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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE

II

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A LEITURA LITERÁRIA NA SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM: UM

AMBIENTE DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO, BEM COMO ESPAÇO

DE SOCIALIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO.

Patrícia Romana Dallastra

Níncia Cecília Borges Teixeira

PDE- 2014

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Sumário 1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO .................................................................................... 5

2 APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 7

3 FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO .................................................................. 12

4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS..................................................................... 13

UNIDADE DIDÁTICA I .............................................................................................. 14

MOTIVAÇÃO: Dinâmica de “Jogo dos Autógrafos” ............................................... 14

Prática Oral ............................................................................................................ 16

INTRODUÇÃO: A HORA DO CONTO .................................................................. 17

Prática Oral ............................................................................................................ 19

Você sabia? ........................................................................................................... 20

Curiosidade ............................................................................................................ 20

LEITURA ................................................................................................................ 20

Importante .............................................................................................................. 21

Prática Oral ............................................................................................................ 21

Relembrar – “Contação de História” ...................................................................... 22

Conceito de conto .................................................................................................. 23

Vamos brincar um pouco com o conto? ................................................................. 24

Prática Escrita ........................................................................................................ 25

Registrando ............................................................................................................ 31

Loteria Genial (Atividades ortográficas (ge/gi/ji/je) ................................................ 31

Caça-Palavras colorido .......................................................................................... 33

CONTEXTUALIZANDO: “O que é amizade” ......................................................... 34

Reportagem: “Depois de 25 dias de espera, Seco e seu dono já podem passar

juntos” ................................................................................................................... 34

Prática Oral ............................................................................................................ 35

Prática Escrita ........................................................................................................ 36

INTERPRETAÇÃO ................................................................................................. 40

SOCIALIZAÇÃO ..................................................................................................... 40

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UNIDADE DIDÁTICA II .......................................................................................... 42

MOTIVAÇÃO: Música “Companheiro de Maria Eugênia” ...................................... 42

Prática Oral ............................................................................................................ 44

Você sabia? ........................................................................................................... 45

Curiosidade ............................................................................................................ 45

INTRODUÇÃO: A HORA DO CONTO ................................................................... 45

Prática Oral ............................................................................................................ 46

Espaço do autor – Oscar Wilde .............................................................................. 47

LEITURA ................................................................................................................ 47

Importante .............................................................................................................. 48

Prática Oral ............................................................................................................ 48

Importante .............................................................................................................. 49

Relembrar: “Releitura da Obra” ............................................................................. 49

Vamos brincar um pouco com o conto? ................................................................. 50

Você sabia? ........................................................................................................... 50

Curiosidade ............................................................................................................ 51

Dialogando com música – O Rouxinol e a Rosa (Os Paralamas do Sucesso) ...... 53

Prática Oral ............................................................................................................ 53

Prática Escrita ........................................................................................................ 53

CONTEXTUALIZANDO: “Reportagem: Será que o consumismo é normal na

adolescência?” ....................................................................................................... 60

Prática Oral ............................................................................................................ 63

Prática Escrita ........................................................................................................ 63

A Bula do amor ...................................................................................................... 64

Prática Oral ............................................................................................................ 65

Prática Escrita ........................................................................................................ 65

Registrando ............................................................................................................ 67

Caça-palavras ........................................................................................................ 67

Loteria Ortográfica (l/u) ......................................................................................... 68

INTERPRETAÇÃO ................................................................................................. 69

SOCIALIZAÇÃO ..................................................................................................... 69

UNIDADE DIDÁTICA III ............................................................................................ 70

MOTIVAÇÃO: Passeio à Biblioteca ........................................................................ 71

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4

Prática Oral ............................................................................................................ 71

Você sabia ............................................................................................................. 72

Curiosidade ............................................................................................................ 73

INTRODUÇÃO: LEITURA DO MOMENTO ............................................................ 76

Prática Oral ............................................................................................................ 78

Autora infanto-juvenil – Ana Maria Machado .......................................................... 78

Importante .............................................................................................................. 80

LEITURA ................................................................................................................ 82

Prática Oral ............................................................................................................ 82

Relembrar “O desenrolar da história por capítulos” ............................................... 83

Roda de conversa .................................................................................................. 83

Vamos brincar um pouco com a história? .............................................................. 84

Prática Oral ............................................................................................................ 84

Prática Escrita ........................................................................................................ 85

CONTEXTUALIZANDO: Reportagem: “Ato de racismo – Torcedor atira banana em

jogador” ................................................................................................................. 88

Prática Oral ............................................................................................................ 90

Você sabia? ........................................................................................................... 91

Bullying .................................................................................................................. 91

Curiosidade ............................................................................................................ 92

Importante .............................................................................................................. 93

Prática Escrita ........................................................................................................ 94

Dialogando com música: “É preciso de Jota Quest” .............................................. 94

Registrando ............................................................................................................ 95

Atividades ortográficas (r/rr) .................................................................................. 95

INTERPRETAÇÃO ................................................................................................. 96

SOCIALIZAÇÃO ..................................................................................................... 97

AVALIAÇÃO REFERENTE ÀS UNIDADES DIDÁTICAS ....................................... 98

Atividade extra, além das 32 h/a – OFICINA DE FANTOCHES ............................. 99

SOCIALIZAÇÃO: Tenda Literária ....................................................................... ....99

5 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. ...100

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO- SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS

EDUCACIONAIS – DPPE Avenida: Água Verde, 2140- CEP 80240-900

CURITIBA – PARANÁ

1 FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

A LEITURA LITERÁRIA NA SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM: UM

AMBIENTE DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO, BEM COMO

ESPAÇO DE SOCIALIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO.

TEMA: Letramento literário como estratégia de ensino para

trabalhar a leitura com alunos de Ensino

Fundamental – Anos Finais.

PROFESSORA PDE /

TURMA 2014:

Patrícia Romana Dallastra

DISCIPLINA / ÁREA: Língua Portuguesa

LINHA DE ESTUDO: Ensino e Aprendizagem de Leitura.

NÚCLEO REGIONAL

DE EDUCAÇÃO:

Laranjeiras do Sul.

ESCOLA DE

IMPLEMENTAÇÃO:

Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino

Fundamental, Médio e Normal.

MUNICÍPIO: Cantagalo – PR.

PÚBLICO OBJETO DE

INTERVENÇÃO:

Alunos que frequentam a Sala de Apoio à

Aprendizagem de Língua Portuguesa – Ensino

Fundamental, Anos finais.

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PROFESSORA

ORIENTADORA:

Dra. Níncia Cecília Borges Teixeira.

INSTITUIÇÃO DE

ENSINO SUPERIOR:

UNICENTRO- PR

FORMATO DO

MATERIAL DIDÁTICO:

Unidade didática

RELAÇÃO

INTERDISCIPLINAR:

Arte

RESUMO:

O presente material didático tem como foco abordar

a leitura literária no processo de ensino dos alunos

das Salas de Apoio à Aprendizagem do Colégio

Estadual Olavo Bilac, Ensino Fundamental, Médio e

Normal de Cantagalo- PR, pois, dentro da vasta

grandeza de gêneros textuais existentes, o texto

literário merece destaque especial graças a enorme

contribuição que pode trazer para a formação do

homem pode favorecer a reflexão crítica o exercício

de formas de pensamento mais elaboradas, bem

como a fruição estética dos usos artísticos da

linguagem, sendo os mais vitais para a plena

participação numa sociedade letrada. Nesse

sentido, a discussão e a promoção do letramento

literário são oportunidades e ao mesmo tempo,

desafios no efetivo ensino e aprendizagem da

literatura na perspectiva da humanização. No campo

das produções teóricas brasileiras sobre o tema,

serão destacadas as contribuições do professor e

pesquisador Rildo Cosson (2014) que além do

aparato teórico, apresenta também quatro

estratégias metodológicas (Motivação, Introdução,

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Leitura, Interpretação) que serão apresentadas nas

Unidades Didáticas I, II, III enquanto construção

literária de sentidos indagando ao texto quem e

quando diz, o que diz, como diz, para que diz e para

quem diz. Respostas que só poderão ser

respondidas quando se examinam os detalhes do

texto, configura-se um contexto e se insere a obra

em um diálogo com outros textos. Os textos com

ênfase especial são dois contos de Oscar Wilde e

uma obra literária de Ana Maria Machado. A

elaboração de cada Unidade visa auxiliar o

professor(a) que deseja fazer da literatura uma

prática significativa para si e para seus alunos.

Espera-se que o conteúdo apresentado esteja em

consonância com a realidade do professor e das

salas de aula da rede pública do Paraná.

PALAVRAS- CHAVE: Letramento literário. Estratégias de ensino.

Socialização. Humanização.

2 APRESENTAÇÃO

Caro (a) professor (a),

A Unidade Didática apresentada à Secretaria de Estado da Educação

(SEED) é um dos resultados de estudo realizado no Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE), na disciplina de Língua Portuguesa, por

meio da Instituição de Ensino Superior (IES) – Universidade Estadual do Centro-

Oeste (UNICENTRO), sob a orientação da Professora Doutora Níncia Cecília

Borges Teixeira. Os textos com ênfase especial são dois contos de Oscar Wilde (

O Gigante Egoísta e O Rouxinol e a Rosa) e obra literária Raul da Ferrugem

Azul de Ana Maria Machado. O objeto de estudo serão os (as) alunos (as) da

Sala de Apoio à Aprendizagem, Ensino Fundamental – Anos Finais do Colégio

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Estadual Olavo Bilac, localizado na Rua Bom Jesus, 273, Centro- CEP- 85.160-

000 telefone (42) 36361430, Núcleo Regional de Laranjeiras do Sul, município

Cantagalo-PR.

Em uma sociedade, cada vez mais capitalista, em que as relações se

formam na individualidade, na indiferença, e que a preocupação se volta para seu

próprio bem estar e esquecem valores tão importantes para nossa formação

social, como: a amizade, o respeito, o carinho, o amor, a justiça, a solidariedade,

faz-se necessário que a escola oportunize a leitura de textos literários voltados a

esses temas que muitas vezes são esquecidos, tanto no ambiente escolar como

na sociedade a qual estamos inseridos.

Diante disso, é de suma importância a leitura literária, pois a literatura pode

auxiliar na formação social e humana, por retratar na ficção realidades vividas no

nosso cotidiano.

A literatura pode formar; longe de ser um apêndice da instrução moral e cívica; ela age com o impacto indiscriminado da própria vida e educa como ela. Dado que a literatura ensina na medida em que com toda a sua gama, e artificial querer que ela funcione como manuais de virtude e boa conduta. E a sociedade não pode senão escolher o que em cada momento lhe parece adaptado aos seus fins, pois mesmo as obras consideradas indispensáveis para a formação do moço trazem frequentemente aquilo que as convenções desejariam banir. É um dos meios porque o jovem entra em contato com realidades que se tenciona escamotear- lhe. Ela não corrompe nem edifica, portanto; mas trazendo livremente em si o que chamamos o bem e o que chamamos o mal, humaniza em sentido profundo, porque faz viver. (CANDIDO, 1972, p. 805-806).

Nesse contexto, humanizar é ter uma predisposição para contribuir (o

sentimento e o conhecimento) com o outro de forma ética, individualmente e

independente, reconhecendo os limites, seus e dele, compondo uma empatia

entre indivíduos, possibilitando troca de informações, aprendizado e respeito pelo

outro. Por isso, “o trabalho com a literatura constitui forte influxo capaz de fazer

aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber”. (PARANÁ, 2008, p.77).

O foco de estudo deste material didático é proporcionar atividades que

levem o aluno ao letramento literário, por meio de estratégias que possibilitem a

formação integral do educando. A metodologia utilizada segue a Sequência

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Básica: motivação, introdução, leitura e interpretação, proposta apresentada pelo

autor Rildo Cosson (2014).

O letramento literário enquanto construção literária dos sentidos se faz

indagando ao texto quem e quando diz, o que diz, como diz, para que diz e para

quem diz. Respostas que só podem ser obtidas quando se examinam os detalhes

do texto, configura-se um contexto e se insere a obra em um diálogo com outros

textos. Tais procedimentos informam que o objetivo desse modo de ler passa pelo

desvelamento das informações do texto e pela aprendizagem de estratégias de

leitura para chegar à formação do repertório do leitor. (COSSON, 2014, p. 41).

Cosson (2014, p. 23) define letramento literário como “[...] prática social, e

como tal, responsabilidade da escola”. Segue afirmando que é nela (escola) que a

leitura literária tem a função de nos ajudar a ler melhor, não apenas porque

possibilita a criação do hábito de leitura ou porque seja prazerosa, mas sim, e,

sobretudo, porque nos fornece como nenhum outro tipo de leitura faz os

instrumentos necessários para conhecer e articular com proficiência o mundo feito

da linguagem.

A leitura literária, numa proposta de letramento, tem a função de ajudar o

aluno, e também o professor, a ler melhor a si mesmo, aos outros e ao mundo

através das conexões texto-leitor (relações com as experiências de vida do aluno-

leitor), texto-texto (intertextualidade-relações com outros textos) e texto-mundo

(relações estabelecidas entre o texto lido e os acontecimentos globais).

As etapas da sequência básica sugeridas por Cosson (2014) se

apresentam da seguinte forma: a motivação é a preparação do aluno para que ele

“entre” no texto. Normalmente, essa etapa se dá de forma lúdica, com uma

temática relacionada. Já na introdução é feita a apresentação do autor e da obra.

A terceira etapa é a leitura do texto em si e deve ter um acompanhamento do

professor. O autor chama desse acompanhamento de intervalos no qual há a

possiblidade de aferição da leitura, assim como uma solução de algumas

dificuldades relacionadas à compreensão de vocabulário ou mesmo de partes do

texto. Tal sugestão é de fundamental importância para que o aluno não perca o

interesse ao longo da leitura. A última etapa é a interpretação é chamada de

“encontro do leitor com a obra”.

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Vejamos como Cosson distribui a Sequência Básica que será aprofundada

com atividades de leitura no decorrer desta pesquisa.

MOTIVAÇÃO

Nesta etapa prepara-se o aluno para a leitura do

texto, um dos elementos da motivação é o tema do

texto a ser trabalhado. O professor pode trabalhar de

forma lúdica, com dinâmicas, música. Mas sempre

atento à temática do que pretende trabalhar.

INTRODUÇÃO

Cabe ao professor apresentar a obra e autor, por

meio de informações básicas sobre o autor, ligadas

ao texto que será lido; e a importância da obra.

LEITURA

Leitura e seu acompanhamento por meio de outros

textos; caracterização dos intervalos de leitura de

textos menores que tenham ligação com texto maior;

leitura conjunta de um capítulo ou trecho, para ser

trabalhado estilisticamente em microanálise;

atividades de intervalo: período destinado a perceber

dificuldades de leitura (vocabulário, estrutura

composicional, interação com o texto, ritmo de

leitura).

INTERPRETAÇÃO

Esta última etapa, é a construção do sentido do texto

que pode ser a interpretação interior: decifração de

palavras, páginas, capítulos, até chegar à apreensão

global da obra ou ainda a interpretação exterior:

concretização da interpretação como ato de

construção de sentido. É o registro das interpretações

que podem ser: ilustrações, pinturas, música,

acróstico, diário, colagens, produção literária e outros.

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Cosson (2014, p.30) postula “[...] ler é um diálogo com o passado que cria

vínculos, estabelece laços entre leitor e o mundo e outros leitores. Por meio da

leitura, passo a fazer parte de uma comunidade, porque nunca estou sozinho”.

Assim, a leitura é um processo de compartilhamento, uma competência social.

Cosson (2014) corrobora com a pesquisadora Isabel Solé ( 2009, p. 173) quando

afirma que “ [...] ensinar a ler é uma questão de compartilhar”. Pois, aprendemos

a partilhar, a compartilhar. Compartilhar objetivos, compartilhar tarefas,

compartilhar atividades, compartilhar ideias, compartilhar... unidades didáticas.

Logo, este material foi elaborado com toda a dedicação e deve estar à

disposição de todos, para que possam servir-se deste quando quiserem, a fim de

simbolizar suas experiências. Espero ter contemplado a realidade das escolas

públicas paranaenses.

Fique claro, que as atividades elaboradas na Unidade Didática poderão ser

adaptadas à realidade de cada novo leitor, seja ele da Zona Rural, Urbana,

trabalhador adulto, esteja frequentando a Sala de Apoio ou ainda aluno

matriculado no Ensino Fundamental ou Médio. Os textos disponibilizados neste

material se caracterizam como sugestões aos primeiros passos para o

desenvolvimento da formação de leitores. Tomara que eles sirvam, acima de

tudo, como fomentadores de diálogos e de futuras produções nesta mesma

direção, assim, ganharemos todos nós, iniciantes e velhos leitores.

Por fim, acredito seguramente no que Guimarães Rosa aborda no livro

Grande Sertão: veredas “[...] que as pessoas não estão sempre iguais, afinam e

desafinam. Verdade maior é o que a vida me ensinou.” É o que este Programa

(PDE) me proporcionou que todos os dias sempre aprendemos algo e que um dia

após o outro nos tornamos mais “afinados”.

Cantagalo, outubro em dia de chuva fina, 2014.

Patrícia Romana Dallastra.

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3 FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO – UNIDADES DIDÁTICAS

A intervenção pedagógica é dividida em três Unidades Didáticas com uma

carga horária mínima de 32 (trinta e duas) horas aulas, distribuídas da seguinte

forma.

UNIDADE DIDÁTICA TEXTO/ AUTOR CARGA HORÁRIA

I

Dos amores humanos, o

menos egoísta é o amor

da amizade.

Conto: O Gigante

egoísta de Oscar Wilde

10h/a

II

É mais importante: ter

ou ser? Eis a questão!

Conto: O Rouxinol e a

Rosa de Oscar Wilde

8h/a

III

Gente “enferruja”?

Obra literária: Raul da

Ferrugem Azul de Ana

Maria Machado

14/a

Os objetivos específicos que contemplam cada Unidade Didática são:

Compreender o texto como um dos elementos que favorecem a

humanização em Salas de Apoio à Aprendizagem.

Apresentar ao sujeito por meio da leitura, a oportunidade de ampliação dos

horizontes pessoais e culturais para garantir sua formação e

transformação.

Oportunizar estratégias de letramento literário aos estudantes das Salas de

Apoio à Aprendizagem do Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cantagalo-

PR.

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As ações que serão realizadas além das 32h/a previstas são a Oficina de

fantoches (confecção de fantoches pelos alunos) e a Tenda Literária (socialização

das atividades desenvolvidas durante a intervenção pedagógica que serão

expostas como encerramento desta pesquisa).

4 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Professor, antes de iniciar as Unidades Didáticas, bem como os

encaminhamentos metodológicos é oportuno mencionar a seus alunos (as) e à

comunidade escolar como será abordado o Projeto de Implementação na sua

Escola. Apresente-o por meio de uma conversa informal mencionando o foco de

estudo de sua pesquisa, para isso vejamos:

Olavinho1

1 Mascote de Língua Portuguesa, do Colégio Estadual Olavo Bilac ( Cantagalo_Pr). Utilizo-o em todas as

atividades escritas fornecidas aos alunos(as), incluindo no cabeçalho das avaliações, trabalhos, recados,

Plano de Trabalho Docente, Livro Registro de Classe. É de fato uma marca registrada em todas as minhas

aulas. E, portanto, não seria diferente nestas Unidades Didáticas.

Que projeto é

este? Do que se

trata?

Onde e como

procederá?

Quem vai

participar? Por

quê? Quando?

Objetivos que

pretende alcançar?

Olavinho1

Olá, eu sou o Olavinho. Mascote

de Língua Portuguesa do Colégio

Estadual Olavo Bilac. Como

podem ver adoro ler, e vou

participar das três unidades

didáticas elaboradas pela

professora Patrícia. Espero

colega professor, que as minhas

contribuições o auxiliem na sua

prática pedagógica. Até mais!

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UNIDADE DIDÁTICA I Dos amores humanos, o menos egoísta, é o amor da amizade.

10h/aulas

JOGO DOS AUTOGRÁFOS

Objetivo: Analisar os sentimentos de competição e solidariedade.

Desenvolvimento:

A professora distribui a cada participante uma folha de papel em branco e pede

aos alunos que anotem o seu nome na parte de cima. Em seguida, traçar um

retângulo ao redor do nome.

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Avisar aos participantes que eles terão dois minutos para cumprir a tarefa de

colher autógrafos, pedindo que os demais assinem seus nomes de forma

legível na folha.

Esgotado o tempo, todos os participantes deverão ter suas folhas na mão.

Iniciado o jogo, forma-se uma verdadeira balbúrdia, com todos os membros

buscando rapidamente obter o maior número possível de autógrafos, ainda que

tal orientação tenha sido dada, nem o professor tenha colocado qualquer

proposta de prêmio ou vitória por conquista.

Concluído o tempo, a professora solicita que todos os participantes confiram o

número de autógrafos legíveis obtidos. Em seguida todos informam para o

grupo o número conseguido.

Procede-se, então, a análise do jogo, indagando inicialmente qual o sentimento

que ficou mais evidenciado durante o processo de coleta de autógrafos.

Conclui-se que houve um forte sentimento egocêntrico na busca dos

autógrafos, mas não na sua doação.

Observem a imagem:

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=egoísmo+é...&tbm=isch&tbo=u&source=univ&as=

X&ei=nHSLU5mTIea_sQSMkILACA&ved=0CGQQsAQ&biw=1366&bih=667#imgdii 03/07/2014

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Prática oral

Comente sobre o que está vendo na imagem.

O que a criança está fazendo?

Como ela está vestida?

Onde ela está?

O que está comendo?

Está sozinha? Por quê?

Além da imagem (linguagem não-verbal) aparece também a linguagem verbal

(palavra), você sabe o que ela significa?

Alguém consegue viver sozinho? O que é ser egoísta2 para você?

Podemos afirmar “Onde houver o egoísmo nunca florescerá o amor”.

Comente.

2 No dicionário Aurélio, ser egoísta é ser egocêntrico, ter amor excessivo ao seu próprio bem estar,

sem se preocupar com o outro, sem consideração aos interesses alheios. Solé ( 2009, p.71)

postula que o conhecimento prévio é relevante para o conteúdo do texto. Em outras palavras, da

possibilidade de o leitor possuir os conhecimentos necessários que vão lhe permitir a atribuição de

significado ao conteúdo do texto.

Professor, neste momento

permita que seus alunos falem

o que sentem, aborde o

significado da palavra

egoísmo, pode ainda solicitar à

consulta ao dicionário!

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Você vai ler um conto de Oscar Wilde, grande contador de histórias3

que soube com a linguagem dos clássicos contos registrar questões importantes

do nosso dia a dia. O conto retrata um gigante que, em um ímpeto egoísta,

resolve isolar seu jardim das crianças que o coloriam. E você quer saber o que vai

acontecer na história? Será que esse gigante é tão egoísta de não permitir que as

crianças façam parte da sua vida? Você conhece pessoas que não gostam de

conviver com outras?

O gigante egoísta

Todas as tardes, ao saírem do colégio, as crianças costumavam a ir

brincar no jardim do Gigante.

Era um jardim lindo e grande com grama verde e suave. Aqui e ali, sobre a

3 Ceccantini (2009, p.213)[...] a hora do conto “remete ao gesto ancestral dos homens de outras épocas,

que, sentados à beira de uma fogueira, compartilhavam experiências, histórias, sentidos, quando ainda não

havia o livro e essa atividade era vital para a continuidade entre as gerações. Assim, é possível pensar ‘a

hora do conto’ como a atualização, para os pequenos leitores em formação, desse gesto fundamental de

construção de sentidos, sem o qual não há educação de qualidade”.

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Professor, você juntamente

com seus alunos podem

utilizar o laboratório de

informática da sua escola,

para pesquisar mais

informações sobre este autor.

Boa pesquisa!

grama, apareciam flores belas como estrelas, e havia doze pessegueiros que, na

primavera, abriam-se em flores delicadas em tons de rosa e pérola, e davam

ricos frutos no outono. Os pássaros pousavam nas árvores e cantavam tão

docemente que as crianças costumavam para de brincar para ouvi-los.

Um dia, o Gigante voltou (...).

Wilde, Oscar. Histórias de fadas. Literatura em minha casa. FNDE - Biblioteca da escola. Volume2. P.20-

25. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Você já ouviu falar de Oscar Wilde? Já leu alguma obra deste autor?

Oscar Wilde

Fonte: http://www.paralerepensar.com.br/o_wilde.htm. Acesso 29/06/2104

Oscar Fingall O'Flahertie Wills Wilde é o nome completo daquele que viria a ser um

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19

Prática oral

Nessa etapa,5 trabalhar com a obra (conto), onde foi publicado, quando,

número de páginas, capa, contracapa, ilustrações, editora, sua importância.

Enfim, a apresentação física da obra.

https://www.google.com.br/search?q=imagem+do+livro+o+hist%C3%B3rias+de+fadas+oscar+wild

e&tbm=isch&imgil acesso: 25/08/14.

4“Grande escritor consagrado também se aventura a desafiar preconceitos e fazer incursões criativas pelos

contos de fadas- como o inglês Oscar Wilde, que, por exemplo, nos deu obras-primas como O Gigante

Egoísta e O Rouxinol e a Rosa”. Fonte: MACHADO, A.M. Como e por que ler os Clássicos Universais desde

cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, p. 73, 2002.

5 Cosson ( 2014) afirma que é na etapa da introdução a ênfase maior é na apresentação da obra física aos

alunos. Por isso, a importância de mostrar a obra, pois este momento o principal objetivo do professor é

que os alunos se interessem pela leitura que virá.

dos maiores escritores do século XIX. Lembrado devido à grandiosidade de sua obra,

desenvolvida durante os seus 46 anos de vida. Esse irlandês, nascido em Dublin, era

filho de um médico, Sir William Wilde, morto em 1876 e uma escritora, Jane

Francesca Elgee, árdua defensora do movimento da Independência Irlandesa,

fazendo com que desde criança Oscar Wilde 4 estivesse sempre rodeado pelos

maiores intelectuais da época. Wilde escreveu vários contos e novelas, como "O

Príncipe Feliz", "O Fantasma de Canterville" e várias outras histórias, todas

fantasiosas. (Texto na integra disponível no endereço eletrônico:

http://www.paralerepensar.com.br/o_wilde.htm acesso em 29/06/2014).

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Que os contos escritos por Oscar Wilde, especificamente os que vai ler nas

Unidades Didáticas I e II, são histórias em que muitas vezes aparecem seres

encantados ou elementos mágicos pertencentes a um mundo imaginário,

maravilhoso? E ainda que este livro, Histórias de fadas de Oscar Wilde,

provavelmente tem na biblioteca da sua escola?

CURIOSIDADE

Antigamente as pessoas costumavam ter muito mais filhos. Apesar de

grande parte deles morrerem ainda bebês, muitas famílias eram numerosas. Nem

sempre as famílias mais pobres tinham condições de sustentar o grande número

de crianças que tinham. Sendo assim, elas eram deixadas no meio do mato para

os pais não verem seu fim, ou, ainda, eram deixadas em igrejas, pois se supunha

que a partir daí seriam adotadas por alguém e teriam ao menos o que comer.

Outras eram mandadas embora de casa muito cedo para providenciarem seu

sustento. Muitos dos contos de fadas contam a luta heroica dessas crianças a fim

enfrentar vários obstáculos e permanecerem vivas num mundo que nem sempre é

de fadas. (CATELLAN, R. et al, p.42)

Agora professor é a

leitura na íntegra do

conto, neste momento

você poderá escolher

como fará a leitura.

Sugiro a leitura em

voz, coletiva e

compartilhada.

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I M P O R T A N T E !

Professor, antes de ler o conto com seus alunos(as) você já deverá ter lido e compreendido, pois “compreender envolve inúmeras habilidades, que ultrapassam a capacidade de simplesmente reconhecer as palavras, decodificá-las, atribuir-lhes significado. Ler é produzir sentido em um processo de interação autor-leitor-texto-mundo”. ( BORTONI-RICARDO ET AL, 2012). Ainda, o “texto literário é carregado de pistas que serão descobertas conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida que o leitor carrega consigo”. (PARANÁ, 2008,p.59). Uma estratégia de leitura que o auxiliará a ler contos é utilizar-se do dicionário de símbolos. Num primeiro momento você, colega professor, faz a análise, posteriormente e dependendo do conto selecionado e a turma, poderá fazer com seus alunos. Tem alguns contos de Marina Colasanti que são curtos, no entanto, repleto de significados, que poderão ser utilizados em sala, de preferência num 8º ou 9º ano- Ensino Fundamental. Vejamos, o conto O Gigante Egoísta tem muitos símbolos, selecionei alguns para contribuir à sua análise. Segundo Cirlot (2005,p.98) a árvore representa, geração e regeneração. Como vida inesgotável equivale à imortalidade. O gigante no aspecto mais profundo alude à existência de um ser imenso, primordial, em si a sua figura não é nem benévolo e nem malévolo, é um engrandecimento quantitativo, por isso que há gigantes legendários protetores e outros perigosos. Pode ser considerado como um “pai terrível”, na psicologia junguiana sua essência, seu aparecimento é o símbolo do pai, como representante do espírito que põe obstáculo, guardião do tesouro, protetor do jardim. E o jardim? É o âmbito em que a natureza aparece submetida, selecionada, cercada. Nos jardins guardam-se tesouros, determina o simbolismo da paisagem. O muro, como parede fecha o espaço, é o muro das lamentações, expressa a ideia de resistência, de limite, da impossibilidade de transir ao exterior, de mudar. A morte, neste caso é manancial da vida, não só da espiritual, mas da ressurreição da matéria, é a suprema libertação, simboliza a transformação e a evolução. O paraíso, sentimento geral de abandono e da queda que o existencialismo reconhece como a estrutura essencial no humano. O símbolo do pássaro, tem como significado “ mensageiro”. Professor, aqui coloquei alguns dos possíveis significados dos símbolos presentes no conto, por meio desses conceitos fica mais fácil mediar a interpretação de seus alunos. Tem mais símbolos para isso poderá pesquisar no livro: CIRLOT, Juan-Eduardo. Dicionário de símbolos. Tradutor Rubens Eduardo Ferreira Frias. São Paulo: Centauro, 2005.

Prática oral

Após a leitura6 compartilhada 7do conto, utilizar-se da interpretação oral, o ato de recontar o conto. Permitir que os alunos falem o que entenderam do texto. Neste momento, explore o conto oralmente com os seus alunos.

6 Solé( 2009, p.22) define leitura como um processo de interação entre leitor e o texto; neste processo,

professor, tenta-se satisfazer os objetivos que guiam sua leitura. Para ler, necessitamos, simultaneamente,

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Feedback8 (retomar) leitura do conto com o livro adaptado feito em E.V.A.,

um livro “gigante9” confeccionado pela professora. Segue trecho do livro:

Fonte: Livro Gigante feito em E.V.A por: Patrícia Romana Dallastra (autora)- Julho de 2014. Disponível no endereço eletrônico a contação da história

10:

http://www.youtube.com/watch?v=Jow6SsAnlQ0&feature=youtu.be Acesso em 28/10/2014.

manejar com destreza as habilidades de decodificação e aportar ao texto nossos objetivos, ideias,

precisamos nos envolver.

7 Para Solé ( 2009, p.173) a leitura compartilhada é uma questão de ensinar a ler, ou seja, compartilhar o

significado construído em torno dela. Nessa atividade compartilhada a responsabilidade é diferente para o

professor e para os alunos, pois o primeiro se coloca ao nível dos segundos, para ajudá-los a se aproximar

dos objetivos perseguidos.

8 É uma palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um determinado pedido ou

acontecimento. Na área da comunicação, o feedback é um dos elementos presentes no processo de

comunicação, onde um emissor envia uma mensagem para um receptor, através de um determinado

canal. A mensagem poderá ser alterada por algum tipo de barreira (ruído), condicionando então a sua

interpretação por parte do receptor. Depois de interpretada, o receptor termina o processo de

comunicação com o feedback - a resposta ou reação do receptor à mensagem enviada. Fonte:

http://www.significados.com.br/feedback/20/08/2014

9 O “livro Gigante” foi produzido intencionalmente para está Unidade Didática, feito pela professora- PDE (

Patrícia Romana Dallastra) com fim pedagógico, adaptação do conto “ O Gigante Egoísta” de Oscar Wilde,

que contempla tanto a linguagem verbal como a não-verbal. É um tipo de texto que oferece ampla

possibilidade de interpretação e principalmente para todos que desejam exercitar o olhar ou ainda que

buscam ampliar a percepção estética. Associar texto e imagem sempre rende bons frutos. [grifo meu]

10 [...] A contação de histórias é uma forma privilegiada de ampliação do vocabulário, relação com o

impresso, estímulo à imaginação, desenvolvimento da criatividade, incentivo à leitura, promoção de valores

e crescimento emocional, além de funcionar como ponto de partida ou ligação entre um conteúdo e outro.

Fonte: COSSON, Rildo. Círculos de Leitura e Letramento Literário. São Paulo: Contexto, 2014, p.112.

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Em seguida, aproveitar este momento da oralidade para exemplificar o que

é um conto11, e suas características. Utilizando-se da história lida para melhor

compreensão dos elementos da narrativa (personagens, tempo, espaço,

narrador…).

Conceito de conto

Fonte: Autora, PDE- 25/08/2014

O conto apresenta um grupo reduzido de personagens e argumento não

demasiado complexo, uma vez que entre as suas características aparece à

economia de recursos narrativos. Ou seja, a característica mais marcante de um

conto é a sua brevidade: trata-se de uma narrativa curta, em que as ações

evoluem a partir de um único motivo. (FARACO & MOURA, 2012, p. 37).

O conto possui algumas características, que chamamos de elementos da

narrativa. Vamos conhecê-los? Ou ainda, relembrá-los?

Personagens: pessoas, animais ou seres personificados que participam dos

acontecimentos. São seres inventados, mas que podem ter sido inspirados na

realidade.

11

Para a acepção literária, a origem da palavra conto estaria a forma latina commentu (m), com significado

de “invenção”, “ficção”. Com o tempo foi sofrendo gradativamente especialização de sentido, até passar,

metaforicamente, a significar “enumeração de acontecimentos”. Usou-se, no princípio, durante a Idade

Média, o verbo contar, no sentido de “enumerar” e “relatar”. A palavra “conto” significou nessa altura

“enumeração de fatos”, “relato”, “narrativa”. Fonte: ALMEIDA, G. P. de. Práticas de leituras para

neoleitores- 2ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, p. 132, 2010.

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Narrador: aquele que conta a história, participando dela ou não. Pode ser de

dois tipos: narrador-personagem (aquele que narra a história, e também

participa dela); narrador-observador (aquele que narra os fatos, mas não

participa da história como personagem).

Da mesma maneira que o personagem, o narrador é um ser fictício, que

não deve ser confundido com o autor.

Foco narrativo: é o ponto de vista por meio do qual a história é contada. Pode

ser em 1ª pessoa, ou seja, quando é narrada sob o ponto de vista de um

narrador-personagem, ou em 3ª pessoa, quando a história é contada sob o

ponto de vista de um narrador-observador.

Conflito: é a oposição, a luta entre duas forças ou dois personagens.

Tempo: trata-se da época em que ocorre a história ou da duração dela.

Espaço: lugar(es) onde se desenvolve a história.

Enredo: são os acontecimentos organizados numa sequência lógica. É

importante que os acontecimentos estejam organizados de uma forma

atraente, para prender a atenção do leitor.

Clímax: momento de maior intensidade dramática da narrativa.

Desfecho: é como os fatos se arranjam no final da narrativa.

Vamos brincar um pouco com o conto?

Agora é sua vez, encontre no conto palavras que representam:

O

Personagens:

Espaço:

Sentimentos:

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Objetos:

Qualidades:

Defeitos:

Prática escrita

1) Todas as tardes, quando as crianças saíam do colégio, elas costumaram ir

brincar no jardim do Gigante. Como era este jardim? Descreva-o, pode ser com

suas palavras.12

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

2) O Gigante passou alguns anos visitando seu amigo o ogre da Cornualha.

Você já parou para pensar o que tanto eles conversavam? Quando retornou o que

o Gigante fez?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

3) No conto o Gigante Egoísta na tentativa de expulsar as crianças que ali

vinham para brincar no jardim, colocou um cartaz dizendo: “Os invasores serão

processados”. Você sabe o significado da frase? Acha certo entrar numa casa

que não é sua, e que não é convidado mesmo que seja para brincar? Tem como

processar uma criança?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________ 12

Professor permita que seus alunos utilizem de suas próprias respostas ( palavras), ou melhor do

entendimento que tiveram a respeito do conto lido para responder as questões 1, 2 e 3.

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4) Descubra quem está falando13:

a) “Como éramos felizes lá!” __________________________________________

b) “O meu jardim é o meu jardim” ______________________________________

c) “Ele é muito egoísta” ______________________________________________

d) “Não entendo porque a Primavera está demorando tanto a chegar!”

_________________________________________________________________

e) “Sobe logo, menininho!” ___________________________________________

f) “Você me deixou, certa vez, brincar em seu jardim, e hoje você irá comigo para

o meu jardim que é o Paraíso” ________________________________________

5) Sabe-se que as estações do ano, são quatro: primavera, verão, outono e

inverno. Observando a imagem e pelo conhecimento da leitura que fez do conto,

podemos relacionar as estações do ano com fortes sentimentos. A partir dessa

afirmação, responda:

Fonte: http://pixabay.com/pt/esta%C3%A7%C3%B5es-quatro-esta%C3%A7%C3%B5es-

%C3%A1rvore-158601/ acesso em: 22/10/2014

a) Na história, aparecem algumas estações de ano e fenômenos da natureza14.

Quais são eles?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

13

a) As crianças diziam uma as outras. b) Disse o Gigante. c) O Outono. d) Gigante egoísta. e) A árvore. f) A

criança ( menininho).

14 Possíveis respostas: a) Primavera, outono, inverno. Sendo os fenômenos da natureza o vento, frio, neve,

gelo, granizo.

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b) No texto as estações do ano são mostradas através de sentimentos. Que

sentimentos15 são estes?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6) O Conto “O Gigante Egoísta” é umas das histórias mais bonitas e carregadas

de emoção e sentimentos. Vamos ver se prestou bastante atenção, marque V

(para as alternativas16 verdadeiras) e F (para as falsas), sua resposta deve estar

de acordo com o texto.

a) ( ) Os personagens principais do conto são: o Gigante, as crianças, o

menininho.

b) ( ) As crianças costumavam ir brincar na casa do Gigante todas as tardes.

c) ( ) Quando as crianças não tinham onde brincar elas ficavam na estrada toda

poeirenta e cheia de pedras duras.

d) ( ) A Primavera nunca chegou ao jardim do Gigante.

e) ( ) O Granizo nunca apareceu no castelo do Gigante.

f) ( ) O Vento Norte e o Granizo, a Neve e o Gelo dançavam em meio às

árvores.

g) ( ) O pássaro que cantava com doçura do lado de fora da janela do Gigante

era um lindo canarinho.

h) ( ) Foi um menino que fez com que o Gigante deixasse de ser egoísta e se

tornasse uma pessoa melhor.

i) ( ) No desfecho da narrativa as crianças encontraram o Gigante morto,

deitado debaixo de uma árvore, todo coberto de flores brancas.

j) ( ) Podemos considerar que esta história é dividida em dois momentos, um

quando o Gigante é egoísta e outro quando ele encontra o significado da

amizade, do amor ao próximo.

15

Os principais sentimentos são: solidão, tristeza, frieza. ( Pode aparecer também alegria, felicidade).

16 a) V. b) V. c) V. d) F e) F. f) V. g) F. h) V. i) V. j) V.

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7) O Gigante deixou de ser egoísta quando? Quem contribuiu para que isso

ocorresse?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

8) Para você 17quem era aquele menininho tão pequeno que mal conseguia

subir na árvore?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

9) Acho que finalmente a Primavera chegou – disse o Gigante. E pulando da

cama, olhou para fora. O que ele viu?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

10) A história abaixo, ela está toda desordenada. Primeiro você deverá ordená-la

18numa sequência lógica dos fatos. Leia com atenção antes de responder. Depois,

irá montá-la, para posteriormente colar no seu caderno na sequência dos fatos.

( ) Certo dia o Gigante voltou. Ele tinha ido visitar seu amigo o ogre da

Cornualha.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) O Gigante Egoísta.

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17

Professor, a resposta da questão 7, os alunos poderão encontrar no 22 e 23 parágrafos. A questão 8 é

pessoal. E a 9 inicia “ A visão mais bonita....até muito sentido. (parágrafo 23)

18 Possíveis repostas: 1- O Gigante Egoísta. 2 Autor do conto: Oscar Wilde. 3 Todas as tardes, ao saírem do

colégio... 4. Certo dia o Gigante... 5. Construiu um muro alto... 6. Ele era um Gigante....7. Então chegou a

Primavera...8. As crianças conseguiram... 9. Todas as tardes, quando.... 10. De repente, o Gigante... 11.

_Quem ousou te ferir... 12. Naquela tarde,....

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( ) Construiu um muro alto em torno do jardim e colocou um cartaz de aviso: “

Os invasores serão processados”.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) Ele era um Gigante muito egoísta.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) Então chegou a Primavera. Só no jardim do Gigante Egoísta é que continuava

a ser inverno.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) Naquela tarde, quando as crianças chegaram correndo, encontraram o

Gigante morto, deitado debaixo da árvore, todo coberto por flores brancas.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) – Quem ousou te ferir? – gritou o Gigante. Dize-me, para que eu possa tomar

de minha grande espada para matá-lo.

– Não, respondeu o menino, pois essas são as feridas do Amor.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) Todas as tardes, quando acabavam as aulas, as crianças iam brincar com o

Gigante. Mas o menininho de quem o Gigante gostava muito nunca mais

apareceu.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) As crianças conseguiram entrar no jardim e estavam todas sentadas nos

ramos das árvores. As árvores todas contentes, era uma cena linda. Só num

canto mais distante do jardim, estava de pé um menininho que não conseguia

alcançar os galhos, estava chorando. Neste momento o coração do Gigante se

derreteu, ajudou o menino, derrubou o muro e deixou as crianças brincar sempre

e sempre.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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( ) Todas as tardes, ao saírem do colégio, as crianças costumavam ir brincar no

jardim do gigante.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) De repente, o Gigante olha e enxerga no cantinho mais distante do jardim, o

menino embaixo de uma árvore dourada.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

( ) Autor do conto: Oscar Wilde.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

11) No começo do conto, o Gigante não gostava de compartilhar o seu jardim

com ninguém. Observe a imagem a seguir, o que a mulher está compartilhando?

Fonte: http://pixabay.com/pt/mulher-crian%C3%A7a-guarda-chuva-169287/ acesso: 22/10/2014

Podemos entender pela ação da mulher que ela compartilhou um objeto que era

seu em uma determinada situação. Podemos compartilhar objetos, sentimentos.

Pense em três situações19 nas quais você compartilhou algo com alguém e

explique estas ocasiões abaixo:

a) _______________________________________________________________

_________________________________________________________________

b) _______________________________________________________________

_________________________________________________________________

c) _______________________________________________________________

19

Respostas pessoais.

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R E G I S T R A N D O

LOTERIA GENIAL

1) Complete as palavras com ge, gi, je ou ji. Marque um X na coluna certa e

registre a palavra. Em seguida, você pode conferir com a seu colega. Na dúvida,

consulte o dicionário.

PALAVRA GE GI JE JI REGISTRO

tan … rina

… gante

can … ca

va … m

reló …o

berin … la

a … tado

… leia

tra …

lo … sta

… boia

… ladeira

… pe

ima … nar

… ral

li … iro

… n… va

… nástica

… nial

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2) Descubra qual é a palavra. Dica: Na palavra tem a letra g ou j. Pense um

pouco e responda.

a) Quem tem autoridade pública e poder para julgar.

b) Crianças que nasceram no mesmo parto.

c) Destilado do petróleo usado como combustível.

d) Publicação diária com reportagens, notícias, entrevistas, etc.

e) Armação de arame ou madeira usada para manter passarinhos presos.

f) O sexto mês do ano no nosso calendário.

3) Observe as sílabas abaixo e o que acha de formar palavras com elas,

preste atenção e mãos à obra:

GI RAS GAR GE LA RA FA GAN

GIO JAR GI TE CO SOL LÉ FA

RA GI TI DIM

___________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

___________________________________________________________

___________________________________________________________

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4) No caça- palavras a seguir você encontrará nomes que simbolizam o

conto estudado, destaque-os com cores variadas. Para cada palavra uma cor

diferente.

Vai ficar bem legal!

Palavras

GIGANTE EGOÍSTA COLÉGIO JARDIM BRINCAR

FLORES PESSEGUEIROS PÁSSAROS INVASORES CARTAZ

CRIANÇAS PRIMAVERA OUTONO GRANIZO GELO

CASTELO VENTO MENINO PARAÍSO MORTE

C A Ç A – P A L A V R A S C O L O R I D O

D E O O P E A R A G I G A N T E T U A P

M I J U Y G O B M E N I N O B O N C I E

I T O T D O F U N U J Y S Y S T C A B S

D Q U O E I B I N V A S O R E S N R I S

R Y T N O S É V G R A N I Z O E R T E E

A S T O A T B G U I O P A S D F G A H G

J V B M Y A Q W R T Y Q U I P G A Z D U

N C Z C O L É G I O Z B Q E V E R T Y E

C R I A N Ç A S B Q W R R Y U L G J V I

Z C B R C A S T E L O T U I K O L O E R

P A R A Í S O F L Y R O S L N I R I N O

O S B C O S S M M O R T E A I C S L T S

I P R I M A V E R A N D A S D A A M O E

Q W E R T Y U I O P A S D F G H J R L Ç

V F L O R E S B P Á S S A R O S M U L P

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34

O Q U E É A M I Z A D E 20?

Como percebeu no conto “O gigante egoísta” as relações de amizade se

formam ao longo da narrativa, até que o Gigante de egoísta se torna amigável,

humilde, generoso, humanitário. Nessa relação surge uma nova história que é a

importância dos amigos para a mudança de comportamentos do ser humano.

Vamos ler a reportagem abaixo que mostra sobre o que é ser amigo.

AMIGO FIEL

Depois de 25 dias de espera, Seco e seu

dono já podem passar os dias juntos.

A espera finalmente acabou. O vira-lata Seco, que ganhou o coração dos

gaúchos por aguardar pacientemente o dono sair do hospital, em Passo Fundo, já

pode passar todas as horas do dia junto com o seu inseparável amigo. Lauri da

Costa, 55 anos, teve alta na manhã desta quinta-feira depois de passar 25 dias

internado para tratar de um câncer de pele. E, o primeiro encontro dessa nova

fase da amizade foi emocionante.

20

Sentimento afetuoso entre pessoas ou instituições, é aquela que existe entre pessoas, entre pessoas e animais, onde um pode confiar no outro acima de qualquer coisa. Quando ambas as partes preocupam-se e zelam pela outra pessoa, independente da situação, do momento. Também é um tópico bastante discutido nos dias atuais, uma vez que, com o mundo globalizado, e o capitalismo, muitas pessoas acabam se preocupando apenas com a profissão, com a família e esquecem de suas amizades, ou então, são amigos de outros apenas por interesses, sejam eles profissionais, ou não. http://www.dicio.com.br/amizade/ 20/08/14

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– Foi lindo de ver! Parecia que ele sabia que a gente ia embora junto! A

cada dia que passa o Seco se mostra cada dia mais meu amigo! – afirma Seu

Lauri, como ficou conhecido pelos corredores do Hospital da Cidade.

Seu Lauri e Seco vão morar pelos próximos 90 dias no Albergue Municipal

Madre Teresa de Calcutá. Mas ir até o novo lar não foi nada fácil. Ressabiado,

Seco se recusou a entrar no carro do hospital que levaria os dois até a instituição.

Seu Lauri conta, que o cão já foi atropelado três vezes e por isso não entra em

um veículo ”por nada nesse mundo.” O jeito foi ir a pé.

– Ele pode me esperar esse tempo todo. Ir andando com ele era o mínimo

que eu podia fazer! – afirma.

O Albergue onde os amigos ficarão funciona como uma casa de

passagens. Mas devido à situação de Seu Lauri, a instituição abriu uma exceção.

Atendendo aos pedidos da equipe médica, o morador de rua ficará em um quarto

individual, para evitar possíveis contágios. Já Seco, dividirá uma “casinha” no

pátio com a amiga Tifi, uma vira-lata que escolheu o Albergue para viver. [...]

Texto na integra no endereço: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/04/depois-de-25-dias-de-espera-seco-e-seu-dono-ja-podem-passar-os-dias-juntos-4483133.html

Prática oral

A notícia retrata sobre o quê? Você acredita que o cão21 é o melhor amigo

do homem? O que significa ser amigo? Você já conhecia essa história ou alguma

parecida com esta? Que relação essa história tem com a do conto lido?

21

Professor, além de analisar a notícia, você ainda pode fazer uma intertextualidade com o poema Plutão,

escrito por Olavo Bilac. Fonte: BILAC, Olavo. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1996. p. 310-1. E

ainda apresentar aos alunos(as) a diferenciação entre a leitura de um conto, de uma notícia com a leitura

do poema.

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36

Prática escrita

1) O título dessa notícia está de acordo com os fatos? Comente.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

2) Circule ou pinte os personagens que aparece na história que mais lhe

interessou.

3) Qual era a raça do cachorro fiel. Independente da raça todos os cachorros

são fiéis?

_________________________________________________________________

Professor, depois de ler esta

notícia provavelmente seus

alunos falarão que tem um

filme, que o dono do cachorro

morre, e ele permanece por 8

anos na linha do trem

esperando seu dono voltar.

Nome do filme é “Sempre ao

seu lado”.

Professor sugiro que

aproveite este momento que

conte aos seus alunos que

tem um livro chamado A

disciplina do Amor de Lygia

Fagundes Telles que retrata

num de seus fragmentos a

história de um cachorro que

fica bem velho esperando

seu dono (soldado) voltar da

Guerra (França).

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37

4) Onde aconteceu essa narrativa? Você já esteve num lugar parecido com este,

quando foi e por quê?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

5) O que aconteceu com o senhor Lauri da Costa?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6) O que fez o cachorro no período que ficou na frente do hospital esperando

“seu dono” sair?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

7) Onde Seu Lauri e Seco vão morar?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

8) Leia o bilhete e observe a sua estrutura.

Fonte: Patrícia Romana Dallastra- PDE- 2014- agosto

Você observou o que faz parte da estrutura22 de um bilhete? Precisa ter o

nome de quem vai receber (destinatário), o assunto, despedida, seu nome

(remetente) e a data.

9) Agora é sua vez, escreva um bilhete para o Seu Lauri, que está internado,

contando que Seco está na porta do hospital o esperando ansioso para eles

voltarem juntos para casa. Lembra-se da estrutura do bilhete23?

22

Professor, explore oralmente seus alunos na questão quem receberá o bilhete ( Ricardo), o assunto (

ajudar a responder a última questão de português), como ela se despede ( abraços, que ainda pode ser

beijos, até mais...), quem escreve( Mariana), data ( 23/08/2014). Sugiro que seus alunos poderão responder

o bilhete como se fosse Ricardo.

Ricardo,

Não consigo resolver a última questão de português. Você me ajuda?

Abraços

Mariana (23/08/2014)

23/08/2014

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38

Faça seu bilhete no espaço abaixo:

10) Você já teve ou tem algum amigo em especial, escreva um bilhete para ele,

faça-lhe um convite. Não esqueça a estrutura do bilhete.

11) Um amigo não precisa ser necessariamente uma pessoa pode ser

um animal, não acha? Observe a ficha técnica abaixo, fala sobre as

características do lobo- guará. A partir dessa estrutura produza uma ficha

técnica do seu animal de estimação, você não precisa todos os dados dessa,

pode ainda criar outros. Pode ilustrar. Capriche! Caso não tenha nenhum

animal, converse com um de seus colegas e podem fazer juntos ou ainda

escrever sobre um animal que gostaria muito de ter.

FICHA TÉCNICA

ANIMAL: LOBO-GUARÁ

CARACTERÍSTICAS:

CARNÍVORO

VELOZ

PARECE MAIS COM UMA RAPOSA DO QUE UM LOBO

EM MÉDIA VIVEM 20 ANOS

TEM 1,20 METROS DE COMPRIMENTO

23

Quando não podemos falar pessoalmente escrevemos o que gostaríamos de dizer e enviamos uma

mensagem. Essa mensagem pode tomar forma de um texto longo ou de um texto bem curto. Os bilhetes

são mensagens bem curtas. Então, professor fale aos seus alunos que o bilhete deve ter uma linguagem

clara e adequada.

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39

A SUA ALTURA É DE APROXIMADAMENTE 70 CENTÍMETROS

PESO: DE 20 A 25 QUILOS

COR: CASTANHO CLARO AVERMELHADO, COM MANCHA MARROM NAS PERNAS, CALDA E

PESCOÇO.

PERÍODO DE GESTAÇÃO: 68 DIAS, GERALMENTE TEM DE 4 A 6 FILHOTES.

ALIMENTAÇÃO: ROEDORES, AVES, RAÍZES, FRUTAS, MEL, PEIXES.

LOCALIZAÇÃO: NOS CAMPOS DO CENTRO- OESTE DO BRASIL.

HÁBITOS: NOTURNOS

COMPORTAMENTO SOLITÁRIO, TRANQUILO, PORÉM PODE ATACAR PARA DEFENDER-SE EM

SITUAÇÕES DE AMEAÇA.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/lobo_guara.htm Acesso em 21 de outubro de 2014.

O espaço abaixo é para você criar a ficha técnica do seu animal de

estimação, com ilustração.

13) Existe alguma relação24 entre o conto “O Gigante Egoísta” e a notícia lida?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

14) Imagine que Seco e seu dono já estão em casa. Escreva em poucas linhas o

que acha que estão fazendo.

_________________________________________________________________

24

Sugestão de resposta: Ambos os textos falam sobre o aspecto amizade.

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40

A produção25 será…

Realizar uma ilustração sobre a interpretação do conto O gigante egoísta de

Oscar Wilde.

Socialização 26em dois momentos:

Na escola:

Expor as ilustrações no mural da sala de aula.

Momento em família:

25

Cosson ( 2014, p. 76) menciona que na etapa da interpretação, não se trata de formar escritores, mas sim

oferecer aos alunos a oportunidade de se expressarem seja através da apropriação da escrita, como da

ilustração..

26 Professor, a sequência básica sugerida por Cosson (2014) são quatro: MOTIVAÇÃO, INTRODUÇÃO,

LEITURA, INTERPRETAÇÃO. Elaborei mais uma, da qual chamo de SOCIALIZAÇÃO, em que os alunos

demonstrarão a seus colegas, pais, responsáveis, enfim, a comunidade escolar em geral, o que eles

produziram. Dessa forma, todos os alunos poderão expor o seu trabalho, a sua escrita. Penso que nesta

perspectiva de socialização a escola atende igualmente todos os sujeitos, seja qual for sua condição social,

cultural, econômica, pois temos a função de promover a aprendizagem a todos. Por meio da leitura, da

escrita, do gesto, do ouvir e do falar que ocorrerá a socialização e principalmente a humanização que

consiste em possibilitar aos sujeitos resgatar relações dialógicas, afetivas, conscientes e principalmente

transformadoras do/no/com os outros e com a sociedade que estão inseridos. [ grifo meu].

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41

Cada aluno(a) levará para casa um DVD – Vídeo referente à Contação de

História: O Gigante Egoísta, elaborado pela autora que está disponível no

endereço: http://www.youtube.com/watch?v=Jow6SsAnlQ0&feature=youtu.be Acesso em

28/10/2014.

Fonte: Lembrança aos alunos e familiares (DVD- Elaborado por: Patrícia R. Dallastra.Julho/2014)

.

Espera-se que os

alunos(as) assistam ao

vídeo em casa com seus

responsáveis e realizem

comentários sobre a

história, relacionando-a

ao conto estudado.

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UNIDADE DIDÁTICA II É mais importante: ter ou ser? Eis a questão!

8 h/ aulas

Dialogando com música

Música: Companheiro de Maria Eugênia27

27

Dona de uma voz doce, jeito tranquilo e olhar encantador, esta goiana possui atributos mais que

suficientes para cair ainda mais no gosto dos que amam a música popular brasileira. Maria

Eugênia se formou em música e estudou piano, mas a participação em um concurso de canto,

para desafiar a timidez foi o que a impulsionou a seguir carreira como cantora. No começo,

interpretava canções de conhecidos letristas e logo vieram as músicas compostas especialmente

para ela. A cantora iniciou sua trajetória na noite goiana e lançou seu primeiro disco

solo, Maria Eugênia, em 1992, um dos momentos que ela define como um dos mais

marcantes da carreira, além de alguns outros como a gravação do seu primeiro DVD, em

2005. Somando tudo, são 20 anos de trabalho, que teve seu ponto alto com a escolha da

cantora para interpretar a música de abertura da novela “Araguaia”, da Rede Globo, no ano

de 2011, o que lhe valeu certa visibilidade nacional. A canção “Companheiro” (Naire

Siqueira/Tibério Gaspar) foi escrita na época da ditadura, em 1970, gravada em 1971 e

regravada por Maria Eugênia em 2008 para o CD MPB em Goiás, em homenagem aos

compositores regionais.

Fonte: http://www.saraivaconteudo.com.br/Materias/Post/47062 22/08/2014

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Vai amigo

Não há perigo que hoje possa assustar

Não se iluda

Que nada muda se você não mudar (bis)

[…]

Seja um pouco de criança

Faça tudo o que quiser

E cante que é bom viver

Disponível: http://www.kboing.com.br/maria-eugenia/1058901-companheiro.html. Acesso: 03/07/14 às 14h e 35min.

Observe a imagem:

https://www.google.com.br/search?q=imagem+sobre+amor+aos+bichos&tbmhttps:03/07/2014

Professor, trazer a letra e

som da música

Companheiro de Maria

Eugênia, estudar, cantar

juntos em seguida discutir

sobre a relação entre amor

e amizade.

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44

Prática oral

O que a imagem está mostrando?

Você já viu uma cena dessas?

Que tipo de flor o cachorro tem na boca? O que a cor vermelha simboliza?

Para quem será que ele levará a flor?

Você já deu flores para alguém?

Existem pessoas com nome Rosa, você conhece alguma? Sabe o significado

desse nome? Você gosta do seu nome28? Sabe o seu significado? Já pediu para

seus pais o porquê de você ter este nome?

28

Aproveite professor e permita que seus alunos falem sobre o significado do nome, quem escolheu, e o

porquê desse nome. Caso não saibam, pedir que perguntem aos pais o seu significado e em outro momento

deixe-os apresentar. Ainda poderá trabalhar com a certidão do nascimento de cada educando, para que

façam comparações dos nomes dos pais, avós, nome do cartorário, do registro. Ainda pode trabalhar nesse

contexto com os substantivos próprios e comuns. E também outra sugestão é o poema de Pedro Bandeira,

intitulado Nome da Gente. Nesse poema o narrador afirma não gostar do seu nome. Podemos perceber que

contestar a escolha do nome é a primeira imposição que é feita no ser humano. Fique claro, professor que

são apenas sugestões que poderão ser desenvolvidas na sala de aula sem se preocupar com a questão

tempo. [ grifo meu]

O significado do nome Rosa, é o dom de

ser generosa e sua generosidade já é

percebida na infância, desde muito cedo

já sabe dividir, entende a necessidade

dos outros e sente-se bem ajudando

como pode. Sempre pensando num

mundo melhor, não poupa energia ao

participar de atividades de cunho social e

com um propósito de ajudar o maior

número de pessoas, não carrega em si

preconceito de qualquer origem. E são

muito levadas pela emoção. O texto na

íntegra pode ser consultado no endereço:

http://www.significado.origem.nom.br/no

mes/rosa.htm

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45

Que as rosas vermelhas são flores de grande simbologia. A rosa, por si

só, é uma das flores mais populares no mundo, além de ser muito antiga. As

rosas vermelhas carregam consigo um significado muito forte, normalmente

ligado ao amor. Elas também simbolizam o respeito e a devoção que um

indivíduo tem pela pessoa amada, é um sinal de muito amor e carinho.

CURIOSIDADE

Para os romanos as rosas eram uma criação da Flora (deusa da primavera

e das flores), quando uma das ninfas da deusa morreu, Flora a transformou em

flor e pediu ajuda para os outros deuses. Apolo deu a vida, Bacus o néctar,

Pomona o fruto, as abelhas se atraíram pela flor e quando Cupido atirou suas

flechas para espantá-las, se transformaram em espinhos e, assim, segundo o

mito diz ter sido criada a rosa.

O que você vai ler agora também é umas das obras mais interessantes

escrita por Oscar Wilde, se chama O Rouxinol e a Rosa. O conto retrata sobre um

rouxinol em um jardim que se compadece do sofrimento amoroso de um jovem

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estudante. O jovem chora porque sua amada não quer dançar com ele no baile do

Príncipe, só dançará se ele lhe trouxer uma rosa vermelha. Mas naquela ocasião

não havia nenhuma. O que você acha que vai acontecer? O que o rapaz vai fazer

para conseguir esta rosa vermelha? As pessoas fazem de tudo por amor ?

O Rouxinol e a Rosa

- Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas –

lastimou-se o jovem Estudante –, porém em todo o meu jardim não existe uma

única rosa vermelha.

De seu ninho no grande carvalho o Rouxinol ouviu-o, olhou por entre as

folhagens e ficou pensando.

- Nem uma única rosa vermelha em todo o meu jardim! – chorou o

Estudante, e seus lindos olhos ficaram marejados de lágrimas. – Ai, como a

felicidade depende de pequenas coisas! Já li de tudo que escreveram os

homens mais sábios, conheço todos os segredos da filosofia, mas por falta de

uma rosa vermelha minha vida está desgraçada.

[…]

Wilde, Oscar. Historias de fadas. Literatura em minha casa. FNDE – Biblioteca da escola. Volume2. P.41-

48. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Prática oral

Você já ouviu falar de Oscar Wilde? Já leu alguma obra deste autor?

Professor(a), nesta etapa

com certeza seus alunos(as)

já lembraram tanto do autor

quanto a obra, devido a

pesquisa que realizaram,

com o estudo do conto na

Unidade anterior.

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47

OSCAR WILDE

Escritor irlandês nasceu em Dublin em 1854 e morreu em Paris em 1900.

Dedicou-se ao jornalismo e a literatura. Publicou contos e poemas, mas foram

suas peças teatrais que lhe trouxeram maior glória e sucesso. No livro histórias de

fadas altamente recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil,

narra temas de fundo social, que celebram a força do amor. Os críticos da época

o comparam ao dinamarquês Hans Cristian Andersen considerado o maior autor

do gênero.

Wilde, Oscar. Histórias de fadas. Literatura em minha casa. FNDE- Biblioteca da escola. Volume

2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Nesta etapa, leitura na

íntegra da narrativa O

Rouxinol e a Rosa. Leitura

em voz, coletiva e

compartilhada.

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I M P O R T A N T E !

Professor, lembra da Unidade I onde apresentei o dicionário de símbolos, irei novamente abordar alguns para você, para isso o conto estudado neste caso é o Rouxinol e a Rosa. Então vejamos, quanto ao símbolo rosa já comentei brevemente, mesmo assim, postulo a rosa é única, é essencialmente, um símbolo de finalidade, de sucesso absoluto e de perfeição. É o centro místico, o coração. No sangue derramado vemos um símbolo perfeito do sacrifício, corresponde a cor vermelha. E sacrificar? Temos que não há criação sem sacrifício. Todas as formas de sofrimento podem ser sacrificais, são plenas e aceitas. Joias são verdades espirituais, símbolos de poder, dificuldade de luta para alcançás-las. Janela expressa a ideia de possibilidade e de distância; por sua forma quadrangular, seu sentido faz-se terrestre e racional. Coração era a única víscera que os egípcios deixavam no interior da múmia, como centro necessário ao corpo para a eternidade, o coração significa o amor como centro da iluminação e felicidade. A busca pela rosa vermelha, o vermelho é o sangue, ferida, agonia, sublimação, mas também é a morte. Aqui o pássaro, simboliza a alma, os desejos amorosos, prinicipalmente nos contos de fadas, eles cantam, falam sobre seus desejos. Mais símbolos você pode encontrar no dicionário de: CIRLOT, Juan-Eduardo. Dicionário de símbolos. Tradutor Rubens Eduardo Ferreira Frias. São Paulo: Centauro, 2005.

Prática oral

Após a leitura do conto, utilizar-se da interpretação oral, o ato de

recontar do conto.

Quem são os personagens da narrativa?

Qual é o tema do texto?

Qual o cenário? Onde se passa a história?

Conflito da narrativa?

Qual parte do conto é o momento mais importante?

Como terminou a história?

O que você achou da atitude do rouxinol?

O que a rosa fez? Por quê?

O que pensa a respeito da atitude da moça que depois de todo o sacrifício da

rosa, ela ter a desprezado e ainda dizer ao rapaz que joias são mais importantes

que rosas.

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I M P O R T A N T E !

A obra lida e discutida está inserida no gênero narrativo, no entanto, apresenta traços dramáticos, pois na maioria do texto são os personagens que falam, como uma peça de teatro. Outro aspecto marcante é que a obra é um conto com características de fábula. Alguns animais são personificados, ou seja, agem, pensam, sentem e falam como seres humanos, mas os personagens humanos do conto não podem entendê-los. A “fábula é uma pequena narrativa, que, sob o véu da ficção, guarda uma moralidade”.( La Fontaine, Século XVII). O narrador do conto é onisciente, está em todos os lugares da estória e conhece todo o enredo e o mundo interior dos personagens.

http://thiagodamasceno.blogspot.com.br/2012/06/literatura-oscar-wilde-o-rouxinol-rosa.html. Acesso: 03/07/14 às 22h25min.

Feedback (retomada) “releitura da obra”, onde os alunos recontarão a

história por meio de imagens-desenhos de um avental confeccionado pela

professora com o tecido TNT. Segue uma das imagens do “avental ilustrado”:

Fonte: Produção da autora ( PDE/ setembro de 2014). Avental Ilustrado.

O avental ilustrado está disponível no endereço eletrônico:

http://www.youtube.com/watch?v=n_kLUTfzfMI&feature=youtu.be Acesso em: 28/10/2014

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Vamos brincar um pouco com o conto?

Agora é sua vez, encontre no conto palavras que representam:

Personagens:

Espaço:

Sentimentos:

Objetos:

Qualidades:

Defeitos:

Que o pássaro…

Simboliza a inteligência, a sabedoria, a leveza, o divino, a alma, a

liberdade, a amizade. Por possuírem asas e o poder de voar, em muitas culturas

são considerados mensageiros entre o céu e a terra.

O pássaro opõe-se à serpente, como o símbolo do mundo celeste ao

mundo terrestre e, por isso, na maioria das vezes, está associado aos anjos

mensageiros que também possuem asas e podem chegar aos céus. Por isso, na

cultura islâmica os pássaros representam o símbolo dos anjos, enquanto que para

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51

os celtas simbolizam os mensageiros dos deuses; em outras palavras, são eles

os auxiliares dos deuses, considerados, portanto, símbolos da liberdade divina.

Textos antigos mostram que a simbologia associada originalmente aos

pássaros é bastante positiva, na medida em que simbolizam a amizade dos

deuses e dos homens: são as aves que atacam as serpentes e sobrevoam os

céus, onde o olhar humano não pode chegar.

Interessante notar que, os ninhos dos pássaros são muitas vezes

comparados ao paraíso, o refúgio escondido e inacessível, a morada suprema.

Nesse sentido, somente atingirá o paraíso, a alma que conseguir se libertar de

todos os pesos e voar bem alto. No alcorão, o pássaro é visto como o símbolo da

imortalidade da alma por meio de seu papel mediador entre o céu e a terra. Além

disso, em muitas passagens do texto sagrado, a palavra ave é utilizada como

sinônimo de destino.

Na cultura africana, o pássaro está muito presente nas representações

populares, divinas e artísticas o qual simboliza a vida, a força e a fecundidade.

Para os egípcios, a ave de fogo, conhecida como a Fênix, aquela que renasce

das cinzas, simbolizava a alma.

http://www.dicionariodesimbolos.com.br/passaro/. Acesso em 24/06/2014 às 16h42min

CURIOSIDADE

SIGNIFICADO DO ROUXINOL

O rouxinol é um símbolo do amor e dos sentimentos,

porém apresenta um íntimo laço entre o amor e a

morte. Pássaro cantor conhecido pela pureza de suas

notas e pela variedade de sua melodia. Dizem que

aquele que ouvir seu canto jamais o esquecerá. É

particularmente apreciado no Japão.

Texto disponível: http://www.significadodossimbolos.com.br/busca.do?simbolo=Rouxinol. Acesso em 21/06/2014 às 16h47min

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52

Aparência e canto do rouxinol

O rouxinol mede aproximadamente 15 - 16,5 cm de comprimento. É

castanho claro em cima, exceto a cauda ligeiramente avermelhada e branca. O

rouxinol canta geralmente à noite, poucas vezes durante o dia. Escritores antigos

afirmavam que era a fêmea que cantava, quando é fato o macho a fazê-lo. O

canto é muito alto, com uma impressionante variedade de assobios, trinados e

gorgolejos e é particularmente audível à noite, porque sendo uma ave tímida,

poucas aves estão cantando. É por essa razão que o seu nome inclui a palavra

"noite" em muitos idiomas. Também por ser tímida, esta espécie esconde-se

geralmente no meio de vegetação densa e raramente se deixa ver. Apenas os

machos sem par cantam regularmente à noite, algumas vezes o canto noturno

serve para atrair uma parceira. O canto de madrugada, um pouco antes do nascer

do sol, é assumido como sendo importante na defesa do território da ave. Os

rouxinóis cantam ainda mais alto em zonas urbanas, para superarem o ruído de

fundo. Tem um canto parecido com o som de alarme do sapo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rouxinol. Acesso: 03/07/14 às 23h42min.

Depois que realizar os

comentários sobre a

simbologia do rouxinol,

relacionar a semelhança do

pássaro na obra, tais como: o

porquê do canto ser à noite,

ser símbolo do amor e

também da morte.

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Dialogando com música

O Rouxinol e a Rosa

Os Paralamas do Sucesso

Mas por um instante eu duvidei

E o sangue então se derramou em vão

Morreu por nada o rouxinol

E a rosa não chegou às tuas mãos. […]

Letra no site: http://letras.mus.br/os-paralamas-do-sucesso/439845/. Acesso dia 03/07/2014 às 14h27min.

Prática oral

Retomar as características do conto, elementos da narração (Situação

inicial, conflito, personagens, tempo, espaço, clímax, desfecho).

Prática escrita

1) O conto O Rouxinol e a Rosa, é um gênero narrativo. Responda:

Apresente a letra e melodia

da música O Rouxinol e a

Rosa da banda Os

Paralamas do Sucesso,

mostrando as comparações

da letra com o conto.

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a) Qual é a situação inicial 29do conto?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

b) Quem são os personagens30 da narrativa?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

c) Onde aconteceu (espaço) da narração?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

d) E o Tempo? (Duração dos fatos).

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

e) Conflito da estória?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

f) Clímax da narrativa?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

g) Como terminou este conto? Desfecho/ momento final.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

1) De quem são as seguintes falas31:

a) “Ela disse que dançaria comigo se eu lhe trouxesse rosas vermelhas”. _______

_________________________________________________________________

b) “Por que é que ele está chorando”? __________________________________

c) “Está chorando por uma rosa vermelha”. ______________________________

d) “Dê-me uma rosa vermelha que eu cantarei minha mais doce canção”. ______

29

O Jovem Estudante se lastimando porque precisava de uma rosa vermelha para dançar com a moça.

30 Professor reflita com seus alunos sobre quem são os personagens do conto, o espaço ou os espaços,

clímax, como terminou o conto, conflito e tempo.

31 a) Jovem Estudante. b) Lagartinho Verde. c) Rouxinol. d) Rouxinol. e) Estudante com raiva. f) Estudante. g)

A moça. h) O Lagartinho Verde, a Borboleta e a Margarida.

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55

e) “Você é muito ingrata”. ____________________________________________

f) “Que coisa mais tola é o Amor”. ______________________________________

g) “Receio que ela não combine com o meu vestido”. ______________________

h) “Mas que coisa ridícula”! ___________________________________________

2) Marque a alternativa32 que o Rouxinol descreve o que é o Amor.

a) ( ) Amor é um sentimento de carinho e demonstração de afeto que se

desenvolve entre os seres que possuem a capacidade de demonstrá-lo. .

b) ( ) O amor provoca entusiasmo por algo e interesse em fazer o bem, por

exemplo, amor à natureza ou amor aos animais.

c) ( ) Sem dúvida o amor é a coisa mais maravilhosa. Ele é mais precioso do

que a esmeralda e mais refinado que a opala. Nem pérolas e nem granadas o

podem comprar, e nem é ele exposto nos mercados. Ninguém pode compra-lo de

mercadores, nem pode ser pesado nas balanças feitas para pesar ouro.

3) Nem o Lagartinho Verde, nem a Borboleta, nem a Margarida estavam

compreendendo o motivo do Jovem Estudante chorar tanto por uma rosa

vermelha. Somente o Rouxinol compreendia o segredo da tristeza do Estudante.

Por quê?

a) ( ) O Rouxinol também sofria por amor.

b) ( ) O Estudante era seu amigo.

c) ( ) Rouxinol se comoveu com a história do Estudante, por ver aquele jovem

sofrendo tanto por amor.

4) Como o Rouxinol descreve33 o Estudante.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

32

Tanto a questão 2 como a 3 possível resposta ( letra c).

33 Seus cabelos são escuros como a flor do jacinto, e seus lábios rubros como a rosa de seus desejos, porém

a paixão tornou seu rosto pálido como o marfim e a tristeza selou sua testa.

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56

5) Por que o Estudante estava tão preocupado34 e precisava encontrar uma rosa

vermelha até o outro dia.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6) O Rouxinol desesperado para ajudar o Estudante começou a pedir para as

Roseiras o ajudarem, e o que elas falaram35?

a) Roseira Branca.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

b) Roseira Amarela.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

c) Roseira Vermelha.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

7) O Rouxinol insistiu muito para a Roseira Vermelha lhe dar uma rosa naquele

dia “Apenas uma rosa vermelha! Não haverá um jeito de consegui-lá?” Neste

momento ele afirmava que não tinha medo de nada e faria até o impossível para

conseguir aquela rosa vermelha. E a Roseira lhe pede36 o que?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

34

Somente assim a Moça dançaria com ele no baile que o príncipe iria realizar.

35 a) “Minhas rosas são brancas como a espuma do mar e mais brancas do que as neves da montanha.” b) “

Minhas rosas são tão amarelas quanto os cabelos da sereia que se senta em um trono de âmbar e mais

amarelas do que os junquilhos que florescem no campo antes do ceifador aparecer com sua foice.” c) “

Minhas rosas são tão vermelhas como os pés da pomba e mais vermelhas do que os grandes leques de coral

que abanam sem parar nas cavernas do oceano. Mas o inverno congelou minhas veias, a geada cortou

meus botões, a tempestade quebrou meus galhos e não terei uma só rosa este ano”.

36 Se quiser uma rosa vermelha terá que construí-la de música ao luar, tingindo-a com o sangue de seu

próprio coração. Terá de cantar para mim a noite inteira e o espinho terá que furar o seu coração e o

sangue que o mantém vivo terá de correr para minhas veias, transformando-se em meu sangue.

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57

8) Quem compreendeu tudo o que estava acontecendo e não gostou nada do

que via porque o Rouxinol era seu amigo37.

a) ( ) O Estudante.

b) ( ) O Carvalho.

c) ( ) O Pintarroxo.

9) Complete as lacunas38, sobre o momento que o Rouxinol foi em busca da

rosa vermelha.

a) Primeiro ele cantou sobre o _______________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

b) E o Rouxinol fazia cada vez mais pressão contra o espinho, e cantava cada

vez mais alto, pois estava cantando o ___________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

c) E o Rouxinol foi se apertando cada vez mais ao encontro ao espinho, e o

espinho tocou-lhe o coração e um _____________________________________

_________________________________________________________________

d) A dor era horrível, horrível, e a canção cada vez mais enlouquecida, pois

agora ela cantava o Amor que ________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

37

O Carvalho (B)

38 a) ... nascimento do amor no coração de um rapaz e uma moça. b) ...nascimento da paixão entre a alma

de um homem e uma donzela. c) ...terrível golpe de dor passar por toda a avezinha. d) ...fica perfeito com a

Morte, o Amor não morre no túmulo. e) ...ficando sua canção e ele sentiu alguma coisa que sufocava sua

garganta. E então ele soltou sua última porção de música.

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e) E a rosa maravilhosa ficou vermelha, linda. Mas a voz do Rouxinol foi ficando

fraca, suas asinhas começaram a se debater, e uma névoa cobriu seus olhos.

Cada vez mais fraca foi ______________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

f) Ordene a narração numa sequência lógica, para isso enumere na ordem

crescente.

O Rouxinol exclama que a morte é um preço muito alto de se pagar

por uma rosa, no entanto acredita que o Amor é o melhor do que a

Vida. E assim aceita dar sua própria vida em busca de uma Rosa

Vermelha para ajudar o Jovem Apaixonado.

4

O Rouxinol cai morto no meio da relva, com o espinho atravessado

no peito e no mesmo instante.

5

Chegando na casa da filha do professor, a sua amada, o Jovem

entrega a Rosa Vermelha mais bonita do mundo inteiro.

7

A Roseira Vermelha fala que se o Rouxinol quiser sua rosa

vermelha terá de construí-la ao luar, tingindo-a com o sangue do

seu próprio coração.

3

A moça olha para o Estudante e diz que a Rosa não combina com o

seu vestido. E além do mais, o sobrinho do Carmelengo mandou-

lhes joias de verdade, e sabe que “joias custam mais caro que

rosas”.

8

A moça, com tom de ironia fala para o Estudante que se ela é

ingrata ele é rude, ou melhor, é apenas um Estudante. Acredita que

sequer tenha fivelas de prata para seus sapatos.

10

O Rouxinol sensibilizado com a dor do Estudante, resolve o ajudá-

lo. Vai atrás das Roseiras para que elas o auxiliem.

2

O Estudante com raiva da moça de não cumprir com o que disse,

chamou-a de ingrata e atira a rosa na rua, onde ela caiu numa

sarjeta e uma carroça acabou passando por cima.

9

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59

Ao meio dia o Estudante abriu a janela do seu quarto eis o que vê a

Rosa Vermelha mais linda de todas, a mais bela e debruçando-se,

colheu-a.

6

Jovem Estudante se lastimando porque a moça só dançaria com ele

no baile se ele levasse uma rosa vermelha.

1

O Estudante diz “Que coisa mais tola é o Amor!”, volta para seu

quarto e começa a estudar.

11

10) O que você39 pensa a respeito da atitude dos personagens:

a) Estudante: _____________________________________________________

_________________________________________________________________

b) Moça: ________________________________________________________

_________________________________________________________________

c)Rouxinol: _______________________________________________________

_________________________________________________________________

d)Roseira (Vermelha): _______________________________________________

_________________________________________________________________

e)Valeu a pena o Rouxinol ter se sacrificado tanto por amor?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

f) Os jovens do conto tem noção do que é a Amor verdadeiro? Porquê?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

g)Você acredita que hoje as pessoas se preocupam muito mais com a beleza

estética, roupas, calçados, perfumes, carros e joias do que com os sentimentos

(amor, carinho, amizade…)? Justifique.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

39

Todas as perguntas do exercício 10 podem ser respostas pessoais.

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60

No conto O Rouxinol e a Rosa, a moça prefere joias a rosa. Está muito

mais interessada em bens materiais ao amor do rapaz. Dessa forma, podemos

considerar a moça uma jovem fútil, que o importante é ter e não ser. Lembrando

que esse conto foi escrito há muitos anos. E hoje, os adolescentes são

diferentes? Não se deixam influenciar pelos outros?

Para auxiliá-lo nessas questões, você vai ler um texto escrito por Cristiane

Lima, colunista, ELO Internet – Caderno Educação, que aborda a questão do

consumismo40 na adolescência.

Será que o Consumismo* é normal na

adolescência?

Já se foi o tempo em que o sonho principal dos jovens era cursar uma

faculdade. Hoje eles têm vários: iPods, carros, celulares de última geração….

Consomem marcas famosas mais do que qualquer outro nicho do mercado. Uma

pesquisa feita em nove países comprovou que no Brasil sete em cada dez jovens

colocam as compras como uma de suas prioridades. Os brasileiros ficaram em

40

A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem

somente aquilo que lhes é necessário. Já o consumismo se caracteriza pelos gastos

excessivos em produtos supérfluos, movidos pela propaganda. A necessidade de consumo

pode vir a tornar-se uma compulsão. Pessoas compram compulsivamente coisas de que

realmente não precisam. Muitas vezes, furtam ou roubam não movidas por uma necessidade

objetiva, mas pelo desejo de possuir algo cujo significado é essencialmente simbólico. O

consumismo está vinculado ao gasto em produtos sem utilidade imediata, supérfluos. Esse

hábito vem sendo discutido por muitos autores em suas origens e dimensões. Alguns

estudiosos apontam a importância da publicidade na construção da obsessão pelo ato de

comprar. Outros autores destacam a vinculação histórica da possibilidade de compra à vida

boa, riqueza, saúde. Fonte: http://www.brasilescola.com/psicologia/consumismo.htm 20/08/14

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61

primeiro lugar, no topo do ranking em matéria de consumismo, bem na frente dos

franceses, japoneses, argentinos, australianos, americanos e mexicanos. Ou seja,

“eles vão mais vezes ao cinema, viajam com maior frequência, compram mais

tênis, gostam mais de roupas de grife – mais caras que as similares sem marca

famosa – consomem mais produtos diet, têm mais computadores, assistem mais

DVDs e vídeos e, só para terminar, são mais vorazes na hora de abocanhar

balas, chicletes e lanches”. […]

Essa é a chamada “Geração da Vaidade”, “Geração da Grife” onde sempre

inventam pretextos para justificar os gastos cada vez maiores com roupas,

acessórios. Onde “obrigatoriamente” a roupa precisa ter uma marca forte para

mostrar status. Para preservarem uma aparência exterior perfeita, condizente com

o padrão de ditadura da moda, muitas vezes esses jovens compram sem

necessidade ou até mesmo sem condições financeiras. Para o adolescente em

fase de afirmação, tentando ser aceito dentro de um determinado grupo, este ato

torna-se absolutamente necessário em sua vida. E nesse ritmo desenfreado, a

mesada acaba sempre bem antes do final do mês. Será então que podemos

afirmar que esse comportamento é “normal”?

[…] A exposição diária dos adolescentes aos anúncios dos veículos de

comunicação estimula o consumo de forma inconsequente, influencia na

formação de seus valores sociais, em seus gostos, preferências de consumo.

Sem dúvida, quando esse adolescente ingressar no mercado de trabalho

descobrirá de forma dolorida que outras coisas são mais essenciais que roupas e

calçados de marca.

Ceder aos caprichos consumistas é o mesmo que proporcionar uma

satisfação ilusória e passageira. É preciso que os pais entendam que atender a

tudo indiscriminadamente, de forma alguma será positivo no processo de

crescimento pessoal e futuramente profissional dos filhos, pois as consequências

dessa ostentação vão bem mais além do que “prejuízos financeiros”, onde

podemos citar: obesidade infantil, a violência (assaltos de tênis de marca, por

exemplo) e até mesmo as antigas e lúdicas brincadeiras infantis que tanto

estimulavam a criatividade foram substituídas pelo controle remoto.

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62

Vale lembrar que, sob a ótica legal o Estado também tem

responsabilidade nesse processo educativo de nossos jovens, na medida em que

tem o dever de atentar para o conteúdo da televisão brasileira:

Na Constituição Federal: Art. 221. A produção e a programação das

emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;

IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

No Estatuto da Criança e do Adolescente: no que se refere à proibição de

programação, diversão ou espetáculos contrários à proteção das crianças e dos

adolescentes:

Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer,

esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua

condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.

Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário

recomendado para o público infanto-juvenil, programas com finalidades

educativas, artísticas, culturais e informativas.

Ou seja, os meios de comunicação simplesmente ignoram a lei quando

incentivam o mero consumismo; ao contrário disso, deveriam respeitar e proteger

nossas crianças e adolescentes, vulneráveis e facilmente influenciáveis, em sua

peculiar condição de pessoas em desenvolvimento.

Pais que sabem ensinar limites geram segurança e fazem com que seus

filhos vivenciem com afetividade o que acontece fora dos muros dos shoppings

centers, onde existem leis e regras iguais para todos. Enfim, é imprescindível

ensinar que a virtude do “ser” vem bem antes do “ter” e que ética e felicidade não

se compra com cartão de crédito.

* Entende-se por consumismo o ato de gastar produtos ou serviços, muitas vezes,

sem controle e sem consciência.

Texto completo disponível no endereço eletrônico:

http://elo.com.br/portal/colunistas/ver/219074/sera-que-o-consumismo*-e-normal-na-adolescencia-.html acessado em: 04/07/14 às 21h22min

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63

Prática oral

Você já ouviu falar da palavra “consumismo”? Sabe seu significado? E

consumista? Conhece alguém que gosta muito de comprar? De andar só de

roupas e calçados de marca?

O que o texto está abordando?

Acredita que os meios de comunicação influenciam e ou ajudam as pessoas a

gastar mais?

Vivemos numa sociedade capitalista, sabe o isso tem haver com o

consumismo?

Será que só adolescentes gastam? E os adultos?

Você exige que seus pais comprem mais do que o necessário?

Os amigos, os colegas, podem contribuir para que ocorra mais gastos que o

normal?

Você acha que são as adolescentes ou os adolescentes que compram mais?

Por quê?

Prática escrita

1) Segundo o texto, no que os jovens brasileiros gastam mais?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

2) Que lugar os brasileiros ficaram no aspecto consumismo?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

3) Os meios de comunicação podem influenciar o adolescente a se tornar uma

pessoa consumista?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

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64

4) Quais são os documentos que “deveriam selecionar o que passar, quando,

horário das propagandas televisivas” para não deixar que os adolescentes se

tornem altamente influenciáveis pela mídia?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

5) Existe alguma semelhança entre algum personagem do texto 41acima e do

conto estudado. Justifique.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

5) O que os pais podem fazer para deixar seus filhos mais seguros, para que se

tornem pessoas mais maduras e conscientes dos seus atos?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6) O que o texto quis dizer quando aborda “felicidade e amor não se compra

com dinheiro”.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

Bula do amor

Informações técnicas

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Não necessita prescrição médica. Este medicamento não é encontrado em

farmácias ou qualquer estabelecimento comercial, não sendo possível comprá-lo

ou vendê-lo. A origem do amor é desconhecida, mas experimentos mostram que

sua composição é de matéria semelhante à alma. Cientistas ainda não

41

Na sequência professor, utilizo atividades e textos que exigem o investimento de diferentes estratégias

de leitura. Assim o aluno é convidado a fazer inferências ora locais ora globais, a recorrer a seu

conhecimento de mundo, a estabelecer comparações entre as informações contidas no num único texto

entre diferentes textos, já que neste momento o aluno precisa entender que o tema central é o amor.

Nesse caso, ele vai emitir opinião, sempre com o propósito de aprofundar a compreensão leitora. Fonte:

MEC, Pró-letramento- Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries do Ensino

Fundamental. Brasília. Edição Revisada e Ampliada: 2008. p.22. No que refere a convidar o aluno a fazer

Inferências é o processo inferencial envolve operações cognitivas, por meio das quais o leitor articula um

conjunto de informações e chega a conclusões não explicitadas no texto.

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65

compreenderam a chamada propriedade multiplicatória do amor - quanto mais se

dá, mais se tem.

Composição

Compreensão, carinho, alegria, sinceridade, respeito e paciência. Há elementos

em sua composição ainda não identificados.

Indicação

Indicado para pessoas de todas as idades. Essencial para o bem-estar do bebê e

crescimento saudável da criança. Jovens e adultos devem fazer uso regular.

Imprescindível aos idosos, em especial aqueles com idade avançada.

Posologia e modo de usar

Doe uma dose de amor várias vezes ao dia. Ao doá-lo, certifique-se de fazê-lo

com o coração. Ao recebê-lo, seja grato e prontifique-se a doar o dobro. Amor se

dá em sacrifício e também em pequenos gestos, palavras de carinho, atenção,

tempo. Constata-se a eficácia do amor pelo grau de felicidade provocado no outro

e em você mesmo.

Reações adversas

Uma profunda e serena paz de espírito, brilho no olhar e sorriso sincero no rosto.

Muita saúde e felicidade. Existem relatos de pessoas que se queixaram de excesso

de entusiasmo e bom humor.

Contraindicações

Não há contraindicação.

Retirado http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/2440907. Acesso em: 28/06/2014 as 20h55min

Prática oral

1) Sobre o que fala o texto? Gostou? É criativo? Por que o título é Bula do

amor?

Prática escrita

1) O medicamento do texto pode ser vendido em farmácias?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

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66

2) Do que é feita a sua composição?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

3) Quais pessoas podem fazer uso desse medicamento?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

4) Como deve ser usado?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

5) Existe alguma contraindicação?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6) Para quem você receita este medicamento?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

7) Faça um desenho (embalagem) para este medicamento que você estudou.

Escolha o nome do medicamento, laboratório, data de fabricação e validade,

capriche nas letras, utilize cores…

8) No conto O Rouxinol e a Rosa quem podemos dizer que “usa ou tem” esse

medicamento?

________________________________________________________________

Professor, já que estamos falando

de amor, outra sugestão é

trabalhar fazendo relação

conto/texto- Quadrilha” de Carlos

Drummond de Andrade, e pedir

para que os alunos escrevam sua

própria “quadrilha”. Fonte

http://letras.mus.br/carlos-

drummond-de-

andrade/460652/agosto-2014

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67

R E G I S T R A N D O

1) Encontre 17 ou mais palavras relacionadas ao conto “O Rouxinol e a Rosa” de Oscar Wilde, circule-as. D I A N O I T E S T U D A N T E D A C I

R A V A I E S P I N H O S J A R D I M O

O Q N Q U A R T O U I S M E N I N A A R

U G O Ç S T A R I A A M V E R M E L H A

X U I R A R O H C S P R I N C I P E R P

I T O Q U R E V O F G O J O V E M F V A

P R I N C I T R F E L I C I D A D E A Z

O S A L E R A M A S E I N V E R N O L F

B O R B O L E T A C O R O S E I R A H U

N I G O N O R O U X I N O L E L A S O P

A I O J N I A A M O R B A I K A Ç O M A

J A N E L A B A I S A P A T O S F U S A

2) Subsititua os algarismos pelas letras, observe que cada número corresponde a uma letra. Em seguida, descubra a frase.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

A E I O U B C D F G H J L

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

K M N P Q R S T V Y X W Z

1 1 15 3 26 1 8 2: 5 15 1 15 4 19

18 5 2 16 5 16 7 1 15 4 19 19 2.

15 1 19 34 18 5 3 16 21 1 16 1

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Escreva a frase que descobriu aqui:

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

LOTERIA ORTOGRÁFICA

_________________________________

3) Marque com um X a coluna correta ( L ou U ).

PALAVRAS L U ESCREVA A PALAVRA

juveni.......

degra........

a.....deia

po.....pança

fáci......

aço......gue

quinzena....

sa......dade

ági.......

a.....godão

ceno.......ra

vasso.......ra

chapé.......

a......tomóvel

a.......face

nesca..........

pape..........

so.........dado

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69

A produção será...

Os alunos deverão elaborar acrósticos ilustrados referentes à moça, o

jovem estudante, o rouxinol e a rosa.

Na escola:

Elaborar um painel com uma placa de isopor e anexar os acrósticos.

Professor, outra sugestão de

interpretação é o aluno(a)

produzir um final diferente

para a história.

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70

Momento em família:

Cada aluno (a) irá levar para casa um botão de rosa para plantar, deverá

contar o significado da rosa e falar sobre o conto.

“Trago esta rosa… hoje o céu está tão lindo…”

(Tim Maia)

UNIDADE DIDÁTICA 3

Gente enferruja?

14 h/aulas

Outra sugestão,

professor(as), é confeccionar

uma rosa em E.V.A, ou outro

material.

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71

Prática oral

O que vocês viram? Como era a biblioteca? Gostaram do passeio?

Como era o ambiente? Era agradável? O que acharam de fazer a carteirinha

para pegar os livros para ler em casa?

Daqueles que vocês folhearam o que mais chamou sua atenção?

Quais são as semelhanças e diferenças entre a biblioteca de sua escola e a

biblioteca pública?

Olá professor(a), que tal como

motivação levar seus alunos(as)

a fazer uma visita à biblioteca

pública local? Se não tem em

sua cidade pode levar na

biblioteca de sua escola. Bom

passeio!

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72

Que a Biblioteca de Alexandria...

Há dois mil anos brilhou uma avançada civilização científica. A cidade de

Alexandria, no Egito, foi o coração do mundo antigo e a semente do mundo

moderno. Pessoas do mundo todo iam para lá para comerciar ou adquirir

conhecimentos.

Os governantes da cidade eram apaixonados pelo conhecimento. Por isso

construíram a colossal Biblioteca de Alexandria, que reuniu os melhores sábios da

Antiguidade. Em carne e osso ou em livros. Bem, os “livros” não eram bem livros

como conhecemos hoje. Esses ‘’livros’’ eram grossos rolos de papiro guardados

em cilindros de couro. E como não existia a imprensa, eles eram cuidadosamente

copiados à mão, um a um.

A biblioteca possuía um acervo fantástico. Centenas de milhares de obras

que continham o que de melhor havia nas ciências e nas artes em todas as áreas:

aritmética, anatomia, astronomia, teatro, poesia…

Era tamanha a paixão dos governantes de Alexandria pelos livros, que a

taxa para se entrar na cidade não era dinheiro – era um livro! Além disso, a

biblioteca gastava fortuna em ouro comprando os melhores textos do mundo,

onde quer que estivessem.

Além de colecionar toda a sabedoria do conhecimento, Alexandria também

financiava a sua própria investigação científica, produzindo novos conhecimentos.

O sábio Eratóstenes, usando uma vara de madeira e cálculos matemáticos

relativamente simples, descobriu que a terra é redonda – 15 séculos antes de

Colombo! Euclides escreveu um tratado de geometria que é usado até hoje, no

século XXI, e sua obra foi importantíssima para os físicos Kepler, Newton e

Einstein.

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73

Mas, às vezes, a ignorância é mais forte que a sabedoria. Principalmente

se essa ignorância usa fogo e odeia a sabedoria. A biblioteca acabou sofrendo

vários incêndios na sua história. Alguns causados por guerras. Outros pelo

desprezo dos invasores pelos conhecimentos lá guardados. Cristão, mulçumanos,

pagãos, todos tiveram parte na destruição da biblioteca.

https://www.google.com.br/search?q=a+biblioteca+de+alexandria&tbm=isch&tbo=u&source acesso dia 05/07/2014 às 18h34min

A descrição da biblioteca foi uma perda incalculável. Foi como se a história,

de repente, tivesse dado marcha à ré. Tudo virou cinzas. Rolos de pergaminhos

foram utilizados como lenha. Eram tantos que demoraram meses para ser

consumidos pelas chamas. As capas de couro que preservavam os papiros

viraram botas e sandálias, muito mais ‘’úteis’’ para o exército conquistador.

Hoje existe uma nova e moderníssima biblioteca em Alexandria. Com livros

totalmente diferentes. A glória da antiga Biblioteca de Alexandria é apenas uma

vaga recordação. O conteúdo científico da magnífica biblioteca não resta um

único manuscrito. ( CAMPOS,J. NIGRO, F. RODELLA, G. A arte da palavra. L. Port. 2009).

CURIOSIDADE

Breve história do livro

A escrita é a memória da humanidade. É por meia dela que podemos saber

das histórias que nossos antepassados contavam a milhares de anos, que

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podemos saber como eles organizavam suas vidas, o que conheciam e o que

inventavam.

Os primeiros textos que o homem escreveu foram esculpidos em tabuletas

de argila ou de pedra e serviram para documentar, por exemplo, quantos bois

haviam sido vendidos por certo comerciante ou quantos objetos existiam no

palácio de um rei. Nessa época, cerca de 4 mil anos antes de Cristo, só os

escribas sabiam ler e escrever.

Cerca de mil anos depois, os egípcios já escreviam sobre folhas de papiro

(feitos de tiras de uma planta). Os rolos de papiro eram muito mais leves, fáceis

de levar de um lado para outro e foram usados durante muito tempo.

Aos poucos, o frágil papiro foi sendo substituído pelo resistente

pergaminho, feito da pele curtida de animais. Essas “folhas” de couro, sobre as

quais se escrevia, eram cortadas em retângulos, dobradas e costuradas em

códices.

Na Europa, durante a Idade Média, pouquíssimas pessoas sabiam

escrever. Quem tinha acesso aos livros eram os padres de Igreja Católica e

muitos reis e nobres eram até analfabetos. Os chamados monges copistas eram

religiosos que dedicavam a vida a copiar o que havia sido escrito na Antiguidade.

Mesmo que a maioria das pessoas não tivesse acesso, o importante era

preservar o conhecimento. Durante esse período, o pergaminho foi sendo

substituído pelas folhas de papel, que, costuradas em um de seus lados, viraram

os livros com a forma que conhecemos até hoje.

Os livros eram muito caros, pois eram copiados à mão, um por um. Imagine

o trabalho que dava copiar à mão um livro inteiro, com todas as letrinhas, todos os

desenhinhos! Como fazer para conseguir mais cópias de um modo mais rápido?

Os chineses já haviam resolvido esse problema no Século II da Era Cristã.

Para poder fazer várias cópias rapidamente, eles inventaram a técnica da

impressão. Eles esculpiam toda a página de um livro em um bloco de mármore ou

de madeira, como se fosse um grande carimbo.

No Ocidente, por volta de 1450, um alemão chamado Gutenberg teve a

mesma ideia que os chineses e inventou a imprensa. Só que em vez de usar

madeira, Gutenberg resolveu fazer os moldes em chumbo, material mais

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resistente. E em vez de gravar toda a página de um livro, ele inventou os tipos

móveis, ou seja, letras separadas umas das outras, que podiam ser reutilizadas

em outras impressões. Assim passou a ser muito mais rápido e mais barato fazer

livros, o que foi uma verdadeira revolução.

De lá pra cá, surgiram os computadores, outra gigantesca revolução. O

texto se desprendeu do papel e virou bytes e luz. Hoje, os livros42 de papel, como

este que você está lendo, convivem com versões eletrônicas, lidas nas telas do

mundo todo. O texto não precisa mais ser material.

Mas acontecem coisas curiosas…. O texto lido no computador, como o de

muitas páginas da web, voltou a ser lido de cima para baixo, como naqueles

antigos rolos de papiro. A modernidade reencontra os egípcios!

Fonte: CAMPOS, J. NIGRO,F. RODELLA, G. A arte da palavra. Língua Portuguesa. 6º ano. São Paulo: FNDE, 2009.p.26 e 27.

Até hoje qual foi o livro que mais gostou de ler43? Por quê?

42

“Livros não precisam de bateria, duram mais que os suportes magnéticos e resistem melhor a impactos.

Até agora, os livros representam o mais barato, flexível e prático de transportar informação a um custo

muito baixo. A comunicação por computador viaja à nossa frente; os livros viajam conosco e na nossa

velocidade.” Umberto Eco

43 Cabe às escolas desenvolver um trabalho mais aberto em relação à leitura do texto literário, aproveitar os

que os alunos intuitivamente, afirmam que gostam de ler para comentar entre eles, indicar, compartilhar.

Fonte: AGUIAR, V. T de. MARTHA. A. A. P. Territórios da leitura: da literatura aos leitores. São Paulo:

Cultura Acadêmica; Assis, SP: ANEP, p. 183, 2006

Professor (a), tanto no texto da

Biblioteca de Alexandria,

quanto a breve história do livro,

você contar para seus

alunos(as), quanto imprimir e ir

realizando a leitura.

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O que você vai ler agora é um livro infanto-juvenil chamado Raul da

ferrugem azul, escrito por Ana Maria Machado. O livro conta a história de um

menino, chamado Raul, que começa a perceber manchas azuis pelo braço,

depois nas pernas e pescoço e pela característica vê que é uma ferrugem só que

azul. Porém, ninguém vê as ferrugens a não ser ele próprio. Angustiado, pede

ajuda para Tita, a empregada, mas sem contar o problema de fato; mesmo assim,

ela o aconselha a procurar o Preto Velho que mora no bairro dela. Indo para lá,

Raul se encontra com Estela que lhe dá algumas dicas sobre a questão das

ferrugens. Raul então começa a descobrir o porquê dessas manchas.

O livro é escrito de maneira muito agradável e pincela várias questões

importantes para o aprendizado na vida, sem ser "uma lição de moral". Acredito

que vai gostar de ler.44 E ainda, por meio da leitura do livro irá perceber quantas

pessoas hoje estão enferrujadas.

Raul da ferrugem azul

– E gente enferruja?

44

Não é preciso converter a leitura num ato utilitário, não precisa cair no fundamentalismo de sair por aí

querendo converter os outros com suas leituras ou suas opiniões. Ler bem é ficar mais tolerante e mais

humilde, aceitar a diversidade, dispor-se a tolerar a diferença e a divergência. Fonte: MACHADO, A. M.

Como e por que ler os Clássicos Universais desde cedo. Rio de janeiro: Objetiva, p.100, 2002.

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Raul nem estava conseguindo dormir, de tanto pensar e repensar. Mil

perguntas na cabeça.

– Será que é bolor? Pode ser… É meio azulado. Mas não tem um jeito macio

feito coisa embolorada. Parece mais ferrugem.

Estava assim, pensando e pensando, desde a hora do recreio na escola,

quando descobriu as manchas azuis no braço. Primeiro até pensou que fosse

tinta. Só que não tinha jeito de tinta. E ele também não podia ficar o tempo todo

parado no meio do pátio olhando para o braço, reparando nas manchas,

pensando no que seria. A cabeça dele ainda estava muito ocupada com o

pensamento da briga e com a raiva. Da briga que nem houve. Mas que bem que

deveria ter havido.

Só de pensar, Raul ficava outra vez com raiva. Com muita raiva. E no

escuro, deitado na cama, esperando o sono que não vinha, lembrava de tudo,

como se estivesse vendo agora.

Aquele chato do Márcio veio do quadro-negro, passou junto da carteira e

disse:

– Careta!

Disse isso como sempre dizia. Meio baixo para o professor não ouvir, meio

alto para os colegas ouvirem. Raul já sabia o que vinha depois. As risadinhas dos

outros. Os olhares debochados. E a raiva dentro dele.

Nem ao menos podia bater no Márcio um dia. Em menino menor não se

bate, é covardia. E não havia jeito do Márcio crescer até ficar do tamanho dele.

Quanto mais o Márcio crescia, mais ele crescia também. E nunca empatavam.

Claro que Márcio não precisava crescer muito, até ficar do tamanho do Zeca, por

exemplo. Aí já era demais, era até capaz de dar uma surra em Raul, que na certa

o Márcio não ia ligar para essa de não bater em menino menor. Mas podia pelo

menos ficar da mesma altura que ele.

Uma coisa que Raul não entendia era pra que essa implicância. Sabia que

o pessoal gostava dele. Até que eram amigos. Só que ele não era de se meter

em brigas e mesmo quando não gostava de alguma coisa que os outros faziam,

não dizia nada. Não chateava os outros. Não entregava ninguém. Não

desobedecia. Não dava resposta malcriada. Não gritava com ninguém. Todo

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mundo sabia que ele era um menino bonzinho e comportado.

Só não sabiam é da raiva dentro dele. Nem das perguntas girando na

cabeça. […]

MACHADO, Ana Maria. Raul da ferrugem azul. Ilustrações de Rosana Faria. 56ª impressão.

2ªedição. São Paulo: Moderna, 2003

Prática oral

Você já ouviu falar de Ana Maria Machado?

Você conhece os livros de Ana Maria Machado?

Já leu algum livro da autora?

Você gostaria de ler um dos livros da autora?

Você já leu o livro Raul da Ferrugem Azul?

Você sabe por que o livro tem este nome?

O que você imagina que autora trata na história?

Você já presenciou ou sofreu alguma situação de discriminação ou

preconceito? Qual foi a sua reação?

Se você perceber algo de diferente procurará por ajuda?

Fonte: www.dominiopublico.gov.br acesso: 25/08/14

Ana Maria Machado é jornalista e escritora, com mais de 100 livros

publicados no Brasil e em mais de 18 países, somando mais de 18 milhões de

exemplares vendidos. Autora de livros infantis foi à primeira desse gênero a

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integrar a Academia Brasileira de Letras, em 2003, ocupando a cadeira de

número 1. É a atual presidente da Academia (biênio 2012/2013).

A escritora nasceu em Santa Tereza, Rio de Janeiro, no dia 24 de

dezembro de 1941. Foi aluna do Museu de Arte Moderna. Iniciou a carreira de

pintora, participou de exposições individuais e coletivas. Formou-se em Letras

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na mesma Universidade, lecionou

no curso de Letras.

Abandonou, então, a carreira de pintora para se dedicar aos livros. No final

do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana

deixou o Brasil e partiu para o exílio, indo morar na Europa. Levou consigo

algumas histórias infantis que estava escrevendo para a revista Recreio.

Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou

como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar

professora na Sorbonne. Nesse período, ela terminou sua tese de doutorado em

Linguística e Semiologia sob a orientação do renomado Roland Barthes. A tese

resultou no livro Recado do Nome, que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo

ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a

Editora Abril.

De volta ao Brasil, Ana Maria retomou o seu projeto de escrever livros

infantis. Em 1977, ganhou o prêmio João de Barro pelo livro História Meio ao

Contrário. Em 1979, fundou a primeira livraria dedicada a livros infantis no Brasil,

a Malasartes.

O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, quando Ana passou a se

dedicar exclusivamente aos livros infantis e também para o público adulto. Em

1993, ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro

Infantil e Juvenil (FNLIJ). A coroação veio em 2000, quando ganhou o prêmio

Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil

mundial. E em 2001, recebeu da Academia Brasileira de Letras o maior prêmio

literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.

Seu mais recente prêmio foi concedido em agosto de 2013: o

romance Infâmia foi o ganhador do Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de

Literatura, durante a 15ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS).

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Principais obras de Ana Maria Machado:

Uma Vontade Louca

Bento que Bento é o Frade

Bisa Bia, Bisa Bel

De olho nas penas

Raul da Ferrugem Azul

Do Outro Mundo

O Canto da Praça

Bem do Seu Tamanho

Tudo ao Mesmo Tempo Agora

Canteiros de Saturno

Gente, Bicho, Planta: O Mundo me encanta

Alice e Ulisses

Fonte: http://www.feiradolivroribeirao.com.br/homenageados/autora-infantojuvenil-ana-maria-machado/ dia 15/07/2014

I M P O R T A N T E !

Editora Moderna

Ana Maria Machado é uma das principais responsáveis pelo lugar de destaque que hoje é ocupado pela literatura infantil e juvenil brasileira. Teve uma participação fundamental nessa conquista. Em mais de 30 anos de carreira, ela tem criado personagens inesquecíveis, enredos fascinantes, sempre inovando a linguagem e mantendo alta qualidade literária e artística em seus textos. A partir da herança legada por Monteiro Lobato, construiu uma obra que transcende o mundo das crianças e penetra nas universidades e na mídia especializada, dando origem a teses de mestrado, reportagens e prêmios de reconhecimento em todo o mundo.

Sobre a obra Raul da Ferrugem Azul “Cara Ana Maria: Acho que não estou todo enferrujado, é linda a história do Raul. O abraço amigo e a sempre admiração do Drummond”. (Drummond, 1983). “Raul da ferrugem azul trata da necessidade da expressão individual livre, sincera, como requisito para haver seres humanos plenos, autênticos, capazes de influir na transformação de sua comunidade”. (Antonio Orlando Rodriguez, 2000). “Texto simples que conta com hábil combinação de realidade e fantasia que

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caracteriza Ana Maria Machado- a luta interna de um menino para vencer sua covardia e enfrentar os preconceitos sociais à nossa volta”. (Joel Franz Rosell, 2000).

Palavras da autora O ser humano e as histórias. O ser humano precisa de histórias. Valem romances, contos, novelas, telenovelas, filmes, quadrinhos, peças de teatro, videogames. Segundo a escritora Ana Maria Machado, isso acontece porque as histórias nos permitem […] viver simbolicamente uma infinidade de vidas alternativas junto com os personagens de ficção e, desta forma, ter elementos de comparação mais variados. […] A leitura de bons livros traz também ao leitor […] o contentamento de descobrir em um personagem alguns elementos em que ele se reconhece plenamente. Lendo uma história, de repente descobrimos nela umas pessoas que, de alguma forma, são idênticas a nós mesmos, que nos parecem uma espécie de espelho. Como estão, porém em outro contexto e são fictícias, […] acabam nos ajudando a entender melhor o sentido de nossas próprias experiências. Essa dupla capacidade de nos carregar para outros mundos e, paralelamente, nos propiciar uma intensa vivência enriquecedora é a garantia de um dos grandes prazeres de uma boa leitura. MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. p.20.

Professor (a) faça

comentários sobre a autora.

Aproveite este momento e

apresente a obra literária aos

seus alunos(as), como é

distribuída a obra, quantos

capítulos, sobre o que acha

que cada capítulo aborda,

observar as ilustrações.

Enfim, apresentação autor e

obra.

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Prática oral

Apresentação dos capítulos:45 explicar e deixar que os alunos(as) comentem

sobre os oito capítulos distribuídos. Retomar os capítulos, interpretação oral.

Fazer com que os alunos recontem a história.

Capítulo 1 – A Ferrugem Descoberta

Capítulo 2 – As Manchas se Espalham

Capítulo 3 – Raiva engolida, Garganta Atingida

Capítulo 4 – A Estória do Velho da Montanha

Capítulo 5 – Uma Menina de Briga

45

Essa apresentação poderá ser feita por meio do Relembrar “feedback”, pois neste momento os alunos

poderão recontar a história da obra Raul da ferrugem azul de Ana Maria Machado, por meio do livro

ilustrado produzido pela autora desta unidade feito em E.V.A.

Nesta etapa, leitura na

íntegra do livro, pode ler por

capítulos realizando

intervalos de leitura. Dê

preferência, leitura em voz,

compartilhada, em dupla,

grupos, caso não tenha livros

suficientes aos seus alunos,

pode realizar a leitura do livro

em PDF.

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Capítulo 6 – Encontro com o Preto Velho

Capítulo 7 – Cada Um sabe da Sua

Capítulo 8 – Primeira aventura de Desenferrujamento

Estimular a imaginação e a curiosidade sobre o desenrolar de cada parte

(capítulo) por meio do livro confeccionado em E.V.A.

Fonte: Produção da autora ( PDE- agosto de 2014) - Capítulo 1

Livro ilustrado por capítulos, disponível no endereço eletrônico:

http://www.youtube.com/watch?v=sF1QJ6S8GfQ&feature=youtu.be Acesso em: 28/10/2014.

Roda de conversa

Alunos em círculo e alguns representando os personagens: Raul, Tita, Márcio,

Estela, Preto Velho, pode selecionar outros ainda. Neste momento priorizar a

oralidade dos educandos, permitir que coloquem seu ponto de vista a respeito de

cada personagem, inclusive as características que foram abordadas na obra.

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Vamos brincar um pouco com a história?

Agora é sua vez, encontre no conto palavras que representam:

Personagens:

Espaço:

Sentimentos:

Objetos:

Qualidades: Defeitos:

Prática oral

Qual a ideia que você tem sobre o menino Raul da Ferrugem Azul?

O que pensa a respeito da menina de briga retratada no capítulo 5 do livro?

No capítulo sete, quando Raul descobre que Estela também teve ferrugem,

só que amarela, o que a autora quis dizer com a expressão “Cada um sabe da

sua”?46

46

Só nós mesmos podemos avaliar o tamanho de sofrimentos ou angústias que estejamos vivendo. Por

mais que pessoas próximas, até por tentativa de nos consolar, nos digam “eu sei o que você está sentindo”,

elas não conseguem medir com exatidão o nosso sentimento. O drama que cada um vive nunca é

exatamente igual ao do outro, sempre tem algo particular. Conhecendo nossas próprias dores, ou melhor,

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Prática escrita

1) Responda a alternativa 47referente ao livro que leu marcando ou pintando a

resposta correta.

a) Título da obra

Raul da passagem azul

Raul da ferrugem amarela

Raul da ferrugem azul

b) Autor (a):

Oscar Wilde

Ana Maria Machado

Ruth Rocha

c) Editora:

Salamandra

Salamantra

Saltimbanca

d) Ilustrações do livro foram feitas por:

Rosana Frios

Rosana Rios

Rosana Faria

e) Como percebeu o livro é dividido por capítulos. Lembra quantos são?

Seis (6)

Sete (7)

Oito (8)

2) Pela leitura que fez da obra o que você pensa sobre os personagens

principais que aparecem na história?

nossas próprias manchas nos condicionaram a buscar o remédio adequado para alivia-las. Não podemos

dispensar o auxilio de outros, que colocam suas experiências em nosso favor. [grifo meu].

47 a) Raul da ferrugem azul, b) Ana Maria Machado, c) Salamandra, d) Rosana Faria, e) Oito (8).

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3) Quando Raul percebeu as suas ferrugens, o que ele fez para tentar eliminá-

las?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

4) Como as manchas, “ferrugens” foram aparecendo? Em que partes do corpo?

Por quê?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

5) Tita sempre procurava uma pessoa 48no morro quando precisava de conselho,

ajuda? Quem era essa pessoa?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6) Como Raul imaginava49 essa pessoa que Tita tanto falava? E como era

realmente.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

7) Quem ajudou Raul a superar o problema? Descreva essa pessoa, ela

também tinha ferrugens?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

8) Você já se deparou com algum problema parecido com o do personagem

principal?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

9) Você conhece ou já conheceu pessoas parecidas com Raul?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

48

Preto Velho.

49 Raul imaginava como um sábio, homem bem velho, com barba, chapéu ( “bruxo”), com vestimenta longa.

No entanto, era um velho preto, com vasta experiência, a roupa toda branca ( camisa e calça), cachimbo,

um homem.

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10) Como era o comportamento de Raul na escola e com os amigos?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

11) Quais foram às atitudes de Raul para conseguir ir ao morro? Você achou

certo o que ele fez?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

12) Como você faz quando não consegue resolver os problemas sozinhos? Ter

amigos é importante. O que você faz para manter a verdadeira amizade?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

13) Raul conseguiu se livrar das manchas azuis50? Como?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

14) No último capítulo Raul chega em casa e olha-se no espelho. O que ele viu

naquele momento? Percebeu algo de diferente? Comente:

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

15) O terceiro capítulo conta sobre uns amigos de Raul que estavam na esquina

conversando, falavam sobre crianças negras. Por que as crianças se referiam aos

negros com “tom preconceituoso”? O que você pensa sobre a questão do

preconceito?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

50

A cor azul é a mais fria de todas as cores, simboliza solidão, tristeza, depressão. Mas também remete

inteligência e emoções profundas. Professor, aproveite o significado da cor azul para explicar aos seus

alunos a semelhança das manchas azuis que “apareciam” no Raul, fazendo relação entre as manchas e a

cor. Fonte: http://www.capovdesign.com.br/index.php/component/k2/item/107-psicologia-das-cores

21/08/2014.

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O livro Raul da ferrugem azul aborda vários temas, dentre eles podemos

citar o preconceito racial. Vamos ler, uma reportagem falando sobre a questão de

pessoas que já sofreram preconceito.

Ato de racismo Torcedor que atirou banana para jogador Daniel Alves é

punido

Foi identificado, nesta segunda-feira (28), o torcedor que atirou uma

banana perto do jogador Daniel Alves durante a partida entre Villareal e Barcelona

pelo Campeonato Espanhol. O mais recente ato de racismo nos campos de

futebol gerou uma onda de manifestações de apoio ao brasileiro.

O lateral-direito da Seleção precisou de apenas seis segundos para

provocar uma reação mundial contra mais um ato de racismo no futebol.Mariló

Montero, apresentadora da TVE, TV estatal da Espanha, repetiu o gesto que

Daniel Alves fez durante a partida de ontem entre Barcelona e Villareal, pelo

Campeonato Espanhol.

Manifestações de apoio foram registradas nas redes sociais na internet em

todo o mundo. Entre elas, do companheiro do Barcelona, Neymar, que há duas

semanas, também sofreu com atos racistas de torcedores do Granada, time

espanhol. “Foi um gesto super espontâneo, mesmo que eu já venho a um certo

tempo sofrendo esse tipo de coisa, eu acho que as atitudes negativas têm que ser

sempre pagas com atitudes positivas. Não tinha nada programado, não. Eu não

imaginava que iam atirar uma banana em um campo de futebol”, declarou Daniel

Alves.

Nesta segunda-feira (28), a diretoria do Villareal comunicou que identificou

o torcedor que jogou a banana, retirou os ingressos dele para os três jogos que

restam desta temporada e o proibiu, permanentemente, de frequentar o estádio

do clube.

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A federação espanhola de futebol vai se reunir na terça-feira para decidir

se vai dar uma eventual punição ao Villareal, já que o incidente aconteceu no

estádio do clube.

O que leva a crer que este caso terá, de fato, alguma consequência é o

fato raro de que o árbitro David Fernandez Borbalan registrou o ato de racismo na

súmula do jogo.

Casos como o deste domingo (27), acontecem com frequência em estádios

europeus. No início do ano passado, o atacante alemão, de origem ganesa, Kevin

Prince Boateng, na época do Milan, da Itália, chutou a bola na direção da

arquibancada após ouvir cantos racistas da torcida do time Pro Pátria durante um

amistoso. Indignado, ele deixou o campo e o amistoso foi interrompido. Seis

torcedores foram identificados, multados em R$ 30 mil e ficaram presos por até

dois meses.

Em 2012, na Eurocopa, competição mais importante de seleções do velho

continente, torcedores da Croácia jogaram uma banana na direção do atacante da

Itália, Mário Balotelli. Ninguém foi punido.[...].

Texto na integra:

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/04/torcedor-que-atirou-banana-para-o-jogador-daniel-alves-e-punido.html acesso em: 03/10/2014

Professor, você também

poderá comentar com

seus alunos sobre atos e

responsabilidades, e

trazer na conversa de roda

o caso da torcedora do

grêmio que insultou o

goleiro “Aranha”. E ainda

explorar outros textos que

abordem o tema.

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90

Prática oral

O texto aborda o quê?

O que aconteceu?

Aonde? Quando? Com quem?

A questão do racismo acontece só fora do país? Já passou por alguma

situação preconceituosa? Preconceito só acontece no esporte?

Na escola ocorrem situações de racismo? O que é feito?

Você conhece a Lei nº 10.639/03 que propõe novas diretrizes curriculares

para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os

professores devem trabalhar em sala de aula com a cultura afro-brasileira como

formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como

sujeitos históricos. Pois o pensamento e as ideias de importantes intelectuais

negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes

africanas, por meio das Equipes Multidisciplinares têm contribuído para “diminuir”

o racismo nas escolas.

O que nós enquanto alunos(as), podemos fazer para extinguir/diminuir tom

preconceituosos que ouvimos, ou vemos em nossa sociedade?

Outro ponto a ser discutido é logo no início da história. Raul comentou que o

personagem Márcio passou por ele e o ofendeu. Em seguida, no pátio da escola,

arrancou de brincadeira, os óculos do Guilherme que caiu e quebrou. Qual foi a

reação de Raul diante disso? Você acha que ele agiu de forma correta?

“Brincadeiras” com tom de xingamentos, humilhações, tal como o

personagem Márcio do livro “Raul da ferrugem azul” fez, tem sido cada dia mais

frequente nas escolas. Para isso tem-se um nome do qual chamamos de

“BULLYING”. Você já ouviu falar sobre isso?

Além da situação abordada no livro, Raul da ferrugem azul existe outras

formas de se praticar o bullying?

Por se tratar de fatos que ocorrem em todas as escolas, sejam elas

paranaenses ou não, públicas ou particulares, muitos passam despercebido, o

grupo, sabendo que um colega está sendo constrangido de alguma forma,

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tomaria uma atitude de comunicar aos professores, ao diretor e/ou aos pais para

acabar com esse tipo de violência?

Bullying

Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra

uma pessoa indefesa, que causam danos físicos e psicológicos. O termo vem

do inglês (bully) que significa tirano, brutal. A violência é praticada por um ou

mais indivíduos, com o objetivo de intimidar ou agredir a vítima.

O bullying geralmente é feito contra alguém que muitas vezes não

consegue se defender e não entende os motivos daquela agressão gratuita. A

vítima geralmente teme os agressores, por serem violentos e opressores. É

praticado em qualquer ambiente, ou seja, na rua, na escola, na igreja, no clube

etc. Muitas vezes é praticado por pessoas dentro da própria casa da vítima.

No Brasil o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater,

soquear, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos, colocar em dúvida a

masculinidade ou feminilidade da vítima, são as práticas mais comuns. Para a

Professor, material complementar

para discussão sobre “ Bullying nas

escolas públicas”. Disponível em: :

http://londrina.odiario.com/parana

/noticia/612175/lei-contra-o-

bullying-nas-escolas-e-sancionada-

no-pr/ 19/09/2014

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justiça brasileira o bullying está enquadrado em infrações previstas no Código

Penal, como injúria, difamação e lesão corporal.

As pessoas agredidas pelo bullying apresentam alguns sintomas como o

distúrbio do sono, problemas de estômago, transtornos alimentares,

irritabilidade, depressão, transtornos de ansiedade, dor de cabeça, falta de

apetite, pensamentos destrutivos, como desejo de morrer, entre outros. Em

muitos casos as vítimas recorrem à terapia para amenizar as marcas deixadas

pela agressão.

http://www.significados.com.br/bullying/ acesso: 20/08/2014

CURIOSIDADE

O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente

qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola,

faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e

entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência

do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a

enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença

ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos

no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.

As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos,

convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as

“próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma

efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos,

sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo

e ansiedade.

As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos

com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios

problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento

agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas

públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns

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em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência

dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm acesso em: 20/08/2014.

I M P O R T A N T E !

A Constituição Federal 51em seu artigo 227 dispõe sobre os direitos inerentes à criança, ao adolescente e aos jovens:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão…

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n° 8.069 de 13 de julho

de 1990, é à base da legislação para situações que envolvem crianças, adolescentes e jovens. Por se tratar de um comportamento que contraria as disposições da lei, o bullying é considerado crime e é punível na forma da lei.

Aquele que se sentir constrangido, independente do grau da violência, pode procurar as autoridades judiciais competentes para as providências necessárias e aplicáveis em cada caso. O Ministério Público e a Defensoria Pública são as entidades indicadas para serem buscadas, pois seus membros, promotores e defensores públicos, estão aptos a orientar, tomar as medidas judiciais cabíveis (denunciar, promover acordos).

51

Para Silva (2005, p.24) [...] a prática da leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas

diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são obrigações e também pode defender os seus

direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade mais justa e

democrática.

Professor, como o tema neste

momento é bullying poderá

trabalhar com alguns vídeos

explicativos sobre o assunto,

pode pesquisar no youtube, que

encontra vários, sugiro “Bullying

– Sai pra lá”, disponível no

endereço eletrônico:

http://www.youtube.com/watc

h?v=zv2pKABQhDo acesso em:

19/10/2014.

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Prática escrita

1) Dividir a turma em grupos. Alguns podem elaborar cartazes sobre bullying, e

os outros sobre a questão da discriminação racial. Podem ter ilustrações, a

pintura pode ser com tinta guache. Fica a critério do professor(a) e criatividade

dos alunos.

Dialogando com música

É preciso...( a próxima parada) Jota Quest-

Compositor: Paulinho Fonseca_ Jota Quest

É preciso falar dos amigos

É preciso falar de nós dois

É preciso falar de estar vivo

E do que nos espera depois

É preciso falar.

Letra completa: - http://www.kboing.com.br/jota-quest/1-1074778/ acesso em: 05/06/2014 às 14h

21min.

Professor(a) utilizar-se da letra

da música É Preciso de Jota

Quest, para trabalhar com a

questão de sempre falar do

que pensa (consequência)

para não se tornar uma

pessoa enferrujada, cheia de

manchas espalhadas pelo

corpo.

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R E G I S T R A N D O

1) No livro estudado nesta Unidade didática, aparece palavras escritas com r e

outras com rr, que tal encontrar no texto e escrever algumas. Lembre-se que

nomes próprios você deve iniciar com letra maiúscula.

_________________________________________________________________

2) Descubra qual é a palavra.

Dica: São escritas com r ou rr.

a) O que não está certo está....

b) Usa-se para cortar madeira.

c) Flor amarela que se vira para o sol.

d) Pequeno galho de árvore.

e) Meio de transporte puxado por cavalo.

f) Nome do personagem criado por Ana Maria Machado que tinha

manchas pelo corpo que somente ele as via. E como ele chamou essas

manchas.

g) Metal dourado e valioso.

h) Animal considerado amigo do homem.

i) Nome do nosso planeta.

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3) Quando ler as palavras abaixo verá que estão faltando letras, umas

faltam o r ( R) e outras o rr. Então cabe a você completar.

chu........asco ................apaz

.........aul ................emédio

fe.........ugem .........ei

se..........ote fe..........o

ca...........uagem ba..........iga

.........oda .........ua

.........amalhete .........oupa

.........osa co...........ente

........ouxinol ma..........eco

a.........uda ou........o

A produção será…

A partir da leitura que os (as) alunos(as) realizaram do Livro Raul da

ferrugem azul de Ana Maria Machado reproduzirão a história sob seu ponto de

entendimento em forma de minilivro, divididos em capítulos, onde para iniciar o

capítulo farão pintura e em seguida, a reescrita coletiva, mediada52 pela

professora, do que entenderam numa linguagem simples e clara.

52

Para Bortoni-Ricardo ( 2012, p.68) mediar é exercitar a compreensão do aluno, isso pressupõe decodificar

com clareza o significado do texto. Relacionar o que lê com sua realidade social e particular. A mediação

acontece na interação. O mediador apoia o leitor iniciante auxiliando-o a mobilizar conhecimentos

anteriores para desenvolver determinada tarefa. Ainda para essa mesma autora (2012, p.65) a mediação

pode funcionar como valioso instrumento para facilitar a leitura e a compreensão de textos durante os anos

de escolarização.

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Na escola:

Cada aluno depois de pronto seu livrinho, já com as ilustrações pintadas.

Poderão observar como ficou o do colega e assinarão (momento dos autográfos)

os livros dos demais. Dessa forma, todos contribuirão para a produção desta

tarefa.

Momento em família:

Cada aluno(a) receberá o “Raulzinho”, (feito em EVA – para fixar na

geladeira) já “amadurecido” e com pensamento formado diante de algumas

injustiças que acontece em nossa sociedade. Segue a imagem:

Neste momento cabe ao

professor ser o mediador

dessa produção coletiva,

realizada por capítulos,

poderá fazer a produção no

quadro, observando

sempre reescrita, em

seguida à montagem das

páginas e finalização do

livrinho.

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Fonte: Raulzinho feito em E.V.A. Elaborado por: Patrícia R. Dallastra. Agosto-2014

AVALIAÇÃO

A Ç Õ E S A L É M D A S

3 2 H O R A S / A

É imprescindível que a avaliação no aspecto

literatura seja um processo de aprendizagem

contínuo e dê prioridade à qualidade e ao

desempenho do aluno. O seu encaminhamento

será feito tomando como referência as atividades

desenvolvidas pelos alunos, seja na modalidade

individual, em dupla ou em grupos, na perspectiva

da oralidade, leitura e escrita. As produções

escritas serão revisadas, haverá momentos de

troca de ideias, de construção do conhecimento

dos alunos envolvidos no projeto e a professora e,

como atividade final de cada Unidade, a

socialização das leituras e materiais produzidos, e

para encerramento a confecção de fantoches e

Tenda Literária.

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ATIVIDADE ALÉM DAS 32 HORAS/AULAS

OFICINA DE F A N T O C H E S

Nesta etapa os alunos que participaram das atividades até aqui desenvolvidas, poderão

escolher um personagem das leituras elaboradas (gigante, rouxinol, Raul) e irão

confeccionar um fantoche.

E N C E R R A M E N T O

Este momento é a Socialização das produções elaboradas pelos

alunos(as) e para os alunos(as) do Projeto PDE – turma 2014. (Implementação

2015). A tenda será montada com a ajuda dos alunos envolvidos, e dela poderão

fazer parte por meio de visitações os demais alunos da Instituição e Comunidade

Escolar em geral.

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100

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