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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: A CONTRIBUIÇÃO DO MUNDO
VIRTUAL NA ORIENTAÇÃO DE JOVENS SOBRE A GRAVIDEZ NA
ADOLESCÊNCIA
Silvana Raffaely1
Lirane Elize Defante Ferreto de Almeida2
RESUMO: A tecnologia tem papel importante no cotidiano, considerada ferramenta necessária de
acesso ao conhecimento. Bem utilizada, produz efeitos positivos na vida das pessoas e no processo
ensino-aprendizagem, tornando-o mais atraente, divertido e participativo para o aluno, que se sente
inserido no processo de construção do conhecimento e sua produção é o resultado do trabalho orientado
pelo professor. O objetivo da pesquisa foi de utilizar-se das novas tecnologias de informação para
orientação sobre a problemática da gravidez na adolescência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa,
descritiva e exploratória, com procedimentos técnicos de uma pesquisa-ação, conduzido por um roteiro de
questões direcionadas, com análise descritiva, para caracterização do público e análise de conteúdo sobre
tecnologia e gravidez na adolescência, realizado na escola Estadual Interventor Manoel Ribas. Fez parte
da pesquisa 23 alunos 8ºano “B”. Os resultados apontaram para que a escola busque demonstrar possíveis
estratégias de compreensão e aprofundamento do saber, com a ajuda das tecnologias. Cabe aos
educadores aproximar essas ferramentas a fim de verificar qual a eficiência dessa associação na formação
dos alunos, inserindo novos conhecimentos, para interação e informação sobre a problemática da gravidez
na adolescência. Possibilitando produções e incentivos da pesquisa científica uso computadores para
construção de trabalhos com software, voltadas à orientação e prevenção das DSTs e gravidez precoce,
conduzindo a reflexões.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia da informação; Adolescência; Gravidez; Prevenção.
INTRODUÇÃO
O mundo digital encontra-se presente na vida cotidiana das famílias brasileiras,
mesmo aquelas localizadas no meio rural. É uma ferramenta importante para o acesso
ao conhecimento, e quando bem utilizada pode produzir efeitos positivos na vida das
pessoas, sendo de fácil acesso, compreensão e utilização, principalmente pelos jovens.
As tecnologias contribuem nas atividades diárias e a sociedade depende direta ou
indiretamente para a sobrevivência da humanidade. Deve ser incorporado no processo
ensino-aprendizagem tornando-o mais atraente, divertido e participativo.
Conforme PINTO (2013), fazer uso das inovações tecnológicas é de
fundamental importância no contexto escolar, pois através do acesso, do uso e da
relação professor-aluno torna-se um mecanismo de formação integral do indivíduo para
a cidadania.
1 Professora da disciplina de educação especial da escola.....E-mail: [email protected]
2 Doutora em Saúde Coletiva (UNICAMP/SP), docente do curso de medicina da UNIOESTE – Campus
de Francisco Beltrão – PR. E-mail:[email protected]
Sabe-se que os alunos demonstram maior interesse em novidades que são
apresentadas no processo ensino-aprendizagem. Esse interesse pelas novas tecnologias
quer estejam inseridas dentro do ambiente doméstico ou fora dele pode ser despertado
com o uso da tecnologia. Por isso incluir as novas tecnologias nas salas de aula passa a
ser uma necessidade no processo de ensino para garantir que os alunos estejam
incluídos na era digital.
Para BARRETO (2002), utilizar corretamente as tecnologias, estimula a
produção de conhecimento e traz benefícios para o seu desenvolvimento social em que
está inserido. O conhecimento tecnológico deve estar inserido nos diversos campos do
conhecimento para contribuir na formação do humano. Nesse contexto, a escola é o
locus de apoio para que os alunos tenham acesso às informações e consiga utilizar as
tecnologias digitais, reduzindo a lacuna entre gerações e grupos sociais, possibilitando a
redução do isolamento, a realização de operações básicas que serão úteis no seu
cotidiano e para sua formação.
Diante do exposto, e devido a grande área de abrangência da rede mundial de
computadores e a facilidade de acesso por parte dos jovens, que se torna importante a
inclusão dessa ferramenta em sala de aula. As novas tecnologias, como por exemplo, o
computador é um instrumento útil para a aprendizagem, mas quando não bem
conduzido pode contribuir para que o aluno tenha acesso a informações distorcidas e
incorretas. Segundo, MORAN (2007), destaca que as tecnologias são como pontes que
abrem a sala de aula para o mundo, onde apresentam diferentes formas de representar a
realidade, possibilitando melhor desenvolvimento das potencialidades dos alunos, como
suas habilidades, atitudes e os diferentes tipos de inteligência.
Tendo em vista as dúvidas enfrentadas pelos adolescentes durante o período da
adolescência, a escola deve ser um local de preparação e instrumentalização, com
profissionais que trabalhem a formação e informação dos conteúdos dos temas
geradores, contando com o apoio e uso das novas tecnologias. Nesse contexto, a escola
é o locus de apoio para que os alunos tenham acesso às informações e consiga utilizar as
tecnologias digitais, reduzindo a lacuna entre gerações e grupos sociais, possibilitando a
redução do isolamento, a realização de operações básicas que serão úteis no seu
cotidiano e para sua formação. Com isso, a proposta de intervenção do PDE, pode ser
uma oportunidade do uso dessas novas tecnologias. Diante disso, questiona-se: Como
podem essas tecnologias contribuir para a inserção e a construção do exercício da
cidadania pelos adolescentes? Pode ainda ser um meio para despertar o interesse dos
alunos pela pesquisa científica?
Este trabalho foi desenvolvido junto a adolescentes do 8º ano do Ensino
Fundamental, da Escola Estadual Interventor Manoel Ribas, do município de Santo
Antônio do Sudoeste-PR, com objetivo implementar ações de aproximação entre o
mundo virtual e a problemática da gravidez na adolescência, que tem registrado um
aumento nos indicadores. Vale ressaltar que tal tema é pouco discutido com alunos
inseridos na rede regular de ensino e também é um meio de garantir a inclusão dos
adolescentes na sociedade de forma consciente por meio da educação.
Assim, esse artigo, parte do levantamento de informações junto aos adolescentes
sobre as novas tecnologias e o uso na prevenção da gravidez na adolescência,
estabelecendo mecanismos para a construção e reflexão do uso das novas tecnologias na
produção e pesquisa científica utilizando-se da rede mundial de computadores, como
suporte para construção de trabalhos com softwares.
O trabalho é composto por diferentes atividades que favoreçam a inclusão e
processo de aprendizagem da temática criando as possibilidades de desenvolver no
cotidiano da escola debates, reflexões, vídeos, leituras textuais, slides, pesquisas
científica, utilização das tecnologias disponíveis, mini vídeos sobre o tema sexualidade
e gravidez na adolescência. Através do conhecimento tecnológico os educando se
apropriam dessas formas e aprendem, portanto, mediar os campos simbólicos que as
rodeiam.
REFERENCIAL TEÓRICO
A IMPORTANCIA DA TECNOLOGIA NO ENSINO
A crescente evolução e utilização de novas tecnologias vêm acarretando
profundas mudanças no meio ambiente, nas relações e nos modos de vida da população,
colocando os indivíduos diante de novos desafios, cuja maioria a população não está
preparada para enfrentar (ANGOTTI; AUTH, 2012).
O meio escolar é o lugar onde ocorre aprendizagem de forma integrada entre
professores e aluno com trocas mútuas de conhecimento, sendo os recursos tecnológicos
multifuncionais meios de interação, comunicação, socialização, individualizados ou não
para cada instrumento. Considerando, o acentuado acesso aos avanços tecnológicos que
hoje presencia-se nas escolas, torna-se difícil para os professores competir apenas com o
livro didático, pois as tecnologias utilizam-se de formas envolventes para chamar a
atenção dos jovens.
Os recursos pedagógicos, tecnológicos e instrucionais contribuem positivamente
na melhoria das condições de aprendizagem dos alunos (PARANÁ, 2008). As novas
tecnologias não podem ser deixadas de lado, ao contrário, é necessário que se incentive
o uso tecnológico como meio de educar, o que para alguns professores ainda amedronta,
provavelmente pela falta de conhecimento ou aproximação com essas novas
tecnologias.
Nesse aspecto é importante ensinar aos alunos como usar esses instrumentos
informativos corretamente, para o processo de ensino-aprendizagem, caso contrário elas
se tornarão empecilho no processo de ensino. É preciso construir com o aluno as
atividades, demonstrando como as novas tecnologias são importantes para a sua vida e
os perigos que podem provocar com o mau uso das mesmas.
Por meio das novas tecnologias é possível despertar a curiosidade, a
materialização de imagens que auxiliarão na educação no sentido de apresentar ao aluno
como o mundo é na realidade. A escola, enquanto instituição social é convocada a
atender de modo satisfatório as exigências da modernidade, estar presente nesse cenário.
As novas tecnologias podem ser classificadas em mídias, multimídias e hipermídia, a
primeira tem a capacidade de transmitir apenas áudio (rádio, cd), a televisão, DVD, é
mídia de som e imagem, as segundas são os documentos que incorporam texto, imagem
e som de maneira não linear (slides) e as últimas significam vários meios, integra vários
elementos ou dispositivos diferentes interconectados (computador).
O conhecimento tecnológico deve estar inserido nos diversos campos do saber
humano. Trata-se de um novo elemento do processo ensino aprendizagem. SIMON,
(1995, p.70) ressalta que: “a “tecnologia” deve ser sempre entendida em sua
pluralidade, como campo diversificado de diferentes formas de saber/poder.”
Argumenta ainda que a tecnologia é:
Um conjunto de procedimentos, mecanismos e técnicas reguladas, a noção de
tecnologia é ampliada para incluir a produção daquilo que é conhecível em
relação a formas materiais, sociais e espirituais: noções de conhecível que
assumem um caráter prático, pragmático em sua própria articulação de poder
cultural. (SIMON, 1995, p.71).
Através do conhecimento tecnológico os educando se apropriam de formas
visuais, auditivas, textuais e aprendem, portanto, mediar os campos simbólicos que as
rodeiam. ”É importante avaliar que outras tecnologias são fundamentais para contestar
horizontes normalizados e ampliar as possibilidades quem temos para reconstituir nossa
ideia daquilo que nossos futuros podem ser” (SIMON, 1995, p.77). Considerando o
desenvolvimento tecnológico que hoje se presencia no campo da contracepção e os
avanços no âmbito da saúde sexual e reprodutiva, disponibilizar de informações e meios
relacionados aos métodos anticoncepcionais existentes é uma das melhores formas de
adesão a um programa de prevenção (BERLOFI, 2006).
Segundo MORAN, (2013), remete-nos a pensar sobre as tecnologias diante da
interação e da interferência no processo educacional. Instigando e proporcionando
momentos de reflexão acerca da influência efetiva nas escolas. Enfatiza ainda que as
redes, principalmente a internet, estão começando a provocar mudanças profundas na
educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o conceito ensino
aprendizagem localizado e temporalizado e a distância permitindo o acesso de um maior
número de indivíduos e socializando o conhecimento.
A escola, por meio das redes digitais, abre-se para o mundo, apesar das
resistências institucionais, que sempre ocorrem, as pressões pelas mudanças é cada vez
mais forte, e contribui para divulgar as melhores práticas, ajudando outras escolas a
encontrar seus caminhos (MORAN, 2007). A divulgação hoje faz com que o
conhecimento compartilhado acelere as mudanças necessárias e agilize as trocas entre
alunos, professores e instituições. A escola ainda sai do seu casulo, do seu mundinho e
se torna uma instituição onde a comunidade pode aprender de forma contínua e flexível.
Sobre isso BARBERO (1996), argumenta:
A simples introdução dos meios e das tecnologias na escola pode ser a forma
mais enganosa de ocultar seus problemas de fundo sob a égide da
modernização tecnológica. O desafio é como inserir na escola um
ecossistema comunicativo que contemple ao mesmo tempo: experiências
culturais heterogêneas, o entorno das novas tecnologias da informação e da
comunicação, além de configurar o espaço educacional como um lugar onde
o processo de aprendizagem conserve seu encanto (BARBERO, 1996, p.10).
Ainda sobre as tecnologias, MORAN (2007) destaca que a transmissão de
informação é a tarefa mais fácil, ajudando o professor a facilitar o seu trabalho. É por
meio das tecnologias que a sala de aula se abre para o mundo, pois as diferentes
tecnologias facilitam o acesso a informação e ao conhecimento que contribuem para a
formação do aluno. As tecnologias “possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o
desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de
inteligência, habilidades e atitudes” (MORAN, 2007, p.162).
Atualmente as tecnologias permitem a eliminação de barreiras existentes e a
busca por informações ficou mais fácil, podendo ser encontrada e disseminada. “A
informação é qualificada como instrumento modificador da consciência do homem”
(BARRETO, 2002, p.70). Contudo a era digitalizada, desperta em alguns profissionais
maior interesse e domínio, e a outros maior resistência, assim desencadeia - se
diversificadas relações e tentativas.
Neste sentido, que se desvincule a ideia de educação individualizada, da
importância da relação e interação com os meios tecnológicos, para maior realização
concreta na educação. As novas tecnologias são ferramentas eficientes para serem
utilizadas nas salas de aula em parceria com prática pedagógica, independente da área
de atuação, ela consegue garantir a aprendizagem dos alunos e neste caso em especifico
utilizou-se as para abordar o tema sexualidade em especial a gravidez na adolescência.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória que se define
como procedimentos técnicos de pesquisa ação, onde THIOLLENT (2002) argumenta
que por meio desta orientação metodológica, os pesquisadores em educação podem
produzir informações e conhecimentos de uso mais efetivo, promovendo condições para
ações e transformações de situação dentro da escola.
Este trabalho foi desenvolvido junto a adolescentes do 8º ano do Ensino
Fundamental, da Escola Estadual Interventor Manoel Ribas, do município de Santo
Antônio do Sudoeste-PR, a qual atende educandos do 6º ao 9º ano, localizada no meio
urbano, no Bairro Entre Rios, pertencente ao Núcleo Regional de Educação de
Francisco Beltrão, no período de março a maio de 2014.
Essa pesquisa faz parte do projeto de implementação pedagógica denominada
“Tecnologia da Informação: A contribuição do mundo virtual na orientação de jovens
sobre a gravidez na adolescência”. Os participantes responderam a um questionário que
teve como objetivo levantar informações sobre conhecimento dos alunos em relação ao
tema tecnologia e gravidez na adolescência, que constou de perguntas não limitantes
(abertas) onde os educandos puderam expressar livremente suas opiniões e perguntas
fechadas de múltiplas escolhas, que permite uma investigação mais profunda do tema.
Posteriormente foi aplicada a intervenção sendo utilizados filmes, vídeos, cartazes,
palestras, produção textual, produção de vídeos, pesquisa na web, e observado o
interesse, participação e produção do aluno. Ao final da intervenção foi aplicado outro
questionário visando identificar o percentual de captação do conteúdo pelo aluno com
questões relacionadas a tecnologia e sexualidade. Também foram utilizados como
parâmetro da avaliação da implementação os comentários dos professores que atuam no
Grupo de Trabalho (GTR) em Rede da Secretaria Estadual de Educação.
Os dados coletados durante a pesquisa foram tabuladas em planilha Excel e
produzidas análise de frequência e interpretação dos dados. Em relação aos dados
observados durante a intervenção foi anotado em caderno e produzida à análise dos
dados de forma descritiva.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa desenvolvida junto a escolares no município de Santo Antônio do
Sudoeste – PR e procurou identificar as formas de conhecimento dos alunos sobre o uso
das tecnologias na escola e na sua vida diária e estabelecer uma relação com ações de
prevenção à saúde em especial a gravidez na adolescência. A pesquisa foi realizada com
23 alunos com idade de 12 a 16 anos, sendo 14 meninos e 09 meninas, residentes no
meio urbano.
O trabalho de campo esteve associado à execução do projeto de atividades
sugerido pela pesquisadora. Dos participantes observa-se que 70% afirma ser
importante a tecnologia em sala de aula, ou seja, os alunos sabem que ela existe e a
consideram importante devido à facilidade e o número de informações que podem ser
veiculados pelas diferentes formas tecnologias. Hoje o celular, por exemplo, faz parte
da dinâmica da vida de um estudante, e há que se observar que esse tipo de tecnologia é
responsável pela distração do aluno em sala de aula.
Existe a necessidade de aproximar a sala de aula do mundo real, para torná-lo
também atrativo e interessante para toda a comunidade escolar, mas como fazer isso? Se
de um lado temos o aluno com acesso e facilidade do uso das tecnologias, na outra
ponta existe o professor que às vezes desconhece as tecnologias ou não as tem
disponível nas escolas para utilizar com os alunos. Há uma lacuna entre o desejável e o
realizável, a todo o momento são bombardeadas milhares de informações que podem ser
acessadas rapidamente por meio de um aparelho eletrônico, informações estas que
necessitam ser avaliadas quanto a sua importância e veracidade, podendo tornar-se um
importante instrumento de apoio na formação do aluno.
Nesse contexto em que o aluno encontra-se entre o acesso a inúmeras
informações é importante que o professor promova debates sobre a melhor forma de
selecionar informações verídicas e que acrescentam contribuições para a vida do
indivíduo.
Tabela 1: Número de respostas dos educandos sobre tecnologia, sexualidade e gravidez
na adolescência, Escola Estadual Interventor Manoel Ribas, do município de Santo
Antônio do Sudoeste-PR, 2014.
Variáveis N %
Consideram a tecnologia importante
Sim
Não
17
06
70
30
Influencia negativamente
Sim
Não
20
03
80
20
Tecnologias utilizadas3
CD
Celular
Computador
Internet
Máquina digital
Rádio
Televisão
Vídeo game
25
30
35
05
20
55
15
Internet – ferramenta de pesquisa
Sim
Não
21
01
98
02
Pesquisa sobre sexualidade
Sim
Não
03
20
20
80
Preparado para vida sexual
Sim
Não
01
22
10
90
Sexo é:
Amor
Prazer
Amor e prazer
44
47
09
Sexo é diferente de sexualidade
Sim
Não
03
20
20
80 Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
3 Os participantes tinham a opção de assinalar mais de uma opção.
Observa-se na tabela 1 que 80% dos alunos reconhecem que as novas
tecnologias quando não bem utilizadas podem influenciar negativamente ou promover
danos à sociedade, como por exemplo, hackers utilizam-se da internet para violar o
sigilo individual, acessar e roubas contas bancárias, alterar informações pessoais entre
outras ações.
Atualmente as tecnologias permitem a eliminação de barreiras existentes e a
busca por informações ficou mais fácil, podendo ser encontrada e disseminada. “A
informação é qualificada como instrumento modificador da consciência do homem”
(BARRETO, 2002, p.70). Quando corretamente utilizada, estimula a produção de
conhecimento. Nas palavras de BARRETO “modifica o estoque mental de saber do
indivíduo; traz benefícios para seu desenvolvimento e para o bem-estar da sociedade em
que ele vive” (BARRETO, 2002, p. 70). Entende-se que os diferentes recursos
pedagógicos, tecnológicos e instrucionais contribuem positivamente na melhoria das
condições de aprendizagem dos alunos (PARANÁ, 2008). As novas tecnologias
precisam ser incentivadas como meio de educar, qualificar e formar novos cidadãos,
pois é uma realidade posta socialmente.
Em relação às tecnologias mais utilizadas 55% citaram a televisão, 35% o
computador, 30% o celular, 25% o CD e 20% a máquina digital. A televisão é um
equipamento de massa está presente em todas as residências e encontra-se presente nos
lares brasileiros deste os anos 30, posteriormente o computador e o celular, advento das
gerações mais jovens. Na atualidade o computador e o celular fazem parte das
atividades diárias, que envolvem desde o saque de dinheiro no banco até a conversa
com alguém que se encontra do outro lado do mundo. Vale observar que os alunos
conhecem o CD e a máquina digital que cada vez menos é utilizada com o advento de
tecnologias como celulares, tablets, ipode que possuem recursos com melhores
resoluções.
O uso do celular se difundiu intensamente segundo a Folha de São Paulo, em
matéria veiculada em 26 de julho de 2014, 85% da população brasileira em 2013
utilizava celular, destes 31% usam o aparelho com internet. Dos domicílios brasileiros
49% têm domicílios com computador e 43% tem acesso à internet (FOLHA, 2014).
Em relação à internet estima-se que atualmente são 94,2 milhões de internautas,
sendo o Brasil o 5º país com maior número de conectados, com um crescimento de 27%
para 48%. Segundo Magalhães (2012), a internet brasileira está crescendo num ritmo
acelerado, entretanto, somente 27% dos internautas não tem acesso à internet em suas
casas. Não diferente é o público do meio rural. As facilidades das redes de telefonia e
outros meios têm contribuído para que as tecnologias façam parte da vida desse público.
Assim os alunos do meio rural, geralmente conhecem o computador, sabem da
existência da rede mundial de computadores, mas muitos, nunca tiveram a oportunidade
de realizar uma pesquisa utilizando-se da web, por desconhecerem o funcionamento do
computador ou como se faz uma pesquisa na rede mundial de computadores.
O uso da rede mundial de computadores pode ser um aliado importante no
processo de ensino-aprendizagem por meio da construção com o aluno das atividades,
demonstrando o quanto são importantes para a sua vida e os perigos que podem
provocar com o mau uso das mesmas.
Entretanto, 80% adolescentes responderam e concluíram que ao fazer uso dos
meios midiáticos podem influenciar de forma maléfica os adolescentes, porém, quando
bem conduzido, pode ser de grande valia para o diálogo entre pais e filhos e para a
aprendizagem. Os adolescentes relatam a influencia dos meios de comunicação,
principalmente a televisão e a internet aos adolescentes e que não existe um controle por
parte dos pais, sendo o maior vilão a falta de diálogo.
Deste modo UBEDA (1996), enfatiza que as famílias vêm se deparando com
inúmeras mensagens de canais de comunicação, muitas delas contraditórias, o que torna
difícil analisarem e interpretarem de forma adequada, especialmente quando se trata de
promover a saúde de seus membros.
A família é de fundamental importância para o desenvolvimento sadio do
adolescente. Sendo que muitas delas ainda desinformadas sobre o tema sexualidade,
DSTs, métodos contraceptivos, início de atividades sexuais não se sentem seguros ao
abordar esses assuntos com seus filhos. “Ao falar de sexo com os adolescentes os pais
sentem-se constrangidos e inseguros, por achar que estão propiciando-se pratica do sexo
cada vez mais precoce” (FISCHMAN, 1975).
A família também deve propiciar ao jovem liberdade de expor seus anseios,
desejos, pensamentos, responsabilidades para esclarecerem suas dúvidas fortalecendo o
elo familiar caminhando para terem maturidade. Deste modo Zagury argumenta que o
grande papel dos pais hoje em relação aos filhos adolescentes é prevenir, através de seus
ensinamentos e esclarecimentos, a gravidez precoce, as doenças sexualmente
transmissíveis e a promiscuidade (ZAGURY, 1996, p. 185). Destaca ainda que o papel
mais importante dos pais, com relação à sexualidade, interfere nas áreas afetivas e
educacionais e a influência de uma relação afetiva sadia e equilibrada entre pais e filhos
é de fundamental importância para a identificação do papel sexual. (ZAGURY, 1996, p.
193).
O ideal seria que os pais tivessem liberdade consigo próprios para poderem
transmitir informações fundamentais aos filhos, mas, quando não é o caso, melhor é
reconhecer isso e buscar outras soluções. Nada pior do que falar sobre algo que não se
sabe ou que se aborda timidamente ou de forma exagerada, passando ao interlocutor
seus próprios temores (ZAGURY, 1996, p.169).
Inqueridos sobre a sexualidade, 80% afirmou não conhecer o significado, nas
atividades desenvolvidas observou-se que o termo sexualidade e sexo são considerados
sinônimos, conforme afirma 80% dos entrevistados. Sexualidade é um termo que vai
para além do biológico envolve o componente social e psicológico segundo as tradições
culturais de da sociedade (MATOS, 2011).
Por tanto a sexualidade deve ser compreendida como um movimento natural em
que o indivíduo procura afeto, prazer, ternura e intimidade. É um momento que envolve
nossos pensamentos, sentimentos, ações e interações que refletem na saúde física e
mental de cada individuo (MATOS, 2011).
Dos entrevistados 90% afirma não estar preparado para a vida sexual, que tem
pouco conhecimento sobre o tema, inclusive sobre o seu próprio corpo. Para 47% a
sexualidade encontra-se relacionada ao prazer e para 44% esta relacionada ao amor.
Em relação ao assunto sexualidade era o que mais despertava a atenção,
demonstrando poucas informações ou equivocadas sobre as consequências e prevenções
e de uma gravidez precoce.
Como forma de estimular a criatividade quanto ao conhecimento e
funcionamento do próprio corpo foi confeccionada com massinha de modelar os órgãos
reprodutivos masculino e feminino, utilizando da tecnologia (computadores) para
pesquisar suas funções e posterior explanação a classe.
O conhecimento da informática e das tecnologias de comunicação (como, por
exemplo, a internet) pode ser um grande diferencial na busca por novas
oportunidades econômicas e ascensão profissional para qualquer cidadão.
Mais do que isso, o não domínio dessas tecnologias pode, inclusive, excluí-lo
da sociedade. (JUNIOR e PARIS, 2007, p.25).
Neste sentido, é que se desvincule a ideia de educação digital individualizada,
sendo os meios tecnológicos importantes para a relação, interação e realização concreta
na educação.
A abordagem do tema envolve questões culturais o que gerou um pouco de
dificuldade e inibição em falar e expor seus trabalhos, mas no decorrer o
comportamento tímido e reservado foi substituído por questionamentos e colocações
concretas e fundamentadas, ficando mais a vontade e animados em falar o que
pensavam e sentiam em relação si mesmos e ao sexo oposto.
Para FREGUGLIA e FONSECA (2009, p.15) “Viver a sexualidade de forma
saudável inclui conhecer bem o próprio corpo e buscar informações em fontes seguras”.
Estas são medidas que podem auxiliar na prevenção de problemas como DSTs, e uma
gravidez não planejada. Outra atividade relacionada foi o uso da música, cuja letra
aborda o tema sexualidade, tendo como objetivo contextualizar e debater sobre a
diferença de sexo e sexualidade; amor e prazer, possibilitando uma análise crítica, com
total aceitação por parte dos educandos, de maneira descontraída e atrativa.
A escola, com as redes eletrônicas, abre-se para o mundo apesar das resistências
institucionais, as pressões pelas mudanças são cada vez mais fortes, e contribuem para
divulgar as melhores práticas, ajudando outras escolas a encontrar seus caminhos
(MORAN, 2007).
Com o uso de recursos áudios visual assistiram a um vídeo sobre a evolução
tecnológica e ao filme que abordavam gravidez na adolescência com o objetivo de
facilitar a compreensão e sensibilização dos alunos quanto aos temas, procurando focar
quanto a prevenção as DSTs e a utilização dos métodos contraceptivos e sua evolução
através das tecnologias e a influencia desses meios aos adolescentes. Sendo 50% dos
educandos demonstraram dificuldade na expressão escrita, com respostas soltas ou sem
argumentos. Essa dificuldade caracteriza-se devido à falta de leitura, concentração e
pesquisa.
Ficou explícita a dificuldade de dialogo com a família. As informações que os
adolescentes possuem sobre sexo, 85% foram adquiridas por meio de conversas com
amigos, MSN, internet ou pela TV.
O ideal seria que os pais tivessem liberdade consigo próprios para poderem
transmitir essas informações fundamentais aos filhos, mas, quando não é o
caso, melhor é reconhecer isso e buscar outras soluções. Nada pior do que
falar sobre algo que não se sabe ou que se aborda timidamente ou de forma
exagerada, passando ao interlocutor seus próprios temores. (ZAGURY, 1996,
p.169).
Além disso, a mídia incentiva a todas as formas de sexualidade, cenas de sexo
em novelas, em filmes, em revistas de grandes circulações e nas músicas, exercendo
uma influencia forte nos adolescentes, uma geração que está totalmente ligada aos
meios de comunicação, tanto positiva quanto negativa. “Se por um lado os depoimentos
evidenciam que os programas e novelas motivam a conversa sobre sexo [...] entre pais e
filhos; por outro, são observadas fortes reações de preconceitos” (ABROMAVAY, 2004,
p. 119).
Com objetivo de desmistificar o tema da sexualidade e sexo, convidou-se uma
profissional da área de psicologia foi convidada a ministrar uma palestra sobre as
consequências psicológicas numa gravidez precoce, autoestima, influência das mídias,
sexualidade e os conflitos enfrentados por eles nessa fase. Os alunos se mostraram
muito interessados e participaram ativamente com perguntas direcionadas.
Também ministrou uma palestra um médico ginecologista e obstetra sobre
consequências na gravidez precoce, métodos contraceptivos, doenças sexualmente
transmissíveis e higiene corporal. Percebeu-se que os alunos desconheciam o assunto e
demonstraram na sua expressão facial que estavam impressionados quanto às doenças
que podem ser adquiridas em uma relação sexual e a variedade dos métodos
contraceptivos. Houve participação com questionamentos sobre a iniciação sexual,
mitos sobre sexo, doenças. Durante a atividade prática os alunos tiveram a oportunidade
de manusear órgãos sexuais de borracha, percebeu-se que um número considerável
ficou inibido em fazer a prática.
Apesar da grande veiculação de notícias por radio, televisão, jornais,
revistas e internet sobre a contracepção e os avanços no âmbito da saúde sexual e
reprodutiva, ainda percebe-se que os adolescentes possuem um tabu em relação a
conhecer os órgãos sexuais e seu corpo.
Por meio de um a dinâmica sobre a transmissão de DSTs em especial a AIDS,
que simulou uma festa, na qual cada aluno tinha disponível um copo com água e um dos
alunos um copo com hidróxido de sódio, percebeu-se que os alunos ainda possuem
pouco conhecimento sobre as formas de transmissão das DST’s, pois o objetivo da
atividade era verificar o quanto o aluno estava preocupado com a sua saúde e a dos
colegas. Essa atividade buscou alertar sobre a importância de se conhecer com quem se
relaciona e como se prevenir para um comportamento mais responsável em relação aos
cuidados com seu corpo e com sua sexualidade, entendendo a importância do uso de
preservativo e a troca de parceiros sem proteção.
Como destacou TIBA (2010) a falta de informação por parte dos jovens e da
família sem o uso de métodos contraceptivos adequados, acaba muitas vezes
interrompendo ou adiando os planos de meninas e meninos. A gravidez na adolescência
esta ligada a uma fase da vida em que as mudanças estão em constantes transformações,
onde o apoio não deve ser só familiar, mas social, devido à necessidade de orientação e
proteção para a adolescente.
O jogo de percurso foi uma das atividades que os alunos tiveram maior
envolvimento e estímulo em realizá-la. Como proposta para que essa atividade
acontecesse, aproveitou-se conhecimentos que já havia adquiridos sobre funcionamento
dos órgãos reprodutivos, transformações corporais, métodos contraceptivos, doenças,
gravidez e prevenções para contextualizar o tema sobre a gravidez na adolescência.
Com esta ação procurou-se proporcionar aos adolescentes uma reflexão e sensibilização
quanto às questões que envolvem a sexualidade. Houve um maior entendimento dos
temas mencionados pela forma descontraída, que o jogo proporciona.
Para VYGOTSKY (1989), os jogos proporcionam o desenvolvimento do
pensamento da concentração e da linguagem, onde passam a determinar suas próprias
ações. O brinquedo incentiva a iniciativa, a curiosidade e a autoconfiança contribuindo
para a informação e formação bem como o desenvolvimento dos alunos envolvidos na
atividade. Todos os trabalhos realizados durante o desenvolvimento das atividades e
ações relacionadas houve exposição no mural da escola dos trabalhos realizados
(cartazes, textos pesquisados, exposição das tecnologias que a escola disponibiliza),
como meio de divulgação e socialização do projeto.
Ao final do projeto houve um questionamento para avaliar todos os temas
estudados durante a implementação da proposta, o resultado caracterizou-se num
aprendizado em torno de 80% por meio das respostas aos exercícios e aproveitamento
dos alunos. Durante todo o processo de construção das atividades foi utilizado as
diferentes tecnologias disponíveis na escola, como computadores, revistas, máquina
fotográfica, scnaners, celulares, entre outros. Ficou evidente com essa estratégia que os
educandos tem conhecimento dos meios tecnológicos e fazem uso dos mesmos,
principalmente dos celulares e computadores os quais despertam maior interesse.
Entretanto, relacionar a tecnologia com o conteúdo proposto, desperta
curiosidade e faz com que os mesmos busquem novos conhecimentos sobre os temas
em questão. PEREIRA (2009, s.p.) ressalta que:
É de fundamental importância que as TICs sejam utilizadas de maneira
adequada para que venham a contribuir com o enriquecimento do processo de
ensino e aprendizagem, pois se sabe que, este suporte técnico quando
utilizado corretamente, ou seja, acompanhado de uma metodologia adequada
ao conteúdo, com uma ferramenta que dê conta dos objetivos da aula e do
tipo de aluno que se pretende atingir. Pois só assim o uso das diferentes TICs
poderá contribuir de maneira positiva no rendimento escolar, uma vez que o
uso de qualquer recurso didático por si só não garante a qualidade da
educação.
Partindo desse pressuposto, fazer uso das informações científicas através das
tecnologias disponíveis como recurso didático, facilitará o acesso às informações
principalmente na forma de pesquisa. Atualmente as tecnologias permitem a eliminação
de barreiras existentes e a busca por informações ficou mais fácil, podendo ser
encontrada e disseminada. Mas, ao relacionar essas tecnologias, depara-se com meios
tecnológicos (computadores) com dificuldades de acesso em redes, lentos, espaço físico,
números insuficientes desses recursos, salas superlotadas entre outras.
O papel de educador é de informá-los e orientá-los sobre a maneira positiva para
o uso dessas ferramentas em seus trabalhos escolares e ao mesmo tempo, para sanar
dúvidas relacionadas principalmente à sexualidade, o que demonstra o quão
despreparado os adolescentes estão em relação à prevenção de DSTs e gravidez
precoce, diferença de sexo e sexualidade. Dessa forma, o uso das tecnologias da
informação para o mundo virtual na orientação sobre a gravidez na adolescência,
contribuirá na formação cidadã dos adolescentes levando-os a quebra de tabus e
preconceitos.
Para finalizar, não poderia deixar de citar o Programa de Formação Continuada,
o GTR que apontaram a importância dos recursos tecnológicos na prevenção da
gravidez na adolescência como ferramenta importante, necessária e aliada ao ensino e
aprendizagem, complementando e dando suporte às ações pedagógicas, sendo um
recurso didático necessário dentro da escola pública, além de fácil acesso é atrativo aos
educandos. Considerando o acentuado acesso aos avanços tecnológicos que hoje
presenciamos nas escolas, torna-se difícil para os professores competir apenas com o
livro didático sendo que as tecnologias utilizam-se de formas envolventes para chamar a
atenção dos jovens.
Os recursos pedagógico, tecnológicos e instrucionais contribuem positivamente
na melhoria das condições de aprendizagem dos alunos (PARANÁ, 2008). A mídia não
pode ser deixada de lado, ao contrário, é necessário que se incentive o uso tecnológico
como meio de educar, o que para alguns educadores ainda amedronta. Ao despertar a
curiosidade, a materialização de imagens auxilia a educação no sentido de mostrar ao
aluno como o mundo é na realidade.
A escola, enquanto instituição social é convocada a atender de modo
satisfatório as exigências da modernidade. Se estivermos presenciando estas
inovações da tecnologia é de fundamental importância que a escola aprenda
os conhecimentos referentes a elas para poder repassá-los a sua clientela;
pois, é preciso que a escola propicie esses conhecimentos e habilidades
necessárias ao educando para que ele exerça integralmente a sua cidadania
(PINTO, 2013, p.2).
Nem todas as escolas têm computadores disponíveis para todos os alunos,
dificultando a convivência com o meio digital. Entretanto, as novas tecnologias levam
muito tempo para serem adotadas pela educação e quando ocorre, o produto já é
ultrapassado, ou substituído por outro, criando o perigo das escolas não acompanharem
a evolução do processo tecnológico. Diante das dificuldades da pesquisa devido às redes
insuficientes, lentidões dos computadores, espaço físico, salas superlotadas, os meios
tecnológicos estão sendo inseridos cada vez mais no processo ensino aprendizagem
como ferramenta de auxílio, para educadores e educandos.
Para CYSNEIROS, (1999) cabem aos educadores aproximar essas ferramentas
digitais daquelas usadas tradicionalmente em sala de aula a fim de verificar qual a
eficiência desse tipo de associação na formação cidadã dos alunos. As velozes
transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa
de ensinar e aprender. É preciso que se esteja em permanente estado de aprendizagem e
de adaptação ao novo.
Conclusão
A atividade proposta de inclusão de novas tecnologias em sala de aula durante a
abordagem de uma temática demonstrou-se eficiente, principalmente no quesito da
inclusão e aproximação do aluno ao conhecimento. As tecnologias são instrumentos que
contribuem diretamente no processo ensino aprendizagem já que permitem o acesso e a
manipulação de inúmeras informações rapidamente. Promove no aluno o interesse e
despertam habilidades de organização e divulgação do conteúdo, a partir do
direcionamento do professor.
Se uma das propostas da escola é a inclusão do aluno, independente do seu grau
de aprendizagem há que se investir em novas tecnologias, melhorar as condições de
acesso à internet, organizar os espaços e direcionar cursos de formação aos professores,
somente assim, é possível que o professor utilize-se desta ferramenta com qualidade.
Na presente pesquisa visualiza-se que apesar das dificuldades encontradas para
implementação da proposta os resultados foram satisfatórios com a abordagem de um
tema “sombreado”, ou seja, um tema que ainda é tabu nas famílias, tema este que o
adolescente deve conhecer para garantir uma vida sexual segura e com qualidade. Os
recursos tecnológicos utilizados eram precários, mas garantiram o envolvimento e a
produção dos alunos, demonstrando a importância da ferramenta tecnologia no ensino
aprendizagem e no processo de promoção a saúde.
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