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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Cristiano José da Silva – Professor PDE 2013 – e-mail: [email protected] Prof. Dr. Leopoldo Sussumu Matsumoto – Orientador / IES – Bandeirantes Pr. e-mail: [email protected]
QUÍMICA E TECNOLOGIA: uma nova perspectiva de produção
didática para o ensino da química na sala de aula
Autor: Cristiano José da Silva
Orientador: Prof. Dr. Leopoldo Sussumu Matsumoto
Resumo
Nos dias atuais, no mundo globalizado, o uso de tecnologias são de suma importância para educação de jovens no ensino fundamental e médio. Neste contexto o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) é quebrar o paradigma da escola tradicional, aproximando o professor a realidade do aluno. Assim sendo, o objetivo deste trabalho foi verificar o processo de ensino e aprendizagem a partir do uso de Ambientes Virtuais – Simuladores e Animações, por professores do Colégio Estadual Rui Barbosa de Jacarezinho – PR. Os dados obtidos foram resultados da Intervenção Pedagógica realizada com docentes da Escola Pública dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). A grande maioria dos professores apresentam o seu próprio computador e utiliza a internet como forma de elaboração e pesquisa para desenvolvimento do conteúdo das aulas, no entanto uma parcela significativa, utiliza a tecnologia apenas como ferramenta de produção textual, de forma tradicional de ensino. Neste sentido após a intervenção 34% desses professores assimilaram a importância e a potencialidade no uso da tecnologia como ferramenta de ensino-aprendizagem, e 66% dos professores assistidos acredita ter ampliado o conhecimento quanto ao uso de TICs. Assim, podemos concluir que os resultados atingiram os objetivos propostos, o que pode demonstrar a eficácia e importância do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no trabalho cotidiano do professor tendo como resultado uma melhoria nas condições de aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: TICs, Ambiente virtual, Simuladores e Animações
Cristiano José da Silva – Professor PDE 2013 – e-mail: [email protected] Prof. Dr. Leopoldo Sussumu Matsumoto – Orientador / IES – Bandeirantes Pr. e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
O Estado do Paraná através da Secretaria de Estado da Educação vem
realizando ações que promovam a incorporação das tecnologias de informação e
comunicação nas escolas da rede pública, como mecanismos didáticos aos
professores na promoção da inclusão digital.
O artigo apresenta uma reflexão sobre como os ambientes virtuais, por meio
dos materiais digitais podem colaborar com o trabalho docente no sentido de
potencializar esta ação qualificando o processo de ensino e melhorando a
aprendizagem.
A partir das tecnologias o professor diversifica a maneira de ensinar e da
aprendizagem do aluno. Quando as tecnologias são utilizadas adequadamente, ajuda
a auxiliar o processo educacional.
A escola tem como meta que seus alunos aprendam, e uma estruturação
pedagógica que melhore as condições dessa aprendizagem (LIBÂNEO, 2007).
A perspectiva criada pela utilização das tecnologias de informação e
comunicação às escolas e professores é descobrir como se utilizar destes recursos
com o seu potencial na prática em sala de aula, considerando seus diversos
ambientes, qualificando o processo de ensino e aprendizagem.
O ensino a partir das novas mídias permitirá mudanças efetivas se
conseguirmos ao mesmo tempo transformar antigos paradigmas convencionais de
ensino, que criam uma distância entre o professor e seus alunos. Diferentemente
disto, só se daria uma superficialidade de modernidade, de tal modo que a essência
deste ensino não seria alterada (MORAN, 2000).
Apenas o acesso as tecnologias, não é o que mais interessa, e sim, a criação
de outros ambientes de aprendizagem, novos mecanismos sociais que se iniciem com
o uso dessas ferramentas (MORAES, 1997).
Qualquer proposta que se relacione às tecnologias de informação e
comunicação só serão efetivas por meio do trabalho docente. Essa capacidade de
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transformar tecnologia em aprendizagem é propriedade do professor, e não dos
programas eletrônicos, principalmente em sua condição social (DEMO, 2008).
Para Sancho,
Devemos considerar como ideal um ensino usando diversos meios, um ensino no qual todos os meios deveriam ter oportunidade, desde os mais modestos até os mais elaborados: desde o quadro, os mapas e as transparências de retroprojetor até as antenas de satélite de televisão. Ali deveriam ter oportunidade também todas as linguagens: desde a palavra falada e escrita até as imagens e sons, passando pelas linguagens matemáticas, gestuais e simbólicas. (SANCHO, 2001, p. 136).
O fato de se utilizar e explorar ambientes virtuais como recursos metodológicos
do professor, ainda não são ações tão efetivas na sala de aula. A utilização de jogos
e outras metodologias lúdicas, também encontram resistência. Muitos ainda entendem
que o brinquedo, os jogos, atrapalham o andamento e a ordem das aulas, o que
acarretam na indisciplina (MORAIS, 1994).
O jogo é um recurso didático muito importante; está além de um simples
passatempo; é um mecanismo importante para a promoção da aprendizagem,
organiza o trabalho do aluno e determina suas atitudes básicas, relevantes à
construção de sua personalidade (ALMEIDA, 1994).
É importante ressaltar que a fusão das tecnologias às metodologias ao saber
do professor reformulam sua postura tradicional de trabalho, de tal modo que este
perceba em sua ação docente, que a prática pedagógica é algo flexível e para tanto
deva ser refletida, repensada e reavaliada.Toda a diferença metodológica não se
restringe apenas ao uso de ferramentas tecnológicas, mas sim, principalmente como
o professor percebe e se apropria destes mecanismos para dar novos
encaminhamentos metodológicos que estejam além da reprodução do conhecimento
e de fato produzam conhecimento (BEHRENS, 2000).
O objetivo principal do trabalho do professor é a aprendizagem,e estase torna
mais acessível aos discentes quando ocorre um repensar, uma flexibilidade com o
professor a partir do diálogo, respeito mútuo e também uma relação de afetividade
nesta interação, de tal modo que juntos, professor e alunos possam construir a
aprendizagem. Um dos fatores primordiais a essa aprendizagem é o afeto relacionado
ao professor e aos demais colegas, para que o aluno sinta prazer em ir à escola e
principalmente em aprender.
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As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e
motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do
professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-
educador (MORAN, 2000).
A cerca da formação do professor, GADOTTI (2000), descreve: “Hoje, o
importante na formação do trabalhador (também do trabalhador em educação) é saber
trabalhar coletivamente, ter iniciativa, gostar do risco, ter intuição, saber comunicar-
se, saber resolver conflitos, ter estabilidade emocional”.
O que se percebe é o fato de que a tecnologia por si só não ocasiona a
aprendizagem, mas o modo como o professor e seus alunos interagem com o recurso.
A informática está intimamente ligada ao surgimento e evolução das tecnologias de
informação e comunicação. Atualmente essa tendência é de que todas as TICs
possam ser compatíveis, produzidas e acessadas por uma determinada mídia,
chamada de hipermídia.
Ao longo dos anos os meios de comunicação foram sofrendo inúmeras
alterações. Considerando os últimos quarenta anos, essa comunicação passou por
um processo de digitalização, onde quase tudo se transformou em bits (SIQUEIRA,
2008).
Com todas as diversas formas de se acessar conteúdos por meio de textos,
imagens, sons, dados, gráficos, voz e outros, em bits, integram um ambiente que seja
comum, onde todos falam a mesma língua, originando um fenômeno novo.
Esse fenômeno se chama convergência digital, quando as áreas da tecnologia
de informação e comunicação se fundem, potencializando inúmeras alternativas. É o
resultado da internet e suas diversas possibilidades. A internet é uma das formas mais
completas de convergência digital, consegue integrar tecnologias da computação,
telecomunicações e diversas formas de conteúdo (textos, imagens, etc.) (SIQUEIRA,
2008).
Sendo a Internet uma rede que disponibiliza informações globais através de um
sistema hipertextual, é uma ferramenta de revolução na educação, pois através dela
os alunos produzem seu próprio conteúdo e permitem a este um alcance global
(PARNAÍBA, 2010).
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Para que se possa inserir a TIC na escola é necessário não apenas realizar um
investimento na formação dos professores, mas proporcionar um envolvimento de
toda a comunidade escolar no acesso aos ambientes de aprendizagem interativos que
promovam a representação de ideias, construção do conhecimento, troca de
informações, envolvendo o estudo de problemáticas do cotidiano.
Em se tratando dos ambientes virtuais de aprendizagem, cada sujeito tem a
oportunidade de trilhar caminhos diversos, todos e conexões que existem atualmente
a cerca de informações, textos e imagens, criando novas possibilidades conectivas,
correlacionar contextos, recursos e mídias.
As pessoas que participam de ambientes virtuais de aprendizagem são motivas
e instigadas a ler e decodificar o que outra pessoa pensa, ao mesmo tempo que
expressa o seu próprio pensamento por meio da escrita textual e hipertextual, também
estão preparadas ao convívio com toda a diversidade e singularidade de informações,
conseguem socializar ideias, criar simulações, investigar diferentes hipóteses, agir
sobre e na resolução de problemas criando novas situações, permitindo a construção
coletiva de uma ecologia da informação, de um modo que sejam compartilhados
valores, hábitos, motivações e práticas. Particularmente, cada sujeito do ambiente
transforma-se em receptor e emissor de informações, escritor, leitor e comunicador
(ALMEIDA, 1990).
O ambiente virtual de aprendizagem condiciona a ecologia da informação,
tendo início na participação das pessoas que se inserem nesse contexto, mudando a
maneira de expressar o seu pensamento coletivamente numa dinâmica mútua de
relações que se estabelecem ao mesmo momento que modificam o ambiente.
A ecologia da informação caracteriza uma densa rede de inter-relações entre
artefatos, pessoas e suas práticas em um contexto, no qual o foco não é a tecnologia,
mas a atividade humana em realização, havendo total interdependência entre TIC e o
seu uso (NARDI, 1999).
Enfim, com o uso de ambientes virtuais de aprendizagem, há uma mudança no
papel do professor que passa a compreender a necessidade e importância de ser
mediador do processo de ensino e aprendizagem em parceria com seus alunos,
aquele que explora os ambientes juntamente com os seus alunos, apresentando as
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possibilidades de outros caminhos sem o compromisso de tê-los experimentado
previamente algum dia.
O professor instiga em seus alunos a vontade de descobrir e explorar novos
sentidos e significados para aquele contexto, de tal modo que estes possam estar
motivados pelo prazer da descoberta, da leitura do pensamento de outros e
desenvolver e participar de projetos colaborativos.
Desta forma, a educação caminha no sentido da produção escrita, favorecendo
a liberdade de expressar e comunicar sentimentos, registrar percepções, ideias,
crenças e conceitos, refletir sobre o pensamento representado, compartilhar e
reelaborar conhecimento, transformar a educação em ato de conhecimento da
realidade (Almeida, 2000).
PROCEDIMENTOS E RESULTADOS
A organização do Projeto de Intervenção
Como já mencionado, a estruturação do projeto de intervenção pedagógica,
teve como princípio oferecer aos professores de química e áreas afins do Colégio
Estadual Rui Barbosa em Jacarezinho, uma formação que pudesse atender a uma
necessidade específica, consequente da implantação de equipamentos tecnológicos
na escola da rede pública do Paraná. Porém, percebeu-se que essa formação não
deveria ser apenas de ordem operacional dos equipamentos, mas principalmente de
uma fundamentação que viesse ao encontro de vácuos teóricos na formação inicial.
Para tanto a proposta de trabalho estaria estruturada em duas partes articuladas
concomitantemente, uma teórica e outra prática.
A fundamentação teórica consistiu em trabalhar a Alfabetização Científica e
Tecnológica e a Contextualização permeadas pelos textos sobre Tecnologias de
Informação e Comunicação, no qual ação fundamentou-senas referências
bibliográficas da pesquisa e a proposição de textos para reflexão teórica. As ações
foram de maneira sistemática com acompanhamento contínuo.
A formação prática quanto ao uso das ferramentas, conversão de arquivos,
construção de slides com suas respectivas formatações, navegações e seleções de
materiais nos ambientes virtuais foram realizados utilizando objetos de aprendizagem
disponíveis no Portal Educação do Paraná
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Numa segunda etapa, os professores elaboraram e apresentaram, suas
propostas de aulas, organizadas a partir da fundamentação teórica e prática
desenvolvidas durante a implementação em salas de aula, realizando seu trabalho
por meio dos materiais digitais construídos e utilização de ambientes virtuais
disponíveis no Portal Dia a dia educação do estado do Paraná.
A coleta e análise dos dados
A análise consistiu no cruzamento de dados oriundos do questionário
diagnóstico e das Propostas de aulas com materiais digitais desenvolvidas pelos
professores participantes e demais professores da escola.
Os instrumentos para a coleta de dados constituíram-se de um Questionário
Diagnóstico e Proposta de Aulas Temáticas com o uso das TICs construídas pelos
professores e a utilização dos ambientes virtuais, sendo o questionário composto por
oito questões objetivas.
Nestas questões o objetivo foi levantar qual a concepção dos professores a
respeito do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação como ferramentas de
apoio metodológico em sala de aula, portanto, tiveram como intuito avaliar qual a
relação dos professores com essas tecnologias. Especificamente a respeito da
utilização dos equipamentos disponíveis na escola, se fazem uso, como o fazem,
quais as suas dificuldades, além de levantar dados sobre quantos profissionais
possuem um computador pessoal, se fazem uso da internet e como compreendem o
uso de ambientes virtuais no processo de ensino e aprendizagem.
A implementação do projeto contou com a participação de 25 professores,
sendo que destes 24% são do sexo masculino e 76% do sexo feminino, dos quais a
maioria 72% tinham mais de dez anos de docência na escola, 24% mais de cinco anos
e 4% menos de cinco anos de trabalho como professor na escola como demonstra a
(Tabela 1).
Tabela 1. Perfil dos professores participantes do projeto
Perfil Nº de professores (%)
Sexo Masculino
Feminino
6 (24%)
19 (76%)
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Tempo de docência
Até 5 anos
Acima de 05 anos
Acima de 10 anos
1 (4%)
6 (24%)
18 (72%)
Os professores pesquisados na sua maioria são do sexo feminino com mais de
10 anos de docência na rede pública de ensino.
Tabela 2. Perfil da acessibilidade à informática e internet
Acessibilidade Sim Não
Computador Pessoal 84 % 16 %
Acesso à internet Casa 72 % 28%
Escola 92 % 8%
Dos professores entrevistados pode ser observado que 84% possuem um
computador em casa para uso pessoal e para a realização das atividades escolares,
16% destes professores não possuem computador pessoal, porém utilizam os
computadores da escola para organizar suas atividades e preparar suas aulas.
Dentro desta perspectiva, dos 84% dos professores que possuem computador
pessoal, 72% se utilizam de acesso à internet, não apenas para realização de
pesquisas de materiais para aula, mas também com a finalidade de usos diversos.
Entretanto desse total 28% não tem acesso a internet neste computador, porém
quando precisam usam a internet dos laboratórios das escolas. E os demais 16% não
possuem computador pessoal utilizando-se apenas dos equipamentos da escola.
Do total de professores pesquisados 92% acessam internet nos laboratórios
disponível nas escolas para o preparo das aulas e/ou pesquisas pertinentes, e apenas
8% alegam utilizar os laboratórios para a preparação de atividades escolares e suas
aulas fazendo uso apenas dos aplicativos e programas padrão do sistema como o
editor texto exclusivamente.
Neri (2003) comenta que, com base nos dados do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb) e do Censo Escolar, em 1997, apenas 10,8% do total de
alunos matriculados no Ensino Fundamental regular estavam matriculados em
escolas com laboratório de informática e já em 2001 esse número aumentou para
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23,9%. No caso do Ensino Médio regular, em 1997, 29,1% estavam matriculados em
escolas com laboratório de informática e em 2001 esse número aumentou para 55,9%.
Em 2001, 25,4% dos alunos do Ensino Fundamental regular estavam matriculados
em escolas com acesso à internet e para o Ensino Médio regular 45,6% dos alunos
estavam matriculados em escolas com acesso à internet. Em 2001, o Estado que
apresenta o maior grau de inclusão digital nas escolas é São Paulo e o menos incluído
é o Tocantins.
De acordo com Valente (1997), o computador é uma ferramenta que pode
auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia e criatividade do aluno.
Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor desempenhe o papel de
mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe
formação para exercício deste papel. Entretanto, nem sempre é isto que se observa
na prática escolar.
Estudos sobre o tema apontam que a formação do professor para a utilização
da informática nas práticas educativas não tem sido priorizada tanto quanto a compra
de computadores de última geração e de programas educativos pelas escolas
(UNESCO, 2009).
Segundo Valente (1997), “a formação do professor deve prover condições para
que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e
como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar
barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Essa prática possibilita a transição
de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo
e voltada para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno.
Finalmente, deve-se criar condições para que o professor saiba contextualizar o
aprendizado e a experiência vivida durante a sua formação para a sua realidade de
sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos
pedagógicos que se dispõe a atingir”.
Todos os professores participantes da implementação tem como graduação ao
menos uma licenciatura com habilitações em Química, Biologia, Matemática ou Física.
Deste grupo,8% não eram professores efetivos da Rede, e sim contratados pelo
regime PSS 2014.
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Quanto ao uso de simuladores e animações, os professores foram
questionados sobre a importância destes recursos como mecanismos de promoção
do ensino e da aprendizagem a partir de metodologias diferenciadas.
Ao se perguntar aos professores especificamente sobre o uso dos simuladores
e animações como instrumento metodológico para a qualidade de ensino, 68%
disseram concordar plenamente que tais ferramentas contribuem para a qualificação
do processo de ensino, 20% diz concordar que tais tecnologias podem contribuir para
o ensino e aprendizagem, 8% afirmaram que tais simuladores podem contribuir com
o trabalho docente considerando algumas ressalvas, entre estas o fato de que se as
aulas a partir das TIC não forem estruturadas adequadamente, tais recursos podem
comprometer a ação docente e 4% acredita que o uso das tecnologias ocasiona ainda
mais problemas como a indisciplina e atrapalha o trabalho do professor, desviando a
atenção e o foco do que se espera ensinar (Figura 1).
Os resultados demonstram que o uso de simuladores e animações no Colégio
Estadual Rui Barbosa, ainda não é comum, segundo Barão (2006) isso é comum, pois
muitos professores ainda não estão preparados para lidar com esse tipo de recurso,
por falta de prática ou medo de errar.
Figura 1. Índice de compreensão sobre a importância do uso de simuladores e animações para o ensino e aprendizagem da Química.
68%
20%
8% 4%
Uso de Simuladores no ensino de Química
Concorda plenamente Concorda Concorda com restrições Discorda
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Entre os 25 professores pesquisados, 6 foram atendidos na implementação do
projeto. E, estes reportaram a percepção da mudança na maneira como
compreendiam o ensino das disciplinas de modo contextualizado, antes e durante a
formação. E o resultado foi que 100% dos professores consideram que a formação
contribuiu significativamente para o uso das tecnologias em suas aulas, conforme a
fala do professor (P5):“...agora entendo como posso melhorar ainda mais o meu trabalho
em sala de aula fazendo uso de materiais digitais, ambientes virtuais e outros equipamentos
que de modo algum substituem o meu trabalho, mas acrescentam em minha metodologia”.
Destes, 66% argumentaram que já faziam uso de uma metodologia
contextualizada, porém com a percepção de que sua compreensão de como explorar
outras possibilidades metodológicas a partir das TIC foi ampliada durante a formação,
conforme (P2):“...acredito que mesmo fazendo uso de contextualizações para ensinar em
sala de aula, as tecnologias que estão disponíveis em nossa escola, podem instrumentalizar
e aproximar do concreto os conceitos e conteúdo que desenvolvemos em nossas aulas”.
E finalmente 34%, afirmou que antes da formação ocorrida na implementação,
trabalhavam de modo tradicional e que a formação possibilitou um repensar de suas
práticas sobre a importância e a potencialidade do trabalho subsidiado com as
tecnologias, conforme (P1):“...Antes de participar desse projeto sempre entendi que a
maneira correta de se trabalhar em sala de aula era aquela em que o professor seria o
detentor do conhecimento e o aluno estaria ali como um sujeito que vem em busca desse
conhecimento, e que a melhor maneira de se ensinar seria a tradicional”.
Considerando as afirmações apresentadas o objetivo da implementação na
escola foi alcançado, levando os professores a repensar e refletir sobre suas práticas
metodológicas para o ensino da química a partir de ambientes diferenciados de ensino
por meio das tecnologias.
Considerações finais
O uso dos simuladores e animações, bem como a utilização de outras
tecnologias de informação e comunicação para o ensino da Química foi bem aceito
pelos professores, onde muitos se mostraram dispostos a aprender e fazer uso dos
Ambientes Virtuais como mecanismo de apoio metodológico.
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O processo de ensino e aprendizagem, tendo como instrumento metodológico
as TICs, mostrou-se eficiente de tal modo que passa a ser uma ferramenta que
potencializa o trabalho do professor em sala de aula assim como amplia as
possibilidades de apropriação e construção da aprendizagem pelos alunos.
Desta forma o objetivo do Projeto de Intervenção através da Implementação na
escola foi atingido e satisfatório.
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