folha da rua larga 28

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Instituição se integra às redes sociais e vê no mundo virtual um aliado no combate ao crime organizado. A boa notícia é que todo e qualquer cidadão pode contribuir para o sucesso da iniciativa. O portal, criado há dois meses, já é acompanhado por policiais e autoridades públicas, que pautam suas ações nas informações divulgadas. Presidente da Porto Novo explica o plano da empresa para a região Tânia Andrade Lima, pesquisadora da UFRJ / Museu Nacional, fala da importância do acompanhamento das obras da prefeitura por arqueólogos. Revitalização da Rua Larga | Zona Portuária | Centro do Rio DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Nº 28 ANO IV RIO DE JANEIRO | JULHO – AGOSTO DE 2011 Disque-Denúncia cria na internet um mapa colaborativo da criminalidade página 13 Eduardo Pettengill fala sobre a previsão de início das obras públicas. A concessionária venceu licitação para administrar a região nos próximos 15 anos. Palacete congregará Centro de Arqueologia O professor David M. Vetter, um dos maiores especialistas em Cepacs no eixo Rio-São Paulo, apresenta a ideia do Certificado de Potencial Adicional de Construção. Os recursos para a revitalização da região resultaram da venda desses títulos. página 6 página 3 Página 5 Especialista define o ignorado conceito de Cepac página 14 Mais um espaço voltado à capacitação na Gamboa Alair Barros, museóloga e gestora do ponto de cultura Palco Escola, abre as portas da instituição e convida os leitores a conhecer o espaço, aberto em abril. No local são oferecidas oficinas profissionalizantes e gratuitas em Cenotécnica e Cenografia. opinião Lielzo Azambuja páginas 8 e 9 Alto Beco das Sardinhas gastronomia cidade As sócias Elisangela Valadares e Brenda Valansi Osório, idealizadoras da ArtRio, informam que o evento reunirá aproximadamente 80 galerias nacionais e internacionais em setembro, no Píer Mauá. Artistas do Morro da Conceição reivindicam recursos para evento próprio. Mariana Vianna Feira de arte contemporânea chega para movimentar mercado carioca página 10 Carolina Monteiro social folha da rua larga

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O jornal Folha da Rua Larga circula gratuitamente pelo Centro do Rio e Zona Portuária desde 2008. É editado pelo Instituto Cidade Viva.

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Page 1: Folha da Rua Larga 28

folha da rua larga

Instituição se integra às redes sociais e vê no mundo virtual um aliado no combate ao crime organizado. A boa notícia é que todo e qualquer cidadão pode contribuir para o sucesso da iniciativa. O portal, criado há dois meses, já é acompanhado por policiais e autoridades públicas, que pautam suas ações nas informações divulgadas.

Presidente da Porto Novo explica o plano da empresa para a regiãoTânia Andrade Lima, pesquisadora da UFRJ / Museu Nacional, fala da importância do acompanhamento das obras da prefeitura por arqueólogos.

Revitalização da Rua Larga | Zona Portuária | Centro do Rio DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Nº 28 ANO IVRIO DE JANEIRO | JULHO – AGOSTO DE 2011

Disque-Denúncia cria na internet um mapa colaborativo da criminalidade

página 13

Eduardo Pettengill fala sobre a previsão de início das obras públicas. A concessionária venceu licitação para administrar a região nos próximos 15 anos.

Palacete congregará Centro de Arqueologia

O professor David M. Vetter, um dos maiores especialistas em Cepacs no eixo Rio-São Paulo, apresenta a ideia do Certificado de Potencial Adicional de Construção. Os recursos para a revitalização da região resultaram da venda desses títulos.

página 6

página 3 Página 5

Especialista define o ignorado conceito de Cepac

página 14

Mais um espaço voltado à capacitação na Gamboa

Alair Barros, museóloga e gestora do ponto de cultura Palco Escola, abre as portas da instituição e convida os leitores a conhecer o espaço, aberto em abril. No local são oferecidas oficinas profissionalizantes e gratuitas em Cenotécnica e Cenografia.

opinião

Lielzo Azambuja

páginas 8 e 9

Alto Beco das Sardinhas

gastronomiacidade

As sócias Elisangela Valadares e Brenda Valansi Osório, idealizadoras da ArtRio, informam que o evento reunirá aproximadamente 80 galerias nacionais e internacionais em setembro, no Píer Mauá. Artistas do Morro da Conceição reivindicam recursos para evento próprio.

Mariana Vianna

Feira de arte contemporânea chega para movimentar mercado carioca

página 10

Carolina Monteiro

social

folha da rua larga

Page 2: Folha da Rua Larga 28

julho – agosto de 2011

nossa rua

Se essa Rua fosse minha

Maria Cristina Gioseffi, professora de ioga

“Melhoraria as condições do trânsito na região. Parece que os carros não respeitam o sinal e o pedestre tem pouco espaço para circular nas calçadas. Por outro lado, conser-varia as árvores da rua e também melhoraria o sistema de coleta de lixo.”

Gustavo di Mello, estudante universitário

“A Rua Larga é bem rica em suas referên-cias. Temos aqui centros culturais, palácios e monumentos. Poderia ser mais movimen-tada se tivesse um bom policiamento e uma campanha para conscientizar as pessoas em relação à conservação da região.”

“Eu me incomodo muito com o aspecto de abandono de alguns casarões. Aqui nesta região tem muitos prédios sujos, precisan-do de uma boa restauração. Mas a primeira coisa que eu faria seria pintar as fachadas, deixando tudo bem colorido e alegre.”

Isabela da Silva, assistente social

Fabiola Buzim

Foto enviada por leitor

Fabiola Buzim

Fabiola Buzim

folha da rua larga

espaço dos leitores

2folha da rua larga

Redação do jornalRua São Bento, 9 - 1º andar - Centro

Rio de Janeiro RJ - CEP 20090-010 - Tel.: (21) 2233-3690

www.folhadarualarga.com.br [email protected]

A Folha da Rua Larga recebe opiniões sobre todos os temas. Reserva-se, no entanto, o direito de rejeitar acusações insultuosas ou desacompanhadas de docu-mentação. Devido às limitações de espaço, será feita uma seleção das cartas e, quando não forem concisas, serão publicados os trechos mais relevantes. As cartas devem ser enviadas para a Rua São Bento, 9 sala 101 CEP: 20090-010, pelo fax (21) 2233-3690 ou através do endereço eletrônico [email protected].

Conselho Editorial - André Figueiredo, Carlos Pousa,

Francis Miszputen, João Carlos Ventura, Mário

Margutti, Mozart Vitor Serra

Direção Executiva - Fernando Portella

Editora e Jornalista Responsável - Sacha Leite

Colaboradores - Ana Carolina Portella, André Calazans,

Carolina Monteiro, David Vetter, Fabiola Buzim,

Fernando Portella, Guenther Leyen, Leonardo Simplício,

Lielzo Azambuja, Márcia Vetter e Teresa Speridião

Projeto gráfico - Henrique Pontual e Adriana Lins

Diagramação - Suzy Terra

Revisão Tipográfica - Raquel Terra

Produção Gráfica - Paulo Batista dos Santos

Impressão - Maví Artes Gráficas Ltda.

www.maviartesgraficas.com.br

Contato comercial - Teresa Speridião

Tiragem desta edição: 6.000 exemplares

Anúncios - [email protected]

Foto enviada por leitor

Rua Teófilo Otoni, no trecho entre Miguel Couto e Uruguaiana. Foto enviada por um leitor que preferiu não se identificar: “Esse alagamento constante precisa ser contido pelas autoridades”.

Calçada repleta de lixo nas proximidades do Largo de Santa Rita. Imagem enviada por um leitor que pre-feriu não se identificar: “A coleta de lixo deve ser mais eficiente”.

Lixão a céu aberto permanece

Alagamento constante na Teófilo Otoni

Page 3: Folha da Rua Larga 28

julho – agosto de 2011 folha da rua larga

nossa rua

Tânia Andrade Lima, responsável pela pesquisa

da redaçã[email protected]

Achados arqueológicos já têm destino seguro A partir de 2012, vestígios irão para palacete na Praça da República que será reformado

3

Divulgação

Os objetos encontrados ao longo das obras do Pro-jeto Porto Maravilha terão endereço certo: o palace-te localizado na Praça da República, 22, Centro do Rio. O imóvel está sendo reformado para abrigar um Centro de Arqueologia. Fechado desde 1974, o lo-cal já abrigou o Instituto de Eletrotécnica e a Escola de Comunicação da UFRJ.

A falta de espaço nas instituições de pesquisa para guardar as coleções motivou a prefeitura a ceder o espaço, onde se-ria construído um centro de referência do samba. Tânia Andrade Lima, pes-quisadora e professora de Arqueologia da UFRJ, é a responsável pelo encami-nhamento das pesquisas arqueológicas na região.

Doutora pela USP, com

pesquisa em Povoamento do Território Brasileiro, ela explicou à Folha da Rua Larga que, desde ja-neiro deste ano, as obras da prefeitura estão sendo acompanhadas por técni-cos do Iphan, IAB e UFRJ. A pesquisadora informou também que está sendo concebido um Memo-rial da Diáspora Africana onde foram localizados importantes vestígios do Cais do Valongo e da Im-peratriz.

Quais são os tipos de objetos encontrados?

Está sendo encontrada uma copiosa cultura ma-terial da primeira metade do século XIX, compre-endendo tanto objetos das classes dominantes quanto dos negros escravizados.

Em que momento foi determinada a preserva-ção desses achados?

Logo no início do tra-balho, quando apenas um pequeno trecho do Valongo

e do Cais da Imperatriz (na Av. Barão de Tefé) tinham sido encontrados. Isso im-plicou mudança da malha viária, alteração do traça-do das redes subterrâneas, com custos para o municí-

pio e atrasos no cronogra-ma de obras, mas mesmo assim o prefeito selou seu compromisso com a pre-servação. E isso inclui a reformulação da Praça, um projeto que vem sendo de-senvolvido pelo subsecre-tário do Patrimônio e Ur-banização, Washington Fa-jardo. Prevê-se nesse local a construção de um Memo-rial da Diáspora Africana.

Em sua opinião, qual a relevância para a socie-dade em se preservar os sítios arqueológicos?

Trata-se da história do Rio de Janeiro e do Brasil. No caso do Valongo, esta-mos falando do principal ponto de entrada do maior número de africanos escra-vizados nas Américas. Que ali chegaram, desembarca-

ram e foram encaminhados para uma trajetória de hu-milhação, dor e sofrimento inenarráveis, que, por ou-tras vias e de outras formas mais dissimuladas e sutis, ainda se mantém até os dias atuais, em atitudes veladas, ou nem tão veladas assim, de discriminação racial e de intolerância. A história da escravidão precisa ser contada, recontada e cons-tantemente denunciada em todos os seus matizes para que ela nunca mais se re-pita.

Leia entrevista na íntegra

no site www.folhadarualar-ga.com.br.

Page 4: Folha da Rua Larga 28

Cliques Rua Larga boca no trombone

fernando portella

[email protected]

Há dois anos, o Rio foi eleito o melhor destino gay do mundo. Desde então, vem se firmando oficialmente como uma cidade simpatizante da diversidade. Dia 20 de junho, foi celebrada a primeira cerimônia cole-tiva de união homoafetiva do país, na sede do programa Rio Sem Homofobia, na Central do Brasil. 43 ca-sais uniram-se, testemunhados por 600 pessoas, dentre elas autoridades como Carlos Minc e Siro Darlan.

O Largo de Santa Rita recebeu lâmpadas e novos postes Rio Antigo, conforme solicitação dos proprietários locais. O subprefeito do Centro, Thiago Barcellos, prometeu solução para a iluminação há dez meses. Enfim a luz retornou ao Beco das Sardinhas. Outra novidade é que o tradicional quiosque de flores em frente à Igreja de Santa Rita passou a oferecer plantas de corte e variedades de mudas.

4folha da rua larga

nossa rua

Leonardo Simplício

A Rosa e o Passarinho

julho – agosto de 2011

Sacha Leite

No escritório onde trabalhamos no Centro do Rio de Janeiro, na região da Rua Larga, temos um espa-ço aconchegante, com deck, bar e um agradável jar-dim. Neste jardim moram duas roseiras, cada uma plantada em seu vaso, uma de frente para a outra – homenagem a Santa Terezinha. A roseira da direita sempre dá rosas vermelhas e alaranjadas, mas a da esquerda, nascida no mesmo canteiro, com a mesma folhagem, nunca nos deu um só botão.

Beto Mattos, sambista dos bons, amigo meu, certa vez me contou uma história de um amante de passa-rinhos que, chegando a uma dessas feiras de animais (espero que não existam mais), ouviu o canto mara-vilhoso de um pássaro preso numa gaiola. Ficou ex-tasiado com o vasto repertório do cantor. Na gaiola ao lado havia outro passarinho da mesma espécie e linhagem que não cantava nada.

Todos os dias, quando chegava ao escritório, além de saudar todas as plantas do jardim e conversar com elas, falava com as minhas roseiras. A parideira de rosas ganhava de mim rasgados sorrisos. À outra eu sempre perguntava por que não me dava rosas: “Você está com algum problema? Está triste por al-gum motivo? Falta-lhe alguma coisa?”. Ela não res-pondia, ficava me olhando com seus galhos, sempre crescendo e com novas folhinhas, tentando me falar alguma coisa. Chegaram a me dizer que existem ro-seiras estéreis. Será?

O comprador de passarinhos perguntou ao vende-dor quanto custava o cantador. E sem lhe dar muita bola, ele respondeu: “Mil reais”. O comprador se assustou com o preço e indagou se não faria um desconto especial. O vendedor, ainda sem lhe dar bola, repetiu o valor dado. Conhecedor de feiras, o “esperto” comprador foi dar uma volta, acreditando que mais perto do final da feira, na xepa, certamente o vendedor lhe daria um bom desconto.

Ao fim de cada tarde, sento-me ali no bar, reflito sobre a vida, tomo um cálice de vinho e converso com as minhas roseiras. Há momentos na nossa his-tória que estamos debaixo dos holofotes, no palco dos acontecimentos. Mas há outros instantes em que parece terem nos esquecido e aí nos recolhemos aos bastidores para pensar, nos ouvir e recompor nossos caminhos. A vida é um pêndulo entre o in e o out.

No final da feira, o comprador voltou e fez uma proposta de oitocentos reais pelo cantor, mas o ven-dedor foi irredutível: “Mil reais”. Desanimado, ape-nas para provocar o vendedor perguntou por quanto então venderia o passarinho ao lado que não cantava absolutamente nada. Estufando o peito e agora sim olhando nos olhos do comprador, respondeu-lhe em bom tom: “Este custa dez mil reais!”. “Mas como?” – retrucou o comprador – “Ele não canta nada, pa-rece mudo!” Tranquilamente, o vendedor explicou: “Ele não canta porque é o compositor”.

Dentro de nós existe uma roseira que dá rosas e uma que cresce em galhos e inspira a outra. Uma aparece, mostra rosas, canta, recebe aplausos. A ou-tra é reflexiva, compositora de novos momentos de vida. Quando chego hoje no escritório saúdo igual-mente as duas roseiras com o mesmo carinho, res-peito e amor profundo.

Page 5: Folha da Rua Larga 28

folha da rua larga

entrevista

5

Carolina Monteiro

Dada a largada para a transformação do cenário cariocaConheça o perfil da concessionária que administrará o Porto do Rio nos próximos 15 anos

julho – agosto de 2011

Eduardo Pettengill, diretor-presidente da Porto Novo S.A.

sacha [email protected]

bate-papo

O diretor-presidente da Porto Novo S.A., Eduardo Pettengill, tem nas mãos uma difícil tarefa: reformar 204 ruas que ocupam cinco milhões de m² do Centro do Rio e Zona Portuária nos próximos 15 anos. Além

disso, o dirigente da con-cessionária, que assumiu a região na segunda quinze-na de junho, falou à Folha da Rua Larga sobre os principais desafios da con-cessionária que adminis-trará R$ 3.508.013.490,00

provenientes da venda dos Cepacs na região. Os re-cursos devem ser aplicados em obras de infraestrutura urbana e serviços de aten-dimento à população, como podas de árvores, ilumina-ção e tapa-buracos.

Como está sendo feita a limpeza urbana?

Fizemos um contrato de transição com a Comlurb para que adotasse o nosso uniforme. Esse contrato de transição vai ter dura-ção de até seis meses, até que se organize um outro serviço para não sofrer interrupção, o que preju-dicaria muito os usuários da área. Ao término desses seis meses vai acontecer de fato uma substituição da Comlurb por outra em-presa do ramo.

Estão previstas ações de recuperação do patrimônio material e imaterial?

Essa parte diz respeito a Cdurp (Companhia de Desenvolvimento Urba-no da Região do Porto do Rio de Janeiro). Eles têm uma participação na venda dos Cepacs – 3% do arre-cadado – justamente para alocar recursos para o pa-trimônio material e imate-rial da área, que é bastante vasto. Apenas o Museu do Amanhã talvez fique a car-go nosso.

Como se dá a interação entre a Porto Novo e a Cdurp?

A Cdurp é o nosso con-tratante. Foi criada uma empresa em que a prefei-tura é a maior acionista, ela fez a licitação e a con-tratação do nosso serviço. A Cdurp irá fiscalizar o nosso serviço na área. O nosso projeto, do Porto Novo, é um projeto den-

tro do Porto Maravilha, e o Porto Maravilha envolve outros projetos.

O atendimento à popu-lação já está funcionando?

Desde o dia 15 de junho. Estamos com atendimento pelo telefone 0800-880-7678, presencial na Rua Pedro Alves, 307, Santo Cristo, e através do site www.portonovosa.com. Estamos organizando a ouvidoria. O 0800 é um serviço operacional. O cidadão passa por algum buraco e nos liga para in-formar. Já no caso da ou-vidoria: o indivíduo recla-mou três vezes e não ficou satisfeito? Então teria a ouvidoria para reclamar, como uma segunda instân-cia do 0800.

E o planejamento das obras?

Não vou dizer que a nos-sa obra vai ser um paraí-so. Vai provocar um certo estresse. Mas estamos nos preparando para causar o mínimo possível. Com certeza vamos ampliar em 50% a capacidade do tráfego hoje. Estamos fa-zendo uma via binária, com seis pistas, paralela a hoje existente Rodrigues Alves, e só depois come-çaremos então a fazer a demolição da Perimetral para criarmos uma via ex-pressa onde é a Perimetral hoje. A demolição de parte do elevado vai acontecer, portanto, apenas depois que essa via paralela ex-pressa for implantada,

para que possa absorver esse tráfego.

Especifique o território de atuação da concessio-nária.

Ao sul, a Avenida Pre-sidente Vargas, a oeste, a Avenida Francisco Bica-lho. Ao norte, temos toda a Perimetral e Rodrigues Alves que vai da rodoviá-ria até a Presidente Vargas, e a leste, temos como limi-te a Avenida Rio Branco. São cinco milhões de m² na Zona Portuária e parte do Centro do Rio.

Qual é a prioridade nas obras?

A construção da Via Bi-nária. Essa via é paralela a Rodrigues Alves. Nós vamos criar um túnel no Morro da Saúde. Estamos fazendo “alças” em frente à rodoviária para pegar por essa via paralela e ir para a Ponte Rio-Niterói. Na Pri-meiro de Março vamos fa-zer um túnel, passando por baixo do São Bento, Pra-ça Mauá, Polícia Federal, Morro da Saúde, Equador. Dali sairão duas vias, com acesso à ponte Rio-Nite-rói. Só depois que tiver-mos com essa via binária pronta é que começaremos a mexer na Perimetral.

De onde virão os recur-

sos para os serviços opera-cionais e obras de infraes-trutura?

Da venda dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção).

No plano diretor da cidade do Rio de Janeiro estava determinado, em lei, quanto era permitido construir na região. Por exemplo, em um

terreno x, só seria permitido construir até 1.000 m². Foi feita uma nova legislação aumentando esse potencial construtivo local. Todos os

Cepacs foram vendidos, em lote único, para a Caixa Econômica Federal, asse-gurando recursos para os próximos 15 anos de obras e operações.

Qual é o maior desafio a ser superado?

Fixar a marca Porto Novo na região e que ela signifi-que segurança, qualidade, eficiência e conforto para os usuários da área.

Acesse www.folhadarua-larga.com.br e leia a maté-ria na íntegra

Page 6: Folha da Rua Larga 28

David Vetter e Márcia [email protected]

6folha da rua larga

Como viabilizar a revitalizaçãoFale agora ou cale-se para sempre

sacha [email protected]

opinião

Carolina Monteiro

julho – agosto de 2011

O Centro do Rio é um lugar de origens negras, onde os africanos de-sembarcavam para ser escravizados. Aqueles que chegavam semivi-vos ou mortos, devido às condições tenebrosas da viagem, eram enter-rados nas redondezas do próprio Porto. A região portuária se tornou um grande cemitério, sem regalias, para esses in-divíduos que ainda hoje sofrem pleiteando uma inclusão digna em nossa sociedade.

No dia 15 de junho foi dada a largada para a ação da concessionária Porto Novo, que assu-miu toda a prestação de serviços para a popula-ção e obras urbanas. O Porto se tornou um lugar tão específico que existe um telefone da prefeitura para atendimento a todo o Rio de Janeiro – 1746 – e outro número apenas para a Zona Portuária – 0800 780 7678.

A Porto Novo se res-ponsabilizará por assun-tos que a população na-turalmente atribuiria ao poder público: serviços como poda de árvores, tapa-buracos, ilumina-ção, reparo de vias, lim-peza e tudo o que diz respeito à administração urbana, além das obras estruturantes, com início previsto para setembro.

Já a Cdurp é um órgão da prefeitura responsável por acompanhar e fiscali-

O Certificado de Potencial Adicional de Construção (Cepac) é um instrumento financeiro de captação de recursos utilizado para o fi-nanciamento de obras públi-cas. Esse instrumento finan-ceiro é estabelecido através de uma lei municipal especí-fica, regida através do Plano Diretor, na qual a prefeitura estabelece uma Operação Urbana. O Estatuto da Ci-dade define uma Operação Urbana Consorciada como “um conjunto de interven-ções e medidas coordenadas pelo Poder Público munici-pal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e in-vestidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, me-lhorias sociais e valorização ambiental”. (Estatuto da Cidade, Lei nº 10.257 de 10/07/2001). Assim, a pre-feitura delimita a área da Operação Urbana Consor-ciada em seu Plano Diretor, ou através de uma lei especí-fica que a estabelece.

A emissão de Cepacs em uma Operação Urba-na pode ser instrumental para o desenvolvimento de uma área, já que esses certificados permitem o desenvolvimento de obras públicas sem a utilização de recursos do orçamento da própria prefeitura, mas sim através dos recursos obti-dos na venda do potencial adicional a ser construído na área da intervenção. A Lei Municipal que rege o Cepac define a quantidade de m² que compõem um Cepac, bem como o limite

No dia 13 de junho, os Cepacs foram arrematados em cota única, no Cais do Porto

máximo em m² que podem ser construídos acima do coeficiente básico. Os em-preendimentos dentro dos limites da Operação Urbana só poderão construir acima de seu coeficiente básico se compram o número de Ce-pacs correspondentes à me-tragem que querem cons-truir acima do coeficiente básico.

Todos os recursos prove-nientes da venda dos Ce-pacs precisam ser utilizados dentro da área de revitaliza-ção na maneira especifica-da na legislação que cria a Operação Urbana.

Naturalmente, a cons-trução deve ser feita de acordo com todas as leis e regulamentos pertinentes que determinam o uso do solo, altura dos edifícios, etc. Então, não é a utiliza-ção de Cepacs que determi-na os usos e a densidade de desenvolvimento urbano,

mas sim as leis e regula-mentos pertinentes à área. Sendo assim, se a constru-ção acima dos coeficientes de aproveitamento básico fosse proibida, não existiria um mercado para Cepacs. Portanto, a utilização de Cepacs não seria adequada para áreas onde não há in-teresse em aumentar a den-sidade do desenvolvimento urbano, como em áreas de preservação histórica.

As emissões de Cepacs são reguladas e fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em São Paulo, os Cepacs fo-ram utilizados com bastante êxito para financiar grandes projetos como as Opera-ções Urbanas da Faria Lima e Água Espraiada. O Rio de Janeiro, recentemente, adotou os Cepacs como forma de financiamento de obras públicas na Operação Urbana, que tem como in-

tuito a revitalização da área portuária. A Caixa Econô-mica Federal arrematou em um só lote todos os Cepacs disponíveis.

Alguns autores defendem a tese de que a Operação Urbana Consorciada não tem a propriedade, por si só, de ser nociva ou benéfi-ca na construção da cidade democrática e includente. A questão está em sua for-mulação e implementação no nível municipal. Assim sendo, as críticas a essas Operações muitas vezes são referentes à formulação e implementação da políti-ca urbana municipal e não necessariamente ao instru-mento utilizado para viabi-lizar o seu financiamento.

zar as ações da empresa Porto Novo. Há aproxi-madamente dois anos, a Cdurp tem convocado reuniões com frequenta-dores e moradores da re-gião a fim de apresentar o projeto Porto Maravilha e discutir sua aplicação.

Alguns críticos alegam que os encontros não se-riam satisfatoriamente divulgados ou que se tra-tariam de debates “para inglês ver”. A Folha da Rua Larga testemunhou alguns deles. Propomos que os leitores que tive-rem acesso às reuniões repassem a informação, criando uma rede de in-teressados em contribuir para a definição do desti-no da região.

Não é preciso ser ur-banista, engenheiro ou cientista social para par-ticipar. Basta ser cidadão. Os vestígios encontrados durante as obras revelam passagens que alguns preferem esquecer, como é o caso da escravização dos negros, mas apenas a lembrança desse la-mentável capítulo poderá evitar a repetição de bar-báries do gênero e abrir caminho para mudanças sustentáveis e benignas. As obras previstas im-plicarão uma transição irreversível para a cida-de. Então, fale agora ou cale-se para sempre.

Page 7: Folha da Rua Larga 28

Com as usinas Angra 1 e Angra 2 gerando o equivalente a mais de 30% do consumo do Estado do Rio de Janeiro

e o avanço da construção de Angra 3, a energia nuclear se torna cada vez mais importante para o desenvolvimento.

Acesse www.eletronuclear.gov.br e conheça mais sobre a energia que está crescendo junto com a nossa cidade.

A EnERgiA dA ElEtRoBRAs ElEtRonuClEAR ContRiBui pARA o CEntRo do Rio CREsCER CAdA vEz MAis.

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Ministério de Minas e Energia

Page 8: Folha da Rua Larga 28

cultura

Gigantes da arte contemporânea aportam no RioArt Rio pretende trazer 80 galerias brasileiras e internacionais para o Píer Mauá

8folha da rua larga

Marianna Vianna Reprodução

julho – agosto de 2011

As idealizadoras da ArtRio, Brenda Valansi e Elisangela Valadares Óleo sobre tela, de Norbert Bisky, de Berlim, Alemanha (Galeria Crone)

sacha [email protected]

Comece o seu dia com um delicioso café da manhã a kilo, na medida certa! Servimos café, chocolate, sucos, salgados, pães e guloseimas para deixar a sua vida mais gostosa.

Trabalhamos com o Café Orfeu, um dos mais puros grãos do Brasil.

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Aprecie também o nosso almoço.Gastronomia internacional com um toque caseiro.

De 8 a 11 de setembro, a Zona Portuária vai rece-ber a Art Rio, 1ª Feira de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro. Elisangela Valadares e Brenda Valan-si Osório, idealizadoras da mostra, falaram à Folha da Rua Larga sobre a atração, que já nasce em grande por-te constando no calendário oficial de eventos da cidade. Sócias-diretoras da empresa Bex Feiras de Eventos Cul-turais, elas definem o públi-co que pretendem atingir: “Queremos fazer uma feira democrática, carioca e atrair artistas, galeristas, curiosos, sendo amantes das artes ou não.”

67 galerias nacionais e internacionais espalharão obras que vão da vanguarda

modernista à arte contempo-rânea pelos armazéns 2 e 3 do Píer Mauá. O australiano Tristian Koenig apresentará trabalhos inéditos de John Leckner. Riccardo Crespi, de Milão, trará a dupla Libia Castro & Ólafur Ólafsson – atuais representantes da Is-lândia na Bienal de Veneza de 2011. “Queremos inserir o Rio de Janeiro no merca-do de arte internacional e desenvolver um intercâm-bio cultural, tornando a Art Rio uma importante vitrine para as galerias brasileiras e de outros países”, explicam Brenda e Elisangela.

Do Rio de Janeiro partici-parão A Gentil Carioca, Ani-ta Schwartz, Silvia Cintra + Box 4, HAP, Mercedez Vie-gas, Pinakotheke, entre ou-

tras. De São Paulo, estarão as galerias Vermelho, Men-des Wood e Marília Razuk. Também marcarão presença as galerias de Belo Horizon-te Quadrum, Lemos de Sá, AM e Celma Albuquerque, e Amparo Sessenta, de Re-cife.

Para quem é feita a mos-tra?

Grandes colecionadores, marchands, jornalistas e apreciadores de arte, que terão a oportunidade de conferir e adquirir diversos formatos de arte moderna e contemporânea, entre pintu-ras, esculturas, instalações, fotografias e vídeos.

Qual é o destaque desta

primeira edição da feira?

Um dos pontos altos será o Solo Projects, com cura-doria de Julieta Gonzalez e Pablo Leon de La Barra – um espaço especialmente construído para apresentar projetos de um time seleto de 15 artistas internacionais escolhidos pela dupla. Cura-dora de Arte Latino-Ame-ricana da Tate Modern, em Londres, Julieta é um dos grandes nomes no merca-do artístico, com passagens pelo Museu Alejandro Ote-ro, em Caracas, e Whitney Museum, em Nova Iorque. Pablo Leon é galerista, ar-quiteto, editor e consultor de arte do mercado londrino.

Haverá atrações para o

público infantil?

O Daniel Azulay ministra-rá oficinas de desenho para as crianças. Enquanto os pais circulam pelas galerias, as crianças terão uma ocupa-ção lúdica e educativa.

A Art Rio foi viabilizada através de Lei do Incenti-vo à Cultura? Há contra-partidas sociais?

Temos alguns patrocínios, dentre eles o da prefeitura. Parte da verba é obtida atra-vés da Lei do Incentivo à Cultura do estado, mas trata--se de uma feira comercial.

Haverá alguma repre-sentação dos artistas plás-ticos locais, do Morro da

Conceição?

O que a gente tem é o con-tato com as galerias.

Então os artistas podem ser sugeridos, mas precisam ser mediados por um mar-chand ou galerista.

Quando surgiu a inten-ção de fazer a feira?

A ideia ocorreu há dois anos e meio. Queremos que o evento entre no hall das feiras do mundo. Usamos um modelo de Miami como base, em que acontecem vá-rios eventos simultâneos.

Page 9: Folha da Rua Larga 28

9

Sacha Leite

folha da rua larga

culturajulho – agosto de 2011

Obra de Claudio Aun, no Centro Cultural Correios

sacha [email protected]

Arte produzida no CentroArtistas plásticos do Morro da Conceição buscam recursos para o Projeto Mauá

Carlos Rabaça, um dos líde-res do Projeto Mauá, que agre-ga ateliês do Morro da Concei-ção, não se faz de rogado pela ausência de representação dos artistas locais na 1ª Feira Inter-nacional de Arte Contemporâ-nea: “Não fomos contatados por eles. Não vou ficar fazen-do uma de bobo e eles não são obrigados a compactuar conos-co”. O pesquisador do Obser-vatório do Valongo / UFRJ ex-plicou que mais importante do que reivindicar participação na

nova feira é garantir uma boa execução do Projeto Mauá, que, em 2012, completará 10 anos de funcionamento.

A abertura dos ateliês para o público está prevista para acontecer no primeiro fim de semana de dezembro, dias 2, 3 e 4. Este ano, os integrantes do Projeto Mauá – que tiveram quatro novos ateliês inscritos, totalizando 11 – promoverão uma grande festa convidando todos a conhecerem ou volta-rem à região.

No mês de julho, os artis-tas realizaram uma mostra coletiva no Teatro Sesi, com fotografias e obras de cada re-presentante. Já o artista Clau-dio Aun ganhou exposição

- Adriana Eu- Claudio Aun- Gioconda Recicla- Guenther Leyen- Gustavo Speridião- Paulo Dalier- Osvaldo Gaia- Oyama Achcar- Renato Sant’Ana- Tânia Gollnick- Teresa Speridião

Ateliês do Morro da Conceição

individual no Centro Cultural Correios em homenagem aos 40 anos de carreira. Recente-mente, ele foi nomeado mem-bro da Academia Brasileira de Belas Artes. A mostra poderá

ser conferida até o dia 18 de setembro.

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social

10folha da rua largajulho – agosto de 2011

Projeto Palco Escola traz profissionais de Cenotécnica para ministrar cursos na região

Maravilha de cenário com inclusão social

fabiola [email protected]

Alair Barros: resgate e valorização da profissão de cenotécnico

Fabiola Buzim

Além de abrigar Cidade do Samba, Vila Olímpica, Galpão Gamboa, Institu-to Central do Povo e Cia de Mystérios e Novida-des, a Gamboa acaba de ser presenteada com mais um projeto social na área de cultura: o Palco Es-cola. A sede, que fica na Av. Venezuela, nº 238, foi aberta ao público em abril, com a proposta de ofere-cer capacitação na área de Cenotécnica e Cenografia. A programação para o se-gundo semestre prevê di-versas palestras e oficinas ministradas por profissio-nais que são referência na área. Todas as atividades oferecidas são gratuitas.

“Esse projeto surgiu da necessidade de termos um espaço para a formação de mão de obra especializada e suprir uma demanda de mercado”, conta a museó-loga e gestora do Palco Es-cola, Alair Barros. Segun-do ela, a motivação princi-pal foi promover a inclusão social. Alair defende que a arte é um instrumento de transformação do indiví-duo e da sociedade. “Dese-jamos promover um espa-ço de possibilidades, mas temos um longo caminho pela frente. Estamos rode-ados por comunidades que estão vendo esta região ser transformada em função do projeto Porto Maravilha. Precisamos proporcionar a essas pessoas a oportuni-dade de participarem disso tudo, e uma forma é instru-

mentalizá-las, oferecer for-mação”, justifica.

Os cursos, voltados para adolescentes a partir de 16 anos, são divididos em mó-dulos para facilitar a par-ticipação. De acordo com Alair, os alunos terão que t r a b a l h a r pesado. A mu s eó lo -ga expli-ca que o propósi to do Palco Escola é apresentar tudo o que envolve o u n i v e r s o de Ceno-técnica e C e n o g r a -fia, como m a r c e n a -ria, serra-lheria, tintura, estruturação em ferro, vidro e outros materiais. “O aluno vai ter

que pegar no martelo, pre-go, aprender a usar uma fu-radeira, pintar, enfim, fazer de tudo. O cenotécnico é o profissional que constrói aquilo que é idealizado pelo cenógrafo. É preciso saber montar e desmontar

um cenário, por exem-plo, e isso não é qual-quer pessoa que faz”, explica.

A expec-tativa da gestora é que o pro-jeto Palco Escola se torne refe-rência e um espaço para o resgate da p r o f i s s ã o

de cenotécnico. Ela obser-va que muitas produções contratam pessoas apenas

cil encontrar mão de obra qualificada. Queremos que nossos alunos possam tra-balhar em qualquer espaço ou evento artístico-cultu-ral, seja no teatro, circo, ci-nema, televisão, shows ou exposição. Queremos ser uma referência para pes-quisa e experimentação de novas técnicas, incluindo as digitais”, esclarece.

O espaço já recebeu pro-fissionais de renome na área para ministrar cursos e palestras, como o cenó-grafo e figurinista Ronald Teixeira, curador da Qua-drienal de Cenografia de Praga, e José Dias, pro-fessor doutor das univer-sidades federais UniRio

e UFRJ. De acordo com Alair Barros, a proposta é promover um intercâm-bio e ampliar as discus-sões sobre a área. “Que-remos proporcionar aos nossos alunos o contato com profissionais que são bem-sucedidos na carrei-ra, professores, mestres e doutores. É uma forma de motivá-los”, garante.

Inscrições: Avenida Venezuela, 238 Gamboa – RJ. Fone: (21)2233 0670.

“O aluno vai ter que pegar no

martelo, prego, aprender a usar uma furadeira,

pintar, enfim, fazer de tudo.”

para um trabalho pontual, o que gera uma desvalo-rização do ofício. “É difí-

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Carolina Monteiro

11julho – agosto de 2011

fabiola [email protected]

11folha da rua larga

O encantamento sempre presente nas peças da loja

Artesanato de primeira linha ganha o Centro do RioArte da Terra oferece peças feitas à mão, com acabamento elegante e preços atraentes

Foi em uma viagem a Bali que a comerciante Eugênia Sílvia Garbin, sócia-proprietária do Arte da Terra, se apaixo-nou pelo artesanato local e resolveu trazer para o Brasil um pouco da arte balinesa. Em sua loja, lo-calizada na Rua Cameri-no, 40, Centro, é possível encontrar uma variedade de peças para decoração feitas em madeira, ferro, fibras naturais e resina.

Eugênia, que vai a Bali pelo menos duas vezes por ano, admite que o encanto com os detalhes das peças orientais foi instantâneo: “Eles são

comércio

muito capazes e extrema-mente detalhistas, usam muitas cores. É um para-íso para os olhos”, relata.

Eugênia é argentina, mas mora no Brasil há vinte anos. A sua paixão por decoração a levou a abrir duas lojas no ramo, e também a viajar mundo afora à procura de peças exóticas. Além de Bali, há também peças origi-nadas da Índia, África e alguns países da América Latina. “No Brasil, cos-tumamos ir buscar mer-cadoria em Minas Gerais, principalmente móveis de madeira de demoli-ção”, conta.

De acordo com ela, a loja na Rua Camerino é bastante movimentada, principalmente no horá-rio entre 11h e 15h, e há uma grande procura por espelhos, pratos, másca-ras tipo carranca, cestas para pães, pinóquios em madeira, máscaras africa-nas e artesanato em geral. “Temos duas unidades, a outra loja fica em Copa-cabana, mas é aqui no Centro que conseguimos vender os produtos por um melhor preço”, con-fessa.

Eugênia aguarda com boas expectativas as mudanças em função do

projeto Porto Maravilha, mas analisa a situação de forma crítica. “Aqui é uma região muito rica e bonita. As autoridades deveriam ser mais aten-ciosas com o Centro. Aqui ainda há muita su-jeira e abandono”, avalia.

Rua Camerino, 40 - Saú-deAtacado e VarejoEntre em contato: (21) 2223-4771

Page 12: Folha da Rua Larga 28

cidade

Conselho Comunitário de Segurança procura nova liderançaEleições e extinção do 13º BPM são as mudanças apresentadas na última reunião

12folha da rua largajulho – agosto de 2011

da redaçã[email protected]

Carolina Monteiro

Alex Neto, secretário municipal de Segurança Pública

O Café da Manhã do Conselho Comunitário de Segurança da 5ª Área Inte-grada de Segurança Públi-ca (AISP) foi realizado no dia 21 de julho, no Institu-to Nacional de Tecnologia, sediado na Av. Venezuela. Compareceram ao evento representantes de diversas instâncias da sociedade: trabalhadores, servidores públicos, moradores e fre-quentadores da região.

Telma Rangel, presidente do Conselho Comunitário de Segurança - AISP 5, in-formou sobre o período de eleições apresentando a sua chapa. Ela constatou que, por falta de concorrência, provavelmente será eleita

no Café da Manhã do mês de agosto, quando ocorre-rá a votação. Telma disse também que o 13º BPM será extinto e, portanto, o 5º BPM irá se responsabilizar por toda a área do Centro. Segundo ela, a AISP terá dois conselhos comunitá-rios, ambos sob o comando do 5º BPM.

A mesa foi composta por Andrea Lessa, do INT, Dr. Fábio Guimarães de Miran-da, diretor-geral do Hospital dos Servidores, Alex Neto, secretário municipal de Se-gurança Pública, dentre ou-tras lideranças. O secretário apresentou e explicou os fundamentos do projeto Rio em Ordem e informou que

está sendo construída uma base de operações na Rua Procópio Ferreira, no Cen-tro. Segundo Alex Neto, a região está sendo estudada, mas já se pode afirmar que haverá um contingente de 500 guardas, munidos de blackberries, 24 horas, nos dias de semana.

Ainda de acordo com o secretário, existirá um manual de procedimentos operacionais padronizados para minimizar os erros da corporação. Os baixos sa-lários dos policiais também foram apresentados como um ponto crítico no contex-to da Segurança Pública no Rio de Janeiro.

A partir de 1999, para es-

truturar a Segurança Públi-ca no estado do Rio, foram criadas as Áreas Integra-das de Segurança Pública (AISP), que reúnem polí-cia, governantes e socieda-de civil organizada. Cada área criou um Conselho Comunitário de Segurança para avaliação da quali-dade do serviço prestado pela polícia com a gestão participativa da sociedade, contribuindo para a adoção de soluções integradas. Os interessados em participar devem enviar e-mail para [email protected].

Page 13: Folha da Rua Larga 28

folha da rua larga

13cidadejulho – agosto de 2011

morro da conceição Um mapa colaborativo da criminalidade

fabiola [email protected]

teresa speridiã[email protected]

O potencial cinético de um fotógrafo

Reprodução

Site do Disque-Denúncia do Rio se propõe a disponibilizar dados sobre irregularidades recentes

Guenther Leyen é artista plástico e fotógrafo e tem uma história de vida bastante interessante. Nasceu em Ni-terói, mais precisamente na praia de Boa Viagem. Filho de alemães, mudou-se para Blumenau (SC) com apenas cinco anos e, apesar da pou-ca idade, nunca se esqueceu do verde das águas limpas da praia de Boa Viagem.

Estudou arquitetura em Porto Alegre e pouco tempo depois já estava mergulhado em projetos artísticos. Parti-cipou de várias exposições, muitas delas trabalhando com arte cinética – obje-tos que interagem com o público, mudando de cor e forma dependendo do ru-ído ao seu redor. Nos anos 1980, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como técnico em computa-ção no Centro de Formação Profissional Euvaldo Lodi. Por intermédio do Senai, foi buscar capacitação em robótica, na Itália.

A empresa UniCAM (Computer Aid Manufac-turing) desenvolveu um

sistema inteiramente brasi-leiro. Ela vende softwares para programar máquinas a comando numérico. Assim, eles vendem não só para o Brasil, mas também para a Itália e alguns países da América do Sul. São pro-gramas para fresadoras, tor-nos, máquinas de oxicorte, corte a laser, corte com jato d´água, corte a fio, além de

injeção de plástico e mol-des de estamparias de pe-ças mecânicas. Só mesmo quem é do ramo para com-preender melhor a revolu-ção que a era industrial nos trouxe. Então pergunto-lhe como chegou ao Morro da Conceição. Ele me contou que veio conhecer o Projeto Mauá, subiu curioso e des-ceu apaixonado; voltou ao Morro com a mudança. In-tegrou-se ao Projeto Mauá, participando de todos os eventos e exposições, den-tre elas a do Centro Cultu-ral Light, Centro Cultural Banco Central e outros.

Recentemente, o fotó-grafo produziu um CD que foi fruto de um trabalho de dois anos fotografando e filmando um passeio virtu-al por todo o Morro. Uma preciosidade feita com a paciência de quem ama o que faz. Atualmente, está numa coletiva no Sesi, na Avenida Graça Aranha, onde participa com uma foto da velha casa 64 da Rua João Homem.

A casa, em ruínas, é o re-

gistro vivo de um passado longínquo, onde a história dorme em silêncio, en-quanto as paredes definham grão a grão, dia a dia. Como sempre digo: esse Morro da Conceição continua sendo uma fábrica de histórias.

O Disque-Denúncia criou um mapa virtual do crime. Trata-se de um por-tal em que o cidadão pode acompanhar operações po-liciais em andamento e de-nunciar tiroteios, assaltos, jogos de azar, carros aban-donados e até desrespeito à Lei do Silêncio. Além do telefone (21) 2253-1177, essa participação, a par-tir de maio, pode ser feita através do site e do Twiter. Até agora mais de 47 mil pessoas já aderiram às pla-taformas online.

No período de produ-ção desta reportagem, foram localizadas as se-guintes denúncias no Centro do Rio: estacio-

Disque-Denúncia cria ferramenta de cadastro de ocorrências online

namento irregular na Rua dos Andradas (“Rua es-treita com carros estacio-nados em cima das calça-das. Pela foto do Google dá para ver que pedestres têm que andar pela rua, disputando espaço com os carros.”) e falta de luz na Rua da Conceição (“Luzes de três postes de luz da Rua da Conceição, Centro, estão apagadas, causando insegurança.”). Havia marcação de que a denúncia “deu certo” em ocorrências na Avenida Presidente Vargas, Aveni-da Erasmo Braga e Aveni-da Passos.

O site é atualizado dia-riamente, mantendo cerca

de cem ocorrências no ar. Para fazer uma denúncia, é preciso se cadastrar no www.ddalertario.org.br, informar nome, municí-pio e data de nascimento. Assim como no contato por telefone, a identidade do denunciante é mantida em sigilo. Já no Twiter, basta seguir o perfil @DDalertaRio.

O coordenador do Dis-que-Denúncia, Zeca Bor-ges, explicou que a ideia é dar mais uma chance para a população saber o que está ocorrendo e não se expor a riscos desne-cessariamente, presen-ciando operações espe-ciais da polícia, assaltos,

fechamento de avenidas e tiroteios. Denúncias que possam prejudicar inves-tigações em curso não se-rão divulgadas.

“A vantagem do mapa é mostrar parte da man-cha criminal no estado”, afirma o coordenador. O mapa é formado por uma compilação dessas denúncias. Ao clicar no ponto que indica uma determinada ocorrência, o internauta terá acesso a detalhes, como o en-dereço do crime ou da irregularidade. Quando o problema é soluciona-do, a página é atualizada mostrando “ok” no lugar da ocorrência.

O mapa virtual é resul-tado de uma parceria entre uma empresa de consulto-ria especializada na área de tecnologia e o Disque--Denúncia, responsável pela operação do site. De acordo com Zeca Borges, o serviço é o segundo pas-so dado pela instituição para se aproximar mais do cidadão.

Casario do Largo de S. Francisco da Prainha

Guenther Leyen

Colabore para o mapa virtual do Disque-Denúncia:

1 - Cadastre-se no site www.ddalertario.org.br

2 - Identifique o tipo de alerta (Segurança, Ordem Pública, Serviços Públicos)

3 - Insira uma foto do local, informe data, horário, endereço completo e localize a região no Google Maps

4 - Visualize a ocorrência registrada clicando no botão “Mapa de Ocorrências”. Ela aparecerá no mapa representada por um ícone específico. A denúncia será vista por qualquer pessoa que visite o site.

Page 14: Folha da Rua Larga 28

gastronomia

receitas carolUm lugar a ser degustado

da redaçã[email protected]

ana carolina [email protected]

Confira outras receitas da Carol no blog nacozinhacomcarol.

blogspot.com

14folha da rua larga

O aconchegante ambiente do Bistrô do Beco

Filé de dourado com arroz de açafrão do Bistrô do Beco

julho – agosto de 2011

O frio parece que faz a gente ter mais fome, mais preguiça e mais vontade de ficar em casa. Nada melhor do que chamar os amigos para um bom vinho com aperitivos feitos por você, mas sem dar muito trabalho. E a culinária italiana combi-na demais com esse clima. Por isso escolhi para esse mês uma receita de brus-

chetta de tomate. Na ver-dade, bruschettas são tor-radas temperadas, como se fossem sanduíches abertos servidos como entradas. Os recheios podem variar de acordo com o seu gos-to, desde frios e queijos a saladas leves como a de berinjela ou a de tomate, uma das minhas preferi-das!

Carolina Monteiro

Sacha Leite

Bruschetta de tomateACP

1 pão tipo caseiro de casca dura

3 tomates sem pele e sem sementes em cubos pequenos

¼ de xícara de manje-ricão picado e algumas

folhas para enfeite

4 colheres de sopa de azeite

1 dente de alho des-cascado

sal e pimenta a gosto

Ingredientes

Normalmente a bruschet-ta é feita com um tipo de pão que é fermentado com levedura natural, o que lhe confere uma casca grossa e crocante. Como nem sem-pre conseguimos achar esse tipo de pão, podemos usar um tipo caseiro ou italiano. O ideal é escolher um que tenha a casca com essas mes-mas características. Corte o pão em fatias de 1 cm de espessura e torre-as numa grelha ou na torradeira. Assim que estiverem prontas esfregue levemente o dente

Modo de preparo:

de alho num dos lados. Aqueça o azeite e junte as folhas de manjericão. Em seguida regue o tomate. Tempere com sal e pimenta.Arrume o tomate sobre o pão e regue com um fio de azeite, decore com as folhas de manjericão e sirva ime-diatamente.

Bistrô reúne requinte, comida de qualidade e sossego no Beco das Sardinhas

O Beco das Sardinhas, tradicional recanto na Rua Miguel Couto, é conhecido por seus bares e restaurantes animados e famosas sardi-nhas fritas. Mas essa agita-ção toda abriga também um oásis de tranquilidade: o Bis-trô do Beco. O restaurante é um refúgio para quem quer sossego e uma gastronomia mais requintada na hora do almoço. O Bistrô fica no se-gundo andar de um sobrado, o que faz com que muitas ve-zes passe despercebido aos olhares mais distraídos.

A casa, que conta com o talento de um novo chef, traz novas receitas com t-bone, keno-ribs e outras opções de carnes. Entre as segundas e as quartas-feiras são servi-dos pratos executivos com cinco opções de grelhados e oito variedades de acompa-nhamento. O restaurante é comandado por Renato dos Santos e Rebeca Azevedo. Já nas quintas e sextas-feiras uma boa alternativa é o prato do dia, sempre com uma no-vidade sugerida pelo chef.

A fachada é discreta e além de um quadro negro com itens do cardápio, pouco há na entrada que chame aten-ção. O Bistrô, que ocupa um casarão de 1906 tombado, conseguiu só agora autoriza-ção da prefeitura para insta-lar um toldo com o nome da casa, o que facilitará a vida dos que procuram o restau-rante, que merece muito ser descoberto. Na porta de en-trada, uma grande escada de madeira leva as pessoas ao segundo andar do sobrado. O restaurante, pequeno e acon-chegante, tem decoração legitimamente carioca. Os quadros enfileirados reme-tem a paisagens da cidade. O ambiente é uma mistura de história e contemporanei-dade. A parede de tijolos em tom pastel contrasta com as janelas de vitrais vermelhos, que refletem a luz do dia e dão um tom colorido ao lu-

gar. Já as grandes luminárias moderninhas no teto caracte-rizam um ar despojado e ao mesmo tempo clássico.

Um dos pratos mais pro-curados é a bem servida chu-leta com batatas e cebola e, entre os peixes, o namorado com arroz de frutos do mar. As massas são opções mais em conta. Uma boa pedida é o farfalle de quatro queijos com nozes. Para o inverno, o menu conta também com so-pas cremosas, como o creme de palmito com redução de vinho do porto ou o creme

de cebola à francesa. É bom guardar um espaço para as sobremesas, que são de dar água na boca, desde o tradi-cional brownie de chocolate com sorvete.

A carta de bebidas tam-bém é bem variada. O cliente pode escolher entre drinques diversos, espumantes, cer-vejas e vinhos, como o uru-guaio Ysern Tannat – Roble, o mais recomendado para o coração, e o argentino Mal-bec El Criprés, ambos de 2006. Trata-se de mais uma opção na região para se co-

mer bem, relaxar e provar novos sabores.

Rua Miguel Couto, 139, Centro. Fone: (21) 2223-3970. 2ª a 4ª, das 11h30 às 16h; 5ª e 6ª, das 11h30 às 22h. Não abre nos feriados. Cartões de crédito: Diners Club, MasterCard e Visa.

Page 15: Folha da Rua Larga 28

julho – agosto de 2011 folha da rua larga

lazer

15

Poesia Pintada

O Império das Luzes, pintura de René Magritte

Duas Jovens Entre Flores, pintura de Odilon Redon

O Grito, pintura de Edvard Munch

Aqui ao lado Tudo aqui ao lado, eu não sei por que, treva tão estranha tal realidade. Vivo preocupado, querendo saber, se o escuro ganha ou se a luz invade.

Flores 2 Flores são mães quando mais belas, enquanto sãs. Flores são moças livres das celas, e não são poucas. E a flor menina, a vida zela - logo germina.

Voz renitente De dentro da mente a voz renitente trazia a meu lado destino traçado que se manifesta podando as arestas palavras sem cor pro lado que for alguém escreveu e sei, não fui eu a tal segurança quando a vida cansa mas traz a tormenta se retroalimenta de dentro da mente a voz renitente alguém escreveu e sei, não fui eu

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Page 16: Folha da Rua Larga 28

dicas da cidade Centro Cultural Light reabre em setembro

16folha da rua larga

lazer

da redaçã[email protected]

julho – agosto de 2011

Coqueteleiros de plantão

Um café para a pequena notável

Quem não gosta de um drinque bem pre-parado?

A Principado Louças (Avenida Marechal Floriano, 153 a 161) fez um convênio com a Associação Brasileira de Bartenders e oferecerá, de 15 a 19

O italiano Sérgio Contessi decidiu dei-xar Búzios para abrir uma cafeteria na Rua Alcântara Machado, 39, esquina com a Rua Acre. O belo casarão de dois andares, tom-bado pelo município, servirá focaccias e pi-zzas quadradas, conhe-

de agosto, um curso de especialização na área. A capacitação será dirigida para todos os interessados em atuar no setor de bar e serviços.

Mais informações através do telefone (21) 3289-2443.

cidas como al taglio, além de aperitivos e diversos tipos de cafés. O milanês ouviu dizer que a casa fora residên-cia da cantora Carmen Miranda.

Apresentações musicais gratuitas na hora do almoço inauguram teatro reformadodivulgação

Zé Renato: confirmado para o MPB 12:30 em Ponto

da redaçã[email protected]

O compositor Luiz Vieira será o primeiro artista a se apresentar no Centro Cultural Li-ght reformado, dia 21 de setembro. O show, com entrada franca, se insere no projeto MPB 12:30 em Ponto, que trará apre-sentações gratuitas de importantes representan-tes da música brasileira, como Jards Macalé, Zé Renato, Tia Surica e Rita Ribeiro.

O MPB 12:30 em Ponto é uma série de encontros musicais comandados por Ricardo Cravo Albin, com direção de Haroldo Costa e Paulo Roberto Direito.

O projeto Animando a Rua Larga, elabora-do pelo Instituto Light e Instituto Cidade Viva, concluirá as visitas guia-das à região no final de

21/09 - Luiz Vieira 28/09 - Doris Monteiro 19/10 - Jards Macalé 26/10 - Zé Renato09/11 - Jorginho do Império 23/11 - Tia Surica07/12 - Rita Ribeiro 14/12 - Rosemary

de 15 minutos, seguida de passeio motorizado por jipe, pela Avenida Marechal Floriano, fina-lizando com caminhada pelo Morro da Concei-ção, área residencial com casario do início do sécu-lo XX, onde crianças ain-da brincam, tranquilas, pelas ruas do Centro. O Centro Cultural Light fica na Avenida Marechal Floriano, 168 (próximo ao metrô Presidente Vargas)

Fone: (21) 2211-4515 Entrada franca Distribuição de senhas uma hora antes do show.Acesse o site:www.light.com.br da Light > Cen-tro Cultural Light > Pro-gramação

Atrações MPB 12:30 em Ponto

agosto. Duas mil pessoas se cadastraram na lista de espera para participar de passeios gratuitos, guia-dos pela empresa Rios de História, que prepa-rou um roteiro específico para a região da antiga Rua Larga e Morro da Conceição.

O tour se inicia no Cen-tro Cultural Light, com uma oficina preparatória