os arquivos perdidos 2 - os legados do número nove - pittacus lore

8/10/2019 Os Arquivos Perdidos 2 - Os Legados Do Número Nove - Pittacus Lore

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outro lado da mesa, esperando que eunela. Maddy também gostou do enco

E se ela se divertiu, então eu não estrudo quando peguei sua mão. Não tmuito tempo para saborear e

constatações, porque sou tomado pornova onda de ansiedade.Ela quer que eu planeje o

encontro. – Qual é o problema? – Sapergunta, percebendo a tensão em

rosto. – Não faço ideia de onde levar

garota.

Ele sufoca o riso. Ficamos sent



em silêncio, pensando. – Posso levá-la ao Windy City W

sugiro. – Agora, com certeza termaquela parede.Sandor faz careta.

– Quer gastar uma saída escaluma parede, em vez de conversar ela?

Ele tem razão. – Sabe – Sandor continua –, se

mesmo impressioná-la, eu tenho

deia.



CAPÍTULO

QUATORZE

Marco com Maddy no fim de semseguinte, o que transforma os dia

semana em um oceano de ansiedadefim. Estou nervoso, elétrico, mas nãipo de energia que posso canalizar

os treinos com Sandor. Os planadoreacertam mais vezes do que deverporque estou distraído pensando no



vou vestir e nas conversas que tereDá para perceber que Sandor

aborrecido enquanto desliga equipamento na Sala de Aula. – Acha que os mogadorianos

sensibilizar porque você está comcabeça em uma garota? – ele dispara.Faço que não, chateado, porque

que ele está certo.Mais tarde, Sandor me chamaoficina. Ele está com os pés apoiado

mesa, amarrotando uma pilha antigplantas baixas. Seus olhos paredistantes, e por um segundo penso

estou interrompendo algum agrad



devaneio. Ele olha para mim comsorriso melancólico.

– Sabe, eu não era muito mais vdo que você é agora quando fui desigcomo seu Cêpan – diz. – Era novo de

considerando a idade em que um Cnormalmente era designado a um GMas eu era bom. Havia ajudado

engenheiros, muito mais velhos e experientes, em alguns projetos ecnologia. Acho que quiseram me pô

ação o quanto antes.Eu esperava um sermão. Já es

acostumado. Sandor irritado era



entidade familiar. Por outro lado,Sandor nostálgico era algo com qu

não sabia como lidar. É tão raro ele sobre Lorien, que fico com receionterromper.

– Gostei de pensar que espreparado – ele prossegue. – Foi grande honra, certamente. Ainda que

desse muito trabalho. – Sandor piscamim, e não consigo conter um sorriLigar-se a um Garde é u

responsabilidade de tempo integralmais que eu quisesse estar preparambém tinha outros planos. Eu tinha

namorada. As coisas estavam fic



sérias, sabe? E eu me esforçava mpara equilibrar tudo isso.

– O que aconteceu? – digo, anteme dar conta de que quão idiota epergunta.

A expressão de Sandor fica sommas ele rapidamente disfarça.

– Você sabe o que aconteceu. –

senta direito na cadeira e arranca folha de um bloco de anotações. seguida me entrega o papel, nas lin

sua caligrafia precisa. É uma listcompras. – Já que não está sendogrande utilidade na Sala de Aula,



muito bem ocupar seu tempo com alcoisa produtiva – diz, o Sandor se

voltando à tona.Pego a lista e me viro para a pSandor me detém.

– Jamais encontrei o equilíbrio –diz. – Talvez você consiga. Enquantonão acontece, não esqueça quais são

verdadeiras responsabilidades. Ccara?

Não é a primeira vez que saio para compras para Sandor. Não é comida



ele me manda buscar; isso seria demais. Estou atrás de peças. É clar

poderíamos encomendar pela internetde que Sandor precisa para criar equipamentos, mas acho que ele gos

desafio de reunir um monte de tranqerráquea que não funciona e transfoa em algo novamente útil. Ele já te

me envolver em seus projetos, mas ndeu certo. Gosto mais de destruir nvenções que de ajudar a construí-la

Passo a tarde visitando casaspenhor e bazares de artigos de segmão no centro da cidade. Enco

algumas coisas que estão na lista



Sandor – um velho tocador de CD fatiador elétrico de legumes, com lâm

curvas, que receio ver voando na mdireção na Sala de Aula. Também alguns itens que sei que ele sem

precisa, uma placa de circuito queimaqui, um cabo ali.

Quando já estou na última loja

minha rota tenho a desconfortsensação de estar sendo observado.

Instintivamente, dou uma olh

discreta no iMog. Nenhum sinal de ppor perto. Quando estou guardandaparelho no bolso, eu a vejo. D



corredores adiante, ao lado de uma de camisetasvintage. Maddy está lá.

No início acho que estou vecoisas. Tenho pensado tanto nela, comecei a ter alucinações. Mas M

evanta a mão e dá um aceno tímido,praticamente corro até ela. – Oi – digo, tentando não par

animado demais, provavelmente conseguir. – O que está fazendo aqui? – Oi – ela responde, olhando em

como se estivesse tão surpresa por ali quanto eu fiquei por vê-la. – Eah... Seguindo você.

Agora eu sorrio como um idiota.



– Sério? – Não! – Ela revira os olhos. –

pai gosta de telescópios antigos e cassim. Então estou dando uma olhadaí...

– Ah – respondo, desanimado. – esperança de que você estivesse seguindo mesmo...

Maddy olha para as minhas sacdas outras lojas, todas com compraformato estranho.

– O que é isso tudo? – São para um projeto científic

mproviso, pensando depressa.



– Você não estuda em casa?Encolho os ombros.

– Meu tio é esquisito.Juntos, percorremos os corredoreoja. Maddy pega em uma arara

conjunto marrom, bem anos 70, de caaqueta masculinas e levanta o capara eu ver.

– Acho que você deve usar algo ano nosso próximo encontro – ela nclinando a cabeça como se tentass

maginar dentro da roupa.Sandor provavelmente queim

aquelas peças se eu ousasse profan



cobertura levando-as para lá. – Se eu aparecesse vestido assim

nem sairia de casa. – Provavelmente não. Aqui, pegela diz.

Eu seguro o cabide com a mãoestava livre e, antes que perceba o quvai fazer, Maddy pega o celular e tira

foto. Ela ri olhando minha cara assuno topo da roupa mais horrível que já – Perfeito! – diz. – Vai ser meu

papel de parede. – Agora você me convenceu, vo

que comprar esta roupa.

Quando vou olhar o preço na etiq



fingindo interesse, uma traça sai voda manga da jaqueta. Largo o ca

como se tivesse achado aquilo nojdemais, e Maddy começa a rir. Saímoja depressa, sob o olhar do senho

dade que está no caixa. – Espero não estar com pulga

comento quando chegamos à calçada.

– Na verdade, acho que estou vuma – ela responde.

E se aproxima, me inspeciona

depois me dá um beijo apressadorosto.

Maddy recua e ri, dessa vez da m



cara de idiota, com certeza. – Vejo você no sábado, Stanley –

diz, descontraída, e acrescenta. – Tum banho.



CAPÍTULO

QUINZEA grande noite chegou.

Sandor e eu estamos na garagemsubsolo do John Hancock. Perfildiante de nós, cada um deles protepor um forro, estão os carros de fugcoleção de Sandor.

Francamente, nunca achei precisássemos de mais de um automSandor, porém, passou a colecion

depois que chegamos a Chic



equipando todos eles com vários deaparelhos. Acho que Cêpans tam

precisam de hobbies. A sorte dele éser Cêpan garante recursos financlimitados; odeio pensar em Sa

dirigindo uma lata velha.Ele levanta o forro de um reluzconversível vermelho-escuro e desl

mão com carinho pelo capô. Depoiolha mortalmente sério. – Por favor, não quero me arrepe

disso.Sorrio para ele com ironia, ans

por me sentar ao volante.

– Esse sorriso não inspira m



confiança...Mesmo assim, Sandor abre a por

motorista e eu entro no carro. Eldebruça na janela quando estou ajusto banco e os espelhos.

– Qual é a velocidade permitidpergunta.

– O limite menos quilômetros

hora, sempre – recito. Tivemos conversa a semana toda, desde quSandor sugeriu que eu pegasse um

carros. – Usar a seta sempre, nunca sno amarelo, não levantar a capEntendi.



– Acho bom – responde Sandor, paternal que nunca.

Ele parece um pouco ansioso poestar segurando o volante e tamborilcom os dedos com evidente anima

mas se afasta do carro. – Divirta-se – diz.Saio da garagem dirigindo

cautela. Sandor, que me observa e cobarba com nervosismo, logo desapado retrovisor.

Quando estou a alguns quarteirõeedifício John Hancock, aperto o bpara abrir a capota. O que Sandor



sabe não vai incomodá-lo.

Pego Maddy no parque em frentcentro de recreação. O conversível como em um sonho e vou encontseguindo todas as regras impostasSandor. Exceto, é claro, a da capota.fresco da noite me envolve, e me energizado.

Nunca me senti tão livre.Maddy está sentada no banco qu

eu chego, e olha duas vezes ao meatrás do volante. Aceno para ela.



– Quer dar uma volta? – pergunto – Ah, uau... É seu?

– Do meu tio – respondo, dandombros como se o carro não fmportante. – Ele me empresta.

Maddy olha para os dois lados daum pouco apreensiva.

– Você dirige bem? Posso confiar

Tudo bem,tecnicamente, não tenhcarteira de motorista. Mas tenho falsificação muito convincente que Sa

fez na oficina. E também tenho mexperiência ao volante. Na nossa nômade, Sandor começou a me ensi



dirigir assim que meus pés alcançarapedais, basicamente para ter ajuda qu

estivesse cansado. – É claro que sim – respondi.Por um momento ficamos

encarando, ela testando bem-humoquanto eu era confiável e eu fazendudo para parecer inocente. Então

consigo evitar um sorriso endiabrado – Aha! – ela exclama apontando.sorriso de um demônio da velocidade

Antes que eu possa me defenMaddy salta por cima da portapassageiro e cai no banco ao meu

Ela olha para mim e sorri.



– Sempre quis fazer isso. Não consigo desviar meus olhos

Nesse momento, Maddy está mais que nunca. Vejo como ela prendecabelos num rabo de cavalo, para

embaraçarem ao vento. Imediatamentvejo dirigindo para sempre, saindChicago; não importa para onde, d

que Maddy vá comigo. Mas alguma me incomoda, uma sensação que consigo identificar, algo errado no qu

contrário, seria um momento perfeitoIgnoro esse sentimento. – Pronta? – pergunto.



– Pronta – ela diz.O carro anda e não desvio meus o

dela.E bato na traseira de uma estacionada em fila du

Definitivamente, ela não estava minutos antes.

– Uff – Maddy geme quando so

ogados para frente. – Tudo bem? – pergunto, notando

minhas mãos tremem incontrolavelm

no volante.Estou apavorado com a possibili

de ela estar machucada, e mortificad



er agido como um total idiota. – Eu... acho que sim... – gag

Maddy.À nossa frente, as portas da vaabrem e três homens saltam do autom

Estão todos de preto, com chapéu Feafundado na cabeça, cobrindo os rpálidos.

Só então percebo que, no bolsocalça, meu iMog está vibraoucamente.



CAPÍTULO

DEZESSEIS

Não preciso da vibração ininterrupbolso traseiro da calça para saber qu

rês homens em frente ao meu carromogs. Eu conheço o inimigo.

– Eles devem querer as informado seu seguro – Maddy sugere, abrinporta-luvas para procurar os docume

Por um segundo, tento me conve



de que tudo aquilo pode ser coincidência, que eles não sa

exatamente quem – ou o que – eu sounão estão olhando para o estrago naAmassei muito o para-choque trase

quebrei uma lanterna, mas eles parecem se importar.Os três olham para mim. Lentam

um deles começa a enfiar a mãonterior do sobretudo. Não pode ser coincidência. Bem

eu queria. Meu encontro está arruiantes mesmo de começar.

– Para o inferno com isso – resmu

e engato a ré.



Os mogs se separam, tentabloquear o espaço por onde ainda p

fugir. Como se eu não pudesse passacima deles! Piso no acelerador e arrobrigando um deles a sair do cam

Quando engato a primeira e piso funnovo, noto que os outros já estão entrna van.

– O que você está fazendo?! – Maddy.

– Acho que um deles estava arma

grito de volta, ultrapassando um sedãseguia devagar.

– Ficou maluco? Stanley, devagar



Eu faço o oposto. Piso fundo e avum sinal vermelho. Canto pneu ao v

volante para a esquerda de manbrusca, quase derrapando na cuMaddy sacode presa ao cinto

segurança, e eu me encolho quandogrita de dor.

Pelo espelho retrovisor, vejo a

dos mogadorianos presa no trânPercebo que não estava respiranddeixo o ar sair por entre os dentes.

– Eu quero descer! – diz MaddQuero sair deste carro imediatamente

Começo a reduzir a velocid



entando me misturar ao tráfego. Nãser fácil, considerando que o carro ch

muita atenção. Espero que Sandor eassistindo a tudo isso em uma das câmdo sistema que ele invadiu e que m

um planador para me tirar dali.O iMog no meu bolso vibra com vrenovado.

– Segure-se – aviso, pisandoacelerador no instante em que a van de uma rua lateral, quase atingind

para-choque do conversível.A van nos persegue e tenta nos j

para fora da pista. Outros carros buz

quando passamos em alta velocid



Maddy olha por cima do omhorrorizada com o veículo que

aproximava e o rosto cruel do motori – Estão bem atrás de nós. – Adela é quase um sussurro. A mão

apertando meu braço, as unhas cravna camisa. – Por que isso acontecendo?

Não respondo; não consigo pensanenhuma mentira capaz de explicar aq

Com dedos úmidos de suor, abro

painel escondido no volante. Sandoprecaveu para situações como essa.

– Segure-se – aviso.



Maddy olha para mim. Sua exprede pavor não se deve apenas

mogadorianos.Aperto o botão que libera o ónitroso.

O motor do conversível ronca, defalha por um momento, e fico com mde que o carro não vá suporta

modificação feita por Sandor. Masseguida, com um forte solavanco,dispara.

Estamos muito além do limitevelocidade. Tenho até medo de olharo velocímetro. Mantenho os olhos fix



rua, no trânsito. Maddy está coladbanco, apavorada. Percebendo n

aproximação, os outros carros tentamdo caminho. Os sinais vermelhos pacomo raios. Ouço uma sirene e, por

fração de segundo, vejo luzes apiscando no espelho retrovisor, mapoliciais ficam para trás antes mesm

conseguirem enxergar a placa conversível. Somos quase um vulto.Continuo dirigindo até que o i

pare de vibrar, e entro com o carrouma alameda isolada e desligo o faro

Meu corpo treme, inundado

adrenalina. Não acredito no que acab



fazer, fugir de um bando de mogadorem alta velocidade, escapar de

perseguição que parecia saída defilme. Sou um herói de filme de aSinto uma mistura de euforia e alívio

E não sei de onde vem a pseguinte. Talvez seja pura adrenaalvez eu esteja ficando completam

maluco. Mas, antes que consiga pero que vou fazer, eu me inclino na dirde Maddy e a beijo.

Acho que não devia ter feito isso. – Seu desgraçado! – ela grita e

empurra.



Depois abre a porta, derrubandatas de lixo que estavam perto

alameda não é muito iluminada, masas marcas das lágrimas em seu rosto.Perplexo com a reação dela, não

nada quando ela se afasta correndo.Sozinho no conversível de Sando

me resta ponderar sobre a vida che

aventuras de um herói lorieno.



CAPÍTULO

DEZESSETE

Abandono o conversível na rua desevolto caminhando para o edifício

Hancock. Tento usar os becos e as secundárias. Meu iMog não volta a viNão sei de onde aqueles mogadorsaíram, mas sei que foram embora.

Telefono para Sandor e conto o aconteceu. Consigo pegá-lo quando



estava saindo de casa para me procComo suspeitava, ele me monitoro

empo todo e estava muito nervoso.Passa da meia-noite quando chegcasa. Sandor está me esperando

entrada do prédio. – O que aconteceu? – Não sei – respondo. – E

simplesmente apareceram. – Uma perseguição em alta velocino meio de Chicago? Onde estava c

cabeça? – Não tive alternativa.Sandor geme, fazendo um gesto

desdém.



– Está agindo como uma criança. – Você disse que não havia mog

cidade – protesto. – Que estupidez – ele continua. –oucura deixar você usar o carro. D

você sair de perto de mim. Tudo causa de uma garota.

– A propósito, ela está bem – retr

– Quem se importa? – Sandor devfurioso. – Ela não tem importância.Vocé importante. Percebe o que pôs em r

Todos os anos de progresso que desem uma noite, tudo por causa de paixão idiota?



Dou um passo para trás. – Não fale assim dela.

Sandor está agindo como hipócrita. Foi ele quem me incentivoatrás de Maddy no início.

Sandor passa as mãos no roexasperado.

– Onde deixou o carro?

Explico mais ou menos a localizda alameda.

– Precisamos destruí-lo – ele anu

E nossa presença aqui precisaminimizada. Vou cuidar disso. Vosuba e ponha algumas coisas na moch



– O quê? Por quê? – Vamos partir amanhã de manhã.

Cheguei perto. Havia me aproximmuito de ter uma vida que seria maiapenas Sandor e o treinamento.

Ando pela cobertura, deixo molhos passearem por todos os luxosacumulamos nos últimos cinco aCinco anos morando ali com paconforto – tudo arruinado porque meentediado. Quando matei aquele mo

elevador, pensei que as coisas pode



mudar. Pensei que assumiria meu dee começaria a guerra contra

mogadorianos. E pensei que isso mefeliz.Em vez disso, as coisas só piorara

A melhor sensação com relaçãmorte daquele mog era a de saber qufizera justiça. Eu havia decidido quan

como ele morreria. A escolha haviaminha.Porém, agora tinha ainda m

opções. Sandor quer voltar para a estusto agora que eu já começava a ente

algumas coisas. Não acho justo qu

enha sempre que decidir tudo.



Eu não devia poder opinar snosso próximo passo?

Não consigo pegar as coisas para pAinda me apego à esperança de Sandor vá mudar de ideia.

Tento ligar para Maddy, mas chamadas caem direto na caixa posteu não saberia o que dizer se

atendesse. Que tipo de mentira pocontar? Passo quase uma hora tentcriar uma desculpa para quase

matado, por tê-la assustado e por nã



nem percebido que estava fazendo sso.

No fim, decido mandar uma menssimplesmente com: “Desculpe-me.”Sei que não vou dormir esta noite

Passo pela oficina de Sandor e Sala de Aula. Existem alguns módautomáticos de treinamento

programados na interface da sala. Esum, aleatoriamente, e me posicioncentro da sala, empunhando o cajado.

Quando a primeira bilha é dispada torre de tiros do Palanque, nãdesvio com telecinesia nem a rebato

o cajado. Deixo que me atinja bem



meio do peito. Respiro fundo quandor explode e irradia pelo esterno.

Trincando os dentes, uno as matrás das costas e me inclino para a frA bola seguinte me acerta um pouco

à esquerda, machucando as costelas.Quando o terceiro tiro é dispar

sou dominado pelo instinto. Eu o d

para o lado com a telecinesia e giro o lado oposto, antecipando o disseguinte. Giro o cajado no alto da ca

quando o programa acelera os dispaas pesadas bilhas me atacam pelas coUm tentáculo mecânico surge do ch



enta me prender.A mente alerta se desliga. Eu luto

Não sei por quanto tempo permanesse estado, me esquivando e atacaagindo, em vez de pensar. Depois d

empo sinto que estou suado, a cacompletamente ensopada. É então qupadrões da Sala de Aula mudam

ataques tornam-se menos previsímais coordenados do que os do progrPercebo que Sandor voltou e oc

sua cadeira diante do painel de conos dedos deslizando pelas teclas.

Nossos olhos se encontram qu

salto por cima de um aríete blindad



olhar dele é de tristeza e decepção. – Não arrumou suas coisas – ele d

Estufo o peito e o encaro em dasVá em frente tenho vontade de diatire tudo o que puder contra mim

aguento.Vou provar para Sandor que não

mais seu menino prodígio.

– Acho que uma última sessãoreinamento antes de irmos embora

vai fazer mal nenhum – diz ele.

Um objeto brilhante do tamanhuma bola de tênis se eleva do cemitindo uma luz estroboscópica qu



deixa desorientado. Tenho dificuldadenxergar os projéteis que são dispar

em seguida, mas consigo pará-los nusando a força da mente para mantê-centímetros do meu peito machucado

– Isso ainda não foi decidido – de forma contida, enquanto desvio umprojéteis na direção da bola brilhante

explode. Os restos que caem no piscam e se apagam. – O que é que ainda não foi decid

pergunta Sandor. – Nossa partida. – Não?

Duas bolsas pesadas voam em m



direção, seguidas por outra saraivadbilhas. Uso o cajado com toda a

para rebater uma delas, meus múscprotestando. A arma rompe a bolespalha a areia no chão.

Um dos projéteis me atinge no qumas paro os outros e os atiro de volugar de onde vieram. As torres de ti

parede começam a zunir e estalar quas bilhas entram pelos canos. Elas sofumaça e param de funcionar.

– Tenho direito a um voto – digomeu voto é para ficarmos.

– Impossível – Sandor declar



Você não entende o que está em jogo.está raciocinando com clareza.

Três planadores brotam do cNunca combati tantos ao mesmo teUm deles é a torradeira com um m

aquela que alguns dias antes testamoelhado. Os outros eu nunca vi. Sãamanho de bolas de futebol, reves

com metal, com saliências na partfrente.A torradeira flutua na minha fr

distraindo-me dos outros dois que pelas laterais. Quando estão em posos que parecem bolas de futebol

atingem dom duas descargas elétricas



Recuo para o fundo da sala,planadores me atacando. O último ch

deixou um zumbido em meus ouvidoaparelhos se aproximam, me persegSaio correndo da sala.

Sem perceber o que estou fazesubo pela parede. Minha intenção eraa para tomar impulso, saltar e aterr

atrás dos flutuadores, mas alguma está diferente. Não sinto a gravidMeus pés estão plantados.

Estou de pé na parede. Com excde uma rápida vertigem, não é diferente de estar no chão.



Meu Legado. Desenvolvi um dos Legados.

Sandor olha para mim e está perpdemais para ajustar o curso flutuadores. A torradeira se choca c

a parede. De cima, rebato as duas bcom o cajado, destruindo-as. Sandorriunfante.

– Está vendo? Vê o que é capafazer? Meu menino prodígio teveupgrade!

– Upgrade? – pergunto grunhindo.Corro pela parede até o teto. A

fica de cabeça para baixo. Disparo



Vejo flashes piscando em meu cade visão enquanto os olhos tentam

ajustar ao escuro. Não consigo ver Sadireito, mas posso ouvi-lo se levantcom dificuldade.

– Eu não... Não é isso o que pendiz meu Cêpan. Felizmente não possseu rosto, a dor em sua voz é eviden

Tudo o que sempre fiz, todos esses a Ele para, em busca das palavras.

Enquanto volto a mim, as lembra

da noite me vêm à cabeça. Percebo ofiz.

– Nove... – Sinto a mão de Sando



meu ombro. – Eu... Não quero ouvir. Afasto a mão

com um movimento brusco e corro.



CAPÍTULO

DEZOITOO sol começa a se erguer no horizonar ainda está frio, gelando minha pela camisa ensopada de suor. Saíedifício John Hancock só com as rodo corpo – as mesmas que useiencontro fracassado da noite anterimeu celular e o iMog nos bolsos trasda calça.

Parte de mim sabe que no fim

contas vou precisar voltar para San



Mas, neste momento, faço de tudo gnorá-la.

Quero saber quanto tempo psobreviver aqui fora, sozinho. O diasó começando. Posso fazer o que qui

Sinto-me como o Homem-Arquando uso meu mais novo Legadoficar parado do lado de fora de

arranha-céu qualquer de Chicagoquinquagésimo andar. Sob meus péoutro lado da janela, as luzes automá

do escritório se acendem. Olho parruas lá embaixo, para a cidade começa despertar.

Graças ao Legado antigravidade,



Chicago por ângulos que nunca maginado.

Corro pelas janelas do arranha-csalto o vão estreito que separaconstruções. No edifício vizinho,

ainda mais, pulo por cima de uma gáe me equilibro na beirada do telhCaminho por ali, abrindo os braços c

um equilibrista na corda bamba, msabendo que não existe a mpossibilidade de que eu perca

equilíbrio. Centenas de metros acimchão, e é como se eu andasse calçada.



Isso teria sido bem útil naqprimeiro dia no Windy Wall.

Noto do outro lado da rua executivo se acomodando à mesaescritório com seu café. E aquele é o

para eu interromper a experiência. preciso de Sandor para me dizer que uma péssima ideia ser visto passeand

ateral dos edifícios.Salto até o telhado. Fico ali po

empo, sentado, vendo o sol nascer.

enho lugar nenhum para ir. Issranquilizador. Quando o sol s

completamente e o barulho da cida



embaixo aumenta até atingir os decda hora do rush, decido dar uma olha

celular.Três mensagens de voz e quatroexto. Todas de Sandor.

Eu as apago.De repente, fico muito cansado. dormi nada na noite anterior. O dia

indo e é bem calmo ali no telhComeço a sentir as pálpebras pesaremDeito encolhido numa sombra, p

da beirada. É duro, mas meu corpoexausto demais para reclamar de algcoisa.

Por alguma razão, começo a pe



em meu sonho com Lorien. Pensocomo me atirei em cima de San

deixando nós dois todos sujos de lamem como ele me levantou no alto e sÉ uma lembrança agradável. Quero s

com isso de novo.

Mas não sonho com nada. É um profundo, e quando finalmente acor

sol está se pondo. Dormi o dia todo.corpo está dolorido, tanto pelo esffísico da véspera quanto por eu

apagado deitado naquela superfície d



Gemendo e me alongando, eu sento. Decido dar mais uma olhad

celular, mesmo sabendo o que me espMais mensagens de voz e de tenviadas por Sandor, os textos cada

mais desesperados, implorando por onde estou, se estou bem. A culpa dmeu estômago revirado. Em a

momento mandarei notícias, decidopreciso de mais tempo.

É então que vejo. Uma ú

mensagem enviada pelo único númerenho em meu celular além do de San

Maddy.



“Talvez a gente possa tentar de nse você prometer não dirigir.”

Eu me levanto com um salto e dosoco no ar, comemorando. Depois deo que a fiz passar na noite ante

mesmo depois do episódio com o bela ainda quer me ver de novo. Issoque significar alguma coisa, certo?

uma simples mensagem Maddy me fecerteza de que existe mesmo alguma entre nós.

Mesmo sabendo que nada para nóser simples ou fácil, que a biberdade que tenho agora vai acab



que vou ter que retomar meu destimesmo tendo consciência de tudo iss

ainda preciso vê-la. Sei que pconsertar as coisas entre a gente. E tpossa viver nem que seja um ú

momento normal, perfeito.Passeio pelo alto dos préenquanto o sol se põe, uma sombra a

dos trabalhadores cansados na voltacasa. Traço meu percurso por pareanelas e cabos elétricos, seguindo p

casa de Maddy.Sou cuidadoso ao me aproximar

mogadorianos me seguiram na n

anterior, o que significa, obviamente



estão atrás de mim. Preciso ter certeque não há nenhum deles à espr

Podem estar em qualquer lugar. Peralguns quarteirões por ali, o tempo inno alto, sempre com um olho no iMog

Não há nenhum sinal de perigo.Analiso o apartamento de Madd

outro lado da rua. Sinto-me um inv

um espião. Avistar os pais dela squase tão ruim quanto avistar os mAparecer sem avisar pode não causa

mpressão com a família. Não qacabar tendo que atirar pedrinhasanela do quarto dela.



Subo pelo prédio em frente ao omando cuidado para conti

escondido, e observo as janelas. Mme disse que os pais viajam muito. Pque dei sorte e é esse o caso esta noi

único movimento que identifico apartamento é o de Maddy deitada nocom seu laptop.

A mim parece grosseiro fespiando além do necessário, então dpara a rua e me aproximo do prédi

maneira normal.Segundos depois de ter apertad

botão do interfone, a voz de Maddy



falhando e chiando do outro lado. – Pronto?

– Oi – digo para o aparelho. – Stanley.Há uma pausa demorada, long

bastante para eu pensar que aquelauma ideia estúpida. Ela pode estarolhando da janela agora, torcendo

que eu desista, desapareça na noitedeixe em paz. Ou, pior ainda, pode chamando a polícia.

Fico aliviado quando escuto o sorava automática da porta, que me d

entrar.

O apartamento dela fica no terc



andar. Subo a escada. Ela me espercorredor usando uma calça larga

pijama, camiseta justa e um casaquaberto. – Tudo bem? – Maddy perg

quando me vê.Percebo que minha aparência

estar péssima. Estou com as roupa

véspera, depois de passar pelo trmais pesado de todos os tempos na de Aula, e dormi no alto de um pr

Tarde demais, ajeito os cabelos comão e tento dar uma alisada na bamarrotada.



– As últimas vinte e quatro hforam bem difíceis – falo

honestidade. – Acho que sei o que quer dizer. –sorri para mim de um jeito nervos

Então... – Desculpe por eu ter aparecido

avisar – falo, tentando contorna

desconforto. – É que... não sei quandpoder ver você de novo, e queria pdesculpas pessoalmente.

– Obrigada por ter vindo – responde com um tom aliviado.

Depois me abraça, o rosto encos



em meu peito.Eu me permito desfrutar o mom

entando gravar na memória a sensaçãcorpo de Maddy colado no meu, em braços.

– Não me leve a mal – ela sussurmas você não está cheirando bem.

Como eu imaginava, os pais de Mestão viajando. Ela me convida entrar, comentando em tom brincalhãoquebrar a regra de não levar rapazeapartamento na ausência deles não é



para quem já quebrou a regra de participar de perseguições em

velocidade. Dou risada, mas percehematoma aparecendo por baixocasaco de Maddy, causado pelo imp

do cinto de segurança em seu ombnovamente me sinto culpado.Maddy insiste para eu tomar

banho. Ela me empresta uma calçmoletom do pai e uma camisa desboda NASA, e me manda para o banhei

Eu demoro embaixo do chuveirágua quente alivia as dores musculPor um tempo, fico imaginando que

apenas mais um adolescente tom



banho depois de ter entrado escondidcasa da namorada enquanto os pais

estão viajando. Maddy não é mnamorada, mas poderia ser.É estranho estar em uma casa c

aquela. É claro que o apartamento nãa opulência da cobertura no Hancock, mas compensa em aconch

Diferentemente de onde Sandor moramos, a casa de Maddy parealmente habitada. A mobília tem s

de uso. Há fotos dela com os paiodos os lugares. Enfeites e lembrancotam as estantes, souvenires de via



de família. Há toda uma história alsinto inveja.

Maddy está me esperando no qudela quando saio do banho. Percebo a primeira vez que vejo o quarto d

adolescente normal. Há fotos de Mcom os amigos, troféus da escpôsteres de astros do cinema nas par

É muito diferente do meu qufuncional, ocupado apenas porvideames e roupa suja.

Ela dá uma batidinha na cama esento a seu lado. Percebo que entando descobrir o que fui fazer na

dela, por que cheguei naquele estado.



– Diga a verdade – ela começVocê fugiu de casa?

– Mais ou menos – respondo, envergonhado.Deito na cama de barriga para ci

cubro os olhos com um braço. Madddeita ao meu lado e tenta olhar para m

– Quer falar disso?

Eu quero. Mas até onde posso con – Briguei com meu tio. – Por causa do carro?

– Sim. Quer dizer, não realmentcarro foi meio a gota d’água. O probá vem de algum tempo.



Maddy faz um ruído encorajadopercebo que ela está segurando m

mão.Então, as palavras começam a jor – Eu me sinto como se meu

mapeasse toda a minha vida. Como não tivesse nenhum controle sdecisões que me afetam. E quando

agir sozinho, algo terrível acontece. Contem à noite.

Penso no hematoma no ombro

Maddy. Como que percebendo mculpa, ela afaga minha mão parancentivar a prosseguir.



– Quero me afastar de tudo. Da mvida inteira. Mas sinto que, qualque

seja a minha escolha, vou acabararrependendo.Tiro o braço de cima dos olhos e t

enxergá-la no escuro. – Isso faz algum sentido?Tenho a impressão de ver lágri

nos olhos de Maddy. Ela balançcabeça, concordando.

– Sim – responde em voz baixa.

Ficamos deitados na cama, de mdadas. Depois de um tempo, caconteceu na Sala de Aula, minha m



desliga. Isso é o que eu mais quAmanhã vou ter que esclarecer as c

com Sandor, mas, por ora, tudo perfeito. Normal. Nós dormimos.



CAPÍTULO

DEZENOVEEm algum momento, sinto Maddevantar e sair do quarto.

Eu fico naquele estado entre o soa vigília, vagamente consciente de qé de manhã. A cama de Maddy é mconfortável, e não quero me levaSonolento, me permito imaginar qudias os pais de Maddy vão passar focidade. Talvez eu possa estender

pouco mais esse período de férias.



Sinto um movimento ao lado da cMaddy voltou, provavelmente.

Dedos tocam meu braço. estranhamente frios.Abro os olhos de repente. D

homens magros e pálidos estão parao lado da cama, os dois de cabelo quase raspado.

Os mogadorianos me encontraramQuase mais assustador que os

rostos feios olhando para mim é o es

vazio ao meu lado na cama.Maddy. O que fizeram com ela?Sou tomado de assalto por uma



de medos. Aqueles mogs podem capturar, mas não podem me ferir.

enquanto eu estiver protegido encanto de Lorien. Maddy, por oado... Podem fazer o que quiserem

ela. Por um momento, espero que issosó um pesadelo excessivamente Quando eles se inclinam juntos

prender meus braços e pernas, mobilizando, vejo que não é sonhome contorço para soltar os pés e chu

peito do mog com toda a força pospara o meu corpo ainda adormecidose desequilibra para trás, cai

escrivaninha de Maddy e derruba



coisas. A bolsa cai no chão e tudo ohavia nela se espalha perto do trofé

natação novinho e quebrado. Quanmog tenta se levantar, acaba derrubambém o laptop.

Destruí o quarto dela. Destruí a dela.

O outro mog segura meus pulsos

prende na cama. Ele grunhe enquanme debato, seu rosto tão próximo doque posso sentir o hálito podre. De

seu rosto está tão perto que conacertá-lo com uma cabeçada.

O golpe quebra o nariz



mogadoriano. As mãos em meus pperdem força e consigo me libe

Levanto as pernas e dou uma cambapara trás. Meus pés tocam a parebasta isso para que meu ponto de

passe a ser outro — o Legantigravidade entra em ação. Estou ccara com um mog, ainda que meu c

esteja perpendicular ao dele, e acertrosto com um soco.Os dois mogadorianos fi

perplexos com o fato de, de repentestar correndo pelo teto. Bom. Isso me dar um ou dois segundos de vanta

Preciso encontrar Maddy e nos tirar



Fico imaginando se ela teria uma maemergência pronta e escondida em a

ugar, mas em seguida me dou contque ter sempre à mão uma mochila ppara cair na estrada não é típico

pessoas comuns. Penso em pegar a dela, mas, quando vejo que está espalhado no chão, dúzias de docum

com a foto dela sorrindo – por que elantas carteirinhas, aliás? –, sei queemos tempo. Sandor vai ter que fazer

nova identidade para ela no caminho.Abro a porta do quarto com um c

sem descer do teto, e salto a parte



alta do batente. Há outro mogadoesperando lá fora, mas ele não con

comigo vindo do alto. Os que estão de mim gritam para alertá-lo. É tdemais.

Com um grito, agarro o surpreso por baixo do queixo com as duas mDepois pulo do teto, puxando a ca

dele para trás. A física do movimenmpossível. Ouço os ossos dele estalquando bato com sua cabeça no ch

esta a poucos centímetros calcanhares.

O mog se desintegra numa nuvem

cinzas. As fotos da família de Madd



corredor ficam cobertas de poeira. Sme culpado mais uma vez. A casa

perfeita quando cheguei na noite pase agora, ao levar a luta para lá, acabeenvolvê-la e a sua família perfeita em

guerra intergaláctica. Maravilha.Corro parede acima, até o teto, e

dirijo à sala de estar gritando o n

dela. Os dois mogs do quarto me segum deles com a mão no rosto arreben

Há outros três na sala. Dois estão

aterais do sofá onde Maddy está sencom a cabeça entre as mãos. Não sela está ferida, se está chorando o



duas coisas. – Maddy! – eu grito. – Temos

correr!Ela se encolhe ao som da minha vessa é sua única reação.

O terceiro mogadoriano está na pdo apartamento. Ele sorri quando mÉ uma expressão repugnante; seus d

são cinzentos, podres, completamdesalinhados. Ele é maior que os ouDeve ser o líder. Tem na cintura

espada que parece bem ameaçadora,nem tenta sacá-la. Parece já satisfeitestar bloqueando a única saída.

O que ele não percebe é que sem



haverá outras saídas se você souber apelas paredes.

Eu me abaixo e, sem gritar, arranventilador de teto dos fios. Adorarimeu cajado agora, mas o ventilado

er que servir.Com exceção do líder, todos

mogadorianos vêm na minha dire

Salto do teto com o ventilador na macerto o topo da cabeça do mog próximo. A pá de madeira se quebr

meio ao partir seu crânio. O corpdecompõe imediatamente em cinmisturando-se a fragmentos do venti



no carpete de Maddy.Dois eliminados, faltam quatro.

Descrevo um círculo enquanto gque resta do aparelho. Meus oponsão forçados a recuar enquanto g

mpulso. Solto o ventilador, que pvoando entre os dois mogs. Ambos certos de que errei o arremesso, mas

nunca foram meu alvo. Atrás dos doanela da sala se quebra em uma chuvvidro e madeira que cai na rua

embaixo.Aí está a nossa saída.Um dos mogs consegue me ag

pelas costas. O outro – aquele cujo



eu quebrei – esquece as regras eagride com um soco. Uma sensação m

se espalha por meu rosto, enquantohematoma se espalha pelo delemogadoriano cambaleia. Acerto

estômago do outro com uma cotovelme solto.

“Maddy!”, eu grito, correndo até

Um dos mogadorianos tenta me segAbaixo bem um dos ombros, como spreparasse para passar por baixo de

das bolsas na Sala de Aula, e invcontra os joelhos dele. O mog rolacima de mim e cai na mesa de centro.



Na porta, ouço a risada abafadíder. Não sei por que ele acha engra

ver seus comandados apanhando. menos, tem espírito esportivo.Agarro Maddy pelos ombros

ponho em pé. As mãos dela fipenduradas ao lado do corpo e vejorosto pálido. Os olhos estão vermelh

distantes, sem foco. Não quero maginar o que os mogs fizeram

deixá-la nesse estado. Maddy é um

morto em meus braços. – Vamos! – grito, segurando

ombros para sacudi-la.



Então, algo estranho acontece. uma energia se acumulando no centr

meu peito e se espalhando paramembros. Meus dedos formigam. Pque Maddy também sente algo –

corrente elétrica, uma onda de energporque seus olhos recuperam o foco.

– O que... o que está fazendo? –

pergunta com voz trêmula. Não sei como compreendi,

mesmo exatamente como fiz aquilo,

enho certeza de que um novo Leacaba de se apresentar, considerandsensação pela qual sou tomado.



– Confie em mim – digo. – Faça oeu fizer, está bem?

Seguro Maddy pela mão e corro parede mais próxima. O mog de quebrado tenta nos impedir, mas c

uma mesa lateral, que bate nas pernase o derruba. Na parede, experimaquela onda de energia outra ve

nstintivamente, sei que ecompartilhando com ela meu Leantigravidade. Deve ter sido isso

senti há um segundo. Agora concompartilhar meus poderes com opessoa, mas não faço a menor idei



quanto tempo isso vai durar. Pulo, asegurando a mão dela, e sinto a mud

de eixo quando começo a subir parede. No início tenho a impressãque Maddy vai apenas me deixar arr

a, mas logo ela começa a me seambém desafiando a gravidade alpassos atrás de mim. Sorrio para

mesmo ao ouvir sua exclamaçãoespanto. Maddy não acredita no quefazendo.

– Estamos quase chegando – gritocima do ombro.

Estamos nos aproximando da ja

A liberdade está lá embaixo. Percebo



não somos mais seguidos. Eles vãodeixar escapar?

De repente, Maddy planta os pés. com um solavanco, ainda segurando adela. Viro para encará-la, espera

descobrir que um dos mogadorianagarrou.

Mas ela apenas parou.

– Maddy?Vê-la com o olhar baixo, o r

pálido como o de um fantasma, não

nenhum sentido para mim. Alguma me avisa que devo correr, mas consigo soltar sua mão. Olho para ba



vejo que ela está segurando, assusuma arma de choque. De onde su

aquilo? – Sinto muito – ela diz, e me acom uma descarga elétrica.

A corrente passa por nós dois. Cado teto, sacudidos por espasmos econtorcendo no chão.

E chegam os mogs.



CAPÍTULO

VINTERecobro a consciência na parte de truma van. Estou sentado no banco, as amarradas nas costas, os tornozamarrados. Percebo que estamos emvelocidade. Minha coluna bate de madesconfortável contra o metal da lado veículo.

Maddy está sentada na minha frAquela expressão distante, sem

voltou ao seu rosto. Os olhos estão



no piso da van. Os mogadorianos nederam o trabalho de amarrá-la. Com

entender por que, mas afasto essa ião estou pronto para pensar nisso agAo lado de Maddy está o

grandalhão que guardava a portaapartamento. Ele gira um pequeno oentre as mãos, estudando-o.

É meu iMog.O mogadoriano percebe que econsciente e o observo. Seus lábio

retraem e sou forçado a encarar de aquele sorriso repugnante.

– Brinquedo bonitinho – ele

mostrando meu iMog. A tela está che



pontos vermelhos. – Pena que dessanão o ajudou em nada.

Ele esmaga o equipamento entrmãos e joga o que sobrou dele no pivan.

O mog se diverte enquanto me decontra as amarras. As argolas de mque me imobilizam não cedem nen

milímetro, continuam apertando mpulsos e tornozelos. Olho com atençparte de trás da van; os bancos dos

ados são presos ao piso, uma telmetal nos separa do motorista, e mais que chame minha atenção.



Não há como fugir.Penso em me jogar em cima

Talvez consiga me aproximar o baspara mordê-lo. Porém, não estou apcom os braços e os tornozelos pres

ambém estou acorrentado ao banco.omaram todas as precauções.

– Vai ter que ir comigo – o

comenta, sentindo minha resignação.Encaro o inimigo rangendo os de

Ele responde com um sorriso.

– Fale, onde está seu Cêpan? – Rio de Janeiro – respo

escolhendo o primeiro lugar que me v



mente.Ele debocha.

– Acha que somos burros? – Sim, eu acho. Muito burros. – Hum. Encontramos você, não

Um dos meus comandados desaparecido. No último contato ele que estava à margem do lago em Chi

seguindo um garoto cuja descrcorrespondia à sua. Se meu comandesapareceu, você deve tê-lo levado

algum lugar. Portanto, você deve teesconderijo seguro na área. – Ele chupedaços do meu iMog quebrado. –

er tido alguma vantagem sobre ele.



quanto eles sabem. Já tinham mdescrição, sabiam que eu gostava do

e deduziram que tínhamos um jeitdentificar que eles se aproximavamque mais podiam saber? O que con

Maddy sobre minha vida?Maddy. Olho para ela. Só pode Ela os estava ajudando. Mas, por qu

há quanto tempo? Eles a teencontrado depois da perseguiçãocarro? Teriam usado algo para coag

Será que ela é um deles? Descarúltima hipótese. Meu iMog teriaalertado.

Lembro a confusão que a luta co



mogadorianos deixou no quarto Maddy, o conteúdo de sua b

espalhado pelo chão. Vários documeMuito mais do que o normal. No calbatalha, não pensei em nada disso

carteirinhas, parecidas com aquela quinha para frequentar o Windy City W

mas diferentes. Percebo que e

carteiras de associação de centrosrecreação espalhados por toda Chica

Meu estômago se revira quando p

em como Maddy olhou para mim naprimeiro dia. Muito interessada, no inmas nervosa quando viu que eu h



notado sua presença. E depois desapareceu antes que eu pudesse

aproximar e conversar. – Vocês estavam me procuranddigo, perplexo.

O mogadoriano se reclina no bapassando o braço sobre os ombroMaddy. Ela estremece e tenta se afa

mas ele a segura.A maneira como ela apareceu nade objetos usados. Tirou uma foto m

Depois os mogs naquela van, na noinosso encontro. Como ela ficou furiofinal da perseguição de carro. N

daquilo era coincidência. Por mais q



não queira aceitar, de repente o intede Maddy por mim começa a f

sentido. – Vocês, lorienos, gostam de como se fossem poderosos e melhore

odos os outros, mas se compoexatamente como os humanos. Baparecer um rostinho bonito, e perd

capacidade de julgamento.Ele aperta a bochecha de Ma

Tento me lançar para a frente, ma

consigo sacudir as correntes e ferir mpulsos. O mogadoriano disfarça o sor

– Um perfeito cavalheiro –



comenta. – tão idiota que não perceque aconteceu? Ela o traiu, menin

garota trabalha para nós. Estamos comhá algum tempo, mas não sabíamos cusá-la. Humanos. Uns inúteis, sabe?

quando pedimos a ela que encontvocê, o trabalho foi magnífico. Nãmeu bem? – Ele a abraça mais forte,

um carinho debochado.Sei que tudo o que diz é verdadereal quanto o choque que ela disp

contra mim há algumas horas, masquero acreditar. Tem que haver explicação.

Ignoro o mog, tento atrair o olha



Maddy. – Por quê? – pergunto a ela.

Maddy comprime os lábios, qcomo se tivesse que se esforçar parafalar nada. O mogadoriano responde

ela. – O pai dela, o tal astrônomo, viu

que não devia – ele diz. – E

primitivos e seus telescópios de vequando têm sorte. Fomos forçados a os pais da mocinha.

Percebo o sofrimento no rostoMaddy enquanto o mogadoriano coalegremente sua explicação.



– Ela fez uma troca. Você pelos p



CAPÍTULO

VINTE EUM

O mogadoriano passa as horas seguentando arrancar de mim alg

nformação, alternando entre provocação e o terrorismo. Fico no absoluto silêncio e, depois de um teele desiste. Mas sei que ainda não acaSeguimos viagem calados.

Eu encaro Maddy. Ela não me



nem uma vez.Se o que o mog me disse é verda

e deve ser, ou Maddy teria se defen, ela me enganou desde que a vi primeira vez. A conexão que senti

nós era uma farsa, algo em que me peacreditar porque estava desesperadsozinho. Fui muito estúpido ao pensa

uma garota como Maddy se interespor mim. No entanto, quanto mais observ

rosto dela, mais consigo me convencque, talvez, não tenha sido apenasruque mogadoriano. Ela pa

apavorada, como se estivesse presa



um pesadelo que se recusa a termMas não é só terror que a impede de

para mim. É culpa.Ela não se sentiria culpada se nhouvesse existido nada entre nós.

sentiria?Sandor estava certo. Eu me comp

como uma criança.

Sei que a atitude mais responsseria continuar em silêncio, mantexpressão distante até identificar

oportunidade de fuga. Mas preciso saverdade.

– Alguma vez gostou de mim



pergunto a Maddy.Ela se encolhe quando eu falo

mogadoriano aplaude, encantado, mo ignoro. Lentamente, Maddy levancabeça e olha para mim.

– Eu... s... sinto muito – gaguejLamento não ter tido a chance de convocê melhor.

– Que romântico... – debocha o Em seguida ele pega Maddy pelos omcom violência e cobre a cabeça dela

um capuz preto. – Você é o próxigarotão apaixonado – diz, enfiando capuz na minha cabeça.

Não tive a chance de pergunt



Maddy o que ela quis dizer com aquiSentado no escuro, tento me col

no lugar dela. O que eu faria semogadorianos raptassem Sandor eforçassem a trabalhar para eles?

Eu os teria matado, é claro. Maddy não tinha essa opção.

Percebo que não a culpo. Como

poderia ter agido de outra maneMaddy não fazia ideia do que realmestava em jogo.

Ainda posso consertar tudo Posso fugir, e vou levar Maddy comNão interessa o que ela fez. Sei qu



não é o verdadeiro inimigo.

A van para e os mogadorianos empurram para fora. Tropeçamosescuridão, caminhando primeiro poerreno acidentado, que imagino ser

floresta, depois por um piso de gradefaz nossos passos ecoarem. Não seionde os mogadorianos nos levaram,parece ser um lugar grande, escumovimentado, porque a atividreverbera à nossa volta.

Por um tempo acompanho os pa



de Maddy atrás de mim, mas emdeterminado ponto os mogadorian

evam em outra direção. Eles empurram para frente, fazendo-me aros pés sem jeito por causa dos torno

acorrentados. Sigo por passarestreitas e corredores sem fim.Finalmente, paramos. O mogado

da van puxa meu capuz, arrancambém alguns fios de cabelo. Estem uma sala escura, sem mobília

nada que possa identificá-la além degrande janela recortada em uma paOutros mogs estão reunidos ali, a ma

me olhando de esguelha, outros olh



pela janela, animados. – Achei que gostaria de ver isso –

o líder, segurando meu cotovelo parpuxar até a janela.A sala é uma espécie de observat

Do outro lado da janela, abaixo devejo Maddy andando por uma grandevazia. Ao vê-la ali sozinha, sinto

estômago ferver.Uma porta no lado oposto da sa

abre com um rangido, e um homem e

mulher de meia-idade caminentamente. Os dois estão magros e s

O homem está especialmente maltrap



uma das mangas da camisa soamarelada foi rasgada e está enrolad

esta, uma bandagem improvisadamulher precisa ampará-lo enquantdois se aproximam de Maddy.

– Prometi que ela teria os paivolta quando nos trouxesse vocresmunga o mog. – Devo dizer que f

rabalho benfeito.Maddy atravessa a sala correndquase derruba os pais quando os ab

Eles a abraçam também e, mesmoonge, noto que todos estão chora

Encosto a testa no vidro, desejando p

estar lá embaixo com eles.



– Porém – diz o mogadoriano –, nfalei que os deixaria ir embora.

Ouço a besta antes de vê-la, um ruferoz que faz tremer as paredes à nvolta. Os mogadorianos que estão à m

direita e à esquerda se animam quancriatura aparece. Sandor me falou sopiken e o papel que desempenharam

criaturas na destruição de Lorien, mnunca tinha visto uma pessoalmentpiken é grande como um caminhã

corpo lembraria o de um touro, não pelas duas patas extras e pela fileirespinhos retorcidos que acompanh



curvatura da coluna. A cabeça, estrparece a de uma serpente, e a b

babada é um rasgo repleto de prortas.O pai de Maddy é o primeiro a v

piken. Ele tenta se colocar entre a fae a besta, mas está muito fraco. apoiado em um dos joelhos antes m

de a criatura começar a rodeá-los.Maddy está olhando para cima, panela do observatório. Não sei ao

se pode me ver. Ela balança os braçgrita. É difícil ouvir exatamente o qudo outro lado do vidro grosso, mas

que é: “Você prometeu!”



Ela repete muitas vezes.Então, quando o piken se aproxim

palavras mudam. Dessa vez não tdificuldade para ler seus láb“Stanley!”, Maddy está gritando. “A

nos!”Eu vomito.Sinto o gosto da bile. Caio de joe

humilhado, desviando o olhar da grotesca lá embaixo.

Os mogadorianos riem e aplau

Para eles, aquilo é como um esporte.O grandão bate no meu ombro c

se fôssemos amigos.



– Se serve de consolo – diz –, logo será você lá embaixo.



CAPÍTULO

VINTE EDOIS

Minha vida se resume a flexões e silêOs mogs me trancaram em

pequena cela e parecem ter me esqueAqui não há noite nem dia, pelo que pnotar, e eles só me alimentam quaquerem. Registrar a passagem do temmpossível. Por isso faço flexões

chão, nas paredes, no teto – ond



possível nesta minúscula prisão.Penso em Sandor. Acredito que

ainda está lá fora procurando por mUm dia, vai me encontrar. Vamos daqui e eu vou matar todos

mogadorianos que se atreverem a cmeu caminho.Antes, eu me considerava em

forma, mas estou ficando maior e forte. Pelo jeito como os mogs querazem a comida mantêm uma dist

cautelosa, percebo que eu os intimidoFico contente. Eles que pensem no

vai acontecer quando eu sair da

Espero que sonhem com isso com



sonho.Às vezes, o grande mogadoriano

me capturou, ou um dos outros parecem importantes, param na frenminha cela para perguntar qualquer c

Onde escondi meu aparelho ransmissão? O que sei sobre a Espan

Eu nunca respondo. Não falo des

primeiro dia neste lugar. Resmungrosno, e mostro os dentes. Deixo pensem que enlouqueci, que o cativ

me transformou em alguma espécianimal. Talvez seja verdade.

Quando durmo, tenho pesadelos.



ão reais quanto a visão que tiveLorien, mas não trazem conforto. N

um enorme mogadoriano cobertoatuagens e cicatrizes horrorosas apna minha direção uma arma dourad

forma de um martelo gigantesco. Na plana há um olho preto pintado, umque pulsa quando é apontado para

deixando a sensação de que mientranhas estão sendo arrancadas.De algum jeito, sei quem é o mo

gigantesco. Setrakus Ra. Meu inimigoDormir é ruim, mas, às vezes,

acordado é ainda pior. Há dias em

parece que não consigo respirar. É c



se a prisão inteira estivesse nas micostas. A necessidade de escapar torn

primordial nesses momentos, e eu mecontra o brilhante campo de força azume mantém na cela, deixando meu c

ser atirado de volta para o pequespaço até me sentir exausto demaiscontinuar.

Então, surge a náusea. Aprendcombatê-la. A cada vez que me chcom o campo de força a dor diminu

pouco.Tento não pensar em Maddy.Certo dia, os mogadorianos me t



da cela. Se tivesse que arriscar palpite, diria que estava ali havia me

Eles me levam a uma cela diferonde me colocam atrás de outro campforça azul. O mogadoriano grande, da

está na sala, sentado no que eu reconmediatamente como uma Arca LóricaMinha Arca Lórica.

– Nós o encontramos em Ohio – oconta sem nenhuma emoção. Bisbilhotando na redação de um peq

ornal que estávamos vigianProcurando você. – O mog apertabotão e um painel no fundo da cel

evanta.



Meu coração para quando vejo ohá ali atrás.

Sandor. Meu Cêpan está penduradeto de cabeça para baixo. Foi mespancado, está com os dois olhos r

os lábios inchados, o tronco cobertmarcas. Pior de tudo, talvez, arrancaram tufos de seus cabelos se

mpecáveis e deixaram seu terno elegem frangalhos.

Não é mais o homem de que

embro. Os mogadorianos o destruMeus olhos se enchem de lágrimas,consigo segurá-las.



Sandor respira fundo quando meGostaria de saber quanto estou dife

depois desses meses no cativeirodifícil afirmar, com o rosto dele nchado e coberto de hematoma

ferimentos, mas Sandor parece qfeliz.

Sinto vergonha de mim mesmo –

por ser culpado pela captura dele, qpor estar impotente.

– Meu menino prodígio – ele suss

O mog olha para mim. Está seguruma adaga que parece perigosa.

– Essa sua coisinha de voto



silêncio está divertida – ele diz. – ermina hoje.

Ele se aproxima e desliza de leâmina pelo peito de Sandor. – Não acredito que saiba de qual

coisa – reflete o mog que me capturNada que já não saibamos, pelo menacrescenta, dando de ombros. – Mas

orturar seu Cêpan mesmo assim. Atvocê me peça para parar.Ele quer me dobrar. Não digo n

Lembro as aulas de Sandor sobre ofazer, caso o inimaginável aconteceseu fosse capturado. Não dê nada a

ele me ensinara. A menor inform



pode prejudicar os outros Gardesainda estão escondidos. Não permita

eles o enfraqueçam.Espero que não seja tarde demaisfazer Sandor se orgulhar de mim.

Olho nos olhos dele. Ele sustentaolhar até o mogadoriano começar a o; cortes precisos, cirúrgicos, cortes

devem doer muito, mas não são profuo bastante para matar. Meu Cêpan fos olhos com força, o grito abafado

mordaça.Quando o mogadoriano term

Sandor já desmaiou de dor. Há uma



de sangue no chão, debaixo dele.Eu continuo em silêncio.

No dia seguinte, tudo recomeça.Mantenho o corpo ereto e a bfechada. Quando Sandor consegue

para mim, acredito ver uma pontaorgulho em seus olhos.Isso continua por dias. Depois de

sessão, os mogadorianos me devolvcela, onde tremo incontrolavelmente rotina recomeçar.

Quando eles decepam os dedoSandor, tenho que virar o rosto.

Na sessão seguinte, o mogador

murmura desafinado uma canção enq



corta o corpo de Sandor. Meu Coscila entre a consciência e

nconsciência. Espero ele fazer covisual comigo antes de, finalmente, fa – Lamento por tudo – digo, e m

voz soa áspera após meses de silênciO mog se vira para me ol

surpreso.

– O que disse?Quase incapaz de se mover, Sa

balança a cabeça de maneira praticam

mperceptível, como se me absolvesculpa por todos os erros que nos levaté ali. Não encontro paz no perdão,



alvez Sandor a encontre no atoperdoar.

Ele fecha os olhos.E algo em mim se rompe. Reunoda a minha energia, eu me atiro con

campo de força, ignorando a dor. Hzumbido, um estalo, depois o som depequena explosão, e descubro que

caído no chão da sala, olhando parmogadorianos cujos rostos monstruexpressam o choque diante do

consegui fazer. Desativei o campo. Ppor ele.

Sei que só tenho um segundo para

antes que o elemento surpresa perca



efeito. Afasto a tontura e a náusea e usar a telecinesia para tirar a adag

mão do mogadoriano, mas nada aconO campo, de algum modo, deveanulado meus Legados. Por ora, vo

que contar apenas com a parte de mimé humana. Comum.

Os mogadorianos correm na m

direção, mas estou pronto para enfros. Dou um chute no estômagoprimeiro, ele fica sem ar e eu o

onge; puxo outro pelos tornozirando seu apoio. A cabeça dele fa

estalo alto ao bater no chão e em um



estou de pé. Os dois foram nocautemas não por muito tempo.

Pego a adaga que o mogadorianvan deixou cair e tento decidir qual vou matar primeiro, quando escuto

gemido atrás de mim. É Sandor. – Não – ele murmura.Viro-me para olhá-lo, e o enco

novamente de olhos abertos. Tenhmpressão de que ele está usando toenergia que lhe resta para falar.

– Não eles – diz meu Cêpan. – vai adiantar. Vai haver mais.

– Então...? – pergunto. A voz

presa na garganta. Isso não é justo. N



como deveria. – O que eu faço? – Você sabe o que tem que fazer –

diz. – Não posso. Não vou conseguir. – Você sempre soube que eu mor

por você. Que morreria por Lorien.Quase discuto com ele, mas nã

empo. Os mogs atrás de mim começ

se mexer. Sei que ele está certo. E que devo fazer.

Pego a adaga e a enterro fundo

coração de Sandor.Meu Cêpan está morto.Fico praticamente alheio enqu



eles me tiram de perto de Sandor earrastam de volta para a cela. E

gritando comigo, gritando como lomais furiosos do que jamais os vi – mcomo se falassem outro idioma. Não

que estão dizendo, nem me intersaber.O que fiz foi um gesto

misericórdia. O último que me resNão haverá outro se eu tiver mais chance.



CAPÍTULO

VINTE ETRÊS

Os mogadorianos me deixam apodreccela; o único contato se resume a um

outra bandeja de comida empurradabaixo da porta. Tento passar pelo cade força novamente, várias vezes, mafunciona. Deve ter sido reforçado. Ecom medo de mim.

Não posso culpá-los. Às v



ambém tenho um pouco de medo de mEu me agarro à lembrança de San

de Maddy, revivendo mentalmente últimos momentos. Sinto a raiva ferminha mente se desliga. Quando vo

mim, estou suando, os nós dos meus dsangram e a parede de pedras da celaascada. Perdoei Maddy, mas não

perdoei. Não há mais nada a fazer alémesperar, lembrar e me fortalecer.

E então, um dia acontece.Posso dizer que tem algo errado. O

um estrondo que vem de baixo da c

faz com que poeira caia do teto. O ba



dos mogadorianos correndo em grupassando pela frente da cela, falando

e apavorados. O que é ruim para os pode ser bom para mim.Sinto uma descarga de energia c

não sentia desde a primeira vez Sandor me deixou treinar à vontadSala de Aula. Não consigo parar de

e fechar as mãos.Chego perto da porta, o mais p

possível sem acionar o campo de f

Sinto-me como um touro de rosegundos antes de ser libertado da ba

Quando o campo de força tremu



desaparece, quase não consigo acredA luz azulada fez parte do meu mund

anto tempo, que preciso de um mompara me acostumar à sua ausência.Ouço uma voz do outro lado da p

Não é de um mogadoriano; é a voz dadolescente. Não sei o que ele perguntando e não me importo.

– Cale a boca e se afaste, garoto!Arranco a porta e a jogo no correSou mais forte do que me lembrava.

do teto desaba com o impacto da poeu vejo dois garotos, o maior dusando telecinesia para proteger-s

proteger o amigo dos escombros.



Um Garde. Até que enfim.Uma criaturinha com ar estú

aponta uma arma para mim. Suas remem muito. O Garde me atentamente, depois coloca no chã

duas Arcas que está carregando. delas é a minha.

– Que número você é? – ele perg

Eu sou o Quatro.Eu o analiso. Por alguma ra

esperava que o Garde fosse maior. Q

deve ter a minha idade, mas parecebem mais novo. Mais novo e mais fra

Aperto a mão dele.



– Sou o Nove. Fez um bom trabalmantendo vivo, Número Quatro.

Quatro e o outro garoto, um humchamado Sam, me explicam o que fazendo ali enquanto vasculho o cont

da minha Arca. Não estou ouvirealmente, até que eles chegam à hisde Sam: o pai desaparec

possivelmente capturado por mGostaria de poder salvá-lo. Queria psalvar todo mundo. Mas não poss

quem estava lá para salvar Maddy? Qestava lá para salvar Sandor?

Pego uma pedra de dentro da A



Lembro-me de Sandor usando-a questava desmontando um apar

especialmente complicado. A pedrapermitiu enxergar através da coisasuas engrenagens. Deve servir para

enxergar através das paredes e taencontrar o pai. Ele só precisará dpouco de “combustível”.

Pressiono o polegar contra a testSam, compartilhando meu poder com“Você tem cerca de dez minutos. V

Ele desaparece pelo corredor.E é então que os mogs finalm

chegam.

Eles invadem o corredor. Pego



primeiro grupo? Não importa; todosmorrer do mesmo jeito. Vou peg

agora ou mais tarde. Não percebo que estou rindo até sna boca o gosto amargo das cinzas

mogadorianos.E as saboreio.A luta termina depressa demais. V

correndo pela parede e em segundounto a Quatro e a Sam, deixando paruma nuvem de cinzas. Quero mais.

“Temos que ir”, anuncia Quatro. Não quero. Quero destruir aq

ugar. Mas alguma coisa me diz que

ouvir o garoto, que temos que ficar ju



Esse seria o desejo de Sandor.Temos que lutar para sair dali. M

mente se desliga quando a luta se tmais feroz. Em algum momento perque Quatro e eu nos separamos de

Lamento pelo menino – mais um huatingido pelos efeitos colaterais.

Minha piedade é rapidam

sufocada pela necessidade de descompletamente aquele lugar.

Cravo o cajado no pescoço de

piken. Estou montado no animal quele desaba e o sangue respinga em misturando-se à camada de cinzas



mogadorianos. Sinto seu sabor misturando ao gosto metálico do

próprio sangue.Estou sorrindo. Quatro olha para horrorizado, como se eu não fosse m

melhor que os monstros que estamatando. – Você é maluco? – ele pergunt

Está gostando disso? – Passei um ano trancafiadorespondo. – Este é o melhor dia da m

vida!É verdade. Nunca me senti tão

Porém, tento disfarçar o prazer que

com tudo aquilo. Não quero ass



Quatro.Apesar de me condenar, Quatro

hesita em segurar minha mão quprecisamos do meu Legado antigravpara escapar. É uma luta demorad

brutal. Quando finalmente vislumbramuz do dia, fico decepcionado. Queri

aquilo nunca acabasse. Olho para Qu

Ele está bem machucado, mas mvários mogadorianos e pikens na mesmo não tendo o meu entusiasmo.

Talvez ainda possamos fazer deleguerreiro.

Escapamos da base mogadorian



respiro com avidez meus primesopros de ar fresco em mais de um

Imediatamente, sou dominado pela de vômito. O cheiro de animais mornsuportável.

Quatro e eu corremos para as árvEle quase não chega lá, e desmoencostado a um tronco. Está fisicam

esgotado e, a julgar pelas lágrimentalmente também. Está se culppor ter abandonado Sam.

Sei uma ou duas coisinhas sculpa, mas não sei o que dizer ao gaLevante a cabeça, campeão, da pró

vez vamos acabar com eles. Tudo em



penso parece vazio, então fico caladoCom o tempo ele vai aprender

distanciar das emoções. Emoções pmatar você. E também os outros.Estou tratando as costas do Qu

com uma pedra de cura quando ocomeça a escurecer, como se anunciuma terrível tempestade. Quatro che

pensar que é Seis chegando paraajudar.

Não é. É Setrakus Ra.

Apesar de vê-lo em minhas visnão estou preparado para seu tamanhmaior do qualquer mogadoriano que



completamente repulsivo, mesmoonge. Os três pingentes lóricos que

brilhando em seu pescoço me facerrar os punhos com força, as ucravadas nas palmas.

De repente entendo perfeitamenteque Sandor me treinou. Esta é a mbatalha. Matar Setrakus Ra é o de

que tenho perseguido.Juntos, Quatro e eu atacamos.



CAPÍTULO

VINTE E

QUATRO“Ele está bem?”, pergunto. Ele precisa descansar , diz uma vem minha cabeça, como a de um Chim

Falar com animais, essa é nova. O drepleto de surpresas. Aconteceu coisa, que nem tive tempo para pe

sobre meu Legado descob



recentemente. Terei tempo para isso arde, quando as coisas se acalmarem

Se elas se acalmarem.Quatro está deitado no banco dedo SUV, praticamente encolhido.

Chimæra, cujo nome foi tirado defrágil atleta humano, está deitado aodele, lambendo seu rosto com delica

Lembro o sonho que tive, um sonhqual eu brincava com meu ChimærLorien, mas empurro a recordação p

fundo da mente, junto com todas as ocoisas que quero esquecer.

A guerra começou. Só tenho

objetivo.



Maddy. Penso em como ela agarroubraço enquanto eu ultrapassava f

vermelhos, mas também afasto memória. – Então, qual vai ser nosso pró

passo? – pergunto a Quatro. – Vamos para o norte – ele diAcho que o norte é uma boa opção.

– Você manda, chefe.Eu já sabia para onde iríamos, mmais fácil não ter que convencer Qua

Vai ser bom rever Chicago. Tecerteza absoluta de que os mogadornunca encontraram nossa casa, n

esconderijo seguro – eles ter



anunciado a descoberta com orgueriam usado isso para me desmora

ainda mais. O apartamento ainda estar lá, na cobertura do John HanCenter, um lugar seguro onde po

planejar nosso próximo passo.Um lugar repleto de lembra

dolorosas que terei que ignorar.

Dirijo para o norte, pisando fundacelerador. É irônico. Finalmente tminha liberdade. Mas houve um p

Agora posso escolher meu destino.E já o escolhi.O dia de hoje ficará marcado



ivros de História dos mogadoricomo um dia sombrio. O dia em que

me deixaram escapar. Em qualrecanto sinistro do universo ondereúnam os mogadorianos que consegu

fugir, o dia de hoje será discutido embaixa, como a data em que a aniquilde sua raça tornou-se uma certeza.

Eu vou matar todos eles.



Sobre o autor

Pittacus Lore é o Ancião a quemconfiada a história dos nove loriePassou os últimos doze anos na Tpreparando-se para a guerra que dec



o destino do planeta. Seu paradeidesconhecido.



Conheça os livros

série

OS LEGADOS DLORIEN



Eu sou o Número

Quatro

O poder dos seis

os arquivos perdidos 2 - os legados do número nove - pittacus lore

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