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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas

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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TÍTULO: TRABALHO DE CAMPO EM ESPAÇO URBANO COMO MÉTODO PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA CULTURAL

AUTORA MILAMAR CELESKI PIOVESAN

DISCIPLINA/ÁREA (ingresso no PDE) GEOGRAFIA

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO E SUA LOCALIZAÇÃO

CEEBJA CICRua Pedro Gusso, 1259 CIC

MUNICÍPIO DA ESCOLA CURITIBA

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO CURITIBA

PROFESSOR ORIENTADOR Prof. Dr. LUIS LOPES DINIZ FILHO

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR

RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR ---------------------------------------------------------

RESUMO A maioria dos alunos da EJA (Educação deJovens e Adultos) retornam à escola pararetomarem seus estudos depois de muitosanos. No decorrer das aulas observou-seque as representações espaciais deles sãolimitadas e não conhecem outros espaçosda cidade que não sejam o bairro, a ruaonde moram, o trabalho e o espaçosagrado. Uma das dimensões que analisao espaço urbano é a dimensão cultural, porseu intermédio conhece-se um pouco maissobre os aspectos econômicos, sociais,políticos e ambientais da sociedade. Pode-se dizer que o espaço urbano constitui-seem um ambiente ideal para a geografiacultural. Assim, através desta temática,propõe-se envolver os alunos num trabalhode percepção e cultura, proporcionando aeles o conhecimento e a compreensão daorganização do espaço urbano, onde otrabalho de campo constitui-se comométodo. O trecho selecionado para análiseé da Praça das Nações (Alto da Rua XV)indo até a Praça Nossa Senhora de Salette(Centro Cívico).

PALAVRAS-CHAVE ESPAÇO URBANO; PERCEPÇÃO; CULTURA

FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO UNIDADE DIDÁTICA

PÚBLICO ALVO ALUNOS DA EJA-Educação de Jovens e Adultos

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APRESENTAÇÃO

O presente material constitui uma Produção Didático-Pedagógica; é um material

didático, elaborado pelo professor servindo de estratégia metodológica para a

implementação do projeto na escola. O mesmo se apresenta na forma de Unidade

Didática e tem como objeto de estudo o trabalho de campo, compreendido como um

método pedagógico no processo de ensino-aprendizagem, e mais precisamente como

método para o ensino de Geografia.

O público a que se destina este material são os alunos da EJA (Educação de

Jovens e Adultos) do Ensino Fundamental fase II e/ou Ensino Médio. A escolha do tema

TRABALHO DE CAMPO EM ESPAÇO URBANO COMO MÉTODO PARA O ENSINO DE

GEOGRAFIA CULTURAL, se deve à problemática observada em sala de aula. Os alunos

que se matriculam nas escolas da EJA, retornam às mesmas depois de muitos anos sem

estudar, e a falta de conhecimento e cultura dos alunos é grande, pois dedicam muito

tempo ao trabalho, à sobrevivência. Muitos de nossos alunos não são naturais da cidade

de Curitiba, eles vem das cidades do interior do Paraná e de outras regiões do Brasil. As

representações espaciais urbanas deles são muito limitadas, não conhecem as praças,

parques, monumentos, avenidas e outros bairros. Eles observam os movimentos e as

diferentes formas que a cidade apresenta somente nos seus espaços de vivência.

O trecho delimitado para observação e análise é da Praça das Nações no Bairro

Alto da Rua XV até a Praça Nossa Senhora de Salette no Bairro Centro Cívico.

Os objetivos propostos são os seguintes: 1-Propiciar a ampliação das

representações espaciais urbanas dos alunos, através do trabalho de campo. 2-Destacar

a importância de alguns elementos, materiais e imateriais, na formação do espaço de

Curitiba. 3-Observar e registrar as transformações que ocorreram no trecho escolhido. 4-

Desenvolver com os alunos um guia de percurso urbano.

Para que o trabalho de campo seja efetivado esta Unidade Didática está dividida

em três seções: Primeira Seção: O Trabalho de Campo, sendo que nesta seção estão

descritas as atividades desenvolvidas para que os objetivos sejam atingidos. O trabalho

de campo é composto por três fases: pré-campo, o campo e o pós-campo. Segunda

Seção: Fundamentação Teórica, que mostra a importância do trabalho de campo na

disciplina de Geografia e auxilia os alunos na compreensão dos conteúdos tratados em

sala de aula. Terceira Seção: Orientações Metodológicas.

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UNIDADE DIDÁTICA

TRABALHO DE CAMPO EM ESPAÇO URBANO COMO MÉTODO PARA O ENSINO

DE GEOGRAFIA CULTURAL

INTRODUÇÃO

Os alunos, ao observarem uma paisagem, nos questionam sobre os fatos

observados; eles querem saber por que o rio passa ali; por que ali tem uma estrada de

ferro; por que aqui não tem nenhuma árvore; por que a casa deles fica tão longe do

centro; por que no bairro deles não tem um parque grande como o Parque Barigui. O

aluno expressa o desejo de conhecer e compreender o espaço do qual faz parte, e

também, o espaço de outros bairros.

Não é fácil desenvolver com os alunos um trabalho de campo, mas sempre que

possível devemos por em prática, pois é extremamente útil. Sair com os alunos da sala de

aula significa instigá-los. É no trabalho de campo que os conteúdos trabalhados em sala

de aula tornam-se significativos e ganham sentido. A visita e a análise atenta de um

trecho da superfície terrestre revelam uma Geografia viva e a análise dos elementos é

feita na visão sitêmica, de forma integrada e interdependente.

No trabalho de campo, em que os alunos estão em contato direto com o local,

terão a oportunidade de refletir sobre ele, compreendendo conceitos, a formação deste

local e de outros espaços interrelacionados. Ele compreende que o espaço foi e será

transformado.

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PRIMEIRA SEÇÃO

O TRABALHO DE CAMPO

PRÉ-CAMPO

É a fase de preparação e organização. O desenvolvimento de uma proposta de

trabalho de campo, implica a escolha de alguns critérios para a delimitação do trecho a

ser percorrido. Entre os critérios que podem ser usados estão as características físicas do

trecho, a concentração de funções, a centralidade da área, o caráter histórico, etc. É a

definição de critérios que dará um especial significado didádico ao percurso.

O trecho escolhido para o desenvolvimento deste trabalho de campo teve mais que

um critério definidor, na verdade foi um conjunto de critérios, pois o mesmo tem grande

concentração de funções que serão observadas e descritas na fase do campo, tem

elementos históricos e culturais que serão pesquisados em sala de aula, e está localizado

em uma área central da cidade de Curitiba. O mesmo passa por três bairros de Curitiba:

começando na Praça das Nações no Bairro Alto da Rua XV, seguindo pela Rua XV de

Novembro, Rua Vinte Um de Abril, Rua Mauá, Rua Amâncio Moro, chegando na Praça

Portugal (Bairro Alto da Glória), seguindo pela Rua Ivo Leão, Avenida Cândido de Abreu

até a Praça Nossa Senhora de Salette no Bairro Centro Cívico.

Mas, durante a fase de escolha, também pode ser um lugar em vez de um trecho,

por exemplo, um parque, uma praça, um bairro, um monumento, um prédio antigo, etc.

Quando o professor escolhe o lugar para desenvolver o trabalho de campo, deverá

fazer uma visita prévia antes de levar os alunos, ele deve conhecer primeiramente o lugar.

Ele também terá que percorrer o trecho, para saber o tempo necessário para o percurso –

do início ao final – considerando as paradas para visitas, explicações, anotações e fotos.

Em sala de aula, os alunos farão leitura e interpretação do texto sobre paisagem,

cultura e percepção, elaborado pela professora, o qual está fundamentado nos autores

que tratam destes temas; responderão à um questionário diagnóstico e farão o mapa

mental sobre a percepção que eles tem em relação ao trecho a ser estudado. Os alunos

farão uma pesquisa para levantar informações sobre os bairros envolvidos, suas

principais características, funções, histórico de formação, etc. É importante também ter

alguns mapas antigos e atuais do trecho, e pesquisar algumas informações importantes

sobre os elementos selecionados para visita. Para o desenvolvimento destas atividades

serão necessárias 14 horas.

Neste trabalho de campo os elementos selecionados para visita orientada são os

seguintes: A Praça das Nações com a antiga caixa d'água no Alto da Rua XV, a linha do

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trem, o Estádio Major Antônio Couto Pereira, a Praça Portugal com o Santuário Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro (Alto da Glória) e a Praça Nossa Senhora de Salette com o

Palácio do Governo no Centro Cívico.

Mapa do trecho selecionado: Praça das Nações até a Praça Nossa Senhora de Salette

Fonte: Google Mapas, 2013.

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Texto para leitura e interpretação. Esta atividade tem como objetivo sensibilizar os alunos

para a fase do campo.

Paisagem – Cultura - Percepção

PAISAGEM

A paisagem é uma forma de ver o mundo, podemos vê-lo numa cena, em um

olhar. A palavra paisagem surgiu na época do Renascimento, e tinha por objetivo,

mostrar que estava ocorrendo uma nova relação entre os seres humanos e o seu

ambiente. Na época, outras ciências como a astronomia, a cartografia, as artes e os

levantamentos terrestres, também estavam sendo revolucionadas. A pintura das

paisagens apareceu pela primeira vez na Europa, como uma expressão popular.

Paralelamente ela também foi incluída na poesia, nas representações teatrais, nos

jardins e na formação de parques. Foi nesta época que o espaço terrestre estava sendo

mapeado através das projeções de mapas; e as paisagens humanas estavam sendo

construídas nas capitais como, Roma, São Petersburgo e Paris, nas terras no norte da

Itália e Holanda e nas grandes propriedades rurais inglesas.

A paisagem é uma criação humana, racional, ordenada e designada. As

paisagens agem como guia para os seres humanos quando querem modificar o meio

ambiente. A ação interventiva do homem na natureza tem dois lados. De um lado pode

ser exploradora e/ou destrutiva. De outro lado, a relação entre o homem e a natureza é

harmoniosa, seguindo uma ordem ou um modelo próprio da natureza. A vida humana

está diretamente ligada aos aspectos da natureza; os sentimentos e emoções humanas

estão refletidos nas formas da paisagem. Segundo Corrêa e Rosendahl (1998, p. 23),

ela é “definida como uma área composta por uma associação distinta de formas, ao

mesmo tempo físicas e culturais.”

CULTURA

A cultura é primeiramente uma herança, é transmitida de um para o outro, de

geração para geração. A transmissão é feita em diversas etapas no decorrer da infância

e da adolescência, e a família tem um papel essencial nesse processo. Durante a

infância, as crianças necessitam da proteção e da educação de seus pais para

sobreviver. Com o despertar dos sentidos, elas começam a explorar o meio e desde o

começo o aprendizado ecológico é recebido de outra pessoa, isto é, não é instintivo. A

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mãe ensina a criança a colocar roupas, porque elas vão protegê-la do frio, do calor, da

chuva. Um outro traço cultural que permanece e não é destruído com o passar dos anos

é o regime alimentar adquirido na infância.

Após os sete ou oito anos e durante a adolescência, o papel desempenhado pela

família continua importante. É no ambiente familiar que as crianças vão apreender e

consolidar as atitudes necessárias para conviver em sociedade, bem como o

aprendizado das atitudes, os comportamentos sociais, a instrução sobre a religião, à

ideologia de seus pais ou àquela que domina a sociedade. A cultura só existe porque

ela faz parte da vida dos indivíduos. Estes a utilizam, respeitam, dão o seu devido valor

e a difundem. Sem a cultura as pessoas ficam desamparadas, porque segundo Claval

(1999), somente o instinto não é suficiente para guiá-las no dia-a-dia. No plano da

existência material, a cultura é indispensável, ela consegue inserí-las na sociedade,

dando significados à sua existência e à das pessoas que estão ao redor.

Segundo Claval (1999), “os grupos humanos transformam os meios naturais onde

se instalam.” As florestas cedem lugar aos campos de cultivos, as casas e construções

se alastram aumentando a cidade. Podemos ver a paisagem humanizada com

diferentes formas e características, variando os elementos que as compõem e elas

refletem o modo de vida das diferentes culturas.

PERCEPÇÃO

O modo como as pessoas percebem as diferentes paisagens da superfície

terrestre são muito variadas. As pessoas não veem a realidade da mesma forma;

mesmo fazendo parte da mesma espécie e por mais diferentes que sejam as nossas

percepções do meio, estamos limitados a ver as coisas de uma certa maneira. Os seres

humanos compartilham suas percepções a cerca do mundo e da sociedade, em virtude

de possuírem os sentidos, ou seja, a visão, a audição, o olfato, o paladar e o tato.

Conforme definição de Tuan (1980, p.14), “A percepção é uma atividade, um estender-

se para o mundo.” Os olhos são essenciais para situar os objetos e os seres no espaço,

colore a vida de momentos de harmonia; a audição dá uma dimensão sonora ao meio

como ouvir música ou escutar as águas de uma cachoeira; o odor tem o poder de

evocar lembranças carregadas de emoção, como a terra molhada pela chuva; o paladar

transforma o ato de comer e beber em prazer e o tato pode nos fornecer uma grande

quantidade de informações sobre o mundo, se estivermos com os olhos vendados

podemos reconhecer as diferenças entre plástico, papel, madeira ou vidro. A sensação

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do indivíduo que vive numa sociedade, vem carregada de pré-determinações, ele

percebe o mundo através dos parâmetros de leitura que recebeu. O que lemos no

mundo e na sociedade é o que nos foi transmitido, o que aprendemos a ver. Algumas

pessoas são mais observadoras, seu olhar percebe mais detalhes e quando descreve

uma paisagem por exemplo, revela algumas configurações que outras pessoas não

perceberam.

QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO

O questionário diagnóstico descrito abaixo, tem como objetivo, verificar se os

alunos conhecem o trecho selecionado para o trabalho de campo e alguns de seus

elementos.

1-Você conhece e/ou já caminhou pelo trecho selecionado para o trabalho de campo?( ) sim ( ) não

2-Marque com um “X” os elementos abaixo que você já visitou.

( ) Antiga caixa d'água no Alto da Rua XV

( ) Shopping Alto da XV

( ) Estádio Major Antônio Couto Pereira

( ) Praça Portugal

( ) Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

( ) Praça Nossa Senhora de Salette: Palácio do Governo, Assembléia Legislativa, Palácio da Justiça, Palácio das Araucárias e/ou Prefeitura.

3-Dentre os elementos abaixo relacionados, marque quatro que você gostaria de visitar.

( ) Antiga caixa d'água no Alto da Rua XV

( ) Shopping Alto da XV

( ) Estádio Major Antônio Couto Pereira

( ) Praça Portugal

( ) Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

( ) Praça Nossa Senhora de Salette: Palácio do Governo, Assembléia Legislativa,

Palácio da Justiça, Palácio das Araucárias e/ou Prefeitura.

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O CAMPO

São as atividades desenvolvidas junto à realidade, no trecho selecionado. Serão

necessárias 12 horas, considerando os deslocamentos de ida e volta.

INÍCIO DO TRECHO

PRAÇA DAS NAÇÕES – ANTIGA CAIXA D'ÁGUA NO ALTO DA RUA XV

FONTE: Autora 2013

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PRAÇA DAS NAÇÕES

FONTE: Autora 2013

LINHA DO TREM QUE ATRAVESSA A RUA XV DE NOVEMBRO NO CRUZAMENTO COM A

RUA PADRE GERMANO MAYER

FONTE: Autora 2013

Saindo da Praça

das Nações e

caminhando pela

Rua XV de

Novembro até a

linha do trem são

25 minutos.

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CRUZAMENTO DAS RUAS XV DE NOVEMBRO E RUA PADRE GERMANO MAYER

FONTE: Autora 2013

ESTÁDIO MAJOR ANTÔNIO COUTO PEREIRA

FONTE: Autora 2013

Saindo da linha do

trem até a Rua 21 de

Abril são 25 minutos.

Da Rua 21 de Abril até

a entrada do Estádio

Major Antônio Couto

Pereira são 15 minutos

caminhando.

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Seguindo pela Rua Amâncio Moro chegamos na Praça Portugal, que fica do lado

direito do Estádio.

PRAÇA PORTUGAL

FONTE: Autora 2013

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SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

FONTE: Autora 2013

Saindo do Santuário e caminhando pela Rua Ivo Leão são 20 minutos até chegar na Praça Nossa Senhora de Salette no Centro Cívico, onde está localizado o Palácio do Governo, o Palácio das Araucárias, o Palácio da Justiça, a Assembléia Legislativa do Paraná, O Tribunal de Justiça, O Tribunal do Júri e a Prefeitura de Curitiba. O tempo necessário é 1 hora para percorrer a Praça e tirar fotos.

Saindo do Santuário e caminhando pela Rua Ivo Leão são 20 minutos até chegar na Praça Nossa Senhora de Salette no Centro Cívico, onde está localizado o Palácio do Governo, o Palácio das Araucárias, o Palácio da Justiça, a Assembléia Legislativa do Paraná, O Tribunal de Justiça, O Tribunal do Júri e a Prefeitura de Curitiba. O tempo necessário é 1 hora para percorrer a Praça e tirar fotos.

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PRAÇA NOSSA SENHORA DE SALETTE

FONTE: Autora 2013

PALÁCIO DA JUSTIÇA E ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

FONTE: Autora 2013

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PALÁCIO DO GOVERNO E O MEMORIAL BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETTO

FONTE: Autora 2013

PALÁCIO DAS ARAUCÁRIAS

FONTE: Autora 2013

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PRAÇA NOSSA SENHORA DE SALETTE E O PALÁCIO DO GOVERNO AO FUNDO

FONTE: Autora 2013

PRAÇA NOSSA SENHORA DE SALETTE E A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

FONTE: Autora 2013

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TRIBUNAL DO JURI E PALÁCIO DAS ARAUCÁRIAS À ESQUERDA

FONTE: Autora 2013

PREFEITURA DE CURITIBA

FONTE: Autora 2013

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PÓS-CAMPO

É a fase de retorno à sala de aula, em que o professor pode

aproveitar ao máximo as observações feitas pelos alunos. Existem

inúmeras possibilidades de se trabalhar. Por exemplo: debates para

organizar os conteúdos trabalhados; elaboração de um mural com fotos;

construção de maquetes; portfólios; a dramatização; produzir um vídeo

(documentário); construção de um texto coletivo podendo ser individual

também, etc.

Para esta fase serão necessárias 6 horas.

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SEGUNDA SEÇÃO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os professores de Geografia, sejam eles do Ensino Fundamental, Ensino Médio

e/ou Educação de Jovens e Adultos, defrontam-se com situações diversas e desafiadoras

em sala de aula. Uma delas é fazer com que o aluno participe, que compreenda e

apreenda os conteúdos. Buscar alternativas ou metodologias à prática docente demonstra

duas possibilidades: 1-Que os problemas ou obstáculos podem ser superados. 2-Como

professores de Geografia, conhecemos a importância dos instrumentos ou métodos de

ensino. Silvone e Tsukamoto (2006, p. 72), dizem que para a Geografia “[...] seus

conhecimentos são de fundamental importância para o entendimento da dinâmica que

envolve as relações entre sociedades e espaços, [...]”.

Para colaborar na construção de conhecimentos e na formação dos alunos,

podemos citar o trabalho de campo como sendo um método capaz de auxiliar o professor

nessa busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem. É

importante construir com os alunos, um conhecimento cuja visão de mundo seja

integrada, não única. E também compreender a escola com sua complexidade e

diversidade de características. Em Geografia, conforme Silvone e Tsukamoto (2006, p.

84), “[...] ter claro domínio da disciplina e de suas concepções teórico-científicas é

fundamental.” Por tratar da materialização das relações sociais no espaço, pode ser mais

facilmente relacionada com o cotidiano do aluno. Assim, nesta perspectiva, o trabalho de

campo trará consigo a atividade de observação e comparação que conduzem o aluno a

analisar a realidade. Para Silvone e Tsukamoto (2006, p. 85), “[...]será a partir do

momento em que iniciativas isoladas forem tomadas e tiverem bons frutos que se

desencadearão as grandes mudanças.” As iniciativas isoladas e as grandes mudanças

estão relacionadas com a prática pedagógica diária de cada professor, pois ao propor

métodos diferentes, torna-se sujeito de sua prática social.

A prática do trabalho de campo é antiga e deu à Geografia uma posição de

destaque na busca de um melhor entendimento do espaço. No decorrer do tempo,

acredita-se que o trabalho de campo, não tenha deixado de acontecer, em momento

algum. O que houve foram abordagens diferentes, em determinados momentos foi mais

utilizado e valorizado que em outros momentos. Nesta prática de ensino,

[...]o trabalho de campo tem se mostrado capaz de: chamar a atenção dos alunos;

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estreitar a relação destes com os professores; conduzi-los a atitudes novas,ajudando-os na assimilação e compreensão de conteúdos específicos e naformação da personalidade, o que, mais tarde, auxiliará na vida social eprofissional. (Tomita, 1999, p. 14 citado por Silvone e Tsukamoto, 2006, p. 86).

O trabalho de campo é uma prática importante e indispensável, capaz de mostrar

ao aluno que os conteúdos de sala de aula estão presentes no espaço, dando significado

e importância aos mesmos.

Quanto à postura do professor no campo,

[[…] professor deve manter-se como elo de motivação e despertando o interessedos alunos, discutindo e fazendo perguntas que acossem a curiosidade, de talforma que eles sintam a importância e a necessidade dessa atividade comocomplementação da aula teórica. Assim sendo, cabe aos alunos a tarefa de coletade dados e materiais, entrevista, observação e anotação de aspectos naturais eculturais,[...]. (Tomita, 1999, p.14 citado por Silvone e Tsukamoto 2006, p. 97).

É importante que o professor seja o elo entre os alunos e o trecho a ser percorrido

(espaço). Assim os alunos devem ser preparados previamente na sala de aula com

leituras sobre o que se pretende investigar, mapa do trecho a ser percorrido, a distância à

se percorrer, os elementos relevantes, etc. Isso é necessário para que em campo, não se

perca o foco central da aula e seus objetivos. É preciso que haja integração num trabalho

coletivo. Conforme as Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica do

Estado do Paraná (2008, p. 80) o trabalho de campo, é um rico encaminhamento

metodológico para analisar a área em estudo, seja ela urbana ou rural; ele nunca será

apenas um passeio, porque tem um importante papel pedagógico no ensino de Geografia.

O trabalho de campo proporciona ao aluno observar a paisagem in loco, e isso

facilita a compreensão dos alunos. Por mais simples que sejam seus objetivos, tem um

valor didático muito grande, pois:

Favorece a conceituação geográfica, através da visualização concreta de aspectosfísicos e humanos presentes no meio. A visualização facilita a compreensão efixação de conceitos trabalhados em sala de aula. Desenvolve a capacidade deobservação, desde a visão panorâmica até a observação em detalhe. Permite avisão integrada da realidade, possibilitando estabelecer relações de dependênciaentre elementos. (Ogallar, 1996, citado por França, 2008, p. 148-149).

Para Silvone e Tsukamoto (2006), o trabalho de campo tem três fases: o pré-

campo, o campo e o pós-campo.

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TERCEIRA SEÇÃO

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Dois recursos podem ser utilizados como ferramentas que auxiliam o trabalho de

campo e tornam o aprendizado mais significativo para os alunos.

Primeiro, a elaboração de um guia de percurso urbano, o qual tem sido visto, como

material a ser utilizado num determinado trajeto, pelos alunos, moradores ou visitantes,

pois o mesmo carrega informações que permitem um razoável conhecimento do local. O

guia de percurso urbano, é o relato ou descrição das características formais e funcionais

do trecho que está sendo estudado, pelos próprios alunos com a ajuda do professor. É

considerado segundo Gelpi e Schaffer (2003), um recurso de trabalho de campo, de

importante significado pedagógico, podendo ser utilizado em qualquer etapa de

aprendizagem na qual se encontra o aluno. Também é considerado como uma

oportunidade para o desenvolvimento da observação sistemática e orientada do

professor, para a organização e descrição das informações observadas e para

estabelecer as relações entre a disposição dos elementos no espaço e seus significados.

O guia de percurso urbano também pode ser feito na forma de desenho, onde o aluno

traça o percurso realizado e desenha os elementos selecionados para visita e também

outros elementos que achar importante.

Segundo, o uso do Google Earth, permite visualizar qualquer lugar da Terra, a

partir de imagens de satélites. O aluno pode buscar conhecer melhor o trecho

selecionado, sua rua, as casas, paisagens, construções, cidades, etc.

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REFERÊNCIAS

CASTROGIOVANNI, A. C. Et al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 4.ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/Associação dos Geógrafos Brasileiros-Seção Porto Alegre, 2003.

CLAVAL, P. A geografia cultural. Tradução de: PIMENTA, Luiz Fugazzola; PIMENTA, Margareth de Castro Afeche. Florianópolis: Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, 1999.

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