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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

PROVA BRASIL E OS ELEMENTOS PARA SUBSIDIAR A MELHORIA DA

QUALIDADE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL

KLAGENBERG, Maria Edna Vinhoto1

SETOGUTI, Ruth Izumi2

Resumo Este texto relata estudos e reflexões sobre as avaliações externas. Como relevância, teve o baixo rendimento na aprendizagem escolar e a má qualidade na educação básica e a percepção dos professores de que os alunos, em sua grande maioria, não sabem ler e nem escrever adequadamente – os quais alegam encontrar muita dificuldade para ensinar o conteúdo de suas respectivas disciplinas. Percebendo estes agravantes, desenvolveu-se um trabalho de intervenção pedagógica eficaz com base em levantamentos e avaliações confiáveis. O presente trabalho justificou-se pela necessidade de apresentar um estudo elaborado no sentido de levar aos professores do Colégio Estadual Vera Cruz de Mandaguari-PR, conhecimento teórico sobre os resultados das avaliações externas como o SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica e a Prova Brasil. Realizou-se levantamentos sobre as avaliações externas, enfatizando a importância da avaliação em larga escala para avaliar a aprendizagem do aluno, fazendo estudos, pesquisas, debates, o qual concretizou com a implementação por meio de um Curso de Extensão que oportunizou o processo de formação continuada, a participação do GTR, e as ações do coletivo escolar sobre avaliação em larga escala para a melhoria do ensino na educação básica. Por fim, buscou-se a melhoria do ensino dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental em leitura escrita e interpretação, por meio de leituras, pesquisas e debates sobre a avaliação e apresentando mudanças na metodologia de ensino, identificando assim, após estudos sobre avaliação, as dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem, propondo realizações de atividades diferenciadas para melhorar o ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Avaliação educacional; Qualidade da educação; Intervenção pedagógica.

1 INTRODUÇÃO

1 Pedagoga atuante no Colégio Estadual Vera Cruz, Mandaguari, Paraná. 2 Professora Doutora do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá.

Com este trabalho desenvolveu-se estudos e reflexões sobre a atual situação

escolar, por meio das avaliações externas como o SAEB e a Prova Brasil, que

indicam como está o ensino nas unidades escolares.

Realizou-se um trabalho de intervenção pedagógica com base em leitura,

pesquisa e levantamentos de dados, trabalho individual e em grupo, para que os

professores compreendessem melhor os resultados das avaliações externas e

passassem a utilizá-los para buscar um ensino de qualidade.

Nesse sentido, a pesquisa foi desenvolvida com docentes, pedagogos e

gestores do Colégio Estadual Vera Cruz de Mandaguari considerando a

necessidade de aprofundar nossos conhecimentos sobre a avaliação, tornando a

prática mais eficiente. Diante das dificuldades encontradas, em se tratando de

avaliação, houve uma reflexão mais profunda, tomando conhecimento da atual

situação em que se encontra a educação, e a devida importância às avaliações

externas buscando assim a melhoria da qualidade de ensino.

Partindo da problemática que nos levou a escolha do tema foi que entre os

professores do Colégio Estadual Vera Cruz de Mandaguari há uma queixa frequente

e generalizada de que os alunos, em sua grande maioria, não sabem ler e nem

escrever adequadamente. Em consequência disso, alegam esses professores

encontrar muita dificuldade para ensinar o conteúdo de suas respectivas disciplinas.

Daí a urgência de desenvolver um trabalho de intervenção pedagógica eficaz com

base em levantamentos e avaliações confiáveis.

Por fim, neste trabalho buscou-se uma fundamentação teórica que foi

relevante e contribuiu para a reflexão dos dados obtidos na Prova Brasil em nosso

colégio e nos oportunizou momentos para buscarmos novas formas de melhorar em

todos os aspectos o rendimento escolar, melhorando, consequentemente, as médias

obtidas na avaliação em questão, buscando assim, a melhoria do ensino e da

aprendizagem.

2 POLÍTICAS EDUCACIONAIS E AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA

De acordo com Freitag (1980, p. 17) a educação é responsável pela

manutenção, integração, preservação da ordem, do equilíbrio e conservação dos

limites do sistema social. Segundo ainda Freitag “para que o sistema sobreviva, os

novos indivíduos que nele ingressam precisam assimilar e internalizar os valores e

as normas que regem o seu funcionamento" (FREITAG, 1980, p. 17).

À educação cabe a transmissão e o aprendizado das técnicas culturais, que

são as técnicas de uso, produção e comportamento, mediante as quais um grupo de

homens é capaz de satisfazer suas necessidades, proteger-se contra a hostilidade

do ambiente físico e biológico e trabalhar em conjunto, de modo mais ou menos

ordenado e pacífico. Já que o conjunto dessas técnicas se chama cultura, uma

sociedade humana não pode sobreviver se sua cultura não é transmitida de geração

para geração; as modalidades ou formas de realizar ou garantir essa transmissão

chama-se educação (ABBAGNANO, 2000, p. 305-306).

E, para garantir a transmissão, é necessário que o aluno consiga atingir uma

aprendizagem significativa. Gasparin (2003, p. 52) afirma que:

a aprendizagem somente é significativa a partir do momento em que os educandos introjetam, incorporam ou, em outras palavras, apropriam-se do objeto do conhecimento em suas múltiplas determinações e relações, recriando-o e tornando-o “seu”, realizando ao mesmo tempo a continuidade e a ruptura entre o conhecimento cotidiano e o científico.

Preocupar-se em resolver os problemas da baixa qualidade da educação com

a alocação de mais recursos na escola não é uma medida suficiente para melhorá-

la. Necessário é entender mais a fundo o que está ocorrendo, analisar os dados,

comparar a experiência brasileira com a de outros países.

A educação no Brasil vem passando por mudanças muito importantes. Até os

anos de 1990 a maior dificuldade era o acesso à escola, atualmente o maior

problema que enfrentamos é a baixa qualidade do ensino nas escolas públicas.

Defrontamos com vários fatores (internos e externos) que interferem no ensino e na

aprendizagem, deixando os alunos prejudicados no que diz respeito ao

conhecimento necessário, que os mesmos deveriam adquirir ao longo do tempo de

estudos exigidos para a educação básica em nossas escolas.

Neste sentido, Simon Schwartzman (2008) explica que desde 1990 diversos

estudos e avaliações nacionais e internacionais – como o PISA realizado pela OECD

– vem apontando a péssima qualidade da educação no Brasil. Este estudo faz

comparações na capacidade de jovens de 15 anos no uso de conceitos de língua,

matemática e ciências em diversos países. Em nosso país, os resultados

comparados de 2000 e 2006 demonstram um baixo desempenho dos estudantes.

Tais resultados são similares com os do SAEB, que demonstram o desempenho

precário da educação em nosso país.

A avaliação em larga escala é um meio de mostrar a atual situação que se

encontra a escola hoje, o aprendizado de nossos alunos e a situação de

aprendizado de cada escola. Como comentam Klein e Fontanive (1995) a finalidade

da avaliação em larga escala é indicar dados sobre aprendizagem de alunos em

diferentes séries, não demonstrando informações sobre alunos ou escolas

individuais, sendo necessários diversos itens a serem avaliados.

As avaliações externas em larga escala têm nos mostrado que os alunos

brasileiros terminam o ensino fundamental com deficiências em leitura, escrita e em

matemática. Na Prova Brasil de 2007, por exemplo, apenas 18% dos alunos do 9º

ano da referida escola encontravam-se em Nível Adequado em Leitura; em 2011

esse percentual elevou-se para 22%. Ou seja, em torno de 80% dos alunos não

atingiram a média mínima esperada para a série e dos que alcançaram o Nível

Adequado cabe lembrar que este indica o nível mínimo esperado (SEED, 2014).

Desde 1990, o MEC/INEP, os educadores e especialistas concluem que um

dos maiores problemas do ensino atualmente é a baixa qualidade da educação

básica, e que os resultados do SAEB e da Prova Brasil sobre o nível de

aprendizagem dos alunos trazem ao nosso conhecimento a noção de que há uma

grande defasagem no ensino de nossas escolas. Como percebemos no texto de

Luísa Galvão Lessa (2012), ultimamente o Brasil tem realizado diversas avaliações

para ter conhecimento da atual situação na educação. Na educação básica tem-se a

Provinha Brasil, a Prova Brasil e o Enem. No ensino superior há o ENADE aliado ao

Censo e à visita de Comissões de Avaliadores in loco. Já na pós-graduação têm-se

diversos critérios da CAPES, como autorização e reconhecimento dos cursos. Tais

avaliações, propostas pelo MEC por meio do SAEB reforçam ainda mais as

discussões sobre a avaliação.

Com a formulação e implementação das políticas educacionais no Brasil a

partir de 1995 e com a implantação do Sistema de Avaliação da Educação Básica

(SAEB), a escola percebeu a necessidade de resgatar a qualidade do ensino. Tal

necessidade deu-se como mostra os resultados das avaliações do SAEB, da Prova

Brasil e o IDEB. Devemos, então, refletir sobre a maioria dos problemas que leva a

educação a este caos, e trabalhar para a melhoria da qualidade da educação. Como

afirma Simon Schwartzman (2008, p. 16):

Educação requer dinheiro para construir e manter prédios, pagar professores e administradores, comprar livros e outros materiais escolares, além de equipar laboratórios e bibliotecas. Escolas sem um mínimo de recursos não têm como funcionar bem e proporcionar boa educação. A partir desse mínimo, a simples injeção de mais recursos pode ou não ter efeitos benéficos, dependendo de seu uso e de sua associação com a busca de resultados pedagógicos efetivos. Escolas simples podem dar excelente educação, e escolas bem instaladas podem ser bastante ruins.

Não podemos ignorar as avaliações porque por meio delas podemos saber o

nível de aprendizagem dos alunos. E apesar de em geral os professores criticarem a

avaliação, esta pode vir a ajudar a prática pedagógica das instituições escolares,

avaliando também o processo de ensinar, "os resultados do SAEB indicam que a

maioria dos alunos não consegue atingir os níveis mínimos esperados em cada nível

de ensino. Quanto mais elevado o nível de ensino maior a distância entre a

realidade e o esperado” (OLIVEIRA; SCHWARTZMAN, 2002, p. 25).

Após as leituras realizadas, percebemos a grande importância das avaliações

externas como o SAEB, ENEM e a PROVA BRASIL que, com certeza, ajudarão

muito os envolvidos com a educação na construção de um currículo e uma

metodologia mais eficiente, e tomando conhecimento dos resultados das avaliações,

devemos buscar subsídios para melhorar a educação básica nas escolas públicas a

qual estamos inseridos. Como diz Klein (2006, p. 140): "um sistema educacional é

de qualidade quando seus alunos aprendem e passam de ano”.

Segundo Maria Helena Guimarães de Castro (2007), as escolas públicas

brasileiras não estão conseguindo fazer com que os estudantes aprendam a ler,

escrever, somar, dividir, multiplicar e ter noções básicas de ciências, como os

resultados do SAEB tem nos mostrado. Outra avaliação, o PISA, enfoca o

envolvimento e a participação dos pais na vida escolar de seus filhos, como

condição essencial na aprendizagem, bom desempenho e grande motivação dos

alunos.

Os professores, os pais e a sociedade também precisam entender melhor os instrumentos e os resultados das avaliações externas, para que possam fiscalizar e cobrar mais das escolas de seus filhos. Os pais gostam de informação clara, precisa, simples e de fácil compreensão (CASTRO, 2007, p. 70).

De acordo ainda com Maria Helena Guimarães de Castro (2007) a qualidade

das estratégias de ensino dos professores é importante para assegurar a

aprendizagem. No Brasil além das dificuldades, já mencionadas, há um problema

básico ainda não resolvido: o quê e como ensinar? E a boa escola pública requer

grande compromisso dos professores com a aprendizagem dos alunos, uma equipe

motivada e integrada e forte articulação com a comunidade. Para apurar a qualidade

da educação, é preciso que a escola conheça o sentido pedagógico das avaliações,

de modo a usar os resultados obtidos para melhorar o trabalho em sala de aula e

garantir a efetiva aprendizagem.

Todos os professores devem saber o que as avaliações estão medindo, e o que significam os números que medem o nível de aprendizagem dos alunos. Não adianta investir em avaliações sucessivas na escola, se os professores não sabem o que fazer com os resultados. É preciso investir na capacitação institucional de professores e coordenadores pedagógicos na área de avaliação de aprendizagem (CASTRO, 2007, p. 70).

Maria Helena Guimarães de Castro (2007) explica que, no Brasil, um dos

grandes entraves à melhoria da qualidade é a falta de uma base curricular comum

aos diferentes Sistemas de Ensino Estaduais e Municipais, que deveriam orientar-se

a partir de padrões mínimos nacionais ou de expectativas a serem atingidas em

cada série ou ciclo de aprendizagem. As avaliações muito contribuíram para o

conhecimento objetivo do que está ocorrendo em nossas escolas. Contudo, o Brasil

ainda não definiu as expectativas ou padrões básicos de conhecimento que os

alunos devem alcançar ao final de cada etapa de aprendizagem.

Adotar uma base curricular comum e definir expectativa de aprendizagem para cada série ou ciclo devem ser prioridades de todos os sistemas de ensino, com ênfase na alfabetização, leitura, escrita e nos conceitos básicos de matemática e de ciências. É urgente garantir que todas as crianças de oito anos estejam alfabetizadas para que continuem aprendendo com sucesso (CASTRO, 2007, p. 69).

A avaliação em larga escala não consegue abranger todos os vários métodos,

processos e diferentes destaques que são dados aos currículos escolares. Para que

esta avaliação obtenha um resultado mais coerente, seria necessária que ela não

avaliasse somente o “currículo mínimo”, a abrangência nesta avaliação contemplaria

todos os currículos escolares, nem todas as escolas segue o mesmo currículo.

Para Ruben Klein e Nilma Santos Fontanive (1995, p. 33):

Esta etapa de planejamento dos testes é crítica em avaliações em larga escala, nas quais a variabilidade dos métodos e processos de ensino e as

diferentes ênfases curriculares não podem ser contempladas. Procurou-se então recolher currículos e programas de ensino divulgados, livros de textos e outros materiais de ensino e, ainda, estudos e ensaios realizados por especialistas. Esta análise originou uma relação preliminar de conteúdos e habilidades que seriam avaliados. Não se pode perder de vista que, ainda que a avaliação deva refletir o que é ensinado nas escolas, ela deve também indicar caminhos de renovação da prática escolar, não se restringindo, portanto, ao que se costuma definir como "currículo mínimo".

As avaliações feitas mostram que as escolas que possuem professores e

diretores que permanecem por mais tempo na escola geralmente apresentam bom

resultados no processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Maria Helena

Guimarães Castro (2007, p. 8):

O próprio SAEB, assim como a Prova Brasil, mostra que escolas com equipes mais estáveis e bons diretores apresentam melhor desempenho. É preciso comprometer os professores com as metas e os resultados de aprendizagem. Para isso, é fundamental que as equipes das escolas sejam mais estáveis. Os diretores devem se comprometer com as metas estabelecidas e as secretarias devem assegurar condições adequadas de funcionamento das escolas.

Ainda comenta Maria Helena Guimarães Castro (2007) que a grande

rotatividade de professores, pedagogos e gestores afeta no fracasso escolar, pois

esta para ter um bom funcionamento tem que ter compromisso e boa articulação

tanto com alunos e toda a comunidade escolar.

Num sistema de ensino com alta rotatividade de professores e diretores torna-se praticamente inviável desenvolver um projeto pedagógico de qualidade. Além da descontinuidade, torna-se difícil construir laços de coesão e de identidade entre os membros da equipe da escola. A boa escola pública requer grande compromisso dos professores com a aprendizagem dos alunos, uma equipe motivada e integrada e com forte articulação com a comunidade (CASTRO, 2007, p. 8).

Por fim, a educação é um processo, uma atividade sujeita a uma contínua

revisão, renovação, ajuste e aprimoramento. As metas do PDE são convertidas em

objetivos e os objetivos, em estratégias, tendo como propósito lograr resultados. A

avaliação serve para indicar os resultados obtidos e apontar as medidas corretivas

necessárias. Muitas vezes isso pode implicar a revisão das próprias metas da

escola, de seu calendário, de seus programas de ensino, do perfil de seu corpo

dirigente ou de seu corpo docente. O foco é educar o aluno. A avaliação é para que

os alunos, pais, professores e dirigentes tomem decisões pertinentes e a revejam,

segundo os resultados (OLIVEIRA; CHADWICK, 2008, p. 372).

3 METODOLOGIA

Na primeira fase organizou-se o projeto de intervenção pedagógica

juntamente com leituras e levantamentos de dados sobre os resultados do SAEB e

da Prova Brasil, e, estudos de vários textos, vídeos trabalho em grupo e reflexões

sobre o assunto identificando as dificuldades encontradas no processo ensino-

aprendizagem e propondo mudanças.

Na segunda fase teve como encaminhamento a organização de uma

Produção Didática “Caderno Pedagógico” que foi usada como material didático em

um Curso de Extensão e ficou disponível na Internet para professores que

participaram do GTR (Grupo de Estudo em Rede), contribuindo com discussões

sobre o assunto em questão.

Na terceira fase ocorreu a Implementação do projeto por meio de um Curso

de Extensão que priorizou uma alternativa para que o professor pedagogo incida na

formação e ação dos professores, pedagogos e gestores desta escola, com um

Curso de Extensão desenvolvido em oito encontros de quatro horas-aula,

distribuídas em estudos antecipados e encontros presenciais com os cursistas que

foram inscritos conforme edital, da escola, sob critério de certificação expedida pela

Universidade Estadual de Maringá-UEM.

A estratégia metodológica para a implementação das ações no decorrer do

Curso de Extensão está descrita a seguir:

1º Encontro: A Importância da Avaliação em Larga Escala

O roteiro de trabalho inicialmente foi à apresentação do Curso de Extensão,

fazendo explanação sobre os textos: Introdução: Finalidade e objetivo do “Curso de

Extensão”; Fundamentação Teórica: Conhecendo bibliografia relevante ao curso;

Resultado do IDEB em Português e Matemática: 2007, 2009 e 2011 (QEDU, 2013).

A ministrante fez a apresentação, falando sobre o resultado desta avaliação

em nossa escola, o início destas avaliações e o porquê da necessidade dessas

avaliações.

Após a apresentação da ministrante, os participantes questionaram o fato de

que essa avaliação não poderia ser única para todo o Brasil e teria que ser de

acordo com a realidade de cada região. Houve comentários críticos de que as

questões são longas; de que os alunos não conseguem fazer uma boa leitura para

responder as mesmas por falta de concentração e por terem de ser respondidas

todas no mesmo período e assim cobrando deles uma coisa que não é cobrado no

dia a dia, muitos alunos respondem sem levar a sério. Com todos estes agravantes

a avaliação ficaria prejudicada na visão dos professores participantes do curso.

Só estas avaliações servem para melhorar o ensino? Não, mas serve para

ajudar a fazer uma análise da situação atual.

A Prova Brasil é subsídio para a educação? Alguns professores concordaram

outros não, acharam que a Prova Brasil teria que ser regional, pois o aprendizado do

aluno não é o mesmo em todas as regiões. A autora deste artigo discorda da

posição de que as avaliações externas para a educação básica teriam que ser

regional tendo em vista que os conteúdos exigidos são universais.

Os participantes do curso concordam que os conteúdos são universais, mas o

aprendizado não, por exemplo: as escolas particulares e algumas escolas e regiões

o aprendizado e melhor do que em outras escolas onde às vezes tem uma série de

problemas que em outros lugares não tem, neste contexto o aprendizado não é o

mesmo. Alguns participantes citaram o exemplo: Na escola pública após a aula o

aluno fica na rua fazendo não sei o que... Na escola particular após a aula o aluno

quando não é a mãe que acompanha os trabalhos da escola têm uma pessoa para

acompanhar e auxiliar nos afazeres escolares.

2º Encontro: Problemas institucionais do ensino público

Nesse encontro estudou-se o texto de Maria Helena Guimarães de Castro

Problemas institucionais do ensino público (CASTRO, 2007).

Maria Helena Guimarães Castro retrata a escola pública brasileira, desde a

década de 30 até os dias atuais, os avanços com relação à diminuição do

analfabetismo, o crescente número de crianças e jovens freqüentando a escola, e as

grandes dificuldades encontradas dentro dos muros escolares, além dos problemas

externos que afetam diretamente o crescimento intelectual dos nossos estudantes.

A autora cita que as estratégias de ensino são necessárias e que o professor

saiba o quê e como ensinar? Fala também da responsabilidade do professor com o

ensino com a aprendizagem do aluno e a importância da escola e que o professor

conheça o sentido pedagógico da avaliação, para conseguir uma aprendizagem.

Ainda argumenta que um dos grandes problemas na educação é a falta de

uma base curricular comum aos diferentes sistemas de ensino Estaduais e

Municipais, para que consiga atingir um padrão mínimo de aprendizagem em cada

série, o que hoje não está acontecendo.

Para mudar este quadro que encontra a educação é preciso ter metas e

padrões ambiciosos, boas condições de trabalho para professores e alunos,

informação de qualidade, intensa comunicação com a sociedade e

responsabilização das escolas por seus resultados. È importante destacar quatro

eixos estratégicos de intervenção para viabilizar a melhoria gradual da qualidade da

educação: Financiamento e prioridade do investimento; Revisão das carreiras,

formação e incentivos aos professores; Reorganização dos sistemas de ensino com

ênfase na gestão da escola e da aprendizagem; Currículo, metas de aprendizagem,

avaliação e alfabetização.

Os participantes após análises e debate sobre o texto acima citado,

argumentaram segundo suas opiniões que no decorrer do texto são apresentados os

problemas e possíveis soluções para os mesmos; alguns de ordem políticas, alguns

de organização internas da escola e algumas que precisam de interesse, boa

vontade e tomada de decisão dos educadores, além de questões sociais e familiares

que podem colaborar para um salto na qualidade da educação brasileira.

Disseram também que algumas possibilidades de melhoria na educação,

apresentada no texto são plausíveis, algumas possíveis, todavia, percebemos

inúmeras vezes retrocessos visíveis no processo educacional como, por exemplo, a

desvalorização da carreira do magistério (salário baixo e etc.)

Na visão dos participantes para alcançar as metas apresentadas pela autora,

será preciso força política, mobilização social, valorização do magistério e

principalmente um aluno motivado e que tenha sede de conhecimento.

Por outro lado, percebemos o quanto é importante, conforme descreve a

autora, o processo de avaliação externa.

3º Encontro: O Nível de Aprendizagem na Educação Brasileira

Neste encontro os professores fizeram leituras e debates sobre o texto de

Luísa Galvão Lessa que trata do Programa Internacional de Avaliação de Alunos

(PISA) que é o principal exame para medir comparativamente o desempenho de

alunos de países ricos e em desenvolvimento.

O Brasil tem feito várias avaliações para medir o conhecimento dos jovens e

saber como está a atual situação educacional do País: o SAEB, a Prova Brasil, o

Enade.

O que se sabe é que se faz necessário investir na preparação do professor,

pois o despreparo destes profissionais faz com que o índice abaixe ainda mais, uma

vez que o professor é quem prepara todos os outros profissionais.

Segundo João Batista de Araujo Oliveira o analfabetismo no Brasil é um

problema muito sério. As causas são primeiramente: o problema institucional com

professores mal formados, diretores sem autoridade, escolas sem programas de

ensino adequados para alfabetizar, materiais inadequados e sem consequências.

Segundo políticas públicas ineficientes com confusões de definições de

alfabetização, e métodos de alfabetização copiados de outros países, mal

compreendidos e ineficazes.

4º Encontro: Equidade e Qualidade da Educação Brasileira

Durante este encontro os professores fizeram leituras, debates e síntese

sobre o texto Equidade e Qualidade da Educação Brasileira de Simon Schwartzman

(OLIVEIRA; SCHWARTZMAN, 2002).

Comenta o autor que há alguns anos atrás apenas uma pequena parcela da

população brasileira tinha acesso à educação. A Educação era para a elite. Com o

Regime Militar houve uma expansão das escolas públicas no Brasil e por

consequência a obrigatoriedade do Ensino Fundamental. Com o objetivo da escola

para todos (EPT) e, sem uma estrutura adequada e coerente para todo o processo

educacional, vieram os problemas. É necessário que tenhamos um novo olhar em

prol da educação no Brasil, pois a clientela hoje é outra com inúmeras dificuldades,

a saber: - situação financeira das famílias; - a falta do acompanhamento dos pais em

questões escolares; - o desinteresse dos alunos entre outros e, outro agravante do

processo é que mesmo com o passar dos anos a escola ainda não está preparada

para receber essa clientela oriunda das classes trabalhadoras com tais

problemáticas.

5º Encontro: Uma Nova Agenda para a Educação Básica Brasileira

Neste encontro fez-se a leitura do texto Uma nova agenda para a educação

básica brasileira de Maria Helena Guimarães (CASTRO, 2007).

Segundo a autora um dos aspectos que interferem na aprendizagem dos

alunos de forma negativa seria o tempo de permanência do aluno na escola que

hoje são de quatro horas distribuído de forma ineficaz na sala de aula. Outro fator

negativo seria as altas taxas de repetência que levam ao desestímulo e a

desistência dos alunos. A má preparação dos professores interfere em muito na

aprendizagem dos alunos, também a falta de interesse dos alunos pelo currículo

desconectado do mundo real sala de aula desinteressante, ensino

descontextualizado a incapacidade do professor de estimular os jovens levando-os a

compreender e aprender o mundo que os cerca.

As ações do governo têm de certa forma, contribuído para o acesso do aluno

às escolas, agora, é preciso ações eficientes para que o aluno permaneça com

sucesso na escola.

São vários os fatores que interferem na aprendizagem a falta de interesse dos

alunos; ensino descontextualizado; salas superlotadas; professores com má

formação acadêmica; falta de acompanhamento das famílias; pouca permanência

dos alunos na escola; indisciplina; recursos insuficientes para compra e manutenção

dos equipamentos, laboratórios, bibliotecas e etc.; desorganização interna das

equipes da escola; baixos salários e a falta de infraestrutura necessária para o

processo educativo.

6º Encontro: Propondo Mudanças

Durante este encontro os professores assistiram aos vídeos e fizeram debate

sobre os mesmos: vídeo “Bom dia Paraná - O risco de o Brasil ficar sem professores

nas escolas” (Disponível em: http://globotv.globo.com/rpc/bom-dia-parana/v/o-risco-

de-brasil-ficar-sem-professores-nas-escolas/2711844/); Gestão da Sala de Aula -

Celso Vasconcellos (VASCONCELLOS, 2012). Cada professor fez sua reflexão

sobre os vídeos comentando situações de sala de aula e assim fazendo sua

avaliação individual do seu trabalho do seu dia a dia.

Segundo Gustavo Ioschpe em seu Artigo publicado na Revista Veja de 2 de

janeiro de 2013, edição 2302, ano 46, nº 1 (SILVA, 2012).

Embora seja somente um artigo para o grande público não especializado em

educação, Gustavo Ioschpe é um economista estudioso da temática educacional e

acompanha as mais importantes publicações nacionais e internacionais.

Do ponto de vista do autor, os sindicatos têm como proposta o aumento de

salários e diminuição de trabalho. O autor propõe que o administrador público realize

um processo de desmobilização dos sindicatos realizando aliança com os diversos

setores da sociedade e ao mesmo tempo apresentando à sociedade que a escola

está ruim através do IDEB. É uma medida antidemocrática uma vez que os

sindicatos servem de ponto de união da categoria, não apenas para reivindicar

melhorias salariais. Os sindicatos estão em busca de melhorias na educação (que)

melhoria na educação significa saúde para os educadores, materiais, prédios

conservados e etc.

Intervir no que acontece no dia a dia das salas de aula. “O que importa é

aquilo que acontece quando professores e alunos se encontram na sala de aula”.

Esse encontro é possível quando professores e alunos não faltam. Sabemos o

quanto é difícil esse acontecimento diário. Numa escola grande sempre há faltas o

que dificulta o desenvolvimento das atividades escolares. É bem verdade que alguns

educadores exageram e aproveitam do não envio das faltas e é bem verdade que o

corporativismo é enorme. Com relação ao aproveitamento do tempo, percebe-se o

quanto a indisciplina dos alunos vem crescendo e os conteúdos ficam secundários.

Segundo o autor, o cargo de diretor deve ser ocupado por educadores que após

aprovados em testes técnicos seja submetido à eleição.

É verdade que o diretor é o cargo-chefe e ele deve mesmo ser o sujeito

compromissado com todo o processo.

Focar a alfabetização. A alfabetização deve ser prioridade do governo

municipal e estar concluída no 1º ano e no máximo no 2º ano. Assim como a

alfabetização, também os domínios das operações matemáticas devem ser foco.

Enfim, português e matemática, se necessário devem sacrificar a carga horária de

outras matérias, nos anos iniciais.

Criar e comunicar expectativas altas. Nunca se deve pensar no fracasso, mas

traçar metas ousadas, criando sempre expectativas para todos, não admitindo que

nenhum aluno fique para trás.

Segundo a pesquisadora Eunice Durhan, problemas maiores é a ideologia

atrasada que domina as faculdades de pedagogia. Os cursos adotam uma

bibliografia circunscrita a autores de esquerda que confundem pensamentos críticos

com falar mal do governo ou do capitalismo. O estudante é exposto a uma coleção

de jargões em vez de aprenderem a dar aulas. E ao chegar às escolas para ensinar

esses novos profissionais não sabem o que fazer e acabam repetindo esses jargões.

Para Eunice Durhan os professores não admitem suas culpas pelo mau

ensino e ainda diz que os sindicatos tentam garantir os direitos dos professores e

não o bom ensino.

É urgente fazer a educação avançar e para isso necessário se faz que os

cursos de pedagogia sejam aprimorados. As Universidades Públicas estão

prejudicadas pelas ideologias e pelas críticas vazias, pois se observa que apenas

2% das produções científicas são publicadas nas melhores revistas científicas. O

governo gasta muito com a burocracia dentro das universidades públicas e as

investigações científicas ficam em segundo plano.

Eunice Durhan afirma ainda que os cursos técnicos de ensino superior

capacitem melhor para o mercado de trabalho do que algumas faculdades

particulares. Ela diz que enquanto nos Estados Unidos 6% dos alunos frequentam

escolas técnicas, no Brasil apenas 9% porque há preconceito ao trabalho manual,

apesar de 95% de essas pessoas saírem com emprego garantido.

Mesmo que cursando uma faculdade ruim os alunos diplomados, no Brasil

levam vantagem sobre os jovens que nunca pisaram numa universidade, pois como

a maioria dos jovens brasileiros está ainda fora da universidade, o diploma ganha

peso pela raridade. Numa seleção de emprego entre dois jovens uma empresa vai

dar preferência a quem conseguir chegar ao ensino superior. Apesar disso jamais

estarão na disputa pelas melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.

De acordo com a pesquisadora a solução do problema perpassa por uma

reformulação das faculdades de pedagogia uma vez que nos rankings internacionais

o Brasil está entre os piores países do mundo em educação.

7º Encontro: Textos Reflexivos – Mediação do Professor na Aprendizagem

Neste encontro os professores assistiram e fizeram debate sobre os vídeos:

Marcos Meier e o Bom Professor (MEIER, 2013). Relação Professor Aluno (Paulo

Freire) (FREIRE, 2011).

Dando sequência os participantes fizeram estudos, debates e sínteses sobre

os textos: Mediação – Gasparin - Artigo – Prática Pedagógica e Aprendizagem

(Rosângela Bressan Buosi) (BUOSI, 2007); Aprendizagem e Desenvolvimento: O

Papel da Mediação (Marta Sforni) (SFORNI, 2014).

Segundo os textos citados algumas dificuldades que causam o baixo

rendimento escolar são: Esperar que venham para os bancos escolares alunos com

comportamento e interesse de 30 anos atrás; Grande parte dos alunos parece não

ter interesse nos conteúdos escolares; O professor tenta transmitir as informações,

mas muitas vezes não é ouvido; Os alunos já perceberam que sua progressão será

automática, independente de aprendizagem ou nota; O professor deve lançar mão

de criatividade em suas aulas partindo da realidade social e da vivência do aluno,

para a especificidade teórica da sala de aula e desta para a totalidade social

novamente.

Aproveitar as novas tecnologias que efetivamente auxiliam com grande

competência na mediação entre aluno e informação, uma vez que Estado enviou

para as escolas computadores e TVs para tal uso. A Pedagogia Histórico-Crítico traz

uma proposta de trabalho crítico e transformados da realidade, vivido pelo aluno

apontando caminhos e ações didático-pedagógicas de mediação de alunos e objeto

de conhecimento.

A mediação é realizada exclusivamente pelo professor, esse por sua vez

pode facilitar ou mesmo dificultar o processo de ensino aprendizagem.

As técnicas pedagógicas são fundamentais para facilitar sua mediação junto o

aluno. A sala de aula é um laboratório pedagógico.

8º Encontro: Reflexão e Avaliação do Curso

Para encerramento do curso estudou-se: Práticas pedagógicas eficazes

(Disponível em: www.alfaebeto.org.br/128) e os vídeos: Reforço Escolar Marcos

Meier (MEIER, 2010); Vídeo de motivação para professores - Eduquem com muito

amor (HÉLIO JÚNIOR, 2010).

Como avaliação do curso a ministrante pediu para que os professores

dessem sugestões de atividades com estratégias que possam contribuir com o

aprendizado do aluno (atividades estas que não sejam de rotina do aluno).

Conforme anexo 1:

4 RESULTADOS

Com o decorrer do curso os professores conscientizaram que análises e

reflexões realizadas por especialistas e educadores, elencaram estudos, onde o

maior problema da educação brasileira é a “má qualidade do ensino”. E é o nosso

grande desafio. Reverter resultados e práticas. Vimos que, o ensino e as propostas

pedagógicas devem realmente ser reformulados com mais afinco. Com certeza é

preocupante o nível baixo de aprendizado dos alunos.

Resultados esses mostrados revelam que há uma necessidade de superação

e urgência de desenvolver um trabalho de intervenção pedagógica tendo como base

os levantamentos e avaliações aplicadas. Queixas existem, mas como educadores,

devemos em nossa prática reverter esses dados negativos. Podemos fazer a

diferença, isso é possível através de novas ações.

A partir das reflexões desses resultados em prol da melhoria do ensino. O

que fazer com dados tão baixos? Vejo que todos que estão ligados a educação são

peças fundamentais nesse trabalho de resgate da qualidade do ensino.

Entendendo as relações estabelecidas entre esses indicadores dissertados no

decorrer deste estudo Projeto de intervenção Pedagógica. As ações cotidianas no

ambiente escolar podem melhorar muito através de acompanhamentos e apoio

pedagógico aos docentes. São necessários estudos periódicos com todos os

profissionais envolvidos no processo, pois estas avaliações nos mostram um

caminho.

A intervenção pedagógica é necessária, e para que ela de certo primeiro

tenha que conhecer melhor estes instrumentos externos, que medem os resultados

dos trabalhos efetivados em sala de aula.

Mas, também é necessária uma reorganização do sistema educacional, com

professores lotados em uma única escola, com estrutura do sistema educacional no

mesmo nível do sistema federal, com escolas de qualidade, materiais de qualidade,

enfim estrutura de qualidade, fatores que também contribuem para a educação de

qualidade, porém o que mais angustia os professores é a falta de vontade que

nossos alunos apresentam em relação a aprendizagem. Muitos se recusam a

aprender. Tornando assim os resultados das avaliações um tanto irreal para

um diagnóstico e intervenção.

Existem também muitos professores que querem algo mágico, isto é, querem

que os alunos aprendam melhor sem que sejam modificadas as estratégias de

ensino. Ainda há uma resistência ao entendimento de que os alunos reais exigem

um novo olhar, um novo aprendizado didático para que consigamos melhores

resultados.

Os indicadores da Prova Brasil nos levam a repensar a educação. Como

vamos resolver problemas tão sérios, aluno desinteressado e grande parte de

professores que não querem sair de sua zona de conforto e que muitas vezes não

sabem nem interpretar os resultados das avaliações institucionais. Precisamos rever

metodologias, capacitar mais e melhorar os professores, para que estes possam

traçar metas e estratégias para tentarmos conseguir um melhor resultado.

Entender as avaliações externas e saber interpretar seus resultados é

fundamental. O resultado da Prova Brasil demonstra quais níveis de aprendizagem

os alunos se encontram nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. A partir

dessa referência a escola pode desenvolver diferentes ações aliada ao Projeto

Político Pedagógico, onde os professores, envolvidos com o ensino aprendizagem

possam estar empenhados na construção de Projetos que façam grande diferença,

em prol da aprendizagem.

Todo esse estudo serviu para traçarmos intervenções a fim de superar as

fragilidades encontradas no processo de ensino e aprendizagem, buscando uma

mudança de postura do professor frente à realidade da escola, uma vez que não se

pode conceber qualquer transformação social sem o necessário conhecimento da

realidade e a articulação entre os saberes adquiridos e as mudanças requeridas,

fazendo da escola um espaço de mediação entre o sujeito e a sociedade.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As contribuições foram muito enriquecedoras na busca de soluções coletivas

para a melhoria das práticas educativas em nossa escola, e também, pelas

alternativas metodológicas que permeiam os diferentes cotidianos escolares

representados pela conjugação das experiências profissionais dos integrantes do

GTR e do Curso de Extensão.

A partir das informações obtidas durante a Implementação no Curso de

Extensão e as contribuições do GTR, nos possibilitou maiores conhecimentos

através de discussões e debates. Pudemos pensar em nossa realidade escolar, e

vimos que, gestores e professores, unidos, têm condições de intervir de forma mais

eficaz, aumentando as chances de melhorar o ensino aprendizagem, conforme

metas previstas pelo Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação.

Foram momentos que oportunizaram muitas reflexões, discussões e

crescimento pessoal e profissional a todas nós.

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