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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

O USO DO SOFTWARE GEOGEBRA COMO FERRAMENTA

DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PARA O ENSINO DA GEOMETRIA PLANA:

uma possibilidade de sair dos trilhos e se aventurar por novos

caminhos no estudo dos polígonos

Antonio Aires Fornaziere1

Marcos Lübeck2

Resumo

Este artigo sintetiza os resultados de um trabalho desenvolvido com alunos do 6º ano, turmas A e B do período matutino, no Colégio Estadual Professor Mariano Camilo Paganoto – Ensino Fundamental e Médio – EFM, em Foz do Iguaçu/PR, com a utilização das potencialidades oferecidas pelo software GeoGebra, na expectativa de que esta alternativa metodológica despertasse nos mesmos o interesse pelo estudo da Geometria Plana, em particular, para o estudo dos Polígonos. No desenvolvimento do trabalho foram utilizados, como recursos pedagógicos, o papel quadriculado, o geoplano, o esquadro, a régua e o transferidor, com a posterior incorporação das tecnologias informáticas, procurando nisto cativar os alunos, através de uma atmosfera prazerosa de aprendizagem dentro do espaço escolar, despertando neles sua curiosidade e desafiando-os à porem em prática suas artes e técnicas. Como estratégia para promover o resgate do ensino da Geometria Plana, os alunos foram estimulados a desenvolver sua autonomia para, enfim, atingirem a mais que pretendida apreensão do conhecimento geométrico, tanto no âmbito individual quanto no coletivo. Portanto, esta realização transcendeu a superficialidade existente na abordagem dada às Geometrias por parte de professores, sobretudo nas escolas públicas, que cada vez mais as negligenciam, explanando-as somente no final do ano letivo, ajuizando erroneamente que elas talvez não sejam relevantes para a formação intelectual dos alunos.

Palavras-Chave: GeoGebra. Geometria Plana. Polígonos. Ensino-Aprendizagem.

1 Introdução

A escola é uma instituição que, historicamente, vem se mantendo mais focada

em um ensino tradicional e menos inovador, e que, não raramente, tem resistido às

mudanças. Mesmo diante dos grandes avanços tecnológicos, os modelos de ensino

continuam, predominantemente, centrados no professor e suas costumeiras aulas.

Tomada como um recurso auxiliar, e visando enriquecer a prática pedagógica

do professor, a inserção das tecnologias em sala de aula deve ser acompanhada de

uma metodologia voltada às necessidades dos alunos, oportunidade em que o seu

mestre seleciona conteúdos adequados e informações atualizadas a fim de preparar

os alunos para acompanharem os avanços tecnológicos e a onda da globalização.

1 Graduado em Matemática e Pós-Graduado em Didática e Metodologia do Ensino Superior.

Professor da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, na cidade de Foz do Iguaçu/PR. 2 Doutor em Educação Matemática. Docente na Universidade Estadual do Oeste do Paraná –

UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu/PR.

Nessa perspectiva transformadora, o professor deve conduzir seu trabalho de

forma que se possa avaliar em cada etapa o objetivo atingido (ou não), identificando

as contribuições que podem ser relevantes para um aprendizado significativo, dentro

do contexto escolar, levando-se em consideração o lado positivo e as limitações que

as tecnologias apresentam ao/no processo de ensino e de aprendizagem. Da

mesma forma, tem-se que:

O domínio pedagógico das tecnologias na escola é complexo e demorado. Os educadores costumam começar utilizando-as para melhorar o desempenho dentro dos padrões existentes. Mais tarde, animam-se a realizar algumas mudanças pontuais e, só depois de alguns anos, é que educadores e instituições são capazes de propor inovações, mudanças mais profundas em relação ao que vinham fazendo até então. Não basta ter acesso à tecnologia para ter domínio pedagógico. Há um tempo grande entre conhecer, utilizar e modificar processos. (MORAN, 2012, p. 90).

Observe que a presença das tecnologias nas escolas, principalmente a dos

computadores, demanda possibilidades de buscar novas alternativas para o ensino

e a aprendizagem, de se incorporar o novo, para que se possa avançar e transpor

barreiras que limitam as ações do professor dentro das salas de aula, despertando

no aluno, dentre outros, o desejo de aprender e fazer frente ao fracasso escolar e a

falta de motivação que impera hoje na maioria das escolas.

Ao se trabalhar com Geometria, de acordo com os fundamentos descritos nas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná, vê-se que:

[...] torna-se imprescindível buscar meios, por exemplo, como softwares livres, e avaliar o potencial de cada um deles para o trabalho pedagógico. Por meio dos softwares educacionais de modelagem e/ou simulação, os alunos são estimulados a explorar ideias e conceitos geométricos, antes impossíveis de se construir com lápis e papel, proporcionando-lhes

condições para descobrir e estabelecer relações geométricas. (PARANÁ,

2006, p. 31, grifo do autor).

De fato, as rápidas mudanças sociais e os avanços tecnológicos se tornaram

um grande desafio ao trabalho docente. Então, conduzir um processo de ensino e de

aprendizagem fora da sala de aula vem assumindo papel preponderante no espaço

escolar para que se possa envolver o aluno, buscando e usando novos métodos em

espaços alternativos, para superar as dificuldades na aprendizagem da Matemática,

como forma de preparar o aluno e aprimorar seus conhecimentos para enfrentar os

desafios de um mundo cada vez mais globalizado, visando com isso qualificá-lo para

a sua vida futura. Portanto, segue que:

A mudança pedagógica que todos almejam é a passagem de uma educação totalmente baseada na transmissão da informação, na instrução, para a criação de ambientes de aprendizagem nos quais o aluno realiza atividades e constrói seu conhecimento. Essa mudança acaba repercutindo em alterações na escola como um todo: sua organização, na sala de aula, no papel do professor e dos alunos e na relação com o conhecimento. (VALENTE, 1999, p. 29).

A inclusão do software GeoGebra no estudo da Geometria Plana, como novo

elemento didático a ser explorado pelo professor, conjuntamente com os alunos, tem

como intenção resgatar o ensino das Geometrias, apontando a necessidade em se

dominar o tema, desenvolvendo nos alunos habilidades como conhecer, comparar,

diferenciar, explorar ideias, nomear e localizar-se no plano e no espaço de modo

correto, almejando fazer com que, daqui a alguns anos, a história do estudo das

Geometrias seja contada de outra maneira.

2 Contextualização

2.1 Da Constatação da Defasagem nos Estudos da Geometria

Quando iniciei minhas atividades como professor da Rede Estadual de Ensino

do Estado do Paraná, pude observar que os alunos, tanto do ensino fundamental

quanto do ensino médio, demonstravam um conhecimento bastante limitado quando

era abordado o assunto Geometria.

Questões colocadas para cálculos, como áreas, perímetros e problemas que

envolviam a identificação e a construção de figuras geométricas, tais como o

triângulo retângulo, o triângulo escaleno, o triângulo isósceles ou o losango e o

trapézio, provocavam muitas dúvidas ou eram desenvolvidas de forma equivocada,

o que me levou a constatar que os alunos não associavam o nome dos polígonos à

sua representação no plano.

Ao investigar as causas disso, me deparei com um planejamento de trabalho

elaborado de forma que a Geometria, ainda que considerada de extrema relevância,

só era abordada ao final do quarto bimestre letivo e de forma bastante superficial por

parte de alguns docentes.

À respeito da importância de se ensinar geometria, é possível observar que:

Na verdade, para justificar a necessidade de se ter a Geometria na escola, bastaria o argumento de que sem estudar Geometria as pessoas não desenvolvem o pensar geométrico ou o raciocínio visual e, sem essa habilidade, elas dificilmente conseguirão resolver as situações de vida que

forem geometrizadas; também não poderão se utilizar da Geometria como fator altamente facilitador para a compreensão e resolução de questões de outras áreas de conhecimento humano. Sem conhecer Geometria a leitura interpretativa do mundo torna-se incompleta, a comunicação das ideias fica reduzida e a visão da Matemática torna-se distorcida. (LORENZATO, 1995 p. 5).

Na busca de uma postura curiosa e de investigação, o professor deverá

investir em ações que, através de sua dinâmica, despertem nesses alunos a vontade

de aprender, deixando claro os objetivos a serem alcançados, e que no desenvolver

das atividades haja sempre um ambiente harmonioso, de respeito mútuo e confiança

para que possam, juntos, superar as dificuldades na busca de uma aprendizagem

significativa. Assim, se faz necessário observar que:

[...] a compreensão dos conceitos geométricos é favorecida quando estes são explorados num ambiente dinâmico e interativo, pois, tal ambiente, configura-se num recurso que pode possibilitar a transição entre o conhecimento que o aluno já acumula e a facilidade para conjecturar que o computador proporciona. (CRUZ, 2005, p. 17).

Partindo da premissa de que é necessário buscar novas fontes de estímulo e

de informação que não estejam centradas somente no livro didático, e acreditando

na capacidade de aprender, evoluir e estar sempre pronto para incorporar novas

experiências no cotidiano escolar é que se busca, através da inclusão do GeoGebra

enquanto ferramenta e recurso tecnológico, oportunizar e estimular os alunos para

um aprendizado significativo da Geometria Plana, em particular dos polígonos.

Portanto, com a utilização do software GeoGebra para auxiliar nos estudos da

Geometria Plana, busca-se a conscientização do professor para o resgate do ensino

da Geometria por esta ser de extrema importância para que os alunos possam firmar

sua competência espacial, que consiste em localizar-se, deslocar-se e orientar-se no

plano e no espaço em que vivem, a fim de que melhor possam comparar, classificar,

formular e resolver problemas.

Notadamente, também é importante ressaltar que:

A Geometria é um excelente apoio às outras disciplinas: como interpretar um mapa, sem o auxílio da Geometria? E um gráfico estatístico? Como compreender conceitos de medida sem ideias geométricas? A história das civilizações está repleta de exemplos ilustrando o papel fundamental que a Geometria (que é carregada de imagens) teve na conquista de conhecimentos artísticos, científicos e, em especial, matemáticos. A imagem desempenha importante papel na aprendizagem e é por isso que a reapresentação de tabelas, fórmulas, enunciados, etc., sempre recebe uma interpretação mais fácil com o apoio geométrico. (LORENZATO, 1995, p. 6).

Eis que o GeoGebra, um software de acesso livre criado em 2001 por Markus

Hohenwarter, pode então ser utilizado nos diferentes níveis de ensino, do básico ao

superior, possibilitando aos professores e alunos desenvolverem atividades voltadas

aos estudos dessa Geometria, além de Álgebra, Cálculo, Gráficos e Estatística.

2.2 Da Intenção à Ação

Quando iniciei as atividades no Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE, eu já havia observado que a escola onde estava lotado não apresentava um

planejamento adequado para o estudo das Geometrias, principalmente quanto à

Geometria Plana e, sabendo da importância desta para a vida do aluno, decidi de

imediato desenvolver o tema O Uso do Software GEOGEBRA como Ferramenta

Didático-Pedagógica para o Ensino da Geometria Plana nessa instituição.

A meta constituiu em dar um enfoque diferente, original e inovador, no campo

de estudo da Matemática e despertar no aluno o gosto em estudar as Geometrias,

incrementando alguma coisa a mais ao seu interesse, para que assim pudesse

descobrir os encantos de suas formas, fazendo uso, naturalmente, das tecnologias.

Conforme as Diretrizes Curriculares de Matemática – DCE’s (PARANÁ, 2008,

p. 48), “aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de

suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por

conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade”. Igualmente, temos

que, “no mundo de hoje, as inúmeras obras de engenharia, arquitetura, artes

plásticas, etc. mostram a imensa quantidade de formas que o homem desenvolveu,

partindo dos conhecimentos de Geometria” (IEZZI, 2005, p. 83).

A incorporação do Software GeoGebra para o estudo da Geometria Plana, em

particular o estudo dos Polígonos, teve como objetivo buscar superar essa barreira

que existe entre o pensar sobre a matéria Matemática e o praticar a Matemática. A

partir do momento em que o estudante passa a ser o agente de sua ação no

aprendizado da Matemática, ele poderá superar esse preconceito, essa barreira que

lhe foi imposta por quem não descobriu, na realidade, a Matemática no seu cotidiano

escolar, podendo avançar nas suas próprias descobertas através do fazer/refazer e

concluir, com segurança, quando alcançar o objetivo pré-definido.

Aqui, note ainda que:

A multiplicidade de formas na natureza é tão grande, que é preciso fundamentar porque é que o Homem adquiriu, gradualmente, a possibilidade de observar/perceber determinadas formas na natureza. Não há formas naturais que à priori, se distinguem para a observação humana. Foi na atividade que se formou a capacidade do Homem de reconhecer, na natureza e também nos seus próprios produtos, formas geométricas. (GERDES, 1992, p. 99, grifo do autor).

Eis que, para a realização deste trabalho, foram escolhidas as turmas A e B

do 6º ano, período matutino, pois, ao se introduzir a ferramenta GeoGebra nestes

anos, esperou-se conseguir despertar nos alunos o interesse para o uso de outras

tecnologias educacionais, num processo de interação e cooperação, criando neles

um hábito que, ao galgarem para os outros anos, as incorporem à sua rotina escolar,

sempre associando-as ao processo de ensino e de aprendizagem da Matemática.

Por seu turno, os avanços e as mudanças que estão ocorrendo no dia a dia

do professor exigem dele uma busca constante por novas tecnologias e a aquisição

de artes e técnicas necessárias para pô-las em prática, pesquisando de forma crítica

conteúdos que instiguem os alunos. E, as escolas devem disponibilizar meios para

que isso aconteça. Nesse contexto, o uso das tecnologias se torna imprescindível.

Pensando nessas mudanças, é necessário observar que:

Desde muito cedo, a criança aprende a conviver e a conciliar uma variedade de informações e tecnologias passando a acumular conhecimentos não só vindos de seu ambiente próximo – pais, grupos de amigos e/ou professores –, mas, sobretudo, produzidos pelas mídias. Por isso, é importante enfatizar que as informações e os conhecimentos não são adquiridos unicamente nas relações face a face, com seus pais e professores, como era feito há mais ou menos 60 anos. Esses novos conhecimentos são adquiridos de maneira não presencial, são adquiridos virtualmente a partir do uso frequente das novas tecnologias. (SETTON, 2011, p. 23-24).

Ao usar as tecnologias aliadas às técnicas para sua aplicação, o professor

interfere no processo pedagógico, procurando criar um ambiente de aprendizagem

colaborativo e de investigação, cuja iniciativa visa alcançar o objetivo de dar uma

nova forma ou modificar uma situação-problema num ato contínuo de negociação.

2.3 Do Envolvimento da Comunidade Escolar

No decorrer do período letivo de 2013, estando eu afastado para os estudos e

o desenvolvimento do projeto PDE, e já pensando nas atividades que viriam na

sequência durante a implementação do projeto na escola, procurei a Direção e a

Equipe Pedagógica para propor um trabalho no contra-turno escolar para alunos que

estivessem interessados em participar de um treinamento para assimilar o uso das

ferramentas básicas do software GeoGebra, que seria desenvolvido no Laboratório

de Informática da escola, com a finalidade de formar “monitores” para auxiliar o

professor PDE nas atividades práticas propostas em sua Unidade Didática a ser

desenvolvida com alunos do 6º ano, turmas A e B do período matutino, do Colégio

Estadual Professor Mariano Camilo Paganoto – EFM, em Foz do Iguaçu/PR.

A sondagem foi feita com alunos que estavam cursando o 8º ano letivo, do

período vespertino, que tivessem a intenção de permanecer no colégio e no mesmo

período de estudos no ano subsequente, que disponibilizassem de tempo e que os

pais ou responsáveis autorizassem a sua vinda para o colégio no contra-turno, já

que o projeto seria desenvolvido no período matutino.

Validada a proposta pela Direção e pela Equipe Pedagógica da Escola, foi

encaminhada então uma correspondência aos pais e/ou responsáveis pelos alunos

interessados, para que os mesmos tomassem conhecimento do Projeto que seria

desenvolvido pelo professor PDE no colégio, do interesse do aluno em participar do

treinamento e para a anuência destes, constando o horário e dias da semana em

que seria desenvolvido o projeto. A formação de monitores teve início em outubro e

sua culminância foi no final do mês de novembro. O treinamento foi realizado no

Laboratório de Informática da escola, dois dias por semana, das 7h30min às 10h00.

No decorrer do mês de novembro de 2013, no dia 07/11/2013, durante a

capacitação dos profissionais da educação, fui convocado pela Direção e Equipe

Pedagógica para expor o desenvolvimento do projeto, ficando, assim, a comunidade

escolar ciente dos trabalhos que seriam desenvolvidos.

O projeto foi implementado e contou com a participação ativa de 53 alunos. O

mesmo foi realizado nos meses de fevereiro, março e abril de 2014, no decorrer das

aulas de Matemática do professor PDE, e teve o acompanhamento da Equipe

Pedagógica, através do Formulário de Planejamento e Acompanhamento da

Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola.

Num primeiro diálogo com os alunos sobre o projeto, foi comentado sobre a

seriedade e a responsabilidade de cada um nos trabalhos que se seguiriam, tanto no

âmbito individual quanto no grupal, pois seria um momento coletivo de troca de

experiências, em que a interação com o colega e com os sujeitos dos outros grupos

enriqueceria a aprendizagem e acrescentaria conhecimento à todos.

Estando o projeto direcionado aos conhecimentos sobre a Geometria Plana,

buscou-se averiguar, através de um questionário (cf. Apêndice), o domínio dos

alunos em relação a essa área da Matemática e as possíveis lacunas aí existentes.

Ao fazer essa análise, foi possível verificar que a maioria dos alunos apresentava

uma carência na sua formação e ainda dificuldades quanto ao se expressar sobre o

assunto abordado, bem como na identificação das figuras apresentadas.

Prosseguindo nos trabalhos, foi providenciada uma apresentação em Power

Point empregando o computador e o Data Show, onde foram apresentadas algumas

figuras planas e os seus respectivos nomes. Isto foi importante, pois algumas figuras

geométricas, principalmente alguns quadriláteros, têm denominação própria e estes

são decisivos nos estudos da Geometria. Em síntese, os quadriláteros são polígonos

que tem quatro lados, quatro vértices e quatro ângulos.

Figura 1 – Quadrilátero ABCD

Fonte: Arquivo Pessoal do Autor, 2014

Figura 2 – Principais Quadriláteros: Trapézio, Paralelogramo, Retângulo, Losango e Quadrado

Fonte: Arquivo Pessoal do Autor, 2014

No início da apresentação, as figuras estavam posicionadas horizontalmente,

como aparecem na maioria dos livros didáticos. Contudo, decidi “brincar” com as

figuras, girando-as, invertendo a sua posição em 45º ou em 90º, sem que os alunos

notassem que era a mesma figura. Para minha surpresa, isso causou estranheza e

os alunos demonstravam, claramente, ter dúvidas quanto à identificação da figura,

quando esta era apresentada em uma posição diferente da que estava acostumado.

No quadrilátero ABCD, temos:

- lados: DAeCDBCAB ,,

- vértices: DeCBA ,,

- ângulos: ,ˆ,ˆ,ˆ DCBCBABAD

ADC ˆ

Isso me levou a considerar que não houve um aprendizado significativo ou

que em algum momento passado deixaram de ser abordados assuntos relacionados

à rotação, translação, ampliação e redução de figuras, para que o aluno pudesse

fazer comparações e adquirir percepção espacial. Este foi o ponto de partida para a

estruturação dos trabalhos que se seguiram.

Utilizando as ferramentas do software GeoGebra, providenciei a construção

de figuras geométricas planas, desenhadas em diversas posições e impressas em

folhas A4. Os alunos foram divididos em grupos e foi distribuído à eles esse material

para que discutissem, interagissem, identificassem e anotassem, no campo para tal,

as letras que correspondiam às figuras semelhantes (cf. Figura 3), observando e

comparando as diferentes posições que ocupavam.

Figura 3 – Figuras Geométricas Planas

Fonte: Arquivo Pessoal do Autor, 2014

Depois de constatado que havia ficado claro aos alunos as informações do

significado dos polígonos e sua respectiva classificação, foi a eles apresentado

alguns esquadros, a régua e o transferidor. Discorri sobre o uso dos esquadros, sua

semelhança com os triângulos, a estrutura de suas arestas e a constituição de seus

ângulos internos, diferenciando aí alguns pontos.

Ao comentar sobre os ângulos dos esquadros, foi possível usar o transferidor

para medir seus ângulos e classificá-los em obtuso, reto ou agudo, definindo-os a

partir de suas respectivas medidas. Os estudos desenvolvidos sobre as medidas dos

ângulos e sua classificação transcorreram de forma tranquila e as dúvidas surgidas

foram sanadas, tomando-se como base o ângulo reto, isto é, o de 90º.

Quanto ao uso do transferidor, a maioria dos alunos apresentou dificuldades

no seu manuseio e os trabalhos precisaram ser desenvolvidos com o auxílio de

monitores. Os alunos que já conheciam o instrumento e apresentavam facilidade

quanto ao seu manuseio se dispuseram a auxiliar o professor, vendo os grupos e

ajudando-os a sanar dúvidas, num processo contínuo de interação e cooperação.

Foram usadas figuras conhecidas, desenhadas em papel quadriculado (cf.

Figura 4), para que, ao usar o transferidor pudessem observar e diferenciar a

medida de cada ângulo e sua classificação em agudo, reto ou obtuso.

Figura 4 – Figuras Desenhadas em Papel Quadriculado

Fonte: Arquivo Pessoal do Autor, 2014

Após o desenvolvimento de algumas atividades, e observando que os alunos

apresentavam domínio na identificação das figuras planas, bem como conseguiam

nomeá-las de forma correta e, usar o transferidor, identificando e classificando os

ângulos internos das figuras, introduzi um material chamado geoplano (cf. Figura 5).

Enquanto os componentes dos grupos analisavam o material entregue, aos

poucos as perguntas começaram a surgir, pois, segundo eles, não conheciam esse

material e de que forma poderia ser usado para aprender Matemática. Em seguida,

distribuí alguns elásticos coloridos aos grupos e deixei que aflorassem a criatividade.

Não demorou perceberem que podiam construir figuras, das mais diversas formas,

iniciando o processo de construção do conhecimento e a troca de experiências.

O geoplano foi concebido por Caled Gattegno, no Instituto de Educação da

Universidade de Londres, e é um material didático-pedagógico que pode ser usado

para auxiliar nos estudos da Geometria Plana, Simetria, Semelhanças, dentre outros

temas matemáticos. Por ser manipulativo e de fácil utilização pelos alunos, estes

podem construir, movimentar, interagir, desfazer e comparar figuras através de

várias atividades, proporcionando a eles a construção de conceitos, a resolução de

problemas e o desenvolvimento de seu pensamento abstrato.

Figura 5 - Geoplano

Fonte: Arquivo Pessoal do Autor, 2014

A utilização de materiais manipuláveis, de forma adequada e com objetivos

bem definidos, é um facilitador, isto é, um ótimo recurso para fazer com que o aluno,

através da sua utilização, possa desenvolver suas potencialidades para observar,

representar, descrever e compreender o mundo em que está inserido, de forma

consciente e organizada, fazendo com que o seu aprendizado seja significativo.

Estando os estudos aqui direcionados às figuras geométricas planas, introduzi

também o cálculo do perímetro de algumas delas. Dando a definição de perímetro e

associando-a ao número de lados de um polígono, foi utilizada uma unidade padrão

de medida que fosse de conhecimento e domínio dos alunos, como o centímetro, o

metro e o quilômetro.

Lembre que, para calcular o perímetro de um polígono é necessário partir de

um ponto inicial, contornar toda a figura e voltar ao ponto de partida, anotando as

medidas percorridas. A medida total desse contorno percorrido é denominada de

perímetro do polígono, e corresponde a soma de todos os seus lados. Tomando

como exemplo a Figura 6 abaixo, temos que: (6 + 1 + 1 + 1 + 2 + 2 + 5 + 4) = 22 cm.

Figura 6: Exemplo de cálculo do perímetro

Fonte: Arquivo Pessoal do Autor,2014

Para trabalhar o objeto perímetro, foram utilizadas as figuras da Atividade 1

da Unidade Didática (cf. Figura 7), juntamente com o papel quadriculado e o

geoplano, tomando-se como referência a escala de unidade para cada segmento de

reta, de um ponto ao outro, como um centímetro, para que o aluno pudesse fazer as

observações e comprações necessárias ao desenvolver as atividades.

Os trabalhos foram realizados em grupos, mas as figuras foram distribuídas

individualmente para cada componente, com o objetivo de facilitar a observação, a

manipulação e a visualização, promovendo o diálogo, a socialização das produções,

a troca de experiências e a discussão sobre os pontos convergentes e divergentes

para concluirem com segurança sobre o aprendizado pretendido.

Figura 7: Exemplos de figuras para cálculo do perímetro

Fonte: ROCHA et al, 2008.

Primeiramente, foram disponibilizados elásticos coloridos para que os alunos

fizessem a transposição das figuras apresentadas para o geoplano e observassem

que, devido à distância entre os seus pinos, as figuras depois de transpostas

apareceriam como se fossem uma ampliação, sem perder as características iniciais.

Na sequência dos estudos sobre o perímetro de algumas figuras geométricas

planas, foi a eles solicitado que calculassem o perímetro de cada figura que lhes fora

entregue (cf. Figura 7), onde, cada segmento, de um ponto ao outro da figura,

representaria um centímetro. Na execução das atividades percebi que alguns alunos

decidiram por enumerar os segmentos (1, 2, 3, 4,...) alegando que estariam mais

seguros das respostas se assim o procedessem. Após a conclusão da primeira

atividade direcionei o cálculo do perímetro para alguns dos principais quadriláteros,

(cf. Figura 8), também estruturados em folhas de papel quadriculado e entregue uma

para cada aluno, afirmando a possibilidade de que cada quadradinho teria um

centímetro de lado. Aqui fiquei observando como reagiriam ao se depararem com o

trapézio, o paralelogramo e o losango.

Figura 8 – Principais quadriláteros

Fonte: Arquivo Pessoal do Autor, 2014

Para minha surpresa, depois de alguns momentos de interação entre os

componentes dos grupos, foi me apresentada a ideia de interferirem na figura,

modificando-a para que tivessem uma melhor visualização e usando régua e

tesoura, interferiram no trapézio, no paralelogramo e no losango, recortando e dando

a figura um novo formato, a qual facilitaria a contagem dos quadrados completos.

Ao promover a inserção do cálculo da área de algumas figuras geométricas

planas, também foi necessário instruir os alunos sobre o significado das medidas de

superfícies, nas quais foram definidas unidades-padrão para o cálculo e que fossem

do conhecimento dos alunos (como o cm2, o m2 e o km2), dependendo da superfície

a ser medida. Observe que “medir uma superfície significa compará-la com outra,

tomada como unidade, e estabelecer quantas vezes a unidade cabe na superfície

dada” (IEZZI, 2005, p. 253).

Figura 9 – Exemplo de cálculo da área

Fonte: Arquivo pessoal do Autor, 2014

Ao iniciar os trabalhos com medidas de áreas foram utilizadas os modelos (cf.

Figura 7) que os alunos conheciam, podendo modificá-los e dar a eles um novo

Considerando a unidade de

medida como sendo o quadrado

menor destacado na figura, e que

ele já ocupa uma posição,

quantos dele seriam necessários

para preencher a figura toda?

formato. Alguns grupos decidiram por recortar e completar os espaços que faltavam

para dar uma forma de retângulo ou quadrado; já outros, por um processo mais

demorado, conforme haviam entendido, recortaram quadrados e retângulos, também

chegaram ao resultado correto. Igualmente, foi a eles proposto que calculassem a

área dos principais quadriláteros (cf. Figura 8), e o processo mais utilizado foi o de

enumerar as partes que, divididas ao meio, completassem um quadrado, para,

depois, se contar os quadrados inteiros e concluir com segurança o exercício.

Percebendo que todos estavam articulando as ideias e agindo da mesma

forma, sugeri que fizessem o recorte da figura e a colagem, já que a interação era

possível, e fiz com que percebessem que, observando o comprimento e a largura da

nova figura estruturada, poderia se chegar ao resultado através da multiplicação dos

lados da figura. Foi aí que perceberam a facilidade em se trabalhar a área quando a

figura apresentada era um retângulo ou um quadrado.

Após os alunos desenvolverem algumas atividades, percebi que poderia

inserir algumas fórmulas próprias para cálculo da área de algumas figuras

geométricas planas, o que já seria uma possibilidade de assegurar o conhecimento

para os estudos que viriam nas séries seguintes.

Quando afirmei aos alunos que estávamos concluindo as atividades

direcionadas para a sala de aula e que a sequência dos estudos se daria no

Laboratório de Informática da escola com a exploração das ferramentas tecnológicas

do Software GeoGebra, percebi que a euforia tomou conta da sala de aula e não se

continham de tão grande expectativa.

Antes de conduzir os alunos ao Laboratório de Informática, fiz uma avaliação

prévia de quantos computadores estariam disponíveis para os trabalhos, visto que,

ao iniciar o Projeto PDE, contávamos com 32 funcionando. Juntamente com o

Agente Educacional II, responsável pelo Laboratório, verificamos que havíamos

perdido 6 e que contávamos agora com 26, e que estes estavam divididos em quatro

setores dentro do Laboratório, o que dificultaria um pouco o acompanhamento dos

trabalhos, mas, mesmo assim, se teria um aluno por computador.

Nos dias previamente agendados para as aulas no Laboratório de Informática

o funcionário responsável já os deixava ligados para que tivéssemos um maior

aproveitamento do tempo e os alunos eram orientados em sala de aula e conduzidos

ao Laboratório acompanhados do professor PDE e de duas alunas que aturam como

monitoras, com as quais tiveram um ótimo relacionamento.

Na primeira aula com o GeoGebra, estes foram orientados, passo a passo, a

abrir o programa e a explorar as suas ferramentas, de acordo com um pequeno

manual que lhes foi entregue, onde foram mostrados os procedimentos para a sua

familiarização com o programa. Iniciaram por traçar segmentos compreendidos entre

dois pontos e movimentá-los na janela de visualização. Na sequência aprenderam a

clicar sobre o segmento, acessar as propriedades e alterar a cor e o estilo, a medir o

comprimento do segmento, o ponto médio, entendendo o seu significado.

Após observar que todos os alunos estavam familiarizados com as

ferramentas disponibilizadas pelo programa, direcionei os trabalhos através de

apostilas, com tarefas específicas e voltadas aos estudos das figuras geométricas

planas, para que os alunos, ao concluírem, observassem a relação existente com os

conteúdos previamente estudados em sala de aula. As atividades propostas foram

acompanhadas pelo professor PDE, sempre auxiliado pelas alunas monitoras e

desenvolvidas com muito empenho e dedicação pelos alunos.

As avaliações foram feitas diariamente, durante o processo de construção do

conhecimento e a execução das tarefas, durante as quais o professor, interferindo

quando solicitado ou quando observada alguma dúvida do aluno, auxiliava no

direcionamento correto dos trabalhos. Ao encaminhar a avaliação final, visando à

ampliação da significação dos conceitos já estudados sobre o uso das ferramentas

tecnológicas para auxiliar no estudo e aprendizado da Geometria Plana, o professor

PDE organizou uma apostila com tarefas que deveriam, através dos componentes

dos grupos previamente formados, ser executadas como atividade extraclasse.

Através de correspondência, anexada à apostila de tarefas, com a devida

anuência da Direção e da Equipe Pedagógica do Colégio, foi solicitado o

envolvimento dos pais e/ou responsáveis pelos alunos, para que os autorizassem a

acessar em casa o site <http://www.geogebra.org>, baixar e instalar o Software

GeoGebra, deixando claro os objetivos que se pretendia alcançar com as tarefas

propostas e apontando a necessidade em se dominar as tecnologias para o

desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje.

Ficou evidente o interesse o envolvimento e a disposição dos pais e/ou

responsáveis na participação e execução das tarefas propostas, pela procura dos

mesmos pelo professor PDE, para sanar algumas dúvidas que foram surgindo

durante o processo de construção da aprendizagem.

O Projeto teve seu ápice com a exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos

alunos no mural do Colégio para apreciação de toda a comunidade escolar, e o

resultado disso foi muito bom, pois houve uma superação de barreiras que, por

vezes, limitam o uso das tecnologias no processo de ensino e de aprendizagem.

3 Considerações Finais

Ao concluir este trabalho pude notar que a inserção dos recursos tecnológicos

para auxiliar no estudo da Geometria Plana proporcionou uma significativa

compreensão dos conceitos geométricos, bem como motivou os alunos a se

tornarem participantes ativos do processo de ensino e de aprendizagem, através do

trabalho cooperativo e colaborativo, no qual a dinâmica das atividades evitou o

tradicional, facultando ao aluno a possibilidade de agir e refletir sobre a sua ação e

aceitar as diferenças, discutir com os pares na construção do seu próprio

conhecimento, por meio da troca de experiências e do trabalho coletivo. Note que

aqui o professor precisa ter clareza do objetivo que almeja alcançar, ou pelo menos,

de quais caminhos deverão ser percorridos para que possa participar deles como

mediador e facilitador no processo de construção da aprendizagem dos seus alunos.

Entretanto, também ficou claro que, conforme as opiniões apresentadas

durante os estudos do Projeto, da Unidade Didática e no Grupo de Trabalho em

Rede (GTR), o professor deve fazer uso dos materiais de geometria, como

esquadro, régua, transferidor e compasso para que o aluno possa manuseá-los na

construção das mais diversas figuras, capacitando-os para que saibam diferenciar o

que está certo do errado, ao fazerem uso das tecnologias, na construção de figuras

geométricas, cálculos das medidas de seus ângulos, cálculos dos perímetros e das

áreas das figuras.

É certo que a inserção dos recursos tecnológicos, tais como os softwares

educacionais, poderá trazer significativas contribuições para se repensar o processo

de ensino e de aprendizagem, já que surgem como um facilitador ao trabalho do

professor, proporcionando ao aluno a possibilidade de colocar em prática o seu

aprendizado e construir o seu próprio conhecimento ou mesmo suprir alguma lacuna

que o livro didático ou outro material apresentado em sala de aula deixaram, de

maneira a dar mais significados aos conteúdos estudados.

Assim, ao inserir os recursos tecnológicos, observamos que:

A escola, como espaço de múltiplas e ricas aprendizagens, que acontecem também na família, na cidade, nos espaços virtuais, tem de adotar processos mais flexíveis, menos prontos e impositivos, em que os professores sejam tutores, mediadores e orientadores dos alunos. (MORAN, 2012, p. 71).

No desenvolvimento das atividades, pude observar que os alunos estavam

motivados e aceitaram a responsabilidade de construir seu aprendizado através da

articulação de ideias e do respeito mútuo, até chegar a um consenso sobre o que

era certo, solicitando, quando julgadas necessárias, as intervenções do professor.

Referências

CRUZ, D. G. A Utilização de Ambiente Dinâmico e Interativo na Construção do Conhecimento Distribuído. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) – Setor de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2005. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/7414/DONIZETE%20GON%C3%87ALVES%20DA%20CRUZ.pdf?sequence=1>. Acessado em: 29 abr. 2013.

GERDES, P. Sobre o Despertar do Pensamento Geométrico. Curitiba: UFPR, 1992.

IEZZI, G. et al. Matemática e Realidade: 5ª série. 5. ed. São Paulo: Atual, 2005.

LORENZATO, S. Por Que Não Ensinar Geometria?. A Educação Matemática em Revista, Florianópolis, vol.4, p.3-13, 1995.

MORAN, J. M. A Educação que Desejamos: novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007.

PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Matemática. Paraná, 2006.

PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Matemática. Paraná, 2008.

ROCHA, C. A. et al. O Uso do Geoplano para o Ensino de Geometria: uma abordagem através de malhas quadriculadas. 2008. Disponível em: <http .sbem.com.br files ix enem inicurso ... C 20 334 4 8 .doc >. Acessado em: 27 out. 2014.

SETTON, M. G. Mídia e Educação. 1. ed. 1. reimp. São Paulo: Contexto, 2011.

VELENTE, J. A. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: UNICAMP/NIED, 1999. Disponível em: <http://www.nied.unicamp.br/oea/pub.html>. Acessado em: 29 mar. 2013.

Sites

GEOGEBRA. Disponível em: <http://www.geogebra.org>. Acessado em: 27 out. 2014.

O GEOGEBRA. Disponível em: <http://ogeogebra.com.br/site/>. Acessado em: 27 out. 2014.

Apêndice

QUESTIONÁRIO

PROJETO PDE 2013/2014

O Uso do Software GeoGebra como Ferramenta Didático-Pedagógica para o Ensino da

Geometria Plana: uma possibilidade de sair dos trilhos e se aventurar por novos caminhos.

Prof. Antonio Aires Fornaziere

Área: Matemática

Aluno(a)_________________________________________________________6º ano _______

As perguntas que se seguem deverão ser respondidas dentro do domínio de seu conhecimento,

buscando firmar-se nos conteúdos já estudados durante as séries iniciais do ensino fundamental do

1º ao 5º ano.

1ª) Você tem computador e pode acessar a internet em sua casa? ( ) sim ( ) não 2ª) Caso tenha respondido “sim” à primeira pergunta Quanto tempo, aproximadamente, você fica conectado à internet diariamente? ( ) 1 h ( ) 2 h ( ) + de 2 h 3ª) Quando você acessa a internet qual a finalidade principal? ( ) jogos ( ) facebook ( ) twiter ( ) pesquisas ( ) estudos ( ) outros Segundo Iezzi (2005, p. 83) “a geometria tem por objetivo estudar as formas (de objetos ou figuras) e estabelecer relações entre as medidas de suas partes e entre figuras diferentes.” 4ª) Você sabe o que é estudado em Geometria? .......................................................................................... 5ª) Você saberia explicar, com suas palavras, o que você entende por um polígono? ( ) sim ( ) não .......................................................................................... 6ª) Você poderia descrever , com suas palavras, o que você entende por polígonos regulares e quais as suas características? ( ) sim ( ) não .......................................................................................... 7ª) Você saberia diferenciar polígonos regulares de polígonos irregulares? ( ) sim ( ) não

8ª) Você já estudou como calcular o perímetro de uma figura geométrica plana? ( ) sim ( ) não 9ª) Observe as figuras abaixo e escreva o nome de cada uma delas, caso você consiga identificá-las.