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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

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EXPLORANDO OS NÚMEROS INTEIROS POR MEIO DOS JOGOS MATEMÁTICOS

Lizete da Silva Perecin1

Professor Me. Daniel de Lima2

Resumo

Este artigo é resultado da implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica, “Explorando os números inteiros por meio dos jogos matemáticos”, desenvolvido com os alunos do 7º ano do Colégio Estadual Paraíso do Norte. E.F.M.P. e EJA. Teve como objetivo aliar os jogos manipulativos ao processo do ensino da Matemática, proporcionando dessa forma um ambiente de aprendizagem favorável a exploração dos conceitos dos números inteiros, desenvolvendo habilidades de raciocínio, concentração, organização e criatividade. Para tanto, buscou-se suporte em autores que defendem a ideia de que os jogos matemáticos são facilitadores do processo de ensino e aprendizagem. O jogo escolhido como suporte metodológico para ensinar os números inteiros foi o “Gira – gira dos inteiros”, onde pode-se comprovar que em um jogo não há passividade, a motivação é grande, e além de aprender matemática os alunos melhoram o desempenho e passam a ter atitudes mais positivas, interessando-se mais pelos conteúdos desenvolvidos e consequentemente assimilam melhor os conceitos apresentados. Enfim, verificou-se que ao utilizar metodologias diferenciadas e recursos que atraem a atenção dos educandos a aprendizagem se concretiza de forma mais eficiente.

Palavras-Chave: Números inteiros; Jogos matemáticos; Aprendizagem

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo se constitui como parte integrante das atividades previstas no

Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), promovido pela Secretaria de

Educação do Paraná (SEED) e também como resultado do aprofundamento teórico e

reflexões sobre práticas pedagógicas e da implementação da Unidade didática intitulada

“Explorando os números inteiros por meio dos jogos matemáticos”, aplicada a alunos do

7º ano do Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Paraíso do Norte E.F.M.P e EJA,

no município de Paraíso do Norte, núcleo regional de Paranavaí.

A escolha do tema foi embasada na certeza de que ensinar números inteiros,

aliados aos jogos matemáticos, pode ser um meio eficaz para ensinar matemática, uma

vez que desde a sua origem, os números inteiros apresentam problemas quanto a sua

interpretação no que se refere aos números negativos.

1 Professora da rede pública de educação do Estado do Paraná. 2Professor do Departamento de Matemática da Universidade Estadual do Paraná-Campus de Paranavaí.

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Partindo do pressuposto de que os jogos matemáticos podem amenizar as

dificuldades dos educandos em compreender de forma significativa o conceito de

números inteiros, traçou-se como objetivo geral aliar os jogos manipulativos ao processo

do ensino da Matemática proporcionando um ambiente favorável de aprendizagem e

dessa forma desenvolver habilidades de raciocínio, concentração, organização e

criatividade.

Segundo as Diretrizes(2008), a disciplina de matemática engloba inúmeros

saberes e mostra que o ensino da mesma está pautado em sua prática pedagógica e

embora essa ainda esteja em construção, está envolvida com as relações entre o ensino,

a aprendizagem e o conhecimento matemático, tendo como um dos seus objetivos

principais a busca do seu desenvolvimento como campo de investigação e de produção

de conhecimento; porém, nem sempre é fácil mostrar aos alunos, aplicações que

despertem seu interesse ou que possam motivá-los (BRASIL, 2008. p.47)

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008) apresentam ainda a

seguinte análise em relação ao Ensino da Matemática:

A aprendizagem da matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida da história e do cotidiano. (PARANÁ, 2008, p. 45).

Diante do exposto, procurou-se criar mecanismos de ensino e aprendizagem da

matemática visando à construção do conhecimento por meio de conteúdos e atividades

diferenciadas que desenvolvessem e despertassem o interesse e a motivação dos

alunos. Ou seja, buscou-se alternativas para desenvolver o raciocínio matemático

cientifico, bem como a aprendizagem de forma prazerosa.

Como suporte metodológico, utilizou-se o jogo matemático denominado “Gira –

gira dos inteiros”, onde trabalhou-se os conceitos de números inteiros, mais

especificamente, os números negativos, e ainda, as quatro operações fundamentais.

Assim, foi possível aprimorar a capacidade de interpretação dos alunos, tendo em

vista que os mesmos não receberam respostas prontas e acabadas como verdades

absolutas. Tiveram que realizar questionamentos, buscar e enfrentar desafios e com isso

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deparar com novas situações, estabelecendo conexões entre o novo e o conhecido, onde

o saber empírico foi transformado em um saber melhor elaborado e mais sistematizado,

motivando o processo de ensino aprendizagem. Método que possibilitou a formulação

de hipóteses, estratégias e estimulo a criatividade.

Enfim, as atividades desenvolvidas visaram por meio dos jogos, encontrar

estratégias que viessem a colaborar com o processo de ensino, proporcionando uma

melhor aprendizagem e entendimento dos alunos a respeito dos números inteiros.

2 ALGUNS PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Para maior compreensão dos desafios e necessidades referentes a aplicação

deste projeto foi essencial a revisão de alguns conceitos relacionados aos números

inteiros e aos jogos matemáticos.

2.1 A HISTÓRIA E O CONCEITO DOS NÚMEROS INTEIROS.

Os números naturais surgiram das necessidades dos homens contar os objetos.

Com os números negativos a história não foi diferente, porém nesse caso o objetivo era

indicar o que faltava, ou seja, representar por meio de um número quantidades que

faltavam, surgindo assim os números inteiros.

De acordo com Rossi (2009), os números inteiros foram utilizados pelos

babilônios, mas o uso pioneiro dos números negativos é atribuído aos chineses e aos

hindus, que conceberam símbolos para as faltas e as diferenças “impossíveis” (dívidas).

Somente no século XIX que os negativos foram aceitos matematicamente e

interpretados como uma ampliação dos naturais e acredita- se que os primeiros vestígios

de números negativos foram encontrados nos trabalhos de Diofanto de Alexandria por

volta de 250 d. C. A, mas mesmo assim, a ideia de negativo foi difícil de ser aceita, só

amadurecendo posteriormente com auxílio de vários matemáticos, dentre eles Descartes

e Newton.

O educador matemático francês Georges Glaeser (1985), em suas pesquisas

verificou que os matemáticos tiveram dificuldades em compreender as regras dos sinais,

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principalmente no que se refere ao produto de dois números negativos resultar em um

número positivo e observou também que foi necessário muito tempo para entender todo

o processo e que nos dias atuais ainda permeia o universo escolar.

É necessário ressaltar que na generalização do conceito de quantidades incluindo

os números negativos foi um processo muito lento e difícil no desenvolvimento.

A palavra negativo tem o significado de negação; isto quer dizer que se trata de “não-números” e esta expressão é a mais adequada para mostrar as dificuldades que se opunham ao espírito humano na conquista de novos domínios no reino dos números (KARLSON, 1961, p. 42).

Na visão de Rossi (2009),

A história apresenta que a adoção do zero teve um papel-chave na construção dos números inteiros e isso possibilitou operar com grandezas negativas, mudando o caráter de “zero-nada” para “zero-origem”, favorecendo assim a ideia a de grandezas opostas ou simétricas (ROSSI, 2009, p. 15).

Somente mais tarde na história da matemática é que foi publicado o “Tratado da

álgebra” que as quantidades negativas foram apresentadas e no mesmo constava que

eram chamadas as quantidades positivas, ou afirmativas aquelas precedidas do sinal +,

e negativas, as que eram precedidas do sinal de -.

2.2 FALANDO SOBRE OS JOGOS MATEMÁTICOS.

Algumas pesquisas educacionais apontam que nos últimos 30 anos, tanto no

Brasil como em outros países os processos envolvidos no ensino e na aprendizagem

são muito mais complexos do que se acredita e revelam que a matemática está ligada à

compreensão, ou seja, a apropriação do conhecimento e segundo o Currículo Básico

(1990), a escola não tem dado conta de socializar esse conhecimento, ou melhor, não

está cumprindo a sua função básica principalmente em relação a matemática onde as

estatísticas apontam que muitos alunos reprovam ainda no primeiro grau (PARANÁ

p.63).

De acordo com os autores do livro do Pró – Letramento em Matemática (2008) no

(fascículo 7p.26), um dos principais objetivos da educação é procurar personalizar o

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ensino respeitando as diferenças de ritmo de aprendizagem de cada aluno, seguindo as

mudanças sociais, culturais e tecnológicas e tornando o ensino da matemática mais

divertido. Observando por essa lógica pode – se afirmar que aliar os jogos à resolução

de problemas no contexto do ensino de matemática proporciona além de um ambiente

motivador e desafiador um lugar de aprendizagem no qual há exploração, construção e

formalização dos conceitos mediante a estrutura matemática subjacente ao jogo e que

pode ser vivenciada pelo aluno, onde o mesmo pode questionar e ousar propor soluções

aos problemas encontrados num clima de investigação, estratégias e conhecimentos

matemáticos, ou seja, irá usufruir de um recurso onde irá aprender brincando (MEC,

2008).

Os jogos matemáticos utilizados nesse momento como um recurso didático, como

estratégia de ensino-aprendizagem na sala de aula, dentro da resolução de problemas

no conteúdo com os números inteiros irá apresentar excelentes resultados, uma vez que

cria situações que permitem ao estudante desenvolver esses métodos, estimulando a

sua criatividade num ambiente desafiador e ao mesmo tempo gerador de motivação, um

dos grandes desafios dos professores que procuram dar significado aos conteúdos.

Gandro (2000) afirma que além de propiciar o desenvolvimento de estratégias de

resolução de problemas na medida certa, os jogos também possibilitam a investigação,

a exploração do conceito em uma situação concreta, uma vez que os alunos a medida

que vão jogando, vão elaborando estratégias e testando-as a fim de vencer o jogo.

Já Smole, Diniz e Milani (2007), afirmam que o jogo também tem a função de

desenvolver a linguagem, pois nos diferentes processos de raciocínio e de interação

entre os alunos, os jogadores, a cada jogada tem a possibilidade de acompanhar o

trabalho de todos os outros, opinar sobre o seu ponto de vista e aprender a ser crítico e

desenvolvendo também a sua autoconfiança.

Borin (1998), ressalta que em um jogo não há passividade uma vez que a

motivação é grande, e que além de aprender matemática os alunos apresentam

melhoram seu desempenho e passam a ter atitudes mais positivas frente aos processos

de aprendizagem, ou seja, esse recurso didático como estratégia de ensino nas aulas de

matemática aumenta a possibilidade de diminuir os bloqueios apresentados por muitos

dos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la.

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Moura (1994) recomenda que o jogo seja utilizado como recurso metodológico em

sala de aula, pois em sua concepção:

O jogo na educação matemática parece justificar-se ao introduzir uma linguagem matemática que pouco a pouco será incorporada aos conceitos matemáticos formais, ao desenvolver a capacidade de lidar com informações e ao cria significados culturais para os conceitos matemáticos e o estudo de novos conteúdos. (MOURA, 1994, p.24).

Para a autora Starepravo (2009), o papel que os jogos exercem na construção da

formação de conceitos matemáticos é sempre desafiador para os alunos, uma vez que

os mesmos estão envolvidos direta ou indiretamente em situações problemas. Os jogos

irão favorecer novas elaborações a partir do conhecimento empíricos dos alunos, para

um então se tornar um saber melhor elaborado e, portanto mais sistematizado, a medida

que levantam hipóteses, testam sua validade, modificam seus esquemas de

conhecimento e avançam cognitivamente.

Refletindo sobre as observações dos autores pode – se analisar que não é o jogo

que trabalha a matemática, mas a intervenção pedagógica que se faz da sua utilização.

O papel de mediação e orientação do professor quanto aos procedimentos dos alunos

ao jogar é fundamental, ele deve ir questionando sobre suas jogadas e sobre quais

estratégias se fazem necessárias, para que o jogar se torne um ambiente de

aprendizagem, de criação e recriação conceitual e não apenas de uma mera reprodução

mecânica de conceito. Assim o jogo deixa de ser desinteressante para o aluno, porque

visa à elaboração de procedimentos e tomada de decisão.

3. DESENVOLVIMENTO

O material foi desenvolvido com alunos matriculados no 7o ano do ensino

fundamental, no período vespertino, em encontros semanais, perfazendo um total de 32

horas de atividades, que se encontram relacionadas no quadro e que posteriormente

estão descritas.

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Título/Tarefa Estratégias Carga Horária

Tarefa 1- Conceito de

números inteiros.

Atividades de leitura, história,

explanações orais

03 aulas

Tarefa 2 – Representação

geométrica dos números

inteiros.

Informações e

representações dos dados

contidos na história

01 aula

Tarefa 3 – Jogo “gira – gira

dos inteiros”

Construir o jogo e realizar as

jogadas

10 aulas

Tarefa 4 e 5– conceito das

regras dos sinais na adição e

subtração dos números

inteiros

Jogo “Gira – gira dos

inteiros”, preenchimento de

tabelas e informativos

literários

06aulas

Tarefa 6 – a evolução dos

números inteiros na história

da matemática

Áudio- “Negativos”

Série: Matema e explanações

orais e atividades escritas

02 aulas

Tarefa 7 – conceito de

multiplicação e divisão de

números inteiros

Tabelas, atividades de

leitura, história, explanações

orais

02 aulas

Tarefa 8 – jogo “Gira – gira

dos inteiros “das

multiplicação

Jogo “Gira – gira dos inteiros”

multiplicação e divisão e

preenchimento de tabelas

03 aulas

Atividades complementares

Jogo, explanações orais,

explanações escritas e

realização de atividades

complementares resgatando

os conceitos desenvolvidos

em cada tarefa anterior

05 aulas

1ª Tarefa: Atividades de leitura, história, explanações orais

A primeira ação realizada foi mostrar aos alunos o teor do projeto, os objetivos e

a importância da participação deles, para o sucesso do mesmo. Foi explicado ainda, que

para manter a organização e facilitar a correção das atividades, eles resolveriam todas

as atividades em um caderno próprio e que o caderno seria entregue no início das aulas

e recolhido ao final. Assim, montou-se um portfólio individual de cada aluno.

Em seguida, iniciou-se a implementação propriamente dita, com a leitura da

história” O zelador” a qual norteou o todo o desenvolvimento do projeto.

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A história “O zelador” apresentou o itinerário feito por um zelador em seu dia de

trabalho em um prédio, sendo que, foi considerado um ponto em cada andar em que ele

parou e escrevendo o número correspondente a cada um, usando sinal positivo (+

subida) e sinal negativo (- descida).

2ª Tarefa: Representação geométrica dos números inteiros.

As dúvidas a respeito da necessidade da existência dos números negativos foram

melhores sanadas durante o desenvolvimento da segunda atividade que foi a

representação geométrica dos números inteiros, ou seja, a construção de uma reta

numérica para representar os números positivos e negativos, encontrados na atividade

anterior. Para melhor compreensão reportou-se aos livros didáticos para fundamentar o

conceito de conjunto dos números naturais.

3ª Tarefa: Jogo “Gira – gira dos inteiros”.

Nessa atividade, sempre pautados na história do zelador, utilizou-se como

recurso didático o jogo “Gira – gira dos inteiros”, esse jogo teve o objetivo inserir de

forma lúdica o conceito da adição e subtração dos números inteiros, bem como a regra

dos sinais. O jogo é composto por 2 roletas (discos), sendo que uma com números

positivos e negativos e a outra somente com os sinais positivos e negativos. (Figura 1)

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Figura 1: Jogo “Gira – gira dos inteiros Autor: Perecin (2015)

Depois da apresentação do jogo "Gira-gira dos inteiros", aos alunos, explicou-se

as regras, sendo que, sempre que aparece 2 sinais iguais juntos troca-se por um sinal

positivo, como exemplo (( -) - 7 = + 7 ) e toda vez que aparece sinais diferentes juntos

troca-se por um sinal negativo, como por exemplo ( + (- 8 ) = - 8). Vence o jogo, quem

obtivesse maior saldo de pontos positivos, após realizar a somatória.

Para jogar, foi orientado que os alunos se organizassem em duplas e tirassem par

ou ímpar, para sortear quem iniciaria o jogo, rodando a roleta, uma de cada vez, iniciando

pela roleta que continha apenas os sinais (negativos e positivos). A cada rodada, as

duplas foram anotando os resultados em um tabela, foi destinado cinco rodadas para

cada dupla, ao final cada dupla construiu uma tabela conforme modelo abaixo: (Tabela

1)

Tabela 1: Modelo de tabela construído pelas duplas de alunos, durante o jogo das roletas.

RODADAS VALORES RESULTADO

1ª rodada

- ( + 1 )

- 1

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2ª rodada

+ ( -9)

- 9

3ª rodada

- ( - 8)

+ 8

4ª rodada

-(-5)

+5

5ª rodada

+ ( +2 )

+ 2

TOTAL

//////////////////////////////////////////////// ////////////////////////////////////////////////

+ 5

Na sequência, com o objetivo de ampliar a discussão e as jogadas, cada dupla

confeccionou o próprio jogo. Para tanto, trouxeram de casa os materiais e as sugestões,

para construção do mesmo.

4ª e 5ª Tarefas: Conceito das regras dos sinais na adição e subtração dos números

inteiros

Nessas tarefas ampliou- se o conceito das regras dos sinais na adição e na

subtração dos números inteiros, utilizando o jogo “Gira – gira dos inteiros” sempre

pautados nas informações contidas na história e com os resultados obtidos nas jogadas

os educandos foram preenchendo as tabelas contidas no caderninho dos alunos, como

exemplificado abaixo (Tabela 2)

Tabela 2: Modelo de tabela construído pelas duplas de alunos, para ampliação dos conceitos.

No outro dia Lucas brincou com seus colegas com o jogo gira- gira dos inteiros e os

resultados obtidos foram:

Amigo 1: – (–5) – (+5) + (+ 4) +(–6) – (+2) =........................................................

Amigo 2: + (–4) – (–2) +(+ 3) + (+4) – (-5) =.........................................................

Amigo 3: +(–2) – (+5) +(–6) – (-5) + (–4) =..........................................................

Amigo 4: – (–3) – (+2) - (+ 2) +(–5) – (+2) =.........................................................

Amigo 5: +(–6) – (+5) +(–6) – (-2) + (–2) =..........................................................

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Lucas: – (+3) – (+5) (+ 4) +(–2) – (+6) =...........................................................

a) Qual foi o resultado final obtido por cada jogador?.........................................

b) Quem venceu o jogo?......................................................................................

c) Qual a diferença entre o número de pontos de quem fez mais pontos e de

Quem fez menos pontos?...................................................................................

6ª Tarefa: A evolução dos números inteiros na história da matemática.

Nesse momento ouviu- se um áudio(esse áudio tem duração de 5 minutos e 51

segundos, disponível no site: http://m3.ime.unicamp.br/recursos/midia:audio/serie:9 ,

série: Matema (Primeiro módulo). Nele uma professora em um breve comentário,

apresenta a dois alunos o conceito dos números negativos. Ela comenta sobre diferentes

maneiras de como os matemáticos ao longo da história trabalhavam o conceito dos

números negativos. Neste programa também foi apresentado um procedimento de

construção do conjunto dos números inteiros. Para melhor entendimento repetiu- se o

áudio e realizou-se explanações orais e atividades escritas, como por exemplo: como e

por que surgiram os números negativos; quais foram a necessidades da época para que

eles se tornassem necessários; em quais civilizações apareceram primeiro, entre outras.

.

Após a audição, questionou-se ainda: o que vocês entenderam do áudio? qual

ideia eles tinham de número negativo antigamente? quem sistematizou os números

negativos pela primeira vez? as regras relativas as grandezas já eram conhecidas? o

que foi necessário para que elas passassem a existir?

7ª Tarefa: Conceito de multiplicação e divisão de números inteiros.

Para internalização mais eficiente dos conceitos desenvolvidos no áudio e

pautados na história do zelador, realizou-se mais uma atividade, onde inseriu-se o

conceito da multiplicação e da divisão dos números inteiros utilizando tabelas, atividades

de leitura, história, explanações orais e escritas.

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Nesse momento reportou-se aos livros didáticos em busca de auxílio para

conceituar de forma mais adequada a ideia de multiplicação e divisão dos números

inteiros, bem como aplicar após a teoria alguns exercícios coerentes com o tema que

estava sendo proposto, para somente depois unir a teoria à prática, verificando se

realmente compreenderam o conceito, utilizando nesse momento o jogo "Gira- gira dos

inteiros" das multiplicações.

8ª Tarefa: Jogo “Gira – gira dos inteiros “das multiplicações.

Complementando e reforçando a aprendizagem, apresentou-se outro jogo, “Gira

– gira dos inteiros “, (Figura 2) agora com as operações de multiplicação e de divisão.

Figura 2: Jogo “Gira – gira dos inteiros

Autor: Perecin (2015)

As regras desse jogo foi semelhante ao do jogo anterior, porém aqui utilizou-se

também a multiplicação para preencher as planilhas.

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9ª Tarefa: Atividades complementares

Para um melhor aprofundamento e buscando um conhecimento mais abrangente,

além das tarefas desenvolvidas, realizou-se também as atividades complementares,

sendo estas semelhantes as anteriores. Para tanto, utilizaram novamente o livro didático

e aos próprios colegas para sanar as dúvidas e ampliar alguns conceitos que ainda

necessitava reforço.

4. RESULTADOS

Após a implementação do material didático algumas considerações podem ser

feitas em relação aos seus resultados. Iniciou-se apresentando aos alunos o teor do

projeto e o que nos motivou, nesse momento aproveitou-se para fazer uma investigação

diagnóstica sobre os conhecimentos dos mesmos a respeito dos números inteiros, e

observou-se que os alunos já percebiam a existência de números negativos em seu

contexto diário, porém notou-se que se fazia necessário melhorar e ampliar os conceitos

empíricos apresentados por eles.

Na primeira tarefa percebeu-se que os alunos estavam empolgados com algo

diferente e foi uma atividade muito prazerosa para o grupo, ficou visível a troca de ideias

quanto a posição de cada número, se era maior, menor, enfim, foram bem proveitosas e

para compreender melhor essa ideia a segunda tarefa foi fundamental, pois

compreenderam o significado geométrico dos números inteiros realizando a

representação na reta numérica.

No momento da confecção do jogo houve um pouco de demora, mas transcorreu

tudo bem, pois nesse momento a interação foi muito grande. O momento mais grandioso

do projeto foi quando eles realizavam as jogadas, discutiam os resultados, analisavam

qual equipe estava correta, auxiliavam uns aos outros quanto a regra de sinais, enfim,

não houve passividade e os conceitos foram sendo internalizados sem que eles

percebessem.

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Alguns educadores aproveitaram a ideia pra realizar os jogos também com suas

turmas e perceberam que os resultados foram bastante satisfatórios, ou seja, segundo

eles, utilizando o jogo como recurso didático, os alunos apreenderam os significados com

mais clareza e facilidade.

O materiais confeccionados pelos alunos foram doados para a escola como mais

um acervo didático- pedagógico, pois os mesmos servirão como um recurso a mais para

os alunos aprenderem melhor os conceitos sobre os números inteiros e a regra dos

sinais.

Percebeu-se que utilizando o jogo como um recurso didático houve mais interesse

por parte dos alunos e que os mesmos se envolveram com os conteúdos abordados,

trocando experiências, discutindo resultados, apresentando propostas, fato gratificante.

Vale ressaltar que a implementação foi uma fase muito rica, pois propiciou a troca

de informações, indagações, questionamentos e interação entre alunos e professora.

Algumas vezes, surgiram situações inesperadas que exigiram um replanejamento de

ações e busca de informações mais precisas para responder certos questionamentos.

Concluiu-se, que um trabalho dessa natureza exige estudo, pesquisa e organização. O

professor precisa dispor de um tempo muito maior para o planejamento, para a execução

e posterior avaliação dos resultados.

Outro momento relevante deste trabalho foi a participação de um grupo de

professores da Rede Estadual de Ensino, por meio de um grupo de Trabalho em Rede

(GTR). O qual constitui uma das atividades do Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE), e caracterizam-se pela interação a distância entre professores PDE

e demais professores da Rede Pública de Estadual, cujo objetivo é a socialização e

discussão das produções e atividades desenvolvidas.

Foram propostas três temáticas, nas quais os participantes tiveram a oportunidade

de conhecer o material produzido, discutir e apresentar novas propostas para enriquecer

as produções. Essas contribuições foram em forma de comentários, intervenções,

indicações de fontes de pesquisa e de novas atividades. Dessa forma, foi possível,

utilizar da experiência de professores que atuam em variadas cidades e escolas, para

enriquecer ainda mais, a implementação do material didático.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Construir esse projeto foi muito trabalhoso, mas também prazeroso, pois ficou

visível que o educador deve buscar sempre metodologias que facilitem a aprendizagem

dos alunos, para tanto, aprofundamento teórico, leituras complementares e trocas de

experiências com outros professores, deve ser uma constante na vida profissional da

educação.

Ou seja, para que a prática pedagógica tenha um resultado de excelência é

fundamental que o educador, tenha o desejo de ensinar e inovar, buscar novas

possibilidades de estratégias, para suas ações pedagógicas. É preciso que o professor

se mantenha informado e atualizado, buscando sempre alternativas metodológicas para

dinamizar a sua aula.

O uso de jogos matemáticos no desenvolvimento da Produção Didática-

Pedagógica, aliada as práticas desenvolvidas no decorrer da implementação para a

compreensão dos conteúdos trabalhados, tornou-se ferramenta metodológica eficaz e

interessante nas realizações das atividades propostos relacionados as operações com

números inteiros para o 7º ano.

Foi possível constatar que, no decorrer da implementação, houve uma maior

interação e compromisso ao desenvolver as atividades com a utilização do Jogo Gira

Gira dos inteiros, com o preenchimento de planilhas, no uso do cálculo mental e na

compreensão dos jogos de sinais.

Revelou ainda que os jogos matemáticos são opções de de aprendizagem que

trazem motivação aos alunos e efetiva uma maior participação. As atividades realizadas

foram ferramentas auxiliares ao desenvolvimento da observação, significação e

construção/reconstrução de conceitos matemáticos, também ilustraram de forma

eficiente que nessa metodologia o aluno precisa de organização, paciência, atenção,

criatividade e saber utilizar o conhecimento matemático adquirido.

Concluiu-se também que para trabalhar conteúdos matemáticos por meio dos

jogos matemáticos se faz necessário um investimento maior de tempo visto que os

alunos não estão habituados a essa metodologia que exige participação, leitura,

observação e acima de tudo respeito ao parceiro de jogo.

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Após a implementação, pode-se dizer que é necessário, romper algumas

barreiras tradicionais e buscar novas maneiras e metodologias de ensino aprendizagem

e partindo desse princípio a intenção é continuar trabalhando o projeto nos anos futuros,

utilizando o jogo "Gira-gira dos inteiros", e acrescentando algumas atividades citadas

pelos cursistas do GTR, tais como as do cálculo fuso horários que utiliza-se uma

matemática muito básica, o único item necessário para o cálculo dos Fusos é uma mapa

com os eixos do Mundo, pode-se utilizar o atlas geográfico também, a atividade dos

extratos bancários( saldos), entre outras que são bastante interessantes e faz parte do

contexto diário dos alunos além de serem muito produtivas.

Por fim, pode se dizer que o objetivo de aliar os jogos manipulativos ao processo

do ensino da Matemática, proporcionando dessa forma um ambiente de aprendizagem

favorável a exploração dos conceitos dos números inteiros, desenvolvendo habilidades

de raciocínio, concentração, organização e criatividade foi totalmente alcançado. Tendo

em vista, o retorno obtido nas ações realizadas e na afetividade que se construiu com

os alunos participantes do projeto.

REFERÊNCIAS

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