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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Ficha para Identificação da Produção Didático-Pedagógica PDE - Turma 2013

Título: Sensibilização de Estudantes do Curso Técnico em Enfermagem sobre o Processo de Amamentar

Autora: Solange Bubna Possetti

Disciplina/Área: Ensino Profissionalizante – Curso Técnico em Enfermagem

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.

Avenida Manoel Ribas, 500, Centro

Município da Escola: Jacarezinho

Núcleo Regional de Educação: Jacarezinho

Professora Orientadora: Me. Talita Vidotte Costa

Instituição de Ensino Superior: UENP – Campus de Bandeirantes

Resumo: Esta Unidade Temática foi elaborada com o intuito de sensibilizar e capacitar os estudantes do Curso Técnico em Enfermagem para que estes se tornem multiplicadores da prática da amamentação, promovendo, apoiando e incentivando as mulheres, gestantes e nutrizes, assim como toda a sociedade. O Aleitamento Materno é uma ação básica de saúde, natural, gratuita, que precisa ser resgatada, e para isso precisa de profissionais capacitados, treinados e atualizados, com habilidades técnicas, também na sua forma de comunicação, para que contribua efetivamente no atendimento integral à mulher, ao bebê e à família, colaborando com uma qualidade de vida melhor para todos.

Palavras-chave: Sensibilização; Aleitamento Materno; Técnico em Enfermagem

Formato do Material Didático: Unidade Temática

Público:

Alunos do 3º Semestre do Curso Técnico em Enfermagem

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÂO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

PROFESSORA ORIENTADORA: Me. Talita Vidotte Costa PROFESSORA PDE: Solange Bubna Possetti

UNIDADE TEMÁTICA

SENSIBILIZAÇÃO DE ESTUDANTES DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM SOBRE O PROCESSO DE AMAMENTAR

BANDEIRANTES 2013

Essa produção didática pedagógica, Unidade Temática, é parte

constituinte do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria

de Estado da Educação do Paraná (SEED), e tem por objetivo sensibilizar

professores e alunos do Curso Técnico em Enfermagem sobre o Aleitamento

Materno.

Esta proposta é fruto de uma intervenção escolar que tem por finalidade

desenvolver nos futuros profissionais de saúde a conscientização sobre a prática

do Aleitamento Materno, por meio de informações, indicações bibliográficas, sites

para pesquisas, debate e reflexões.

Saber reconhecer a importância do técnico de enfermagem sobre esta

prática possibilita o mesmo a desenvolver um olhar diferenciado sobre a

manutenção desta prática, bem como a tornar-se um incentivador de sua

permanência.

O Técnico em Enfermagem, como membro integrante da equipe de

saúde, precisa estar bem informado e atualizado sobre a prática do Aleitamento

Materno, para que possa com isso oferecer à nutriz, através de cuidados

integrais, o apoio que ela necessita nos momentos de insegurança e problemas

com a amamentação.

Os referenciais teóricos que compõem essa Unidade Temática estão

divididos em três capítulos, sendo o primeiro voltado ao Aleitamento Materno, o

segundo capítulo abordará sobre o Aconselhamento em Amamentação e no

terceiro será abordado o Papel da Enfermagem no Aleitamento Materno.

ALEITAMENTO MATERNO

1. ANATOMIA DA MAMA

O conhecimento da anatomia da mama é de suma importância para que

se compreenda a fisiologia da lactação.

As mamas entre as mulheres desempenham o papel importante na

nutrição e na sexualidade. Elas se localizam uma de cada lado do tórax, são

muito irrigadas e vascularizadas, principalmente pelas artérias mamárias internas

e externas e artérias intercostais, e variam de acordo com a idade, raça, forma,

tamanho e consistência, não interferindo na produção do leite (JALDIM;

SANTANA, 2001).

Cada mama é constituída de 10 a 15 lobos, que se subdividem em 20 a

40 lóbulos e cada lóbulo termina nos alvéolos ou ácinos (entre 10 a 100), que são

responsáveis pela produção do leite.

Assim os alvéolos podem ser constituídos de

[...] uma membrana basal e de uma ou duas camadas de células cilíndricas secretoras. Entre a membrana basal e as células secretoras existe uma camada de células achatadas, as células mioepiteliais, com função contrátil, que ao se contraírem, expulsam o leite para dentro e ao longo dos ductos menores, destes aos ductos principais, indo armazenarem-se nos seios lactíferos e exteriorizar-se através dos orifícios do mamilo. O mamilo, localizado na parte central da aréola, constituído de tecido erétil, sensível ao tato, é inervado pelo quarto nervo intercostal, em especial na base do mamilo, local de maiores estímulos proporcionados pelos lábios do bebê (JALDIM; SANTANA, 2001, p. 37).

A ilustração a seguir, mostra a anatomia interna da mama, reforçando o

conteúdo exposto.

Figura 1: Anatomia Interna da Mama Fonte: REGO, 2001, p. 37

A glândula mamária é revestida por um tecido célulo adiposo, menos o

mamilo e a aréola. Cada mama tem na sua porção apical o mamilo, localizado na

parte central da aréola (CASTRO; ARAUJO, 2006).

Esta contém glândulas sebáceas modificadas que durante a gravidez

formam os Tubérculos de Montgomery, que produzem secreção oleosa e

antisséptica, que lubrificam e protege o mamilo e a aréola na hora da sucção

(MELLO JÚNIOR; ROMUALDO, 2010).

O mamilo tem em sua base, uma inervação sensitiva, local onde o bebê

mais estimula a sucção, de suma importância, pois a sucção desencadeia a

liberação do leite (JALDIN; SANTANA, 2001).

De acordo com o Ministério da Saúde (2007) existem 3 tipos de mamilos,

o protuso (com bico saliente), o plano (com bico achatado) e o invertido (com bico

envolto para dentro).

Figura 2: Mamilo Protuso Figura 3: Mamilo Plano Figura 4: Mamilo Invertido Fonte: BRASIL, 2007

Os autores ainda enfatizam que nenhum tipo de bico impede a

amamentação, pois para fazer uma boa pega o bebê abocanha a parte escura do

peito (aréola) e não apenas o bico e “que não há necessidade de cuidados

especiais com o bico durante a gestação” (BRASIL, 2007, p. 9).

2. FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO

A principal função da mama é a produção de leite e a lactação, que se dá

através nesta sequência: lactogênese I e lactogênese II.

A Lactogênese I inicia-se aproximadamente na metade do período da

gravidez:

[...] quando a mama está preparada para produzir leite, só não o fazemos por causa do estrogênio placentário. Nesta fase, a regulação da lactação se estabelece principalmente por meio de um sistema endócrino, comandado pela relação entre prolactina e os estrógenos placentários (CASTRO; ARAUJO, 2006, p. 63).

A Lactogênese II se inicia quando após o nascimento e a saída placenta,

o nível de estrogênios cai, e aumentam os níveis plasmáticos de prolactina,

liberando a produção do leite quando se dá a apojadura. Na lactogênese I ocorre

o sistema de controle de fisiologia da lactação que é endócrino, para o autócrino,

na lactogênese II (CASTRO; ARAUJO, 2006). A partir daí, a mama precisa ser

esvaziada através da sucção do bebê ou da ordenha manual, que são os

controles para que haja produção de leite.

A produção da prolactina depende da sucção do bebê, portanto se há

diminuição na frequência das mamadas, há diminuição da produção de prolactina

e consequentemente diminuição na produção de leite (JALDIN; SANTANA, 2001).

Os reflexos primitivos da alimentação têm um importante papel na

amamentação, como exemplo: reflexo de busca, quando é desencadeado pelo

contato do lábio superior como o mamilo da mãe; o reflexo da sucção que quanto

mais cedo for o contato do recém-nascido com a sua mãe, aprenderá mais rápido

a técnica de sucção (MELLO JÚNIOR; ROMUALDO, 2010).

Uma vez que o leite foi produzido, ele fica armazenado nos alvéolos, e em

menor quantidade nos ductos mamários. Ele não flui automaticamente, pois

precisa de uma estimulação neural e endócrina que garanta a ejeção, descida do

leite, através da ação da ocitocina, que é o hormônio psicossomático, que

causará contrações nas fibras mioepiteliais que envolvem os alvéolos, expulsando

o leite para os ductos mais largos e destes para o bebê (JALDIN; SANTANA,

2001).

Como o hipotálamo participa tanto do controle das emoções como

também na amamentação, todos os sentimentos agradáveis como ver, tocar, ouvir

seu bebê ou outro bebê chorar pode desencadear o gotejamento das mamas,

assim como sentimentos desagradáveis dor, estresse, ansiedade, preocupações

podem cessar a ejeção do leite, ou mesmo inibir a sua secreção (CASTRO;

ARAUJO, 2006).

Vela a figura abaixo, demonstrando o reflexo somático da amamentação.

Figura 5: Produção da Prolactina – Um reflexo somático Fonte: REGO, 2001, p. 41

Figura 7: Produção da Ocitocina – Um reflexo somatopsíquico Fonte: REGO, 2001, p. 42

3. CONCEITOS SOBRE ALEITAMENTO MATERNO E AMAMENTAÇÃO

Conforme dita o Ministério da Saúde (2009, p.09) “o aleitamento materno

é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a

criança e constituição para a redução da morbimortalidade infantil”. E ainda

promove a promoção da saúde da mãe, se estendendo para toda a sociedade e

até o planeta se beneficiando dessa pratica.

Aleitamento Materno é uma pratica por meio da qual a criança recebe o leite de sua mãe, pela mama (amamentação), sondas, copos, colheres, conta-gotas, ou mesmo mamadeira. Já a amamentação é uma das maneiras, a mais tradicional e fisiológica da mãe em dar o seu leite para o seu filho, diretamente de seu peito, num rico processo de entrosamento entre dois indivíduos, um que amamenta e outro que é amamentado (REGO, 2008, p. 17).

A Organização Mundial da Saúde (1991, p. 12), adotou as seguintes

definições sobre Aleitamento Materno. Veja a seguir:

Aleitamento Materno Exclusivo (AME): quando o bebê recebe apenas leite materno (LM) diretamente da mama ou ordenhado, sem outro liquido (mesmo água) ou sólido, exceto de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais para reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos.

Aleitamento Materno Predominante (AMP): quando o bebê recebe, além do LM, água ou outros líquidos (chás, sucos de frutas, água doce).

Aleitamento Materno: quando o bebê recebe leite materno (diretamente da mama ou ordenhado) independente de receber ou não outros alimentos.

Aleitamento Materno Misto: quando o bebê recebe leite materno e também outros tipos de leite.

Aleitamento Materno Complementado: quando a criança recebe, além do leite materno, alimento sólido ou semi-sólido, tendo a finalidade de complementar e não substituir o leite materno.

4. AMAMENTAÇÃO EFICAZ

De acordo com a Teruya e Serva (2001) para que o alimento materno seja

satisfatório, vários fatores interferirão como: o desejo da mãe em amamentar, o

apoio da família, da comunidade, de profissionais capacitados e a mãe ter uma

cultura positiva em relação ao aleitamento materno, assim como estar aberto a

novas informações e ter vontade e liberdade em assumir essa prática.

Como disse Teruya e Serva (2001, p. 118) “sugar é um reflexo do recém

nascido, mas a amamentação (manutenção da lactação) é uma arte complexa

que precisa ser ensinada e aprendida”.

5. BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O RECÉM-NACIDO

A Secretaria de Atenção à Saúde e Coordenação Geral da Política de

Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde constatou que apesar da melhoria

do estado nutricional das crianças, a desnutrição infantil continua a ser um

problema de saúde publica em crianças menores de dois anos (BRASIL, 2005).

A alimentação e nutrição das crianças devem contribuir para a qualidade

de vida, o crescimento e desenvolvimento do mesmo, haja vista que as

deficiências nutricionais aumentam os casos de morbidade e de mortalidade

infantil.

Conforme Ricco, Ciampo e Almeida (2004) os benefícios do leite materno

para o bebê, repercutirá até sua vida adulta, e não somente no período de sua

prática. Como redução de doenças crônicas na vida adulta citamos entre outras a

osteoporose, doença cardiovascular, diabetes mellitus, obesidade, doença

celíaca, doença de Crohn, colite ulcerativa, enterocolite necrotizante e enquanto

bebê, a diarréia e a desnutrição são doenças que mais óbitos causam. Estima-se

que morram por ano 1,3 milhão lactantes no mundo e que essas mortes poderiam

ser evitadas caso houvesse a prevalência do aleitamento materno até os 12

meses de vida.

Todas essas doenças citadas anteriormente são evitadas por fatores de

proteção que o leite materno contém, pois em sua composição tem fatores que

protegem o recém-nascido de infecções, alergias, e outras patologias também em

longo prazo. Contribui para isso: conteúdo baixo de proteína, de fácil

digestibilidade, não sobrecarrega o rim e tem a caseína humana que protege a

criança de infecções intestinais; as gorduras do leite materno são de fácil

absorção, rico em ácidos graxos insaturados importantes para o desenvolvimento

cerebral da criança; minerais balanceados conforme a necessidade do lactente,

ferro, cálcio, zinco, este último essencial na estrutura de enzimas e no

funcionamento da imunidade celular; as vitaminas A, C, E, B estão em

quantidades suficientes, somente a vitamina K é administrada em todo recém-

nascido, pois só duas semanas após o nascimento a sua flora intestinal a

fornecerá. No leite humano, 87,5% de sua composição é água, não havendo

necessidade de oferecê-la ao recém-nascido (SENTONE, 2006).

As mães também se beneficiam com a amamentação. Logo após o parto,

a mãe amamentando ajudará na retração uterina, diminuindo a perda sanguínea e

consequentemente as perdas de ferro (SENTONE, 2006)

Terá menor risco de câncer de ovário, de endométrio e de mama na

menopausa, contribui também para a prevenção da osteoporose em longo prazo,

volta mais rápido ao peso de antes de engravidar (SENTONE, 2006). Benefícios

psicológicos também, “pois é permeada de sentimentos de amor, de doação, de

carinho, de ternura, é emoção viva, é todo um processo básico de humanização

do lactente”. (KENZLER, 2008, p.255).

A seguir, alguns pontos que são primordiais para o sucesso do

Aleitamento Materno, segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2009, p.21).

5.1 POSIÇÕES DA MÃE PARA AMAMENTAR

A nutriz deve ficar numa posição confortável. Quando sentada, ficar com os

membros inferiores e superiores apoiados, para evitar cansaço e tensão na

musculatura;

O ambiente deve ser calmo;

Usar apoio embaixo dos pés, para facilitar a pega correta do bebê;

Caso a mãe estiver deitada:

deitar-se de lado, para ficar confortável, apoiar sua cabeça e

costas;

ficar recostada na cabeceira da cama;

com um braço, a nutriz apóia o pescoço e tronco do bebê,

ajudando a aproximar o corpo do bebê ao seu corpo e com a

outra mão, posiciona a mama (aréola e mamilo) para ser

abocanhada;

o bebê procura o peito.

Figura 8: Posições da mãe para amamentar. Fonte: Brasil, 2007.

5.2 POSIÇÃO DO BEBÊ PARA AMAMENTAR

A posição mais comum é quando o corpo do bebê fica inteiramente de

frente para a mãe, bem próximo (barriga do bebê volta da para o corpo da

mãe). Essa posição facilita o esvaziamento da mama em seu quadrante

superior externo e inferior interno;

Outra posição é o bebê ficar entre o braço e o corpo da mãe(pernas para

trás). Essa posição facilita o esvaziamento do quadrante superior interno e

inferior externo;

É interessante mudar as posições em cada mamada para que toda mama

seja esvaziada, sem risco de ingurgitamento.

Figura 9: Posição correta do recém-nascido para amamentar. Fonte: Brasil, 2007.

5.3 PEGA CORRETA

Deve ser adequada para evitar o desmame precoce decorrente de

complicações que podem surgir como as fissuras mamilares;

O bebê na posição correta: barriga do bebê de encontro com o corpo da

mãe;

A boca do bebê deve estar de frente para o mamilo da mãe, com uma

abertura ampla;

A mãe deve colocar o seu polegar acima da aréola e os outros quatro

dedos abaixo (dedos em formato de C e não em V);

O bebê deve abocanhar a maior parte da aréola e o mamilo e comprimi-los

com a língua contra o palato;

Abocanhando boa parte da aréola e mamilos, causará esvaziamento dos

seios lactíferos onde o leite está coletado;

Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê, para facilitar o encaixe;

Encostar o mamilo na boca. Quando a boca estiver bem aberta (reflexo de

busca), introduzir boa parte da aréola e mamilo na boca do bebê;

Os lábios ficaram curvados para fora (boca de peixinho);

O queixo toca o peito da mãe;

Deve haver maior visibilidade da aréola na parte superior que inferior;

A bochecha fica arredondada (cheia);

A língua do bebê deve envolver o mamilo e aréola ficando visível a pontinha na

região anterior da boca, garantindo seu vedamento.

Figura 10: Ilustração da pega correta Fonte: Brasil, 2007

5.4 HIGIENE DAS MAMAS:

Durante o banho, não passar o sabonete nas aréolas para evitar a retirada

da secreção oleosa e antisséptica fabricada pelos tubérculos de

Montgomery;

Utilizar somente água;

Lavar as mãos com água e sabão antes de cada mamada e após a troca

de fralda para evitar contaminação do mamilo e boca do bebê;

Após as mamadas, passar algumas gotas do próprio leite do peito nos

mamilos e aréola e deixar secar. Esta ação hidrata a pele do peito e não

precisa de limpeza antes e após as mamadas.

6. PRINCIPAIS PROBLEMAS DURANTE A AMAMENTAÇÃO

Para que não ocorram problemas e intercorrências, que normalmente são

passageiros, desde que a nutriz tenha conhecimento e os profissionais da saúde

estejam capacitados para apoiá-las e ajudar na resolução do que esteja

ocorrendo, com certeza a amamentação será bem sucedida.

6.1 FISSURA

Fissuras mamilares: São lesões que atingem a derme do mamilo,

causando dor intensa, eritema, edema, bolhas e às vezes até sangramento. Sua

prevenção é realizada a partir de técnicas adequadas na amamentação, não

utilizar sabonetes, cremes, pomadas, álcool, ou produtos secantes; manter os

mamilos secos, expondo-os ao ar livre ou a luz solar (evitando horário das 10 às

16 h); não deixar forros molhados sobre o mamilo/aréola; amamentar sob livre

demanda; evitar ingurgitamento mamário; realizar a ordenha manual do leite e se

necessário interromper a mamada, introduzindo o dedo mínimo no canto da boca

do bebê, para que sugue o dedo soltando a aréola/mamilo.

Para o tratamento pode-se recomendar que após cada mamada, a

puérpera ordenhe algumas gotas de leite e passe nos mamilos; iniciar a mamada

pela mama sadia é menos dolorida; mudar as posições das mamadas; para que o

mamilo não encoste-se à roupa pode-se usar um coador de plástico pequeno sem

cabo, por dentro do sutiã (o mamilo ficará mais arejado facilitando a cicatrização);

usar analgésico sistêmico (com prescrição); não utilizar chá, casca de banana,

polpa de mamão pois há possibilidade de contaminação;

Fissura mamilar por cândida SP: Manifesta-se com: coceira, dor e ardor

dentro das mamas mesmo nos intervalos das mamadas. A pele fica avermelhada,

brilhante, fina e a criança pode apresentar placas esbranquiçadas orais (que ao

serem retiradas machucam a gengiva ou língua do bebê). São fatores

predisponentes: umidade, uso pela mulher de antibióticos, contraceptivos orais e

esteróides.

O tratamento inicial é local com nistatina/clotrimazol/miconazol ou

cetoconazol tópico por 14 dias; Se a cândida for resistente: usar violeta de

Genciana a 0,5% nos mamilos/aréola e na boca do bebê durante 4 dias, uma vez

por dia; Se o tratamento tópico não tiver resultado recomenda-se Cetoconazol

200m/dia por 10 a 20 dias. Ainda os mamilos devem ser expostos ao sol para

secar após as mamadas;

6.2 MASTITE

Mastite: É um processo inflamatório de algum segmento da mama, que

pode ou não evoluir para uma infecção bacteriana. O estresse e a fadiga podem

colaborar com o aparecimento da mastite. Os sinais e sintomas são: dor intensa

localizada, calor, hiperemia, edema e quando apresenta infecção apresenta febre

alta (acima de 38°C), calafrios, mal estar geral.

O tratamento deve ser o mais rápido possível, para evitar um abscesso mamário,

esvaziar completamente a mama de preferência pelo próprio bebê ou através de

ordenha manual; se necessário, antibiótico terapia: opções – Cefalexina 500mg,

de 6/6h, v.o; Amoxicilina 500mg ou Amoxicilina associada ao Ácido Clavulônico

(500mg/125mg) de 8/8h, v.o. Todos utilizados por no mínimo 10 dias; agendá-la

para consulta medica e acompanhá-la. Deixar acesso espontâneo para

atendimento; suporte emocional; repouso; analgésicos e usar sutiã bem firme,

com alças largas;

6.3 INGURGITAMENTO MAMÁRIO

Ingurgitamento mamário – leite empedrado. Para que ocorra o

ingurgitamento mamário, existem 3 situações: 1- Congestão e vascularização da

mama aumentada em resposta fisiológica à saída da placenta, que impede a

sucção. 2- Acúmulo de leite nos alvéolos (pelo mesmo motivo anterior). 3- Edema

decorrente à obstrução da drenagem linfática pelo aumento da vascularização e

preenchimento dos alvéolos. Como resultado de todo esse processo, há

compressão dos ductos lactíferos, ao qual o leite não sai ou é impedido de sair

dos alvéolos. Quando não há alívio, a produção do leite pode ser interrompida,

com reabsorção do leite represado, o qual se torna mais viscoso, dando origem

ao termo “leite empedrado”.

Existem dois tipos de ingurgitamento: o fisiológico, que é normal, e o

patológico. O ingurgitamento fisiológico ocorre entre o 2º e o 4º dia após o parto

que é a apojadura, o leite está “descendo”. Já o patológico, a mama fica muito

distendida, o que causa desconforto, às vezes ela apresenta febre e mal-estar.

Poderão acontecer áreas avermelhadas, edemaciadas e brilhantes. Os

mamilos ficam achatados, dificultando a pega do bebê, o leite não flui com

facilidade. Favorece o ingurgitamento: o início tardio da amamentação (o ideal é

iniciar na primeira meia hora após o nascimento, mamadas infrequentes, leite em

abundância, restringir a duração e frequência das mamadas e a sucção ineficaz

do recém-nascido.

Como agir: Se o ingurgitamento mamário patológico não pode ser

evitado, recomenda-se:

antes da mamada, fazer a ordenha manual da aréola para que ela fique

macia, facilitando a pega correta;

.mamar sob livre demanda (quando o bebê quiser, sem horários pré-

estabelecidos);

.com movimentos circulares, massagear as mamas, nas áreas afetadas,

para fluidificar o leite viscoso acumulado, facilitando a sua retirada;

o médico pode prescrever se necessário, analgésicos sistêmicos e

antiinflamatórios (ibuprofeno), paracetamol e dipirona como alternativas;

.usar sutiã com alças largas, para manter os ductos das mamas em

posição anatômica e aliviar a dor;

fazer compressas frias por somente 20 minutos, elas causam

vasoconstrição temporária pela hipotermia, reduzindo o fluxo sanguíneo,

com redução do edema e menor produção de leite;

.deixar o bebê sugar ou fazer a ordenha manual. Esvaziar a mama é o

principal cuidado, pois dá alívio à mãe, diminui a pressão dentro dos

alvéolos, aumenta a drenagem da linfa e do edema e assim a produção do

leite não é comprometida, prevenindo a mastite (BRASIL, 2009).

7. PREVENÇÃO PARA MANUTENÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO

7.1 ORDENHA MANUAL

Ordenha – retirada do leite das mamas – auto-ordenha: Ordenha é a

retirada de leite materno de forma manual, de preferência, ou mecânica.

A nutriz deve retirar o leite das mamas quando tem muito leite, quando ela

precisa ficar separada de seu filho, quando o bebê tem dificuldade de sucção e

quando ela deseja doar o leite excedente.

Conforme orientações da pediatra Soraia Drago Menconi (2010, p. 71),

ela recomenda antes de ordenhar o leite, a doadora deverá:

tirar a blusa, o sutiã e adornos das mãos, punho e pescoço;

.utilizar gorro ou touca de banho na cabeça;

.proteger a boca e o nariz com um lenço ou fralda;

lavar as mãos e antebraços com água e sabão, também escovar as unhas;

lavar as mamas com água. Não utilizar sabão para não ressecar os

mamilos.

7.2 COMO ORDENHAR:

.escolher uma mesa e limpá-la com álcool a 70%;

.preparar o frasco, com tampa de plástico, ambos fervidos por 15 minutos;

colocar a tampa virada para cima;

com as pontas de dois dedos (indicador e médio), massagear o peito,

avaliar, desfazer os nódulos;

desprezar os primeiros jatos ( para reduzir os contaminantes microbianos )

e guardar o restante;

apoiar com a ponta dos dedos ( polegar e indicador) acima e abaixo da

aréola, em forma de C, sustentando o peito com os outros dedos,

comprimindo o peito contra o tórax;

a compressão deve ser rítmica, sempre aproximando os dedos, sem

deslizá-los, pois pode machucar a pele;

guardar o leite no refrigerador, na prateleira, não na porta, na temperatura

de até 5ºC e utilizá-lo até em 12 h após ser coletado. Quando for utilizá-lo,

aquecer em banho-maria;

se for congelá-lo, na temperatura de -3º C, utilizá-lo em até 15 dias.

8. ALGUMAS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES A RESPEITO DO

ALEITAMENTO MATERNO

Existem alguns mitos referentes a amamentação aos quais deixam as

nutrizes inseguras. Tais mitos serão esclarecidos a seguir para garantir uma maior

segurança e tranqüilidades no processo de amamentar.

1° Mito: A amamentação vai deixar meus peitos flácidos?

Não é verdade. Vários fatores interferem para deixar as mamas flácidas,

tais como: idade, hereditariedade e aumento de peso.

Lembrar que:

não aceitar a amamentação cruzada.

quando a criança tomar leite de outra mãe, tem que ser

pasteurizado.

a pasteurização do leite humano é segura e destrói

bactérias e vírus que podem transmitir doenças, como a

AIDS.

nenhum bebe deve amamentar no peito de outra mãe

que não seja a sua. Se a mulher é HIV positivo, procurar

os programas de apoio.

Na gravidez a mama completa seu desenvolvimento, devido ao estrogênio

e progesterona. “Os estrogênios são responsáveis pelo desenvolvimento dos

ductos mamários, bem como o aumento da quantidade de estroma e pela

deposição de gordura nas mamas’’ (JUNIOR, ROMUALDO, 2010, p.11).

Recomenda-se o uso de sutiã adequado, com alças resistentes, para

ajudar na sustentação das mamas. Usá-los desde o inicio da gestação quando as

mamas apresentam o primeiro aumento e durante a amamentação. Evitar sutiã

muito apertado.

2º Mito: O meu leite não sustenta, e o bebê chora com fome.

Falso. O bebê chora por várias razões. O choro é a forma de se

comunicar. Além de fome, pode ser por estar molhado, com cólica, frio, calor,

roupa incomodando ou simplesmente querendo carinho, o colo.

A nutriz tem que ser orientada adequadamente a respeito disso para que

ela não se sinta incapacitada em amamentar. Essa sensação de incapacidade,

são as chamadas “crises transitórias” que ocorrem, parecendo que a nutriz não

tem leite suficiente pata o bebê.

Explicando melhor sobre esse assunto, Giugliane coloca que:

[...] devido à aceleração do crescimento que toda criança apresenta, aumentando sua demanda por leite. E aí a nutriz pode se sentir insegura, perdendo a confiança em sua capacidade de amamentar. Costumam ocorrer entre 10º e 14º dias de vida, aos 30 dias e aos 3 meses, durando uns 3 dias (GIUGLIANI,2010, p. 30).

3º Mito: Meu leite é fraco.

O leite nunca é fraco. O leite materno tem todos os nutrientes na

dosagem que o recém nascido necessita. É de fácil digestibilidade. A nutriz deve

se atentar para não limitar demais a mamada. No leite materno, os lipídeos é que

causam saciedade nos bebês, e estão presentes em maior quantidade no final da

mamada (LAMOUNIER, VIEIRA, GOUVEA, 2001).

Ainda sobre as gorduras do leite materno, alguns médicos afirmam que

“são de mais fácil digestão e absorção, constituindo-se por meio de ácidos

gordurosos livres, na maior fonte de energia para a criança” (RICCO, CIAMPO,

ALMEIDA, 2004, p. 10).

Existem também, algumas alterações no leite materno que é importante a

mãe saber, como:

[...] nos primeiros dias o leite é produzido em pequenas quantidades, é o colostro, a primeira vacina do bebê. É concentrado, nutritivo e com muitos anticorpos. O volume do colostro caria de 10 à 100 ml/dia e permite a boa adaptação fisiológica do bebê ao mundo extra-uterino (JALDIN; SANTANA, 2001, p. 48).

A partir do 7º ao 14º dia, tem-se o leite de transição e após o 14º dia tem o

leite maduro. Há variações no tipo de leite materno de um dia para o outro, nos

horários de cada mamada e num mesmo dia (CALIL; VAZ, 2008).

Ainda conforme os autores Calil e Vaz, outros fatores interferem nas

variações do leite materno, como idade da mãe, paridade, estação do ano

(relacionadas as alterações na dieta materna) e no comportamento (relativo a

amamentação), nas regiões (onde os hábitos alimentares, o meio ambiente

influenciam), grupos socioeconômicos, geográficos e étnicos.

Depois de esclarecidos os mitos mais comuns, outro fator muito

importante que a nutriz deve-se atentar diz respeito ao horário das mamadas,

assunto este que será tratado a seguir.

8.1 Horários das Mamadas

O ideal é que seja sob livre demanda (sem horário fixo), assim estará

relacionado ao aumento de peso mais rápido.

À noite, a prolactina, o hormônio que estimula a produção do leite, é

produzida em maior quantidade, e sua produção faz com que a mãe se sinta mais

sonolenta e relaxada (JALDIN, SANTANA, 2001, p. 42).

O bebê deve realizar cerca de 8 mamadas durante 24 horas e deve

mamar na mesma mama por aproximadamente 20 minutos, para que receba o

leite do fim da mamada que é mais rico em gordura, deixando-o saciado,

ganhando peso e fazendo-o dormir por mais tempo.

O leite materno tem melhor digestibilidade e absorção, por isso, o

esvaziamento gástrico é mais rápido, este detalhe é importante que a nutriz

entenda para evitar que ela pense que o seu leite é fraco e que não sustenta o

seu bebê (ROBLEDO; ROMERO, 2008).

8.2 Interrupção da Sucção

Se for necessário interromper a mamada, a nutriz deve colocar a ponta do

dedo mínimo no canto da boca do bebê, para desfazer a pressão negativa, o que

evitará lesionar o mamilo. A nutriz deve estar com a mão limpa para evitar levar a

contaminação para a boca do bebê.

Todas essas dúvidas e inseguranças que a nutriz possa vir a ter, se ela

não tiver conhecimento suficiente e apoio efetivo nas suas dificuldades, corre-se o

risco de que o desmame precoce aconteça.

9 DIREITOS DA MULHER QUE AMAMENTA

Toda gestante e nutriz tem direitos assegurados pela Carta Magna e pela

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Tais direitos serão apresentados neste

momento.

A Constituição Brasileira de 1988 assegura a gestante quanto a:

LICENÇA MATERNIDADE: É de 120 dias, remunerada, sem prejuízo do

emprego. O pagamento da licença é realizado pela Previdência Social.

LICENÇA PATERNIDADE: A partir do nascimento do bebê, o pai tem

direito a 05 dias de licença, para que possa cuidar da mãe e da criança,

possibilitando também o registro da criança. Ressaltar a importância da

presença e apoio do pai, seja com cuidados diretos com a mãe ou também

cuidar da casa, dos outros filhos, compras, o que muito contribuirá para o

sucesso da amamentação, pois a mãe poderá descansar um pouco mais e

se sentirá mais segura (BRASIL, 1995).

Já a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante à nutriz:

Dois descansos de meia hora cada, durante a jornada de trabalho, para

que amamentem o seu filho até que ele complete 06 meses de idade ou

esse prazo pode ser dilatado, a critério de autoridade competente, se a

saúde de seu filho assim exigir.

CRECHE: Toda empresa onde trabalham 30 mulheres com mais de 16

anos de idade, é obrigada a ter um lugar apropriado que permita às

empregadas nutrizes a guardar sob vigilância e assistência, seus filhos no

período da amamentação. No local de trabalho não viabilizando a creche, a

empresa poderá manter convênio com creches próximas ao local de

trabalho ou até utilizar o reembolso-creche.

Direitos da empregada doméstica: assim definida pelo Ministério do

Trabalho, tem garantido a licença-gestante sem prejuízo do emprego e

salário, conforme a Constituição Federal de 1988, e o salário maternidade

será pago diretamente pela Previdência Social. O afastamento é

determinado através de atestado médico e deverá requerer o benefício nas

agências da Previdência Social.

É importante ressaltar que somente as trabalhadoras formais, contratadas

em regime CLT estarão sob a proteção da lei. Para as trabalhadoras em regime

estatutário, estas seguirão as suas disposições, que muitas vezes seguem a CLT.

Direitos da estudante: conforme o artigo 1º da Lei n. 6.202 de 17 de abril

de 1975, a estudante terá direito de receber em casa os conteúdos das

matérias ministradas na escola já a partir do 8º mês de gestação,

continuando até 03 meses após o parto, sendo assistida pela equipe

pedagógica de sua escola, que levará os trabalhos acadêmicos que

abordam os conteúdos deste período para serem estudados no seu

domicílio. Para ter esse direito assegurado, a estudante gestante deverá

apresentar o atestado médico à direção da escola.

Direito das presidiárias: A Constituição Federal garante às presidiárias

condições para permanecer com seus bebês durante o período da

amamentação. No artigo 5º, parágrafo L do código de Processo Penal diz

assim “às presidiárias serão asseguradas condições para que possam

permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”.

Direitos da mãe em caso de adoção: A Lei da Adoção, nº 10.421 de 15

de abril de 2002, estende às mães adotivas a licença maternidade e

salário-maternidade integral além de Licença de 120 dias quando adota

criança de até um ano de idade; Licença de 60 dias quando adota criança

de 1 a 4 anos; Licença de 30 dias quando adota criança de 4 a 8 anos.

Nestes casos, a mãe deverá apresentar o termo judicial de guarda ou

certidão de nascimento para que a licença-maternidade seja concedida.

Em se tratando da licença maternidade de 06 meses, conforme a Lei nº.

11.770, de 09 de setembro de 2008, esta foi um avanço muito importante para a

nutriz, porque ela poderá amamentar exclusivamente seu filho até os 6 meses de

idade, inclusive, muitos Estados, órgãos autônomos e prefeituras já estão dando

essa prerrogativa às suas empregadas e funcionárias.

Outro benefício que a gestante tem direito, diz respeito as Normas para

Alojamento Conjunto, publicada no Diário Oficial da União – D.O.U. de 01/09/93, a

portaria ministerial nº. 1.016 de 26 de agosto, a qual decidiu aprovar as normas

básicas para o alojamento conjunto, sistema esse em que a mãe e bebê ficam

juntos após o nascimento, no mesmo quarto, 24 horas por dia, e sob orientação,

atende o seu bebê e tem a oportunidade de amamentá-lo sob livre demanda, o

que muito contribuirá para o sucesso do Aleitamento Materno.

As mulheres sabendo desses e muitos outros benefícios para garantir a

amamentação e contando com o apoio de profissionais de saúde bem

capacitados em Aleitamento Materno e Assistência Integral à Saúde da Mulher e

da Criança, sentir-se-ão mais seguras e não terão problemas em retornar ao

trabalho. Terão sua auto-estima elevada, podendo continuar com o Aleitamento

Materno até a criança completar 02 anos ou mais (SANTOS; REA, 2008).

ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO

Desde 1980, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das

Nações Unidas para a Infância (UNICEF) instituiram políticas públicas de

incentivo ao Aleitamento Materno, dentre elas estão: Iniciativa Hospital Amigo da

Criança, os 10 passos para o sucesso do Aleitamento Materno e Iniciativa

Unidade Básica Amiga da Amamentação (SANCHES, 2010).

Para capacitar profissionais de saúde, a OMS e o UNICEF, desde

1995 divulgam o Aconselhamento em Amamentação como um método onde o

profissional de saúde treinará algumas habilidades específicas para que facilite a

comunicação deste com a mãe (TERUYA, BUENO, 2010).

.Este método traz a diferença entre aconselhar e aconselhamento, como

descrito por Teruya e Bueno (2008, p.156-161):

Aconselhar é dar conselho, é dizer à pessoa o que ela tem que fazer, enquanto Aconselhamento é uma maneira como o profissional de saúde atuará com a mãe, escutando-a, procurando compreendê-la, e com seus conhecimentos teóricos e práticos ajudaram a planejar, a tomar decisões, aumentando sua auto – confiança e auto – estima.

A partir de agora, será apresentado nos textos a seguir, a descrição do

Método Aconselhamento em Amamentação, esquematizado pelas pediatras Keiko

Miyasaki Teruya e Lais Graci dos Santos Bueno (TERUYA, BUENO, 2008).

MÉTODO ACONSELHAMENTO EM AMAMENTAÇÃO

Essa habilidade usa o meio de comunicação não verbal útil, fazendo com

que a nutriz se sinta aceita e reconhecida pelo profissional de saúde.

Algumas formas dessa comunicação não verbal útil são: manter a cabeça

no mesmo nível, pois isso não faz a mãe sentir-se diminuída ou pouca a vontade.

Prestar atenção à mãe, à sua fala, evitando distrair-se, olhando para ela, ouvindo-

a. Remover barreiras físicas, como mesa entre os dois, realizar um leve

movimento de flexão do tronco ao encontro da mãe se aproximando. Dedicar

tempo, recepcionando-a, cumprimentando-a calmamente, deixando-a se

expressar, mostrando-se disponível. Tocá-la de forma apropriada, este aproxima

as pessoas, sentindo-se ela mais apoiada e confortada.

Além de todas estas ações para com a nutriz, também é indispensável

que o profissional de saúde realize mais essas ações:

Fazer perguntas abertas: Estas darão maior oportunidade às mães se

expressarem. Evite perguntas fechadas onde ela responderá somente: sim ou

não.

Veja a seguir uma sugestão de pergunta aberta, geralmente iniciada com as

palavras: “como, conte-me sobre, de que modo, quem, onde, em que...”,

Como você está alimentando a Maria?

Usar expressões e gestos que demonstrem interesse: Sorrir para ela, menear

a cabeça afirmativamente, dar respostas simples como: “sei, sei”; “Ah,é”;

“humm”; “nossa”; “E daí?”, “aha”. Isso estimula a mãe a falar mais.

HABILIDADE DE OUVIR E APRENDER

Devolver com suas palavras o que a mãe diz: A devolução ajuda a estender a

conversa evitando que a mãe pare de falar, oportunizando ao profissional de

saúde conhecer mais a mãe com as informações disponibilizadas.

Empatia: É a chave do processo do Aconselhamento. É saber lidar com os

sentimentos e não somente conversar sobre eles. Para que a empatia seja

colocada em prática, o profissional de saúde deve demonstrar que escutou e

entendeu o que a mãe disse sobre os seus sentimentos, respeitando o ponto de

vista dela.

Evite palavras que demonstrem julgamento: O profissional de saúde deve ter

cuidado ao empregar palavras como: certo, errado, bem, mal, bom, mau,

suficiente, problema, bastante, adequado, direitinho, normalmente, pois as

mesmas podem ter conotação de julgamento e podem colocar a mãe em dúvidas.

Toda mudança sempre provoca momentos de instabilidade. E para a

mulher, a gestação, o parto e a amamentação, são momentos únicos em sua vida,

quando ela poderá estar fragilizada, insegura, com muitas dúvidas, medo,

frustração, dor e ante a pressão de familiares, amigos, frente à amamentação, se

ela não estiver com a sua autoestima e confiança assegurada, estará mais

susceptível a dar mamadeira para o seu bebê (PAMPLONA; MELLO de AGUIAR,

2010).

A seguir, serão descritas as habilidades para desenvolver

confiança e dar apoio à mãe, de acordo com as autoras Teruya e Bueno

(TERUYA; BUENO, p.156, 2008)

Aceite, respeite o que a mãe pensa e sente.

HABILIDADES PARA AUMENTAR A CONFIANÇA E DAR APOIO

Às vezes, a mãe pode dizer coisas erradas sobre amamentação: O

profissional de saúde não deve discordar nem concordar com a mãe,

simplesmente aceitar a sua fala, pois ela pode perder sua auto – estima ou

confiança. E num momento oportuno, quando estiverem “em sintonia” as

correções poderão ser feitas, pois a mãe estará mais confiante e aceitará as

orientações, sem se sentir diminuída.

Reconheça e elogie o que a mãe estiver fazendo certo: No dia-a-dia, um

elogio sincero é instrumento fundamental para o equilíbrio e a auto – estima.

Melhora o relacionamento humano e encoraja a mãe a continuar com as boas

práticas. Toda mãe é merecedora de um elogio, pois somente a criança estar

sobrevivendo sob seus cuidados, ela já está fazendo alguma coisa certa. E assim

conquistando sua credibilidade, facilitará dar informações, apoio e sugestões.

Dê ajuda prática: Uma ajuda prática pode desencadear na mãe, além de

sentimento de gratidão, uma facilidade na comunicação. Uma ajuda prática vale

mais do que muitas explicações. Exemplos:

Segurar o bebê enquanto ela se arruma para amamentar:

Ajudá-la ou orientá-la na ordenha manual para aliviar um ingurgitamento

mamário;

Oferecer e trazer algo para ela beber, comer;

Oferecer uma cadeira para se sentar;

Segurar uma sacola.

Dê pouca e relativa informação: A mãe é o sujeito da construção de seu

conhecimento, participando do processo ativa, criativa e criticamente, por meio do

exercício contínuo de análise, interpretação e síntese sendo dela a decisão final

quanto ao amamentar. A mãe sempre tem o seu saber. As informações oferecidas

devem ser pertinentes e relevantes, em pequeno número (duas), dado de forma

positiva e o que ela necessita neste momento, de tal forma que perceba o que

deve ser modificado.

Use linguagem simples: Linguagem é o canal de comunicação. Evite usar

termos técnicos, que às vezes não serão entendidos pela mãe. Use linguagem

simples e direta.

Dê uma ou duas sugestões, não ordens: Sugerir sempre. Se a mãe recebe

ordens, ela se sentirá comandada, não dona da situação, prejudicando sua

autoconfiança. Lembrar que a decisão final será dela.

O TÉCNICO DE ENFERMAGEM E O ALEITAMENTO MATERNO

O Técnico em Enfermagem, integrante da equipe de saúde, cujas funções

são definidas pelo Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que regulamenta a

Lei nº 7.498/86 sobre o exercício profissional da Enfermagem.

Nesse sentido, cabe ao Técnico em Enfermagem, assistir ao Enfermeiro

no planejamento, programação, orientação e supervisão de assistência de

enfermagem, participar nos programas e atividades de assistência integral à

saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles prioritários e

de alto risco entre outros, sempre sob a supervisão de um enfermeiro.

A Enfermagem e suas atividades auxiliares somente poderão ser

exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de

Enfermagem (COREN) com jurisdição na área onde ocorre o exercício.

Existe o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) e os Conselhos

Regionais de Enfermagem (COREN), este último com uma sede em cada Estado

e Território. Estes órgãos são disciplinadores do exercício da profissão de

Enfermeiro e das demais profissões compreendidas nos serviços de enfermagem.

A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico em

Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitando os

respectivos graus de habilitação.

A Enfermagem, através de conhecimentos científicos e técnicos realiza a

prestação de serviços à pessoa, família e coletividade. Devido às transformações

sócio-culturais, científicas e legais que ocorrem constantemente, os profissionais

de Enfermagem se fundamentam no Código de Ética dos Profissionais de

Enfermagem (CEPE), que está organizado por assuntos e incluem princípios,

direitos, responsabilidades, deveres, proibições, pertinentes à conduta ética dos

Profissionais de Enfermagem.

O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em

consideração a necessidade e o direito de assistência em Enfermagem da

população, os interesses dos profissionais e de sua organização. Está centrado

na pessoa, família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de

enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos

e danos e acessível a toda população (BRASIL, 2007).

O Técnico em Enfermagem é um dos integrantes das equipes de saúde,

sempre em um número representativo, sendo por isso peça fundamental quando

falamos em Aleitamento Materno.

No seu dia a dia de trabalho conseguirá colocar em prática todo

aprendizado adquirido em sua formação, não só dos conhecimentos técnicos,

vivenciais, como também as habilidades de comunicação. Assim conseguirão

acolher dúvidas, preocupações, dificuldades das mães e seus familiares por meio

de escuta ativa, que propicie disponibilidade, empatia e percepção para ajudar a

propor ações factíveis e congruentes ao contexto de cada família (BRASIL, 2010,

p.08).

Assim, os profissionais de enfermagem, onde quer que estejam

trabalhando: nas maternidades, no puerpério, como integrante do Programa de

Saúde da Família (PSF), através de visitas domiciliares, nas Unidades Básicas de

Saúde, acompanhando gestantes no pré-natal, nos consultórios médicos onde

mulheres são atendidas, clínicas, empresas, home care ou em qualquer outro

lugar onde a questão da amamentação possa ser abordada, não podem perder a

oportunidade, perante toda essa clientela, de ser um facilitador do processo de

amamentar. E através da Educação em Saúde, transmitindo conhecimentos que

serão úteis a todas as pessoas, pois o Aleitamento Materno, através de seu

avanço no conhecimento científico, sendo assunto de interesse interdisciplinar

não interessa só a área da saúde como também a outras áreas do conhecimento.

Os profissionais de enfermagem, onde quer que estejam trabalhando,

com o apoio da comunidade, dos Conselhos de Saúde e em articulação com

outros setores da sociedade, podem ser atores de políticas públicas que

propiciam a prática do Aleitamento Materno exclusivo por seis meses e

continuado por dois anos ou mais com alimentação complementar saudável

considerando as identidades culturais, regionais e locais (BRASIL, 2010, p.10).

Enfatizando a importância de toda sociedade em participar da promoção,

proteção e do apoio ao Aleitamento Materno, e estando os técnicos em

enfermagem no atendimento direto à população, contribuindo nas atitudes

transformadoras por meio da valorização das relações interpessoais como

aspectos fundamentais da ação cuidadora integral, no reconhecimento do

cidadão, do usuário do serviço e dos profissionais como agentes do processo de

cuidado, como portadores de direitos e necessidades (PUCCINI; PEDROSO,

2008).

Assim acredita-se que a escola é um local onde a reflexão e a tomada de

decisões contribui para a socialização do saber, e levando adiante, depois de

formados, através de um trabalho contínuo e permanente, com comprometimento

e envolvimento da comunidade, o Aleitamento Materno, prática essa que fará com

que todos tenham muito mais qualidade de vida, cumprindo o técnico em

enfermagem o seu papel como cidadão responsável na sociedade em que está

inserido.

Esta produção didática pedagógica, Unidade Temática, visa sensibilizar os

futuros técnicos em enfermagem sobre o processo de amamentar e juntamente

com as informações, o melhoramento de seus conhecimentos e habilidades sobre

a temática, para que eles possam se tornar agentes multiplicadores dessa prática.

O desenvolvimento desta Unidade Temática se dará no primeiro semestre

de 2014 por meio das seguintes etapas:

1ª etapa – 1 aula- Apresentação do projeto para a direção do Colégio Estadual

Rui Barbosa, a coordenação do curso, a equipe pedagógica, aos professores e

funcionários durante a Semana Pedagógica, que ocorrerá em fevereiro de 2014.

2ª etapa – 2 aulas - Apresentação do Projeto para os alunos do 3º semestre do

Curso Técnico em Enfermagem que estiverem cursando a disciplina Assistência

de Enfermagem à Saúde da Mulher. Nesta mesma etapa, será aplicado um

questionário a fim de detectar o conhecimento prévio que os alunos têm sobre a

temática Aleitamento Materno.

3ª etapa – 2 aulas - Apresentar os resultados coletados do questionário.aos

alunos e realizar uma análise e reflexão.

4ª etapa – 2 aulas - Orientar os alunos a buscarem conhecimentos teóricos sobre

Aleitamento Materno para debate e troca de informações em sala de aula – será

sugerido sites confiáveis e será usado esse material como apoio (CARVALHO,

2008, p.171).

São eles:

5ª etapa – 3 aulas - Aproximação com a temática. Será realizada uma aula de

Sensibilização sobre Aleitamento Materno. Esta trará slides ilustrativos que

versam sobre a história do Aleitamento Materno, quadros de artistas famosos

sobre o tema, as Semanas Mundiais do Aleitamento Materno com a participação

de artistas famosos que amamentaram, mitologia grega que conta história sobre a

amamentação, o significado do Laço Dourado, doadoras de leite humano, e vários

outros assuntos.

6ª etapa – 2 aulas - Exibição do vídeo do Ministério da Saúde: Dez passos da

Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos – cujo objetivo é

apoiar e fortalecer a promoção à Alimentação Saudável. Haverá discussões e

debates sobre o tema, com abertura a questionamentos.

<www.fiocruz.br.redeblh /> - Rede Nacional de Banco de Leite Humano. Acesso em 06 nov 2013. <http://portal.saude.gov.br/portal/saude> - Ministério da Saúde - Governo Federal. Acesso em 06 nov 2013. <www.sbp.com.br> - Sociedade Brasileira de Pediatria. Acesso em 2013. <www.ibfan.org.br> - IBFAN Brasil – Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar. Acesso em 06 nov 2013. <www.aleitamento.com> - Primeiro site mundial de Aleitamento materno em português. Acesso em 07 nov 2013. <www.aleitamento.org.br>. Acesso em 07 nov 2013. <www.bvsam.bvs.br/html/pt/home.html> - Biblioteca Virtual em Saúde – Aleitamento Materno. Acesso em 07 nov 2013.

7ª etapa – 2 aulas - Assistir ao vídeo, do Ministério da Saúde: Falando de direitos

– Alimentação e Saúde no Sistema Único de Saúde – é um vídeo documentário

que fala sobre o que é Saúde, o direito à Saúde, a Política Nacional de

Alimentação e Nutrição, a equipe multidisciplinar, o Aleitamento Materno, estilo de

vida com boa alimentação e atividade física. Após, será realizada uma plenária

onde cada aluno será convidado a expor seu ponto de vista sobre o tema.

8ª etapa – 2 aulas - Assistir ao vídeo: Amamentação – Muito mais do que

alimentar a criança.Este vídeo aborda as dúvidas e preocupações mais comuns

das mães em relação ao Aleitamento Materno, como as posições para amamentar

e a pega correta. Após a apresentação do vídeo será solicitado que os alunos

produzam e apresentem um texto dissertativo sobre Aleitamento Materno que

serão discutidos com a turma.

9ª etapa – 6 aulas - Promover um concurso de cartazes sobre Aleitamento

Materno, os quais serão expostos no salão nobre do colégio, na Semana de

Enfermagem de 2014, com premiação aos 1º, 2º e 3º colocados. Os professores

do curso Técnico em Enfermagem da escola é que escolherão. Após a exposição

dos cartazes será realizada um debate com o grupo para averiguar a opinião de

cada estudante sobre a temática, refletindo sobre a importância da atuação dos

profissionais da saúde na promoção do Aleitamento Materno.

10ª etapa – 2 aulas - Palestra sobre Aleitamento Materno na Semana de

Enfermagem 2014, pela autora deste projeto, onde participarão além dos alunos

do Curso Técnico em Enfermagem, alunos do Agente Comunitário de Saúde e

Técnicos em Segurança do Trabalho.

11ª etapa – 6 aulas - Treinamento do Método Aconselhamento em Amamentação.

Dramatização sobre como acolher a gestante, nutriz a partir de situações,

problemas reais, acrescentando elementos fictícios ou situações vivenciadas.

12ª etapa – 2 aulas - Reaplicar o questionário para avaliar o resultado da

aprendizagem dos alunos sobre Aleitamento Materno e com isso observar se os

objetivos foram atingidos.

13ª etapa – Formar um grupo de apoio às gestantes e nutrizes, com professores e

alunos do Curso Técnico em Enfermagem. Semanalmente farão palestras e

Aconselhamento em Amamentação em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Atividade Complementar:

Será organizada uma passeata na Semana Mundial do Aleitamento Materno (mês

de agosto) com a participação de alunos do Colégio Estadual Rui Barbosa,

professores, Secretaria Municipal da Saúde, 19ª Regional de Saúde, Bombeiros,

Santa Casa de Misericórdia e toda comunidade.

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