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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Título: Ensino de Ciências – Uso de agrotóxicos na cultura do fumo e seus

impactos no corpo humano e meio ambiente

Autora: Rosana Sandra Pszedzimirski

Disciplina/Área: Ciências

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra. Ensino Fundamental e Ensino Médio. Localizado na Rua Duque de Caxias n° 723.

Município da escola: Virmond

Núcleo Regional de Educação: Laranjeiras do Sul

Professor Orientador: Prof.º Dr. Sandro Aparecido dos Santos

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO

Relação Interdisciplinar: Química; Biologia; Artes; Português

Resumo: Este trabalho tem como intenção contribuir e subsidiar a prática docente no Ensino de Ciências, tendo como foco o desenvolvimento dos conteúdos saúde, meio ambiente e agrotóxico. Os conteúdos selecionados são compatíveis com a realidade dos alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra, situado no município de Virmond-PR, onde será realizada uma intervenção pedagógica com a intenção de oportunizar uma aprendizagem significativa. Para contemplar essa aprendizagem, serão empregues os mapas conceituais, com o objetivo de tornar o processo de ensino mais dinâmico e participativo, fazendo com que os estudantes empreguem seus conhecimentos originários das vivências sociais para a compreensão dos conteúdos abordados ao longo dessa intervenção, sendo a aprendizagem expressa em forma de produção textual. Essa proposta encontra base nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008) e na Teoria da Aprendizagem Significativa desenvolvida por David Ausubel. Nesse sentido, ocorrerá um Ensino de Ciências mais instigante, mediado por atividades diversificadas, com a intencionalidade de

favorecer tanto a participação como o entendimento e a assimilação dos conteúdos.

Palavras-chave: Saúde – Meio ambiente – Agrotóxicos – Mapa conceitual

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público:

Alunos do 8°ano do Ensino Fundamental

APRESENTAÇÃO

A prática de ensino na disciplina de Ciências necessita incorporar temáticas

próximas à realidade do educando, como forma de oportunizar uma relação com os

conteúdos científicos que poderão resultar em uma aprendizagem mais consistente,

havendo a condição dos alunos exporem os saberes que já dominam, tendo uma

atuação mais participativa na construção do seu próprio aprendizado.

Considerando essa perspectiva, a presente produção didático-pedagógica,

em forma de unidade didática, indica formas de abordagem do tema “Uso de

agrotóxicos na cultura do fumo e seus impactos no corpo humano e no meio

ambiente”, pautado no uso dos mapas conceituais, como forma de colaborar para

que o estudante tenha melhores condições de aprender os conteúdos enfocados.

O uso dos mapas conceituais contribui para que o conhecimento, no processo

de ensino, possa ser detectado, organizado e representado, permitindo que o aluno

tenha uma perspectiva mais relevante acerca do que está aprendendo.

Com isso, haverá uma interação maior com o conteúdo, como também uma

participação mais efetiva do aprendiz no decurso do seu desenvolvimento.

1. INTRODUÇÃO

O Ensino de Ciências, no Ensino Fundamental, necessita incorporar a

abordagem de temáticas próximas a realidade do educando, como forma de

propiciar ao aprendiz a condição de assimilar os conteúdos de forma consciente,

compreendendo tanto seu enunciado como o seu alcance no ambiente natural

(PARANÁ, 2008).

Essa incorporação propicia que o aluno reflita sobre as implicações sociais do

conhecimento científico, tendo condições de perceber a sua relevância e incorporá-

los ao seu repertório de saberes (ZUANON, 2011).

Considera-se, mediante essa incorporação, de que se pretende proporcionar

ao aluno um Ensino de Ciências que favoreça uma análise crítica sobre o que está

sendo ensinado, resultando em um direcionamento que permitirá conciliar a teoria

científica com a sua realidade, proporcionando um aprendizado contextualizado

(PARANÁ, 2008).

O processo de Ensino de Ciências com a abordagem de temas próximos ao

aluno e do meio social busca conciliar o conhecimento científico com a realidade

dele, para que o significado do conteúdo abordado seja entendido no decurso do

processo de ensino-aprendizagem.

Essa perspectiva se baseia na determinação constante na Lei n. 9.394/1996

(BRASIL, 1996, p. 6), onde se estabelece, entre os princípios para a educação

básica: “Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...]

XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais”. Ao

destacar as práticas sociais, o docente, no Ensino de Ciências, necessita

contextualizar os conteúdos para que os educandos percebam sua relevância e sua

aplicação no meio social, fazendo com que tenham uma maior compreensão acerca

de seus significados.

O estabelecimento da relação entre a realidade com o conhecimento

científico estimula o aluno a ter uma postura mais ativa para compreender melhor

tanto o significado do conteúdo como também da situação cotidiana abordada,

contribuindo para sua aprendizagem. Esse posicionamento é reconhecido por

Jardim e Blanch, ao exporem que:

O uso de situações da realidade, que permitem relacionar os conceitos estudados com a vida cotidiana, pode auxiliar no processo de aprendizagem, já que coloca o aluno como agente do processo e isso pode predispô-lo a relacionar de maneira substantiva o novo material com sua

estrutura cognitiva. (JARDIM e BLANCH, 2002, p.103).

A realidade é uma matéria-prima rica, à qual os conhecimentos científicos

estão incorporados, possibilitando que o aluno identifique a aplicabilidade do que lhe

é apresentado em sala de aula, resultando em uma interação entre a teoria e a

prática. Dessa forma, fundamenta-se uma assimilação pertinente do conteúdo

absorvido, no sentido de compreensão do fenômeno ou evento que o saber

científico decodifica.

Gaspar (2005, p. 16) relata que, ao abordar aspectos relacionados a

realidade, o docente consegue destacar “[...] as influências do desenvolvimento da

Ciência no cotidiano com o intuito de formar cidadãos capazes de ler, interpretar e

pensar sobre seu mundo”.

Se, porém, a postura do ensino basear-se em rotina nas aulas, em repetição

monótona de atividades e às vezes sem sentido, bem como na obrigatoriedade das

carteiras em filas nas salas de aulas, far-se-á com que a criança se depare com um

ambiente diferente daquele ao qual está acostumada.

O ensino pode ser um processo prazeroso, fazendo com que os alunos

adotem uma postura favorável à participação, que é um componente relevante para

que a compreensão do significado do conteúdo abordado possa ocorrer, evitando

que ocorra somente a memorização, mas sim a compreensão do que está sendo

memorizado.

Nessa perspectiva, o aluno passa a ter uma maior possibilidade de

empregar o conhecimento adquirido no processo educativo em diversas situações,

não se limitando ao ambiente escolar, permitindo ao educando, no entender de

Aurer:

[...] enfrentar os imprevistos, o inesperado, a incerteza, e modificar seu desenvolvimento em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo. É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a um arquipélago de certezas. (AURER, 2003, p. 169)

Mediante essa percepção, por meio dessa unidade didática, há a intenção de

contribuir com os docentes da disciplina de Ciências para a abordagem do tema

saúde humana e preservação ambiental, tendo como referencial temático o uso de

agrotóxicos na cultura de fumo, considerando como principal referencial os mapas

conceituais.

Esse tema foi escolhido para mostrar que o Ensino de Ciências pode auxiliar

os produtores de fumo a melhor compreenderem o impacto do uso dos agrotóxicos

em seu organismo, uma vez que o fumo demanda altas doses para evitar a

incidência de insetos e pragas.

Nesse sentido, o processo de ensino engloba a saúde humana e o meio

ambiente, contribuindo para que o aluno desenvolva um pensamento autônomo

acerca do que está sendo abordado, fazendo com que o Ensino de Ciências seja

relevante no seu processo de aprendizagem, empregando os mapas conceituais

para estabelecer relações entre o conhecimento da disciplina com o saber que este

já possui das suas interações sociais.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta unidade didática terá como base a Teoria da Aprendizagem Significativa,

elaborada por Ausubel, tendo como principal referencial o emprego dos mapas

conceituais na abordagem do tema selecionado.

2.1 A Aprendizagem Significativa e o Uso dos Mapas Conceituais no Ensino de

Ciências

O Ensino de Ciências é caracterizado pela intencionalidade de propiciar ao

aluno a compreensão de conteúdos e conceitos científicos, para que possa

empregá-los na percepção crítica da realidade social que o circunda.

Para Arruda, Branquinho e Bueno:

Aprender Ciências é aprender uma forma de pensar que deve contribuir para ampliar nossa capacidade de ter uma visão crítica acerca da realidade que vivemos. [...] deve ajudar o aluno a compreender conceitos científicos e a estabelecer relações entre estes e o mundo em que vive. (ARRUDA, BRANQUINHO e BUENO, 2006, p. 117).

O aprendizado em Ciências é favorecido pela contextualização dos conteúdos

com a realidade em que o estudante está inserido, podendo estabelecer relações

que oportunizam a assimilação do conteúdo abordado, fazendo com que este

compreenda que o saber científico é relevante para seu desenvolvimento intelectual

e social.

O estabelecimento de relações é importante para que o docente auxilie o

aluno a superar “[...] a ideia reducionista da Ciência como transmissão de conceitos,

porque essa perspectiva desconsidera os aspectos históricos, culturais, éticos,

políticos, sociais, tecnológicos, entre outros que marcam o desenvolvimento

científico” (PARANÁ, 2008, p. 61).

O Ensino de Ciências pode ressaltar para o estudante que os conceitos

científicos advém da necessidade do ser humano em decodificar e compreender os

fenômenos naturais que ocorrem ao seu redor, assim como produzir bases

científicas para apoiar o progresso científico, social e tecnológico.

A Ciência passa a ser identificada como uma produtora de conhecimentos,

expandindo a percepção humana, sendo que tais saberes não representam

verdades absolutas, mas que podem ser modificadas conforme o avanço científico

existente na sociedade.

Essa condição ressalta que a Ciência é dinâmica, pautada, na concepção de

Jardim (2002), de que a pesquisa é fundamental para que se comprove a validade e

a aplicabilidade do conhecimento científico, que tende a ser revisto como forma de

caracterizar sua importância ou sua revisão quando houver necessidade.

Ao estabelecer essa percepção no Ensino de Ciências, estimula o educando

a ter uma relação mais profícua com o conhecimento científico, oportunizando um

nível maior de assimilação de seu significado, originando a aprendizagem

significativa.

No entendimento de Pelizzari et Al., a aprendizagem é significativa quando:

[...] o novo conteúdo é incorporado às estruturas do conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de

associações arbitrárias na estrutura cognitiva. (PELIZZARI et Al., 2002, p. 37).

A interação do conteúdo científico com o conhecimento prévio do aluno, no

Ensino de Ciências, pretende oportunizar ao educando o acesso a um processo de

ensino que possibilite uma análise crítica sobre o que está sendo ensinado,

resultando em um direcionamento que permite conciliar a teoria científica com a sua

realidade, proporcionando uma aprendizagem significativa.

Essa conciliação é importante para que o aprendiz atribua significados ao

conteúdo abordado, sendo que “A aprendizagem significativa no Ensino de Ciências

implica no entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos

escolares quando lhes atribui significado” (PARANÁ, 2008, p. 62).

Nesse cenário, a abordagem do conhecimento científico no âmbito escolar

não pode ser desvinculada da realidade do aluno, para que não seja compreendido

somente como algo abstrato, distante do cotidiano, o que pode inviabilizar uma

interação maior com os conteúdos de Ciências, comprometendo a possibilidade de

aprendizagem significativa.

Cabe ressaltar que um dos principais expoentes da aprendizagem

significativa foi David Ausubel que percebeu, segundo Zuanon (2011) que o

conhecimento prévio do aluno é um fator que influencia no seu aprendizado, sendo

que, ao relacioná-lo com o saber científico, no Ensino de Ciências, oportuniza a

compreensão e assimilação deste saber.

Para que ocorra a aprendizagem significativa, é importante que o docente

estabeleça uma prática pedagógica mais dinâmica, incorporando recursos didáticos

que contribuam para que o educando possa ter uma relação mais significativa com o

conteúdo científico, podendo assimilá-lo de forma plena no Ensino de Ciências.

Entre esses recursos, o mapa conceitual pode ser destacado, pelo fato de

ser, segundo Mateus e Costa:

[...] uma ferramenta de significativa relevância para o processo de aprendizagem, pois quando utilizada de forma participativa e contextualizada pelo docente, gera um feedback, onde o indivíduo integra conhecimentos de uma determinada área de conhecimento e no processo de reflexão sobre sua própria estrutura cognitiva. (MATEUS e COSTA, 2009, p. 4).

O feedback é um importante retorno para que o professor possa aprimorar

sua prática docente no Ensino de Ciências, incorporando a avaliação efetivada pelos

educandos para que o processo de ensino desenvolvido possa proporcionar a

aprendizagem significativa.

No tocante ao mapa conceitual, eles são considerados diagramas

hierárquicos com a intencionalidade de propiciar a organização conceitual do

conteúdo abordado pelo docente. Tavares conceitua o mapa conceitual nos

seguintes termos:

O mapa conceitual é uma estrutura esquemática para representar um conjunto de conceitos imersos numa rede de proposições. Ele é considerado como um estruturador do conhecimento, na medida em que permite mostrar como o conhecimento sobre determinado assunto está organizado na estrutura cognitiva de seu autor, que pode visualizar e analisar sua profundidade e a extensão (TAVARES, 2007, p. 72).

O mapa conceitual, quando utilizado pelo educando, permite que este possa ir

compreendendo, gradativamente, o tema abordado, detectando suas dificuldades

como também a necessidade de intervenção do docente para que haja maior

esclarecimento em relação às dúvidas suscitadas no decurso do processo. Para o

professor, o mapa conceitual pode servir como recurso avaliativo, identificando a sua

condição de instrumento de feedback acerca do desenvolvimento do processo de

ensino-aprendizagem.

O emprego desse recurso didático é relevante para que o docente não adote

uma postura de acomodamento no processo educativo no Ensino de Ciências, por

considerar que o simples repasse de conteúdo é suficiente para o desenvolvimento

educativo do aluno. Quando se tem como meta a aprendizagem significativa, o

professor deve ter a percepção de que é preciso destacar para os estudantes que os

conhecimentos científicos são a base para a compreensão do mundo, por

colaborarem no desenvolvimento da consciência crítica, não havendo como

estabelecer uma prática pedagógica consistente no Ensino de Ciências quando se

limita a vivência educativa dos alunos à mera memorização de fórmulas, conceitos e

equações.

A incorporação dos saberes dos alunos advindos de sua realidade social, na

concepção de Ausubel (apud MATEUS e COSTA, 2009) é relevante para superar a

aprendizagem mecânica, uma vez que a realidade é uma matéria-prima rica, à qual

os conhecimentos científicos estão incorporados, possibilitando que o aluno

identifique a aplicabilidade do que está estudando, resultando em uma interação

entre a teoria e a prática, que fundamenta uma assimilação pertinente do que está

sendo estudado, no sentido de compreensão do fenômeno ou evento que o saber

científico decodifica, condição propiciada pelo uso do mapa conceitual.

O emprego desse mapa mobiliza os saberes dos alunos, fazendo com que o

conteúdo não seja percebido como algo distante da realidade, mas que tem

condições de ser contextualizado a partir de percepções que estes já dominam, o

que favorece o aprendizado.

Nesse sentido, o processo docente não pode abordar o conteúdo de forma

literal e arbitrária, pelo fato de tais características não permitir que o “[...] estudante

construa seu próprio modelo mental, sua própria rede de relações conceituais sobre

o conhecimento científico escolar” (PARANÁ, 2008, p. 62).

A valorização do saber do aluno no Ensino de Ciências representa um

estímulo ao aprendizado, no sentido de demonstrar que tais saberes estão atrelados

à realidade social vigente e que proporcionam ao ser humano descobrir o significado

de inúmeras situações que vivencia no seu cotidiano.

Para Moreira (2012, p. 8-9), os mapas conceituais “[...] são instrumentos que

podem levar a profundas modificações na maneira de ensinar, de avaliar e de

aprender. Procuram promover a aprendizagem significativa”. Ao atentar para a

aprendizagem significativa, os mapas conceituais (exemplo Figura 1) tornam-se

importantes instrumentos para favorecer o processo de Ensino de Ciências.

Figura 1: Mapa conceitual no formato diagrama em árvore

Fonte: Elaborado pela Autora

A atuação docente, no Ensino de Ciências, com o emprego dos mapas

conceituais, pode auxiliar o aluno a ter uma interação maior com conteúdos como o

corpo humano e o meio ambiente.

2.2 O Corpo Humano e Meio Ambiente como Conteúdos no Ensino de Ciências

No Ensino de Ciências, a abordagem do tema corpo humano estimula o

educando a expandir os conhecimentos acerca do seu próprio organismo,

envolvendo temáticas correlatas, como anatomia, doenças e prevenções, hábitos

saudáveis e sexualidade.

A importância da abordagem desse tema em Ciências decorre, no

entendimento de Oliveira (2011, p. 13), por ser “[...] fundamental para a construção

PROFESSOR DE CIÊNCIAS

DESENVOLVE A PRÁTICA DE ENSINO

COM A INTENÇÃO DE

OPORTUNIZAR A APRENDIZAGEM DO

ESTUDANTE

APRENDIZADO DOS CONTEÚDOS DE

CIÊNCIAS

VALORIZANDO OS SABERES DO

ALUNO

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

do cidadão. Saber e conhecer a própria anatomia é algo universal e deve estar

presente na bagagem cognitiva de qualquer pessoa”.

O estudo do corpo humano em Ciências propicia abordagens distintas para a

compreensão do seu funcionamento e da sua condição no meio social, que envolve,

por exemplo, a saúde, como uma temática pertinente pelo fato de pontuar condutas

que podem ser adotadas no cotidiano para que o organismo possa se manter

saudável.

O enfoque em saúde na abordagem do tema corpo humano, considerando a

intencionalidade da aprendizagem significativa, pode resultar, no Ensino de

Ciências, em uma influência positiva para que o educando tenha a consciência da

necessidade de cultivar hábitos saudáveis para conferir maior proteção ao seu

organismo.

No Ensino de Ciências, a aprendizagem sobre o corpo humano, na

perspectiva da saúde, deve “[...] promover mudança no comportamento do aluno,

tornando-o consciente de que é necessário à conservação da saúde. [...] a

aprendizagem significativa pode capacitar o educando a alterar hábitos e

comportamentos que possam prejudicar seu organismo” (LOPES, 2002, p. 18).

A aprendizagem significativa, no âmbito do corpo humano, permite que o

estudante tenha uma noção maior acerca das suas principais características, como

também das estratégias que propicia a manutenção de um organismo equilibrado e

saudável.

Expande-se a análise do corpo humano nesse contexto, considerando as

influências que este recebe do meio em que está inserido, bem como os efeitos que

pode ocasionar na saúde. A aprendizagem significativa passa a ser entendida como

a obtenção de “[...] uma nova compreensão do corpo humano e da saúde,

considerando-os a partir do que o bem estar da pessoa é influenciado pela interação

de fatores relativos ao indivíduo e a comunidade, inseridos em um ambiente que

proporciona de bem estar não apenas físico, mas também social e cultural”

(MONROE, et al 2013, p. 11).

A partir da interação entre os temas “corpo humano e saúde”, é possível ao

docente estabelecer uma prática integrada, aproveitando os saberes que os alunos

já possuem para contextualizar o conteúdo, tendo condições de influir na sua

conduta, sobretudo na aquisição de hábitos quando estes reconhecem a importância

para a manutenção de um organismo saudável.

Há também a possibilidade do professor abordar o meio ambiente, uma vez

que o espaço onde o ser humano está inserido exerce alguma influência no seu

organismo como também a ação humana ocasiona transformações no ambiente

natural onde está inserido.

A concepção de meio ambiente, no Ensino de Ciências, está atrelado a

perspectiva da preservação ambiental, uma vez que a ação humana, ao longo do

tempo, resultou na degradação deste meio, colocando em risco a vida de várias

espécies que comungam o mesmo espaço, como também dos recursos naturais que

são relevantes para sua própria sobrevivência (GOBARA, et al, 1996).

A abordagem do meio ambiente tem, no Ensino de Ciências, além do próprio

significado da preservação ambiental, de destacar o sentido da ação humana no

meio ambiente e os resultados que produz, sobretudo no comprometimento do

equilíbrio ambiental e, em consequência, na qualidade de vida do ser humano.

Na aprendizagem significativa, o docente consegue a englobar o próprio

sentido da intervenção humana no meio ambiente, revelando claramente que os

valores que norteiam sua atuação social, no que se refere ao relacionamento que

estabelece com a natureza, é que determina a qualidade de vida existente na

sociedade, uma vez que os recursos naturais, como a água, o solo e o ar são

essenciais para a vida (CARRARO, 1997).

O bem estar do ser humano passa, necessariamente, pela questão ambiental,

uma vez que a forma com que o indivíduo explora o meio ambiente acaba sendo

determinante na manutenção de um ambiente propício ao desenvolvimento humano.

Por essa percepção, a conexão entre o corpo humano e o meio ambiente no

Ensino de Ciências é relevante, propiciando a abordagem de temas como o

agrotóxico, que compromete a integridade de ambos.

2.3 O Impacto dos Agrotóxicos na Saúde Humana e no Meio Ambiente

Um aspecto que suscita a atenção dos produtores agropastoris, mesmo os da

agricultura familiar é o controle de pragas e doenças nas culturas. Ao longo do

século XX, os produtos mais empregados para esse controle são os agrotóxicos

que, conforme pontua Carraro (1997, p. 45), possuem o “[...] de controlar ou eliminar

as pragas e as doenças que prejudicam a qualidade dos produtos, reduzindo a

produção, causando prejuízos ao agricultor”.

Os agrotóxicos foram incorporados ao processo produtivo agropastoril, com

maior intensidade em meados de 1970, sendo empregados como um elemento

capaz de controlar as pragas que infestavam as culturas. Esse emprego foi feito de

forma indiscriminada, incorporada na concepção de Revolução Verde, onde os

insumos químicos eram importantes para elevar os níveis de produtividade.

Em relação a essa situação, é importante destacar que:

O uso dos agrotóxicos no Brasil e no mundo começou a ser intensificado a partir das décadas de 60 e 70, com a chamada revolução verde. A revolução verde foi um processo de mudança da política agrícola no país implementado a partir da segunda guerra mundial. Com um falso discurso de modernização do campo, esse processo incentivou a prática de monocultivos, o uso de sementes geneticamente modificadas, a forte mecanização do campo e o uso dos pacotes agroquímicos (MPA, 2012, p. 2).

Nos pacotes agroquímicos, os agrotóxicos possuíam, em sua composição,

produtos químicos empregados na 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945) com a

intenção de proteger os soldados contra pragas de piolhos, carrapatos e outros

parasitas que transportavam micróbios causadores de doenças.

Com o intuito de desenvolver a agricultura no país, o governo brasileiro, na

década de 1970, incentivava o uso desses produtos, incorporando como um pré-

requisito para a concessão de crédito para o plantio. Meldau (2013, p. 2) relata que:

“Essa atitude resultou somente em uma contaminação ambiental, sem extermínio da

fome. No ano de 1970, diversas fábricas mundiais foram transferidas para o Brasil,

país englobado entre os 5 maiores consumidores de agrotóxicos do mundo”.

Nesse contexto, no Brasil, houve a expansão da monocultura, como a soja e

o milho, que demandam uma quantidade significativa de agrotóxicos para controlar a

infestação de pragas e insetos, fazendo com que tais produtos se tornassem

referenciais no âmbito agropastoril.

Ortiz (2013, p. 2) relata que: “[... enquanto nos últimos dez anos o mercado

mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o brasileiro aumentou 190%, revelando que

seu emprego no campo mantém índices constantes de crescimento”.

Contudo, ao longo do tempo, foram sendo detectados os efeitos nocivos dos

agrotóxicos para o meio ambiente e para a saúde dos seres humanos. Um dos

primeiros efeitos nocivos acerca do seu uso foi o fato do surgimento de resistência

aos seus compostos químicos das pragas, insetos e doenças, demandando o uso de

doses mais significativas, com um nível maior de toxicidade para propiciar o controle

destes fatores.

Em relação a essa situação, Assis relata que:

Podem também provocar o aumento das pragas ao invés de combatê-las, pois na medida em que se usam insumos químicos as pragas tornam-se mais resistentes, necessitando de agrotóxico cada vez mais forte, desse modo, agredindo ainda mais o ambiente dizimando até os próprios predadores naturais das pragas. (ASSIS, 2013, p. 2)

Mediante essa percepção, os agrotóxicos foram revelando, no decurso do seu

uso, efeitos colaterais significativos, oriundos dos produtos químicos empregados na

sua composição, que não são passíveis de controle, devido ao seu emprego em

larga escala nas grandes plantações.

Essa utilização em larga escala resultou na exposição do ser humano a

comprometimentos sérios de saúde, resultando no surgimento de doenças crônicas,

quase sempre fatais.

Meldau relata que:

Os agrotóxicos têm feito vítimas fatais, além de provocar aborto, malformação fetal, suicídios, câncer, dermatose, entre outras doenças. De acordo com a OMS, ocorrem 20.000 óbitos/ano devido à manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas, nos países em desenvolvimento, como o Brasil (MELDAU, 2013, p. 2)

Tal condição deriva do fato de, até meados da década de 1980, haver pouca

informação acerca dos riscos de contaminação envolvendo os agrotóxicos, fazendo

com que os trabalhadores rurais atuassem sem qualquer tipo de proteção, sendo

expostos por períodos prolongados aos componentes tóxicos de sua composição,

fazendo que, ao longo dos anos, tivessem sua saúde totalmente comprometida.

Os consumidores também são afetados pelos efeitos dos agrotóxicos,

condição advinda do fato dos alimentos serem contaminados com resíduos destes

produtos químicos. Ortiz (2013, p. 2) indica que “[...] o consumo prolongado de

alimentos contaminados por agrotóxico ao longo de 20 anos pode provocar doenças

como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e

mentais”.

Os efeitos para o meio ambiente também são nefastos, resultando em

contaminação de nascentes, poluição de rios, erosão de solos e desertificação,

intoxicação da fauna e da flora. Devido a tais efeitos, a legislação passou a

contemplar os agrotóxicos, principalmente pelo reconhecimento da sua condição de

afetar a vida humana e o meio ambiente.

A abordagem do uso de agrotóxicos e o impacto no organismo humano e no

meio ambiente, no Ensino de Ciências, é relevante, principalmente em municípios de

pequeno porte, onde a agricultura familiar é uma das principais atividades

econômicas, que acaba envolvendo até crianças e adolescentes na realização das

tarefas nas propriedades rurais (CARRARO, 1997).

O material didático tem como intuito o desenvolvimento de uma prática

docente no Ensino de Ciências em consonância com a concepção de aprendizagem

significativa, estruturado de forma a atender a oportunizar ao educando uma

interação maior com o conteúdo, favorecendo a sua compreensão bem como a sua

assimilação.

Nesse sentido, na abordagem do tema “Uso de agrotóxicos na cultura do

fumo e seus impactos no corpo humano e meio ambiente” serão empregadas

atividades diversificadas com recursos pedagógicos diferenciados, com a intenção

de oportunizar aos educandos identificarem a relevância deste assunto, como

também terem aprendizagens que impactarão nas suas vivências sociais.

As atividades propostas, por serem sugestões, podem ser modificadas ou

adaptadas, considerando à realidade vivenciada pelos educandos ou incorporando

temáticas que estes podem pontuar ao longo do processo de ensino, o que tende a

enriquecer ainda mais a prática docente desenvolvida.

3. AMBIENTE: SALA DE AULA

A atividade inicial será a realização do pré-teste, com a intenção de identificar

os conhecimentos prévios que os alunos já possuem em relação ao tema a ser

abordado. Essa identificação é relevante para que o docente possa aquilatar o

conhecimento do educando no decurso do desenvolvimento das demais atividades,

oportunizando a verificação se a aprendizagem se consolidou ao longo da efetivação

da proposta, com a aplicação ao final dos trabalhos do pós-teste com as mesmas

questões do pré-teste.

É importante que o docente não se atenha apenas a realização de uma

avaliação escrita, mas que também estabeleça a socialização dos conhecimentos

dos educandos, para que oportunize um intercâmbio de experiências entre os

mesmos, favorecendo a conexão dos conteúdos a serem abordados com situações

práticas do cotidiano.

Cabe ressaltar que Ausubel (apud FERNANDES, 2011) considerava o

conhecimento prévio do aluno como um importante referencial para a aprendizagem

significativa, cabendo ao docente estimulá-lo a expressar em sala de aula, para que

possa orientar sua prática bem como oportunizar a interação com os demais

educandos. Sendo assim, há a oportunidade de estabelecer um vínculo entre o

saber científico e a realidade, realçando que o aprendizado dos conteúdos de

Ciências é de grande importância para o aluno.

O pré-teste e a socialização do conhecimento relativo ao tema enfocado pode

ter a duração de até 02 aulas.

3.1 Atividade 1

pré-teste

1) A função do sistema respiratório é:

a) ( ) Bombear sangue para o organismo

b) ( ) Transportar nutrientes para o organismo

c) ( ) Processar os alimentos e transformá-los em nutrientes

d) ( ) Ajustar o organismo ao ambiente

e) ( ) Captar oxigênio e eliminar gás carbônico

Resposta: E

2) São componentes do sistema respiratório:

a) ( ) Fossas nasais, faringe, laringe, estômago, rins

b) ( ) Traqueia, brônquios, pulmões, intestino, vesícula

c) ( ) Fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, pulmões

d) ( ) Coração, cérebro, pâncreas e rins

e) ( ) Fossas nasais, faringe, coração, traqueia, brônquios, estômago, pulmões

Resposta: C

3) Observando a figura, indique as respostas corretas:

Fonte: http://www.overmundo.com.br/banco/ar-puro-1

Sugestão:

pré-teste

a) ( ) As árvores absorvem gás carbônico e liberam oxigênio

b) ( ) O ar puro contribui para o bom funcionamento do sistema respiratório

c) ( ) O meio ambiente sem poluição é fundamental para a saúde do ser humano

d) ( ) O ser humano não depende do meio ambiente para viver

e) ( ) As árvores melhoram a qualidade do ar

Resposta: a, b, c, e.

4) Baseado em seu conhecimento observe as imagens e ao lado faça observações

sobre o que você lembra ao visualizá-la.

Fonte: http://ecoblogconsciencia.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html

Fonte: http://www.agrolink.com.br/noticias/29--dos-alimentos-analisados-contem-agrotoxicos-fora-do-permitido_174781.html

Observações: _____________________________

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Observações: _______________________

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Fonte: http://www.embalagemmarca.com.br/2011/07/embalagens-de-agrotoxicos-biologicos-nao-precisam-mais-apresentar-simbolo-de-caveira/

Fonte:http://www.equipaminas.com.br/loja.phtml?f=1&cprod=119&sess=5a3610d64f717045bb64185e4faa6627

Fonte: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/2011/04/o-dia-da-terra-visto-pelos-chargistas.html

Observações: ______________________________________

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Observações: __________________________________

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Observações: ____________________________

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Fonte: http://blogdocetab.blogspot.com.br/2010/11/sistema-respiratorio.html

5) Descreva a sua opinião acerca da imagem:

Fonte: http://abhpopular.com.br/?p=440

6) Considerando a charge, elabore um texto envolvendo as seguintes questões:

Fonte: http://blogdoparrini.blogspot.com.br/2012/05/bomba-brasil-e-campeao-em-alimentos.html

Opinião:

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Observações: ________________________________

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a) Por que o agrotóxico é aplicado nas

plantações?

b) Quais os efeitos que os agrotóxicos

podem provocar nos alimentos?

c) Os alimentos intoxicados por agrotóxicos

ocasionam que danos no organismo

humano?

7) Complete o texto com as palavras em destaque:

Agrotóxicos são produtos ______________ utilizados na agricultura. São

substâncias destinadas a impedir a ação ou matar diretamente insetos, ácaros,

roedores, ervas ________________. Seu uso inadequado coloca em risco à

__________ humana, como também provoca sérios danos ao ________________.

Para evitar esses riscos, é importante que o agricultor leia o ______________ do

produto, que apresenta medidas de segurança para o seu uso, como também indica

as ______________ corretas e a aplicação deve ser feita com equipamentos

individuais de ______________.

Resposta: Químicos. Daninhas. Saúde. Meio ambiente. Rótulo. Dosagens. Segurança.

A escolha pela produção textual em algumas questões decorre da importância

do incentivo do aluno em elaborar textos escritos expondo suas percepções acerca

dos assuntos a serem enfocados. Cabe ressaltar que os assuntos selecionados são

de conhecimento do educando, por terem sido estudados nas séries anteriores.

A produção textual em Ciências representa uma forma do educando

expressar suas percepções, constituindo-se em um recurso que acaba

oportunizando ao docente detectar seu nível de desenvolvimento, os saberes

assimilados no âmbito social passíveis de relação com o tema enfocado e a forma

com que os conteúdos são entendidos.

Souza e Almeida (2005, p. 368) ponderam que a produção textual representa

a “[...] possibilidade de expressão do pensamento dos alunos, sem nos restringirmos

a pensá-la apenas como atividade que pode contribuir para a formação de conceitos

científicos pelos estudantes”. Nesse contexto, após a confecção dos textos, os

alunos interessados poderão socializá-los, permitindo ao docente efetivar as

primeiras intervenções acerca do tema, como também possibilitando que os

educandos, por meio de suas experiências, possam ir elaborando seus

conhecimentos de modo constante e significativo.

Rótulo

Dosagens

Meio ambiente Daninhas Segurança

Químicos Saúde

A reflexão acerca dos efeitos do uso dos agrotóxicos no corpo humano

iniciará com a abordagem do sistema respiratório, que é o mais afetado pela

intoxicação oriunda destes produtos químicos.

Na sequência, sugere-se a exibição de um vídeo sobre o sistema respiratório,

com duração de 7min.13seg. O vídeo é acessado no seguinte endereço eletrônico:

http://www.youtube.com/watch?v=sQU4LVJr7TI. Após o término do vídeo, deverá

ser aberto um espaço para os estudantes esclarecerem suas dúvidas.

A atividade poderá ser desenvolvida em grupo de 03 (três) alunos e o material

distribuído pela docente. Os materiais utilizados são canudos de refrigerante, rolha,

garrafa PET, balões pequenos e balões grandes.

O modelo de sistema respiratório a ser construído é representado na Figura 2:

Figura 2 – Modelo de Sistema Respiratório

Fonte: http://jobspapa.com/imagenes-sistema-respiratorio-kootation.html

Na Figura 2, o balão pequeno representa o pulmão; o balão maior, o músculo

diafragma; o canudinho, as vias aéreas; e a garrafa PET, a caixa torácica.

3.2 Atividade 2

Construção do sistema respiratório

Para finalizar essa atividade, os alunos deverão coletar no laboratório de

informática informações acerca do sistema respiratório, em especial, dos efeitos

provocados neste sistema pela intoxicação por produtos químicos.

A duração dessa atividade pode ser de até 4 aulas.

O conhecimento prévio do sistema respiratório oportuniza a abordagem do

uso de agrotóxico considerando seus efeitos nocivos no organismo. Contudo, é

importante que o educando perceba que seu uso adequado atende às necessidades

existentes no cultivo de plantas, como o fumo, sobretudo para controle de insetos,

fungos e ervas daninhas.

Ao apresentar essa dualidade (possibilidade de dano à saúde x uso na

agricultura), o docente pode ressaltar que o conhecimento científico é determinante

para que o ser humano possa ter noção dos efeitos que os produtos químicos

podem causar. A partir dessa percepção, pode tomar as precauções necessárias

para minimizar os riscos, identificando que o conhecimento é um fator que influi na

conduta humana.

Professores: antes da sessão de vídeo o professor deverá instigar os alunos sobre questões pertinentes ao assunto e as situações que vivenciam no seu cotidiano, como o uso dos agrotóxicos por seus familiares, parentes ou pessoas próximas, sobretudo das medidas de segurança que utilizam para evitar contaminações e riscos à saúde.

3.3 Atividade 3

Uso de agrotóxico na agricultura

Nesse sentido, a atividade envolverá o uso do vídeo “Uso correto e seguro de

defensivos agrícolas”, com duração de 13 min.48seg. O endereço eletrônico do

vídeo é: http://www.youtube.com/watch?v=34KyBksAHto.

Após a exibição do vídeo, realizar uma mesa redonda sobre o assunto com os

alunos para servir de base, da etapa seguinte, onde irão compor um mural, norteado

pelas seguintes questões:

a) De que forma os agrotóxicos devem ser adquiridos pelo produtor?

b) Quais os principais cuidados para a armazenagem dos agrotóxicos?

c) O que são EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) e qual a sua

importância para o agricultor?

d) Por que as crianças não podem manusear os defensivos agrícolas?

e) Qual a importância da leitura da bula e do rótulo do produto?

f) Qual a forma correta de descarte das embalagens do agrotóxico?

g) Seus familiares, parentes ou vizinhos utilizam de forma correta o

agrotóxico? Justifique.

Após a elaboração do mural, os alunos irão socializar com a comunidade

escolar, sendo que a docente intermediará este processo, sobretudo para que estes

exponham situações que ocorrem em seu cotidiano, identificando os riscos do uso

inadequado dos agrotóxicos.

Para verificar a aprendizagem, os alunos realizarão uma atividade de caça-

palavra, com o uso do seguinte texto:

Principais Equipamentos de Proteção

Individual- EPI's

o Avental ou roupas de proteção

o Luvas

o Proteção facial/ ocular

o Proteção respiratória

Fonte: UNIFAL (2013)

CAÇA-PALAVRAS

T A N O E N M V T R S S I O

A M L S A B R E E A B A M P

N S O U T R A S C F G A E P

T I B H T S T H N M A N A B

Q O N T R I A U O Y S A C V

U L N I O S N A L F H U C E

A P A I S T T N O F A I O N

R R A R I E E M G I A O M E

T O I E G M S I I G T L E N

O D N I G A A L A J A L R O

M U O Q U A R T S E R A S S

A T A V I A Y E B C E R R I

M O P R O D U T O S D O A C

I S S A L T O A O A F G L S

O B L R D I S T U R B I O S

D N S T A F G B N M A Q F D

S T A G R O T O X I C O S A

Os agrotóxicos já ocupam o quarto lugar no ranking de intoxicações, ficando

atrás apenas dos medicamentos, acidentes com animais peçonhentos e produtos de

limpeza. Essas fórmulas podem causar distúrbios neurológicos, respiratórios, cardíacos,

pulmonares e no sistema endócrino, ou seja, na produção de hormônios. No Brasil o

consumo de agrotóxicos cresce de forma correspondente ao avanço do modelo do

agronegócio, que concentra a terra e utiliza grande quantidade de venenos para

garantir a produção em escala industrial. Mas é possível mudar este modelo de

produção e reduzir o uso de agrotóxicos no país. Diversos estudos de empresas brasileiras

garantiram o desenvolvimento de novas tecnologias que proporcionam a correta

colocação do produto no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e com o

mínimo de contaminação de outras áreas.

Fonte: RODRIGUES (2011, p. 4)

Em seguida sugere-se utilizar a música “Herdeiros do Futuro” para estimular a

reflexão sobre a importância da preservação ambiental. Vídeo disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=JO-nzWf92rM.

Os estudantes deverão elaborar uma paródia da música, abordando o uso de

agrotóxicos, a saúde humana e a preservação do meio ambiente.

Na sequencia os alunos terão que elaborar uma encenação teatral com o

tema “Uso de EPI’s na aplicação de agrotóxicos. Serão constituídos 06 (seis) grupos

de alunos para a realização dessa atividade Para essa elaboração, poderão coletar

informações em livros e na WEB, fazendo uso da biblioteca e do laboratório de

informática, sendo encenada, inicialmente em sala de aula. Após a encenação, os

alunos escolherão uma peça a ser apresentada à comunidade escolar no final da

execução da unidade didática.

O mapa conceitual (exemplo Figura 3) é um importante instrumento de apoio

na prática docente, propiciando aos educandos estabelecerem relações entre os

conteúdos, oportunizando a aprendizagem significativa.

Seu emprego, após a contextualização inicial do tema, bem como o

aprofundamento em seus significados e sentidos, oportuniza aos educandos

identificarem o seu nível de compreensão sobre o assunto e os conteúdos, servindo

como recurso para expressar seu aprendizado.

Ausubel (apud MOREIRA; MASINE, 2002) considera que os mapas

conceituais permitem ao docente auferir o nível de aprendizagem do educando,

como também identificando conteúdos que não foram ainda totalmente

compreendidos, propiciando que a prática possa ser aprimorada, atendendo melhor

os anseios que estes apresentam.

3.4 Atividade 4

Mapa conceitual

Na abordagem do mapa conceitual, os alunos consultarão o site

http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/ que apresenta: conceituação,

utilização dos mapas conceituais na educação e exemplo de mapas conceituais.

Após a realização dessa pesquisa, a docente esclarecerá as dúvidas dos

educandos sobre os mapas conceituais.

Na sequência, será elaborado a primeira parte do mapa conceitual do projeto,

contemplando a saúde humana como no exemplo da Figura 3:

Figura 3: Mapa conceitual no formato diagrama em árvore sobre o sistema respiratório.

Fonte: http://cmapspublic3.ihmc.us/rid=1G4F7B0M7-12NHDG1-1714/Mapa%20de%20Conceitos%20-%20Sistema%20Respirat%C3%B3rio.cmap

Com o decurso das aulas, será incorporado no mapa conceitual o tema meio

ambiente.

A utilização inadequada dos agrotóxicos afeta também o meio ambiente,

ocasionando sérios danos ambientais que, além de afetar o ecossistema, também

compromete a saúde humana.

Nessa atividade, os alunos elaborarão charges opinando sobre o uso de

agrotóxicos e seus impactos no corpo humano e meio ambiente, tendo como

exemplos de charges as Figuras 4, 5 e 6:

Figura 4 – Exemplo de Charge I

Fonte: http://www.gamalivre.com.br/2012/11/agrotoxicos.html

Figura 5 – Exemplo de Charge II

Fonte: http://neovisao.blogspot.com.br/2012/06/campanha-quer-banir-no-brasil.html

3.5 Atividade 5

Efeitos do uso de agrotóxico no

meio ambiente

Figura 6 – Exemplo de Charge III

Fonte: http://amarildocharge.wordpress.com/2011/12/08/alimentos-saudaveis/

Sugerem-se ainda como variantes o uso de tirinhas ou historias em

quadrinhos, os quais farão parte de um mural com a intenção de que os educandos

montem uma cartilha de conscientização a ser apresentada à comunidade escolar.

Para a realização dessa atividade, será elaborada uma pesquisa no

laboratório de informática, para que os educandos coletem informações acerca do

uso de EPI’s (exemplo Figura 7), assim como assistir vídeos disponibilizados na

WEB, como:

- Agrotóxico – o veneno invisível: reportagem que trata do uso excessivo de

agrotóxico e as consequências que acarretou para agricultores da região Sudeste do

Paraná. Tempo de duração: 5min.38seg. Endereço eletrônico:

http://www.youtube.com/watch?v=39v_A98lT6M

- Uso de EPIs, tempo de duração 10 min. 20 seg. Endereço eletrônico:

http://www.youtube.com/watch?v=LcBUNGNwnEQ

- Campanha contra agrotóxicos e pela vida alerta sobre o uso indiscriminado;

reportagem que destaca o fato do Brasil registrar 5 mil casos de envenenamento por

agrotóxicos por anos. Tempo de duração: 3min.45min. Endereço eletrônico:

http://www.youtube.com/watch?v=o88-OrUnY2Q

- Campanha embalagens de agrotóxicos – Agricultura, tempo de duração 32

seg. Endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=roSF8BoA8T0

VESTIMENTAS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

De forma geral, é necessário o uso dos seguintes equipamentos de segurança:

- calças compridas de brim grosso e de cor clara:

- camisa de brim ou algodão, ou macacão de brim grosso, com mangas compridas e de cor clara:

- luvas de segurança; sapatos ou botas impermeáveis (as botas preferencialmente de PVC)

- proteção impermeável para a cabeça.

Itens complementares que devem ser acrescentados de acordo com as condições de trabalho:

- protetores faciais, óculos de segurança;

- aventais, peneiras e outros acessórios impermeáveis;

- respiradores com filtro adequado.

Figura 7 – Utilização dos EPI’s

Fonte: ANVISA (2013).

Com a intenção de aprofundar a aprendizagem acerca do uso dos

agrotóxicos, será elaborado um mapa conceitual pelos estudantes, sendo orientados

pela professora.

3.6 Atividade 6

Mapa conceitual: agrotóxicos

O mapa conceitual pode se pautar no seguinte modelo:

Fonte: Elaborado pela autora

Após a elaboração do mapa conceitual, será efetivada a apresentação por

parte dos alunos da sua produção.

AGROTÓXICO

IMPRUDÊNCIA

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

MAIOR LUCRO PARA O AGRICULTOR

USO CORRETO REDUZ O RISCO À SAÚDE HUMANA E AO MEIO AMBIENTE

USO DOS EPI’S

USO INCORRETO ELEVA O RISCO À SAÚDE HUMANA E AO MEIO AMBIENTE

CONTROLE DE PRAGAS

COLOCA EM RISCO À SAÚDE HUMANA: COMPROMETE O SISTEMA RESPIRATÓRIO

POLUI O MEIO AMBIENTE, A ÁGUA, O SOLO E ALIMENTOS

A atividade poderá ter início com uma palestra ministrada pelos enfermeiros

da Secretaria Municipal de Saúde de seu município, tendo como tema: “A saúde e o

uso dos agrotóxicos na cultura de fumo”. Haverá um enfoque também na

importância do uso dos EPI’s.

Paralelo à palestra, poderá ser montada uma sala ambiente com a produção

dos alunos ao longo do desenvolvimento do projeto, onde irão apresentar a

produção teatral, paródias, em especial, a cartilha destacando as medidas de

segurança necessárias para o uso de agrotóxicos na agricultura.

3.7 Atividade 7

Palestra e socialização

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização dos mapas conceituais no Ensino de Ciências procura oportunizar

aos educandos uma interação maior com os conteúdos, para que possa

compreendê-los, construindo sua aprendizagem.

Mateus e Costa pontuam que:

O Mapa Conceitual como recurso didático é um instrumento potencialmente significativo no Ensino de Ciências Naturais, podendo ser adaptado à qualquer área do conhecimento, desde que haja interesse dos docentes em inovar nas suas aulas com atividades dinâmicas que promovam aprendizagem significativa.( MATEUS e COSTA, 2009, p. 12)

O mapa conceitual está relacionado com a construção de significados, que

envolvem os saberes culturais e sociais que os educandos já possuem, permitindo

que estabeleçam uma postura favorável ao processo de ensino, por haver a

valorização de suas experiências.

Há também a intenção de estabelecer uma prática didática diferenciada,

evidenciando a importância da Ciência no cotidiano dos educandos, como também

contribuindo para que se sintam motivados a participarem nas aulas.

Com o emprego dos mapas conceituais, pautados em outros recursos, como

charges, construção de materiais e pesquisa na biblioteca e no laboratório de

informática, o professor tem a condição de ofertar a turma momentos de integração,

estimulando a participação, como forma de realçar que a aprendizagem na disciplina

de Ciências ocorre de maneira interativa, onde os conteúdos abordados podem ser

visualizados em um contexto mais amplo e expressivo.

Nesse sentido, é importante que haja o aproveitamento de temáticas próximas

à realidade do aluno, para que se mobilizem os conhecimentos que estes já

possuem, estabelecendo-se conexões com o conteúdo da disciplina, o que favorece

a aprendizagem.

Cabe ressaltar que a presente unidade didática apresenta sugestões de

encaminhamentos metodológicos que podem colaborar para que os docentes

possam abordar os conteúdos da disciplina de Ciência, sendo possível incorporar

outras atividades, para enriquecer ainda mais este processo.

Os mapas conceituais são exemplos de como podem ser elaborados, sendo

relevante que o professor oportunize aos estudantes elaborar eles a partir de suas

próprias perspectivas, como forma de relacionar o nível de aprendizado que

alcançaram ao longo do desenvolvimento do projeto, identificando sua condição de

instrumento avaliativo.

5. REFERÊNCIAS

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cartilha sobre agrotóxicos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9e0b790048bc49b0a4f 2af9a6e94f0d0/Cartilha.pdf?MOD=AJPERES> Acesso em outubro de 2013. ARRUDA, Ana Maria da Silva; BRANQUINHO, Fátima Teresa Braga; BUENO, Shirley Neves. Ciências no Ensino Fundamental. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. ASSIS, Katiane Maria Sales de. Agrotóxicos: a agressão a saúde humana e ao meio ambiente. Disponível em: <http://mundoorgnico.blogspot.com.br/2009/08/agrot oxicos-agressao-saude-humana-e-ao.html> Acesso em outubro de 2013. AUGUSTO, Danilo. Os danos do agrotóxico no meio ambiente. Disponível em: <http://www.radioagencianp.com.br/9573-Os-danos-dos-agrotoxicos-ao-meioambient e> Acesso em outubro de 2013. AULER, Décio. Alfabetização científico-tecnológica: um novo “paradigma”? Pesquisa em Educação em Ciências, vol. 5, nº 1, mar. 2003. BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Diário Oficial, 1996. CARRARO, Gilda. Agrotóxico e meio ambiente: uma proposta de ensino de Ciências e de Química. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1997. FERNANDES, Elisângela. David Ausubel e a aprendizagem significativa. Revista Nova Escola, ed. 248. São Paulo: Editora Abril, 2011. GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2005. GOBARA, Shirley Takeco; AYDOS, Maria Celina Recena; SANTOS, José Carlos Chaves dos; PRADO, Cynthia P. A. Prado; GALHARDO, Edvaldo Pereira. O ensino de Ciências sobre o enfoque da educação ambiental. Caderno de Ensino de Física, v. 9, n. 2, p. 171-182, agosto de 1996. JARDIM, Maria Inês de Affonseca; BLANCH, Régia M. Avancini. A compreensão da realidade através do conhecimento científico: concepções sobre a força e o movimento. Ensaios e Ciências, v. 6, n. 3, p. 87-104, 2002. LOPES, Thiago Tassinari. Cuidando do próprio corpo. Revista Nova Escola, ed. especial, agosto de 2002. MATEUS, Wagner de Deus; COSTA, Luana Monteira da. A utilização de mapas conceituais como recurso didático no ensino de Ciências Naturais. Revista Eletrônica de Ciências da Educação, v. 8, n. 2, novembro de 2009.

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