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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

RESGATE DA FUNÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO

NO COTIDIANO ESCOLAR

Roseli Salvador Weissheimer1

Janaina Damasco Umbelino2

RESUMO Este artigo relata da implementação do Projeto “Resgate da função do professor pedagogo no cotidiano escolar”. Levando-se em consideração a necessidade de uma intervenção pedagógica, questionou-se: Qual a real função do Pedagogo na organização didático-pedagógica escolar? Objetivou-se, compreender a intencionalidade da função e a identidade do pedagogo no interior da escola e sobre sua prática pedagógica, a partir do entendimento histórico da interferência de políticas educacionais na formação do pedagogo. Especificamente, procurou-se conhecer a especificidade do trabalho do professor pedagogo na escola pública, a partir da legislação vigente; compreender quais as funções do pedagogo dentro da instituição escolar, sua importância e as principais áreas de atuação; refletir sobre as modificações históricas no papel do pedagogo escolar; investigar a possibilidade de intervenção do pedagogo no processo de ensino e aprendizagem, especialmente em questões de indisciplina e discutir e analisar e a autorreflexão do professor pedagogo à sua atuação. O estudo se justifica pela necessidade de refletir com os professores pedagogos sobre a importância da valorização de sua função no cotidiano escolar ao mesmo tempo em que vai contribuir para a reorganização da prática pedagógica, buscando com isso, melhor qualidade na educação, no ensino e na aprendizagem dos alunos. Palavras-chave: Aprendizagem; Pedagogo; Resgate; Valorização. 1 INTRODUÇÃO

O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), realizado pelo Governo do

Estado do Paraná é ofertado aos professores com a finalidade de proporcionar oportunidade

ímpar de aprimoramento profissional, sendo disponibilizado a esse professor, um orientador

individual de estudos para que o mesmo receba o apoio em seus estudos.

O que se apresenta neste artigo são os resultados de uma pesquisa como parte do

programa e, como professora PDE, propõe-se construir novos conhecimentos que venham

contribuir de forma positiva para o ensino e a aprendizagem, estando ciente de sua

importância para a formação de cidadãos bem como para a qualidade de vida dos educandos.

1 Especialista em Supervisão Escolar. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, 2014. 2 Professora. Dra no Curso de Pedagogia da Universidade do Oeste do Paraná – UNIOESTE E Orientadora do PDE.

Pretendeu-se conscientizar os professores pedagogos para uma reflexão sobre sua

função no cotidiano escolar e a pesquisa sobre o tema desenvolveu-se como uma das

estratégias de Ação do Projeto de Intervenção Pedagógica que foi implementado no Colégio

Estadual Padre Cirilo-EFMP, com o propósito objetivo de dialogar com os professores

pedagogos sobre a importância de resgatar sua função na articulação do trabalho pedagógico

escolar. O pedagogo vem sendo afastado de sua real função, para atender aos anseios

imediatos e se envolve com as práticas cotidianas da escola.

A intenção dos estudos realizados foi contribuir com o trabalho pedagógico

desenvolvido na escola, refletindo com os professores pedagogos sobre o quanto é importante

seu papel como mediador e organizador. Sabe-se que a função do pedagogo vai além da

mediação com o professor e do ensino e aprendizagem dos alunos.

Diante ao exposto, questionou-se: Qual a real função do Pedagogo na organização

didático-pedagógica escolar?

Portanto, esse artigo se justifica para análise da formação continuada do pedagogo,

bem como sua atuação no âmbito escolar, fundamentado teoricamente nos princípios

filosóficos da Mediação Dialética, a qual dá possibilidade de transposição dos conhecimentos

científicos em conteúdos de ensino, visando uma educação em que o contexto de sala de aula

se torne um espaço de tensão entre a teoria e a prática.

Esse estudo, ainda, propõe aos pedagogos, uma discussão sobre a relevância de suas

ações como mediadores da aprendizagem, tendo como fundamento teórico obras de autores

como Saviani (2007), Pimenta (1991), Gasparin (2007), dentre outros. Diante disso, a

formação continuada vai fornecer subsídios para a superação da didática posta pela

metodologia da mediação dialética.

Teve-se como objetivo, compreender a intencionalidade da função e a identidade do

pedagogo no interior da escola e sobre sua prática pedagógica, a partir do entendimento

histórico da interferência de políticas educacionais na formação do pedagogo.

Especificamente, procurou-se conhecer a especificidade do trabalho do professor pedagogo na

escola pública, a partir da legislação vigente; compreender quais as funções do pedagogo

dentro da instituição escolar, sua importância e as principais áreas de atuação; refletir sobre as

modificações históricas no papel do pedagogo escolar; investigar a possibilidade de

intervenção do pedagogo no processo de ensino e aprendizagem, especialmente em questões

de indisciplina e discutir e analisar a autorreflexão do professor pedagogo à sua atuação.

O Projeto de Intervenção deixou claro como deve ser direcionada a formação

profissional do pedagogo, devido todos os tópicos incluindo o tema “Repensando a ação e

formação continuada do pedagogo na escola numa perspectiva dialética, apresentam uma

organização clara e regular, facilitando a leitura e ressaltando ainda a formação que o

fundamenta”.

A base teórica do projeto reforça também, a necessidade do pedagogo estar sempre em

contínuo estudo, facilitando a compreensão com uma organização consciente da importância

de se transformar o quadro atual.

A questão que norteou a pesquisa tratou do pedagogo e suas dificuldades para realizar-

seu trabalho e os objetivos propostos contribuíram na formação do pedagogo, o que resultou

na melhoria da aprendizagem do aluno, pois na formação que se ocupa com os requisitos

necessários para uma boa atuação, traz como resultado ações pedagógicas transformadoras.

As ações predeterminadas trouxeram grande impacto sobre as atividades

desenvolvidas pelos pedagogos na escola e, sendo assim, foi possível por meio delas, o

enfrentamento do problema e, como professores PDE, tivemos a oportunidade de promover o

conhecimento, atuando nesse processo de formação, levando em consideração questões que

compõem a escola onde trabalho, podendo-se sentir os problemas da atuação.

Sendo assim, passou-se por uma acentuada formação teórico-metodológica e uma

intervenção pedagógica a ser discutida na escola e desenvolvida em parceria com a

Universidade, sob a orientação da professora orientadora, para que obtivesse os resultados

satisfatórios na qualidade de ensino da educação básica.

2 BREVE HISTÓRICO DO CURSO DE PEDAGOGIA E SUAS DIRETRIZES

Apesar das questões e de várias outras já terem sido objeto de estudo, a sua

importância se justifica pela necessidade de reflexão sobre a ação do pedagogo e sua atuação

como indivíduo inserido no coletivo, no político e no social.

A trajetória deste estudo segue o caminho em busca da própria definição da Pedagogia

e da legislação do curso de Pedagogia, visto que é através dele que se formam os Pedagogos.

Pimenta (2006) concorda que, o estudo da educação como fenômeno social, não se esgota por

uma ciência e que tão pouco, a pedagogia seja a única ciência que estuda a educação.

Para a Pimenta (2006), o ponto de partida para a epistemologia, é a prática social da

educação e, sua especificidade é que a difere das demais ciências, sendo a Pedagogia, a

ciência da prática. O resgate histórico da Pedagogia se faz necessário, levando-se em

consideração que a educação brasileira traçou muitos caminhos de retrocessos e avanços, se

firmando e sendo entendida como o modo de apreender ou de instituir o processo educativo.

Em seus estudos, Saviani (2008), aponta que o termo “pedagogia” surgiu na Grécia

Antiga, e segundo Jaeger, também é grega a problemática pedagógica. Tem seu conceito

construído desde os primórdios da história por meio de uma tarefa escrava conectada à

morfologia da palavra que reflete o significado de mestre, preceptor, aquele que conduz a

criança ao espaço de aprendizagem.

Ainda, de acordo com Saviani (2008), a pedagogia no Brasil nasceu com os Jesuítas,

em 1549, chamada de Pedagogia Brasílica, com duração de 50 anos, surgindo entre 1599 e

1759, a Pedagogia do Ratio Studiorum e, até 1834, a Pedagogia Pombalina. O termo

Pedagogia somente aparece após a Independência, na reabertura do Parlamento em 1826, que

tinha como significado a escola das primeiras letras.

Na ótica de Breckenfeld e Romanowski (2008), o aparecimento do pedagogo no

Brasil, origina-se na institucionalização do sistema público de ensino através dos movimentos

em prol da educação escolar, na década de 1930, época que se criou o Curso de Pedagogia,

cujos participantes eram licenciados para o magistério em cursos normais, oferecendo,

também o bacharelado para o exercício dos cargos técnicos de educação, sendo que esses,

deveriam desempenhar as funções de planejamento, organização e execução do processo

educacional.

O final da década de 1960 marca um período em que o curso de Pedagogia passa por

grandes alterações. O Parecer CFE nº 252/69, de autoria de Valnir Chagas, trata do Currículo

Mínimo e da duração para o curso de graduação em Pedagogia como uma proposta mais

elaborada de formação superior, propondo a formação de vários profissionais com uma

estrutura curricular que teria uma parte comum e outra diversificada.

Ao final dos anos 1970 e o início dos anos 1980, quando a sociedade brasileira passa

pela reabertura democrática, foram marcados por duras críticas, rejeição e ressignificação do

pedagogo e do seu curso de formação. A principal crítica girava em torno das questões

relativas ao lugar dos especialistas no trabalho da escola levando-se em consideração a

fragmentação, a hierarquia, a expropriação do saber do professor e a divisão entre concepção

e execução.

Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.396/96, um novo

tempo também se configura para a Pedagogia, com o início dos debates em torno das

Diretrizes Curriculares para o curso. Atualmente, com a Resolução nº 1/2006 tem-se a

docência como base para a formação do pedagogo, distinguindo-se a docência para a

Educação Infantil e a docência para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental, agregando-se

também, a possibilidade de atuação na formação pedagógica do profissional docente, em

áreas emergentes do campo educacional e, a seguir, evidenciado na gestão educacional.

Tomou-se parte da Legislação Brasileira como a LDB nº 9394/96, as Diretrizes

Curriculares Nacionais para o curso de Graduação e Licenciatura em Pedagogia (Parecer nº

5/2005) – o Edital nº 037/2004 que descreve as atividades genéricas do Professor Pedagogo

no Sistema de Ensino da Educação Básica da Rede Estadual do Paraná.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN nº 9.394/96 traz em seu

Artigo 64: “A formação de profissionais de educação para administração, planejamento,

inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de

graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino,

garantida, nesta formação, a base comum nacional” (BRASIL, LDBEN nº 9.394/1996).

A Resolução do Conselho Nacional de Educação, Conselho Pleno nº 1, de 15 de maio

de 2006, com fundamento no Parecer do CNE/CP nº 5/2005 e na Emenda Retificativa

constante do Parecer do CNE/CP nº 3/2006, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para

o Curso de Pedagogia, estabelecendo em seu artigo 14, o seguinte texto: A licenciatura em Pedagogia, nos termos dos Pareceres CNE/CP nº 5/2005 e 3/2006 e desta Resolução, assegura a formação de profissionais da educação prevista no art. 64, em conformidade com o inciso VIII do art. 3º da Lei nº 9.394/96. § 1º: Esta formação profissional também poderá ser realizada em cursos de pós-graduação, especialmente estruturados para este fim e abertos a todos os licenciados (BRASIL, RESOLUÇÃO CNE/CP nº 1/2006).

Esta Resolução procurou adequar o funcionamento do Curso de Pedagogia aos artigos

3º e 64 da Lei nº 9.394/1996, visando contemplar a formação de profissionais da educação

(Pedagogos) que possam atuar em atividades não docentes nas escolas, dando suporte para

que as atividades administrativas, docentes e principalmente as pedagógicas, tenham

princípios e teorias que vão dar uma direção segura no encaminhamento das atividades no

processo ensino e aprendizagem.

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná publicou o Edital nº 037/2004,

descrevendo atividades genéricas do Professor Pedagogo nos Estabelecimentos de Ensino da

Educação Básica da Rede Estadual do Paraná. A partir da definição dessas atividades

genéricas, todo o especialista Pedagógico teve não só a sua função, como a própria

nomenclatura do cargo convertida em Professor Pedagogo.

Silva (2002) coloca que o curso de Pedagogia no Brasil apresenta, com clareza, os três

períodos que constituem a História da Pedagogia.

Primeiro período da história do curso ocorreu em 1939 a 1972, denominado Período

das Regulamentações, no qual o curso teve sua identidade questionada. O segundo período

ocorreu de 1973 a 1977, denominado Período das Indicações, no qual teve sua identidade

projetada. Já o terceiro período, ocorreu de 1978 a 1999, denominado Período das Propostas,

no qual teve sua identidade posta a discussão.

Sendo assim, pode-se considerar que a identidade do curso tem uma longa caminhada

e perpassa por muitas indagações, sendo que a Pedagogia deveria estudar e, em consequência,

a manutenção ou não do curso. No final do terceiro período, houve as primeiras respostas

favoráveis ao reconhecimento do campo pedagógico que dela faz parte e, foram esses

períodos que levaram a pensar na definição e estruturação das diretrizes para o curso de

Pedagogia no Brasil.

Em se tratando da busca da identidade do Pedagogo, questiona-se ele é um professor,

um educador ou um cientista. Que características o distingue? Em que Sobre os conceitos:

Educação Formal, informal e não formal em Pedagogia Pedagogos para que? (LIBÂNEO,

2007, p.03).

Na opinião de Libâneo (2007), há uma diversidade de práticas educativas intencionais

na sociedade, a qual se configura como uma ação pedagógica nas esferas escolar e

extraescolar, assim ele considera que: “O Pedagogo é o profissional que atua em várias

instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos

de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetiva de

formação humana definidos em sua contextualização histórica” (LIBÂNEO, 2002, p.68).

Sobre a identidade do Pedagogo, Franco (2003, p.110), esclarece que: O Pedagogo será aquele profissional capaz de mediar teoria pedagógica e práxis educativa e deverá estar comprometido com a construção de um projeto político voltado à emancipação dos sujeitos da práxis na busca de novas e significativas relações sociais desejadas pelos sujeitos.

Porém, no dia a dia da escola, presencia-se a figura de um Pedagogo sobrecarregado à

mercê das necessidades imediatas, distanciando-os das propostas de contribuir com a

transformação, conduzindo ao esvaziamento e equívocos em seu fazer e em sua formação.

2.1 NOVA POSTURA DO PEDAGOGO E SUAS AÇÕES

Em outra dimensão, os professores pedagogos precisam refletir sobre seu trabalho e

sua própria formação, essa experiência busca um diálogo com a sua identidade e com a

realidade, para que possam se perguntar: Qual é a perspectiva de mudança no perfil do

pedagogo, a partir das contradições vivenciadas na escola? Aonde pode inserir mudanças na

sua práxis, partindo dos conceitos de pedagogo unitário, intelectual orgânico e sujeito

epistêmico? Desejar conhecer mais sobre a Teoria Histórico-Cultural; Retomar a postura

frente aos professores apresentando uma nova possibilidade na aquisição de conteúdos por

parte do aluno e criticidade na prática educativa. Desejar conhecer mais sobre as funções da

escola. Pretender mudar sua prática.

Conforme as tendências pedagógicas preponderantes no Brasil, Saviani (2001)

demonstra dois grupos e propõe ainda uma terceira. A primeira é as Teorias não-críticas que

incluem a Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista, que aparecem

como a solução milagrosa, capaz de eliminar toda marginalidade da sociedade.

As chamadas Teorias Crítico-reprodutivistas que denunciam a violência simbólica

cometida pela escola, impondo conteúdos que representam uma cultura dominante e em

desprezar as diversidades culturais dos alunos é a segunda. Ao propor a terceira, apresenta a

Teoria Crítica da Educação, dando ênfase à construção de uma “Pedagogia Revolucionária”

que busca colocar a educação a serviço da transformação das relações de produção

(SAVIANI, 2001, p.75-76).

O pedagogo, diante do caminho e descaminhos da sua formação e atuação, vê-se

impactado pela complexidade que envolve o Curso de Pedagogia. Diante de tal contexto, faz-

se necessário que o mesmo reveja pontos importantes de sua atuação, buscando na formação

continuada elementos que embase sua ação pedagógica na contribuição do fazer do Saviani

(1985), que ressalta: “o papel do pedagogo é prover as escolas de uma organização tal que

cada criança, cada educando não veja frustrada a possibilidade de assimilar os conhecimentos

metódicos e incorporá-los como instrumentos irreversíveis, conferindo qualidade às lutas no

seio da sociedade”.

Saviani (1985), também alerta o pedagogo ao velar para que a escola não se perca num

sem número de atividades comemorativas e se desvie do seu papel fundamental que é a

difusão do saber sistematizado.

O pedagogo é assim, uma peça fundamental no processo de sistematizar o

conhecimento, participando ativamente da organização da prática pedagógica na escola, logo,

se a função da escola é ensinar a todos os alunos sem distinção, ao pedagogo compete o

trabalho “[...] de dominar as formas de organização dos conteúdos de modos a torná-los

assimiláveis” (SAVIANI, 1985, p. 28).

Pretendeu-se até aqui compreender os pressupostos teóricos que tem fragmentado a

formação do professor pedagogo e contribuído para preparar o profissional da educação para

tarefas específicas, com dificuldades para compreender a totalidade da qual a escola faz parte.

Desta forma, faz-se a reaproximação da Pedagogia Histórico-crítica como forma de

conhecer e fundamentar-se na teoria adotada pela SEED do Paraná, para que a partir desses

estudos, defina estratégias que possam estruturar a prática pedagógica dos professores,

redirecionando o processo ensino-aprendizagem de forma integrada e, consequentemente,

resgatando a função do professor pedagogo como coordenador e articulador do trabalho

pedagógico na escola.

2.2 PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

A educação, ao se observar as correntes que a norteiam, percebe-se a tentativa de

explicar os dados concernentes à marginalidade e as teorias são utilizadas como forma de

entender como essa educação esteve posicionada diante destas questões (SAVIANI, 1998).

Frete ao critério de criticidade estabelecido por Saviani (1998. p.09), essas teoria

podem ser divididas em dois grupos denominados teorias não-críticas e críticas da educação.

Segundo o autor, as teorias não críticas "(...) encaram-se, ou seja, desconsideram as

determinações sociais na educação. De forma contrária, as teorias críticas, "(...) se empenham

em compreender a educação, remetendo-a sempre a seus condicionantes objetivos", ou seja,

consideram as determinações sociais (estrutura socioeconômica) atrelado ao fenômeno

educativo.

A Pedagogia Tradicional, também designada como pedagogia da essência, na qual o

indivíduo é pré-determinado a ser o que foi estabelecido, surge como antídoto à ignorância e

instrumento para equacionar o problema da marginalidade. Desta forma, a escola se organiza

centrando-se no professor bem preparado e ao aluno cabe apenas a assimilação desses

conteúdos.

2.3 TEORIAS PEDAGÓGICAS ANTES DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

No sentido de haver a aprendizagem, fica evidente nessa pedagogia a importância da

disciplina. Herbermas (2002, p.217), afirma que: "A grande tarefa da educação processar-se-

ia sem dificuldade em caso de boa disciplina e governo", portanto, justificando-se a forma de

organização das classes, a forma de exposição dos conteúdos e realização das atividades.

A partir destas reflexões, estudos e análises, como relato anteriormente, procura-se

restabelecer o trabalho do professor pedagogo com o redirecionamento das práticas

pedagógicas e, o mais importante segundo Saviani (2005), é conhecer e definir o que é

fundamental, essencial, principal e o acessório, como forma de restabelecer a função social

da escola.

Conforme Saviani (2005, p.22), o saber sistematizado e a apropriação deste

conhecimento pelas novas gerações é que torna necessária a existência da escola e, conclui

dizendo: ... a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não-material, cujo produto não se separado ato de produção, permitamos situar a especificidade de educação como referida aos conhecimentos, ideias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através das relações pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens.

Nesta perspectiva que, segundo Saviani (2005, p.22), "a especificidade dos estudos

Pedagógicos preocupa-se com a identificação dos elementos naturais necessários à

constituição da humanidade em cada ser humano e à descoberta das formas adequadas para se

atingir esse objetivo”.

Pautada na pedagogia da essência, a Pedagogia Tradicional vem reforçar que a

essência humana predeterminada justificava as diferenças. No momento da ascensão do

capitalismo, a burguesia se manifesta como classe revolucionária. A dominação da nobreza e

do clero era não-natural, não essencial, mas social e histórica. Os privilégios não são naturais,

nem divinos, mas sociais.

A educação, assim, torna-se o meio pelo qual a correção da marginalidade será

pautada no respeito a essas diferenças. A Escola Nova aprimorou o ensino destinado à elite e

rebaixou o nível de ensino destinado as escolas populares. Também, essa escola agravou o

problema da marginalidade, pois seus mecanismos de recomposição da hegemonia da classe

dominante deslocam o eixo de preocupação do âmbito político para o âmbito técnico-

pedagógico. Os movimentos que contribuíram para a Pedagogia Escolanovista foram o

Manifesto dos Pioneiros, o Otimismo Pedagógico e o Entusiasmo pela Educação.

Com a exaustão da pedagogia nova e do pressuposto da neutralidade científica, a

Pedagogia Tecnicista tem como princípios a racionalidade, eficiência e produtividade. Essa

pedagogia buscou a reorganização do processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e

operacional, com o objetivo de mecanizar o processo e realizar o parcelamento do processo

pedagógico.

Percebem-se, até o momento, três enfoques diferentes nestas pedagogias apresentadas.

Enquanto a Pedagogia Tradicional o ponto central é aprender, na Escola Nova é o aprender a

aprender; no Tecnicismo é o aprender a fazer que caracterize tal educação. A Escola

Tecnicista veio trazer o caos para a educação.

Para Saviani (2007), as teorias que considera de maior repercussão são a violência

simbólica, o aparelho ideológico do estado e a escola dualista. As principais características da

teoria da escola enquanto aparelho ideológico de estado, baseia-se na escola que é o

instrumento mais acabado da reprodução das relações de produção do capitalismo, sendo

reprodutora da ideologia dominante.

A última teoria citada dentre as Teorias Crítico -reprodutivistas, encontra-se na Teoria

da Escola Dualista que apresenta características com, a escola dividida em duas redes, a de

escolarização secundária-superior e de escolarização primária-profissional. Tal dualidade

contribuiu para reduzir as relações de produção capitalista dividida em classes onde a escola

assume a formação da força de trabalho e realiza a inculcação da ideologia burguesa e o

disfarce da ideologia proletária. Elas se empenham tão somente em explicar o mecanismo de

funcionamento da escola tal como está constituída.

Baseado em Saviani (2007), quando o pensamento busca apropriar-se da realidade

concreta que, sendo síntese de muitas determinações, é considerado dentro da unidade da

diversidade como algo complexo que articula elementos opostos. Então, para aprender o

concreto, precisam ser identificados os seus elementos destacando-os, isolando-os e

separando-os um do outro pelo processo de abstração, processo esse denominado de análise.

2.4 A PARTIR DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

A Pedagogia Histórico-crítica busca superar as pedagogias da essência e da existência

dialeticamente, ou seja, incorporar em suas críticas recíprocas uma proposta radicalmente

nova. O cerne dessa novidade consiste na superação da crença da autonomia ou na

dependência absoluta da educação em face das condições sociais vigentes.

Compreende, também, a educação como sendo “o ato de produzir direta e

intencionalmente em cada indivíduo singular a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto de homens” (SAVIANI 2003, p.13).

Esta pedagogia procurou construir uma metodologia como uma prática mediadora no

seio da prática social global. O trabalho pedagógico, como um processo de mediação que

permite a passagem dos educandos de uma inserção acrítica e intencional, por meio de

problematização, que implica a tomada de consciência dos problemas enfrentados na prática

social, a instrumentalização pelo qual os educandos se apropriam dos instrumentos teóricos e

práticas necessárias para compreender e solucionar os problemas apontados, a catarse

havendo a incorporação na própria vida dos elementos constitutivos do trabalho pedagógico.

Somente será possível sair disto e formular algo consistente na relação e com a

presença dos clássicos. Não só com os clássicos da cultura de um modo geral, da Filosofia,

mas também da Pedagogia. É necessário ver como os processos pedagógicos formularam e

como as correntes da Pedagogia tradicional e da escola nova surgiram.

2.5 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA REALIZADA

Como fechamento deste estudo, a importância de restabelecer entre os professores

pedagogos a necessidade de desenvolver no interior das escolas em que atua, a articulação

desses conhecimentos pedagógicos juntamente ao corpo docente. Isto se justifica quando se

leva em conta os valores e referenciais que professores se utilizam para subsidiar seus

trabalhos em sala de aula.

Segundo Saviani (2003, p.20), "voltem aos clássicos, pois isto preenche os requisitos

da consistência teórica". Portanto, dentro dessa concepção, fica clara a necessidade de

(re)estabelecer a função social da escola que é a transmissão do conhecimento sistematizado,

onde a criança conta com a relação do adulto, buscando o resgate da importância do trabalho

pedagógico e da especificidade deste trabalho, sem deixar cair no espontaneísmo.

A finalidade dessas reflexões vai deixar cair por terra um discurso pragmático, onde

não existe uma coerência com o que está sendo falado em relação ao tipo de ensino desejado

pela escola com a prática realizada. Como visto anteriormente, concepções que são

antagônicas não podem coexistir quando se fala em ação pedagógica.

2.6 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

De acordo com o que preconiza o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE,

fomos levados a pensar sobre ‘o resgate da função do professor pedagogo no cotidiano

escolar’ e, para tal, desenvolveu-se no Colégio Estadual Padre Cirilo – EFMP, estudos com os

professores pedagogos para que refletissem sobre sua função. Isso resultou de muita leitura,

reflexão e pesquisa.

A participação dos professores do GTR foi muito importante no sentido de que

contribuíram para a valorização do professor pedagogo bem como sua atuação dentro da

escola, podendo-se citar: Nenhuma escola consegue exercer o seu papel transformador assegurando o desenvolvimento e a aprendizagem de seus alunos, se não tem um sistema de organização e práticas de gestão bem definidos, isto é, com uma boa estrutura organizacional, liderança e iniciativa dos dirigentes, adequadas distribuições de responsabilidades, diálogo, comunicação e formas transparentes de avaliação. Ressaltando neste papel transformador, a presença do Pedagogo. Já em relação à formação continuada, não contribui para resolver os problemas cotidianos da escola, necessita-se ainda de capacitações direcionadas que possibilitem o Pedagogo desempenhar seu papel (GISELE SIMONE KOVALSKI PRIMOM- FORUM 1).

Como se percebe, existe a preocupação por parte dos professores pedagogos com a

firmação de sua função bem como o cumprimento de seus princípios e características.

Já Juliana Lima Cavalcanti de Morais postou o seguinte: Com certeza professora, precisamos ter claramente quais são as práticas de gestão e isso, não depende somente do Pedagogo, ele deve caminhar primeiro com a direção escolar, o que muitas vezes há um embate e o Pedagogo seguindo a hierarquia, não consegue desenvolver su trabalho e claro, ter uma sintonia com os professores e que, muitas vezes, vê o Pedagogo como antigamente, apenas como um profissional que só está ali para ver defeitos, ou cuidar da indisciplina que o próprio professor não dá conta.

Os professores que colaboraram dando suas opiniões no GTR vieram esclarecer ainda

mais a importância do professor pedagogo na escola bem como a necessidade de sua atuação

para que realmente o desempenho escolar possa acontecer.

Maria Lucia Sapateiro, escreveu: A maneira como o pedagogo vem desenvolvendo seu trabalho, na maioria das vezes, é certo que precisa ser repensado e reorganizado de modo a atender o que realmente é da competência dele, pois atualmente, grande parte do tempo de trabalho é consumido com atividades que parecem ser mais do inspetor de alunos ou de outro profissional que até não precisava de graduação, e não do pedagogo, atividades como: verificar se os alunos estão uniformizados, entrega de livros didáticos, chamar atenção de aluno que fica pelos corredores ou que chega atrasado as aulas, ou que não trouxe livro ou outro material solicitado pelos professores, comunicar os responsáveis por tudo isso, etc. ... etc. ... Como a tutora deste GTR bem escreve na pag. 4 do Projeto de Intervenção Pedagógica: “... a ação do Pedagogo vai direcionar a organização do trabalho pedagógico...” pode-se dizer que enquanto o pedagogo tiver como principal ação “apagar os incêndios” não conseguirá intervir junto a comunidade escolar, principalmente junto aos professores que deve resultar em melhor qualidade de ensino, ou seja, em mais aprendizagem, em mais participação dos alunos nas aulas, em aulas de melhor qualidade, na melhor organização dos documentos norteadores do trabalho de sala: Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de trabalho Docente. Com relação à indisciplina sabemos que suas causas além de internas são também externas, e se não damos conta de resolver tudo, ao menos as causas internas e que são as diretamente ligadas a maneira como o trabalho escolar vem sendo desenvolvido é preciso que se faça algo diferente para mudar o quadro de indisciplina escolar e nesse tocante Aquino (1998, s/p) escreve:

Precisamos tomar o nosso ofício como um campo privilegiado de aprendizagem, de investigação de novas possibilidades de atuação profissional. Sala de aula é laboratório pedagógico, sempre! Não é o aluno que não se encaixa no que nós oferecemos; somos nós que, de certa forma, não nos adequamos às suas possibilidades. Precisamos, então, reinventar os métodos, precisamos reinventar os conteúdos em certa medida, precisamos reinventar nossa relação com eles, para que se possa, enfim, preservar o escopo ético do trabalho pedagógico.

Pode-se então, comparando a citação de Aquino com a realidade de muitas escolas,

constata que o trabalho pedagógico ainda não encontrou o equilíbrio entre o que se oferece ao

aluno e o que ele tem buscado encontrar nos espaços escolares.

Outra participante do GTR, Lúcia Fátima Egevarth Leme assim comenta: Entendemos que os fatores que contribuem para a construção da identidade profissional do Pedagogo na escola seriam: a definição da identidade e real função do pedagogo; respeito e valorização enquanto profissional em âmbito escolar e nacional. Formação continuada permanente e qualitativa a partir das necessidades desse profissional e da comunidade escolar; uma legislação que apresente de forma objetiva e clara o papel do pedagogo na escola, que garanta seus direitos enquanto profissional de educação, responsável pela integração e desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem e aprimoramento das relações interpessoais mais humanas no ambiente escolar. A formação continuada permanente a partir das necessidades da escola poderá contribuir para a profissionalização do pedagogo se esta for específica, voltada para a significação da real função deste profissional. Deve ser uma formação de qualidade que dê suporte e conhecimentos necessários para que ele possa exercer seu trabalho com segurança e enfrentar os desafios de indisciplina e dificuldades que envolvem o processo ensino-aprendizagem. Se o pedagogo tem por função desenvolver a formação continuada dos profissionais da escola entre tantas outras atribuições que envolvem sua função, não há como desempenhá-la sem uma formação que possa dar base teórica e prática para sua profissionalização, contribuindo para uma prática educacional mais qualitativa.

Sobre a formação continuada, Ines Angelina Favero assim relata: A formação continuada para os pedagogos precisa de um impulso maior, para que possamos refletir a realidade em que nossas escolas estão inseridas, bem como uma fundamentação teórica que nos dê suporte aos desafios que enfrentamos. Hoje, em muitas situações, o pedagogo precisa exercer não só seu papel, mas também o de disciplinador, de professor substituindo a falta desses e tantos outros fora de sua função para que o trabalho da escola não seja prejudicado. Dessa forma, prejudica o exercício de organizador e condutor do processo pedagógico.

Pode-se dizer assim que as estratégias de ação da Produção Didática dialogaram com

os professores pedagogos quanto ao resgate de sua função, tendo em vista estar sendo

afastado da sua real atividade para atender aos anseios imediatos, se envolvendo com as

práticas cotidianas da escola.

Um caderno pedagógico foi elaborado para contribuir com o trabalho pedagógico, o

qual mostrou textos sobre a importância do papel do professor pedagogo como mediador e

organizador do trabalho pedagógico, bem como a necessidade da mediação do professor com

o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

O caderno pedagógico foi composto por conteúdos com abordagens voltadas para a

formação do pedagogo, analisando as atribuições desse profissional no curso de Pedagogia,

sendo assim distribuído:

A Unidade 1, abrangeu a compreensão da formação do pedagogo bem como suas

atribuições no curso de Pedagogia, desde sua criação até a atualidade.

A Unidade 2, refletiu sobre a compreensão e a intencionalidade da função e a

identidade do professor pedagogo no interior da escola pública no Estado do Paraná, bem

como sua prática pedagógica, a partir da compreensão histórica da interferência de políticas

educacionais na formação do pedagogo.

A Unidade III, realizou uma reflexão sobre os princípios que orientam o papel do

professor pedagogo dentro do Estado do Paraná e o planejar da sua prática pedagógica na

coletividade escolar.

Assim, pode-se dizer que é de suma importância o papel do pedagogo na escola dentro

do contexto em que se questiona de fato que papel se vai cumprir. Acredita-se que o pedagogo

exerce o papel de condutor do processo educacional e que tem diante disso, grande

responsabilidade. Porém, as condições em que encontram as escolas, onde a estrutura não está

organizada para este suporte, os colegas professores possuem uma carga horária cumprida,

sendo que a maioria não conhece o Projeto Político Pedagógico como também, desconhece a

realidade em que atuam, tornando a condução de seus trabalhos, difícil.

Dessa forma, pensa-se que a luta extrapola o ambiente escolar. A identidade é

construída no coletivo, devido o trabalho depender dele e, a formação continuada, sem

dúvida, é um caminho, porém, a luta, deve se estender para a mudança estrutural da educação

e das escolas.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitos fatores podem contribuir para a construção da identidade profissional do

pedagogo, principalmente que o próprio profissional tenha clareza de sua função, visto que,

muitas atribuições não dizem respeito a sua função, porém, no cotidiano, acaba por

desenvolvê-las, seja por falta de conhecimento, seja por corporativismo ou, até mesmo, por

fuga da própria responsabilidade. Muito importante é que toda a comunidade escolar tenha

conhecimento do que compete a esse profissional, a fim de que a distribuição das

responsabilidades seja coerente.

Para isso, faz-se necessário que nas capacitações, sejam destinados momentos de

estudos de aprofundamento teórico para maior embasamento profissional, uma vez que estas

têm deixado a desejar.

Pode-se assim, elencar alguns fatores que venham contribuir para a construção da

identidade profissional do pedagogo, acreditando-se que deve refletir sobre a prática, sendo

esta um processo de formação constante, que venha criar sua própria história dentro da

instituição em que trabalha, transformando num espaço mais humano, com ações

competentes, participativas e democráticas.

O professor pedagogo deve valorizar sua função, mostrando que é compromissado

com a instituição e com a sociedade, assim a medida em que busca uma formação continuada,

está se mostrando um profissional com compromisso e interessado em crescer, buscando

ideias, experiências novas, mesmo sabendo que a formação continuada oferecida pela SEED,

está longe de suprir as ansiedades do pedagogo.

Assim, sonha-se, ou melhor, quer-se uma formação que seja direcionada para o

cotidiano da escola.

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