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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

1 Prof. PDE de Biologia, do quadro próprio do magistério, lotado no Colégio Estadual Arthur da Costa e

Silva EFM em Ivai-Pr. E-mail: [email protected] 2

Dra. Michele Dietrich M. Costa, UEPG, Dpto de Biologia Molecular, Estrutural e Genética SEBISA,

Bloco M, Uvaranas. E-mail: [email protected]

UTILIZAÇÃO DE MAQUETES DE CÉLULAS ANIMAIS E

VEGETAIS NO ENSINO DE CITOLOGIA

AUTOR: DANIEL DONATO DE SOUZA1

ORIENTADORA : MICHELE DIETRICH M. COSTA2

RESUMO

Entender o que são células, sua complexidade interior, diversidade de formas e funções das organelas é um conteúdo de difícil assimilação pelos alunos nas aulas de biologia. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo utilizar recursos que auxiliem o estudo de Citologia, para uma prática mais dinâmica onde os alunos percebam estruturas microscópicas de forma macroscópicas, e a proposição de uma mudança conceitual através dessa intervenção. O projeto foi desenvolvido com duas turmas de 1ª séries do ensino médio do Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva Ensino Fundamental e Médio do município de Ivaí durante um semestre. Como recursos didáticos foram confeccionadas maquetes de células, as quais possibilitaram ao aluno a compreensão da célula como uma entidade tridimensional, no interior da qual há diferentes estruturas que funcionam integralmente para a manutenção dos seres vivos.

PALAVRA-CHAVE: Citologia; Maquetes; Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A história das ciências mostra que tentativas de definir a vida têm origem

na antiguidade. “Ideias desse período, que contribuíram para o

desenvolvimento da Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o

Filósofo Aristóteles (384 a. C. – 322 a. C.), este filósofo deixou contribuições

relevantes quanto à organização dos seres vivos, com interpretações que

buscam, dentre outras, explicações para a compreensão da natureza” (DCES,

2008, p. 38).

O estudo das células, unidade morfofisiológica de todo ser vivo, faz parte

do currículo de ensino, e conforme minha vivência em sala de aula, quando

trabalhado com este conteúdo, é perceptível à dificuldade encontrada pelos

alunos em dimensionar o que são células, sua complexidade interior,

diversidade de formas e funções (KRASILCHIK, 2005).

“Com as crescentes transformações que vem sofrendo o mundo e a

educação, torna-se necessário modificar o ensino tradicional de Biologia para

um ensino mais holístico contextualizado e voltado para uma geração

fortemente influenciada pela mídia e que aprende de forma diferente”

(MOREIRA 2006).

“Promover o emprego de metodologias que estejam comprometidas com

uma aprendizagem que proporcione a compreensão do conteúdo de forma

mais eficaz e significativa tem sido uma das grandes preocupações entre os

professores” (MOREIRA, 2006).

Quando se trata do assunto Citologia, a elaboração de material didático

de apoio, como por exemplo, o uso de modelos de maquetes, é de grande

importância, pois são capazes de apresentar uma estrutura tridimensional e

dessa forma, minimizar as dificuldades encontradas pelos alunos ao estudar a

célula. Modelos didáticos podem colaborar no aprendizado do aluno,

complementando o conteúdo dos livros-textos, que muitas vezes não

apresentam figuras ou então são mostrados de forma plana, o que dificulta a

interpretação do aluno de algo que é tridimensional.

Portanto, o presente trabalho tem por objetivo transpor a teoria contida

nos livros didáticos dos conteúdos de Citologia, focando as diferenças entre

célula animal e vegetal, para uma prática mais dinâmica onde os alunos

percebam estruturas microscópicas de forma macroscópicas. As atividades

propostas aqui nesta implementação estão contempladas nas Diretrizes

Curriculares (DCE, 2008).

REFERENCIAL TEÓRICO

A abstração dos conteúdos trabalhados em citologia levam os alunos

ao desinteresse pelo conteúdo por falta de compreensão Krasilchik (2005).

O fato dos alunos não compreenderem a localização das organelas e

suas respectivas funções evidencia a falta de visão tridimensional da célula.

Assim, a complexidade e a dimensão microscópica dos processos estudados

em citologia é um dos elementos que interfere negativamente no ensino e

aprendizagem dos conteúdos trabalhados no Ensino Médio, que não tem

alcançado bons níveis de aprendizagem, apesar dos esforços de professores

Krasilchik (2005).

Orlando e colaboradores (2009, p.16), em seu estudo utilizando modelos

didáticos verificaram que “o trabalho dinâmico com os estudantes, através das

atividades desenvolvidas com modelos concretos de teorias abstratas levou a

um maior interesse pelo conteúdo, o que sem dúvida contribuiu para uma

melhor aprendizagem”.

Bastos e Faria (2011, p.8) quando utilizaram maquetes como recurso

didático observou que,

foi possível perceber o envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem da turma com nítida melhora na capacidade de tomar decisões em grupo e qualificando a interação dos mesmos. Deste modo ficou evidente que o uso de modelo didático como maquete enriqueceu a temática para o ensino de Biologia celular.

De acordo com Krasilchik (2005, p. 101), “qualquer curso deve incluir

uma diversidade de modalidades didáticas, pois cada situação exige uma

solução própria; além do que, a variação das atividades pode atrair e interessar

os alunos, atendendo as diferenças individuais”.

Segundo Zierrer (2010, p. 13.), “a elaboração de modelos pelos

estudantes em sala de aula e um método ativo de aprendizagem, permitindo a

visualização e interação com temas até então abstratos, e contribuindo para

uma melhor compreensão dos assuntos teóricos”.

A produção de materiais didáticos alternativos, mais precisamente a

construção de maquetes celulares, está em conformidade com os conteúdos

estruturantes de organização dos seres vivos e mecanismos biológicos, os

quais contemplam a classificação dos seres vivos como uma tentativa de

conhecer e compreender a diversidade biológica, bem como o estudo dos

componentes celulares e suas respectivas funções (DCES, p. 56,57).

“Materiais como modelos e jogos didáticos facilitam a construção do

conhecimento pelo aluno, pois preenchem algumas lacunas deixadas pelo

processo de transmissão e recepção acerca do conteúdo ministrado”.

(CAMPOS;BORTOLOTO; FELÍCIO, 2003 apud. COELHO, 2011).

“A aprendizagem pode ser facilitada ao se transformar em atividade

lúdica, pelo simples fato de os alunos se entusiasmarem quando são

convidados a aprender de uma forma mais descontraída, interativa e divertida”

(CAMPOS;BORTOLOTO; FELÍCIO, 2003 apud. COELHO, 2011).

O ensino de ciências necessita do uso de modelos didáticos

principalmente em se tratando do estudo das células animal e vegetal. Por se

tratarem de estruturas microscópicas e conteúdo complexo, o estudo da

Biologia da célula se torna uma temática complexa, uma vez que poucos

recursos podem ser utilizados em sala de aula para promover a interação do

aluno (TEIXEIRA, 2010 apud. BASTOS, 2011, p.3).

Há dois tipos de células eucarióticas: animal e vegetal. É comum a todas

elas a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo e algumas organelas tais

como: complexo de golgi, retículo endoplasmático, ribossomos, citoesqueleto,

mitocôndrias, peroxissomos. Assim como existem estruturas exclusivas das

células animais como os lisossomos e os centríolos, os plastos, parede celular

e os vacúolos são encontrados somente em células vegetais (BRITO, 1999).

MATERIAL E MÉTODOS

O projeto foi desenvolvido com duas turmas de 1ª séries do ensino

médio do Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva Ensino Fundamental e

Médio do município de Ivaí durante um semestre, visando assim contemplar o

maior número de alunos participantes, uma vez que as disciplinas são

ofertadas por blocos. As atividades propostas pelo projeto foram

desenvolvidas nas turmas 1 e 2 sendo que cada turma apresentava 36

alunos.

Para aplicação do projeto foram necessários 10 encontros, cada um de

aproximadamente 4 horas. A confecção dos exemplares das células ocorreu

no laboratório de biologia. E as demais atividades foram realizadas em sala de

aula.

A primeira atividade realizada foi a construção de um mapa conceitual

(atividade 1) partindo da palavra célula. Esta atividade teve duração de 2 horas

aula, com intuito de verificar o conhecimento prévio dos alunos. Realizada em

sala de aula no qual cada aluno produziu em seu caderno o primeiro mapa, em

seguida reuniu-se os grupos dos quais faziam parte, para redesenhar em uma

cartolina. Feito isso fomos ao laboratório de informática onde foi reproduzido

usando o aplicativo cmaps tools. Este procedimento foi utilizado para os dois

mapas conceituais.

Nas aulas seguintes a atividade 1, os alunos foram separados em quatro

grupos, A e B, C e D com 9 participantes, para que cada aluno ficasse

encarregado de fazer uma pesquisa sobre uma determinada organela e

confeccionar esta organela para a montagem do tabuleiro da célula (atividade

2). Estas atividades (pesquisa e tabuleiro da célula) foram desenvolvidas em 2

encontros.

Após a atividade 2 e as discussões feitas sobre as pesquisas dos

alunos, o próximo passo foi a confecção do modelo didático das células

animais e vegetais pelos grupos (atividade 3), atividade esta que foi realizada

em 6 encontros.

O material utilizado para montagem do tabuleiro de célula (atividade 2) e

modelo didático das células (atividade 3) ficou de livre escolha para cada grupo

bem como a maneira que confeccionariam, porem sempre monitorados pelo

professor, atentando sempre para a utilização de materiais de baixo custo e de

fácil acesso.

Posteriormente a construção dos exemplares de células, foi feito um

novo mapa conceitual e uma palavra cruzada como atividade avaliativa para as

duas turmas como verificação do aprendizado.

Este projeto foi apresentado na semana pedagógica, assim como modelos

didáticos produzidos pelos alunos ficaram expostos para comunidade escolar.

RESULTADOS

ATIVIDADE 1: Mapa conceitual

Mapa conceitual construído pelos alunos ( figura 1), para resgatar os

conhecimentos prévios sobre a célula. Este mapa também serviu como

parâmetro avaliativo após a confecção dos exemplares das maquetes

celulares.

Figura 1: Mapa Conceitual

Fonte: alunos das 1ª séries, redefinido através do cmap tools.

ATIVIDADE 2: Tabuleiro

Após a confecção do mapa conceitual, uma segunda atividade foi

desenvolvida, na qual os alunos foram divididos em 4 grupos para a confecção

das organelas e montagem do tabuleiro. Nos modelos de tabuleiro, figura 2 e 3,

é possível observar as seguintes organelas: Ribossomos; Cloroplasto;

Mitocôndria; Complexo de Golgi; Retículo Endoplasmático (liso e rugoso);

Núcleo (com nucléolo); vacúolos; Peroxissomos; lisossomos e centríolos.

Esta atividade foi importante por que os próprios alunos participaram da

confecção do material, e envolvê-los nessa tarefa foi uma forma de ajudá-los a

entender que os modelos são simplificações de um objeto real. Essa dinâmica

contribuiu para que os alunos compreendessem melhor cada organela e as

diferenças entre célula animal e vegetal, o que facilitou na construção dos

modelos didáticos. Além disso, esta atividade permitiu uma maior colaboração

entre os alunos. Essa troca de informações entre os alunos já foi verificada nos

trabalhos de Oenning e Oliveira (2011) o qual julga ser importante, pois essas

situações favorecem a construção do conhecimento, além de permitirem a

socialização e o desenvolvimento da criatividade Oenning e Oliveira (2011).

Figura 2: Tabuleiro com organelas de célula vegetal.

Fonte: o autor, 2014.

Figura 3: Tabuleiro com organelas de célula animal.

Fonte: o autor, 2014.

ATIVIDADE 3: Modelos didáticos

A realização desta atividade constituiu um recurso muito útil às aulas

ministradas, servindo como um apoio e como um instrumento motivador dos

alunos, pois possibilitou à turma participar ativamente da aula. Além disso, a

atividade facilitou a explicação do conteúdo e ainda permitiu uma maior

colaboração entre os mesmos. Essa troca de informações entre os alunos é

importante, pois essas situações favoreceram a construção do conhecimento.

Resultados semelhantes foram obtidos por Oenning e Oliveira (2011),

pois constantemente os alunos procuravam ajudar os demais colegas a

cumprirem suas tarefas de maneira correta, mostrando que houve

entendimento dos processos estudados.

Fotos de algumas das maquetes de células animal (figura 4) e vegetal

(figura 5) confeccionadas pelos alunos onde podemos visualizar as seguintes

estruturas:

1- Parede celular; 2 membrana plasmática; 3 citoplasma; 4 núcleo; 5

mitocôndria; 6 cloroplasto; 7 complexo de golgi; 8 reticulo

endoplasmático liso e rugoso; 9 lisossomos; 10 centríolos;11

ribossomos; 12 peroxissomos e 13 vacúolos.

Figura 4: Foto da maquete de célula animal confeccionada por um dos grupos.

Fonte: o autor, 2014.

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Figura 5: Foto da maquete de célula vegetal confeccionada por um dos grupos.

Fonte: o autor, 2014.

ATIVIDADE 4: Atividades avaliativas

A elaboração de um segundo Mapa conceitual pelos alunos e a

resolução de uma palavra cruzada foram utilizados como forma de avaliação

do projeto após a construção dos modelos didáticos. Observando o segundo

mapa conceitual nota-se uma significativa mudança nos conceitos e melhor

entendimento sobre o que é uma célula e os componentes que constituem, o

que tornou este mapa bem mais elaborado.

Este melhor entendimento sobre a citologia também refletiu no

desenvolvimento da palavra cruzada, pois os alunos tiveram facilidade ao

resolvê-la.

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Figura 5: Mapa conceitual contruído após a confecção dos modelos didáticos.

Fonte: alunos das 1ª séries redefinido através do cmap tools.

DISCUSSÃO

A aplicação de modelos didáticos para o ensino de célula animal e

vegetal para os alunos do Colégio Arthur da Costa e Silva – Ivaí- PR, teve

excelente receptividade por parte dos educandos. Os alunos, desde o inicio, se

mostraram bastante curiosos, demonstraram interesse e entusiasmo com o

desenvolvimento do trabalho. Foi observado, grande interação entre os

educandos durante o uso do tabuleiro, especialmente no momento da colagem

das organelas. Também foi verificado que na hora da colagem das organelas

nos esboços (Figura 2 e 3), os alunos ficaram entusiasmados com o uso do

material que foi confeccionado em tamanho grande e cores vivas das

organelas. Por outro lado, ficou claro o melhor desempenho de um dos grupos

na identificação das estruturas celulares, bem como sua nomenclatura e

localização.

Resultados semelhantes foram encontrados por Bastos (2011),

publicados em seu trabalho no qual observou que a montagem do material e

manuseio dos modelos construídos pelos próprios educandos possibilitou o

aprendizado significativo ao serem capazes de diferenciar as células animal e

vegetal.

O uso de material didático contribuiu para que os alunos

compreendessem melhor cada organela encontrada nas células animais e

vegetais. Os alunos questionaram sobre as diferenças apresentada nos

esboços, onde foi explicada a presença da membrana celular em todas as

células e a presença da parede celular e cloroplastos na célula vegetal e

centríolos em células animais. Após a confecção dos modelos didáticos, uma

pequena parte dos alunos não conseguiu distinguir as organelas. Sendo assim,

fica evidente a importância do modelo didático no ensino, pois os alunos

puderam compreender as estruturas que pertencem a cada célula.

O material didático desenvolvido apresentou características próprias

como cores vivas, peças grandes, seu fácil manuseio e representação de algo

microscópio em escala macroscópica.

Cabe aqui ressaltar que este tipo de atividade lúdica pode ter mais êxito

se as turmas forem menores e que cada grupo não possua mais de 5 alunos.

Isto por que foi notado que uma parte dos alunos fica a espera dos colegas no

desenvolver das atividades. Outra dificuldade encontrada diz respeito a

realização das atividade em contra turno, pois muitos alunos pelo fato de

morarem no interior não puderam participar ativamente das atividades de

montagem das maquetes.

Quanto à forma de avaliação quero aqui ressaltar que verificando os

mapas conceituais construídos pelos alunos fica evidente uma maior

assimilação do conteúdo. Em relação à palavra cruzada proposta, os alunos

relatam que após realizarem todas as atividades propostas pelo projeto, ficou

fácil de resolver em virtude de se ter assistido os vídeos, construído os mapas,

confeccionado o tabuleiro com as organelas e depois as maquetes. Todas

estas atividades auxiliaram na fixação e no aprendizado de citologia mais

precisamente a célula e suas organelas. Foi observado o envolvimento dos

alunos no processo de aprendizagem com nítida melhora. Reforçando o que

Zierrer e Assis (2010) obtiveram em seu trabalho, no qual demonstrou que a

elaboração de modelos pelos estudantes em sala de aula e um método ativo

de aprendizagem, permitindo a visualização e interação com temas até então

abstratos e contribuindo para uma melhor compreensão dos assuntos teóricos.

Deste modo ficou evidente que o uso de modelo didático, como a

maquete produzida neste projeto, enriquece a temática para o ensino de

citologia, sendo importante para o desenvolvimento cognitivo e ainda

proporciona ao aluno a oportunidade de aprender realmente o conteúdo de

citologia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista a dificuldade de se ensinar alguns conteúdos de Biologia

mais precisamente citologia e da preocupação em desenvolver estratégias

didáticas, modelos didáticos surgem como alternativa viável para o

aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem.

Modelos didáticos podem ser construídos usando material de baixo

custo para sua produção e podem ainda serem adaptados pelos próprios

alunos, proporcionando, assim, uma maior assimilação do assunto estudado.

Cabe ao professor investir em alternativas que propiciem a aquisição

dessas habilidades, buscando sempre levar o aluno a se interessar pelo

conteúdo por meio de atividades mais interativas, quebrando o paradigma do

professor como transmissor do conhecimento e assumindo que a

aprendizagem deve ser construída juntamente com o aluno.

Por isso, cabe inferir que a realização de construção de maquetes de

células animal e vegetal pode ser uma alternativa para o professor envolver

mais diretamente os alunos na construção do conhecimento e que pode ser

trabalhado em suas aulas, principalmente quando se tratar de conteúdos de

difícil visualização, ou ainda, se as escolas possuírem poucos recursos

relativos a estes. Ao destacar a importância e eficácia dos métodos alternativos

e sua fácil implementação é válido ressaltar que o uso destes deve ser

incentivado na educação o qual possibilita obter melhores resultados no

processo de ensino e aprendizagem.

CONCLUSÃO

Pode-se afirmar, com base nos dados discutidos acima, que o trabalho

com a referida dinâmica possibilitou a finalidade para a qual havia sido

proposta, ou seja, serviu tanto como material de apoio às aulas teóricas, e

principalmente como motivador de participação da turma. Sendo assim,

modelos didáticos como maquetes de células animal e vegetal enriquece o

ensino de Biologia celular, pois melhora a participação dos alunos aumentando

o interesse pelo conteúdo e a interação dentro de sala de aula, deixando claro

que é uma ferramenta didática que deve ser utilizada para o ensino de

citologia.

REFERÊNCIAS

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abordagem da célula animal e vegetal, um estudo de caso. ENCICLOPÉDIA

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Diálogos & Ciência – Revista da Faculdade de Tecnologia e Ciências –

Rede de Ensino FTC. ISSN 1678-0493, Ano 8, n. 24, dez. 2010.

www.ftc.br/diálogos.