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PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO

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PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO

CACOAL/ RO 2011

IMUNIZAÇÃO - REVISÃO IMUNOLOGIA

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Formas de aquisição de imunidade

Formas de aquisição de imunidade

Resistência Natural

Artificial Natural

Passiva

Artificial Natural

Ativa

Imunidade

Adquirida

PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO

Introdução

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) visa contribuir para o controle ou erradicação das doenças infecto-contagiosas e imunopreviníveis, tais como a poliomielite (paralisia infantil), sarampo, difteria, tétano, coqueluche, tuberculose e outras, mediante a imunização sistemática da população. O PNI é parte integrante do Programa da Organização Mundial de Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Vacinação

A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. É muito melhor e mais fácil prevenir uma doença do que tratá-la, e é isso que as vacinas fazem. Elas protegem o corpo humano contra os vírus e bactérias que provocam vários tipos de doenças graves, que podem afetar seriamente a saúde das pessoas e inclusive levá-las à morte.

A vacinação não apenas protege aqueles que recebem a vacina, mas também ajuda a comunidade como um todo. Quanto mais pessoas de uma comunidade ficarem protegidas, menor é a chance de qualquer uma delas – vacinada ou não – ficar doente. Além disso, algumas doenças preveníveis por vacina podem ser erradicadas por completo, não causando mais doença em

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nenhum local do mundo. Até hoje, a varíola é a única já erradicada mundialmente. O último registro da doença no mundo é de 1977.

Outra doença que está em processo de erradicação é a poliomielite (paralisia infantil). No continente americano, não há casos dessa doença desde 1991. No entanto, ainda existem casos de poliomielite em outros lugares do mundo como Índia, Paquistão, Afeganistão, Nigéria, Niger, Egito e Gana – países da África e Ásia. Assim, o vírus da doença pode ser trazido para o Brasil por pessoas vindas desses locais, uma vez que turistas, comerciantes e profissionais em geral viajam muito entre os já citados continentes e o Brasil. É por isso que ainda é muito importante que todas as crianças sejam vacinadas contra a doença, segundo o calendário de vacinação e durante as campanhas nacionais contra a poliomielite.

No Brasil, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente um grande número de vacinas contra diversas doenças graves. Todos devem estar atentos ao calendário básico de vacinação, devem levar seus filhos e estimular os parentes a irem aos postos de saúde para serem vacinados nas idades recomendadas. É importante destacar que as vacinas não são necessárias apenas na infância.

Os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano e as mulheres em idade fértil devem tomar vacinas contra rubéola e tétano, que, se ocorrerem enquanto elas estiverem grávidas (rubéola) ou logo após o parto (tétano), podem causar doenças graves ou até a morte de seus bebês. Os profissionais de saúde, as pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas, com características específicas, também têm recomendações para tomarem certas vacinas.

A vacina estimula o organismo a se defender contra os organismos (vírus e bactérias) que provocam doenças. As primeiras vacinas foram descobertas há mais de duzentos anos. Atualmente, técnicas modernas são utilizadas para preparar as vacinas em laboratórios. As vacinas podem ser produzidas a partir de organismos enfraquecidos, mortos ou alguns de seus derivados.

As vacinas podem ser aplicadas por meio de injeção ou por via oral (pela boca). Quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância da vacina e produz uma defesa, os anticorpos. Esses anticorpos permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro. Isso se chama imunidade.

Considerações gerais sobre as vacinas

Números de antígenos

Simples: Contêm um único tipo de microorganismo ou de seu produto. EX: BCG. Mistas ou Combinadas: Contêm mais de um tipo de microorganismo ou de seu produto.

EX: DPT bacteriana (tétano, difteria e coqueluche) Resposta do organismo a vacina

A eficácia de resposta dependerá da vacina (conservação, qualidade, esquema) e das condições do indivíduo (idade, estado nutricional, tratamentos com imunossupressores).

Resposta 1ª dose da vacina: Após a aplicação da 1ª dose de vacina, o pico de anticorpos aparece no 7º ao 14º dia,

desaparecendo em algumas semanas ou em anos.

No homem previamente sensibilizado por estímulo primário, as doses seguintes da vacina produzirão uma resposta mais acelerada e com maior produção e durabilidade dos anticorpos.

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VACINAS E SOROS A DISPOSIÇÃO NAS UBS1. BCG.2. Antipoliomielítica oral (Sabin).3. Contra hepatite B.4. Tríplice bacteriana (DTP).5. Vacina dupla bacteriana tipo infantil (DT).6. Vacina tetravalente (DTP+Hib).7. Vacina contra infecções pelo Haemophilus influenzae b.8. Contra febre amarela.9. Tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba).10. Dupla viral (contra sarampo e rubéola).11. Dupla bacteriana tipo adulto (dT).12. Vacina contra influenza.13. Vacina antipneumocócica.14. Vacina contra raiva obtida em cultura de células.15. Soro antitetânico.16. Soro anti-rábico humano.17. Vacina antipneumocócica 23 valente.18. Vacina antimeningocócica C conjugada.

PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA NA SALA DE VACINAÇÃO

A limpeza sistemática da sala de vacinação e sua manutenção têm como objetivos: prevenir infecções cruzadas, proporcionar conforto e segurança à clientela e à equipe de trabalho, bem como manter um ambiente limpo e agradável. Para isso, é importante que você conheça algumas definições da terminologia antiinfecciosa.

Definição de Termos:Contaminação: é a presença de qualquer tipo de microorganismo em superfícies, corpos ou objetos;Infecção: é o estado de um organismo (ou parte dele), causado pela entrada e multiplicação de um agente infeccioso (microorganismos);Técnica asséptica: método pelo qual a contaminação por microorganismos é prevenida;Limpeza: operação para a remoção física de sujeiras (detritos, insetos, etc.) para manter em asseio artigos, áreas e instalações;Descontaminação: remoção de microorganismos de objetos, pessoas ou ambientes;Degermação: remoção ou redução do número de microorganismos da pele por meio químico ou mecânico;Desinfecção: remoção de maior quantidade possível de microorganismos seja patogênicos ou não;Esterilização: destruição de todo e qualquer tipo de microorganismo, incluindo a forma esporulada (forma mais resistente do microorganismo);Desinfetantes: são agentes químicos germicidas capazes de destruir bactérias, fungos e vírus, entre 10 e 30 minutos, mas não os esporos;Detergentes: são substâncias que eliminam gorduras de artigos e superfícies;Anti-sépticos: substâncias ou preparação química, que, quando aplicada nos microorganismos, torna-os inócuos, matando-os ou impedindo o seu crescimento;Degermantes: substâncias associadas ao sabão, utilizadas para reduzir o máximo possível os microorganismos em determinado local da pele.

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Limpeza Sistemática

A limpeza deve ser realizada diariamente, ao término do turno de trabalho ou sempre que necessário, sendo utilizada solução desinfetante.Uma vez por semana, o chão deve ser lavado e esfregado com água e sabão, passando em seguida a solução desinfetante. Quinzenalmente, deverão também ser limpos com solução desinfetante o teto, as paredes, as janelas, globos, lâmpadas e portas.A cada seis meses as caixas d’água devem ser lavadas e, após esse procedimento, deve ser realizado um controle microbiológico da água.

Administração dos Imunobiológicos: Técnicas de Preparo, Vias e Locais de Administração

As vacinas e soros têm indicações específicas quanto à composição, apresentação, via de administração, doses, idade recomendada, intervalo entre as doses, conservação e validade. No Programa Nacional de Imunizações (PNI), os imunobiológicos administrados por via oral são a vacina contra a poliomielite e rotavírus. Os demais são administrados pela via parenteral: intradérmica, subcutânea, intramuscular e endovenosa. As vacinas são acondicionadas em bisnaga conta-gotas, ampola ou frasco-ampola de dose individual ou multidoses e apresentadas sob a forma líquida ou liofilizada, acompanhadas do diluente. Os soros são acondicionados em ampola ou frasco-ampola e são apresentados sob a forma líquida (Figura 19).

Figura 19 - Imunobiológico Utilizado pelo PNI

Procedimentos Preliminares à Administração

Higiene das MãosO ato de lavar as mãos é essencial para a prevenção e o controle de infecções, devendo ser praticado por todo o pessoal dos serviços de saúde.A higiene das mãos deve ser realizada:Antes e após a administração de cada vacina ou soro;antes e após o manuseio dos materiais, das vacinas e dos soros;antes e após qualquer atividade executada na sala de vacinação.

Preparo de Vacinas InjetáveisCom o material e medicamentos separados, mãos devidamente lavadas e conhecimento seguro da indicação, seguir os seguintes passos:

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a) Abrir a embalagem da seringa (Figura 20);

Figura 20

b) Empurrar o êmbolo no sentido do bico, a fim de lubrificar a rolha da borracha e mobilizar o êmbolo (Figura 21);

Figura 21

c) colocar a seringa sobre sua embalagem plástica (Figura 22);

Figura 22

d) desinfetar a tampa de borracha, após retirar o lacre de alumínio ou plástico, com algodão embebido em álcool a 70%. Fazer a mistura do liófilo (pó), adicionando diluente e movimentando o frasco entre os dedos de forma circular (Figura 23);

Figura 23

e) manter o frasco-ampola entre os dedos indicador e médio da mão esquerda na posição vertical. Introduza a agulha na rolha do frasco, usando a mão direita. Com os dedos polegar e anular esquerdo, segure a seringa e aspire o conteúdo com o auxílio dos dedos polegar e indicador da mão direita (Figura 24). Se encontrar dificuldade para aspirar o líquido, injete uma pequena

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quantidade de ar no interior do frasco. Retirar o excesso de ar da seringa, no próprio frasco, aspirando o volume equivalente à dose a ser administrada;

Figura 24

f) Guardar o frasco na caixa térmica, manter a caixa fechada. Em seguida aplicar o imunobiológico.

Procedimentos Básicos segundo as Vias de Administração dos Imunobiológicos

Via Oral

A via oral é utilizada para a administração de soluções que são mais bem absorvidas no trato gastrointestinal. O volume e a dose dessas soluções são introduzidas pela boca e apresentados, em gotas ou seringa para administração oral.

Via Intradérmica (ID)

Na utilização desta via a solução é introduzida nas camadas superficiais da pele, isto é, na derme (Figura 25).

Figura 25

A via intradérmica é uma via de absorção lenta, utilizada para a administração da vacina BCG-ID, para a realização da prova de sensibilidade aos soros e da prova de hipersensibilidade. Por exemplo: teste do PPD. O volume máximo indicado, introduzido por esta via, é de 0,5ml, sendo que, geralmente, o volume corresponde a frações inferiores ou iguais a 0,1ml. O local mais utilizado para injeções ID é a face anterior do antebraço.

Materiais Indicados:• a seringa mais apropriada é a de 1 ml, que possui escalas de frações de mililitros;• a agulha deve ser pequena e com bisel curto - dimensões: 10 x 4,5; 13 x 3,8; 13 x 4,0;13 x 4,5; 13 x 5; 13 x 5,5.

Via Subcutânea (SC)

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Na utilização dessa via a solução é administrada nas camadas subcutâneas (Figura 26).

Figura 26

Observação: A via subcutânea é utilizada para a administração de soluções que necessitam ser absorvidas mais lentamente, assegurando uma ação contínua. Essas soluções não devem ser irritantes, devendo ser de fácil absorção. O volume máximo a ser introduzido por esta via é de 1,5ml. O local mais utilizado para vacinas subcutâneas é a região do deltóide no terço proximal. Certas vacinas, como a contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola, substâncias como a insulina e adrenalina e alguns hormônios têm indicação específica desta via.Materiais Indicados:• as seringas mais apropriadas são as de 1,0; 2,0; 2,5 ou 3,0ml;• a agulha deve ser preferencialmente pequena (entre 10 e 13mm), fina (entre 3 e 5dcmm) e com bisel curto. De modo geral, para as soluções aquosas, utilizam-se agulhas 10x4,5;10x5; 10x6; 13x3; 13x4,5; 20x5,5; 20x6; 25x7.

Via Intramuscular (IM)

Na utilização desta via, a solução é introduzida dentro do corpo muscular (Figura 27).A via intramuscular é utilizada para a administração de volumes superiores a 1,5ml de soluções irritantes (aquosas ou oleosas) que necessitam ser absorvidas rapidamente e também quando é necessário obter efeitos mais imediatos.

Figura 27

Os locais selecionados devem estar distantes dos grandes nervos e vasos sangüíneos. Os mais utilizados são:

Músculo vasto lateral da coxa, no terço médio da coxa, medido entre o joelho e o trocanter maior (Figuras 29 a e 29 b); Esta região é livre de vasos ou nervos importantes e de fácil acesso, tanto para o profissional como para o próprio cliente que dela poderá utilizar-se sozinho (auto-aplicação).

É uma região facilmente exposta e proporciona melhor controle de pacientes agitados ou crianças chorosas. Por estarem os músculos desta região melhor desenvolvidos, desde o nascimento, e afastados de nervos importantes.

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Músculo deltóide, região deltóide no terço superior e face externa do braço (Figuras 30 a e 30 b).

É uma região de grande sensibilidade local e possui pequena massa muscular. Serve para aplicação de pequena quantidade de solução (1 a 3ml), não podendo, por isso, ser utilizada para injeções consecutivas e substâncias irritantes.

È contra-indicada para crianças de zero a dez anos.

Para a localização da punção deve-se traçar um retângulo na região lateral do braço, iniciando na extremidade mais inferior do acrômio, respeitando a distância de 3 - 5 cm abaixo do acrômio, e terminando no ponto oposto à axila, a 3 - 3,5cm acima da margem inferior do deltóide. Localizar a punção neste retângulo

Materiais Indicados: A seringa varia conforme o volume a ser injetado (entre 1,0 e 20ml); Comprimento e calibre da agulha variam de acordo com a solubilidade do líquido a ser

injetado (entre 20 e 40mm); o bisel da agulha deve ser longo, para facilitar a introdução (entre 5,5 e 9mm), e espessura entre 5,5 e 7dcmm - dimensões: 20x5,5; 20x6; 25x6; 25x7; 30x7.

IMPORTANTE

O Programa Nacional de Imunizações não tem recomendado a utilização do álcool como anti-séptico local na aplicação de vacinas. Quando necessário, faz-se a limpeza com água e sabão.

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OS CUIDADOS COM O LIXO DA SALA DE VACINAÇÃO

Alguns cuidados devem ser tomados com o manuseio e acondicionamento do lixo da sala de vacinação e dos locais em que for realizada a vacinação extramuro, principalmente quanto ao material descartável. As agulhas descartáveis, após o uso, não devem ser entortadas ou reinseridas nos protetores, procedimentos que propiciam com mais freqüência a ocorrência de acidentes. As agulhas devem ser descartadas em local apropriado, em recipientes resistentes e de paredes duras (por exemplo: latas vazias de mantimentos, com tampas; caixas de papelão duplamente reforçadas e outros similares).

Este procedimento tem por objetivo evitar o risco de punção acidental do dedo ou da mão e possível contaminação. Quando o recipiente estiver cheio, deve ser lacrado e encaminhado para o local de coleta.

As seringas, após o uso, devem ser descartadas em saco plástico reforçado, para serem submetidas aos mesmos procedimentos descritos para as agulhas.

Recomenda-se que as seringas e agulhas descartáveis, após o uso, sejam imediatamente encaminhadas para a disposição final, considerando que é uma importante fonte de risco para infecções cruzadas.

Tratando os Resíduos da Sala de Vacinação

Um tratamento adequado para resíduos da sala de vacinação (e de serviços de saúde, em geral) modifica as características físicas, químicas e biológicas desses resíduos, ajustando-os aos padrões aceitos para uma determinada forma de disposição final.

O tratamento prévio, associado a uma correta forma de disposição final dos resíduos, impede a disseminação de agentes patogênicos ou de qualquer outra forma de contaminação. Na falta de um adequado sistema municipal de disposição final, as responsabilidades são do estabelecimento produtor dos resíduos.*

Os resíduos infectantes devem receber tratamento especial. Na sala de vacinas são exemplos: restos de vacinas, vacinas vencidas ou inutilizadas, agulhas, ampolas e vidros quebrados ou que se quebram facilmente. Não há uma forma única para tratamento de resíduos infectantes.

Os métodos mais comumente recomendados para tratamento de resíduos infectados são a incineração e a esterilização a vapor.

Inutilização de Vacinas

Os Imunobiológicos compostos por microorganismos vivos atenuados (vacinas contra o sarampo, a caxumba, a rubéola, a poliomielite, a febre amarela e a tuberculose) constituem material biológico infectante e, como tal, devem receber tratamento prévio antes de serem desprezados. Os compostos por produtos de bactérias ou bactérias mortas, vírus inativados e engenharia genética (as vacinas contra o tétano, a tríplice e a dupla - adulto e infantil, pneumococos, haemophilus influenzae b, hepatites, pólio injetável (Salk) e raiva), não precisam receber tratamento especial para serem inutilizados.

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Caso a própria unidade seja responsável pela destinação final de seus resíduos, recomenda-se, para a inutilização das vacinas compostas por microorganismos vivos, a autoclavação durante 15 minutos à temperatura de 121ºC, -127ºC, sendo que não há a necessidade de abrir os frascos para este processo. Na falta da autoclave, orienta-se esterilizar em estufa por duas horas a 170ºC, sendo que neste processo os frascos não precisam estar abertos.

Após tratamento em autoclave ou estufa, os frascos das vacinas deverão ser deprezados como eixo comum, conforme RDC 306 de 7 de dezembro de 2004/ANVISA.

Onde houver coleta de lixo hospitalar sistemática e destinação diferenciada e adequada destes resíduos, os frascos de vacinas inutilizados nas unidades de saúde deverão ser acondicionados em sacos plásticos, identificados como material “contaminado”, antes de serem colocados para coleta. Nesses casos, não há necessidade das vacinas sofrerem nenhum processo prévio de esterilização. O transporte interno dos resíduos acondicionados deverá ser efetuado com cuidado para evitar o rompimento do acondicionamento e o trânsito por locais de maior potencial de risco.

Na área externa da unidade de saúde, o lixo a ser coletado deverá permanecer em um recipiente provido de tampa. O local deverá oferecer segurança contra a ação de “catadores” e animais domésticos. A remoção e transporte do lixo são, geralmente, feitos em veículo coletor específico fechado e sem compactação até o local de tratamento e disposição final.

PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA CONSERVAÇÃO DAS VACINAS

Modos de Transferência do Calor Ao se colocar sobre uma mesa determinada quantidade de vacinas que esteja em temperaturas

mais baixas do que o ar existente na sala, ou seja, frias, ocorrerá uma transferência de calor do ar ambiental para as vacinas, até que decorrido algum tempo o todo encontrar-se-á na mesma temperatura.

Colocando-se a mesma quantidade de vacinas dentro de uma caixa isolante (isopor, poliuretano etc.),elas ficarão parcial e temporariamente protegidas do calor existente na sala, apesar de virem a perder frio com o recebimento do calor existente no ar dentro da caixa

A qualidade e espessura do material utilizado no isolamento da caixa térmica. Com paredes mais grossas, o calor terá maior dificuldade para penetrar no interior da caixa. Com paredes mais finas, o calor passará mais facilmente;

A temperatura fora da caixa também interfere, por este motivo é necessário que a sala esteja refrigerada constantemente.

CONSERVAÇÃO DE VACINAS - REDE DE FRIOS

A conservação dos imunobiológicos é feita por meio de um sistema de refrigeração. Refrigeração é o processo de reduzir a temperatura de uma substância ou de um espaço determinado.

Em nível municipal/local, todas as vacinas são conservadas entre +2ºC e +8ºC em refrigeradores domésticos, com capacidade mínima de 280 litros.

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A rede de frio é composta por vários níveis: nacional, estadual, regional ou distrital e municipal ou local.

REFRIGERADOR OU GELADEIRA

Os refrigeradores utilizados pelo Programa Nacional de Imunizações devem ser organizados de acordo com as seguintes recomendações:

Manter pacotes de gelo (gelox) no evaporador (congelador); As vacinas devem ser colocadas nas prateleiras superiores; Garrafas com água e corante na prateleira inferior; Em caso de um defeito no equipamento ou falta de energia elétrica, conservando-se a porta do

refrigerador fechada, os imunobiológicos não sofrerão rápida elevação de temperatura. No evaporador (congelador), colocar gelo reciclável ou saco plástico com gelo, na posição

vertical, ocupando todo o espaço; Na 1ª prateleira as vacinas que podem ser congeladas (contra poliomielite, sarampo, febre

amarela) em bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar ou nas próprias embalagens do laboratório produtor;

na 2ª prateleira, as vacinas que não podem ser congeladas, toxóides e hepatite B, também em bandejas ou nas próprias embalagens do laboratório produtor;

na 2ª prateleira, no centro, coloca-se o termômetro de máxima e mínima na posição vertical (em pé);

na 3ª prateleira podem-se colocar soros e caixas com vacinas bacterianas, devendo-se ter o cuidado de permitir a circulação do ar entre as mesmas;

retirar as gavetas plásticas, caso existam, preenchendo toda parte inferior com garrafas de água que contribuem para estabilizar a temperatura.

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Cuidados Básicos na Conservação

fazer a leitura da temperatura diariamente, no início da jornada de trabalho e no fim do dia; usar tomada exclusiva para o refrigerador; instalar o refrigerador distante de fonte de calor, bem nivelado e afastado 20cm da parede; não permitir armazenamento de outros materiais (laboratório odontológico, alimentos e bebidas,

etc.); não armazenar absolutamente nada na porta; certificar-se de que a porta está vedando adequadamente; fazer o degelo a cada 15 dias ou quando necessário; não colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulação do ar.

Situações de Emergência O refrigerador pode deixar de funcionar por motivo de corte de energia elétrica ou por defeito. Nessas situações, deve-se mantê-lo fechado até que a corrente seja reativada ou até que se

verifique o tipo de problema, comunicando esse fato, de imediato, ao responsável pelo serviço de saúde.

Caso o defeito identificado não seja solucionado em uma hora, providenciar para que os imunobiológicos sejam colocados em caixas térmicas, mantendo a temperatura entre 0ºC e +8ºC até que sejam transferidos para um serviço de saúde mais próximo ou para a regional de saúde (caixas térmicas adequadas ao volume e bem acondicionadas mantêm a temperatura por até 24 horas).

Ao colocar um imunobiológico sob suspeita, até decidir sobre o destino a ser dado ao produto, adotar as seguintes providências: suspender, de imediato, a utilização do imunobiológico, mantendo-o sob refrigeração adequada; identificar o imunobiológico sob suspeita, registrando o número do lote, quantidade, data da

validade do lote, local e condições de armazenamento;

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registrar o problema identificado e, se for o caso, o tempo em que o equipamento ficou sem funcionar, anotando a temperatura verificada na última leitura ;

contatar o nível da rede de frio imediatamente superior.

A Caixas Térmicas

A caixa térmica deve ser organizada para manter a conservação das vacinas de vírus vivos em temperaturas negativas ou entre + 2ºC e +8ºC, para outros imunobiológicos:

colocar gelo reciclável de acordo com o tamanho da caixa e aguardar atingir a temperatura ideal;

distribuir os imunobiológicos na caixa sobre o gelo e cobrí-los com gelo; lacrar a caixa com fita adesiva larga; a caixa estará pronta para o transporte dos imunobiológicos.

Caixa Térmica para Sala de Vacinação

A capacidade da caixa deverá ser de sete a doze litros. No início da jornada, prepara-se a caixa com aproximadamente cinco bobinas de gelo,

colocando-os no fundo e nas laterais internas da caixa e os imunobiológicos no centro. Ao iniciar a jornada da tarde, trocam-se as bobinas. Desta maneira, mantém-se a temperatura

da caixa entre +2ºC e +8ºC.

Controle de temperatura

É importante a verificação da temperatura dos equipamentos da rede de frio, pelo menos duas vezes ao dia, no início de cada jornada de trabalho (pela manhã) e outra no fim da jornada (à tarde).

Para isso, utiliza-se o termômetro de máxima e mínima ou o termômetro linear. O recomendado para ser usado nos equipamentos da rede de frio é o de máxima e mínima,

pois se pode verificar a temperatura máxima, a temperatura mínima ocorrida em um espaço de tempo e a temperatura no momento da verificação.

Termômetro de cabo extensor

Este tipo de termômetro é utilizado para verificar a temperatura em freezer e caixa térmica. 1o Passo: colocar o sensor do termômetro de cabo extensor no centro do equipa-mento, entre

os imunobiológicos, deixando o visor do lado externo;

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2o Passo: aguardar meia hora para fazer a leitura da temperatura; 3o Passo: verificar a temperatura na extremidade superior da coluna de mercúrio; 4o Passo: registrar a hora e a temperatura verificada, naquele momento, no mapa de controle

diário de temperatura

PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES NA VACINAÇÃO

• Nenhuma vacina é 100% eficaz

• Contra-indicação: Quando o risco de complicações da vacina é maior que o risco da doença o que leva a proibição absoluta de utilização da vacina.

• Precaução: condição na pessoa que pode aumentar o risco de um evento adverso grave.

CONTRA INDICAÇÕES DE CARÁTER GERAL:• Imunodepressão pois nesses casos a resposta à vacina pode estar comprometida (não

produção de anticorpos) ou raramente, poderá ocorrer à proliferação de microorganismos e conseqüentemente a doença (quando se utiliza vacinas com microorganismos atenuados).

• A imunodepressão pode ocorrer:

Devido tratamento com terapêuticas imunodepressoras:

• Quimioterapia antineoplásica e radioterapia• Uso de corticosteróides EM TRATAMENTO PROLONGADO E COM DOSES ELEVADAS

Devido imunodeficiência congênita ou adquirida

• Com relação à infecção pelo HIV a única contra indicação é a utilização do BCG e VOP em pacientes já sintomáticos.

2) Doenças febris graves: Em função de que os sinais ou sintomas não sejam atribuídos ou confundidos com eventuais eventos adversos das vacinas.

3) Administração de imunoglobulinas ou de sangue e derivados: devido à possibilidade de que anticorpos presentes nesses produtos neutralizem o vírus vacinal. Essa recomendação é válida para as vacinas contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela.

• Vacina contra caxumba e rubéola não devem ser administradas até 3 meses • Vacina contra varicela o período de espera deve ser pelo menos de 5 meses• Vacina contra o sarampo não deve ser administrada até 3 meses

4) Gravidez : Mulheres grávidas não devem receber vacinas contendo bactérias ou vírus vivos devido ao risco teórico de infecção fetal. A recomendação geral é que mulheres grávidas não recebam vacinas de microorganismos atenuados durante qualquer período da gravidez e que mulheres em idade fértil evitem a gestação durante um mês após vacinação deste tipo.

• No entanto, a vacina oral contra a poliomielite e a vacina contra a febre amarela podem ser administradas em mulheres grávidas, que apresentem risco importante de exposição iminente a essas infecções.

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OPORTUNIDADES PERDIDAS EM VACINAÇÃO (falsas contra-indicações)

1. Doenças agudas leves com febre baixa, como doenças infecciosas ou alérgicas do trato respiratório superior, com tosse e/ou coriza, e diarréia leve ou moderada.

2. Não há evidência que esse tipo de doença diminua a eficácia das vacinas ou aumente os seus eventos adversos;

3. Uso de qualquer tipo de antimicrobiano. Os antibióticos não interferem na resposta imune às vacinas e nenhum dos antibióticos ou antivirais comumente utilizados são capaz de inativar as vacinas atenuadas.

4. História ou diagnóstico clínico pregresso da doença contra a qual se pretende vacinar. 5. Vacinação contra a raiva. O uso simultâneo de qualquer das vacinas atualmente

disponíveis contra a raiva e de outras vacinas indicadas não leva à diminuição da imunogenicidade e aumento dos eventos adversos.

6. Desnutrição - A resposta dos desnutridos, mesmo graves, é adequada para sua proteção, não se descrevendo, também aumento dos eventos adversos das vacinas, inclusive as preparadas com microorganismos atenuados.

7. Doença neurológica estável (exemplo: convulsão controlada ou pregressa, com seqüela presente).

8. Alergias- História pessoal de alergia (exceto alergia de natureza anafilática relacionada com componente da vacina) ou história familiar de alergia não indica aumento de risco de reações adversas a qualquer das vacinas atualmente utilizadas.

9. Gravidez da mãe ou de outro comunicante domiciliar- Os vírus atenuados do sarampo, da caxumba e da rubéola não são transmitidos pelos vacinados, não havendo risco de infecção na mulher grávida. Embora já se tenha demonstrado transmissão do vírus vacinal da varicela, o evento é raro, não havendo contra indicação para vacinar pessoas que convivam no mesmo domicílio com mulheres grávidas.

10. Aleitamento - nenhuma vacina é contra-indicada para mulheres que estão amamentando.11. Prematuridade ou baixo peso ao nascimento - as vacinas devem ser administradas na

idade cronológica recomendada, porque se demonstrou que os prematuros são capazes de responder adequadamente às vacinas aplicadas.

12. Ressalvas: BCG (não aplicar em crianças com peso inferior a 2kg)13. Internação hospitalar- A internação hospitalar pode e deve ser aproveitada para atualizar o

esquema de imunizações, desde que não haja contra-indicação formal para isso.

EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO

Conceitos gerais e controle de qualidade

Os eventos adversos que podem ser imputados às vacinações são apenas uma fração dos que ocorrem após as vacinações. Muitos desses eventos são doenças intercorrentes que ocorrem em associação temporal com a vacinação. Aumento da freqüência ou intensidade habitual dos eventos adversos (“surtos”) deve levar a uma investigação.

Os eventos adversos podem ser os esperados, tendo em vista a natureza e as características do imunobiológico, bem como o conhecimento já disponível pela experiência acumulada, ou inesperados. Entre os eventos esperados, podemos ter eventos relativamente triviais, como febre, dor e edema local, ou eventos mais graves, como convulsões febris, episódio hipotônico-hiporresponsivo, choque anafilático, etc.

São ainda eventos inesperados aqueles decorrentes de problemas ligados à qualidade do produto como, por exemplo, contaminação de lotes provocando abscessos locais, ou teor indevido de endotoxina em certas vacinas, levando a reações febris e sintomatologia semelhante à sépsis.

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Uma distinção também importante é entre vacinas vivas e não-vivas. As vacinas virais vivas apresentam imunogenicidade ótima, pois em geral provocam imunidade duradoura, talvez por toda a vida, com uma única dose. Entretanto, têm o potencial de causar eventos adversos graves quando são dadas a pessoas com deficiência imunológica grave.

As vacinas não-vivas podem ser imunógenos potentes, como a vacina contra o tétano, mas a repetição exagerada do número de doses pode provocar eventos adversos ligados à hiperimunidade.

Busca-se obter vacinas cada vez mais eficazes e menos reatogênicas. Vale lembrar que o desenvolvimento de uma nova vacina é extremamente laborioso, objetivando o maior grau possível de proteção (eficácia) com o menor número possível de eventos adversos (inocuidade). Este processo costuma levar oito anos ou mais, para cumprir as três fases recomendadas pela OMS, como se pode ver no quadro seguinte.

Após a fase III, cerca de dois anos são ainda consumidos na revisão, pelas autoridades nacionais de saúde pública, dos estudos do produto e da documentação apresentada para o registro. Mesmo após o registro e sua fabricação e distribuição em larga escala, mantém-se um sistema de vigilância de eventos adversos, e realizam-se os estudos de fase IV, que investigam a ocorrência de eventos adversos mais raros, que seria impossível de apurar nas fases anteriores.

Uma das ferramentas essenciais para o sucesso dos programas de imunização é a avaliação da qualidade dos imunobiológicos. No Brasil, o responsável por essa atividade é o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz, e que está diretamente articulada com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Definição de caso de Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV)

Qualquer ocorrência clínica indesejável em indivíduo que tenha recebido algum imunobiológico. Um evento que está temporalmente associado ao uso da vacina, nem sempre tem relação causal com ela. A grande maioria dos eventos são locais e sistêmicos leves, por isso as ações de vigilância são voltadas para os eventos moderados e graves. Em raríssimas situações, o óbito pode ser em decorrência da vacinação.

O objetivo da vigilância epidemiológica de óbitos é primordialmente afastar causas coincidentes indevidamente atribuídas às vacinas. Por exemplo, a síndrome da morte súbita infantil, que não tem qualquer relação com vacinação, podendo ocorrer no mesmo período de aplicação de vários imunobiológicos do calendário básico de vacinação da criança. Entretanto, vários estudos mostraram que as imunizações não aumentam o risco de morte súbita. Os eventos podem ser classificados quanto à intensidade em: grave, moderado e leve.

Evento grave• Hospitalização por pelo menos 24 horas;• Disfunção ou incapacidade significativa e/ou persistente (seqüela);• Evento que resulte em anomalia congênita;

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• Risco de morte (necessidade de intervenção imediata para evitar o óbito);• Óbito.

Evento moderado• Quando necessita de avaliação médica e exames complementares e/ou tratamento médico, não se incluindo na categoria grave.

Evento leve• Quando não necessita de exames complementares e tratamento médico.

Apesar de todas essas precauções, os eventos adversos ocorrem, pois não dispomos ainda da vacina ideal, que seria aquela 100% eficaz e totalmente isenta dos mesmos. Além disso, sabemos que muitos dos eventos adversos são meramente associações temporais, não se devendo à aplicação das vacinas. Assim, quando eles ocorrem, há necessidade de cuidadosa investigação, visando ao diagnóstico diferencial e ao possível tratamento. Se eles forem realmente causados pela vacina, são três os pontos básicos para a investigação:

1. Fatores relacionados à vacina: inclui o tipo (viva ou não-viva), a cepa, o meio de cultura dos microrganismos, o processo de inativação ou atenuação, adjuvantes, estabilizadores ou substâncias conservadoras, o lote da vacina;2. Fatores relacionados aos vacinados: idade, sexo, número de doses e datas das doses anteriores da vacina, eventos adversos às doses prévias, doenças concomitantes, doenças alérgicas, auto-imunidade, deficiência imunológica;3. Fatores relacionados à administração: agulha e seringa, local de inoculação, via de inoculação (vacinação intradérmica, subcutânea ou intramuscular).

Importante: Todos os eventos adversos conhecidos definidos como de importância para a Vigilância dos Eventos Adversos Pós-Vacinação listados devem ser notificados.

Eventos adversos merecem atenção especial

Eventos adversos decorrentes de depressão imunológica: podem ocorrer em pacientes com deficiência imunológica primária, isto é, com deficiências congênitas da imunidade, que são doenças raras, ou secundárias, decorrentes de doenças ou tratamentos que comprometem a imunidade, como leucemia, linfoma, etc. O risco de complicações se manifesta nas vacinas vivas, como a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, poliomielite, tuberculose etc. No caso das vacinas não-vivas, como a tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e coqueluche, o risco é da resposta imunológica não se processar adequadamente, continuando o receptor da vacina suscetível às doenças contra as quais se vacinou. Deve-se levar em conta que as deficiências imunológicas podem ter diversos graus de gravidade, acarretando riscos insignificantes ou importantes após a aplicação de vacinas vivas. Em muitas dessas situações justifica-se utilizá-las, pois o risco da doença é maior do que o da vacina. Em outras situações, pode-se substituir a vacina viva por uma não-viva, como no caso da vacina contra a poliomielite.

Eventos adversos por reações de hipersensibilidade: estão ligados às chamadas reações de hipersensibilidade, descritas por Gell e Coombs:• Reações de tipo I, anafiláticas, mediadas por IgE, mais freqüentes em indivíduos alérgicos. Podem ocorrer após qualquer vacina ou soro, especialmente os de origem não-humana (eqüina). Elas podem ser relacionadas a determinadas substâncias presentes nas vacinas, como:» Resíduos de linhas celulares ou embriões em que se cultivam os vírus vacinais;» Substâncias utilizadas nos meios de cultura;

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» Outras substâncias, agregadas durante a preparação e purificação da vacina (por exemplo, antibióticos, conservantes, estabilizantes ou adjuvantes).

• Reações de tipo II, ligadas à formação de anticorpos que se fixam a células do organismo, levando à sua destruição por ação do complemento e por linfócitos que se fixam aos anticorpos provocando destruição celular. Esse mecanismo provavelmente está envolvido na destruição da bainha de mielina dos nervos que pode ocorrer após certas vacinas virais vivas ou após vacina anti-rábica preparada em tecido nervoso, ocasionando doenças como a encefalomielite pós-infecciosa aguda ou Síndrome de Guillain Barré.

• Reações de tipo III, provocadas pela formação de complexos imunes, que levam à vasculite e à necrose tecidual no sítio da aplicação, como pode ocorrer após número exagerado de doses de vacinas contra difteria e tétano (fenômeno de Arthus). • Reações de tipo IV, chamadas de hipersensibilidade tardia, que envolvem a imunidade celular, com linfócitos T citotóxicos direcionados contra células do próprio corpo, como ocorre na síndrome de Guillain Barré e, provavelmente, também na encefalomielite pós-infecciosa aguda. As reações também podem ser localizadas, como em indivíduos que apresentam reações cutâneas à neomicina e ao timerosal, usados como conservantes em várias vacinas. Para a ocorrência da maioria dessas reações de hipersensibilidade deve haver fatores individuais de suscetibilidade, que torna o indivíduo predisposto à sua ocorrência.

Descrição e conduta frente a alguns eventos adversos comuns a vários imunobiológicos

Manifestações locais

Podem ocorrer após a aplicação de qualquer vacina. Os casos de abscesso geralmente encontram-se associados com infecção secundária e erros na técnica de aplicação. Estas reações são conseqüência da introdução da agulha e do conteúdo vacinal no tecido muscular. A hiperestesia se produz pela irritação dos terminais nervosos locais. O eritema se deve à vasodilatação reativa, que favorece a absorção. O prurido e as pápulas urticariformes são conseqüências da liberação de histamina, serotonina e outras substâncias vasoativas. O enfartamento ganglionar revela a atividade das células retículo-endoteliais e dos macrófagos para eliminar os restos da vacina. Os abscessos ocorrem quando há a contaminação no local de inoculação e estão normalmente relacionados a erro de técnica.

Condutaa) Tratamento1. Analgésico, se necessário;2. Compressas frias, nas primeiras 24-48 horas após a aplicação, nos casos de dor e reação locais intensas.3. Os abscessos devem ser submetidos à avaliação médica, para a conduta apropriada.b) Contra-indicação para doses subseqüentesNão há.

FebreElevação da temperatura axilar acima de 37,5ºC. É uma resposta fisiológica à administração de antígenos, com produção de citocinas inflamatórias que atuam no hipotálamo, com liberação de prostaglandinas e elevação da temperatura. Promove a resposta imunológica. Pode também ocorrer pela administração de substâncias tóxicas contaminantes, como a endotoxina, ou ser secundária a processos inflamatórios inespecíficos, como abscessos locais.

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Notificar e investigar se detectada com intensidade maior ou igual a 39,0ºC e freqüência acima do esperado (“surtos”) ou associadas eventualmente a lotes.

Condutaa) TratamentoQuando a febre se deve à vacinação, o quadro geralmente é benigno e autolimitado.Manter a pessoa em repouso, em ambiente bem ventilado, administrar água e outros líquidos apropriados, tais como o leite materno, terapia de reidratação oral e considerar o uso de antitérmico.Antitérmicos: paracetamol, de preferência.Dosagem (crianças e adultos): 10 a 15mg/kg/dose (dose máxima 750mg) até de 6/6 horas.Nos casos de febre muito alta sem resposta ao paracetamol, pode-se usar dipirona, 15mg/kg/dose, por via oral.Antitérmico profilático: utilizá-lo quando na dose anterior houve febre elevada ou história prévia de convulsão febril. Administrar no momento da vacinação e depois repetir de 6/6 horas durante 24 a 48 horas. Usar de preferência o paracetamol, na dose já indicada.Ficar atento para a possibilidade de infecção intercorrente, que pode necessitar de tratamento apropriado.b) Contra-indicação para doses subseqüentesNão há. Considerar a conveniência de antitérmico profilático.

CENTRO DE REFERÊNCIA DE IMONOBIOLÓGICOS ESPECIAIS - CRIEs

Os CRIEs foram implantados de forma gradativa  no ano de 1993. Atendem, de forma personalizada, o público que necessita de produtos especiais, de alta tecnologia e de altíssimo custo, que são adquiridos pela Secretaria de Vigilância em Saúde do MS. Trata-se de pessoas sadias que estão expostas devido a suas profissões ou de pacientes doentes cuja doença de base aumente o risco para infecções específicas. Essas vacinas são dispensadas somente através de relatório médico.

Como proceder para obter os imunobiológicos do CRIE

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1. Ser atendido por médico, na rede pública de atendimento à saúde ou na rede particular de atendimento (consultório particular, clínicas particulares ou hospitais particulares). 2. O médico responsável pelo assistência ao paciente deverá elaborar um pequeno relatório, contendo o diagnóstico da doença (CID), e breve histórico da patologia, no seu próprio receituário médico.3. Com o relatório em mãos, assim como exames como os de laboratório, raios X e outros, dirija-se a unidade do CRIE mais próxima de sua residência para consulta e administração das vacinas conforme as indicações do Manual dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais — CRIE.

Vacinas disponíveis nos CRIEs

1. Vacina inativada contra poliomielite (VIP)2. Vacina contra hepatite B (HB) e imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB)3. Vacina contra hepatite A (HA)4. Vacina contra varicela (VZ) e imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHAVZ)5. Imunoglobulina Humana Anti-Rábica (IGHAR)6. Vacina contra influenza, inativada (INF) – “Vacina contra Gripe”7. Vacinas contra Pneumococo (polissacarídica 23 valente e conjugada 7 valente)8. Vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b (Hib)9. Vacina tríplice acelular (DTPa)10. Vacina dupla infantil (DT)11. Imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT)12. Vacina contra meningococo conjugada – C (MncC)

RESUMO DAS INDICAÇÕES DOS CRIE POR IMUNOBIOLÓGICO

1. Vacina inativada contra poliomielite (VIP)• Crianças imunodeprimidas (com deficiência imunológica congênita ou adquirida) não vacinadas ou que receberam esquema incompleto de vacinação contra poliomielite;• Crianças que estejam em contato domiciliar ou hospitalar com pessoa imunodeprimida;• Pessoas submetidas a transplante de órgãos sólidos ou de medula óssea;• Recém-nascidos que permaneçam internados em unidades neonatais por ocasião da idade de início da vacinação;• Crianças com história de paralisia flácida associada à vacina, após dose anterior de VOP.Obs.: Filhos de mãe HIV positivo antes da definição diagnóstica e crianças com HIV/aids devem receber a VIP e, quando não disponível esta vacina, deve-se utilizar a VOP.

2. Vacina contra hepatite B (HB) e imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB)Vacina para indivíduos suscetíveis• vítimas de abuso sexual;• vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB;• comunicantes sexuais de portadores de HVB;• profissionais de saúde;• hepatopatias crônicas e portadores de hepatite C;• doadores de sangue;• transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea;• doadores de órgãos sólidos ou de medula óssea;• potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos;• nefropatias crônicas/dialisados/síndrome nefrótica;

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• convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras de VHB;• asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;• fibrose cística (mucoviscidose);• doença de depósito;• imunodeprimidos.

Imunoglobulina para indivíduos suscetíveis• prevenção da infecção perinatal pelo vírus da hepatite B;• vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB;• comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B;• vítimas de abuso sexual;• imunodeprimido após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados.

3. Vacina contra hepatite A (HA)• Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C (VHC);• Portadores crônicos do VHB;• Coagulopatias;• Crianças menores de 13 anos com HIV/aids;• Adultos com HIV/aids que sejam portadores do VHB ou VHC;• Doenças de depósito;• Fibrose cística;• Trissomias;• Iunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora;• Mcandidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas detransplantes;• Transplantados de órgão sólido ou de medula óssea;• Doadores de órgão sólido ou de medula óssea, cadastrados em programas detransplantes.• Hemoglobinopatias.

4. Vacina contra varicela (VZ) e imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHAVZ)Vacina, pré-exposição• Leucemia linfocítica aguda e tumores sólidos em remissão há pelo menos 12 meses, desde que apresentem > 700 linfócitos/mm3, plaquetas > 100.000/mm3 e sem radioterapia;• Profissionais de saúde, pessoas e familiares suscetíveis à doença e imunocompetentes que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes imunodeprimidos;• Candidatos a transplante de órgãos, suscetíveis à doença, até pelo menos três semanas antes do ato cirúrgico, desde que não estejam imunodeprimidas;• Imunocompetentes suscetíveis à doença e, maiores de um 1 de idade, no momento da internação em enfermaria onde haja caso de varicela;• Antes da quimioterapia, em protocolos de pesquisa;• Nefropatias crônicas;• Síndrome nefrótica: crianças com síndrome nefrótica, em uso de baixas doses de corticóide (<2mg/kg de peso/dia até um máximo de 20mg/dia de prednisona ou equivalente) ou para aquelas em que o corticóide tiver sido suspenso duas semanas antes da vacinação;• Doadores de órgãos sólidos e medula óssea;• Receptores de transplante de medula óssea: uso restrito, sob a forma de protocolo, para pacientes transplantados há 24 meses ou mais;• Pacientes infectados pelo HIV/aids se suscetíveis à varicela e assintomáticos ou oligossintomáticos (categoria A1 e N1);• Pacientes com deficiência isolada de imunidade humoral e imunidade celular preservada;• Doenças dermatológicas crônicas graves, tais como ictiose, epidermólise bolhosa, psoríase, dermatite atópica grave e outras assemelhadas;

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• uso crônico de ácido acetilsalicílico (suspender uso por seis semanas após a vacinação);• asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;• trissomias.

Vacina, pós-exposição• Para controle de surto em ambiente hospitalar, nos comunicantes suscetíveis imunocompetentes maiores de 1 ano de idade, até 120 horas após o contágio.

Imunoglobulina, pós-exposição. Quando uma de cada condição abaixo (A, B e C) acontecer:A. Que o comunicante seja suscetível, isto é:• pessoas imunocompetentes e imunodeprimidos sem história bem-definida da doença e/ou de vacinação anterior;• pessoas com imunossupressão celular grave, independentemente de história anterior.B. Que tenha havido contato significativo com o vírus varicela zoster, isto é:• contato domiciliar contínuo: permanência junto com o doente durante pelo menos uma hora em ambiente fechado;• contato hospitalar: pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou que tenham mantido com ele contato direto prolongado, de pelo menos uma hora.C. Que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave, isto é:• crianças ou adultos imunodeprimidos;• grávidas;• recém-nascidos de mães nas quais a varicela apareceu nos cinco últimos dias de gestação ou até 48 horas depois do parto;• recém-nascidos prematuros, com 28 ou mais semanas de gestação, cuja mãe nunca teve varicela;• recém-nascidos prematuros, com menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de 1.000g ao nascimento), independentemente de história materna de varicela.

5. Imunoglobulina Humana Anti-Rábica (IGHAR)• indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando da utilização de soro heterólogo (antitetânico, anti-rábico, antidiftérico, etc.);• indivíduos que não completaram esquema anti-rábico por eventos adversos à vacina;• indivíduos imunodeprimidos – na situação de pós-exposição, sempre que houver indicação de vacinação anti-rábica.

6. Vacina contra influenza, inativada (INF) – “Vacina contra Gripe”• HIV/aids;• transplantados de órgãos sólidos e medula óssea;• doadores de órgãos sólidos e medula óssea devidamente cadastrados nos programas de doação;• imunodeficiências congênitas;• imunodepressão devido a câncer ou imunossupressão terapêutica;• comunicantes domiciliares de imunodeprimidos;• profissionais de saúde;• cardiopatias crônicas;• pneumopatias crônicas;• asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;• diabetes mellitus;• fibrose cística;• trissomias;• implante de cóclea;• doenças neurológicas crônicas incapacitantes;

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• usuários crônicos de ácido acetilsalicílico;• nefropatia crônica/síndrome nefrótica;• asma;• hepatopatias crônicas.

7. Vacinas contra Pneumococo (polissacarídica 23 valente e conjugada 7 valente)

Consultar capítulos correspondentes para idades de indicação de cada uma das duas vacinas.• HIV/aids;• asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;• pneumopatias crônicas, exceto asma;• asma grave em usos de corticóide em dose imunossupressora;• cardiopatias crônicas;• nefropatias crônicas/hemodiálise/síndrome nefrótica;• transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea;• imunodeficiência devido a câncer ou imunossupressão terapêutica;• diabetes mellitus;• fístula liquórica;• fibrose cística (mucoviscidose);• doenças neurológicas crônicas incapacitantes;• implante de cóclea;• trissomias;• imunodeficiências congênitas;• doenças de depósito.• crianças menores de 1 ano de idade nascidas com menos de 35 semanas de gestação e submetidas à assistência respiratória (CPAP ou ventilação mecânica).Obs.: Nos casos de esplenectomia eletiva, a vacina deve ser aplicada pelo menos duas semanas antes da cirurgia. Em casos de quimioterapia, a vacina deve ser aplicada preferencialmente 15 dias antes do início da quimioterapia (QT).

8. Vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b (Hib)

a) Nas indicações de substituição de tetravalente por DTP acelular + Hib.b) Transplantados de medula óssea e órgãos sólidos.c) Nos menores de 19 anos e não vacinados, nas seguintes situações:• HIV/aids;• imunodeficiência congênita isolada de tipo humoral ou deficiência de complemento;• imunodepressão terapêutica ou devido a câncer;• asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;• diabetes mellitus• nefropatia crônica/hemodiálise/síndrome nefrótica• trissomias;• cardiopatia crônica;• pneumopatia crônica;• asma persistente moderada ou grave;• fibrose cística;• fístula liquórica;• doença de depósito.

9. Vacina tríplice acelular (DTPa)

a) Após os seguintes eventos adversos graves ocorridos com a aplicação da vacina DTP celular ou tetravalente:

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• convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após vacinação;• síndrome hipotônica hiporresponsiva nas primeiras 48 horas após vacinação.b) Para crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de eventos graves à vacina DTP ou tetravalente:• doença convulsiva crônica;• cardiopatias ou pneumopatias crônicas em menores de 2 anos de idade com risco de descompensação em vigência de febre;• doenças neurológicas crônicas incapacitantes;• recém-nascido que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação, enquanto permanecer na unidade;• recém-nascido prematuro extremo (menor de 1.000g ou 31 semanas), na primeira dose de tetravalente ou enquanto permanecer internado na unidade neonatal.

10. Vacina dupla infantil (DT)• encefalopatia nos sete dias subseqüentes à administração de dose anterior de vacina tetravalente, DTP celular ou DTP acelular.

11. Imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT)

• indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando da utilização de qualquer soro heterólogo (antitetânico, anti-rábico, antidiftérico, antiofídico, etc.);• indivíduos imunodeprimidos, nas indicações de imunoprofilaxia contra o tétano, mesmo que vacinado. Os imunodeprimidos deverão receber sempre a IGHAT no lugar do SAT, devido à meia vida maior dos anticorpos;• recém-nascidos em situações de risco para tétano cujas mães sejam desconhecidas ou não tenham sido adequadamente vacinadas;• recém-nascidos prematuros com lesões potencialmente tetanogênicas, independentemente da história vacinal da mãe.

12. Vacina contra meningococo conjugada – C (MncC)

• asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas;• imunodeficiências congênitas da imunidade humoral, particularmente do complemento e de lectina fixadora de manose;• pessoas menores de 13 anos com HIV/aids;• implante de cóclea;• doenças de depósito.

Obs.: Dependendo da situação epidemiológica, a vacina conjugada contra meningococo C poderá ser administrada para pacientes com condições de imunodepremidas.

OUTRAS VACINAS COMBINADAS:

Hexavalente ou Sêxtupla Tríplice bacteriana acelular + poliomelite (com vírus inativado) +hemófilus + hepatite B. Essa vacina combinada feita em apenas 1 injeção, é eficiente e segura, além de ter eventos adversos com menos freqüência e intensidade.

Pentavalente ou QuíntuplaTríplice bacteriana acelular + poliomelite (com vírus inativado) + hemofilus – tem as mesmas virtudes que a hexavalente, apenas não contendo a vacina contra hepatite B.

Tretravalente

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Vacina contra sarampo + caxumba + rubéola + hemófilus

Tríplice   Viral Vacina contra sarampo + caxumba + rubéola.

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.

Brasil. Ministério da Saúde. Capacitação de pessoal em sala de vacinação - manual do treinando. / Organizado pela Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. 2a ed. rev. e ampl. – Brasília : Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde, 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Rede de Frio / elaboração de Cristina Maria Vieira da Rocha et al. - 3. ed. - Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde; 2001. 80p. il.

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Procedimentos para Vacinação / elaboração de Clélia Maria Sarmento de Souza Aranda et al. 4. ed. - Brasília : Ministério da Saúde : Fundação Nacional de Saúde ; 2001

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ESTUDO SOBRE IMUNIZAÇÃO

1. Complete o quadro do calendário vacinal:

Idade Vacina Combate que doenças

Número de doses

Dosagem (ml)

Local de Adminst.

Via de adm.

Ao nascer

30 dias

2 meses

3 meses

4 meses

5 meses

6 meses

9 meses

15 meses

4 anos

10 anos

11 anos

60 anos

2. Explique o que são os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais e como é o fornecimento desses Imunobiológicos.

3. Explique sobre a organização interna e os cuidados da geladeira para a conservação das vacinas.

4. Avalie e responda o caso do Jonas: 6 meses de idade, foi vacinar. Foi avaliado como tendo diarréia leve e sem desidratação. História de vacinação: BCG e hepatite (1ª dose) ao nascer, hepatite (2ª dose) com 30 dias, VPO (1ª dose), Tetravalente (1ª dose), Rotavírus (1ª dose) com 2 meses, VPO (2ª dose), Tetravalente (2ª dose) com 4 meses. Explique se hoje, Jonas está com o cronograma de vacinação em dia, quais vacinas que precisa tomar e qual pode ser tomada hoje?

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5. Avalie e responda o caso do João: João, 4 meses de idade. Foi avaliado como tendo diarréia grave. História de vacinação: BCG e hepatite (1ª dose) ao nascer, VPO (1ª dose), Tetravalente (1ª dose), Rotavírus (1ª dose), Pneumocócica (1ª dose) com 2 meses. Explique se hoje, João está com o cronograma de vacinação em dia? Avaliar quais vacinas João precisa e qual pode tomar hoje?

6. Quais vacinas deverão ser aplicadas a cada um dos clientes que seguem e que número de doses?a) Um idoso de 65 anos. b) Uma criança de 3 semanas que já tomou BCG.c) Uma criança de 8 semanas que nunca recebeu vacina. d) Uma mulher de 21 anos de idade gestante que nunca recebeu qualquer aplicação da vacina dupla adulto. e) Uma criança de 15 meses com calendário em dia. f) Um gestante com 24 semanas de gravidez, com dose de reforço há 3 anos.

8. Cite as contra-indicações de caráter geral que impede que uma criança ou adulto seja vacinado.

9. Decida se existe uma contra-indicação para cada uma das crianças seguintes:

Quando a criança:Vacine hoje Não vacine hoje

a) Está sendo com corticóides há 2 meses

b) Tem um problema respiratório e tem 3 meses

c) Está sendo amamentada de forma exclusiva

d) Teve convulsões há uns dias

e) Tem peso abaixo de 2000g com idade 30 dias

f) Tem gripe sem febre

g) Está com 9 meses e está com diarréia

h) Está com febre de 39ºC

i) Está com dengue

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