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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha para identificação
da Produção Didático-pedagógica
Turma 2013
Título: A RELAÇÃO ENTRE A ORALIDADE E A ESCRITA NO ENSINO DA
LÍNGUA PORTUGUESA EM CONTEXTO DE ESCOLA DO CAMPO.
Autora: SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA
Disciplina/Área:
LÍNGUA PROTUGUESA
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização:
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DR.
CAETANO MUNHOZ DA ROCHA - PANGARÉ
Município da escola : QUITANDINHA
Núcleo Regional de Educação: AM – SUL
Professor Orientador: DRª. NÍVEA ROHLING
Instituição de Ensino Superior: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL
DO PARANÁ - UTFPR
Relação Interdisciplinar:
NÃO
Resumo:
Este Material didático-pedagógico
apresenta atividades focalizando a relação entre a oralidade e a escrita no ensino da
Língua Portuguesa em contexto de Escola do Campo. O objetivo é discutir e compreender os aspectos sociolinguísticos da linguagem
oral e escrita, bem como as suas especificidades de linguagem
apropriada/inapropriada a cada contexto da comunicação e também valorizar a variante local dos alunos do campo. O trabalho tem
como público alvo os alunos do 9º ano do Colégio Estadual do Campo Dr. Caetano
Munhoz da Rocha, em Quitandinha PR. Para tanto, optou-se por trabalhar com o gênero entrevista pingue-pongue, pois favorece o
trabalho com as práticas discursivas do oral e da escrita para incentivar a prática da
produção e da reescrita de textos produzidos pelos sujeitos envolvidos. O material foi
elaborado no formato de Caderno Pedagógico que está dividido em seis oficinas que
recobrem o trabalho com a leitura, a produção de textos (orais e escritos) e análise
linguística do gênero entrevista pingue-pongue. Com essa proposta, espera-se que os educandos desenvolvam competências no
uso da língua tanto oral como escrita.
Palavras-chave:
ORALIDADE. ESCRITA. GÊNERO
ENTREVISTA PINGUE-PONGUE.
Formato do Material Didático: CADERNO PEDAGÓGICO
Público:
9º ANO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA
A RELAÇÃO ENTRE A ORALIDADE E A ESCRITA NO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA EM CONTEXTO DE ESCOLA DO CAMPO
Material Didático Pedagógico
apresentado ao Programa de
Desenvolvimento Educacional da
Secretaria Estadual de Educação –
SEED/PR, ano 2013 - 2014, na área
de Língua Portuguesa, orientada pela
Profa. Drª. Nívea Rohling.
CURITIBA
2013
Apresentação
Prezado Professor, prezada Professora,
O material didático-pedagógico aqui apresentado, elaborado no Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE), tem como objetivo apresentar possibilidades
de trabalho com as práticas de oralidade e de escrita para Ensino Fundamental II.
Para tanto, as atividades propostas abordam as relações entre a oralidade e a
escrita a partir do gênero entrevista pingue-pongue, com turma de 9º ano. Isso
porque os alunos do 9º ano logo ingressarão no Ensino Médio e no mundo do
trabalho, que lhes exigirão domínio de práticas discursivas (orais e escritas) mais
complexas.
O presente Caderno Pedagógico é composto de três seções, sendo a 1ª.
Seção de análise e debate do Projeto de Intervenção Pedagógica; a 2ª. Seção é
composta pelas atividades didático-pedagógico e a 3ª. Seção compreende a
avaliação das duas primeiras seções. Já os conteúdos estão divididos em seis
oficinas que podem ser adaptadas para aulas. Essas oficinas recobrem o trabalho
com a leitura, a produção (oral e escrita) e a análise linguística de textos do gênero
entrevista pingue-pongue.
A elaboração didática do gênero entrevista pingue-pongue, apresentada
neste Caderno Pedagógico, foi elaborada com base em Rodrigues (2008,
p.173,174), que propõem os seguintes passos metodológicos:
1º - Pesquisar o gênero do discurso;
2º - Selecionar os textos do gênero a ser trabalhado;
3º - Realizar leitura do texto como enunciado (se colocar como interlocutor do
texto em foco);
4º - A prática da leitura - estudo do texto e do gênero;
5º - A prática de produção textual;
6º - A prática de revisão e reescritura de textos.
Desejamos que este material seja um instrumento produtivo para o professor
de Língua Portuguesa no planejamento de suas atividades didático-pedagógicas.
Professora Soeli T. K. Ferreira
Professora Drª. Nívea Rohling
INTRODUÇÃO
O presente material didático foi elaborado a partir do Projeto de Intervenção
Pedagógica “A relação entre a oralidade e a escrita no Ensino da Língua Portuguesa
em contexto de Escola do Campo”, inserido na linha de estudo “Aquisição da
Linguagem”. Cujo objetivo é refletir sobre as relações entre a oralidade e a escrita no
ensino de Língua Portuguesa.
O Projeto surgiu a partir da observação de que os alunos do Colégio Estadual
do Campo Dr. Caetano Munhoz da Rocha, situado no Município de Quitandinha,
apresentam constrangimentos em se exporem oralmente por conta da variante
linguística que dominam. Ao verificar essa dificuldade buscou-se desenvolver uma
elaboração didática de um gênero que favorecesse o trabalho com a oralidade.
Assim, optou-se pelo gênero discursivo entrevista pingue-pongue, tendo em vista ser
um gênero que potencializa o trabalho com a oralidade e a escrita, já que o seu
processo de produção e circulação compreende eventos sociocomunicativos
mediados por essas duas modalidades de uso da linguagem.
Nesse projeto a relação entre oralidade e escrita é compreendida em forma
de continuum e não de maneira dicotômica. Em outras palavras, as relações se dão
num continuum das práticas sociais de produção textual (oral e escrita) e não como
se concebia tradicionalmente, dicotomizando as duas práticas discursivas, como
propõe Marcuschi (2010).
O projeto tem uma ancoragem teórico-metodológica nos estudos de
Marcuschi (2010) trazendo a discussão sobre oralidade e escrita; o estudo do
gênero entrevista pingue-pongue elaborado por Silva (2009); os procedimentos
teórico-metodológicos para elaboração didática de gêneros discursivos propostos
por Rodrigues (2008); a noção de retextualização de textos discutidos por Marcuschi
(2010); a história da Língua Portuguesa apresentada por Soares (2002), Bussarello
(2004) e Santomauro (2009); bem como a noção da língua (oral e escrita)
apresentada como conteúdo de ensino e aprendizagem nas aulas de Língua
Portuguesa pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997,1998) e Diretrizes
Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008).
OFICINA 01
OBJETIVO – Perceber que existem diferentes gêneros discursivos intitulados de
entrevistas.
CONHECENDO O GÊNERO ENTREVISTA PINGUE-PONGUE
ENTREVISTA OU ENTREVISTAS?
Orientação para o professor
O conceito de gênero do discurso proposto por Bakhtin (2003[1979]) refere-se
a interações sociais coletivas ou individuais que acontecem entre os sujeitos
envolvidos. Ele também afirma que os gêneros do discurso (orais e escritos) se
atualizam e mudam a cada enunciado (texto), por isso são “relativamente estáveis”.
Bussarello (2004, p.39) afirma que “É no gênero do discurso que a palavra ganha
certa expressão típica. A expressividade surge somente no processo de seu
emprego em um enunciado concreto”.
A partir dessa concepção de gênero, podemos dizer que o termo “entrevista”
é polissêmico porque segundo Silva (2009, p.59), “remete a diferentes gêneros do
discurso de esferas sociais diferentes”. Conforme a autora (p.59), - “entrevista” -,
“pode designar diversas interações sociais e suas respectivas finalidades interati vas,
caracterizando gêneros diferentes, todavia reunidos sob a mesma terminologia”.
Desse modo, há diferentes gêneros nomeados de entrevista, como, por exemplo: a
entrevista face a face, a entrevista de rua (enquete), entrevista de emprego,
entrevista televisiva, entrevista com o médico, entrevista pingue-pongue, entre
outras.
No decorrer deste Caderno Pedagógico, detalharemos a entrevista pingue-
pongue, que será o gênero focalizado neste projeto para o trabalho com as práticas
de leitura, a produção de textos (orais e escritos) e de análise linguística.
No entanto, podemos adiantar que a entrevista pingue-pongue é uma
retextualização da entrevista face a face que ocorre entre entrevistado e
entrevistador.
A seguir apresentamos alguns textos com “trechos” de entrevistas face a face
para mostrar que, a entrevista face a face pode ser publicada em forma de discurso
citado, em outros gêneros, como a reportagem e a notícia.
TEXTO 01
DISCURSO CITADO (entrevista)
Entrevista com Sandy
Marília Gabriela
Sandy fala sobre casamento, filhos e carreira para Marília Gabriela
[…]
Quando perguntada sobre filhos, Sandy alertou a possibilidade de ter o seu primeiro em breve: "Não
digo mais que seja daqui 2 ou 3 anos, talvez seja antes". No casamento com Lucas Lima, ela contou
que está tudo indo bem. "Lá em casa está cada vez melhor. Conforme o tempo passa vamos
aprendendo mais e sendo mais felizes", disse ela.
[...]
Ego, no Rio, 05 de setembro de 2013.
Acesse o texto na íntegra no endereço:
<http://ego.globo.com/famosos/noticia/2013/09/sandy-fala-sobre-casamento-fi lhos-e-
carreira-para-marilia-gabriela.html >. Acesso em 05 de setembro de 2013.
TEXTO 02
Reportagem - Discurso citado
Adeus tabaco, alô alimentos orgânicos
Camila Fróis e Carú Dionísio
[…]
Trabalho exaustivo
Entre os agricultores, a reclamação mais comum é sobre a pesada carga de trabalho
exigida para o cultivo do fumo, especialmente na época da secagem das folhas, em
que é preciso regular as estufas de duas em duas horas durante dia e noite. É o que
conta o senhor Alcides Will, agricultor que chegou a ter 60 mil pés de fumo em sua
propriedade, no município de Nova Trento – SC. "No fumo, é o serão que mata o
freguês. Quando chega a colheita é 24 horas. Se não tá colhendo, tá amarrando ou
cuidando da estufa." Segundo seu irmão, Antonio Will, tanta dedicação nem sempre
é recompensada. "No último ano mesmo que nós cultivamos, quando fomos fazer as
contas, tínhamos tirado 100 reais por mês por pessoa que trabalhou na safra. Nem a
prestação do trator no banco nós conseguimos pagar". [...]
O Eco, agosto de 2013.
Acesse o texto na íntegra no endereço:
<http://www.oeco.org.br/reportagens/27504-adeus-tabaco-alo-alimentos-organicos>.
Acesso em 05 de setembro de 2013.
ATIVIDADES
1) Nas duas entrevistas, além da voz do jornalista que elabora o texto, temos outras
vozes que aparecem no texto. De quem são?
___________________________________________________________________
2) Para marcar os trechos referentes ao discurso de Sandy, Alcides e Antonio que
sinal de pontuação se utilizou?
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3) Identifique no trecho da reportagem “Adeus tabaco, alô alimentos orgânicos”,
a voz de Antonio que aparece na forma de discurso citado.
___________________________________________________________________
4) Na reportagem lida, “Adeus tabaco, alô alimentos orgânicos”, o jornalista usa
1ª ou 3ª pessoa em seu discurso? Justifique sua resposta com elementos do texto.
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GÊNERO ENTREVISTA TELEVISIVA
TEXTO 03
TIRIRICA NO JÔ SOARES ONZE E MEIA
O programa de Jô Soares apresenta entrevistas com um público bem
diversificado.
Assista à entrevista e responda às questões.
(Parte 3 de 3)
OBERRONET, 2011.
Acesse a entrevista na íntegra no endereço:
<https://www.youtube.com/watch?v=ngjpy5PWxu0>. Acesso em 06 de setembro de
2013.
ATIVIDADES
1) O que você sabe sobre Tiririca? E o apresentador Jô Soares? Debata com o
colega e relatem à classe a que conclusão chegaram.
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2) Qual a variedade linguística foi empregada por Tiririca nessa entrevista.
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3) Tiririca é de Itapipoca, no Ceará. Ele usa algumas expressões da Região
Nordestina, como: fole, jumento, abestado, rapadura. Você sabe qual o significado
dessas expressões aqui em nossa região? Conhece expressões de outras regiões?
Cite-as.
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4) Quais as marcas da oralidade que aparecem nessa entrevista?
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5) Atualmente que profissão exerce Francisco Everaldo Oliveira Silva, o Tiririca? E o
que se faz nessa profissão?
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6) Como ele se tornou conhecido no Brasil?
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7) Escolha uma entrevista televisiva e faça a análise quanto à linguagem utilizada,
ao tema, quem são as pessoas que fazem parte dessa interação. Explique o porquê
escolheram-na. Elaborem as respostas em forma de texto para apresentação à
classe.
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Professor, nessa atividade é importante que os alunos percebam que essa
entrevista televisiva é humorística e descontraída, sendo realizada no início da
carreira do artista como cantor. Além disso, o entrevistado, antes de iniciar a sua
carreira na política, era um ator circense.
OFICINA 02
OBJETIVO – Conhecer os diferentes tipos de entrevistas.
COMPARANDO O GÊNERO
Entrevista é o gênero do oral que se apresenta sob a forma de pergunta e
resposta. Faria (1994, p. 111) afirma que “Segundo os especialistas, pode se ter”
entrevista:
Entrevista noticiosa – a que procura extrair do entrevistado informações
sobre fatos que resultarão em notícias.
Entrevista de opinião – a que levanta a opinião do entrevistado sobre o
assunto pesquisado.
Entrevista “de ilustração”- aquela que levanta aspectos biográficos do
entrevistado: que registra suas ideias, gostos, trajes, seu modo de falar, o
ambiente em que vive.
Entrevista coletiva: é aquela em que o entrevistado responde a perguntas de
diversos repórteres de diferentes veículos de comunicação.
TEXTOS 04 e 05
Assista a entrevista com Ziraldo “Vida Melhor” de Claudia Tenório e a
“Entrevista de rua” de Carlos Reis, no Youtube.
Acesse o texto na íntegra no endereço:
<https://www.youtube.com/watch?v=wbuMLgOKGO0>. Acesso em 24 agosto de
2013.
<https://www.youtube.com/watch?v=9_AZtniWXqI>. Acesso em 24 agosto de 2013.
ATIVIDADES
Com base nas entrevistas apresentadas, observe as diferenças entre elas e faça a
comparação quanto à linguagem utilizada nos textos.
1) O que diferencia as entrevistas orais das escritas?
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2) Qual delas é uma entrevista de ilustração?
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3) O que tem de humorístico na entrevista de rua (enquete)?
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4) Quais as diferenças entre as entrevistas de rua (enquete) e a televisiva?
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5) O entrevistador assume um papel fundamental na entrevista. Como acontece a
interação entre entrevistado e entrevistador nessas entrevistas?
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6) Em duplas. Elaborem um quadro comparativo entre as entrevistas escritas e orais
quanto ao tema, à linguagem, perguntas/respostas.
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ESPECIFICIDADES DO GÊNERO ENTREVISTA PINGUE-PONGUE
No gênero entrevista pingue-pongue há uma interação discursiva entre os
participantes. De acordo com Silva (2009, p.67) “[…] os participantes da interação do
gênero ocupam lugares (lados/papéis) diferenciados: o de quem pergunta
(jornalista); o de quem responde (entrevistado); o de quem edita a entrevista (editor)
e o de quem lê a entrevista (leitor)”.
De modo geral, no que se refere às regularidades desse gênero, podemos
dizer que o seu objetivo discursivo é evidenciar o posicionamento do entrevistado
acerca de determinado tema ou evento de relevância social. Esse entrevistado
geralmente é um indivíduo que tenha reconhecimento social ou que tenha um
domínio de determinado tema, que é reconhecido por determinado grupo social. Do
ponto de vista da organização textual o gênero discursivo entrevista pingue -pongue
organiza-se em forma de pergunta e resposta. Por isso na esfera do jornalismo, foi
nomeado como ”pingue-pongue”.
A escolha desse gênero para compor as atividades aqui propostas, deu-se
em virtude de ser um gênero potencializador para o ensino e aprendizagem das
práticas de linguagem em sala de aula, já que a sua produção e circulação envolve a
oralidade (na entrevista face a face); a leitura de outros textos (é preciso ler sobre o
entrevistado ou sobre o tema da entrevista para preparação da entrevista face a
face), e a produção textual escrita a partir da retextualização da entrevista face a
face.
A seguir, apresentamos um excerto de uma entrevista pingue-pongue
publicada na Revista Veja.
TEXTO 06
GÊNERO ENTREVISTA PINGUE-PONGUE
Entrevista ROMÁRIO
RENATA BETTI
“Eles não querem saber de nada”
[…]
Como é a sua vida como deputado em Brasília? Evito frequentar os mesmos lugares que os
políticos. Na verdade, fujo deles. Não é por nada, não, mas, com exceção de um ou outro, prefiro
esbarrar com essa turma só mesmo nos corredores do Congresso.
Não são boas companhias? Fiz amizade com um pessoal, mas, vou lhe dizer uma coisa, ali só
uma minoria de gente vale a pena conhecer. De mais de 500 deputados, uns 400 não querem saber
de nada. Nada mesmo. Dão as caras, colocam a digital para marcar presença e se mandam. Vejo isso
o tempo todo. Virou cena tão comum que ninguém demonstra um pingo de constrangimento em
fazer o teatro. […]
Qual é o estilo Romário na tribuna? Até hoje, consegui falar duas vezes porque fui sorteado.
[...]
Revista Veja, 21 de março de 2012, edição 2261. Entrevista de Renata Betti.
Acesse o texto na íntegra no endereço:
<http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx>. Acesso em 04 de dezembro de
2013.
ATIVIDADES
1) Debata com o grupo sobre o que é o gênero entrevista pingue -pongue e
apresentem à classe a conclusão.
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2) O que diferencia a entrevista pingue-pongue da entrevista face a face?
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3) Em que suporte geralmente é publicado o gênero entrevista pingue-pongue?
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4) Nessa entrevista a jornalista fala de três assuntos referentes à vida do
entrevistado. Quais são? Como Romário se posiciona frente aos assuntos
abordados pela jornalista?
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Professor, é importante trabalhar com vários tipos de revistas e jornais que
contemplem a entrevista pingue-pongue, pois o aluno precisa entender que o gênero
entrevista pingue-pongue é a publicada em texto escrito, isto é, a retextualização da
entrevista face a face.
FLUXOGRAMA DO GÊNERO ENTREVISTA
O “conteúdo” da
entrevista face a face pode
ser inserido em outros
gêneros discursivos, como
discurso citado no interior
de uma notícia ou de uma
reportagem.
O gênero entrevista face a
face (modalidade oral) é a
interação única entre o
jornalista e o entrevistador,
que ficam frente a frente num
evento de interação.
O gênero entrevista
pingue-pongue é a
retextualização do gênero
entrevista face a face. Nesse
gênero a interação acontece
entre o leitor e autor da
entrevista pingue-pongue.
Reflexão sobre o gênero entrevista pingue-pongue.
1) Por que o gênero entrevista pingue-pongue recebe esse nome?
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2) Onde é publicado o gênero entrevista pingue-pongue?
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3) Qual é o público leitor desse gênero?
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TEXTO 07
Terça-feira, 18 de maio de 2010.
BATE-PAPO com o cantor Daniel
Por: Ricardo Bello
Ele é admirado em todo Brasil, já gravou CD, fez participações em cinema, atuou em novela, sua
fama fica cada vez maior, mas não perde uma característica marcante: sua simplicidade.
Conversamos com exclusividade com o cantor Daniel. Ele nos fala de solidariedade, fãs, trabalho e
muito mais. [...]
Revista de Cultura, maio de 2010.
Acesse o texto na íntegra no endereço:
<http://revistadecultura.blogspot.com.br/2010/05/exclusivo.html>. Acesso em 04
setembro de 2013.
ATIVIDADES
1) Em toda a entrevista pingue-pongue há um tema sendo abordado pelo
entrevistador. Qual é o tema dessa entrevista?
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2) Em toda entrevista pingue-pongue geralmente há uma espécie de introdução.
Quem o faz? Com que intenção?
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3) Segundo a entrevista, Daniel faz trabalhos sociais aliados, como: Daniel Futebol
Clube, Ser padrinho do Teleton que atende crianças portadoras de necessidades
especiais. Como essa informação sobre o cantor pode atuar na visão que o público
constrói de seu ídolo?
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4) O entrevistador demonstra ter um bom conhecimento em relação ao entrevistado.
Comprove com elementos do texto.
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5) Quais as marcas textuais que diferenciam a fala do entrevistado e entrevistador?
Quais são as expressões utilizadas?
___________________________________________________________________
6) As perguntas foram preparadas com antecedência pelo entrevistador? Justifique.
___________________________________________________________________
OFICINA 03
OBJETIVO – Reconhecer as regularidades do gênero entrevista pingue-pongue a
partir da leitura de textos desse gênero.
DEBATENDO SOBRE O GÊNERO
Nesta oficina procura-se priorizar o debate (oral) sobre entrevista pingue-
pongue, obsevando as regularidades discursivas, textuais e linguísticas do gênero.
TEXTO 08
Leia a entrevista pingue-pongue da jornalista Rachel Costa com Fawzia
Koofia que luta pelos direitos das mulheres no Afeganistão, onde a mulher ainda é
discriminada por vários fatores.
[...]
Istoé - Por que a sra. decidiu se candidatar à Presidência?
Fawzia Koofi - As forças que controlaram o Afeganistão nas últimas décadas estavam detstruindo o
País e matando pessoas inocentes. Decidi concorrer porque a população afegã precisa de novos
rostos figurando no cenário político do país para dar continuidade às alterações que vêm
acontecendo nos últimos anos. Os antigos representantes não vão querer fazer as mudanças
necessárias nem chamar a população para participar. Para eles, o mel hor é que continuemos em
silêncio.
Istoé - É possível uma mulher ser presidente em um país como o Afeganistão?
Fawzia Koofi - Estou em um país extremamente tradicional, onde os direitos femininos são
sistematicamente violados e as mulheres foram mantidas longe da política por muito tempo e
submetidas a formas de violência diversas. Estamos, porém, em um momento de abertura e de
mudanças. Estou preparada para entender essas novas demandas e transformá-las em mudanças
efetivas na vida das pessoas. [...]
Revista ISTOÉ, 4 de julho de 2012, edição 2225. Entrevista de Rachel Costa.
Acesse o texto na íntegra no endereço:
<http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/217859_O+TALIBA+TENTOU+
ME+MATAR+VARIAS+VEZES+>. Acesso em 04 de dezembro de 2013.
ATIVIDADES
1) Observe que após o título da entrevista pingue-pongue há um subtítulo. Ele é
importante para a compreensão do texto? Por quê?
___________________________________________________________________
2) De que forma a revista diferencia a fala da jornalista da fala de Fawzia?
___________________________________________________________________
3) A entrevista aborda a política no Afeganistão. Qual é a posição de Fawzia a
respeito do assunto?
___________________________________________________________________
4) Em que área atua a entrevistada?
___________________________________________________________________
5) Pesquise e discutam em grupo, os seguintes temas: o Talibã; lar poligâmico;
direito das mulheres no Afeganistão.
___________________________________________________________________
6) Essa entrevista utiliza a variante culta da Língua Portuguesa. Como percebemos
isso?
___________________________________________________________________
7) No jornalismo, utiliza-se a expressão “olho” para fazer referência às frases
importantes ditas pelo entrevistado no momento da entrevista face a face e que, ao
fazer a retextualização para a pingue-pongue, o jornalista coloca o texto em
destaque. Compare o olho das entrevistas estudadas e aponte as mudanças feitas
pelo jornalista quanto à fala do entrevistado.
___________________________________________________________________
8) Após a leitura de textos do gênero entrevista pingue-pongue, você identificou as
regularidades desse gênero no tocante à: finalidade do gênero, perfil dos
interlocutores, aspectos textuais e linguagem. Quais são essas regularidades?
___________________________________________________________________
9) Quem é o autor da entrevista pingue-pongue?
___________________________________________________________________
10) Nessa entrevista pingue-pongue temos um fato noticioso. Qual é?
___________________________________________________________________
11) Faça uma enquete com um colega de sala - sobre o papel da mulher na
sociedade.
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Professor, nessa atividade o aluno iniciará a sua primeira entrevista face a face e
retextualizará esse texto para compor a entrevista pingue-pongue.
OFICINA 04
OBJETIVO – Reconhecer as regularidades do gênero entrevista pingue-pongue.
PESQUISA SOBRE O GÊNERO - laboratório de informática.
Nesta oficina os alunos precisam ir ao Laboratório de Informática para
pesquisarem entrevistas pingue-pongue - publicadas em revista on-line. Os alunos
devem analisar uma ou duas entrevistas, observando os tópicos da tabela. Essa
pesquisa será apresentada na sala em um momento posterior.
Sites sugeridos para a pesquisa do gênero entrevista pingue-pongue.
<https://sites.google.com/site/noarjovemimprensa/home/como-fazer-entrevista>.
Acesso em 24 de setembro de 2013.
<http://www.letramagna.com/intercalacao_generos.pdf>. Acesso em 24 de setembro
de 2013.
GÊNERO ENTREVISTA PINGUE-PONGUE
ETAPA 01
A dimensão
extraverbal
dos enunciados do
gênero entrevista
pingue-pongue
Características da esfera
1. Onde, normalmente, são publicadas entrevistas pingue-
pongue?
2. Há diferença entre a entrevista pingue-pongue publicada em jornal/revista e a oral?
3. Quais são as semelhanças?
4. Por que você acredita que isso acontece?
5. Você normalmente lê entrevistas pingue-pongue? Por quê?
6. Quem você acredita que leia entrevistas pingue-pongue?
7. Do que normalmente tratam as entrevistas pingue-pongue?
8. As entrevistas pingue-pongue dialogam com outros textos dentro do jornal e da revista?
9. Como esse diálogo pode ser observado?
Características do suporte
1. Observando os jornais e revistas que você consultou, há
diferenças entre as entrevistas pingue-pongue de um e outros jornais e revistas?
2. Qual o preço do jornal e da revista?
3. Em que cidade eles circulam?
4. Qual o público leitor desse jornal e revista? Por quê?
5. Com que frequência eles circulam?
6. Em que parte do jornal e revista se encontra a entrevista
pingue-pongue?
7. Você acredita que o público leitor de uma entrevista pingue-pongue pode ser diferente do público leitor de outra entrevista
pingue-pongue?
ETAPA 02
Para cada uma das entrevistas pingue-pongue analise:
1. Quem escreve a entrevista pingue-pongue?
2. Quem é o entrevistado?
3. Para quem se escreve?
4. Para que veículo escreve?
5. Qual o dia da semana que é publicada a entrevista pingue-pongue?
6. Qual o objetivo do jornal e da revista em publicar esse texto?
7. Qual o objetivo do texto?
ETAPA 03
A dimensão
Verbal
1. Qual é o assunto dessa entrevista pingue-pongue?
2. Qual a sua finalidade discursiva?
3. Como o texto se compõe?
4. Há relação entre o título e o desenvolvimento do texto?
5. Qual a importância da fotografia na entrevista?
OFICINA 05
OBJETIVO – Observar as diferentes variantes linguísticas em textos do gênero
entrevista pingue-pongue.
Analisando as marcas da oralidade
A entrevista pingue-pongue é uma retextualização de uma interação ocorrida
face a face. Sendo pois, um gênero oral na entrevista face a face temos marcas de
oralidade que se caracteriza por uso de pausas, correções e improvisos. Ao
retextualizar para um texto escrito, o que foi dito oralmente, observamos que em
algumas entrevistas pingue-pongue, o jornalista mantém a variante linguística do
entrevistado, já em outras vemos um maior apagamento da variante linguística do
entrevistado de modo a padronizar os textos. Tais escolhas discursivo-textuais
dependem da editoria do jornal ou da revista.
Na sequência apresentamos uma entrevista pingue-pongue em que as
marcas de oralidade são mantidas e, desse modo, evidencia-se a variante linguística
do entrevistado.
TEXTO 09
JORNAL O POVO
PATATIVA DO ASSARÉ
Autor: FELIPE ARAÚJO
[...]
Sábado - Como é que estão os preparativos para a festa?
Patativa - Tão aí. Eu fico fora, eu não sei de nada. Sou muito simples, o povo faz de mim o que bem
quer, viu? Tão falando aí que vão fazer uma festa danada, não sei o quê... Eles criaram esse plano de
fazer uma festa no meu aniversário com música, cantoria, não sei o quê, tanta coisa assim, viu?
Agora para mim isso é um pouco fora da linha porque eu não estou ouvindo, não estou enxergando.
Mas se eles querem, né?
[...]
JORNAL O POVO, 08/08/2000.
Acesse o texto na íntegra no endereço:
<http://www.opovo.com.br/app/acervo/entrevistas/2012/08/15/noticiasentrevistas,289
8622/patativa-do-assare.shtml>. Acesso em 05 setembro 2013.
ATIVIDADES
1) O entrevistado é alguém que tem algo a dizer, ou seja, é autoridade em
determinado assunto. Quem é o entrevistado dessa entrevista pingue -pongue?
__________________________________________________________________
2) De que região do Brasil é o entrevistado?
___________________________________________________________________
3) Quais as expressões utilizadas nessa entrevista que apontam para as marcas da
oralidade?
___________________________________________________________________
4) Indique o tipo de discurso empregado no texto (direto ou indireto). Justifique sua
resposta.
___________________________________________________________________
5) Há diferença de sentido no discurso direto e indireto?
___________________________________________________________________
6) Escolha uma das falas do entrevistado e reescreva-a, empregando o discurso
indireto.
___________________________________________________________________
7) Quais as alterações, observadas por você, na reescrita da oração, quanto a
pessoa do discurso, tempo verbal, pronomes. Explique.
___________________________________________________________________
8) Algumas palavras atuam no texto como forma de estabelecer referências a
determinado objeto do discurso como o pronome “sua” e “ele” que se referem a
Patativa do Assaré. Que outras palavras são utilizadas no texto que também fazem
referências ao que já foi dito anteriormente?
___________________________________________________________________
9) Na linguagem oral é comum o uso de algumas expressões como o “né” para
completarmos o que estamos falando. O que poderia ser usado em seu lugar?
___________________________________________________________________
10) Cada região do Brasil tem suas particularidades quanto ao uso de expressões
da língua oral. Nessa entrevista temos o “viu” e o “né”. Em nossa localidade, que
expressões são mais comuns?
___________________________________________________________________
OFICINA 06
OBJETIVO – Produzir uma entrevista pingue-pongue.
Produzindo o gênero entrevista pingue-pongue
Após a leitura e estudo do gênero entrevista pingue-pongue, partiremos para
o momento da produção desse gênero. Como foi estudada, a entrevista pingue-
pongue “nasce” de uma entrevista face a face. Por isso, nesta oficina partiremos da
elaboração da entrevista face a face até chegarmos à retextualização da entrevista
pingue-pongue. Por fim tendo produzidos os textos, apresentaremos sugestões de
veiculação dos textos produzidos pelos alunos. Para tanto seguiremos os seguintes
passos metodológicos.
PARTE 1 – Elaboração e produção da entrevista face a face
1. Escolha do entrevistado e tema – Sugestões de temas: profissões, mulher
do campo, agricultura, o uso de agrotóxico, entre outros;
2. Contato com o entrevistado e termo de aceite;
3. Elaboração das questões a serem abordadas na entrevista face a face;
4. Realização da entrevista face a face (gravada ou escrita).
PARTE 2 – Elaboração da entrevista pingue-pongue
1. Retextualização da entrevista face a face para a entrevista pingue-pongue;
2. Revisão textual;
3. Edição do texto (professora);
4. Revisão gráfica do texto – (formato, título, subtítulo, introdução, perguntas e
respostas, olho e foto).
PARTE 3 – Circulação dos textos
Publicação dos textos no jornal da comunidade. Mural da Escola e
disponibilidade na biblioteca.
A avaliação será realizada durante as oficinas de forma diagnóstica para
verificar o que o aluno aprendeu e quais as dificuldades que apresentou na
elaboração das atividades orais e escritas, analisando a interação com o grupo e
com os textos.
Professor, a seguir apresentamos as orientações para ajudar na elaboração textual
do aluno, com alguns passos fundamentais para produção de uma entrevista
pingue-pongue. Esse roteiro serve também para o aluno avaliar a sua produção.
Como essa Oficina é de produção de texto, é importante que o aluno leia e
reescreva a sua entrevista pingue-pongue e escolha a variante linguística a ser
utilizada.
Roteiro para a produção textual da entrevista pingue-pongue.
O título de sua entrevista pingue-pongue está adequado?
A composição textual está de acordo com o gênero (perguntas e
respostas)?
As perguntas selecionadas para serem retextualizadas são as mais
importantes?
Tem olho?
Há um texto introdutório que apresenta o entrevistado? E essas
informações são claras ao leitor?
Há relação entre o título e o desenvolvimento da entrevista pingue -
pongue?
É um assunto de conhecimento geral do povo?
É para um público específico?
O que você espera de sua entrevista pingue-pongue?
REFERÊNCIAS
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Disponível em:
<http://www.opovo.com.br/app/acervo/entrevistas/2012/08/15/noticiasentrevistas,289
8622/patativa-do-assare.shtml>. Acesso em 05 setembro 2013.
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2225, julho 2012. Disponível em:
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