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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2014

Título: ARTE E A IMPORTÂNCIA DO COLETIVO: aspectos filosóficos e

sociológicos sobre o individualismo contemporâneos

Autora: Rita Deconto Frizon

Disciplina/Área: ARTE

Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual

Amâncio Moro

Município da escola: Corbélia

Núcleo Regional de Educação: Cascavel

Professor Orientador: Érica Dias Gomes

Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO

Relação Interdisciplinar: Arte, Sociologia e Filosofia

Resumo: A sociedade contemporânea enfrenta, atualmente, uma mudança de

comportamento provocada pelo modo de vida capitalista, com intensificação do

individualismo e do consumo desenfreado. É grande a influência da mídia de

consumo, que prega o bem-estar social, o lazer, o interesse pelo corpo, os

valores individualistas do sucesso pessoal e do dinheiro. Existe a preocupação

de que o individualismo comece a provocar perturbações psíquicas, então é

preciso encontrar suportes que levem a sociedade a ser determinada, segura e

com capacidade de escolhas, sem o prejuízo de ser manipulada pelo mundo

capitalista. Propõe-se aqui, através da disciplina de Arte, encontrar meios que

valorizem a coletividade. O objetivo é refletir sobre possibilidades que levem

para a formação do ser coletivo dentro de sua individualidade.

Palavras-chave: Individualismo; arte; coletividade; sociedade contemporânea.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Formação de Docentes

1 APRESENTAÇÃO

“Se pelo menos eu pudesse sentir alguma coisa!” esta frase traduz o ‘novo’ desespero que aflige um número cada vez maior de pessoas.

Gilles Lipovetsky

Este material tem como objetivo nortear as ações docentes para a

implementação do projeto com o tema Ensino de arte como meio para lidar

com o individualismo contemporâneo. Nele serão abordados a metodologia e

os conteúdos propostos pelo projeto.

Procura-se enfatizar a mudança de comportamento que a cultura

contemporânea vem apresentando: a cultura do individualismo, do ter, do lazer

e do prazer momentâneo.

Na sociedade em que vivemos os comportamentos viciantes influenciam

de tal modo que o indivíduo parece estar desolado das atitudes que permeiam

as virtudes. Neste contexto desolador basta olhar um pouco mais

profundamente a profusão de informações e as novas possibilidades sobre o

avanço tecnológico antes inimaginável. Podemos então começar a desconfiar

dos aspectos positivos geralmente a ele atribuídos. Ostrower (1991) argumenta

que se oferece, ao mesmo tempo, diversas oportunidades exatamente no

sentido inverso, podendo levar a um processo que aliena as pessoas de sua

espontaneidade criativa e de seu potencial sensível.

Segundo Ostrower (1991) esse bombardeio ininterrupto voltado para o

“ter”, acompanha o indivíduo desde o nascimento, através de diversos canais

de persuasão cultural e meios de comunicação. Procura-se impor os valores do

consumismo como únicos valores reais, única forma de realização social e

única meta de vida. Nossos jovens possuem anseios, aspirações e

necessidades, tudo é sumariamente reduzido ao nível de mercadoria a fim de

ser considerada a realidade. Portanto esse projeto se constitui em reflexões

sobre a arte e o individualismo, e também sobre um profundo processo que

aliena as pessoas, privando-as de sua espontaneidade criativa e de seu

potencial sensível.

Na tentativa de esclarecer esse modelo de sociedade e de cultura que

estamos vivendo é possível citar alguns pensadores e teorias que

fundamentam este trabalho. Lipovetski, em A Era do vazio (2005), descreve um

novo modelo de sociedade, a pós-moderna, onde a confiança e a fé no futuro

se dissolvem, ninguém mais acredita nos amanhãs radiosos da revolução. O

conceito de revolução desaparece ante uma nova ordem mais pasteurizada.

Na sociedade pós-moderna, as pessoas querem viver o momento atual, aqui e

agora, querem se conservar jovens e não pensam mais em forjar um novo

homem. A sociedade pós-modernidade tem mais ídolos ou tabus, é o vazio que

predomina.

A cultura pós-moderna é voltada para o aumento do individualismo,

diversificando as opções de escolha. Cada vez mais elas levam à perda de

uma visão crítica sobre os objetos e valores que estão a nossa volta. É uma

cultura da personalização. Individualismo total. Os desejos individualistas

passam a ter mais valor do que os desejos e interesses de classe, fazendo

com que se enfraqueça a perspectiva de movimentos sociais e de vida coletiva.

Outro enfoque que permite uma compreensão da atual época em

mudança é sob o viés da arte moderna e pós-moderna tratada com os termos

modernismo e pós-modernismo. O modernismo caracteriza-se através do uso

de uma nova lógica artística do início do século XX, que tem como base as

rupturas e descontinuidades apoiando-se na negação da tradição e no

devotamento do novo. Expressão dessa descontinuidade era o lema dos

artistas vanguardistas: “Não à tradição e obsessão pela renovação total!”. Foi

no fim do século XIX que a mudança causou uma grande revolução, uma

descontinuidade entre o antes e o depois, uma afirmação de uma nova ordem.

O modernismo procura romper com o passado procurando novas formas

estilísticas e temáticas inéditas. A modernidade é uma espécie de

autodestruição criadora... a arte moderna não é apenas herdeira da era crítica,

mas também a crítica de si mesma; há anos as negações da arte moderna “são

repetições rituais”: a rebelião tornou-se um procedimento, a crítica, retórica e a

transgressão, cerimônia. A negação deixou de ser criadora (DUMONT, 1985).

Ainda enfatizando modernidade e individualismo, Dumont (1985), afirma

que o individualismo é o valor fundamental da sociedade moderna. Em

segundo lugar, nos faz lembrar a oposição entre “holismo” e “individualismo”,

sendo que este último é o “valor fundamental da sociedade moderna” e que o

holismo é o valor dominante nas sociedades tradicionais.

No mesmo sentido Simmel (1998) esclarece que o dinheiro abriu, para o

homem singular, a chance à satisfação plena de seus desejos numa distância

muito mais próxima e mais cheia de tentações. Existe a possibilidade de

ganhar, quase com um golpe só, tudo que é desejável.

Percebe-se então um novo modelo de sociedade, que procura livrar-se

das imposições das instituições políticas, econômicas e religiosas. É incansável

a busca por liberdade, singularidade. Isso traduz um individualismo

descontrolado e impiedoso.

A partir dessas ideias, o planejamento foi desenvolvido tendo em mente

o ensino de arte enquanto forma de intervir positivamente, na medida que visa

propiciar uma reflexão sobre estas questões fundamentais do momento em que

vivemos.

2 UNIDADE DIDÁTICA

Plano de trabalho docente – Carga horária total prevista: 32 horas/aula.

A implementação do projeto pedagógico A ARTE E A IMPORTÂNCIA DO

COLETIVO: aspectos filosóficos e sociológicos sobre o individualismo na

contemporaneidade, será voltada para alunos (as) do Curso de Formação

Docente, do Colégio Estadual Amâncio Moro do município de Corbélia. A

implementação ocorrerá durante as aulas de Arte no primeiro semestre do ano

letivo de 2015. Durante este período as aulas serão geminadas ou agrupadas

em duas, até o total de 32 horas/aula.

TÓPICO 1: Apresentação do projeto

DURAÇÃO: 2 horas/aula

ATIVIDADE: Será feita a apresentação do projeto, além de conversação sobre

individualismo e individualidade na arte.

TÓPICO 2: Brincadeiras e coletividade

DURAÇÃO: 10 horas/aula

A respeito da importância de atividades que envolvam a coletividade e a

integração para o desenvolvimento humano, Bianchin (2010) afirma que: “[...] a

qualidade das oportunidades que estão sendo oferecidas às crianças e aos

jovens através de brincadeiras e de brinquedos coletivos garante que suas

potencialidades e sua afetividade se harmonizem”. Portanto, atividades

oferecidas neste bloco serão brincadeiras que envolvem ritmo, coletividade,

leveza de gestos e movimentos, confiança e percepção do outro.

OBJETIVOS: Averiguar o papel da arte em atividades coletivas; promover

reflexões sobre caminhos que levam para a geração do egoísmo e para a

insensibilidade; desenvolver autoconfiança, concentração, percepção e

atenção.

ATIVIDADES: Brincadeiras

Escravos de Jó – Pedir que os participantes sentem-se no chão em

forma de círculo, com um objeto na mão (caixa de fósforo com grão de feijão

para produzir som); ao som da letra e música cantados pelos participantes,

num movimento sincronizado, passar a caixa de fósforo para o colega da

direita, tomando o cuidado para deixar numa posição para que o colega possa

alcançar e pegar a caixa ao mesmo tempo, no tempo do ritmo da música.

Quando aparecem as variantes (tira, põe, deixa ficar) os participantes

devem seguir os movimentos no ritmo da música.

Escravos de Jó jogavam caxangá, tira, põe, deixa ficar

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá. (2x)

Roda com cabos de vassoura – Dispor os participantes em um círculo,

todos em pé, cada um com um cabo de vassoura na mão na posição vertical,

com uma das pontas apoiada no chão. Orientados pelo professor, cada

participante deverá passar o cabo de vassoura para o colega da direita,

batendo-o no chão marcando um ritmo, que deve ser mantido pelo colega

assim por diante. O cabo pode ser batido no chão da forma que o primeiro

participante decidir (mais lento, mais acelerado, mais forte, com movimentos

mais ou menos longos). Dependendo da habilidade do grupo, podem ser

incluídas variantes como passar de uma mão para outra, jogar o cabo para

cima depois pegar, entre outras, sempre pontuados pelo ritmo. 1

Confiança no joelho do amigo – Todos os participantes em pé

formando um círculo voltado para dentro dele. Pede-se que todos virem para

direita, de modo que cada um fique de frente para as costas do colega, como

numa fila circular. Cada um deve juntar a ponta dos pés nos calcanhares do

colega á sua frente, colocando as mãos na cintura dele.

O professor contará até três pausadamente, e as pessoas devem

sentar-se nos joelhos de quem está atrás, vagarosamente. Todos ao mesmo

tempo. Tentar várias vezes até que consigam atingir o objetivo.

Quando houver um equilíbrio, uma coesão no grupo, o professor

solicitará que todos soltem a mão direita e levantem para o alto. Em seguida, a

mão esquerda.

Depois jogar as duas mãos para a direita, tomando o cuidado para não

perder o equilíbrio. Para dentro da roda, para fora com movimentos suaves,

leves e harmoniosos.

Finalmente pede-se a todos que coloquem a mão na cintura do colega a

sua frente e, após a contagem até três, por parte do professor, levantam-se

todos juntos, vagarosamente.

Máquina humana – Pedir aos participantes que criem um som e um

movimento ao mesmo tempo. Esta será uma peça da máquina que pretende-se

criar. Depois que todos individualmente criaram seu movimento e som, deverão

produzi-lo sequencialmente.

O professor escolhe um participante para ser a peça inicial da máquina,

e a partir deste, cada peça deverá, um de cada vez, encaixar em algum lugar

que julgue necessário, para dar funcionamento à máquina, sempre

preservando o som e o movimento. Quando todos se encaixarem a máquina

estará pronta e funcionando.

Confiança e entrega – Participantes em círculos de 7 indivíduos. Um

participante fica no centro da roda, com olhos fechados, os demais

1 Atividade baseada em vivências pessoais da autora.

participantes devem empurrar o colega, para que o outro o acolha. Este deverá

envolver-se e entregar-se a confiança, caindo nos braços do amigo. E assim

sucessivamente até que todos passem pelo centro da roda.

Tumbalacatumba2 e Levantar um braço3 – Acompanhar as músicas,

fazendo os gestos de acordo com o que a letra diz (atividades de finalização

para descontração do grupo).

TÓPICO 3: O individualismo na atualidade

DURAÇÃO: 6 horas/aulas

Nesses próximos encontros serão desenvolvidas atividades com o

objetivo de elencar elementos da contemporaneidade que podem interferir na

formação individualista do ser.

OBJETIVOS: Analisar o individualismo em produções artísticas

contemporâneas; encontrar meios para amenizar a cultura do individualismo.

ATIVIDADES: Após as atividades realizadas nos encontros anteriores, serão

oferecidos alguns textos para que os alunos leiam, discutam e reflitam sobre o

individualismo. Como participar de atividades como estas se estamos vivendo a

cultura do individualismo? O que podemos fazer para amenizar esta cultura

individualista que o capitalismo instalou na modernidade? Como sentir o afeto,

o carinho, a confiança, o prazer de estar com o outro, se vivemos o

individualismo?

Textos:

O individualismo na cultura moderna, de George Ardilles da Silva Jardim

(2004).

O perigo do individualismo na formação do sujeito: o que eu tenho a ver

com isso? de Rosângela Nieto de Albuquerque (2014).

A cultura do individualismo na sociedade contemporânea e a formação

das identidades, de Alexandre Rossato Augusti (2005).

Dumont: A sociedade moderna e o nascimento do individualismo, de

2 Tumbalacatumba, Xuxa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_lr9B5nBUJg. Acesso em:

24 mar. 2015. 3 Levantar um braço, Laura Cristina. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7xgVGZzl4wA.

Acesso em: 24 mar. 2015.

Renato Bosco (2014).

Solicitar, que os mesmos, depois de terem discutido, conversado,

internalizado o conteúdo busquem textos ou situações onde o individualismo

esteja presente no seu cotidiano e tragam para serem analisado no próximo

encontro.

Na sequência será feita análise de obras de arte onde o individualismo

se faz presente, também em fotografias, figuras e painéis.

Figura 1 – “Eu-centrismo”

Fonte: http://adcausam.com/2011/01/19/eu-centrismo/.

Acesso em: 22 Nov. 2014.

Figura 2 – “Individualismo Social”

Fonte: http://juanmago.com/2008/01/24/el-problema-de-la-

moral-o-su-negacion-determinismo-amoralismo-relativismo/. Acesso em: 22 nov. 2014.

Figura 3 – “Michel Teló”

Fonte: http://www.fanpop.com/clubs/michel-telo/images/ 29248010/title/telo-wallpaper. Acesso em: 22 nov. 2014.

Figura 4 – Escultura no Jardim do MAC-USP

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Amilcar_de_Castro.

Acesso em: 22 nov. 2014.

Figura 5 – “Selfie”

Fonte: Acervo pessoal.

TÓPICO 4: Danças circulares e coletividade

DURAÇÃO: 10 horas/aulas

A dança circular é um movimento cultural mundial, criado pelo bailarino e

artista plástico alemão/polonês Bernhard Wosien. Apesar de também serem

conhecidas como Danças Circulares Sagradas, não estão vinculadas a

movimentos religiosos, mas a ritmos e culturas do mundo todo.

É uma forma de “meditação ativa” que geralmente acontece em círculos

e proporciona, além de uma viagem cultural por ritmos oriundos de todo o

mundo, um mergulho ao nosso interior conectando-nos com nossa verdadeira

essência, formando seres humanos mais conscientes e aproximando as

relações com as pessoas e o planeta ( GUATAÇARA, 2015).

O movimento chegou ao Brasil na década de 80 em Nazaré Paulista,

interior de São Paulo, e espalhou-se por todo o território nacional, atrelando-se

às nossas danças indígenas e cirandas de roda. Hoje existem festivais,

encontros, oficinas variadas e cursos de pós-graduação em Danças Circulares.

O crescimento do movimento reflete-se principalmente nas áreas de educação,

saúde e em empresas. (MONTEIRO, 2015).

As danças circulares apresentam inúmeros benefícios, entre eles:

resgate da autoestima; ampliação da percepção; sociabilização; cooperação e

apoio mútuo; desenvolvimento da musicalidade individual e grupal; aceitação

do outro; equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual; ajuda no combate do

stress e da depressão; coletividade e concentração; proporciona o trabalho em

grupo, sem que a pessoa perca sua individualidade (BISCONSIN, 2005).

O círculo é símbolo de totalidade, nele, nenhum elemento se sente

excluído (BISCONSIN, 2005). Na dança circular, os passos vão dos mais

simples aos mais elaborados. Porém, o mais importante não é a execução

perfeita da dança, ou seja, a técnica, mas sim o sentimento de união de grupo.

Isso é muito importante ressaltar em um grupo, pois o verdadeiro sentir da

dança se explica quando não precisamos mais pensar nos passos,

simplesmente se dança, e é aí que acontece a verdadeira dança circular. Os

passos da dança circular são agrupados em sequência que se repetem no

decorrer de toda a música. Desta maneira, reproduzimos os ritmos da

natureza: o começo e o fim; o nascimento e a morte; o dia e anoite; as

estações do ano; além dos ciclos que compõe a biografia humana, onde somos

levados a perceber as mudanças que vão acontecendo em nossas vidas.

Vamos nos percebendo seres mutantes que, a cada repetição, já não somos

mais os mesmos que da última vez. (BISCONSIN, 2005).

Através da dança circular trabalhamos a coordenação motora, assim não

ficaremos perdidos, sem saber que direção tomar diante de uma oportunidade.

Entre a coordenação motora, outras atividades podem ser desenvolvidas, entre

elas a agilidade, que pode ser utilizada para resolver aquilo que nos parece

moroso; o ritmo, que proporciona conexão com nosso ritmo interno; e, a

orientação espacial, que nos auxilia na orientação de espaço na nossa vida.

(BISCONSIN, 2005)

OBJETIVOS: Explorar as potencialidades de processos criativos no

envolvimento em atividades coletivas;

ATIVIDADES: Dança circular (criação)

Apresentação de vídeo – Para exemplificar a atividade, assistir ao

vídeo Ritmos Brasileiros nas Danças Circulares com Domingos Valeski Jr.,

filmado em evento realizado no Convento São José de Curitiba/PR, disponível

através do link: http://www.youtube.com/watch?v=aDXiAzWiC34. (Acesso em:

24. Mar. 2015)

Música de Aquecimento – Repetir a coreografia da música Eu quero

Luz, quero Alegria4 de Rubinho do Vale.

Ao iniciar a música, após quatro tempos, posicionar: um passo para a

direita, e um balanço, um passo para esquerda, mais um balanço, quatro

passos para direita, um balanço para marcar, quatro passos para o centro,

balanço para marcar, quatro passos para trás, abrindo a roda novamente, e

assim sucessivamente até o final da música, sempre seguindo o ritmo da

música.

Criação – Dividir a turma em grupos de 08 a 10 pessoas e propor que, a

partir do vídeo de apresentação e da música de aquecimento, criem

coreografias para outras danças circulares, com escolha de músicas de

preferência do grupo. Cada grupo deverá apresentar sua criação e em seguida

convidar o restante dos alunos a participar da dança. As apresentações serão

filmadas a apresentadas ao grupo posteriormente para que possam analisar e

crescer na criação das coreografias.

TÓPICO 5: Rearranjo musical

DURAÇÃO: 02 horas/aulas

Essa atividade foi organizada através da proposta Resignificando e

recriando músicas: a proposta do rearranjo, de Maura Penna e Vanildo Mousino

Marinho (2010).

OBJETIVO: Recriar música, coletivamente, através de uma proposta

contemporânea de rearranjo musical.

ATIVIDADADE: Solicitar aos alunos que escolham uma canção com letra de

preferência do grupo. Fazer com que reflitam sobre “o que a música diz”. O

professor deverá fazer um levantamento com os alunos dos significados e

associações sugeridos pela música, anotando no quadro tudo o que é

apresentado, sem fazer nenhuma avaliação ou censura. No entanto, o

professor pode, se necessário, estimular a imaginação, observando

sentimentos, paisagens, sons, evocados pela música.

Com base nos registros feitos no quadro, estrutura-se conjuntamente

uma nova expressão sonora, podendo ou não utilizar elementos formais

4 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Y3_eTY8-18c. Acesso em: 24 mar. 2015.

presentes na música original. O professor conduz o processo, solicitando

sugestões do grupo e fazendo os registros, construindo assim a partitura. As

construções são experimentadas sonoramente, de modo que possam ser

reajustadas ou complementadas pelo grupo, progressivamente, até se chegar a

uma versão aceita coletivamente. A execução final é gravada, para que o

resultado possa ser analisado e avaliado em uma edição posterior.

TÓPICO 6: Reflexão

DURAÇÃO: 02 horas/aulas

ATIVIDADES: Estudo do artigo Froebel e o surgimento do primeiro jardim da

infância5 sobre a importância das atividades coletivas no desenvolvimento

humano.

Apresentação do vídeo O movimento da dança circular6 que traz depoimentos

importantes para a compreensão das atividades desenvolvidas.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Rosângela de Nieto. O perigo do individualismo na formação do sujeito: o que eu tenho a ver com isso? Construir Notícias. Disponível em: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1932. Acesso em: 05/07/14.

ALVES, Luciana. BIANCHIN, Maysa A. O jogo como recurso de aprendizagem. Revista Psicopedagogia, São Paulo, v.27, n 83, 2010.

AUGUSTI, Alexandre Rossato. A cultura do individualismo na sociedade contemporânea e a formação das identidades. Faro. Valparaíso, Chile, n. 2, 2005. Disponível em: http://web.upla.cl/revistafaro/n2/02_rossato.htm. Acesso em: 05/07/14.

BISCONSIN, Adriana. Dança Circular: um mundo sem fronteiras. Curitiba; FERA, 2005.

BOSCO, Renato. Dumont: a sociedade moderna e o nascimento do individualismo.

Disponível em: http://renatobosco.galeon.com/dumont.html. Acesso em: 05/07/2014.

5 Disponível em: < http://froebeleaeducao.blogspot.com.br/2010/07/froebel-e-e-o-surgimento-do-

primeiro.html>. Acesso em: 24 mar. 2015. 6 Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ksxvjpcJY8Y&feature=youtu.be. Acesso em: 23 nov.

2014.

DUMONT, Luis. Do individualismo-fora-do-mundo ao indivíduo-no-mundo. In: ______. O individualismo: uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1985. Cap. 1.

FREDERICO, Celso. A arte em Marx: um estudo sobre os manuscritos econômico-filosóficos. Novos Rumos. Marília, SP, n. 42, p. 1-24, 2004. Disponível em: http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/view/2144/1771. Acesso em: 05 agosto.

GUARAÇARA. O que são danças circulares? Disponível em: http://www.guatacarabrasil.com/dancas.htm. Acesso em: 25/05/15.

JARDIM, George Ardilles da Silva. O individualismo na cultura moderna. Caos. João Pessoa- PB, n. 7, p. 23-31, 2004. Disponível em: http://www.cchla.ufpb.br/caos/georgeardilles.pdf. Acesso em: 05/07/14.

LIPOVETSKY, Gilles. A era do vazio: Ensaios sobre o individualismo contemporâneo. Trad. Therezinha Monteiro Deutsch. Barueri: Manole, 2005.

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MONTEIRO, Guataçara. O que são danças circulares? Disponível em http://www.guatacarabrasil.com/dancas.htm. Acesso em: 04 de abr. 2015.

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