os avanços da botânica no século xxi parte xix

Upload: carollinae

Post on 16-Jul-2015

64 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

S/MPS/047

Medidas de germinao , _ para av ai-lar interaes aleloptica

A busca por princpios ativos ~a.ra a I - de herbicidas e pesticidas formudaao produtos naturais est aubasea os em mentando gradativamente. A va~tag:~ , rodutos dessa natureza sao p . e que p solveis e m g ua e exibem _ ,. bicialmente . idade em baixas concentraoes oativi d lelo2002). Das centenas e a _ (Vyvyan. do de aao qumicos identificados, o mo muitos ' hecido para poucos, mas e ~on m de forma diferente em ~elad: es ~!\erbicidas sintticos, abrindo ao a ibilidades principalmente no novas pOSS.11,1. ' lantas daninhas controle biolgico de Pdutos sintticos resistentes a ess~~ ~r~ffoleti & Foloni (Njoroge 1991, ns an 2002). 1999 Batish et aI. 2002, Vyvy d E~ geral, a busca desses pr~ ut~s . rinci ia com observaes e naturais p. .p a falta de plantas jocampob qUaec~pd:c~~nas proximidades de vens so . d cie indivduos de uma determma a es~e d' a ou so b a pa Ihada de uma determmaland I A partir da, extratos as p eu turados resduos de determinada cultas ou . aquoso e eparados em meto tura sao pr . _ de disporos, altestados na germmaao ._ uns deles j conhecidos por su: ~ensdl g , e bilidade, como e o caso dos aqueruos 1, . Lactuca sattva L. Nem sempre ha resu ento tados discrepantes entre o tratam I ue receberam os excontrole e aq.uee: diferentes concentratratos veget~ls A"'I 2000) porque (Ferreira & qUI a. ., oes di poros utilizados estiverem viase os Ias que veis, acabam germinando, mesmo

demorem mais para cornplcun so. Como a anlise em gemi I . gerrmna bilidade , a conclus I" . germmaa o menos sensfve I ,. '11 qUlmlcos do que a plntuln. I(I II _, plica a situao e que s I usados como bioteste apr 1I . a-o lenta , de um ladoI 1"111 mma , sob a ao dos aleloqufru 11 I tempo, podendo responel 'I' 11111 mente sua ao e de OUII'II, I sofrer a ao de microOl'lIl1lll1 proliferam nesta sopa orl IIII tir de ento, o pesquisadiu 11 . 'solar o efeito dll 111 I gue mais I do efeito dos microorgan 1111 metablitos. Em fun di I sadores acabam escolhrtul. . ais om germmaao me I' 11"1 ~a porcentagem final 11. acaba sendo muito III I como a plntula exp , 111111 ,_ 11 de de tecido a aao ~III I teste, a necrose da nll~,1111111 dente e acaba por alll'llll geral da plntula ~u ' 1"1 ceber mais atena dll I como instrumenl plllll I efeito dos aleloqu 111 I' I Dakshini 1995, F '1'1'(1111 parte dessa aparen ' 1111" de do processo d li '1111111 o ao crescin;enlO dll I1I raes alelopticnx I 11 anlise parcial d 11I11 I o e da menor \ 1''''' I1

I 111e tratando da busca por s IIII\IINpara a formulao de I fll' 'ci o lembrar que deter11ti eI' lavouras so tratadas hlll pr6-emergentes e, neste 11111111 precisa ter efeito mais /,111fll ' o agricultor no coI .,lIellI a populao de plan1II1IIida no solo na forma 01111 ro . A eficincia desp 1111" riundos do metaboII,~ IIdlltltl de plantas na germi11111 nar ento na pr'i IlIlItlllllindo ou eliminando til di poros pronta para 1"' 111 'ndies de cultura 111 /IINf/(icao estudo de sua 111ft ,

, UFU. E-mail: [email protected]

do um grande desafio aos pesquisadores, mesmo porque a variabilidade intrnseca dos disporos acaba mascarando ainda mais o resultado da ao do fator em teste. Pensando nisso, uma boa opo avaliar o processo de germinao em seus vrios aspectos que inclui, alm da quantidade de disporos capazes de germinar, a velocidade com que o faz, a homogeneidade em relao ao tempo e a sincronia. Essas medidas podem ser inferidas a partir de curvas de germinao ou de grficos em barras, bastante explorados nessa rea de alelopatia (Ferreira & Aqila 2000, Mazzafera 2003, Gatti et al. 2004, Periotto et al. 2004, Aires et al. 2005, Maraschin-Silva & Aqila 2006), mas podem ser quantifi"!tIL IIluitovastoeoobjeti_ cadas e avaliadas estatisticamente, utili1111 I discorrer sobre 11 zando-se expresses matemticas aproli 111')bl'e as relaes de priadas (Santana & Ranal 2004, Ranal I1 dI' /11" ou ps-emergen_ & Santana 2006), como o fizeram OliI I Illllpete aos especialisveira et al. (2004), Peres et ai. (2004), t I I diScorrer sobre mediAires et al. (2005) e Maraschin-Silva & I 1111ue podem ser teis q Aqila (2006) para avaliar o tempo mI IIIIN(tldas sementes e dio de germinao; Gatti et al. (2004) e 1I lI,:ii dos aleloqumi_ Periotto et al. (2004) para avaliar a veloI I 1/11\'se uma substncia cidade mdia de germinao e Marast II1 'npaz de desorganichin-Silva & Aqila (2006) para avaliar 11111111111 rocesso de gera entropia informacional ou incerteza da I 1I111'I'UI' divises ceas germinao. Alm da anlise da varin11111 celular, a ativi111 cia usual, Maraschin-Silva & Aqila 1IIIlobilizao das re(2006) utilizaram testes de aleatoriza1.1 Ildu decorrente, ela o e auto-reamostragem (baatstrap) I l'I'0I1lrole de alguma para estudar a variabilidade. Uma outra , I I IIOSSistemas agrI forma interessante de anlise a aplicao do mtodo de Kaplan-Meier, usado Ildll de germinao, para modelar as curvas de germinao ""'III'lrel a ser obtida como funo do tempo (Escudero et al. 1111l',/U, a quantidade 2000) que, na verdade, representam a 1111 111 condies 1 nas capacidade de sobrevivncia dos dis11""I/nos que a gerporos ao de aleloqumicos. I 11111 se a sernen. '1I1'e Extratos aquosos de folhas fotossinI111/' 1'1, uito tardiam teticamente ativas de Capaz/era langsdarI 111111'111 sob con' Ou ffii Desf. (copaba), secas a 40-45 C I 11,1111' diferena sig0:10 massa/volume), e a frao de al1111 IS acaba sen111 calides preparada com extrato de cas0

643

cas do tronco, aplicada em diferentes concentraes (62,5; 125 e 250mg ml,: I) em solo, alteraram significativamente a germinabilidade, o tempo, o coeficiente de variao do tempo, a velocidade, a incerteza e a sincronia de germinao de aqunios de Bidens pilosa L. (Santana et ai. 2006). Os modelos de regresso mostraram diminuio linear significativa da germinabilidade, da velocidade e sincronia e aumento linear no tempo e heterogeneidade do processo de germinao, com o aumento das concentraes da frao alcalides totais aplicadas. Apesar de ser relativamente pouco usada nessa rea de alelopatia (Pires et ai. 2001, Santos et ai. 2002, Santana et ai. 2006), a regresso uma boa ferramenta para anlise de fatores quantitativos e, portanto, apropriada para anlise da germinao sob efeito de concentraes de aleloqurnicos ou de extratos vegetais aplicados ao substrato, porque tem carter de predio, dentro dos limites testados. Neste estudo de aqunios de pico, o modelo de regresso linear mostrou um decrscimo estimado de 0,06% na germinabilidade e incremento estimado de 0,17 dias no tempo mdio de germinao a cada adio de lmg mL-I do alcalide. Como a variabilidade entre os aqunios utilizados no experimento foi relativamente baixa, diferenas entre os tratamentos com amplitude para a germinabilidade de 14%, foram significativas. No fosse isso, os trs grupos para essa caracterstica, dois extremos e um intermedirio, no teriam sido formados. Nessas condies experimentais, trs grupos tambm foram formados para o coeficiente de variao do tempo, uma medida de homogeneidade da germinao. Para as demais medidas de germinao (tempo e velocidade mdia, incerteza e sincronia), cinco categorias foram formadas, mostrando que a atividade metablica dos aqunios foi alterada644

em decorrncia do alcalide apli '11I11 Os mesmos extratos de copafbu I ram aplicados a sementes de Brassitu li, nensis L. var. parachinensis (111 I Sinskaja semeadas em solo e 'uh li comercial (dados no publicados), ('1111 as partculas do substrato com 1'('1111 maiores do que as do solo, diminu 1111 superfcie de contato com a S '1111 I" apenas o extrato aquoso brut ,01.1101 partir de folhas, reduziu signllh un mente a germinabilidade, de I(HI' tratamento controle para 91,/1 outro lado, sementes mantidn I 111 sob a ao do mesmo extrat ,I I germinabilidade reduzida a 2 ,11 I esta espcie, o extrato bru l( 111 tamento discrepante para a "111110 lidade. Se apenas as diferente I" traes do alcalide tivess '111 11 tadas, no teria sido detect Id/l 111 a entre os tratamentos s I 11 \I I calide (98,7 a 100% de g '1111111 I o controle (96,3%) para l' 11 rstica. Por outro lado, me611 111I ItI tamento discrepante, di" 1'1111 ficativas foram detectada 1'111 mais caractersticas do pro, minao, tendo sido registuul, na entropia e diminuio 1111 de germinao para S '1111111 das sob a ao dos alcul I ti mL-I. Da mesma forma qlll 1 I inundao, ao estr SN\' 1IIIhl tricional acontecem prlnu li ti metabolismo, progrcdirulu I es citolgicas e morf 111111. danas no disporo lUI1i111111 I mo comportamento, d(11I I didas que retratam a ti 1111111 dade metablica. S '/-llll11 I 11 Aqila (2000), efeito Ili 111, minao, causados p 111I qumicos, incluem 1111 I' '111 abilidade de membl'IIIII1 11 I e traduo do DNA, 1111" I de mensageiros S' '1111111111

11,IIUconformao de enzimas e re11111's u ainda na combinao deso I,flII'e~.

I'

III1/ma questo a ser abordada o I d" tratamento nas anlises de cor11 Em delineamentos experimen1i .'I"ilo de tratamento pode supe"li. lU subestimar o valor das corReferncias bibliogrficas , I mando possvel atribuir as1111 ariveis no correlacionadas v AlRES, S.S.; FERRE/RA,AG. & BORGHETTI, F. Efei'li 1I0Slinearmente, ou no atribui: to ale/optico de folhas e frutos de Solanwn lycoI, II a variveis correlacionadas carpum A St.-Hil. (Solanaceae) na germinao e 11111RanaI2006). Em geral, corcrescimento de Sesamun indicum L. (Pedaliace. ae) em solo sob trs temperaturas. Acta Botanica IIlui altas so registradas quanBrasilica 19(2): 339-344,2005. 111111 lS originais so usados para o BATISH, D.R et al. Allelopathic effects of parthenin 1'111 lao s correlaes feitas r against two weedy species, Avena [atua and BiIl'srduos das medidas. Isso foi dens pi/osa. Environmenlal and Experimenlal .111pura ambos os experimentos Botanv 47: 149-155.2002. '"llIdos, envolvendo a aplicao CHRJSTOFFOLETI, 1'). & FOLON/, L.L. Dose response curves of resistant and susceptible Bidens IlIIlI1ieos oriundos de Copaifera pilosa toALS inhibitor herbicides.ln: Proceedin. '1IIi, Embora com moderada corgs of lhe Brighlon Crop Protection ConferenceI 11,1'/1 Davis (1971), todas signiWeeds 1999, v. 11. pp. 159-162. Brighton /5.18 11 li 'sociaes entre germinaNovember 1999, Farnhan. British Crop ProtectifI'll1po mdio, germinabilidaon Council, 1999. I11 dll le mdia, germinabilidade DAVIS, ).A. ElementarySurveyAnalysis. Englewood Cliffs, New)ersey, Prentice-HaU. I 95p, 1971. 11,f(crminabilidade e sincronia ESCUDERO, A; ALBERT, M.).; PITA, ).M. & PREZ111 que aqunios de Bidens piloGARCA, F. /nhibitory effects ofArtemisia herba,li" /{erminabilidade so mais alba on the germination of the gypsophyte Heli11111 sincronizados em seu proanlhemum squamatwn. Plant Ecology 148: 711IIllinao do que aqunios 80,2000. I 1'l'll1inabilidade (Santana & FERRETRA, AG. Interfel'ncia: competio ealelopatia. 'ftl Isso indica que a alta gerIn: FERRElRA,AG. & BORGHETTI, F. (Eds.). Germinao: do bsico ao aplicado. Porto Ale"li d s aqunios dessa espgre, Arlmed. p. 251262, 2004. 111 leve associada a maior viI FERRElRA, AG. &AQlIA, M.EAAlelopatia: uma I I qll ' os aqunios resistiram rea emergente da ecofisiologia. Revista BrasileiIi illduqurnico aplicado, rnesra de Fisiologia Vegelal12 (Edio especial): I 75I1 rlndc metablica alterada 204,2000. 111'j .nte para mascarar es~ GATTT,AB.; PEREZ, S.c.r.GA & LIMA, M.I.S.Atividade aleloptica de extratos aquosos deAriSlo111. O mesmo resultado lochia esperanzae O. Kuntze na germinao e no I 1111'mentes de Brassica chicrescimento de Lactuca sativa L. e Raphanus sa/I'flr/c'liinensis quando as cortivus L. Acla Botanica Brasilica 18(3): 459I" IIISusando os dados ori472,2004. I 1i 11ft se confirma quando TNDERJTT & DAKSHTNI, KM.M. On laboratory bicasI 1lI'l'elaes feitas com os says in aUelopathy. The Botanical Review 61 : 2844,1995. 1I1,'(lidas de germinao. MARASCHTNSILVA, F. &AQIlA, M.EA Potencial qlll' para esta espcie no aleloptico de espcies nativas na germinao e " 1'111 germinabilidade rc ecrescimento inicial deLactucasativa L. (Astera-

tempo mdio de germinao, germinabilidade e incerteza, germinabilidade e sincronia, cuja existncia estaria confirmada se apenas as correlaes usando os dados originais tivessem sido processadas.

SIMPSIO

47.INFLUtNClA

DE SUBSTNCIAS QUIMICAS NATURAIS 10/111

645

ceae). Acta Botanica Brasilica 20(1): 61-69, ca 18(3): 425-430, 2004. 2006. PIRES,N.M.etalo Atividadeleloptica aIClIWlI1 a d MAZZAFERA, Efeitoaleloptico P doextratoalcolico espciesde plantasdaninhas. Scientin \ do cravo-da-ndiae eugenol. Revista Brasileira 58(1): 61-65, 2001. de Botnica 26(2): 231-238, 2003. RANAL,MA & SANTANA, .G. How uni! I O NIOROGE,I.M.Tolerance of Bulens pilosa L.and Parmeasure thegerminationprocess?1'1'/1,,1 theniwn hysterophorus L.to paraquat (Gramoleira de Botnica, 29 (1): I-I 1, 200(> xone) in Kenya coffee. Kenya Coffee 56: 999SANTANA, & RANAL,MAAnlisltI,,1 O.G. 1001,1991. nao: um enfoque estatstico. BrasO" I OLIVEIRA, .e.e.; FERRE1RA, & BORGHETs A.G. Universidade e Braslia. 248p,200'1. d TI F. Efeitoaleloptico folhasde Soianum lycode SANTANA, O.G.;RANAL, .A;MUS'Ii\liA1'1 M ca~pwn A.St.-Hil. (Solanaceae) nagerminaoe SILVA, R.M.G.Germination easurcun' m u crescimentode Sesamwn indicum L. (Pedaliaceluateallelopathicinteractions.A IIdlll "til ae) sob diferentes temperaturas Acta Botanica naI17(1):43-S2,2006. Brasilica 18(3): 401-406, 2004. SANTOS,1.C.Fetal.Efeitodeextratos I' dUI'II PERES M.T.L.P.;SILVA,L.B.;FACeENOA,O. & e dearrozna emergnciae nocrescl 11 11 1 H'ESS,s.e. Potencialale\opticode espciesde ruru-de-mancha. Pesquisa AgropI'1 11111 Pteridaceae(Pteridophyta).ActaBotanica Braleira 37(6): 783-790,2002. silica 18(4): 723-730,2004. VYYY AN,I.R.Allelochemicals leads 1III" as \ PERlOTTO,F; PEREZ,S. C.I.G.A.& LIMA,M.l.S. des and agrochemicals.Tetralll'li'illI EfeitoalelopticoeAndira humilis Mart.ex Benth d 1646,2002. nagerminao nocrescimento Lactuca sauva e de

L. e Raphanus sativus L .. Acta Botanitt! /I!

resso gnica e as respostas dos tais a estresses abiticosMrcia Margis-Pinheiro', Larissa Menezes-Benavente2, Felipe Karam Teixeira", Rogrio Margis3.4

IItIV'I' 'idades abiticas impostas 111111 campo, tais como a intensiI 1111,. estresse salino, o estresse IlIlre vrias outras, causam o 111 IH espcies ativas de oxignio tI 1I1'III'I"etando uma situao de li idativo, impedindo a total ex111, 'U potencial gentico, e afeIIH'llimente o crescimento, de1IIIIItlo e a produtividade. No BraII/I'UI11 produto agrcola de funI IIlp rtncia, cujo decrscimo 111110 acarreta prejuzos consi1\ I'I'nomia e sociedade braurincipais limitaes na proI 111'1' so salinidade e seca, z IIIr l'UI11pestes e patgenos. 1111 dade, que geralmente 11\111 excesso de NaCI, uma 11'111 limitaes da produo de Ir" 11 mundo, sendo agravada I 1111I ' nos campos irrigados das 111 IllIpl ', I' BARROS, I.C.L. Pteriel 111 MAYO, S.). & BAIW\) ,\ II botnica nordestinu: 11/"1" cife: Sociedade Boi, l1uIIIIIll, ESKJNAZI-LEA, E. '1111fll", ' E.Y.S.B.; MAY . S,I" 1\ I I Pesquisa bOIlliCIIIIIIl,l, i pectivas. Recife: S\~ li .1,,01 1 61-78, 1996. HARLEY, R.M. & MAY\ t. I thefloraofl3allill.I.,,"" 'I dens, Kew, 1980. lBGE. Manual tcnico rllIl Janeiro: IBGE. I 1'111111111" rais e Estudos A",I!. 1111,1 MAYO, S.). & BAR 110, 11 SAMPAIO, E.V.:-;,II ~I , M.R.Y. (eds.).I".111111 ,I gresso e persp ,,'1/1'11. 14, 1/ do Brasil. p. 121 I 11 I , " PEREIRA, S. M .13.AIIlIIN IlIh 111111 PAlO, E.Y.S.II.: MA' It I (eds.).l'esqlliSllluJ{,I"Ii perspectivas. Rv" ", " I I sil. p. 79-9 , 19% PRTO, K.C.I3,.i6111ltN, 111 11 S.). & BARIl )SA, ~II'

n,,,

DESTE DO BRASIL: SITUAO A TUAL E PERSPEUIVAS

669

SIMPSI049

Estudos sobre a Flora do (entrodo Brasil: situao atual e perspVera Lcia Gomes-Klein1,2,

Jos Anc.

A Regio Centro-Oeste do Brasil compreende trs Estados, Gois, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e inclui o Distrito Federal, com uma rea total de cerca de l.606.371 ,51 km2 e altitudes que variam de O a 1800m (IBGE, 1990). No Centro-Oeste existem formaes vegetais bastantes diferentes umas das outras. O bioma dominante da rea o "Cerrado" (IBGE, 2004). Ao norte e a oeste do Estado do Mato Grosso, h uma grande extenso do bioma Amaznia (54%), praticamente impenetrvel, composta por uma vegetao densa e exuberante. O bioma Pantanal est presente em dois Estados, ocupando 25% do Mato Grosso do Sul e 7% do Mato Grosso. A regio do Pantanal, sempre alagvel nas cheias de vero, possui uma vegetao tpica e muito variada, denominada Complexo do Pantanal. O Estado de Gois apresenta uma rea de 340.086,70 km2 com o bioma Cerrado em quase sua totalidade (97%) e pequena poro do domnio da Mata Atlntica (IBGE, 2004). As formaes vegetais presentes neste estado so cerrado, campo cerrado, cerrado, campo, formao rupestre, floresta estaciona I tropical e floresta caduciflia e semicaduciflia tropical do Planalto CentroOeste (Rizzo, 1981). O Estado do Mato Grosso possui uma rea de 903.357,908 km2 (IBGE,

2004) com o biorna '1'1I 1,,1 endendo as forma s dI' I I I' po cerrado, cerrad , . Ii 11111' tre. O bioma Pantanal 1'1'1" rea do Estado. Se 11I11111 I (1994), a maioria das pllllll' nal vieram de outras 1111 chaco, cerrado, amaz 1111111 1 ca, entre outras, e ruu II distribuio geogrf '11,II I znia ocupa uma r 'li 111 formaes de flores I11plll 1,1 micaduciflia arnaz II I II O Estado do MIIIII 11 apresenta uma rea k (IBGE, 2004), cornpu rtnl mas Pantanal, 25% dn IIII Cerrado (compre n 11'1111" de cerrado, camp l' '111111 campo) com 61 % 11111111 Mata Atlntica compur ml rea (IBGE, 2004). O Distrito Fcd 'I' til I'I rea de 5.801,9371(111 11111 o bioma Cerrado, '111 11111 as formaes de 'l'lIlId" do, cerrado, ca 11 '1111, IIt I lia tropical do 1'10111"11 I (caduciflia e sim 1111111 " 1981) . No existem ' 11111111 sobre o nmer I I I' na Regio Centro l)1 " o Estado de Goi IS, HI

1'"11 d ' coleo, onde foram I' -staes de coletas nos 1IIIIItldpios do Estado (incluI I rndo de Tocantins), re1III'ta de 9.605 plantas, \1.1" liferentes famlias boI I urmcnte, dando continuiI'IIIp0sta de trabalho, foram 1I 11'11 500 mil quilmeele \11111tualmente aproximaa mil plantas no acervo do I 1\111eguida, com objetis 111 110da Flora dos Estados Itll uuins, foram contatados 1111 nais e internacionais 'i IIltlll'II~HOdas famlias botIhlll' ro da Flora dos EstaI lbcantins. A flora diviI 11If{llInas e criptgamas e 1111 I de 38 volumes publiI IIII rndcndo 31 volumes de I 111' volumes de cript1IIIIInesespeciais, de autoI p .squisadores e coorde1111I r. Jos ngelo Rizzo. lI ll desse projeto, foram d I r rltas ca. de 543 espciI I unflias botnicas, onde 11111" algumas espcies enI 1\ vas ocorrncias para 111111 momento, encon, No I dl' publicao o volume 111 quatro famlias fanero11I Ilpl gamas (Musgos) e 111111' 7 famlias se encon1'11 uli 'tas para a elabora

I IIIII)S.

1 Docente. E-mail: [email protected] , Departamento de Biologia Geral, Instituto de Cincias Biolgicas, Universidade F cll '11111 li , 3 Diretor e Curador do Herbrio. E-mail: [email protected] 4 Unidade de Conservao, Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-graduao, UFG, GO

Itldlls foram realizados no 111 Munhoz & Proena IlId/ll'om a composio flo111" Ipi de Alto Paraso de h 11111111 Veadeiros e redos li 11I1I1f1ias, 498 gneros e di 11lI1ergamas. Posteri111111Martins (2002) pu" ,,"111I1" sobre a flora vas111110 arque Nacional das P

Emas, apresentando um levantamento florstico nas fisionomias de cerrado do PNE, encontrando 601 espcies compreendidas em 303 gneros e 80 famlias. Dentre as espcies coletadas nesses estudos foram encontradas sete espcies novas para a cincia. Delprete et aI. (2003), apresentaram informaes sobre um levantamento florstico iniciado na Serra dos Pireneus, Pirenpolis, Estado de Gois. Neste trabalho os autores, mencionam que em um levantamento inicial das fanergamas coletadas na rea, efetuado em 2003 nos herbrios da Universidade de Braslia e da Universidade Federal de Gois, foram encontrados amostras de 113 famlias, 493 gneros e 949 espcies determinadas por especialistas. Delprete et aI. em 2004, dando continuidade ao levantamento florstico desenvolvido na Serra dos Pireneus, apresentaram uma listagem de espcies fanerogmicas e caracterizaram a rea estudada. Nesta segunda fase de levantamento, aps um estudo dos acervos nos herbrios UFG, UE e NY, os autores informam que o nmero de fanergamos encontrados na Serra dos Pireneus foi ampliado para 1610 espcies, distribudas em 526 gneros e 129 famlias. Em complementao ao levantamento florstico apresentado por Delprete et aI. (2004) Gomes - Klein et aI. (2004) mencionam uma listagem preliminar das espcies de brifitas e pteridfitas coletadas na Serra dos Pireneus sendo registradas 45 amostras de bri~ fitas, das quais 34 amostras compreendem os musgo e 11 de hepticas. Dentre as pteridfitas coleta das, foram identificadas 61 espcies, distribudas em 24 gneros e 16 famlias. Silva et aI. (2004) estudaram a flora vascular do Vo do Paran, Gois, mencionando a coleta de 124 famlias, 514 gneros e 1121 espcies de plantas vasculares, sendo duas espcies novas e 137 citaes novas para

ENTRO-OESTE DO BRASIL: SITUAO ATUL E PERSPECTIVAS

671

~'dl 1'1' I 'PI' lI' "/I ti ' C IIII~ I ), Urna das gran I'~ .ontribu! '(W '" lacionados s fl ras d Eslad de Mul Grosso e Mato Gr s d ul, r i t'l I' '. sentado yor Hoehne (1951) que pu li cou o "Indice bibliogrfico c numric das plantas colhidas pela Comisso R n don". Segundo Dubs (1998) nenhuma lista nova sobre espcies de plantas provenientes dos dois Estados foi publicada. Neste mesmo trabalho, o autor atravs de um levantamento realizado em diversos herbrios (Z, S, MBM, K, E) compilou uma lista bastante completa das Angiospermas das regies de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e convidou alguns especialistas para realizar uma reviso nomenclatural na listagem que foi publicada, como Prodromus Florae Matogrossensis, na parte I - Checklist of Angiosperms. Na parte II deste mesmo trabalho, denominada Types from Mato Grosso foi apresentado uma lista contendo 1000 tipos de plantas classificadas alfabeticamente por famlias e gneros, originrias no Mato Grosso. Nogueira et al. (2001) publicaram um estudo sobre a composio florstica e fitossociologia de um cerrado sentido restrito no Municpio de Canarana, Mato Grosso, mencionando 37 famlias botnicas distribudas em 67 gneros e 88 espcies. Para o norte do Estado de Mato Grosso, o conhecimento da diversidade e da composio da flora bastante incipiente, segundo Macedo et aI. (1999) e Morais (2003). Porm algumas informaes podem ser encontradas, em Hoehne (1951), que apresenta uma listagem de espcies da flora do Estado; Lisboa et al. (1976), com a flora fanerogmica de Aripuan; Lisboa e Lisboa (1978), que mencionam os musgos de Aripuan; Macedo et al. (1999), com um trabalho sobre a composio da flora em ecossis)111 1 'I I' Id\l I'US ' U11l 'U 'lllhl~

)I

t'

11111 gamas. 'I' Outros 11'lIl ,. foram tambm 1 u, . mo: Morais et aI. 11111'11111 estudo de fium 111111u galeria da cade IlIIdlm, DF, onde enconIlvldu pertencentes a ncros e 53 famlias t11lll1dn ; As atividades do I, I >lHI rito Federal foram ,"1111".nte atravs da couvul .anti e Proena em '11110 primeira publicao I Illljeto da Flora do Dis1111'1)(';