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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

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COMPREENDENDO QUÍMICA A PARTIR DA LEITURA EM SALA

DE AULA

Maria Luiza Tonussi de Oliveira1 Orientadora: Profª. Dra. Fabiele Cristiane Dias Broietti2

RESUMO

O presente artigo expõe os resultados do projeto de intervenção pedagógica intitulado

”Compreendendo Química a Partir da Leitura em Sala de Aula”, realizado junto aos estudantes

da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Idália Rocha − Ensino Fundamental e Médio,

ano letivo 2014, com o objetivo de explorar textos relacionados à Química e motivar os

estudantes a perceber e compreender esta ciência em situações rotineiras. Inicialmente foi

aplicado um questionário de investigação quanto aos hábitos, interesses e incentivos à leitura.

Na sequência foram estudados 5 textos com abordagens temáticas diversificadas. No decorrer

das atividades foi observado que os estudantes possuem dificuldades na leitura, interpretação

e compreensão das atividades. Os resultados, após incentivar os estudantes a uma segunda

leitura com explicações dos significados das palavras, mostram-se produtivos. As atividades

promoveram a participação dos estudantes e o desenvolvimento da compreensão de conceitos

químicos mediante o estudo de textos que abordavam distintos aspectos relacionados ao

cotidiano dos estudantes.

PALAVRAS-CHAVE: Leitura. Textos. Contextualização. Química.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo apresenta os resultados provenientes de um trabalho

realizado junto aos alunos da 1ª série do Ensino Médio desenvolvido no

Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) promovido pelo Estado do

Paraná.

As atividades que serão aqui descritas foram realizadas por meio de

uma unidade-didática envolvendo a leitura nas aulas de Química, utilizando

textos informativos com abordagens temáticas e interdisciplinares relacionadas

com os conteúdos de Química.

1 Professora orientanda do Programa de Desenvolvimento Educacional.

[email protected] 2 Docente do Departamento de Química, Universidade Estadual de Londrina.

[email protected].

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As atividades constituíram-se de um questionário de investigação e do

estudo de 5 textos, com atividades, buscando estabelecer em todas as etapas

as relações entre os conhecimentos químicos e informações advindas do

cotidiano dos estudantes. A proposta apresentava como objetivo desenvolver a

capacidade de interpretação, haja vista que muitos estudantes são incapazes

de interpretar questões e problemas em provas do ENEM, vestibulares e de

outros concursos que abordam questões científicas, entre outras situações que

envolvam a interpretação.

2. O ENSINO DE QUÍMICA

Ensinar Química a partir da leitura é uma alternativa na busca em

contribuir para que os alunos aprendam e compreendam conceitos químicos

que, em muitos casos, são ensinados exigindo-se apenas memorização de

conceitos, classificações, fórmulas, símbolos, sem nenhuma relação com o

cotidiano.

Entretanto, a Química restrita à memorização e informação é facilmente

esquecida, por isso acreditamos que se deve buscar uma abordagem

comprometida com a realidade social, política, econômica, cultural e

tecnológica. Nesse sentido é preciso optar por metodologias que envolvam o

aluno na relação do conhecimento aprendido a partir da sua realidade local e

global.

A disciplina de Química não deve estar alheia aos acontecimentos

atuais, de acordo com as Diretrizes Curriculares do Paraná,

[...] o texto deve ser um instrumento de mediação na sala de aula, entre aluno-aluno, aluno-conteúdo e aluno-professor, para que se vislumbre novas questões e discussões. Também é necessário considerar que as diferentes histórias de vida de leitores, bem com seu repertório de leituras, interferem na possibilidade de compreensão dos textos científicos (PARANÁ, 2008, p. 68).

Portanto, a leitura deve servir como um instrumento de orientação e de

reflexão crítica.

2.1 A LEITURA E O ENSINO DE QUÍMICA

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Aprender a ler o que está inserido no texto é dar significado ao que está

escrito, nessa perspectiva, o texto deve fazer sentido para quem está lendo.

Segundo Freire (2011):

[...] um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade (FREIRE, 2011, p.73).

Os alunos ao realizarem uma leitura devem participar explicitamente,

analisando o fluxo das informações, desenvolvendo a atenção, a observação,

as inovações tecnológicas, problemas da modernidade, conhecimentos da

atualidade, aprendendo os processos que desencadeiam a natureza e o mundo

atual, que podem aparecer com novas descobertas. Com isso, tornam-se

sujeitos ativos e construtores de conhecimentos.

Para TRINDADE; TRINDADE (2009, p.44), o ato da leitura é algo

abrangente:

[...] ler é muito mais que atribuir significados a palavras isoladas, resumindo-se a um processo mecânico. O ato de saber ler como patamar para atingir o sucesso implica em construir conhecimento, gerar reflexões e desenvolver uma consciência crítica sobre o que é lido (TRINDADE; TRINDADE, 2009, p.44).

É de competência do professor trabalhar atividades diversificadas, em

busca de diversos suportes educativos para as aulas de Química. Segundo

FRANCISCO JUNIOR (2010),

[...] o professor de Ciências é também um professor de leitura, de tal forma, cabe a este também prover oportunidades para que os alunos exerçam a escrita e a leitura em sala de aula. Isso porque todas as disciplinas escolares são suportadas na linguagem escrita (FRANCISCO JUNIOR, 2010, p.220).

Alguns autores como Mortimer (1998); Chassot (2003) vêm apontando

preocupação com a linguagem em sala de aula, atribuindo a esta um papel

preponderante nos problemas de aprendizagem.

Outros autores ressaltam que:

[...] caso não se consiga apreender os significados das palavras, não se conseguirá aprender os significados científicos que elas carregam. Ler e escrever, portanto, são habilidades a serem trabalhadas nas aulas de Ciências, visto que, muitas vezes, os estudantes são incapazes de interpretar questões de física, química, matemática etc., devido às deficiências na capacidade de leitura, o que implica, por

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conseguinte, nas dificuldades de aprendizagem científica da maioria

da população (Francisco Junior; Garcia Junior, 2010, p.192),

Saber ler e escrever já entre os gregos e romanos, significava possuir as

bases de uma educação adequada para a vida. Portanto, um bom leitor é

capaz de ler e compreender os diferentes tipos de textos. Trabalhar em sala de

aula com textos de natureza científica, de certa forma contribui para a formação

do cidadão, por permitir ao aluno identificar diferenças entre o senso comum e

o científico, enriquecendo o seu conhecimento, levando-os a conhecer muitos

pontos que não estão acessíveis ao seu dia a dia.

Como aponta Francisco Junior; Garcia Junior (2010, p.192), “[...] bom

leitor é aquele que lê e compreende diferentes gêneros textuais. Pressupondo

que um desses gêneros é o texto científico”.

2.2 FATORES PREOCUPANTES EM RELAÇÃO À ESCRITA E À LEITURA

Alguns estudos ressaltam fatores preocupantes em relação à escrita e à

leitura, tais como:

I) a baixa compreensão de leitura dos estudantes; II) a pouca valorização da atividade de leitura no ensino de Ciências; III) os obstáculos de domínio de tarefas metacognitivas relacionadas com a leitura; IV) a desmotivação dos alunos; V) as dificuldades por eles sentidas quando leem textos científicos. Somado a isso, aparecem dados do SAEB em 2003 (Brasil, 2006), os quais mostram que, dos estudantes brasileiros da 3ª série do ensino médio, 42,1% encontram-se no estágio crítico ou muito crítico de desenvolvimento da leitura (TEIXEIRA JUNIOR e SILVA, 2007, apud FRANCISCO JUNIOR, p. 220).

De acordo Kleiman (2010), no que diz respeito aos documentos oficiais

sobre o desempenho de estudantes na escola,

[...] entre os considerados aptos para ingressar no Ensino Médio: o percentual de alunos cujo nível de leitura é muito crítico, ou seja, que “não desenvolveram habilidades de leitura exigidas para a escolarização completa no ensino fundamental”, é 5%. Além disso, 22% estão no nível crítico, o que significa que “ainda não são bons leitores”. Apresentam algumas habilidades de leitura, mas aquém das exigidas para série (textos simples e textos informativos) (KLEIMAN, 2010, p.288).

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Por meio desses dados, destacamos à necessidade de incentivar a

leitura a fim de superar o ensino praticado nas escolas, proporcionando aos

alunos um aprendizado que possibilite a compreensão dos processos

químicos, promovendo uma aula contextualizada a partir de textos de revistas,

recortes de jornais, gibis, etc.

2.3 PROPOSTAS DA UTILIZAÇÃO DE TEXTOS NAS AULAS DE QUÍMICA

Muitos professores das áreas científicas desconhecem um modelo de

utilização da leitura em sala de aula que construa significados a partir da

interação com o texto (TEIXEIRA JÚNIOR e SILVA, 2007).

Como aponta Freire (2006), a leitura deve promover no leitor, além da

compreensão da palavra propriamente dita, um avanço acerca da inteligência

do mundo.

O conhecimento químico abordado por meio da leitura de textos será

compreendido se os alunos forem ativos e conscientes de sua situação diante

da informação; desejando conhecer seu cotidiano e suas experiências do dia a

dia. Tanto que, para Trindade; Trindade (2009) é a partir da leitura e da

interpretação de texto,

[...] que se compreendem os direitos e os deveres reservados às pessoas dentro da sociedade, que é possível apropriar-se de bens culturais, que se preserva e dissemina-se a história e os hábitos de um povo ou povos e como consequência, é também da escrita e da leitura que são transmitidos valores sociais, morais e culturais de uma geração a outra (TRINDADE; TRINDADE, 2009, p. 44).

O papel da leitura em sala de aula é de provocar uma situação de

aprendizagem em favor da investigação e da crítica da sociedade em que

vivemos. No trabalho de pesquisa realizado por Pereira e Ferreira Junior (2012)

[...] a leitura é fundamental nos diversos setores da sociedade, principalmente e fundamentalmente no setor acadêmico. Entretanto, evidencia-se cada vez mais com frequência à dificuldade que estudantes mostram em relação ao ato de ler. Aqueles com a habilidade de leitura apresentam, muitas vezes, diversas dificuldades como a de compreender um texto, localizar e associar informações, tirar conclusões, dissertar sobre o que foi lido, dialogar com o texto (PEREIRA; FERREIRA JUNIOR, 2012, p. 7/8).

Aprender Química é mais do que possuir as informações de conceitos,

símbolos, fórmulas, devemos desvendar os seus significados e relacioná-los

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aos métodos de análise e a processos de aprendizagem. Para Martins (2012,

p. 25), “a leitura seria a ponte para o processo educacional eficiente,

proporcionando a formação integral do indivíduo”.

A leitura deve ser envolvente, para expandir e desenvolver a capacidade

de comunicação, com descobertas de novas palavras, buscando melhorias

para o aluno em relação ao mundo atual de uma sociedade complexa e que

requer aprendizagem contínua ao longo da vida.

Desta forma, acreditamos que a leitura pode ser um instrumento que

auxilia na compreensão de conhecimentos químicos de forma contextualizada,

estabelecendo relações sociais, políticas e econômicas, além de aprofundar o

conhecimento cultural relacionado com seu cotidiano.

Com isso, o aluno pode relacionar os conteúdos de Química com a

realidade exposta em textos de jornais, revistas, reportagens, conhecendo a

ideologia, a intenção dos autores em relação às noticias.

Contribuindo na construção de uma identidade baseada em fatos e

conteúdos que são vivenciados por ele na sociedade. MARTINS (2012) aponta

que:

Quando começamos a organizar os conhecimentos adquiridos, a partir das situações que a realidade impõe e da nossa atuação nela; quando começamos a estabelecer relações entre as experiências e a tentar resolver os problemas que nos apresentam – aí então estamos procedendo às leituras, as quais nos habilitam basicamente a ler tudo e qualquer coisa. Essa seria, digamos o lado otimista e prazeroso do aprendizado da leitura. Dá-nos a impressão de o mundo estar ao nosso alcance; não só podemos compreendê-lo, conviver com ele, mas até modificá-lo à medida que incorporamos experiências de leitura (MARTINS, 2012, p. 17).

Dessa forma, realizar a leitura de textos como instrumento na sala de

aula visa oportunizar uma aprendizagem significativa, com temas da atualidade

e, ao mesmo tempo, oferecer subsídios para o aluno e o professor discutirem

as relações de conhecimentos gerais e os conteúdos de Química.

O desenvolvimento do hábito da leitura contribui na formação do aluno,

não apenas favorecendo a prática da leitura ou das condições para que ele

sinta prazer nas atividades escolares, mas também auxiliando na construção

de leitores críticos.

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3. A INVESTIGAÇÃO

Esta investigação teve início com um questionário individual (Anexo 1)

composto por 6 questões relacionadas ao hábito de leitura, com o objetivo de

identificar o interesse ou não dos estudantes pela leitura.

Na sequência, foram trabalhados 5 textos (em anexo), levando em

consideração a relação dos temas com os conteúdos de Química, sugeridos

nas Diretrizes Curriculares do Paraná para o primeiro semestre, na 1ª série do

Ensino Médio.

Cada texto foi escolhido e adaptado com o objetivo de propiciar

reflexões sobre conteúdos de Química e aspectos gerais do cotidiano dos

estudantes.

4. RESULTADOS DA IMPLEMENTAÇÃO: QUESTIONÁRIO, LEITURA,

INTERPRETAÇÃO, CONTEÚDOS E ATIVIDADES.

4.1 Questionário Inicial

As respostas dos estudantes ao questionário inicial foram analisadas e

seguem apresentadas nas figuras a seguir. Responderam a este questionário

25 estudantes.

Figura 1. Hábito de leitura dos estudantes investigados

Na análise desta pergunta percebemos grande diferença entre os que

possuem o hábito da leitura e os que afirmam possuir pouco.

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Figura 2: Os pais estimulam os filhos para a leitura

As respostas dadas a esta questão indicam a baixa porcentagem (36%)

de pais que estimulam a leitura.

Figura 3: Os alunos utilização o acervo da biblioteca da escola

Poucos estudantes (8%) utilizam a biblioteca da escola, os demais

mencionam que se interessam mais pela pesquisa realizada na internet.

Figura 4: Tipos de leitura dos estudantes

No que diz respeito ao tipo de leitura preferida pelos estudantes,

predominam a leitura de livros e as histórias em quadrinhos.

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Figura 5: Quantos e quais materiais de leitura que os estudantes adquiriram no

período de um ano

Com relação à quantidade e a quais tipos de materiais de leitura foram

adquiridos pelos estudantes no período de um ano, nota-se que a maioria não

tem o hábito de comprar/ganhar materiais de leitura.

Figura 6: Interesse dos estudantes em leituras da área científica.

Pelas respostas mencionadas pelos estudantes, percebe-se que mais da

metade (56%) tem interesse em leituras da área científica. Contudo, ainda

necessitam de ajuda e incentivo para ler e interpretar estes textos e para

realizá-las com mais frequência.

4.2 EXPLORANDO OS TEXTOS RELACIONADOS AOS CONTEÚDOS

DE QUÍMICA

O primeiro texto trabalhado com os estudantes foi: “Para que serve a

química” (Anexo 2), trata-se de um texto que menciona aspectos relacionados

à Química como um ponto de partida para motivar os estudantes a perceber e

compreender os conhecimentos de Química e suas relações com atividades

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rotineiras. No texto estão contemplados os conteúdos de matéria, energia e

transformações químicas.

O texto foi distribuído aos estudantes para uma leitura individual, e

solicitado que destacassem a ideia principal do texto e listassem as palavras

com significados desconhecidos. Como atividade extraclasse eles deveriam

pesquisar as palavras no dicionário e trazer na próxima aula.

As palavras destacadas foram: absurda, pasmo, petrificado, fervoroso,

partículas, estarrecido, descabida, processo, transformação, celulose,

composição, hábito, consumo, têxtil, fincada e reações.

Dos 27 alunos presentes neste dia, 16 trouxeram a tarefa solicitada no

dia seguinte. Oito estudantes confundiram a ideia principal do texto com o

título, isso devido à dificuldade de interpretação do texto estudado.

Após a identificação dos significados das palavras, houve uma nova

leitura para que os estudantes conseguissem entender e compreender com

clareza o texto.

Na sequência foi distribuída aos estudantes uma pesquisa individual

(Anexo 3) relacionada com produtos químicos, equipamentos eletrônicos

utilizados em suas casas e tipos de combustíveis. Nesta atividade, a maioria

dos estudantes apresentaram dificuldades nas 4 questões propostas, alegando

que não conseguiram responder as questões.

Apenas um estudante respondeu corretamente as quatro questões.

Na atividade 2 foi solicitado que os estudantes confeccionassem

cartazes intitulados: “A Química em meu dia-a-dia”. Após a apresentação dos

cartazes a turma escolheria o ganhador segundo os critérios: imagens, textos,

concordância com o tema.

Os alunos foram orientados pela professora na escolha do tema. Foram

confeccionados 08 cartazes com os seguintes temas: Química da saúde; A

Química que alimenta; A Química da Beleza; A Química da bola; A Química

dos novos materiais; A Química na sua casa; A Química da dor e a Química é

vida, e foram expostos no pátio da escola.

Houve interação e participação de todos os participantes. Não houve

ganhador, pois os estudantes acabaram votando em seus próprios cartazes.

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Alguns obstáculos foram assinalados pelos estudantes na realização

dessa atividade, como a dificuldade em comparecer no Colégio no contra turno,

e o fato de alguns não terem computador ou impressoras.

A atividade 3 foi realizada após a explicação dos conteúdos (matéria e

energia e transformação da matéria). Foi solicitado aos estudantes que

respondessem a cinco questões relacionadas a situações que envolvem a

Química na natureza. Os estudantes realizaram a tarefa em casa. Apenas 4

estudantes realizaram a pesquisa identificando a fonte de pesquisa, os outros

20 não conseguiram encontrar justificativas para as questões pessoais.

O segundo texto abordado com os estudantes foi: “O que faz um

químico?” (Anexo 4). O objetivo de estudar este texto consistia em possibilitar

aos estudantes a compreensão do conhecimento científico e tecnológico como

resultado da construção humana, inserido- o em um processo histórico e social,

envolvendo as formas pelas quais a Química influencia nossa interpretação do

mundo atual, em diferentes áreas do setor produtivo, industrial e agrícola e

despertando o interesse para os diferentes campos do trabalho do químico.

Nesse texto foram contemplados os seguintes aspectos: diferenças

entre o conhecimento científico e o senso comum; um pouco de história da

Química – da alquimia a Química contemporânea e o químico e suas

atividades.

O texto foi distribuído aos estudantes para uma leitura individual, em

seguida foi solicitado que destacassem com caneta colorida o que eles

entendiam ser a ideia principal do texto. Após, formaram-se grupos analisando

e comentando as informações destacadas no texto.

Para a compreensão do texto houve necessidade de uma nova leitura

com esclarecimentos dos significados das palavras desconhecidas,

comentários e análises, principalmente referentes às ideias destacadas pelos

alunos.

Foram sorteadas algumas questões (Anexo 5) sobre o texto para os

estudantes pesquisarem.

Após a pesquisa em sala de aula, foi formado um círculo em que os

estudantes socializaram e analisaram as respostas com seus colegas, sempre

orientados pela professora. Houve bastante interação entre os alunos,

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principalmente ao discutir as diversas atuações do campo profissional da

Química.

Após a discussão foi distribuída a atividade II (Anexo 5). Em grupos de 5

estudantes, foram elaborados cartazes sobre os diversos campos do

profissional da química, explorando a criatividade, por meio de desenhos,

colagens, recortes e outros artefatos.

Os cartazes foram expostos no painel da sala de aula por uma semana.

Houve a eleição do melhor, por meio de votação.

A tabela 1 apresenta o número de votos e os temas dos cartazes

realizados pelos grupos de estudante.

Tabela 1: Tema dos cartazes realizados pelos estudantes e o número de votos.

CARTAZES

NUMERO DE

VOTOS (total 23)

1- Áreas de um profissional da química: Análise de substâncias; controle de qualidade; químico da pesquisa industrial; professor de química; criam modelos e testam o poder de previsão das teorias; criam e sintetizam novas substâncias; medem as propriedades físicas das substâncias.

7

2- Áreas do campo geral da química: química analítica; bioquímica; química forense, química ambientais.

5

3- Restauração e conservação de obras de arte; representação comercial da química; a verdade absoluta do conhecimento químico; alquimia à química.

4

4- Distinção das áreas de biotecnologia e química inorgânica; as principais atividades do alquimista; contribuição do alquimista no desenvolvimento da química; relato de um fabricante de sabão caseiro.

4

5- Transformação química; teoria de Lavoisier; alquimistas; química do senso comum;

2

6- Contribuição no desenvolvimento da Química no período da revolução industrial e a revolução francesa; uma das contribuições de Lavoisier no surgimento da química como ciência.

1

O terceiro texto (Anexo 6) trabalhado com os estudantes foi: “Plano

Municipal De Saneamento Básico (PMSB)”.

Em um primeiro momento foi distribuído o texto para os estudantes, os

quais realizaram uma leitura individual, seguido de interpretação e comentários

relacionados ao município de Ivaiporã.

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Na aula seguinte, houve uma nova leitura do texto em voz alta, com a

participação de todos, com paradas em todos os parágrafos para maiores

explicações.

Um dia antes dessa aula, no Jornal Paranácentro, do município de

Ivaiporã (Ivaiporã, 28 de abril a 4 de maio de 2014)3, foi publicada uma notícia

referente a negociação do aterro sanitário com a SANEPAR. A reportagem foi

lida com os estudantes e estes tiveram o conhecimento da Lei de Saneamento

Básico, com a publicação nº 11.445/2007 perante os municípios que fazem

parte da região, a qual trata da destinação correta dos resíduos sólidos

produzidos nos municípios da região. Segundo esta lei, os municípios teriam o

prazo até o dia 03 de agosto de 2014 para buscar alternativas para cumprir o

que determina a legislação.

As atividades (Anexo 7) referentes a este texto foram selecionadas com

foco no esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos, propiciando uma

aprendizagem significativa para ocasionar exploração das concepções prévias

dos estudantes a respeito desses conceitos.

Após, os alunos se reuniram em grupos de 3 para realizar comparações

e apontar as ideias e informações comuns ou diferentes entre eles.

Na primeira questão os estudantes deveriam destacar no texto o que

eles achavam de maior importância:

- 16 alunos destacaram a publicação da Lei nº 11.445/2007, em que

todas as prefeituras têm obrigação de elaborar seu Plano Municipal de

Saneamento Básico; 03 alunos destacaram que sem o PMSB, a partir de 2014,

a prefeitura não poderá receber recursos federais para projetos de saneamento

básico; e, 03 alunos destacaram que elaborado pelos técnicos da Prefeitura, o

PMSB deve ser aprovado em audiência pública.

A conclusão foi satisfatória, os estudantes conseguiram interpretar a Lei

perante as obrigações do município que residem.

Na segunda questão foi solicitado aos estudantes que destacassem em

qual parte do texto a Química encontrava-se presente?

3 Disponível em: < www.Paranacentro.com.br , edição 1020, PG 10>. Acesso em: 04 de maio de

2014

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- 19 alunos responderam: nos processos de abastecimento de água

potável, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem e

manejo das águas pluviais urbanas; 3 alunos responderam que se referiam as

estratégias para o saneamento básico e metas de cobertura ao atendimento de

serviços de água, coleta e tratamento de esgotos e outros.

Como resultado da aprendizagem observou-se que os estudantes

entenderam o texto e compreenderam a relação da Química com o texto

trabalhado.

Na terceira questão foi solicitado aos alunos que pesquisassem as

palavras de significado desconhecido. Houve participação de todos os

estudantes e estes até observaram que no texto haviam palavras com erros de

ortografia. Foram destacadas 09 palavras desconhecidas pelos estudantes:

abastecimento, esgotamento, drenagem, manejo, gestão, audiência,

reivindicação, diretrizes, fixadas.

Foi realizada uma segunda leitura para que os estudantes pudessem

compreender melhor o texto.

Após a interpretação e estudo do texto foi discutido com os estudantes

o conteúdo separação de misturas.

Em seguida foram distribuídas aos estudantes cinco questões (Anexo

8), para serem respondidas em duplas.

Na primeira questão os estudantes tiveram dificuldades em identificar

materiais homogêneos e heterogêneos descartados no lixo de suas casas, foi

preciso ajuda da professora para a conclusão da atividade.

Para que os estudantes resolvessem a segunda questão, a professora

explicou a fórmula da água para que eles pudessem justificar se água da

torneira seria uma solução ou uma substância e o resultado foi que; 06

estudantes acertaram a questão com justificativas, 04 estudantes acertaram

sem justificativas e 3 alunos erraram a questão.

A terceira questão correspondia a classificar os sistemas em misturas e

substâncias, identificando o número de fases e de substâncias, sendo que os

estudantes tiveram grande dificuldade em responder o número de fases e o

número de substâncias que diziam respeito às substâncias gasosas. Em

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substâncias que fazem parte do seu cotidiano eles conseguiram relacionar com

mais precisão. Nenhum estudante conseguiu acertar as quatro identificações

corretamente.

Na quarta questão apenas 6 alunos responderam corretamente a

classificação das substâncias apresentadas os outros 17 alunos acertaram

parcialmente, e a maioria errou a classificação do aço inoxidável e do leite.

Na quinta questão todos os estudantes participaram conseguindo

realizar a atividade corretamente dando exemplos que faziam parte do seu

cotidiano. Observou-se que os estudantes encontraram dificuldades nos

significados das palavras: bifásico, trifásico, solução.

O quarto texto (Anexo 9) trabalhado foi o “Relatório Anual da

Qualidade da Água–2012”.

Esse texto foi uma sequência do terceiro texto, mencionando as etapas

do tratamento da água e o relatório da qualidade de água do município de

Ivaiporã/Paraná.

Primeiramente a professora fez uma leitura em voz alta, sendo

acompanhada pelos estudantes. Em seguida foi realizada uma leitura

individual.

Foi passado um vídeo4 (Anexo 10) referente as etapas do tratamento da

água. Eles ficaram atentos à apresentação, surpresos com as informações da

quantidade de água que a SABESP – Saneamento Básico do Estado de São

Paulo trata por minuto, também quanto a distância do percurso da água

captada e que somente 1% da água do planeta está disponível para o

consumo. Os estudantes solicitaram o replay do vídeo.

Os estudantes realizaram atividades (Anexo 10) acerca do texto 4

concluindo que a Lei 11.445/2007 estabelece os padrões que a empresa

responsável pelo tratamento da água deve seguir a fim de garantir a

potabilidade da água.

4 Disponível em: http://www.youtube.com/results?search_query=sabesp+tratamento+de+agua

Acesso em 11 de out. 2013.

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Alguns estudantes até comentaram que recebem em suas casas água

com aparência escura ou às vezes esbranquiçada.

Além da discussão dos aspectos sociocientíficos, foram abordados os

conteúdos químicos: separação de misturas (filtração comum, filtração a vácuo,

decantação, sifonação, centrifugação, catação, levigação, peneiração ou

tamização, flotação, ventilação, extração por solventes, dissolução fracionada,

cristalização fracionada, destilação simples, destilação fracionada, liquefação

fracionada, separação magnética e fusão fracionada).

Após a explicação dos conteúdos, houve a realização de um

experimento (Roteiro Experimental – Anexo 11) no laboratório do Colégio. Os

estudantes ficaram ansiosos com a realização do experimento que consistia na

simulação do tratamento da água.

Os estudantes prepararam uma água bem suja com terra, areia e folhas.

Em seguida, cada grupo trouxe uma garrafa PET de 2 litros para a montagem

do recipiente da filtração seguindo as instruções fornecidas pela professora,

com as substâncias: algodão seco; carvão ativo; areia fina, areia grossa e

pedras de rio.

Depois seguiram os passos descritos no procedimento para realizar o

experimento, estando atentos durante o período da obtenção até chegar à

água limpa.

Em seguida foram entregues aos grupos algumas questões (Anexo 12)

referentes ao experimento.

Os alunos apresentaram certa dificuldade em responder a primeira

questão sobre a função das raspas de pedra pomes e da solução de cal de

construção na filtração. Então a professora explicou que as raspas de pedra

pomes têm a função de flocular e decantar as partículas mais pesadas

decantando para o fundo do recipiente e a cal de construção tem como função

elevar o pH da água e reduzir a acidez, com isso protegendo a tubulação da

corrosão, tratando-se de um fenômeno químico.

Na segunda questão a professora sugeriu que eles respondessem

comparando as etapas descritas no texto com os procedimentos realizados no

experimento. Os grupos concluíram que nas fases do tratamento da água de

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uso doméstico é necessária ainda a desinfecção que é o processo do uso do

cloro para eliminar as bactérias e a fluoretação que é o processo de adicionar

flúor para a prevenção de cárie dentárias.

A água obtida após o experimento ficou bem clara e transparente.

Portanto, a terceira pergunta consistia em saber se a água obtida poderia ser

utilizada para consumo. No primeiro momento os estudantes responderam que

sim porque a água estava límpida e transparente. Em seguida a professora fez

com que eles repensassem na questão anterior, percebendo que a água não

estava tratada adequadamente para o consumo potável, mas poderia ser

consumida para limpeza em geral.

Na quarta questão, que consistia em evitar o desperdício da água e uma

forma de reutilização, os estudantes responderam relembrando as dicas do

vídeo que alertava algumas atitudes que ajudam a evitar o desperdício da água

como: banhos mais rápidos que não devem ultrapassar de cinco minutos, não

esquecer as torneiras abertas enquanto estiver lavando as louças ou

escovando os dentes.

Outra questão levantada pelos estudantes foi quanto uma forma de

reutilizar a água, utilizando a água da máquina de lavar roupas para lavar

calçadas.

O último texto (Anexo 3), “Minerais, Minérios e Metais”, foi trabalhado

com os estudantes abordando a utilização dos minérios e os minerais na

fabricação de diferentes objetos e artefatos. A primeira leitura foi feita pela

professora. Após, cada dupla de estudantes escolheu um parágrafo e explicou

com suas palavras as informações contidas. Durante a leitura percebeu-se que

os estudantes também apresentavam dificuldades na oralidade, insegurança e

medo de ser zombado pelos colegas.

Apesar do texto ser um pouco longo, eles ficaram surpresos com a

obtenção dos metais a partir dos minerais. O texto foi analisado na íntegra.

Alguns estudantes achavam que o metal se encontrava puro na

natureza, depois era transformado em folhas para o consumo. Outros não

tinham conhecimento da extração do metal, por meio dos processos de

extração das rochas. Outros mencionaram o porquê de certos locais serem

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destacados em reportagens a respeito das reservas minerais e também

destacaram o processo da obtenção do alumínio do mineral bauxita. Notou-se

participação de todos os estudantes.

O maior destaque do texto, dado pelos estudantes, foram as

conceituações das palavras: mineral, minério e metal. Os alunos definiram

como mineral toda substância natural presente na crosta terrestre, ou seja, que

se encontra no subsolo. Minério é o nome dado a um mineral do qual se extrai,

com vantagem econômica, uma substância química de interesse industrial. Já

os metais não são encontrados no subsolo, mas fazem parte da composição

dos minérios. Por exemplo; a hematita é um mineral que explorada

industrialmente fornece a substância química ferro metálico. Portanto, a

hematita é um minério de ferro. Outro exemplo, a bauxita é um mineral que

explorada industrialmente fornece a substância química alumínio metálico.

Portanto, a bauxita é um minério de alumínio.

Neste texto foram contemplados os conteúdos: modelo de ligações

químicas e propriedades dos materiais (propriedades organolépticas,

temperatura de fusão, condutibilidade elétrica no estado sólido, solubilidade em

água).

Em seguida, foram dadas algumas atividades (Anexo 14). Foi solicitado

que os estudantes resolvessem 5 questões, as quais foram respondidas e

comentadas com a participação de todos os estudantes.

Cada questão foi pesquisada por grupos de 04 estudantes, em um

determinado prazo. Em sala de aula foi formado um círculo para discussões

das informações.

O primeiro grupo respondeu que o ferro aparece na natureza combinado

com o oxigênio em forma de óxidos.

O segundo grupo respondeu que a obtenção do ferro metálico é

efetuada em fornos denominados alto-fornos e que neles são adicionados os

minerais de ferro, em presença de coque e carbonato de cálcio, que atua como

escorificante (limpar os metais ou purificar).

O terceiro grupo respondeu as principais propriedades e aplicações do

ferro, que possui boa condutibilidade, permitindo transformá-lo em fios e

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maleabilidade, que facilita a fabricação de folhas laminares. Sendo sua

principal aplicação tecnológica o aço (liga de ferro e carbono). O quarto grupo

respondeu que o ferro-gusa é o ferro obtido em altos–fornos e contém

normalmente 2% a 5% de carbono, considerado como uma liga de ferro e

carbono.

O quinto grupo respondeu o significado do ponto de vista

socioeconômico que o minério de ferro é explorado desde os tempos pré-

históricos e que na revolução industrial, no início do século XVIII foi a matéria-

prima fundamental na fabricação de máquinas.

O sexto grupo respondeu a respeito dos problemas da exploração do

minério de ferro que pode acarretar em quatro categorias: na poluição da água,

poluição do ar, poluição sonora e subsidência nos terrenos.

Em relação às outras atividades propostas (Anexo 15) estas foram

auxiliadas pela professora, abordando acerca das interações intermoleculares,

ligação metálica e as propriedades das substâncias metálicas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados provenientes do trabalho realizado junto aos alunos do

1ª série do Ensino Médio mostraram que a leitura nas aulas de Química

consistiu como facilitadora na aprendizagem e interpretação dos conteúdos de

Química.

Os assuntos contemplados nos 5 textos informativos consistiram na

apresentação e fundamentação teórica e experimental. A leitura dos textos

visou o conhecimento, estimulando e despertando o interesse dos estudantes

na disciplina de Química ressaltando sua importância e presença no cotidiano

dos estudantes.

Durante todo o trabalho percebemos as oportunidades que nossos

estudantes tiveram ao lidar com as dificuldades de leitura e interpretação de

textos em que puderam argumentar e construir soluções, deixando a timidez de

lado e participando efetivamente das aulas. Isso mostra que essa estratégia,

oportuniza aos estudantes desenvolverem capacidades de compreensão dos

conceitos químicos e suas implicações em distintas áreas.

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Ao elaborar a proposta acreditávamos que os textos escolhidos

poderiam acrescentar outros conhecimentos, pois cada texto foi

contextualizado a partir de situações de vida que pudessem pertencer ao

cotidiano dos estudantes.

Ficou evidente no decorrer da implementação da proposta que a leitura

de textos impressos científicos em sala de aula é uma tarefa desafiadora tanto

ao professor, na forma de conduzir a atividade, quanto para os estudantes, pois

estes sentem inúmeras dificuldades de interpretação.

Nesse sentido, ressaltamos a importância de elaborar atividades que

contemplem esta abordagem, nas aulas de Química, em busca de possibilitar a

formação de estudantes críticos, uma vez que estes estão imersos em um

mundo de informações diversificadas.

6. REFERÊNCIAS

CANTO, Eduardo Leite. Minerais, minérios, metais. De onde vêm? Para onde vão? 2ª edição. Reform. - São Paulo: Editora Moderna, 2004. – (Coleção polêmica). FELTRE, Ricardo. Química. 6ª edição. São Paulo: Moderna, 2004. V.1.

JOHN T, Moore, Ed. D. QUÍMICA para LEIGOS. 1ª reimpressão. Rio de Janeiro: Editora Alta Books, 2011.

FONSECA, Martha Reis Marques da. Química Integral, 2 grau. São Paulo: Editora FTD, 1993. V único.

FREIRE, Paulo. A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER: em três artigos que se completam. 51ª ed. - São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção questões da nossa época; v.22).

LÈLLIS, Luciana de Oliveira et al. Coleção A reflexão e a prática no ensino: Ciências. São Paulo: Blucher, 2011. V. 5. LISBOA, Julio Cezar Foschini. Química, 1: Ensino Médio. 1ª edição. São Paulo: Editora SM, 2010 MORTIMER, Eduardo Fleury et al. Química, 1: Ensino Médio. 1ª edição. São Paulo: Scipione, 2007. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Disciplina Geografia, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba, 2008.

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SANTOS, Wildson Luiz Pereira Dos et al. QUÍMICA Cidadã: Materiais, Substâncias, Constituintes, Química Ambiental e Suas Implicações Sociais, vol. 1 ensino médio. 1ª edição São Paulo: Nova Geração, 2010. Coleção química para a nova geração.

SANTOS, Widson Luiz Pereira dos et al. Química & Sociedade. São Paulo: Editora Nova Geração, 2005. V. único.

SARDELLA, Antonio. Química. 2ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2000. V. único.

Referências Consultadas

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Ensino de Ciências por Investigação: Condições para Implementação em sala de aula. São Paulo. Editora Cengage, 2013

FONSECA, Martha Reis Marques da. Química: Meio ambiente, cidadania, tecnologia. 1ª ed. - São Paulo: FTD, 2010. (II). V.1.

BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola, 24ª edição, São Paulo, Edições Loyola, maio de 2010.

MORTIMER, Eduardo Fleury et al. Química, 1: Ensino Médio. 1ª edição. São Paulo: Scipione, 2011.

RANGEL, Mary. Dinâmicas de leitura para sala de aula. 24 ed. – Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2011.

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ANEXOS

ANEXO 1 – Questionário Inicial

Como primeira atividade, com duração de uma aula, será entregue aos estudantes um questionário composto por seis questões referente aos hábitos de leitura.

1) Você tem o hábito de realizar leituras?

( ) SIM, muito; ( ) SIM, pouco; ( ) SIM, raramente ( ) NÃO.

2) Seus pais estimulam a leitura? ( ) SIM, muito; ( ) SIM, pouco; ( ) SIM, raramente ( ) NÃO.

3) Você utiliza o acervo da biblioteca de sua escola? ( ) SIM, muito; ( ) SIM, pouco; ( ) SIM, raramente ( ) NÃO.

4) Que tipo de leitura você prefere? ( ) Revistas. Quais:___________________________________________ ( ) Livros. Quais: _____________________________________________ ( ) História em quadrinhos. Quais? _______________________________ ( ) Conteúdos da internet. Quais? ________________________________ ( ) Outros. Quais? ____________________________________________

5) Você já adquiriu livros, ou revistas ou revistas em quadrinhos. Quantos e quais no período de um ano? Resposta:_________________________________________________________________________________________________________________

6) Você se interessa por leituras relacionadas à área cientifica? ( ) SIM, muito; ( ) SIM, pouco; ( ) SIM, raramente ( ) NÃO.

ANEXO 2 – Texto 1: “PARA QUE SERVE A QUÍMICA”

Que pergunta absurda! O professor ficou pasmo, petrificado, sem saber o que

responder... Era como se tivessem dito a um católico fervoroso que Deus não existe. Absurdo! Será que ele tinha ouvido direito? Tinha! Porque o aluno repetiu: - Então, professor, porque eu preciso aprender Química se eu nunca vou usar isso na minha vida? Tantas fórmulas, tantos nomes, tantas partículas? Pra que eu tenho que saber tudo isso, hem? O professor continua calado olhando estarrecido para o aluno, procurando achar uma resposta para pergunta mais descabida que ele já tinha ouvido uma resposta definitiva, que fizesse o aluno enxergar o tamanho da besteira que estava dizendo. E o professor teve vontade de dizer mais ou menos isso: “Será possível que você nunca percebeu o quanto de Química existe em tudo que você faz diariamente”? Por exemplo, qual a primeira coisa que você faz quando acorda? Então! Você pensa que papel higiênico nasce pronto de uma árvore ou será que você sabe que esse papel é obtido por um processo químico de transformação da celulose? E a

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segunda coisa que você faz? Escova os dentes? Pasta de dente é pura Química! Mas se preferir, a dentadura também é! Depois você toma banho? Sabonete, xampu, desodorante... Você já se preocupou em ler nas embalagens a composição daquilo que usa? Se as pessoas criassem esse hábito, poderia tornar o consumo um ato mais consciente. E no café da manhã? Você toma café, não toma? Vidros, copos, pratos... Sabia que um dia tudo isso já foi areia? E você gosta de chocolate? Pão? Manteiga? Eu também acho tudo quimicamente delicioso! E as embalagens? Plástico, alumínio, papelão... Como os alimentos chegariam até você se não existissem as embalagens que a química produz? Depois do café você deve se vestir, não é? As roupas de hoje são sinônimos de nylon, poliéster, acrílico, fibras sintéticas ou algodão qui-mi-ca-men-te tratado! Ou você acha que seria possível vestir o mundo inteiro sem uma indústria têxtil firmemente fincada na Química? E os transportes? Você utiliza carros? Ônibus? Trem? Patinete? Então observe: metal, vidro, plástico, borracha, madeira, gasolina, diesel, álcool... Paris, Londres, New York, Bahia, Piracicaba, Pindamonhangaba... Você acha que o homem poderia ter ido tão longe se não fosse a Química? E esta escola aqui? O prédio, as carteiras, os cadernos, os livros, a caneta esferográfica, o lápis, o giz. Do que você pensa que essas coisas são feitas? Como você acha que elas são feitas? Ah! Mas você vai dizer que pode continuar usando tudo isso sem tomar conhecimento da Química? Não, não pode! Porque você é em produto químico. Todos os seres são produtos de reações químicas. Você vive, se alimenta, corre, pensa, sente e fala bobagens através de inúmeras reações químicas que acontecem o tempo todo no seu corpo. Conhecer Química é conhecer a vida, é conhecer melhor a si próprio. E nós, seres humanos, temos essa possibilidade, porque não aproveitá-la? Fonte: Texto retirado do livro de Química Integral, página 136, Editora FTD, ano 1992, autora Martha Reis.

ANEXO 3 – Atividades 1, 2 e 3

Os estudantes individualmente pesquisaram as atividades abaixo: a) Identificar cinco produtos utilizados em casa que contenham componentes químicos. b) Procurar saber por que há, nos postos de combustíveis, dois ou mais tipos de gasolina com preços diferentes. c) Fazer uma relação de equipamentos existentes em casa que possuam chips eletrônicos. d) Comparar dois ou mais rótulos de cremes dentais. E verificar se há componentes químicos em comum. Fonte: Pesquisa retirada do livro de Química Geral, página 08, Editora Moderna, ano 2004, autor Ricardo Feltre.

Produção de cartazes intitulada: “A Química em meu dia-a-dia”. Após a apresentação dos cartazes a turma elegerá o ganhador segundo alguns critérios: imagens, textos, concordância com o tema. Referências para a elaboração dos trabalhos: Fontes: Disponíveis em: a) - Química é vida –< http://www.abiquim.org.br/estudante/vida_frame.html> Acesso em 24 de out. 2013 b)-Todo o dia com a Química- <http://www.abiquim.org.br/estudante/todo_frame.html> Acesso em 24 de out. 2013 c) - A Química na sua casa – <http://www.abiquim.org.br/estudante/casa_frame.html> Acesso em 24 de out. 2013

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d)- Química na escola - < http://www.abiquim.org.br/estudante/saladeaula/web_br/saladeaula.html> Acesso em 24 de out.

1) Cite três materiais comuns retirados do solo.

2) Costuma-se dizer que a água é um líquido. Isso é sempre verdade? 3) Como retardar o processo de enferrujamento, por exemplo, de um portão de ferro? 4) Cite uma forma de produção de energia e uma de suas aplicações. 5) Você considera a Química como responsável por toda a poluição existente no planeta? Fonte: Pesquisa retirada do livro de Química Geral, página 09, Editora Moderna, ano 2004, autor Ricardo Feltre. 6) Na relação a seguir identifique matéria e energia: a) Luz b) Plástico c) Relâmpago d) Copo de vidro e) Ferro f) Queima do combustível Fonte: Atividades retiradas do livro de Química Volume Único, página 11, Editora Ática, 2ª edição, ano 2000, autor Sardella.

7) Identifique na relação abaixo os fenômenos físicos e os químicos. a) Queima da gasolina nos motores dos carros. b) Digestão dos alimentos. c) Acender uma lâmpada. d) Formação da ferrugem. e) Quebra de um objeto. f) Enfiar um prego na madeira. g) Derretimento de um iceberg. h) Crescimento de uma planta.

Fonte: Atividades, retirada do livro de Química Volume Único, página 25, Editora Ática, 2ª edição, ano 2000, autor Sardella.

8) Aquecer uma barra de ferro até o ponto de fusão, recolher o líquido em uma fôrma esférica, transformando a barra em uma bola de ferro, é um exemplo de fenômeno: a) Químico, pois altera a forma da barra de ferro. b) Físico, pois a substância continua sendo ferro. c) Físico-químico, pois há alteração na forma da substância. d) Não é exemplo de fenômeno. Explique a sua escolha:

Fonte: Atividades, retirada do livro de Química Volume Único, página 25, Editora Ática, 2ª edição, ano 2000, autor Sardella.

Anexo 4 - “O que faz um químico?”

Quando você pensa num químico, que imagem lhe vem à mente? Um cientista descabelado, com enormes óculos, misturando líquidos das mais diferentes cores ao som de coisas borbulhando em tubos de ensaio? Descabelado ou não, esse cientista, que preferimos chamar de Profissional da Química, não trabalha em porões escuros, mas em todos os tipos de indústria que você for capaz de listar. E por uma razão muito simples: todo o mundo material é

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formado por elementos e substâncias químicas. Isso inclui itens básicos como a água, o ar e a terra, e também produtos de consumo obtidos por processos industriais como o papel, as bebidas, os fertilizantes e o mouse do seu computador. Por isso, o químico pode trabalhar não só nos laboratórios, mas em todas as atividades que exigem o acompanhamento de um profissional. Estas atividades envolvem: projeto, planejamento e controle de produção; desenvolvimento de produtos; operações e controle de processos químicos; saneamento básico; tratamento de resíduos industriais; segurança; gestão de meio ambiente e, em alguns casos específicos, vendas, assistência técnica, planejamento industrial e até direção de empresas. Sem dizer que a chamada Química forense tem sido uma grande aliada dos investigadores para a solução de crimes. Como se nota, a Química é uma profissão que tem um vasto campo de trabalho. Fonte: Disponível em: <http://www.crq4.org.br/o_que_faz_um_quimico> Acesso em 02 set. 2013.

ANEXO 5- Atividades I e II

Parte I – Serão sorteadas as questões abaixo entre os estudantes, que deverão fazer uma pesquisa. Após, os estudantes socializarão a pesquisa com seus colegas que irão: identificar, informar e apresentar dados que serão explorados na sala de aula.

1- Cite algumas transformações químicas conhecidas desde o início da humanidade e sua utilização. 2- Em que acreditavam os alquimistas? Quais as suas principais atividades? 3- Pesquise em livro de História, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa e identifique as contribuições desses períodos históricos para o desenvolvimento da Química como Ciência? 4- Qual a diferença entre a explicação da combustão pela teoria do flogístico e pela teoria de Lavoisier? 5- Cite uma das contribuições de Lavoisier para o surgimento da Química como Ciência. 6- Em que a Alquimia contribui o desenvolvimento da Química? 7- Estabeleça a principal diferença Alquimia e a Química? 8- O que diferencia os conhecimentos químicos do senso comum? 9- O conhecimento químico expressa à verdade absoluta? Justifique sua resposta? 10- Zé Limpim é o fabricante de sabão mais vendido na sua região. Seu produto é fabricado por várias gerações da família. No momento, sua produção já está sendo vendida até na capital. Você poderia afirmar que Zé Limpim é um cientista e por isso o seu sabão é de boa qualidade? Justifique sua resposta. 11- Dê alguns exemplos de áreas do conhecimento humano nas quais a Química tem dado sua contribuição. 12- Descreva de forma resumida das áreas diferentes especialização que fazem parte do campo geral da Química; Química analítica Bioquímica 13- Descreva de forma resumida das áreas diferentes especialização que fazem parte do campo geral da Química; Biotecnologia Química Inorgânica 14- Descreva de forma resumida das áreas diferentes especialização que fazem parte do campo geral da Química; Geologia Indústria Química

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15- Descreva um pouco das atividades dos químicos faz em seu trabalho nas categorias abaixo? Analisam substâncias. Criam ou sintetizam novas substâncias. 16- Descreva um pouco das atividades dos químicos faz em seu trabalho nas categorias abaixo: Criam modelos e testam o poder de previsão das teorias. Medem as propriedades físicas das substâncias. 17- Descreva um pouco, dos empregos onde os químicos realmente atuam: -Controle de qualidade. -Químico de pesquisa industrial: 18- Descreva um pouco, dos empregos onde os químicos realmente atuam: -Representante comercial. -Restaurador de trabalhos históricos e de arte. 19- Descreva um pouco, do químico que atua como professor de Química. Fonte: Pesquisa retirada do livro de Química para Leigos, páginas 10 - 14, Editora Alta Books, ano 2011, autor John T. Moore. Fonte: Pesquisa retirada do livro de Química Cidadã, página 88, Editora Nova Geração, ano 2010, coord. Widson Luiz Pereira dos Santos, Gerson de Souza Mól. Fonte: Pesquisa retirada do livro de Química e Sociedade, página 96, Editora Nova Geração, ano 2005, coord. Widson Luiz Pereira dos Santos, Gerson de Souza Mól.

Parte II - Em grupo de cinco alunos, serão elaborados cartazes, contendo fotos, figuras, notícias, palavras e desenhos, relacionados ao tema dos conteúdos contemplados no texto: O que faz um Químico? Esses cartazes serão expostos no pátio da escola. Para confeccionar esses cartazes, os alunos terão um mês de antecedência para separar o material em casa. Será explorada a criatividade dos estudantes, utilizando desenhos, colagens, recortes, enfeites, entre outros artefatos.

ANEXO 6 - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)

Com a publicação da Lei n.º 11.445/2007, a Lei de Saneamento Básico, todas as prefeituras têm obrigação de elaborar seu Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Sem o PMSB, a partir de 2014, a Prefeitura não poderá receber recursos federais para projetos de saneamento básico. O saneamento básico foi definido pela Lei n.º 11.445/2007 como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais relativos aos processos de: a) abastecimento de água potável;

b) esgotamento sanitário; c) manejo de resíduos sólidos; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Ou seja, o PMSB deve abranger as quatro áreas, relacionadas entre si. O documento, após aprovado, torna-se instrumento estratégico de planejamento e de gestão participativa. Elaborado pelos técnicos da Prefeitura, com o apoio da sociedade, o PMSB deve ser aprovado em audiência pública. As audiências são o fórum de discussão da proposta da Prefeitura e para apresentação de sugestões e reivindicações. Após as discussões com a comunidade, o PMSB deve ser apreciado pelos vereadores e aprovado pela Câmara Municipal.

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Aprovado, o PMSB passa a ser a referência de desenvolvimento de cada município, estabelecida as diretrizes para o saneamento básico e fixadas as metas de cobertura e atendimento com os serviços de água; coleta e tratamento do esgoto doméstico, limpeza urbana, coleta e destinação adequada do lixo urbano e drenagem e destino adequado das águas de chuva. Fonte: Disponível em:<http://site.sanepar.com.br/prefeituras/plano-municipal-de-saneamento-básico> Acesso em 30 jul.2013.

ANEXO 7 - Estudando o texto:

1) O que pode ser destacado no texto como importante? 2) Em qual parte do texto a Química encontra-se presente? 3) Relacione as palavras que são desconhecidas?

ANEXO 8 – cinco questões

1-Identifique os materiais que normalmente são descartados em sua casa e que podem ser classificados em materiais homogêneos ou heterogêneos. 2-A água de torneira é uma solução ou uma substância? Justifique

3- Classifique os sistemas abaixo em mistura ou substância pura. Identifique o número de fases e o número de substâncias de cada um deles. a) vapor de água + gás carbônico + gás oxigênio b) água líquida + cubos de gelo c) cubos de gelo + solução aquosa de sal d) pé de ferro + enxofre em pó + bicarbonato de sódio. 4- Classifique os sistemas a seguir em homogêneos ou heterogêneos. a) gasolina aditivada b) madeira c) aço inoxidável d) leite 5-Dê um exemplo de cada mistura a seguir: a) Mistura líquida homogênea constituída por duas substâncias. b) Mistura bifásica formada por três substâncias. c) Mistura trifásica formada por duas substâncias. d) solução líquida.

Fonte: Atividades retirada do livro de Química e Sociedade, página 51, Editora Nova Geração, ano 2005, coord. Widson Luiz Pereira dos Santos, Gerson de Souza Mól. Fonte: Atividades retirada do livro de Química, página 64, Editora São Paulo, ano 2010, autor Julio Cezar Foschini Lisboa. Fonte: Atividades retirada do livro de Química, página 51 e 56, Editora Scipione, ano 2007, autores Eduardo Fleury Mortiner w Andréa Horta Machado.

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ANEXO 9 - “ RELATÓRIO ANUAL DA QUALIDADE DA ÁGUA 2012- SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE IVAIPORÔ

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Fonte: Disponível em: <http://www.saneparRelatorioQualidadeAgua/2012/132.pdf

Acesso em 30 jul.2013

ANEXO 10 - Estudando o texto: 1) Traçar alguns paralelos (pontos em comum ou contraditórios) entre os textos 3 e 4. 2) Após a leitura do texto será assistido um vídeo, que aborda sobre o tratamento da água. Disponível em: http://www.youtube.com/results?search_query=sabesp+tratamento+de+agua

Acesso em 11 de out. 2013.

3) Destacar alguns termos relacionados à Química, conceituando-os. 4) Atividade experimental: TRATAMENTO DE ÁGUA

ANEXO 11 - Atividade experimental: Tratamento de água

Os estudantes serão divididos em grupos, para a realização do experimento, dois grupos realizarão o tratamento de água utilizando as substâncias químicas (hipoclorito de sódio, hidróxido de cálcio e sulfato de alumínio) e dois grupos utilizarão produtos alternativos, (água sanitária, cal de construção e pedra pomes). - O cal de construção, não será dissolvida totalmente em água e dentro de um copo raspar um pouco de pedra pomes e ir adicionando água até dissolver. Os quatro grupos seguirão os procedimentos, apenas substituindo as substâncias químicas por produtos alternativos. Inicialmente, deve ser preparada a água bem suja a ser tratada, adicionando-se terra, areia, folhas, gravetos e objetos diversos em um recipiente contendo água de torneira. 1ª Passo: PENEIRAÇÃO: - Coloque aproximadamente 100 mL da água a ser tratada em béquer de 250 mL. - Passe a água por uma peneira pequena de cozinha (de leite, por exemplo), recolhendo-a em outro béquer de 250 mL. Observe o aspecto da água. 2ª Passo: PRÉ-CLORAÇÃO - Adicione 8 gotas de solução de hipoclorito de sódio (água sanitária) à água peneirada. - Misture com um bastão de vidro e observe se ocorreram mudanças. 3ª Passo: FLOCULAÇÃO E DECANTAÇÃO: - Adicione à solução anterior, 80 gotas de solução de sulfato de alumínio (raspar um pouco de pedra pomes dentro de um copo e ir adicionando água até dissolver) e misture com uma colher. - Agite bem a suspensão de hidróxido de cálcio (cal de construção em água não dissolve totalmente) e adicione 35 gotas ao béquer. Misture bem com a colher. - Deixe a solução em repouso por alguns minutos. Observe atentamente o que ocorre. 4ª Passo: FILTRAÇÃO - Despeje, cuidadosamente, a água que estava em repouso no filtro de areia, não deixando cair os resíduos que ficaram no fundo. - Recolha a água filtrada em um béquer limpo. - Observe o aspecto da água filtrada. 5ª Passo: CLORAÇÃO - Adicione 1 gota da solução de hipoclorito de sódio (água sanitária ) à agua limpa obtida. Após a execução dos experimentos, o professor discutirá com os participantes dos 4 grupos suas observações e comparações em relação aos procedimentos utilizando as substâncias diferentes.

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Fonte: Roteiro retirado do livro Ciências: A reflexão e a prática no ensino, página 26, Editora Blucher, ano 2009, coord. Márcio Rogério de Oliveira Cano.

ANEXO 12 – atividades

1) Qual é a função da adição do sulfato de alumínio (raspas de pedra pomes) e do

hidróxido de cálcio (solução de cal de construção)? Qual é o nome do fenômeno que se realiza após essa adição? 2) Há alguma fase do tratamento da água de uso doméstico que não foi mencionada neste experimento? Qual(is)? 3) A água obtida por esse tratamento pode ser utilizada para consumo? Por quê? 4) Que atitudes podem ser tomadas para evitar o desperdício da água de uso doméstico? De que forma a água pode ser reutilizada?

ANEXO 13 - TEXTO 5 - MINERAIS, MINÉRIOS E METAIS

Apesar de relacionados – e de, muitas vezes, serem usados indistinta e incorretamente, os termos mineral, minério e metal possuem diferentes conceituações. A compreensão dos seus significados está associada a uma visão da atuação industrial na exploração dos recursos minerais, na produção de metais e na ampla gama de aplicações científicas e tecnológicas que eles possuem.

Metais vêm do subsolo Necessários à manufatura de objetos que utilizamos em nossa vida cotidiana, os metais – como, por exemplo, ferro, alumínio, níquel, cobre e chumbo – são provenientes do subsolo. Esses recursos não se acham distribuídos de maneira uniforme por todo o globo terrestre. Alguns países foram mais “abençoados” do que outros no que diz respeito às reservas minerais. Para um país, a existência desses recursos em seu território é de extrema importância, caso contrário, é obrigado a importá-los, ficando dependente do subsolo de outras nações.

Alguns conceitos importantes Em geral os metais não são encontrados no subsolo “prontos para o uso”, mas sim fazendo parte da composição de minerais denominados “minérios”. Normalmente se faz confusão entre as palavras mineral, minério e metal. Tomemos como exemplo o metal alumínio, usado para fazer panelas, papel-alumínio, janelas, portões e antenas de televisão. Dizemos que, nos objetos mencionados, o elemento químico alumínio se encontra na forma de substância simples. É alumínio metálico e representado por Al0

ou simplesmente Al. Na natureza não se encontra a substância simples Al0. Esse elemento se apresenta combinado com outros, nas chamadas substâncias compostas. A palavra mineral designa toda substância natural presente na crosta terrestre. Rochas são agregados naturais formados por um ou mais minerais. Assim, podemos dizer que na natureza o elemento químico alumínio é encontrado em substâncias compostas chamadas de minerais, que por sua vez estão presentes em rochas. Dentre as rochas cujos minerais contêm alumínio, uma merece especial destaque: a bauxita, que é uma mistura de óxido de alumínio com outras substâncias (óxidos de ferro, água, sílica, etc.). Estas últimas são chamadas de impurezas da bauxita. É comum, em linguagem corriqueira, chamar uma rocha de “mineral”. Assim, são muito usadas expressões como a “bauxita é um mineral”.

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Após a purificação, a bauxita fornece o óxido de alumínio puro, conhecido pelo apelido de alumina. Óxido de alumínio é uma substância composta de oxigênio e alumínio, cuja fórmula química é Al2O3. Em instalações industriais apropriadas, a alumina é submetida a uma reação química que produz a substância simples alumínio (Al). Ao executar esse processo, uma empresa parte de um mineral mais barato – a bauxita – e, por meio do uso de tecnologia apropriada, o converte em uma substância mais cara, o alumínio metálico. Este é vendido por um preço tal, que cobre o valor da matéria-prima (a bauxita), os custos de produção (sobretudo gastos com energia elétrica e ainda o lucro do produtor). Assim, podemos afirmar que a bauxita é um mineral do qual podemos extrair alumínio, com vantagem econômica. Resumidamente, dizemos que a bauxita é um minério de alumínio. Minério é, portanto, o nome dado a um mineral do qual se extrai, com vantagem econômica, uma substância química de interesse indústrias. Ao ouvir dizer que a “hematita é um minério de ferro”, devemos subentender: “a hematita é um mineral que, explorando industrialmente, fornece a substância química ferro metálico”. Analogamente, se desejarmos dizer que “o mineral pirolusita é a matéria-prima da qual se extrai o metal manganês”, basta falar que a “pirolusita é um minério de manganês”. Fonte: Texto retirado do livro Minerais, minérios, metais. De onde vêm? Para onde vão? Página 13 - 15, Editora Moderna, ano 2010, autor Eduardo Leite Canto

Anexo 14 - Atividades

1) Cada grupo será responsável por uma questão: a- Como o ferro aparece na natureza (isolado ou combinado) b- Como se obtém o ferro metálico? c- Quais são as principais propriedades e aplicações desse metal? d- O que vem a ser o ferro-gusa? e- Qual o significado, do ponto de vista socioeconômico, da exploração do minério de ferro? f- Que problemas ambientais a exploração do minério de ferro pode acarretar? ANEXO 15- Atividades 3) Identifique a ligação ou a interação intermolecular que está sendo rompida ou formada em cada um dos processos abaixo: a) mudanças de fase na água: líquido – vapor; líquido – sólido; b) mudanças de fases do iodo: sólido – vapor; vapor – sólido; c) fusão do ferro. d) sublimação da nafltalina; e) fusão do cloreto de sódio. 4) Responda as questões: a) Relacione alguns materiais utilizados para fazer fios condutores de eletricidade. b) Qual a característica comum a esses materiais? c) Como você explica a condutividade elétrica desses materiais? 5) Com base nas informações das vantagens e desvantagens de usar panelas feitas de metal e de material cerâmico (panela de barro). Lembre-se de que a cerâmica é, normalmente, uma combinação de sólidos covalentes e iônicos. Com base nos modelos apropriados de ligações químicas, responda:

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a) Por que as panelas de barro demoram mais tempo a cozinhar os alimentos, mas os conservam quentes por mais tempo? b) Por que as panelas de alumínio cozinham os alimentos mais rapidamente, mas não os conservam quentes por mais tempo? Fonte: Pesquisa retirada do livro de Química, páginas 181, 182, 198, Editora Scipione, ano 2007, autores Eduardo Fleury Mortiner e Andréa Horta Machado.