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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Ficha de identificação da Produção Didático Pedagógica
Título: Memórias dos Ilhéus de Porto Camargo, Rio Paraná (1984-2013): cotidiano, trabalho e sala de aula.
Autora Margot Ieda Cardoso Lucena
Disciplina/Área História
Escola de Implementação do Projeto Escola Estadual do Campo de Porto Camargo
Município da Escola Icaraíma
Núcleo Regional de Educação Umuarama
Orientador Professor Me. Jorge Pagliarini Junior
Instituição de Ensino Superior UNESPAR – Campus de Campo Mourão
Relação Interdisciplinar Arte; Ciências; Geografia; Língua Portuguesa.
Resumo
As atividades propostas fazem parte da Produção Didático Pedagógica do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) e visam
problematizar a história de ex-moradores das ilhas situadas na área de preservação ambiental do Parque
Nacional de Ilha Grande, criado em 1997 que,
atualmente, moram no distrito de Porto Camargo.
Abordaremos o contexto em que se destaca a história dos ilhéus e pescadores, sua organização e
forma de vida, tendo como objetivo produzir
conhecimento histórico e material didático, partindo de um estudo de memórias - histórias de vida. No
decorrer da aplicação das aulas os alunos
contribuirão para a produção da pesquisa. A partir
de um estudo de identidade proporcionaremos aos alunos a percepção comparativa entre as histórias
contadas sobre a vida anterior à criação do Parque
Nacional, com a vida de hoje, diante das novas perspectivas de trabalho, lazer e política vivenciadas
em Porto Camargo. Utilizaremos metodologias
como entrevistas e leituras de imagens fotográficas para a produção de material didático, possibilitando
ressignificações das narrativas históricas, por meio
da oralidade.
Palavras-Chave Migração; Memórias; História.
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público Alvo 9º Ano – Ensino Fundamental
Apresentação
A elaboração do Caderno Pedagógico de História visa a produção do conhecimento e
tem por base a abordagem da História Local, recorte que, apesar de recente - pós década de
1980 no Brasil - oferece riqueza de possibilidades e especificidades na área ao favorecer a
participação dos alunos como sujeitos ativos e construtores da História. Dentre as principais
fontes selecionadas e as respectivas metodologias, destaca-se a preocupação da produção de
conhecimento por meio de narrativas de histórias de vida, admitindo histórias de pessoas
comuns, extraídas de dentro da localidade. Aqui, concordando com Raphael Samuel: “Há
verdades que são gravadas nas memórias das pessoas mais velhas e em mais nenhum lugar,
eventos do passado que só eles podem explicar-nos, vistas sumidas que só eles podem
lembrar” (p. 230, 1990).
Para a produção do material, utilizou-se como base as Diretrizes Curriculares de
História (PARANÁ, 2008) e outros referenciais elencados neste trabalho. No entanto, ao
realizar a pesquisa bibliográfica percebemos a escassez de material relacionado à história dos
ilhéus no entorno de Porto Camargo, especificamente no campo da História e, sobretudo,
pautadas no diálogo com o ensino de História na Educação Básica. Portanto, reside na
superação dessa lacuna o significado da elaboração de nosso material didático, bem como a
investigação que ele proporciona, viabilizando dialeticamente os encaminhamentos para a
produção de outros materiais, disseminando-se, desta forma, uma produção sugerida para toda
a rede estadual, particularmente para professores que atuam na região margeada pelo Rio
Paraná.
Por meio das atividades apresentadas e sugeridas, pretende-se produzir material
didático partindo de um estudo de memórias – histórias de vida de ex- moradores das ilhas,
pescadores e alunos – dando-se suporte a um plano de atuação voltado ao ambiente escolar
onde professores e alunos estarão em interação constante de ensino-aprendizagem, tornando-
se fios condutores do trabalho educativo.
O ensino tradicional de História, ao longo do tempo, vem provocando o desinteresse
de nossos alunos e muitas vezes apresentam conteúdos distantes de sua realidade,
interiorizando a ideia de que ela somente estuda a recriação do passado protagonizado pelos
heróis e seus grandes feitos, tendo o aluno apenas a incumbência de captar “passivamente” os
conteúdos, como se não fizessem parte da História. Assim, desmistificar essas ideias,
consideradas como verdades inquestionáveis, descartando a possibilidade do cidadão comum
participar da construção da História, instigando-o à contextualização, valorizando o cotidiano
e experiências vividas, conduzindo-os à produção do conhecimento histórico mediado pelo
professor, segmenta nossa produção.
Além de trabalhos de campo e entrevistas com pessoas conhecedoras do assunto,
trabalharemos com sistematização das informações para produção de textos, análise de fontes
iconográficas – da década de 1980 aos dias atuais. Metodologicamente, pretende-se com isso
possibilitar ao aluno desenvolver suas habilidades linguísticas – oral e escrita – que serão
documentadas e arquivadas no decorrer do desenvolvimento das propostas.
Avaliação da aprendizagem
A avaliação é uma forma de analisar tanto o processo de ensino e aprendizagem dos
alunos, quanto as metodologias utilizadas pelo professor para que eles alcancem os objetivos
propostos. Ela ocorrerá durante todo o desenvolvimento das atividades, por meio de
observação direta do comprometimento, envolvimento e compreensão. Serão elaboradas de
forma compartilhada, contínua, processual e diversificada, com produção de textos, relatos e
capacidade de construir relações da história local com sua história de vida, sendo sempre um
meio e nunca um fim, uma forma de recomeçar, partindo do que foi diagnosticado para um
novo replanejamento das ações, tal como se encontra das Diretrizes Curriculares de História:
“Retomar a avaliação com os alunos permite, ainda situá-los como parte de um coletivo, em
que a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de
todos” (PARANÁ, p. 79, 2008).
Muitas vezes, sem perceber, nos avaliamos ou somos avaliados. Sempre fazemos uma
reflexão positiva ou negativa de nossas ações, até mesmo de coisas simples do nosso dia a dia,
sendo ela importante, pois nos ajuda a sermos mais críticos e a buscarmos alternativas. Na
educação a avaliação assume papel relevante para os alunos, professores e Equipe
Pedagógica, servindo como um norte para o planejamento e replanejamento das atividades,
contribuindo na construção do conhecimento, partindo de diagnósticos dos avanços e
dificuldades, num processo contínuo, cooperativo, interativo e orientador, com a finalidade de
investigação para intervenção, conforme exposto nas Diretrizes Curriculares:
[...] o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno
compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo
professor e pelos alunos (PARANÁ, p. 79, 2008).
Especificamente na área da aprendizagem é importante que os alunos se percebam
como seres participativos e atuantes, construtores da História, de acordo com a proposta das
Diretrizes Curriculares, possibilitando os alunos a “intervirem no mundo histórico em que
vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria história” (PARANÁ, p. 83, 2008),
valorizando a subjetividade do aluno no processo de construção do conhecimento.
Texto 1 - Porto Camargo
Pertencente ao Município de Icaraíma, Porto Camargo está localizado à margem
esquerda do Rio Paraná, situado dentro da área de preservação ambiental do Parque
Nacional de Ilha Grande. Atualmente esta localidade possui uma população composta por
ribeirinhos, pescadores, pequenos sitiantes e comerciantes, totalizando aproximadamente
800 habitantes (rural: 200; urbana: 600), situação bem diferente das décadas de 70 e 80
que, de acordo com relatos de moradores, era bem mais numerosa. Nessa época residiam
nas ilhas um número significativo de famílias que levavam uma “vida simples”, pois,
dependiam basicamente da pesca para subsistência e do comércio daquilo que plantavam e
colhiam, interferindo na fauna e flora local somente como um meio de sobrevivência.
Os ilhéus tinham sua moradia e forma de vida peculiar e só saíam por extrema
necessidade, em caso de doenças (algumas situações, até mesmo o parto era realizado na
própria residência com o auxílio de parteira) ou forçados, devido às enchentes causadas
pelas águas de chuva em excesso que adentravam suas habitações, quase ficando
submersas. Uma das maiores enchentes ocorreu no final de 1982 e durou cerca de seis
meses.
Com a criação do Parque Nacional de Ilha Grande em 1997, as famílias tiveram
que se retirar das ilhas e, de acordo com relatos dos ilhéus e moradores do Porto, os
mesmos não participaram das políticas e decisões referentes ao processo de criação, tão
pouco tiveram conhecimento prévio, ou seja, tudo veio de “cima para baixo”, sem o
envolvimento dos moradores locais ou esclarecimentos por parte de órgãos competentes
que justificassem o porquê de não poderem permanecer, sendo obrigados a deixarem o
espaço físico em que viviam e do qual retiravam seu sustento.
Antigos moradores relatam que o Porto Camargo, entre as décadas 70 e 80, era
muito movimentado e com um número superior de moradores permanentes.
Diferentemente de hoje, em que a população flutuante aumentou, transformando
significativamente a paisagem e costumes da população local. Porto Camargo vem
passando por profundas transformações nos últimos anos. Atualmente recebe vários
turistas que buscam as águas dos rios, a pesca amadora, o lazer, o descanso, a prainha, o
Paredão das Araras. Afinal, trata-se de um lugar com belezas naturais e encantadoras.
Até então, nosso espaço é visitado aleatoriamente, utilizado de forma
indiscriminada. Recentemente, com a participação e envolvimento de representantes do
Parque Nacional de Ilha Grande, Consórcio Intermunicipal para Conservação do
Remanescente do Rio Paraná e Áreas de Influência (CORIPA), Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Poder Público Municipal e Associação de
Moradores, devido ao crescimento da atividade turística na região, vem ocorrendo
Oficinas de turismo em Porto Camargo, com a integração de moradores e comerciantes
locais: proprietários de barcos (responsáveis pelos passeios turísticos e transportes até a
prainha), marinas, lanchonetes, restaurantes, mercado, hotel, pousadas e vendedores de
iscas), com a finalidade de estabelecer regras, controle de uso local e possíveis melhorias
na estruturação para atendimento da população permanente e temporária.
Fonte: Autora
Imagem 1 - Vista aérea de Porto Camargo, 2012.
Fonte: Portal Umuarama.
Encaminhamentos metodológicos
O trabalho de pesquisa abrange, sobretudo, as metodologias relacionadas ao estudo da
produção de narrativas, sejam elas orais e/ou imagéticas. Segue-se uma abordagem local
voltada ao significado das relações históricas presentes direta ou indiretamente no cotidiano
dos alunos, pois acreditamos auxiliar o estudante na busca e construção do conhecimento,
retirando do professor o encargo de ser ele o “dono do saber”, como diz Raphael Samuel: “As
pessoas estão continuamente colocando para si mesmas questões relacionadas ao local onde
mora e sobre como viveram seus antepassados” (p. 221, 1990).
No Caderno Pedagógico constam atividades práticas para serem realizadas com os
alunos, totalizando um número previsto de 32 aulas, sujeitas a alterações, que se encontram
distribuídas em Unidades, na seguinte ordem:
UNIDADE I
Apresentação do Projeto;
Trabalhando com conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema;
Pesquisa sobre o Histórico do Município no site Oficial da Prefeitura Municipal;
Trabalhando com o Hino de Icaraíma;
Trabalhando com o Google Earth.
UNIDADE II
Parque Nacional de Ilha Grande e o cotidiano de Porto Camargo;
Entrevistas de Campo e sala de aula com ex-moradores das ilhas;
Momentos de exposição oral sobre as entrevistas e produção textual;
Trabalhando com vídeo, produzido anteriormente sobre a pesca.
UNIDADE III
Análise de imagens fotográficas;
Pesquisa em arquivos fotográficos de moradores e familiares para análise em sala de
aula; registro fotográfico realizado pelo aluno a lugares de referência e justificativa
sobre a escolha;
Trabalhando com Blog - estará presente desde o início, pois será um diário das
atividades realizadas. Sua organização e postagem ocorrerão no contra turno;
Indagações referentes as atividades realizadas, permitindo verificar os resultados e
relevância do projeto.
Obs.: As atividades no contra turno serão realizadas com autorização para participação
e publicação de imagens, devidamente assinadas pelos pais ou responsáveis.
UNIDADE I
Apresentação do Projeto
Trabalhando com conhecimentos prévios dos alunos
A proposta é promover discussões de assuntos relacionados à História local, tendo
como referência a leitura do texto 1 - Porto Camargo, permitindo trocas de informações,
pontos de vista e reflexões, instigando o aluno à integração, iniciativa e interesse de
participação.
Na sequência, seguem algumas sugestões de perguntas e temas para serem debatidas:
Iniciaremos o trabalho apresentando e esclarecendo a proposta do projeto, dias e
horários dedicados à sua execução, problematizando a história local, partindo do
conhecimento do aluno referente ao tema abordado, pois esse saber pode colaborar no
desenvolvimento e construção do aprendizado.
O que sabem sobre as pessoas que moravam nas ilhas?
Quais as principais atividades que os ilhéus desenvolviam (para subsistência e lazer)?
O que já ouviram falar sobre as enchentes do Rio Paraná?
Porque praticamente já não existem moradores permanentes residindo nas ilhas da
nossa região?
Pesquisa sobre o Histórico do Município
Trabalhando com o Hino
Em seguida, trabalharemos com o hino de Icaraíma, que será apresentado aos alunos de
forma impressa, com a finalidade de relacioná-lo com a localidade.
O que sabem sobre o Parque Nacional de Ilha Grande?
O que os moradores do Porto faziam e fazem hoje em dia como meio de
sobrevivência?
O que você compreende pela palavra turismo?
Quais os pontos positivos e negativos do turismo em nossa localidade?
Quais mudanças vêm ocorrendo no distrito de Porto Camargo após a criação do
Parque Nacional de Ilha Grande e o desenvolvimento do turismo?
Para nos situarmos, iremos contextualizar o histórico do Município de Icaraíma, o
qual pertence o distrito de Porto Camargo. Os alunos realizarão pesquisa na internet,
registrando no caderno as informações obtidas. Um dos links sugeridos será a página
oficial da Prefeitura Municipal de Icaraíma disponível em:
http://www.icaraima.pr.gov.br/novo_site/index.php?exibir=secos&ID=44
Hino de Icaraíma
Sob o manto de luz que do alto
Desenhou fabuloso destino
Tu surgiste a sorrir no planalto
Resultado de um sonho divino.
Minha Icaraíma querida
És a jóia mais linda que há
Tudo em ti é amor luz e vida
Filha altiva do meu Paraná.
À Senhora Aparecida
Há de amparar e proteger,
Icaraíma, em sua vida.
Cada vez mais feliz há de ser.
Icaraíma. Icaraíma
Meu tesouro e bem querer.
Icaraíma, Icaraíma
Sou teu filho e por ti vou viver.
Rio Paraná tão imponente
Irrigando teu bendito chão
É testemunho do valor de tua gente
Que acredita no trabalho e união.
Minha Icaraíma querida
És a jóia mais linda que há
Tudo em ti é amor luz e vida
Filha altiva do meu Paraná
À Senhora Aparecida
Há de amparar e proteger,
Icaraíma, em sua vida.
Cada vez mais feliz há de ser.
Icaraíma. Icaraíma
Meu tesouro e bem querer.
Icaraíma, Icaraíma
Sou teu filho e por ti vou viver.
Letra e Música: Sebastião Lima
Fonte: Portal Dia a Dia Educação
Após leitura e análise, propor as seguintes atividades:
Você conhece o hino de Icaraíma? Caso afirmativo, como conheceu?
Quando o hino foi produzido?
Observe se em algum momento o hino faz referência com a localidade de Porto
Camargo. Caso afirmativo, identifique na letra da música os trechos:
Faça uma análise dos possíveis motivos que levaram o autor a mencioná-lo na
letra:
Trabalhando com o Google Earth
Imagem 2 - Planeta Terra
Fonte: Google Earth
O Google Earth é uma multimídia que permite a visualização de imagens reais,
capturadas de satélites, dando a impressão que o mundo se encontra dentro do computador,
recurso que colabora para despertar a curiosidade e interesse dos alunos, partindo de uma
escala menor até a representação do espaço de forma detalhada, mais próxima, possibilitando
ver o mundo por um ângulo diferente que o normal: “de cima para baixo”. A ênfase da
atividade estará no próprio estudo espacial, necessário para a futura compreensão de
processos de territorialidade, ou seja, de ocupação e uso do local partindo do estudo de
memórias.
Para o desenvolvimento da atividade, os alunos serão encaminhados até o Laboratório
de Informática, já com os computadores conectados na internet, apresentando a eles o
programa, explicando sua função e o objetivo, oportunizando localizar e visualizar diferentes
escalas do município, distrito e áreas do Parque Nacional de Ilha Grande.
UNIDADE II
O Parque Nacional de Ilha Grande
Desde 1997, com a criação do Parque Nacional de Ilha grande, nosso distrito se
encontra localizado na sua área de influência, o que contribuiu para significativas
transformações, relacionadas aos aspectos sociais, econômicos e culturais. O seu estudo
histórico possibilitará a sequência das aulas para o trabalho com memórias.
Em 30 de setembro de 1997, por meio de um decreto, foi criado o Parque Nacional de
Ilha Grande (PNIG), como medida compensatória para minimizar os impactos causados pela
submersão das Sete Quedas, localizadas no município de Guaíra-Pr, devido a construção da
Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu.
No Decreto consta:
Art 1° Fica criado o Parque Nacional de lha Grande, abrangendo as Ilhas
Grande, Peruzzi, do Pavão e Bandeirantes, e todas as demais ilhas e ilhotas
situadas desde o Reservatório de Itaipu e a foz do Rio Piquiri até a foz dos Rios Amambai e Ivaí, as áreas de várzea e planícies de inundação, situadas
às margens do Rio Paraná, as águas lacustres e lagunares e seu entorno e o
Paredão das Araras (BRASIL, 1997, p. 1).
Parte do Parque Nacional de Ilha Grande (área norte) localiza-se no distrito de Porto
Camargo, no município de Icaraíma, como mostra a imagem a seguir:
Imagem 3 - Parque Nacional de Ilha Grande e Municípios do entorno.
Fonte: Arquivo do Escritório do Parque Nacional de Ilha Grande, Guaíra-PR/2008.
Para melhor entendimento referente à sua criação, teremos a presença de um
convidado na sala de aula, integrante da Equipe de Direção do Parque Nacional de Ilha
Grande, com conhecimentos referente ao assunto abordado, utilizando vocabulário de fácil
compreensão, contribuindo com maiores informações e esclarecimentos para os alunos, onde
relatará o processo histórico: período, motivos, sua importância enquanto área de preservação
ambiental, seus impactos positivos e negativos, permitindo questionamentos e comentários.
Após exposição oral e ilustrativa (banner, folder e mapa de localização) pelo
convidado, tendo esclarecido possíveis dúvidas, sugerir aos alunos as atividades seguintes:
REGISTRE NO CADERNO:
O que você sabe sobre a história da formação do Parque Nacional de Ilha Grande?
Como este espaço já foi explorado?
Onde se localiza o Parque Nacional de Ilha Grande?
Quais municípios são abrangidos pela área do Parque Nacional de Ilha Grande?
Produzindo Conhecimento Histórico por meio de entrevistas
O trabalho com entrevistas, construído a partir de relatos de experiências pessoais, traz
informações valiosas, propiciando um ponto de partida para conhecer uma determinada
realidade ou cultura, aproximando fatos distantes, contribuindo para construção de identidade
e formação da cidadania, que Janaina Amado reforça as atividades com entrevistas,
ressaltando suas particularidades e possibilidades:
[...] entrevistas podem e devem ser utilizadas por historiadores como fontes
de informação. Tratadas como qualquer documento histórico, submetidas a
contraprovas e análises, fornecem pistas e informações preciosas, muitas inéditas, impossíveis de serem obtidas de outro modo (1995, p. 134).
Sabendo que as pessoas, ao relatarem histórias de vida, não se prendem a uma
sequência, partem geralmente do tempo presente, num constante ir e vir e que muitas vezes
suas memórias envolvem “fantasias”, pois dificilmente duas narrativas de uma mesma história
oral serão exatamente iguais, concordamos com Janaina Amado quando afirma: “Toda
narrativa, no entanto, possui uma dose, maior ou menor, de criação, invenção, fabulação, isto
é: uma dose de ficção” (1995, p.134).
Para o desenvolvimento da atividade com entrevistas, uma das primeiras orientações
para os alunos será a busca e identificação de famílias que viveram nas ilhas no período
anterior a criação do Parque Nacional de Ilha Grande e que, comumente, praticavam a pesca.
Em seguida, com roteiros previamente elaborados, serão instruídos pela professora como
deverão proceder durante a conversa, com o objetivo de evitar que os entrevistadores
interfiram nas respostas, aguardando a conclusão do raciocínio antes de formular nova
pergunta e, também, ressaltando para os alunos a importância de transcrever a fala dos
entrevistados.
A turma será dividida em grupos, ficando responsáveis por mapear as informações de
uma ou duas famílias, entrar em contato com os ex-ilhéus e pescadores escolhidos, explicando
o objetivo da entrevista, solicitando autorização para que a mesma seja gravada, distribuindo
entre si as seguintes tarefas:
Entrevistador: aquele que irá entrevistar, tendo o conhecimento prévio da pesquisa, do
entrevistado e roteiro que será utilizado;
Transcritor: fará o registro por escrito da entrevista;
Conferente: responsável por conferir a transcrição;
Auxiliar: acompanhará a entrevista, tendo em mãos um diário para registrar dados sobre o
entrevistado – nome e endereço –, data, projeto ao qual a entrevista se insere e principais
observações que julgar necessário, como por exemplo, interpretar momentos de silêncio,
expressões fisionômicas, detalhes que talvez fiquem ocultos.
Os grupos terão o acompanhamento da professora e intervenção sempre que
necessário, orientando, conferindo e colaborando para a conservação dos documentos
coletados.
Porto Camargo, antes da criação do Parque Nacional de Ilha Grande era composto por
moradores locais e outros residentes nas ilhas próximas, onde o hábito da pesca era evidente,
devido à facilidade de realização por sua localização, servindo como meio de subsistência e
comércio, apesar de escasso no período. Após retirarem-se das ilhas, buscaram diferentes
fontes de renda para sobrevivência, outros ainda, permanecem na profissão. Existem também
em nossa localidade, pescadores em exercício que nunca residiram nas ilhas.
Em nossa pesquisa optamos trabalhar com entrevistas que serão realizadas com ex-
moradores das ilhas que praticavam a pesca, pois são fontes de informações preciosas, que
favorecerá um paralelo da rotina de suas vidas antes e após o surgimento do Parque,
possibilitando rememorarmos e percebermos o processo de mudanças e/ou permanências,
dando suporte ao nosso trabalho.
Roteiro de entrevista
Em qual ilha você morou?
Porque foi morar na ilha? Em qual período?
Com quem morava?
Tinha vizinhos nas proximidades? Como era a relação entre vocês?
Quais eram as atividades, relacionadas ao trabalho, que praticava? Eram apenas para
subsistência?
Como era a pesca antigamente (instrumento de pesca, embarcações, comércio, etc.)?
Quais as espécies de peixes que pescava? Qual quantidade aproximada?
Quais as principais mudanças que ocorreram, relacionadas à pesca, da época que você
morava na ilha para a atual?
Quais os impactos – positivos ou negativos – das enchentes para a atividade de pesca?
Qual a sua opinião em relação aos pescadores amadores?
Quais eram as atividades de lazer praticadas nas ilhas?
Em quais momentos se deslocava da ilha?
Como era feito esse deslocamento? Qual tipo de embarcação utilizava?
Sobre a alimentação, onde comprava e como armazenava os alimentos?
Numa eventualidade (corte, picada de animais ou até mesmo o parto), quais eram os
procedimentos?
Como era sua relação com o meio ambiente?
Quais as maiores dificuldades encontradas no dia a dia de permanência na ilha?
Quais eram os problemas enfrentados no período de enchentes?
Quando e porque se retirou definitivamente da ilha?
Como define sua vida na época que viveu na ilha?
Após ter saído de lá, considera sua vida melhor ou não? Em que? Por quê?
Qual sua opinião sobre o turismo em nossa região?
Como foi o processo de desapropriação da área pertencente ao Parque Nacional de Ilha
Grande?
Imagem 4 - Pescador
Fonte: 1.BP.
O pescador tem muitas histórias para contar, carrega consigo a fama de criar
fantasiosas histórias, com muita imaginação, relacionadas às suas pescarias. Tem sempre
“aquela pescaria” que por algum motivo ficou em sua memória, podendo ser verdadeira ou
não. Diante disso, uma das atividades propostas, no momento da entrevista é solicitar ao
pescador, se possível, que relate uma delas para que se faça o registro e posteriormente
possam organizá-la para serem trabalhadas com produção de texto nas aulas de Língua
Portuguesa.
No retorno do trabalho, em sala de aula com os relatos das entrevistas, as experiências
serão socializadas, sendo organizados momentos para que os alunos contem espontaneamente
sobre histórias que foram ouvidas e registradas.
Além do trabalho de campo, contaremos com um convidado na sala de aula, que
contribuirá com nossas atividades, relatando sua história de vida no período que viveu na ilha,
sobre a prática da pesca, fazendo uma comparação com a realidade hoje, com o objetivo de
levar os alunos à contextualização e percepção das transformações que vem ocorrendo na
localidade. As interpretações registradas serão organizadas para produção de texto.
Vídeo – Pescador
Imagem 5 - Pescador - Rio Paraná – Porto Camargo, 2013.
Fonte: Acervo pessoal de Alex Sandro Cardoso
Trabalharemos com vídeo produzido com alunos em outubro de 2008 referente à
pesca, no qual constam relatos de pescadores e familiares sobre a atividade pesqueira naquele
período, as mudanças que vinham se delineando relacionadas à quantidade e qualidade de
peixes que retiravam dos rios. Também são relatados as dificuldades e “perigos” enfrentados
no dia a dia do pescador e a visão que tinham do pescador amador (turista), demonstrando
também seus anseios e expectativas para o futuro.
A atividade será encaminhada como complementação, após serem realizadas as
atividades de campo e entrevista na sala de aula, com o objetivo de relacionar, comparar e
confrontar as ideias, as mudanças e/ou permanências.
Produção do vídeo: Alunos e Autora - 2008
UNIDADE III
ANÁLISE DE IMAGENS
As imagens fotográficas nos fornecem pistas de uma história não verbal,
transportando-nos a momentos imemoriais, lembranças inesquecíveis a quem as vivenciou ou
não, possuindo uma expressividade estática, onde se faz necessário o diálogo constante para o
seu entendimento.
Fundamentando o trabalho com imagens Ana Maria Mauad, afirma:
[...] as fotografias guardam, na sua superfície sensível, a marca indefectível
do passado que as produziu e consumiu. Um dia já foram memória presente, próxima àquelas que as possuíam, as guardavam e colecionavam como
relíquias, lembranças ou testemunhos (p. 10, 1996).
A fotografia é uma forma de expressar a subjetividade, reflete o interior daquele que
fotografa, sendo ela carregada de informação, visão e intencionalidade. Está intimamente
relacionada à vivência e experiências ao longo da vida, o que justifica a diferença e
diversidade dos registros fotográficos de um mesmo lugar ou tema, o “olhar” de quem está
com a câmera em mãos, exemplificada também por Mauad: “[...] deve-se compreender a
fotografia como uma escolha efetuada em um conjunto de escolhas então possíveis (p. 12,
1996)”. É isso que torna o simples ato de fotografar tão interessante.
Geralmente estão repletas de informações, que vão além daquilo que os olhos podem
ver, podendo ser testemunha de determinados momentos, capazes de divertir, emocionar ou
comover.
A análise de fontes iconográficas será organizada em dupla, com o objetivo de
desenvolver no aluno o senso crítico e analítico, possibilitando a compreensão do que são
fontes históricas e sua importância para a História.
Observe as imagens 6 e 7 a seguir e responda as questões propostas:
Imagem 6 - Margem esquerda do Rio Paraná - Porto Camargo, 1990.
Fonte: Acervo pessoal de Alex Sandro Cardoso
Imagem 7 - Margem esquerda do Rio Paraná - Porto Camargo, 2012.
Fonte: Acervo pessoal de Alex Sandro Cardoso
Qual o local retratado?
Qual o período aproximadamente que elas foram fotografadas?
Faça uma comparação, descrevendo as principais transformações que ocorreram na
paisagem e na forma de uso desse lugar.
Até a criação do Parque Nacional de Ilha Grande, tínhamos um número significativo
de famílias que residiam nas ilhas e que migravam até o continente somente no período das
enchentes.
Essas famílias muitas vezes, eram pegas de surpresa com as cheias, pois não tinham
nenhuma informação sobre a possibilidade de enchentes antecipadamente. Aguardavam até o
último instante para se retirarem e, enquanto isso sofriam com as dificuldades de
deslocamentos e os prejuízos.
Era comum a cheia ocorrer uma vez a cada ano, geralmente nos meses finais e se
estender aos três primeiros meses do ano seguinte, causando aos moradores uma sensação de
tristeza, angústia e insegurança, pois aquilo que sonharam, conquistaram, construíram, as
águas levavam e, ao mesmo tempo, precisavam buscar forças para recomeçar.
Faça uma análise das seguintes imagens:
Imagem 8 - Enchente do Rio Paraná - Porto Camargo, 1990.
Fonte: Acervo pessoal de Alex Sandro Cardoso
Imagem 9 - Enchente do Rio Paraná - Porto Camargo, 2011.
Fonte: Alex Sandro Cardoso
Identifique o local retratado:
Quando aproximadamente foram retratadas?
Qual fato estava ocorrendo?
Era comum tal acontecimento?
Qual o impacto das enchentes para as pessoas que viviam nas proximidades do rio e
em especial àqueles que moravam nas ilhas?
Será que a vida das pessoas no período que viviam na ilha, mesmo com as dificuldades
que percebemos, era melhor que hoje? Justifique sua resposta:
A pesca representa uma das atividades centrais no dia a dia dos moradores de Porto
Camargo e recentemente, para os turistas que frequentam a localidade. Estabelecendo as
diferentes práticas e objetivos, podemos separá-las em duas categorias: profissional (exercida
com finalidade econômica) e amadora (exercida pelo turista como lazer).
As imagens a seguir permitem o debate e reflexão a respeito, possibilitando o estudo
histórico do cotidiano de Porto Camargo.
Identifique nas imagens 10 e 11 a seguir:
Imagem 10 - Embarcações utilizadas para a pesca profissional - Porto Camargo, 2010.
Fonte: Acervo pessoal de Alex Sandro Cardoso
.
Imagem 11 - Embarcações utilizadas para a pesca amadora e lazer - Porto Camargo, 2012.
Fonte: Acervo pessoal de Alex Sandro Cardoso
Quais são as diferenças entre os tipos de embarcações?
Por quem são comumente utilizadas? Com qual finalidade?
Quem utiliza com maior frequência para a atividade de lazer?
Qual o horário de pesca de cada categoria (profissional e amador)?
Geralmente, quais os instrumentos de pesca utilizados pelo pescador profissional e
pelo pescador amador?
Qual a relação existente das categorias ( pescador amador e profissional), referente ao
meio ambiente?
Qual a diferença e/ou finalidade da pesca praticada por cada categoria?
Na sua opinião, qual a visão do pescador profissional em relação ao amador?
Porto Camargo
Privilegiado com suas belezas naturais, Porto Camargo é uma referência para o
município, considerado ponto turístico e pesqueiro. Anualmente, é realizado o tradicional
Concurso de Pesca ao Pacu que atrai os apaixonados pela pesca e lazer de diversas regiões do
país. Em 2013, aconteceu a 22ª edição desta festa. Na sequência, segue a respectiva atividade:
Faça uma análise das imagens seguintes e responda as questões:
Imagem 12 - Cartaz de divulgação do Concurso de Pesca ao Pacu, 2013.
Fonte: Portal Icaraíma.
Imagem 13 - Participantes do 20º Concurso de Pesca ao Pacu - Porto Camargo, 2011.
Fonte: Portal Icaraíma.
Imagem 14 - Vista parcial do local de realização do Concurso de Pesca ao Pacu - Porto Camargo, 2011.
Fonte: Acervo pessoal de Alex Sandro Cardoso
As imagens: 12, 13 e 14, retratam a mesma paisagem? Justifique.
Quando elas foram supostamente retratadas? Justifique.
Quais são os locais retratados?
Quais são os principais elementos destacados em cada uma das imagens?
A imagem do cartaz representa a realidade de Porto Camargo? Justifique.
Qual foi o possível motivo que levou ao registro fotográfico de cada uma delas?
Quais são as características da festa que as imagens pretendem destacar?
Você acha que as imagens deixam de evidenciar outros acontecimentos que ocorrem
durante a festa? Justifique.
Em sua opinião, quais são os pontos positivos e negativos desta festa para a
localidade?
Agora é sua vez...
Pesquise nos arquivos fotográficos de moradores ou familiares, que viveram nas
ilhas, sobre a pesca, para serem compartilhadas e analisadas na sala de aula.
Pensando no local onde vive, qual seria uma referência (festas, monumentos,
atividades cotidianas) para você?
Faça o registro fotográfico e produza um comentário justificando a sua escolha:
Trabalhando com “Blog”
Imagem 15 - Página inicial do blog da Escola Estadual do Campo de Porto Camargo, 2013.
Fonte: Blog da Escola Estadual do Campo de Porto Camargo.
As inovações tecnológicas constituem conceitos que já fazem parte do vocabulário e
cotidiano da maioria dos estudantes e professores, sendo importantes ferramentas que
podem contribuir para o ensino, com o cuidado de não serem vistas como a solução dos
problemas da escola. No caso específico do “blog”, utilizado com critérios, como estratégia
pedagógica, pode contribuir para a interação entre alunos e professores e consequentemente
para o processo ensino aprendizagem.
O blog tem por finalidade apresentar e divulgar o desenvolvimento das atividades
propostas, relacionadas à História local, motivando os alunos a desenvolver suas
capacidades, associadas à forma de expressão do pensamento, relatos de experiências,
seleção e leituras de imagens, informações e produção de texto, favorecendo a leitura e
escrita.
A atividade com o blog será encaminhada em grupos, e no decorrer de cada atividade
proposta será feito o registro escrito, relatando as principais informações: envolvimento,
experiências, opiniões dos alunos e registro fotográfico. Após produção textual (corrigidos
pela professora) e seleção das imagens fotográficas, postaremos em uma página específica
no Blog da Escola, disponível no site: http://escolaestadualdeportocamargo.blogspot.com.br/
Finalizando nossas atividades, propor aos alunos individualmente, sem identificação,
um questionário referente a todas as atividades desenvolvidas, oportunizando relatarem sua
opinião, possibilitando verificar os resultados e relevância do projeto.
Questionário
Qual atividade foi mais interessante? Por quê?
Qual atividade teve menos produtividade? Justifique:
Quais eram suas impressões a princípio sobre a proposta do projeto?
Houve alterações, em relação a suas impressões, durante o desenvolvimento das
atividades?
Em alguma situação, sua história de vida ou de sua família se identificou com o
contexto do projeto? Caso afirmativo, em qual?
Em algum momento se percebeu no estudo produzido?
Como avalia seu envolvimento nas atividades propostas? Justifique:
E a participação da turma em geral, após as experiências vivenciadas?
Referências
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