revista acp notícias n5 (maquete)

32
acpnotícias Trimestral | N.º 5 | Agosto 2011 Publicação Trimestral da Associação dos Comerciantes do Porto Casa Macedónia: "É difícil resistir aos novos hábitos" "Manter o negócio no seio da família é o nosso principal obje ctivo " Bernardino Francisco Guimarães

Upload: tripleassociados

Post on 19-Mar-2016

236 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Revista ACP Notícias n5 (maquete)

TRANSCRIPT

Page 1: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

acpnotíciasTrimestral | N.º 5 | Agosto 2011

Publicação Trimestral da Associação dos Comerciantes do Porto

Casa Macedónia: "É difícil resistir aos novos hábitos"

"Manter o negóciono seio da família

é o nosso principalobjectivo"

Bernardino Francisco Guimarães

Page 2: Revista ACP Notícias n5 (maquete)
Page 3: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

PUB

“Bem-Vindos àRevolução do Som!” news

ImacusticaEsta foi a frase que quebrou osuspense do evento que a Sonusfaber preparou para todos os seusdistribuidores mundiais. Finalmente,foi desvendado o segredo daquelasq u e s ã o a s c o l u n a s m a i semblemáticas alguma vez projectadaspe la marca. Produz idas numaquantidade limitada de 30 unidadesas colunas, conhecidas simplesmentecomo “the Sonus faber”, fazemactualmente o deleite de algunsfelizardos a nível mundial.

N o t í c i a m a i s a p r a z í v e l , f o i aapresentação, no Consumer ElectronicShow de Las Vegas, em Janeiro desteano, das colunas futura Amati,criadas e inspiradas na obra-prima“the Sonus faber”. Com o nome dofamoso construtor de violinos daescola de Cremona, um acumular deexperiências e soluções (patenteadas)– tanto estéticas como técnicas da

Sonus faber, tomam forma nestenovo projecto.

Enquanto as “the Sonus faber”sãomuito grandes para a maioria dassalas e, muito caras para a maioriados bolsos, as futura Amatisão umaproposta bem mais realista. Lindasde morrer, têm curvas graciosas eu m a e x c e l e n t e q u a l i d a d e d eacabamento em lacado violin redougraphite. O seu som é tão fascinante

como seria de esperar tendo em contao modelo que inspirou a sua criação.

Apresentando-se como o primeiromodelo da renovação da HomageSeries da Sonus faber para estadécada, as futura Amati revelam orestyl ing a ser efectuado numacolecção de colunas muito famosa eapreciada em todo o mundo. Paraalém disso, dão um sentido profundoao es forço efectuado em I&Dconcretizado nas "the Sonus faber".Pelo que, a futura Amati não deveser cons iderada um “cap í tu loisolado”, mas um capital de know-how e cultura ao serviço da melhorreprodução possível da música, aqualquer nível.

futura Amati: o primeiro passo nadirecção da revolução do som!Aguardam-se novos capítulos…

A Imacustica orgulha-se de patrocinar a dupla Ricardo Leal dos Santos e Paulo Fiúza.Aos comandos do BMW X3 CC da equipa oficial da BMW, a Monster Energy X-raidTeam, conseguiu obter o sétimo lugar da classificação geral no Dakar 2011.

Citando Ricardo Leal dos Santos: "É possível fazer melhor no Dakar". Estamosexpectantes…

Page 4: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

acpnotíciasDirector

Nuno Camilo

Sub-DirectoraAna Luz

EditoraAssociação dos

Comerciantes do Porto

RedacçãoRui J. P. Santos

Álvaro GonçalvesFilipa Namora

Sónia Machado

FotografiaV. Morais

DistribuiçãoGratuita

Tiragem3000

PropriedadeAssociação dos

Comerciantes do PortoAv. Rodrigues de Freitas, 200

4000-416 PortoT: 225 899 020www.acporto.pt

[email protected]

PublicidadeTriple Associados, Lda.

Lg. S. Domingos, 694050-545 PortoT:222 016 142

[email protected]

Isenta de registono ICS ao abrigo do

decreto regulamentar8/99 de 9 de Junho,

Artº 12º Nº1

PG 09/10: “COMÉRCIO SEGURO”:PROGRAMA DE POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE EM

DEFESA DO COMÉRCIO TRADICIONAL . Duas viaturas eléctricaspatrulham as ruas da baixa do Porto para fazer face à insegurança dos

comerciantes e clientes. Um projecto-piloto que pode ser alargado a outraszonas da cidade.

PG 12/14: JORGE FREITAS:”ASSEGURAR MÁXIMA SATISFAÇÃO, AOS MELHORES

PREÇOS DO MERCADO”. A Auditor é líder de mercado na área deequipamentos para facturação, quer em máquinas registadoras, quer em

informática. Com a entrada da nova legislação, a confusão instalou-se, masJorge Freitas explica que tem que ter o seu sistema certificado.

PG 16/18: FERNANDO VIEIRA FERNANDES:”COMECEI NA TERRA DOS CEGOS, TIVE OLHO E FUIREI. Fernando Fernandes é um dos poucos comerciantes que ainda

resistem na Avenida dos Aliados, desde 1975. Apesar disso tem os pésbem assentes na terra e não ilude os filhos para continuarem o negócio.

PG 20/21: JORGE VIEIRA LOPES:CCP PREOCUPADA COM REGRESSÃO DE 2011. Pela primeiravez, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal reuniu-se no Portopara debater a situação político-económica de 2001. O momento também

foi aproveitado para apresentar a nova imagem e o novo sítio da CCP.

PG 23/26: JORGE DIAS:“HOJE EM DIA A ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES DO

PORTO É MAIS COMUNICATIVA”. A Alípio Dias & Filhos, Lda,mais conhecida como “A Sementeira”, tem vindo a “espalhar” as suas

sementes por Portugal desde 1933. Jorge Dias diz que a ACP está maistransparente com a nova direcção.

PG 27/29: AUMENTO DO IVA:NOVA TABELA DE IVA - ANO DE 2011. Para ajudar os seus

associados a compreender as alterações ao IVA implementadas peloGoverno, a Associação dos Comerciantes do Porto publica nesta edição a

nova Tabela de IVA para o ano de 2011.

nesta edição

Publicação Trimestral da Associação dos Comerciantes do Porto Edição N.º 5

Agosto 201104

FALTA ÍNDICE

Page 5: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

E D I T O R I A L

Esta é a última edição da revista ACPnoticias doano de 2010. A revista tem sido um verdadeirosucesso, não só pelo nosso ponto de vista, masantes pelos vários comentários dos sócios e dacomunidade.

Este foi mais um projecto apresentado nacampanha e que, também, já está implementado.O “Comércio Seguro” vem no seguimento dasreuniões de trabalho entre a Associação dosComerciantes do Porto e o Governo Civil do Porto.Apesar do índice de criminalidade registada vir adecair nos últimos tempos, perdurava umsentimento de insegurança que contribuía para oafastamento dos consumidores. Este projecto-piloto “Comércio Seguro” tem disponível maisefectivos adstritos ao projecto e uma linha directapara comunicar com as forças policiais, bem comodois carros eléctricos capazes de circularem commais facilidade no trânsito da cidade. Esta parceriaconta com o Comando Metropolitano da PSP doPorto, o Governo Civil do Porto e a Associaçãodos Comerciantes do Porto. Uma vez que é umprojecto-piloto os resultados serão monitorizadose esperamos que o mesmo atinja os objectivospara alargar a toda a cidade. No passado dia 22 de Dezembro o PartidoComunista Português - PCP e o Bloco de Esquerda- BE solicitaram a apreciação na Assembleia daRepública do Decreto-lei 111/2010 que o Governoaprovou no Conselho de Ministros, do dia 22 deJunho de 2010, referente à liberalização doshorários. No debate entre os diferentes gruposparlamentares concluiu-se que não foi apresentadanenhuma vantagem económica para a economiaou para o tecido empresarial. Mas, ao contrário doque seria de esperar a proposta do BE e do PCPfoi chumbada com os votos contra do PS e do

PSD e com a abstenção do Partido Popular. Umaestranha situação, mas foi o resultado da votaçãodepois dum amplo debate na Assembleia daRepública. Agora resta o Parlamento Europeudebater a medida, uma vez que dois deputadosalemães desejam que o domingo seja o dia dedescanso e dedicado à família. Temos problemas estruturais, como a lei dos solos(publicada em 1976), ferramenta legal de gestãodo espaço público, precisa de ser revista de formaa planificar o ordenamento do território. A lei dossaldos, foi revista em 2007, mas não está afuncionar conforme o pretendido, pois a falta defiscalização e a mobilidade da mesma cria grandesdesequilíbrios no mercado. A lei do arrendamento,outro fracasso, o mercado do arrendamento nãofunciona, se não vejamos: o trespasse deixou deser uma vantagem para os comerciantes. Oscomerciantes investem pouco nas lojas, pois sabemque podem não recuperar no trespasse o seuinvestimento. O código do trabalho tem que sercada vez mais flexível, mais justo, capaz deentender as necessidades das empresas. A títulode exemplo, com a redução da facturação numaempresa, um posto de trabalho ao reduzir paga-se uma grande indemnização, o que leva muitasvezes a extinguir os restantes postos de trabalho. Vamos continuar a trabalhar nos vários projectos,mas sempre atentos às questões legais quecontinuam a condicionar bastante a nossaactividade comercial. O problema não é o problema. O problema é aatitude com relação ao problema.Kelly Young

Agosto 2011 05

Nuno [email protected]

FALTA EDITORIALDR. NUNO CAMILO

Page 6: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Filipa Namora

A união de forças entre a Associação dosComerciantes do Porto (ACP), o Governo Civil eas Forças de Segurança deu frutos: o balanço doPrograma “Comércio Seguro” aponta para umaredução do número de assaltos na ordem dos18,8% entre 2009 e 2010 e de 55% entre Dezembrode 2010 e Janeiro de 2011, ambos face a igualperíodo do ano transacto.

Os resultados foram apresentados na reuniãointercalar de acompanhamento do programa,realizada no passado dia 8 de Abril, na sede deACP, que contou com a presença da Secretáriade Estado da Administração Interna, Dalila Araújo.

Dalila Araújo considerou os resultados conseguidoscomo motivo de orgulho para o Governo. O passoseguinte seria dar uma faceta mais tecnológica aoprograma, “mas as circunstâncias políticas nãonos permitem dar continuidade a este projectocomo gostaríamos”, lamentou a secretária deEstado.

Aos jornalistas, Dalila Araújo explicou que o novosistema permitiria "fazer a georeferenciação dosestabelecimentos comerciais cobertos por esteprograma, permitindo, assim, que o ComandoMetropolitano da PSP do Porto soubesse em cimada hora a ocorrência e pudesse deslocar para olocal o agente ou a patrulha mais próximos".

Quem também lamenta a não actualização doprograma e o alargamento das zonas depoliciamento é Nuno Camilo, presidente daAssociação dos Comerciantes do Porto, quegarante que no futuro “vão ser precisos maisrecursos e mais meios, principalmente demobilidade. Temos de momento duas viaturas emcirculação, mas se vierem mais nós agradecemos.Quanto mais recursos, melhor será o tecido

empresarial. Mas esta evolução, não depende denós.”

Aos números promissores do “Comércio Seguro”,juntou-se ainda um estudo realizado pela Faculdadede Psicologia e Ciências da Educação daUniversidade do Porto, ao sentimento de segurançados comerciantes, que destaca que 55% dosinquiridos diz conhecer o programa e comprovara sua eficácia. Para Nuno Camilo, estes bonsresultados são o fruto da divulgação que tem sidolevada a cabo “com a ajuda da nossa revista,através do nosso site, no contacto directo quefazemos e no próprio contacto com as forçaspoliciais.”

O programa “Comércio Seguro” iniciou-se em finaisde Novembro passado. Tem como base opoliciamento de proximidade nas principais artériascomerciais da baixa, através da circulação de duasviaturas eléctricas tripuladas por agentes da PSP.O programa prevê ainda acções de formação dadaspela Polícia de Segurança Pública aoscomerciantes e ainda visitas dos agentes aosestabelecimentos comerciais.

N O T Í C I A S A C P

Agosto 201106

Programa Comércio Seguro ajudou àredução de furtos em estabelecimentoscomerciais da baixa

Page 7: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

N O T Í C I A S A C P

Sócios da ACP com 25 e 50anos homenageados nocinema BatalhaNo passado dia 11 de Novembro de 2010, associados daAssociação dos Comerciantes do Porto com 25 e 50 anos defiliação foram homenageados e agraciados com medalhascomemorativas.

A cerimónia decorreu no Cinema Batalha e terminou com umanoite de fados, onde, entre outros, actuou o fadista NelsonDuarte.

FALTA 1 PÁGINANOTÍCIAS ACP

Agosto 2011 07

Page 8: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Palácio das Artes | Lg. S. Domingos, 18 | 4050-545 Porto | tlm.91 001 4041 | tlf.22 20 14 313 | www.ruipaula.com | [email protected]

PUB LIVRE

Page 9: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

A C T I V I D A D E S A C P

Dezembro 2010 09

A C T I V I D A D E S A C P

Dia dos Namorados:Associação do Comerciantesdo Porto promove entrega deflores homenageando osnamorados da cidadeNo passado dia 14 de Fevereiro de 2010, Dia dos Namorados,a Associação dos Comerciantes do Porto distribuiu flores pelacidade, homenageando assim namorados de todas as idades.

Page 10: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

A C T I V I D A D E S A C P

Agosto 201110

Palácio das Artes | Lg. S. Domingos, 18 | 4050-545 Porto | tlm.91 001 4041 | tlf.22 20 14 313 | www.ruipaula.com | [email protected]

Restaurante DOP

Dia do Pai é noComércio TradicionalNo período de 16 a 19 de Março de 2010, comanimação espalhada pela cidade, distribuição decartazes e spots de rádio para promoção docomércio tradicional, a Associação dosComerciantes do Porto lembrou uma vez mais odia do Pai. “Amor de pai é na nossa rua!”.

Page 11: Revista ACP Notícias n5 (maquete)
Page 12: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 201112

E N T R E V I S T A

entrevista Sónia Machado

"Entrevista a Alexandra Oliveira,4ª geração da família"

FranciscoBernardino

Guimarães

Page 13: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

E N T R E V I S T A

Agosto 2011 13

«Manter o negócio no seio da família e sobreviversão os nossos principais objectivos. Não podemosbaixar os braços, são já muitos anos …»

O que têm em comum a Sé do Porto, o palácio doGoverno Regional dos Açores e um sem númerode solares, casas senhoriais e quintas espalhadaspelo país? Ferragens da “Bernardino FranciscoGuimarães”.

Estabelecida na baixa portuense desde o início doséculo XX, esta loja de ferragens aposta fortementena fundição artesanal e no fabrico manual dosseus produtos feitos à medida para móveis antigose réplicas. “Nenhum cliente sairá da loja sem asolução para o seu problema”, a gerência promete.O seu leque de produtos, de estilo rústico e vintage,abrange três séculos e serve todos os gostos ebolsas.

A “Bernardino Francisco Guimarãe”’ não pretendefazer concorrência às restantes lojas de ferragens,quase todas elas estabelecidas na Rua do Almadaapenas a umas ruas de distância. Os segmentosde mercado são diferentes e portanto os produtosoferecidos também o são. “Não vendemos apenasferragens. Agora também oferecemos uma vertentemais decorativa, numa tentativa de alegrar onegócio e chamar a atenção dos clientes”.

A venda de artigos de decoração e de ferragenstradicionais e exclusivas servem como meio parafazer face a abertura constante de grandessuperfícies comerciais de venda de matérias debricolage e ferramentas. “Não há o mínimo deprotecção ao comércio tradicional. A abertura doé só mais um pormenor”.

Os preços acessíveis dos produtos, deve-se à sua

Page 14: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 201114

E N T R E V I S T A

escolha criteriosa. “Não compramos a uma sópessoa. Andamos de fornecedor em fornecedor,de artesão e artesão. Permite-nos a comparaçãode preços. Além disso só compramos o quegostamos: o que não é bom para nós, não é bompara os nossos clientes!”

Apesar da localização privilegiada da loja e apossibilidade de estacionamento à porta, a“Bernardino Francisco Guimarães” tem sofrido coma quebra de vendas, mais acentuada desde 2001.Para contornar a tendência, a loja tem apenas doisempregados, um deles com mais de 47 anos decasa, e o horário de funcionamento mudou. A partirde Janeiro é possível encontrar o estabelecimentoaberto das 9h às 19h ininterruptamente.Não havendo verbas para publicidade, a loja foiintegrada no mundo virtual: foi criado um site eperfis em redes sociais. O site tem uma loja onlineque permite o acesso a todos os produtos para

venda com informações detalhadas sobre osmesmos; o pagamento seguro das compras eainda o envio dos artigos para Portugal e para oestrangeiro. Com a implementação do site a lojatem tido mais retorno, “principalmente da parte deLisboa, Açores e Brasil”.

Depois de uma candidatura falhada ao MODCOM,projecto de modernização do comércio tradicional,é tempo de seguir em frente, mas sem nuncadeixar de ser um negócio de tradicional e de família.Possivelmente será a filha de uma das actuaisproprietárias a próxima da lista. “Ela acabou agorao curso de conservação e restauro. Achamos queseria interessante construir um pequeno atlier derestauro. Poderíamos assim integrar aqui umnegócio adicional, mas só para pequenas peçasde mobiliário”.

Enquanto a ideia não sai do papel, a ‘Bernardino

A "Bernardino Francisco Guimarães" tem mais deum século de história e, se as ferragens falassem,certamente muitas outras estórias para contar.

Quando inaugurou a loja em 1900, Bernardino nãopodia imaginar que cento e onze anos depois oseu estabelecimento ainda estaria de portas abertana, e para, a cidade invicta.O brasileiro Heitor da Fonseca Vale, na altura com12 anos, aterrou no número 404 da Rua doBonjardim e lá morou, trabalhou e criou família.Dedicou 70 anos da sua vida às ferragens e passouo seu amor pelo negócio de geração em geração.

Sobre a loja ainda moram alguns dos seus oitofilhos, mas no andar de baixo apenas dois sefixaram. Rosa Maria e Marina Vale tocam agora onegócio em frente. Às duas juntou-se AlexandraOliveira, filha da primeira e sobrinha da segunda.Pelas suas mãos, a ‘Bernardino FranciscoGuimarães’, entrou no século XXI em força, massem que para isso tivesse de abrir mão da suaidentidade tradicional.

Se ainda não é cliente habitual, passe na loja paraconhecer as suas origens e a sua história e quemsabe encontra algo que lhe agrade entre a panópliade produtos à disposição.

BERNARDINO FRANCISCO GUIMARÃES:Mais de cem anos de dedicação às ferragensseculares

BERNARDINO FRANCISCO GUIMARÃESRua do Bonjardim, 404 | 4000-116 PortoTel 222 002 655 | Fax 222 002 655www.bfg.pt | [email protected]

Ferragens do estilo Rústico ao VintageFundição Artesanal | Peças de Estilo

Aceitamos encomendas de moldesDiferentes acabamentos

Base no trabalho de artesãosespecializados em fundição de areia

Page 15: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

GrandePortoTV.net

A Grande Porto TV é a televisão online à suamedida. Acompanhe as reportagens e rúbricasda actualidade no canal Em Foco. Encontraainda canais diversos de informação: Entrevista,Regiões, Cultura, Invasão de Campo, CineCurtas e Opinião.

www.grandeportotv.net

A Televisão do Grande Porto

Page 16: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 201116

E N T R E V I S T A

entrevista Sónia Machado

Casa

"É difícil resistir aos novos hábitos"

Macedónia

Page 17: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

E N T R E V I S T A

Agosto 2011 17

É uma das primeiras lojas associadas à Associaçãode Comerciantes do Porto. Fundada em 1939, acasa Macedónia continua a fluir no comércio comtradição há 72 anos.

A fundadora deste estabelecimento, diz que nadaé como era e recorda os bons tempos vividos nestaloja com um olhar muito feliz de tempos de glória.Um negócio que começou por vender miudezas etecidos, pois era o forte naquele tempo, ondetinham modelistas e costureiras a trabalhar emparceria para que os clientes saissem satisfeitos.

A fundadora, D. Macedónia, hoje com 92primaveras, decidiu pegar neste negócio com oseu marido, e com apenas vinte anos, na altura,afirma ter trabalhado muito, e ganho muito dinheiroem tempos, explica a D. Macedónia. “Trabalhamosmuito, tinhamos clientes muito bons, ao ponto quepassado alguns meses de aqui estarmos podermoscomprar o andar situado por cima da loja. Naqueletempo por 4 contos e, é onde eu vivo ainda hoje.Começamos por vender linhas, crochés, chitas,

depois investimos em tecidos, que era o forte naaltura. Assim fizemos o negócio crescer duranteanos a fio”.

Hoje fala-nos do negócio de um modo diferente,viraram-se mais para as miudezas, ou seja, meias,peúgas, lingerie, fundamentalmente, pois omercado não está fácil e não compensa mandarfazer as roupas.

Actualmente há uma diferença muito grande, D.Macedónia diz que precisava de uma mudança,ou melhor, que a freguesia de antigamente voltasse,mas essa já não vem, afirma com tristeza. “Amercadoria não tem comparação, não há nada,os produtos que vendem, não são inteiramenteportugueses, porque muitas fábricas fecharam ,agora compramos práticamente artigo espanhol”.

“Eu agora não faço nada. Tenho o meu filho àfrente deste negócio há 50 anos, quando meapetece venho até cá baixo. Gosto muito de vircá para ver as freguesas e falar com elas”.

Page 18: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 201118

E N T R E V I S T A

“O meu marido faleceu muito cedo mas dei contado recado. Com três filhos aguentei-me no mercadode trabalho com sucesso mas agora vejo um futuromuito triste, tenho muita pena, vejo que o meu filhonão ganha para as despesas que tem,principalmente isso”.

Joaquim Pinho, filho de D. Macedónia, actualproprietário da casa de comércio, fala-nos umpouco da situação de que estão a atravessar edas poucas coisas que ainda consegue venderneste estabelecimento.

“Meias é o prato do dia, lingerie também, mas nãose consegue fazer face às outras lojasprincipalmente ao comércio das grandessuperficies. É só ver a quantidade de lojas quetêm fechado, isto tá muito mau, não acredito quesejam necessários novos impulsos, pois os hábitosmudaram, as gerações são outras. Eu tenho filhose sei bem como é. Não é a questão da crise queme assusta, são mesmo os hábitos que se forammudando. É mais fácil ir a um shopping a qualquerhora, as nossas mães e avós, que eram os grandesclientes, já não andam por aqui, toda a gente

trabalha e não tem vida para andar no comérciode rua.

Hoje em dia existem 30 ou 40 lojas de rua,enquanto antigamente haviam 200 a 300, tudoisso acabou, e o pior é que ainda vão fechar mais,e a nossa é uma delas”, afirma com grande tristeza.

Quanto ao futuro da loja, Joaquim Pinho diz quevai acabar por ter um fim. “Isto é remar contra amaré e deixa-me muita pena pelo lado sentimental,mas o mundo não pára e as vendas de há oitoanos para cá são sempre a descer, ainda tenhoduas empregadas, já teve quatro mas ainda assimestou aflito, mas não posso ter mais. O grandeproblema é que a loja antigamente estava semprecheia de gente e agora não se sente nada disso.Ás vezes estamos uma hora sem termos umcliente”.

Uma loja de comércio tradicional que vê um futuropouco risonho, mas que ainda assim está deparabéns pela sua sobrevivência no mercado, aACP Notícias felicita esta loja pelos seus 72 anosde luta.

Page 19: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

PUB LIVRE

Page 20: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

A Reforma do Estado

A re fo rma doEstado tem sidoo b j e c t o d emúltiplos debatesao longo dos anos,sendo um temainevitável sempreque a situaçãoeconómica do Paísa t i n g e n í v e i sp r e o c u p a n t e scomo o actual.No entanto, por

circunstâncias várias, as medidas introduzidassobre este tema, cingem-se na maioria dassituações a operações cirúrgicas de redução donúmero de organismos públ icos ou acortes transversais na despesa como aqueles queforam introduzidos pelo Orçamento de Estadopara este ano.

Sendo obviamente necessários estes cortes, bemcomo um controle eficaz da despesa, a verdadeé que os mesmos, por si só, não resolverão nenhumproblema estrutural e, rapidamente, logoque a situação das contas públicas o permita,voltaremos a assistir ao crescimento do peso doEstado, e com isso ao aumento do esforço pedidoa empresas e cidadãos.

Assim, e antes de mais, deverá haver uma efectivaracionalização dos organismos do Estadoassente numa definição clara das funções que,inequivocamente, devem caber ao Estado eaquelas que devem ser asseguradas pelo sectorprivado.

Mas, no entender da CCP, será ainda necessárioir mais longe. Ou seja, é ainda indispensávelpara garantir uma diminuição consistente econtinuada do défice, actuar sobre os sistemaspúblicos com maior peso financeiro. Ou seja, nãoteremos uma efectiva redução do peso do

Estado se não actuarmos sobre os sistemaspúblicos da saúde e da protecção social.No que se refere ao sistema de segurança social,a actuação a seguir deve incidir sobre duasvertentes essenciais da despesa deste: por umlado, a que resulta do aumento do desemprego e,por outro, a que se relaciona com os encargoscrescentes em matéria de pagamento de reformas.Se, relativamente a esta última, volta a estar emcausa questionar o grau de cobertura asseguradopelo Estado e a correlativa questão do«plafonamento», já em relação aos custosrelacionados com o impacto dos estabilizadoresautomáticos em período de crise a única formaconsequente de os inverter é promovendo políticasactivas de criação de emprego, em especial,através da redução dos custos (com destaquepara os não salariais) com o factor trabalho porparte das empresas, onde seguramente a menorreceita recebida será claramente compensada pelaredução da despesa da segurança social.

Ao nível do sistema de saúde (e do designadoSNS) importa não só acelerar e aprofundar oprocesso de racionalização do seu funcionamento,como abandonar em definitivo o dogma deum SNS “universal e tendencialmente gratuito” oqual, além de contribuir para uma crescentedegradação do sistema nos próximos anos,acabará, quase seguramente, por o destruir porcompleto.

Em seu lugar, o caminho para a consolidação doSNS passa pela adopção do princípio de quea ninguém serão vedados os necessários cuidadosde saúde em razão da impossibilidade desuportar os custos dos mesmos, adoptando--se,simultaneamente a regra do «utilizador pagador»e incentivando a coexistência entre operadorespúblicos e privados, alargando a liberdade doscidadãos na escolha dos serviços a que recorre eestimulando uma desejável concorrencialidadeno sector.

I N F O R M A Ç Ã O C C P

Agosto 201120

Page 21: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Entretanto estão por fazer duas reformasessenciais: a da Administração Pública Centrale a da divisão administrativa do país, ambasapontando para uma significativa diminuiçãodo número de entidades e organismos públicos.A primeira, pressupõe uma redefinição claradas funções do Estado e não pode fazer-se nabase da concentração ou eliminação avulsa edescoordenada de organismos. A segunda,interferindo com pequenos poderes instalados (emespecial em relação às juntas de freguesia) oucom «prateleiras douradas» para políticos (casodos governadores civis distritais), terá sempre quese confrontar com resistências de vária ordem que,

por certo, este Governo não estará na disposiçãode afrontar na situação presente.Em suma, é urgente fazer um conjunto de reformasestruturais corporizando o objectivo «menos Estadomelhor Estado». O tempo é de ruptura com opassado, ou seja, só nos resta arrepiarcaminho emudar de vida: a todos os níveis e em todos ossentidos.

João Vieira LopesPresidente da Direcção da CCP

Fevereiro 2011

I N F O R M A Ç Ã O C C P

Agosto 2011 21

CCP reúne com o Presidente da República

No passado dia 4 de Fevereiro,na Presidência daRepública, A CCP reuniu com o Presidente, Prof.Aníbal Cavaco Silva. A comitiva integrou oPresidente da Associação dos Comerciantes do

Porto, Nuno Camilo. Foram abordadas váriasquestões relacionadas com o comércio e a situaçãoactual da economia.

Page 22: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

PUB LIVRE

Page 23: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

E N T R E V I S T A

Agosto 2011 23

FALTA ENTREVISTA1/4

Page 24: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 201124

E N T R E V I S T A

FALTA ENTREVISTA2/4

Page 25: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

E N T R E V I S T A

Agosto 2011 25

FALTA ENTREVISTA3/4

Page 26: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 201126

E N T R E V I S T A

FALTA ENTREVISTA4/4

Page 27: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 2011 27

PUB LIVRE

Page 28: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

A J U D A S D E C U S T O E S U B S Í D I O D E T R A N S P O R T E - A N O 2 0 1 1

Agosto 201128

No âmbito das medidas que o Governo vem adoptandoem matéria de consolidação orçamental, foi publicadono passado dia 28 de Dezembro o Decreto-Lein.º137/2010 que entre outras medidas, veio a reduziros limites dos abonos das ajudas de custo e do subsídiode transporte para todos os trabalhadores que exerçamfunções públicas, a partir de 1 de Janeiro de 2011.

Essa redução, tem como calculará, impacto para osrestantes trabalhadores por conta de outrém, uma vezque a não tributação destas verbas, em sede de IRS etambém em sede de Segurança Social, está indexadaàqueles limites.

De facto, nos termos da alínea d) do nº 3 do artigo 2ºdo Código do IRS, "as ajudas de custo e as importânciasauferidas pela utilização de automóvelpróprio em serviço da entidade patronal, na parte emque ambas excedem os limites legais ou quando nãosejam observados os pressupostos da suaatribuição aos servidores do Estado e as verbas paraas despesas de deslocação, viagens ou representaçãode que não tenham sido prestadas contas até ao termodo mesmo exercício" são tributadas como rendimentosdo trabalho.

É certo que as ajudas de custo atribuídas aostrabalhadores que exerçam funções públicas são funçãodo seu nível remuneratório. No entanto, aAdministração Tributária veio a entender que a normada alínea d) supracitada, deveria por regra, ser aplicadapor forma a não serem englobados "nos rendimentosda categoria A as ajudas de custo até ao limite maiselevado fixado para os servidores do Estado" (videOfício-circulado nº12/89, de 9 de Agosto).

Não temos conhecimento que a administração Tributáriade então para cá tenha evoluído esta sua posição, peloque entendemos que mantém plena actualidade.

1. Ajudas de custo em território nacional

Ora até 31 de Dezembro de 2010 vigoravam os limitesda Portaria nº1553-D/2008, de 31 de Dezembro, na qualse estabelecia, como valor dasajudas de custo em território nacional para asrenumerações base superiores ao valor do nívelremuneratório 18, o montante de 62,75 Euros.O Decreto-Lei nº 137/2010, de 28 de Dezembro, vemdeterminar em 20% desse valor, pelo que o limite das

ajudas de custos sobre o qual o não incide IRS nemcontribuições para a Segurança Social passou a ser de50,20 Euros por dia apartir de 1 de Janeiro de 2011.

Sobre as demais condições a observar na atribuiçãodas ajudas de custo aconselha-se a leitura do Decreto-Lei nº 106/98, de 24 de Abril.

2. Ajudas de custo no estrangeiro

De idêntica redução de 20% são objecto as ajudas decusto no estrangeiro. O limite que vigorou até 31 deDezembro de 2010 para renumerações basesuperiores ao nível de renumeração 18 era de 148,91Euros.

A partir de 1 de Janeiro de 2011 passou a vigorar olimite de 119,13 Euros.

Sobre demais condições observar na atribuição destasajudas de custo aconselha-se a litura do Decreto-Lei nº192/95, de 28 de Julho.

3. Subsídios de transporte

3.1. Transportes em automóvel próprio:0,40 Euros por quilómetro - 10% = 0.36

3.2. Transporte em veículos adstritos a carreiras deserviço público:0,12 Euros por quilómetro - 10% = 0,11

3.3.Transpor te em automóvel de a luguer :a)- Um trabalhador:0,38 Euros por quilómetro - 10% = 0,34

b)- Trabalhadores transportados em comum:i. Dois trabalhadores0,16 Euros cada um por quilómetro - 10% = 0,14

ii. Três ou mais trabalhadores:0,12 Euros cada um por quilómetro - 10% = 0,11

Estes limites entraram em vigor no dia 1 deJaneiro de 2011.

Page 29: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

Agosto 2011 29

A R T I G O D E O P I N I Ã O

ARTIGO DE OPINIÃO

A re fo rma doEstado tem sidoo b j e c t o d emúltiplos debatesao longo dos anos,sendo um temainevitável sempreque a situaçãoeconómica do Paísa t i n g e n í v e i sp r e o c u p a n t e scomo o actual.No entanto, por

circunstâncias várias, as medidas introduzidassobre este tema, cingem-se na maioria dassituações a operações cirúrgicas de redução donúmero de organismos públ icos ou acortes transversais na despesa como aqueles queforam introduzidos pelo Orçamento de Estadopara este ano.

Sendo obviamente necessários estes cortes, bemcomo um controle eficaz da despesa, a verdadeé que os mesmos, por si só, não resolverão nenhumproblema estrutural e, rapidamente, logoque a situação das contas públicas o permita,voltaremos a assistir ao crescimento do peso doEstado, e com isso ao aumento do esforço pedidoa empresas e cidadãos.

Assim, e antes de mais, deverá haver uma efectivaracionalização dos organismos do Estadoassente numa definição clara das funções que,inequivocamente, devem caber ao Estado eaquelas que devem ser asseguradas pelo sectorprivado.

Mas, no entender da CCP, será ainda necessárioir mais longe. Ou seja, é ainda indispensávelpara garantir uma diminuição consistente econtinuada do défice, actuar sobre os sistemaspúblicos com maior peso financeiro. Ou seja, nãoteremos uma efectiva redução do peso do

Estado se não actuarmos sobre os sistemaspúblicos da saúde e da protecção social.No que se refere ao sistema de segurança social,a actuação a seguir deve incidir sobre duasvertentes essenciais da despesa deste: por umlado, a que resulta do aumento do desemprego e,por outro, a que se relaciona com os encargoscrescentes em matéria de pagamento de reformas.Se, relativamente a esta última, volta a estar emcausa questionar o grau de cobertura asseguradopelo Estado e a correlativa questão do«plafonamento», já em relação aos custosrelacionados com o impacto dos estabilizadoresautomáticos em período de crise a única formaconsequente de os inverter é promovendo políticasactivas de criação de emprego, em especial,através da redução dos custos (com destaquepara os não salariais) com o factor trabalho porparte das empresas, onde seguramente a menorreceita recebida será claramente compensada pelaredução da despesa da segurança social.

Ao nível do sistema de saúde (e do designadoSNS) importa não só acelerar e aprofundar oprocesso de racionalização do seu funcionamento,como abandonar em definitivo o dogma deum SNS “universal e tendencialmente gratuito” oqual, além de contribuir para uma crescentedegradação do sistema nos próximos anos,acabará, quase seguramente, por o destruir porcompleto.

Em seu lugar, o caminho para a consolidação doSNS passa pela adopção do princípio de quea ninguém serão vedados os necessários cuidadosde saúde em razão da impossibilidade desuportar os custos dos mesmos, adoptando--se,simultaneamente a regra do «utilizador pagador»e incentivando a coexistência entre operadorespúblicos e privados, alargando a liberdade doscidadãos na escolha dos serviços a que recorre eestimulando uma desejável concorrencialidadeno sector.

FALTAARTIGOOPINIÃO

Page 30: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

C O M U N I C A D O

Agosto 201130

Page 31: Revista ACP Notícias n5 (maquete)

VERSOCONTRACAPA

LIVRE

Page 32: Revista ACP Notícias n5 (maquete)