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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Ficha de Identificação – Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2013
Título: A INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA:
VISANDO UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Autor: Edilmara da Silva
Disciplina/Área (entrada no PDE) Gestão Escolar
Escola de Implementação do projeto e sua localização
Colégio Estadual Vereador Raulino Costacurta
Município da escola Colombo
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Prof. Dra Iolanda Bueno de Camargo Cortelazzo
Instituição de Ensino Superior UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná/Campus Curitiba
Relação Interdisciplinar
RESUMO
Essa produção foi realizada com o intuito de conhecer e demonstrar a importância e os benefícios que as TD – Tecnologias Digitais trazem à educação. Para o desenvolvimento das atividades desta Produção Didático-Pedagógica será usado Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Tem-se como objetivo geral inserir, de forma efetiva o uso das TD no ambiente escolar como recurso no processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, este material visa promover a capacitação de gestores, gestores auxiliares, pedagogos e professores. A metodologia empregada articula a tecnologia com a produção de conhecimento para estimular o educando a pesquisar, compartilhar, interagir, produzir, experimentar, refletir, questionar e colaborar, passando a ser, também, produtor da informação. Espera-se que os envolvidos nessa capacitação criem condições para que o educador possa desenvolver competências para o uso da TD na sua prática pedagógica, de forma a favorecer uma aprendizagem significativa aos educandos.
Palavras-chave Tecnologias Digitais. Capacitação. Prática Pedagógica. Aprendizagem Significativa.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Gestores, Pedagogos e Professores
Créditos da imagem Willian Machado – Designer Gráfico
Apresentação
Esta Unidade Didática foi elaborada para atender aos propósitos do Projeto
de Intervenção Pedagógica na Escola, tendo como Linha de estudo a Gestão
Escolar as Tecnologias Educacionais com ênfase em Tecnologias e Prática
Educativa.
Após alguns anos como gestora, constatei a angústia dos meus colegas ao se
depararem com várias Tecnologias Digitais (TD) disponibilizadas, mas sem saber o
que fazer com elas. Como manuseá-las? Como usá-las na mediação pedagógica?
Nas reuniões pedagógicas, nas horas-atividades, nas conversas informais
quando refletíamos sobre o processo de ensino e aprendizagem, os desafios e
necessidades emergentes da sociedade, aprendizagem significativa, principalmente
no que tange as TD concluímos que a inserção dessas tecnologias se faz
necessária, não restando dúvidas. No entanto, existe uma dificuldade enorme dos
docentes em manuseá-las e utilizá-las como ferramenta pedagógica. A equipe está
ciente que é necessário reformular a prática docente; para tanto, torna-se premente
uma formação continuada desses profissionais, e não encontros pontuais com
pacotes fechados. Cada escola possui sua necessidade. Os docentes anseiam por
um aprimoramento profissional e buscam um ambiente motivador e que possibilite
práticas docentes diversificadas.
Na gestão da escola, vimo-nos na obrigação de propiciar aos docentes esse
aperfeiçoamento, tão almejado pela grande maioria dos profissionais, satisfazendo
às necessidades da escola, no próprio âmbito escolar visto que não são permitidos
afastamentos durante o período de aula. Assim, com certeza, alcançaremos os
objetivos educacionais.
O gestor escolar em seu cotidiano tem inúmeras funções, porém um bom
gestor é aquele que não deixa que suas atividades se resumam às questões
administrativas. Além de ele ser democrático precisa ser proativo, opinar e propor
medidas que visem o aprimoramento das questões pedagógicas e o sucesso de sua
instituição.
Diante da rapidez das mudanças, principalmente, da tecnológica, o gestor
escolar precisa estar aberto a novas ideias e à valorização dos saberes que serão
fundamentais na formação dos jovens, pois ele é o principal, responsável pela
escola.
Promover atitudes de respeito e confiança entre sua equipe gera valores
significativos, assim terá uma equipe estimulada e disposta a trabalhar de forma
colaborativa e participativa.
O objeto de estudo proposto por esta Unidade Didática é a contribuição que o
desenvolvimento profissional do gestor escolar pode proporcionar com a inserção
das TD na prática pedagógica docente, visando uma aprendizagem significativa.
Este material é indicado, principalmente, aos gestores, gestores-auxiliares e
pedagogos, mas poderá ser trabalhado também com professores interessados que
participam do planejamento da organização do trabalho docente.
Parte 1
O mundo sempre se transforma, mas só percebemos as mudanças com
maior intensidade quando surge uma revolução tecnológica. Foi assim com a
chegada da imprensa de Gutenberg (1439)1 quando os manuscritos foram
substituídos pelos livros impressos. O conhecimento, antes limitado a uma elite,
passou a ser acessível a um maior número de pessoas. Na revolução tecnológica ou
informacional, como prefere Castells (2005), o acesso ao conhecimento foi
potencializado com a rede mundial de computadores. A internet, por exemplo,
provocou mudanças em vários campos dos saberes. Foram transformações que
exigiram atitudes diferentes para incorporar o novo e acompanhar o
desenvolvimento não só do ponto de vista tecnológico, mas também cultural.
Na obra “Sociedade em Rede”, Castells (2000) defende que essa revolução
informacional trouxe maior poder ao cidadão com computador e acesso à internet.
Com a popularização do computador conectado à internet, aumenta o número de
usuários em todo o mundo. Esse autor ainda descreve os benefícios da rede de
computadores para uma sociedade mais democrática, no entanto, lembra que é
necessário elaborar vários projetos para incluir os excluídos digitais.
A sociedade atual, revolucionada pelo uso das Tecnologias Digitais tem
levado os gestores de escola a buscar caminhos para que esta prática seja uma
realidade nas escolas onde atuam. As TD na escola possibilitam novas formas de
compreensão do processo de ensino e aprendizagem e da organização do trabalho
pedagógico. Com a disseminação das tecnologias digitais, os novos tempos exigem
uma atualização por parte dos gestores de escola e demais profissionais da
educação quanto aos novos recursos didáticos que a tecnologia põe ao dispor do
ensino e da aprendizagem.
As tecnologias digitais se referem
“ao uso de recursos digitais para efetivamente encontrar, analisar, criar, comunicar e usar a informação em um contexto digital. Engloba o uso de ferramentas da Web 2.0, ferramentas das mídias digitais e ferramentas de programação bem como aplicações de software” (CETA, 2006)
1 GUTEMBERG, J. Foi um inventor e gráfico alemão. Sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno.
Neste contexto, o principal, referencial teórico está pautado no livro “O
Paradigma Emergente e a Pratica Pedagógica” Behrens (2005). Essa obra nos leva
a refletir e buscar a renovação no processo de ensino e aprendizagem, em especial
nas escolas públicas do Paraná.
Segundo Behrens (2005), a influência do paradigma newtoniano-cartesiano
na educação veio se materializar por meio das abordagens tradicional, escolanovista
e tecnicista. A autora é categórica em afirmar que devemos superar esses
paradigmas conservadores, que só levam os discentes, a reproduzir conhecimentos,
e consequentemente acabam limitando o poder de criatividade dos mesmos. A
autora sugere uma aliança entre a abordagem progressista, do ensino com pesquisa
e da visão holística (BEHRENS, 2005. p.71).
Nós, professores pertencemos a geração pré-ícone/digital – aquela que não
nasceu na sociedade tecnológica e não está familiarizada com a linguagem dos
ícones como forma de interação). Novas práticas precisam ser introduzidas, pois
estamos diante de uma geração ícone/digital – aquela que nasceu na sociedade
tecnológica e está familiarizada desde muito cedo, com a linguagem dos ícones
como forma de interação (MOURA,2002, p.4).
O que vemos em nossas escolas, ainda, é uma prática extremamente
conservadora no que tange método de ensino. Diante de tantos artefatos
tecnológicos disponibilizados nas escolas públicas do Paraná, e com intuito de
tornar as aulas mais interessantes e atrativas precisamos, urgentemente, rever
nossa prática e introduzir práticas inovadoras. Práticas que levem os discentes a
produzirem conhecimentos, e que de certa forma possamos contribuir para a
transformação da sociedade e, especialmente, uma transformação na educação.
Estamos inseridos numa sociedade que há mudanças constantemente,
principalmente, no que se refere às TD, e fazer uso de metodologias conservadoras
impedindo que os discentes produzam seus conhecimentos, torna-se inaceitável,
pois o professor não é mais o único detentor do conhecimento ao qual se tem
acesso.
Outra questão levantada por BEHRENS (2005) se refere às pessoas não se
preocuparem com determinados valores que possibilitam a convivência em
sociedade como a solidariedade, o respeito, e a preservação da natureza. Então
surge a preocupação de uma inovação na prática pedagógica que venha recuperar
esses valores e, ao mesmo, conscientizando-os da importância desses valores. Mas,
com certeza, os professores devem sair do conformismo da realidade e buscar as
inovações tão necessárias.
Créditos deste infográfico:2013.Pikyochart
Créditos deste infográfico:2013.Pikyochart
Leitura:
Posicionamento paradigmático O desafio das mudanças históricas substanciais na virada do século e em especial do
paradigma da ciência, leva ao repensar do sistema educacional como um todo e, nesse contexto a prática pedagógica que vem sendo desenvolvida nos meios acadêmicos.
Na realidade, acredita-se que a caracterização da prática pedagógica está fortemente alicerçada nos paradigmas que a própria sociedade vai construindo ao longo da história.
A educação, a economia e a sociedade, assim como o homem, são produtos da ação histórica. Sendo assim, os paradigmas propostos e construídos pelos próprios homens vêm acompanhados de crenças, valores e posicionamentos éticos em frente a uma comunidade determinada. Nesse contexto, cabe a contribuição relevante de Kuhn (1996, p. 129): "um paradigma é aquilo que os membros de uma comunidade científica partilham e, inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma".
Portanto, não se trata de entender o paradigma como um sistema fechado, nem acoplá-lo à pertinência de um modelo que vem se construindo ao longo dos séculos, mas analisar criticamente a possibilidade ou não de adotá-los.
Os paradigmas afetam toda a sociedade e, em especial, a educação. O fato é que estes paradigmas não se sucedem linearmente, nem têm uma demarcação de tempo para começar ou terminar, mas vão sendo construídos cotidianamente e acabam se interpenetrando e criando novos pressupostos e novos referenciais que caracterizam diferentes posturas na sociedade.
Na educação, o que se tem observado é um descompasso com o avanço paradigmático que a sociedade vem desenvolvendo. As transformações aceleradas e contundentes, em especial no final do século 20, fazem pensar sobre o trato pedagógico que as universidades vêm oferecendo aos estudantes, e as exigências que a sociedade vêm fazendo para a comunidade em geral.
Acredita-se que a reflexão sobre a caminhada histórica na educação permite dividir, para fins didáticos, os paradigmas que influenciaram a prática pedagógica dos professores universitários em dois blocos: os paradigmas conservadores e os paradigmas inovadores. [...]
Os paradigmas conservadores caracterizam uma prática pedagógica que se preocupa com a reprodução do conhecimento. Fortemente influenciada pelo paradigma da ciência newtoniana-cartesiana, a ação docente apresenta-se fragmentada e assentada na memorização, na cópia e na reprodução. O século 19 e grande parte do século 20, atendendo ao paradigma da Sociedade de Produção de Massa, alicerçaram uma prática pedagógica assemelhada à produção de uma fábrica. Os alunos responsivos, obedientes ao comando do professor na posição de meros
receptores, passivos e copiadores por excelência. A grande ênfase no produto permitiu aos professores que, muitas vezes, ingenuamente, formassem homens dóceis, acéticos e reprodutores do conhecimento alheio.
[...]Para fins didáticos, caberia colocar dentro dos paradigmas conservadores as tendências pedagógicas: tradicional, escolanovista e tecnicista. Todas essas abordagens, salvaguardadas as caracterizações próprias para cada época em que foram propostas, apresentando como essência à reprodução do conhecimento. Cada abordagem pedagógica tem uma influência direta dos paradigmas da época e caracterizam uma opção metodológica, portanto, torna-se relevante que os professores reflitam sobre esses paradigmas conservadores e busquem maneiras de ultrapassá-los. [...]
O final do século 20 caracteriza-se pelo advento da sociedade do conhecimento, da revolução da informação e da exigência da produção do conhecimento.
Esse processo de mudança afeta profundamente os profissionais de todas as áreas do conhecimento e, por conseqüência, exige o repensar dos seus papéis e suas funções na sociedade.
A sociedade passa a exigir profissionais que tenham capacidade de tomar decisões, que sejam autônomos, que produzam com iniciativa própria, que saibam trabalhar em grupo, que partilhem suas conquistas e que estejam em constante formação.
Nesse movimento de mudança, o professor passa a ter um papel fundamental de articulador e mediador entre o conhecimento elaborado e o conhecimento a ser produzido. [...]O paradigma inovador tem como pressuposto essencial uma prática pedagógica que possibilite a produção do conhecimento. O avanço depende do redimensionamento em relação à reprodução, à memorização e à cópia vigente na ação docente do professor universitário[...]
O ponto de encontro dessas abordagens é a superação da reprodução e a busca da produção do conhecimento. Na realidade, é uma produção do conhecimento que permite aos homens serem éticos, autônomos, reflexivos, críticos e transformadores; que, ao inovar os profissionais e, em especial, os professores, preocupem- se em oferecer uma melhor qualidade de vida para os homens, provocando, nesse processo, uma reflexão de que se vive num mundo global, portanto, são responsáveis pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária (Texto extraído do livro de Behrens (2005)
Leitura, Compreensão e Debate
A. Construindo o conhecimento individual sobre TD
Esta atividade tem como objetivo propiciar reflexões sobre a identidade do
professor e sobre a necessidade de uma aprendizagem contínua, instigando a
observação sobre a própria escola em relação ao uso das tecnologias digitais
disponíveis.
Após a leitura indicada, é tempo de refletir:
Créditos deste infográfico:2013.Pikyochart
B. Construindo o conhecimento individual sobre TD
1. Elabore três questões sobre o texto lido.
a. Socialize as três perguntas com o seu
grupo.
b. Em grupo: escolham três de todas as
perguntas elaboradas individualmente.
c. Prepare a apresentação para os demais grupos, utilizando um
aplicativo como o Word® ou o Powerpoint®,
d. Disponibilize-a no AVA.
2. Responda as perguntas de outro grupo (usar o Fórum).
3. Produza, de forma colaborativa, com seus colegas um pequeno texto que
sintetize suas reflexões acerca da leitura e discussões participe da construção da
síntese no wiki.
“Fóruns são ferramentas de comunicação da internet que permitem a discussão de um grupo de pessoas em torno de um tema. O debate acontece através do envio de mensagens por escrito. Estas ficam à disposição dos participantes para leitura e comentários, dando, assim, continuidade ao diálogo.” (RAMOS, Edla Maria Faust et al. Introdução à Educação Digital. Brasília: MEC, SEED, 2009.)
“Wiki é uma metodologia muito simples para a elaboração de um hipertexto. Por outro lado, um wiki pode ser alterado por qualquer um, através de um browser na Internet. Estas duas características tornaram o wiki, em menos de dez anos, uma ferramenta extraordinária para a criação cooperativa de hipertextos.” (http://turma7e20092.bligo
o.com/content/view/669725/O-que-significa-o-termo-wiki.html).
Parte 2
As questões propostas na Parte 1 fizeram, com certeza, você rever o que a
sociedade atual nos apresenta a respeito das TD – Tecnologias Digitais, além de
conhecer as reflexões dos seus colegas.
Não restam dúvidas que as instituições de uma sociedade, em especial a
educação, são atingidas pela cibercultura. Leite (2008) nos alerta sobre a
importância dos docentes refletirem sobre esta nova cultura, assim revendo suas
práticas no cotidiano da sala de aula.
Com o século XXI, estamos vivendo o fortalecimento da comunicação digital, que tem tido participação cada vez mais abrangente na vida das pessoas de todas as idades e localizadas praticamente em todas as partes do globo. [...] À luz da análise deste processo sociotécnico, cabe-nos, como educadores, refletir como essa nova cultura vem dialogando ou não com a educação e, conseqüentemente [sic], com a prática pedagógica que vem sendo realizada em nossas salas de aula. Ao se trabalhar com a mídia na educação, não se pode compreendê-la apenas a partir da perspectiva antropológica ou cultural, mas é preciso considerar os aspectos COMUNICACIONAIS através dos séculos e da história cultural que a vêm construindo. Assim, ao integrar mídia na prática pedagógica, faz-se necessário ressaltar o aspecto predominante transmissor e informacional da mídia de massa e o caráter colaborativo, interativo e de autoria da mídia digital. Esta perspectiva contemporânea conduz à reflexão sobre a mídia no processo pedagógico atual [...] [...] defendemos a ideia de que a mídia não seja apenas utilizada em sala de aula como mais um recurso para tornar a aula mais interessante e distrair os alunos. A sociedade, sua produção, seus valores, sua mídia precisam ocupar seus espaços no cenário educativo, porém pautado no conceito pedagógico da Tecnologia Educacional(TE), [...] [...] Ao focalizar a atenção na integração da mídia enquanto TE na prática pedagógica, consideramos relevante diferenciar os conceitos de educação, comunicação e entretenimento. Cada um desses conceitos possui um propósito/objetivo próprio, a saber: a Educação o de educar, a Comunicação o de informar, disseminar informação, e o Entretenimento o de lazer. Nos séculos XVII e XVIII, a informação era descrita como inteligência, ou seja, toda pessoa que possuísse informação era considerada inteligente; e educação como instrução, ou seja, pessoas que tivessem qualquer instrução, mesmo que elementar, era considerada educada; e o entretenimento como recreação, passatempo, diversão; não havia sobreposição de conceitos. Eram três conceitos em áreas distintas. Porém a industrialização deu novo significado a cada termo dessa trindade. [...] Hoje vivemos um momento cultural diverso, com diferentes maneiras de construir e representar conhecimento. Os momentos culturais de aprender, se informar e se divertir estão entrelaçados, com forte predominância da mídia e do entretenimento sobre a educação e a escola. {...} De acordo com essa perspectiva, a primeira grande etapa para que a aproximação da educação e da comunicação se efetive com sucesso, constitui na compreensão desta ideia, ou seja, de ver, ouvir, interagir com a mídia sem cobrança educativa e, a partir da sua adequação à proposta pedagógica em questão, integrá-la ao processo educativo em consonância coma abordagem da TE. Para isso, um dos grandes desafios reside no papel do professor, uma vez que essa iniciativa só vai ter sucesso se ele, a partir desta compreensão, e imerso em um continuo processo de alfabetização tecnológica, que lhe permita conhecer mais e melhor a cada dia as mídias, irá fazer individualmente e com seus alunos uma leitura crítica das mesmas e do entretenimento da contemporaneidade. [...] Ao analisarmos a escola e a mídia que consegue nela penetrar, identificamos aí um dos grandes
obstáculos no sistema educacional, uma vez que, mesmo inserindo alguma mídia na prática pedagógica, a escola funciona, de maneira geral, fundamentada no paradigma da simplicidade, no qual tudo é mecânico, reducionista, linear, tendo a pretensão de formar cidadãos para um mundo no qual o paradigma que se apresenta é o da complexidade, ou seja, aberto, interdisciplinar, colaborativo, hipertextual. A contemporaneidade pressupõe uma sociedade em transformação constante, portanto, exige uma escola em transformação constante e que, por sua vez, exige também professores em transformação constante. A inserção de novas mídias e das telecomunicações torna-se fundamental. Métodos participativos deverão substituir a mera transmissão de conhecimentos. O professor passa a ser estimulador, coordenador e parceiro do processo de ensino e aprendizagem, e não mais um mero transmissor de um conhecimento fragmentado em disciplinas. Texto de LEITE extraído do livro Tecnologia e Educação (2008, p. 64-72).
Leite (2008) afirma que quando as TD – Tecnologias Digitais são inseridas no
cotidiano escolar, elas apresentam uma conotação educacional, e
consequentemente tornam-se um recurso agregador na produção do conhecimento.
Lembrando que antes de introduzir as TD nas salas de aula, tanto a escola quanto
os docentes responsáveis pela formação de cidadãos reflexivos e críticos
necessitam estudar, debater e reformular sua prática docente.
Reflexão e Produção
1. Reflita sobre a leitura realizada (texto de LEITE, 2008, p.64-72)
2. Aponte que novas práticas podem ser inseridas no cotidiano da escola.
3. Lembre-se de registrar no seu Diário. (AVA)
Brito e Purificação (2008) afirmam que somente inserir as TIC nas aulas não
garante, ao professor, inovação ou renovação no processo ensino-aprendizagem.
Quando não são bem empregadas, a novidade perderá o “encanto” com o tempo e
não haverá transformação significativa na construção do conhecimento.
[...] Entretanto, só o uso não basta; se as tecnologias educacionais não forem bem utilizadas, garantem a novidade por algum tempo, mas não que realmente aconteça uma melhoria significativa na educação. Dessa forma, o simples uso das tecnologias educacionais não implica a eficiência do processo ensino-aprendizagem nem uma “inovação” ou “renovação”, principalmente se a forma desse uso se limitar a tentativas de introdução da novidade, sem compromisso do professor que a utiliza e com a inteligência de quem aprende. Gatti adverte que “as novas tecnologias podem ser vistas como PANACÉIA para a educação e como destruidor de um processo de socialização fundamental ao ser humano.” Por um lado, a panaceia está em acreditar que essa ferramenta possibilitará milagres na educação e, por outro, em acreditar que seu uso pode ser destruidor, restringindo as relações humanas.
Infelizmente, uma parte dos educadores adota uma certa tecnologia apenas num dado momento de sua carreira: a televisão, o rádio, o retroprojetor, o projetor de slides, mais recentemente, o computador, recursos que acabam sendo “parafernálias eletrônicas” que o professor utiliza apenas para não ser considerado um “quadrado”, ou para ter maior segurança, ou para obter status perante seus colegas. E a outra parte lamenta-se por não ter em sua escola tecnologias disponíveis: “eu quero me atualizar, mas não me dão condições...”. Notam que, na maioria dos casos em que esses equipamentos são adquiridos, acabam sendo jogados em um depósito, onde, por fim, deterioram-se. Freqüentemente, lamenta-se pela sorte dessa aparelhagem eletrônica “tão generosamente cedida pelo Estado” ou “adquirida com tantos sacrifícios pelas Associações de Pais e Mestres”. Fala-se em desperdício, mas raramente se pergunta sobre o porquê desse destino. Grande parte da má utilização das tecnologias educacionais, ao nosso ver, deve-se ao fato de muitos professores ainda estarem presos à preocupação com equipamentos e materiais em detrimento de suas implicações na aprendizagem. De um lado, as inovações – referentes a novos métodos de ensino ou ao emprego da televisão, de slides, de vídeo e, agora, do computador – têm esse apelo de deslumbramento; de outro, elas não são integradas facilmente ao cotidiano escolar. Para que as tecnologias não se constituam apenas em uma novidade e não se prestem ao disfarce dos reais problemas existentes, julgamos conveniente que os professores compreendam e aceitem que, atualmente, as mudanças nos proporcionam os instrumentos necessários para respondermos à exigência quantitativa e qualitativa de educação, que esta mesma provoca. O que precisamos saber é como reconhecer essas tecnologias e adaptá-las às nossas finalidades educacionais. Texto extraído de Brito e Purificação (2008, p. 40-41).
O docente ao optar por uma determinada tecnologia em sala de aula,
precisará estar ciente da sua escolha, como e quando a mesma será utilizada, pois:
[...] para efetivar a construção de conhecimentos, a tecnologia é uma excelente aliada, porém, a visão que se pode ter dos recursos tecnológicos como eficazes por si só tem que ser alterada significativamente. Se por um lado, ilustram as aulas, por outro precisam que sua utilização seja adequada, para gerarem conhecimento, para oferecerem opções de crescimento, de mudança, de educação. (BRITO, 2006, p. 13-14).
Reflexão e Debate
1. Reflita sobre as colocações das autoras no trecho do texto lido e debata com
seus colegas:
a) Como o professor tem se posicionado diante das várias tecnologias que
chegam às escolas?
b) Ele tem mudado sua prática pedagógica?
c) Ele discute com seus colegas sobre quais contribuições as TD podem
trazer para a aprendizagem dos seus alunos?
d) Os artefatos tecnológicos fazem parte do cotidiano da escola?
2. Após o debate registre suas reflexões no seu Diário. (AVA)
As TD quando inseridas na sala de aula, jamais mudarão a educação. O que
mudará é a maneira que docentes e discentes a utilizarão, diz (BRITO,2006).
Tanto o docente quanto o discente buscam conhecimento para crescer,
aprender, refletir, criar, mudar e transformar. O que faz confirmar o que Freire (2001)
disse: o ser humano é um ser inacabado, em constante movimento de busca pelo
conhecimento para modificar e recriar a realidade em qual está inserido. Demo
(2009) reforça essa ideia dizendo:
O professor é um pesquisador, um “profissional da reconstrução do conhecimento. [...] Ser professor é substancialmente saber ‘fazer o aluno aprender’, partindo da noção de que ele é a comprovação da aprendizagem bem-sucedida.” (DEMO, 2009, p. 80).
Ao contrário do que alguns docentes pensam as TD não vieram para
substituí-los, mas para auxiliá-los a fazer o que já faziam antes, de forma diferente,
melhor. De maneira alguma, a tecnologia se sobrepõe ao ser humano, pois, jamais
existirá tecnologia sem a presença humana, no caso o docente, sua intervenção é
fator fundamental para sua utilização diferenciada.
As verdadeiras relações, portanto, não são criadas entre “a” tecnologia (que seria da ordem da causa) e “a” cultura (que sofreria os efeitos), mas sim entre um grande número de atores humanos que inventam, produzem, utilizam e interpretam de diferentes formas as técnicas. (LÉVY, 1999, p. 23).
Behrens (2005) diz que os docentes precisam assumir a missão de
reconstruir os caminhos dos valores humanos visando formar um cidadão ético que
busque a transformação da sociedade para torná-la mais justa e humana, pois a
escola deve “[...] apropriar-se dos processos, desenvolvendo habilidades que
permitam o controle das tecnologias e de seus efeitos” (BRITO; PURIFICAÇÃO,
2008, p. 25-26), preparando e formando cidadãos capazes de utilizar as tecnologias
para interferir e transformar a sociedade.
Vamos lá! Mais atividades a serem desenvolvidas.
C. Utilizando as TD na pratica pedagógica
Esta atividade tem como objetivo apresentar e discutir possibilidades de uso
das TD no trabalho por projetos, recontextualizando o uso das TD disponibilizadas
nas escola sob o ponto de vista didático-pedagógico.
Créditos deste infográfico:2013.Pikyochart
Importante!
O professor, além de ter domínio do conteúdo de sua área, e entender os processos de aprendizagem dos alunos, a atual sociedade exige que ele conheça e saiba usar as tecnologias digitais disponíveis na escolar, e entenda as implicações do uso dessas tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem.
Créditos deste infográfico:2013.Pikyochart
Reflexão e Debate
1. As suas reflexões devem ser compartilhadas no Fórum.
2. Aproveite a oportunidade e comente as respostas dos seus colegas. É uma
forma de você dialogar criticamente sobre a docência na sociedade atual,
uma sociedade de aprendizagem.
Após as reflexões realizadas fica notório que a o processo de aprendizagem
precisa ser contínuo. Então precisamos aprender a aprender. Sendo assim,
estaremos revendo nossa prática.
Sugestão: Assista o vídeo Aprender a aprender disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI. Acesso em: 07 nov.2013.
Compartilhando
Após ter assistido ao vídeo “Aprender a Aprender” socialize, com seus
colegas, suas reflexões (no fórum). Ressalta-se que o intuito maior dessa atividade é
conscientizá-lo que devemos ir em busca de nossos objetivos e nunca desistir.
As escolas, em especial as escolas públicas do Paraná, estão recebendo a
cada dia novos artefatos tecnológicos. Esses artefatos fazem parte do nosso
cotidiano, e não restam dúvidas que precisamos inseri-los em nossa prática
pedagógica.
Sugestão: assista à entrevista do Prof. Dr. Ladislau Dowbor -“Educação e
Tecnologia”(2004), disponível em: < http://br.youtube.com/watch?v=szNSCklQnWY>. Acesso em: 07 nov.2013.
Debate
Após você assistir ao vídeo do Prof. Dr. Ladislau Dowbor debata com seus
colegas como o professor tem visto a atual situação das escolas diante das
novas tecnologias. Segundo DOWBOR(2004) “A escola deve ser menos,
lecionadora e mais organizadora de conhecimento, articulando os diversos
espaços do conhecimento”. Partindo dessa afirmação discuta (no Fórum)
quais são os desafios para aliar tecnologia à educação?
Vá em frente!
Produção Individual
Registre suas reflexões e aprendizagens em seu Diário (você encontra seu
diário no AVA)
Quando falamos em tecnologias educacionais, logo vem a nossa cabeça
computadores, internet, lousa interativa, tablet.... Você lembra do que falamos no
início da Parte 1 na Revolução Tecnológica com a imprensa de Gutemberg quando
os manuscritos foram substituídos pelos livros impressos? Pois bem, não podemos
imaginar uma escola sem livros impressos! Estamos constantemente lidando com
tecnologia, não é mesmo? As TD – Tecnologias Digitais ampliam as possibilidades
de produzir conhecimentos; consequentemente divulga-os e compartilha-os.
Precisamos saber manipular e utilizar essas TD – Tecnologias Digitais, pois
assim saberemos buscar e selecionar informações que nos permitam a resolver os
problemas do cotidiano. Assim, estaremos compreendo o mundo e atuando na
transformação da sociedade.
Pesquisa
Nesta atividade, vamos desafiá-los a enumerarem quais são as tecnologias
que sua escola dispõe e como elas estão sendo utilizadas. Esta atividade nos
fará refletir sobre a atual realidade da escola.
a) Faça um levantamento junto aos professores da sua escola para saber
quais tecnologias digitais eles estão utilizando e de que forma. Seria
interessante entrevistar todo o corpo docente.
b) Para registrar os dados coletados, utilize a planilha abaixo:
DOCENTE TD USADA DE QUE FORMA É UTILIZADA
A
B
C
A identidade do docente deverá ser preservada. A planilha deverá ser disponibilizada
c) Após realizar a coleta de dados, organize uma planilha.
d) Elabore uma apresentação em Powerpoint® com suas conclusões acerca
do uso das tecnologias na sua escola.
e) Salve e poste esta atividade no AVA. Ex.: ativ3_nome
f) Escolha uma apresentação para participar no Fórum de debates.
―“As tecnologias são importantes, mas apenas se soubermos utilizá-las. E saber
utilizá-las não é apenas um problema técnico.” (DOWBOR, 2001).
― “O uso da tecnologia na escola, quando pautada em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo e interdisciplinar e humanista, requer dos profissionais novas competências e atitudes para desenvolver uma pedagogia voltada para a criação de estratégias e situações de aprendizagem que possam tornar-se significativa para o aprendiz, sem perder de vista o foco da intencionalidade educacional” (ALMEIDA E PRADO, 2005)
Ensinar é organizar situações de aprendizagem. Organizando-as, estaremos
criando condições para que nossos alunos compreendam a complexidade do mundo
e de sua própria identidade.
Propiciar aos alunos o desenvolvimento da capacidade de ler e interpretar o
mundo, certamente, é levá-lo a uma aprendizagem significativa e com sentido. Com
isso, o aluno adquire autonomia para buscar, constantemente, novas aprendizagens.
créditos deste infográfico:2013.Pikyochart
Sugestão: Leitura do texto “A diferença entre informação e conhecimento
http://www.slideshare.net/ClaudiaFrancez/informao-e-conhecimento-8601018 Acesso em: 08 nov.2013.
As situações criadas pelo professor fazem com que os alunos tenham uma
participação ativa, e consequentemente uma aprendizagem significativa, levando-os
a uma investigação, e a uma problematização para a produção e o desenvolvimento
de projetos, para a resolução de problemas.
Nos dias atuais torna-se premente que o professor associe as TD –
Tecnologias Digitais com sua prática pedagógica.
Através das atividades propostas nossa intenção é que você, professor possa
articular teoria, prática e domínio da tecnologia, ou seja, que você encontre
estratégias de ação que estejam associadas as TD – Tecnologias Digitais aos
métodos de aprendizagem, e que constituam redes de conhecimento.
É fundamental que você, professor, aprenda não apenas a operacionalizar os
recursos tecnológicos que estão disponibilizados nas escolas públicos, sobretudo
nas escolas do estado do Paraná, mas também a conhecer as potencialidades
pedagógicas envolvidas nas diferentes tecnologias e os modos de integrá-las ao
desenvolvimento do currículo.
Produção Individual
Registre suas reflexões e aprendizagens em seu Diário (você encontra seu
diário no AVA)
Como já dissemos é muito importante que o professor crie situações que
propiciem a observação e interpretação quer sobre aspectos sociais, da natureza e
Como o professor pode criar uma situação de aprendizagem com o uso das TD – Tecnologias
Digitais que seja significativa para o aluno?
Reflita!
humanos. O professor precisa instigar a curiosidade do aluno para que ele possa
compreender as relações entre os fatores do desenvolvimento humano.
Certamente, uma situação de aprendizagem que poderá potencializar a
aprendizagem significativa é o trabalho por meio de projetos, como sugere
BEHRENS(2006).
Metodologia de Projetos com foco na aprendizagem A opção por um ensino baseado em projetos proporciona a possibilidade de uma aprendizagem pluralista e permite articulações diferenciadas de cada aluno envolvido no processo educativo. A escolha do ensino com pesquisa, numa abordagem crítica, que envolva um processo individual ou coletivo, dá aos alunos a oportunidade de diversificar as atividades metodológicas e propicia o acesso a maneiras diferenciadas de aprender. Essa metodologia exige que professores e alunos, ao aprender a aprender, numa ação conjunta, aprendam a investigar e a pesquisar. A Metodologia de Projetos busca aprendizagem a partir de problematizações, nas quais são apresentados pontos norteadores, que instrumentalizam o processo de investigação. Com essa visão, o docente pode fornecer alguns itens ou bibliografia que podem auxiliar aos alunos subsídios e com outras fontes de informações. Portanto, nessa metodologia, os estudantes terão que pesquisar, discutir, elaborar, e, principalmente, discernir entre o que é ou não relevante para construir seu próprio conhecimento durante o processo. A Metodologia de Projetos exige uma aliança com uma abordagem pedagógica crítica, rica e significativa. Sem a opção paradigmática da complexidade ou emergente, numa abordagem pedagógica inovadora, a metodologia tenderia a ser um receituário, com regras, regulamentos e ordens a serem cumpridas. Portanto, o sucesso da Metodologia de Projetos precisa levar em consideração a abordagem pedagógica que caracteriza o processo de aprendizagem. Com essa clareza, acredita-se que a opção por uma abordagem progressista (FREIRE, 1997; GIROUX, 1997) seria oportuna e significativa. Essa abordagem visa à transformação da sociedade e aponta a educação como grande caminho para a mudança social. Nesse sentido, cabe ressaltar que agregada à nova visão paradigmática da ciência aparece a tendência progressista, proposta por Paulo Freire, adquirindo maior ênfase no Brasil, a partir dos anos oitenta. A proposição da Metodologia de Aprendizagem por Projetos que agregue a abordagem progressista pressupõe a criação de possibilidades de discussão crítica e dialógica para produzir conhecimento relevante e significativo. [...] Os projetos precisam ter sentido para os alunos, ser construídos de modo significativo, articulado num clima que favoreça a aprendizagem, apresentando uma estrutura lógica que facilite o entendimento do aluno. [...] A relevância da Metodologia de Projetos apresenta-se quando o docente precisa declarar seu envolvimento e credibilidade na competência e qualidade dos alunos, especialmente, de que todos os alunos podem e são capazes de realizar as atividades propostas. Nesse contexto, acredita-se que o envolvimento do professor e dos alunos numa Metodologia de Aprendizagem por Projetos permite contemplar duas dimensões: a individual e a coletiva. [...] A proposição da aprendizagem por projetos pode ser organizada de maneiras diferenciadas, mas, em geral, inicia com uma problematização. Esse processo pode ser desencadeado com a proposição de problema construído junto com os alunos ou elaborado pelo professor. A problematização pode ser composta também por várias perguntas interligadas de pesquisa. Texto extraído do livro de Behrens (2006, p. 51-54).
Trabalhar por meio de projetos potencializa a interdisciplinaridade, ou seja, é
uma forma de favorecer situações contextualizadas de aprendizagem, promover a
realização de atividades diversificadas. Assim, estabelecendo elos entre as
diferentes áreas do conhecimento (PRADO,2005).
Esta técnica de aprendizagem favorecerá o aluno a aprender fazendo.
Reconhecer sua autoria nas suas produções, com certeza, elevará sua autoestima,
e diminuirá problemas relacionados a indisciplina e evasão escolar. Além de
favorecer uso das diferentes TD – Tecnologias Digitais.
Acesse o Artigo de Maria Elisabette B.B.Prado. Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações (http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf).
Pesquisa e Produção
Após refletir na leitura anterior (Metodologia de Projetos com foco na
aprendizagem – BEHRENS(2006), esta atividade será desenvolvida no
laboratório de informática com o uso dos computadores e você deverá consultar
o Portal do Professor no seguinte endereço eletrônico:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br, pois nesse site você encontrará várias
opções (trabalhos com projetos) que servirão de inspiração para você
desenvolver ótimas práticas pedagógicas.
Então,
1. Participe do Fórum, respondendo as questões a, b e c:
a) Após consultar o Portal do Professor dê sua opinião quanto as experiências
apoiadas pelo uso das TD – Tecnologias Digitais.
b) Você acredita que as aulas seriam muito mais interessantes e os alunos
teriam um maior envolvimento? Justifique.
c) Essa forma de ensinar traria uma aprendizagem significativa? Por quê?
2. Registre suas reflexões no Fórum. Lembre-se de interagir com seus colegas.
3. Com base dos seus registros realizados no seu Diário e nas discussões
identifique conceitos/palavras chaves que foram significativas para você e
construa um mapa conceitual. Partindo da palavra, professor e estabelecendo
relações, o mapa irá se configurando. Você pode utilizar papel e lápis ou
utilizar o computador.
E agora? O que fazer?
Colegas, pudemos refletir a respeito das mudanças que temos vivido na
sociedade atual. Você teve a oportunidade de conhecer mais sobre TD –
Tecnologias Digitais na educação.
Através das suas reflexões e discussões nos fóruns e presencialmente você
pode constatar o quanto se faz necessário a inserção das TD – Tecnologias Digitais
no setor educacional. Também constatou que o professor pode inovar na sua prática
pedagógica usando as TD – Tecnologias Digitais disponibilizadas nas escolas,
sobretudo nas escolas públicas estaduais do Paraná que com certeza poderão levar
os alunos a uma aprendizagem significativa.
Foram experiências vivenciadas na prática, onde pudemos compartilhar nossas
reflexões buscando novas aprendizagens. Momentos que fizeram com que nossa
prática pedagógica venha a ser inovadora.
Como cresce o número de leitores na internet, e muitos professores tem adotado
algumas redes sociais para incentivar a prática da leitura propomos leituras
complementares de duas obras, e depois poderemos utilizar o Facebook para que
possamos conversar sobre as mesmas. Que tal?
Não deixe que sua aprendizagem pare por aqui. Procure sempre recomeçar!
BRITO, Glaucia da Silva; PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. Educação e novas tecnologias: um re-pensar. Curitiba: IBPEX, 2006. LEITE, Lígia Silva. Mídia e a perspectiva da tecnologia educacional no processo pedagógico contemporâneo. In: FREIRE, Wendel et al. (Org.). Tecnologia e Educação: as mídias na prática docente. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2008. p. 61-105.
Orientações e Recomendações
As atividades de execução do Projeto de Intervenção podem ser realizadas
na própria escola de atuação, prioritariamente com Gestor, Gestor-auxiliar e
Pedagogos, no período de fevereiro a junho, tendo como atividades principais:
1) Apresentar os objetivos, fundamentos e encaminhamentos do Projeto de
Intervenção para comunidade escolar.
2) Aplicar questionário para verificar o real interesse
3) Realizar leitura prévia dos textos selecionados antes dos encontros
4) Realizar uma síntese contendo, no mínimo, três perguntas para discussão
5) Realizar oficinas com aplicabilidade pedagógica com rota de aprendizagem
(como a sugerida nesta unidade).
6) Estabelecer tempo para e execução das atividades.
7) Desenvolver atividades com grupos formados com diversas áreas.
8) Coletar subsídios para justificar a inserção das Tecnologias Digitais mediando
a prática no PPP – Projeto Político Pedagógico da escola.
9) Desenvolver as oficinas de forma presencial, apoiadas no AVA – Ambiente
Virtual de Aprendizagem para as atividades a distância (pesquisa, produção
individual, fórum, etc.).
Recursos
HUMANOS
Professora (Gestora) integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/2013, Gestora-auxiliar e pedagogos do Estabelecimento de Ensino. O acompanhamento e a avaliação da implementação do projeto Envolvidos no projeto, Representante do PDE no NRE e a professora orientadora da IES.
FÍSICOS As atividades poderão ser desenvolvidas na biblioteca e/ou laboratório de informática da escola onde será realizada a implementação.
MATERIAIS DIDÁTICOS E ARTEFATOS TECNOLÓGICOS
Material produzido para a implementação, textos selecionados para estudo, aparelho multimídia para apresentação da Produção didático-pedagógica e demais atividades e artefatos tecnológicos necessários.
Fonte: Quadro criado pela autora.
Tempo
Para a execução das atividades propostas haverá 64h de encontros
presenciais. Sendo oito(08) encontros de 08h cada.
O projeto foi previsto para ser executado no período de cinco meses.
Avaliação
Sugere-se que a avaliação seja realizada mediante acompanhamento de
formulários próprios.
A avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem tem por
finalidade verificar a consistência do projeto, buscar o seu aprimoramento, verificar
que ações alcançaram os resultados esperados e se o projeto atingiu seu objetivo.
Sendo os participantes da execução do projeto também sujeitos desse
processo, mediante produção de texto/síntese poderão avaliar a importância do
projeto para a prática profissional, apontando quais objetivos foram alcançados.
Referências
BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2005. __________. Paradigma da complexidade. Petrópolis: Vozes, 2006. BRITO, Glaucia da Silva; PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. Educação e novas tecnologias: um re-pensar. Curitiba: IBPEX, 2006. __________. Educação e novas tecnologias: um re-pensar. 2. ed. rev., atual. e ampl. Curitiba: IBPEX, 2008. CASTELLS, M. A cultura da virtualidade real: a integração da comunicação eletrônica, o fim da audiência de massa e o surgimento de redes interativas. IN: CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000, 353-399. (A era da informação: economia, sociedade e cultura). CASTELLS, Manuel (2005), “A sociedade em rede”, in Cardoso, Gustavo; Conceição, Cristina Palma; Costa, António Firmino e Gomes, Maria do Carmo (orgs), A sociedade em rede em Portugal. Porto: Campo das Letras. CETA. Digital Technologies. Enabling the 21 st Learner, New Zeland Ministry of Education, 2006. Disponível em http://www.nzceta.co.nz/pages/digital_technologies.htm. Acesso em 28 jun. 2013. DEMO, Pedro. Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 17. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001. (Coleção Leitura). LEITE, Lígia Silva. Mídia e a perspectiva da tecnologia educacional no processo pedagógico contemporâneo. In: FREIRE, Wendel et al. (Org.). Tecnologia e Educação: as mídias na prática docente. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2008. p. 61-105. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. COSTA, Carlos Irineu da. São Paulo: Ed. 34, 1999. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 20. ed. São Paulo: Papirus, 2012. MOURA, Mirtes Zoé da Silva. No discurso de professores, a formação para o trabalho com computadores no contexto escolar. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPEd: EDUCAÇÃO: MANIFESTOS, LUTAS E UTOPIAS, 25. ed., 2002, Caxambu. Anais... Caxambu, 2002. Disponível em:
<www.anped.org.br/reunioes/25/excedentes25/mirteszoesilvamourat08.rtf>. Acesso em: 09 nov. 2013. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Para o Uso De Tecnologias Educacionais. Curitiba: SEED - PR, 2010. Disponível em:http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cadernos_tematicos/diretrizes_uso_tecnologia.pdf. Acesso em: 10 mai.2013. PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito. Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações. In:______. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini; MORAN, José Manuel (Orgs.). Integração das Tecnologias na Educação. Salto para o Futuro. Brasília: MEC, SEED, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf. Acesso em: 12 nov. 2013. TORNAGHI, Alberto José da Costa; PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito; ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TIC. 2. ed. Brasilia: Secretaria de Educação a Distância, 2010.