo vigiar, perseguir, prender e punir aqueles que não estavam seguindo a doutrina

católica; a criação do Índice de Livros Proibidos (Index Librorium Proibitorium), que era uma

relação de livros contrários aos dogmas e ideias defendidas pela Igreja Católica. Os livros

apreendidos eram queimados e a criação da Companhia de Jesus: fundada pelo monge espanhol

Inácio de Loiola, em 1534, tinha como principal estratégia investir na criação de escolas

religiosas e na catequização dos não-cristãos.

A COMPANHIA DE JESUS

Dentre várias medidas tomadas no Concílio podemos destacar o fortalecimento da autoridade do Papa

e o surgimento de novas ordens religiosas, como a Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola

em 1534. O Concílio decidiu também criar regras para o clero. Os padres deveriam estudar em

seminários, estudando o catolicismo a fundo, coisa que não acontecia anteriormente, e foi estabelecido

um limite mínimo de idade para a ordenação.

Após a Contrarreforma o papado e a Companhia de Jesus haviam se fortalecido. Os jesuítas da

Companhia de Jesus se organizaram em moldes quase militares e fortaleceram a posição da

Igreja dentro dos países europeus que permaneciam católicos. Criaram escolas, onde eram

educados os filhos das famílias nobres; foram confessores e educadores de várias famílias reais;

fundaram colégios e missões para difundir a doutrina católica na Europa, nas Américas e na

Ásia. Os Colégios Jesuítas Santo Inácio são um exemplo dessa rede educacional que sobreviveu

até nossos dias.