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19 + 20 JANEIRO 2017 Orquestra Gulbenkian Stéphane Denève Yulianna Avdeeva Solistas da Orquestra Gulbenkian yulianna avdeeva © christine schneider

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19 + 20 JANEIRO 2017

Orquestra Gulbenkian

Stéphane DenèveYulianna AvdeevaSolistas da OrquestraGulbenkian

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20 DE JANEIROSEXTA18.00 — Zona de CongressosEntrada Livre

Conhecer uma obra — Guia de audiçãoSinfonia n.º 2, op. 73, de Joahnnes Brahmspor Paulo Ferreira de Castro

Duração total prevista: c. 1h 50 min.Intervalo de 20 min.

* Por motivos pessoais, o maestro Tomáš Netopil, inicialmente anunciado, é substituído por Stéphane Devève.

19 DE JANEIRO QUINTA21.00 — Grande Auditório

20 DE JANEIRO SEXTA19.00 — Grande Auditório

Orquestra Gulbenkian

Orquestra Gulbenkian

Stéphane Denève Maestro *

Yulianna Avdeeva Piano

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Hector BerliozO Carnaval Romano, op. 9

Fryderyk ChopinConcerto para Piano e Orquestra n.º 2,em Fá menor, op. 21

MaestosoLarghettoAllegro vivace

intervalo

Johannes BrahmsSinfonia n.º 2, em Ré maior, op. 73

Allegro non troppoAdagio non troppoAllegretto grazioso (Quasi andantino)Allegro con spirito

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20 DE JANEIROSEXTA21.30h — Grande Auditório

Solistas da Orquestra Gulbenkian

Elena Ryabova Violino

Maria José Laginha Violino

Lu Zheng Viola

Jeremy Lake Violoncelo

Maja Plüddemann Contrabaixo

Duração total prevista: c. 55 min.Concerto sem intervalo

Gioachino RossiniSonata a quattro n.º 6, em Ré maior

Allegro spiritosoAndante assaiTempesta (Allegro)

Antonin DvorákQuinteto para Cordas n.º 2,em Sol maior, op. 77

Allegro con fuocoScherzo: Allegro vivacePoco andanteFinale: Allegro assai

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A abertura de concerto Le carnaval romain, op. 9, de Hector Berlioz, foi composta entre junho de 1843 e janeiro de 1844. É baseada em material musical de duas cenas da primeira ópera do compositor francês, Benvenuto Cellini, obra que conhecera uma fraca receção em Paris em 1838. Dedicada ao Príncipe de Hohenzollern-Hechingen, Le carnaval romain teve a sua estreia em fevereiro de 1844, na Salle Herz, em Paris, sendo recebida com imediata aceitação e popularidade. O próprio Berlioz a dirigiria diversas vezes nas suas digressões, sendo a partir de então regularmente inserida na programação de vários palcos europeus.A estrutura da abertura, que Berlioz continuaria a utilizar, assenta num padrão formal iniciado com um breve Allegro assai con fuoco, seguido de uma secção lenta que retorna a Allegro vivace.O tema principal é retirado do Saltarello da parte final do primeiro ato da ópera Benvenuto Cellini.A orquestra apresenta-se com vivacidade e pujança rítmica e o corne inglês surge no

papel de solista, com uma melodia cantabile acompanhada pontualmente pelas cordas.A melodia torna-se mais elaborada com recurso à utilização de técnicas contrapontísticas na textura da orquestra. Por momentos, o solo passa para a flauta sobre o trabalho das cordas, retornando ao protagonismo do corne inglês que agora expõe uma melodia contemplativa. Assiste-se a um primeiro momento de aumento da densidade da textura orquestral, com predomínio das cordas, que culmina com a entrada da percussão. Este efeito confere um colorido de cariz festivo e crescente pujança orquestral sobre o tema inicialmente apresentado pelo corne inglês. A secção seguinte é dedicada ao diálogo exacerbado entre as cordas, ao qual se segue um decrescendo que dará lugar à agitação sonora da orquestra. A obra termina com vários instrumentos de sopro reapresentando o tema inicial, alcançando o tema carnavalesco com um tutti orquestral ostensivo que culmina num acorde triunfal.

Hector BerliozLa Côte-Saint-André, 11 de dezembro de 1803Paris, 8 de março de 1869

O carnaval romano, op. 9

composição: 1843/44estreia: Paris, 3 de fevereiro de 1844duração: c. 10 min.

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Em 1829, com dezanove anos de idade, Fryderyk Chopin deslocou-se a Viena para se apresentar em concerto. A elite da cidade rasgou elogios ao brilhantismo e ao virtuosismo do jovem intérprete. Chopin tinha então consciência que a sua carreira dependia, em parte, do reconhecimento dos principais centros musicais, mas também, no capítulo da composição, da boa gestão da herança musical de compositores influentes do final do séc. XVIII e primeira metade do séc. XIX. O seu Concerto para Piano n.º 2 – que foi o primeiro a ser composto e assim numerado por ter sido o segundo a ser editado – escrito no final desse ano e início do seguinte, revela não apenas a intenção romântica de interpretação do género, mas também a influência dos concertos de Ignaz Moscheles e de Johann Nepomuk Hummel. Transparece sobretudo no modo como o jovem Chopin idealizou a obra e utilizou os materiais musicais para criar alguns efeitos que, apesar de traduzirem traços manifestos do seu estilo pessoal, espelham a conceção expressiva do género concerto no período romântico. A estreia

do Concerto para Piano n.º 2, em Fá menor, op. 21,teve lugar em março de 1830, em Varsóvia, com o compositor ao piano, suscitando críticas positivas nos periódicos polacos, os quais acentuavam a capacidade do compositor para o tratamento de melodias belas e fluidas, bem combinadas com um estilo brilhante de escrita orquestral. No ano seguinte, Chopin viajaria definitivamente para Paris, o que permitiu um contacto mais direto com alguns dos principais compositores e compositores/intérpretes do séc. XIX, como Liszt, Paganini, Berlioz ou Rossini, ao mesmo tempo que se afirmava como compositor, iniciando uma nova etapa da sua vida.O Concerto para Piano n.º 2 divide-se em três andamentos, obedecendo à configuração do esquema rápido-lento-rápido que caracteriza comummente o género. O primeiro andamento tem início com uma longa introdução da orquestra com a exposição do material temático, seguindo-se secções que alternam, de modo mais ou menos equilibrado, o tutti e o solista. A transição entre os temas é marcada pela gestão das dinâmicas e da intensidade rítmica,

Fryderyk ChopinZelazowa Wola, 1 de março de 1810Paris, 17 de outubro de 1849

Concerto para Piano e Orquestra n.º 2,em Fá menor, op. 21

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composição: 1829/30estreia: Varsóvia, 17 de março de 1830duração: c. 30 min.

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proporcionando diferentes quadros sonoros. A utilização do primeiro tema na secção final, com a introdução de alterações que enfatizama intenção do compositor, conduzem tambéma orquestra para um desfecho que faz jus aoà indicação Maestoso do primeiro andamento.O segundo andamento é um Larghetto em forma tripartida que se inicia com uma pequena introdução orquestral marcada pelo diálogo entre as cordas e os sopros e que se mistura com um arpejo ascendente do piano, indicando assim a entrada do solista. A melodia introduzida é caracterizada pelo cantabile, com recurso à ornamentação, conferindo um ambiente lírico e dramático. A variedade da textura no tratamento melódico das diferentes secções, como a utilização de oitavas, ou linhas cromáticas, remetem por vezes para o tipo de escrita que Chopin adotou, por exemplo, nos Noturnos. É este ambiente que encaminha o andamento para o seu final, terminando com um arpejo ascendente no piano que é acompanhado pela contemplação das cordas. Consta que o andamento terá sido inspirado

por um amor platónico que Chopin sentiriapor Konstancja Gładkowska (1810-1889),uma cantora que conhecera em 1829.O terceiro andamento destaca-se, pela sua originalidade, como o mais relevante no conjunto dos andamentos deste concerto para piano. A estética e as opções estilísticas que o compositor adotara e que surgiram anos antes em obras como Rondo à la Mazur op. 5, marcam a seleção do material deste andamento. As referências musicais à cultura polaca, sobretudo à mazurca e à kujawiak, ambas danças nacionais, são elementos importantes no estilo composicional de Chopin, os quais seriam recorrentes na sua obra. Inspirando-se numa forma rondó, o compositor inicia o andamento com a apresentação do tema no piano, cabendo à orquestra concluir veementemente esta exposição. O piano abre a secção seguinte com arpejos descendentes, aos quais se segue um momento mais virtuosístico que abre o espaço para o caráter mais vivo associado às danças polacas. O Concerto termina com um finalvivo e enérgico.

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Foi durante uma estadia de verão em Pörtschach, na Áustria, em 1877, que Johannes Brahms se inspirou num ambiente campestre, luminoso e alegre para idealizar a sua Sinfonia n.º 2, em Ré maior, op. 73. A obra apresenta um ambiente geral inspirado nesse cenário pastoral, aproximando-se, segundo os analistas, da Sinfonia n.º 6 de Beethoven. São várias as cartas de Brahms a seus amigos compositores, incluindo Clara Schumann, que descrevem a Sinfonia n.º 2 como melancólica e triste, num claro jogo de ironia que criou muita expectativa em torno deste novo trabalho. Brahms transcreveu entretanto uma versão para pianoa quatro mãos que apresentou, em conjunto com Ignaz Brüll, a vários dos seus amigos. A partitura para orquestra foi apenas concluída em novembro, revelando um intenso e rápido trabalho de composição que se afastava dos quase vinte anos de gestação da anterior Sinfonia n.º 1, op. 68.A Sinfonia n.º 2 de Brahms divide-se em quatro andamentos com características diferentes.No Allegro non troppo o ambiente tranquilo inicial é introduzido por um motivo nos violoncelos e contrabaixos, seguidos das trompas e das madeiras. O novo material temático surge nas violas e nos violoncelos, sendo pontuado pelos

pizzicati nos contrabaixos. No desenvolvimento são exploradas as texturas e as dinâmicas, sem perder, no entanto, o controlo e a tranquilidade que caracterizam o andamento. O andamento lento seguinte inicia-se com a exposição temática nos violoncelos. Brahms utiliza, inspirado em Beethoven, uma conceção alargada da forma, com uma exposição mais longa que permite redimensionar o desenvolvimento e explorar variações do tema principal. O princípio do terceiro andamento, Allegretto grazioso, destaca o tema no oboé, acompanhado dos clarinetes e fagotes, sob um acompanhamento em pizzicato dos violoncelos. Este primeiro momento conduz a uma secção mais viva, um Presto ma non assai, com um motivo em staccato nas cordas que é depois utilizado num sistema de pergunta e resposta com as madeiras, voltando posteriormente ao tempo inicial. O andamento final começa com um tema discreto nas cordas, seguidas de fagote, flauta e clarinete. Este primeiro momento contrasta com uma explosão enérgica da orquestra, à qual se segue um momento mais introspetivo que reconduz ao primeiro material temático. notas de pedro russo moreira

Johannes BrahmsHamburgo, 7 de maio de 1833Viena, 3 de abril de 1897

Sinfonia n.º 2, em Ré maior, op. 73

composição: 1877estreia: Viena, 30 de dezembro de 1877duração: c. 40 min.

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As seis sonate a quattro, de Gioachino Rossini, das quais ouviremos, neste recital, somente a sexta, foram compostas durante uma estada do jovem Gioachino em casa de Agostino Triossi, um proprietário abastado de Ravenna e contrabaixista de talento. Segundo testemunho de Rossini,as sonate teriam sido executadas pela primeiravez por um quarteto constituído por Triossi e dois familiares seus, com o próprio Rossini no segundo violino. O invulgar conjunto instrumental reunido, incluindo um contrabaixo ao lado de dois violinos e um violoncelo e não uma formação de quarteto de cordas tradicional (dois violinos, viola e violoncelo), poderá dever-se a condicionalismos de circunstância, no entanto, são também dados relevantes o destaque que nas sonatas é dado ao contrabaixo e o apuro de escrita que é conferido ao segundo violino, colocando-o a par do primeiro. É sabido que Rossini estudou os quartetos de J. Haydne W. A. Mozart nos seus anos de juventude.O fascínio exercido pelos clássicos vienenses parece afirmar-se já em certas passagens das sonate, bem como uma afinidade entre a tradição instrumental clássica e a vocalidade operática italiana, reforçada pelo instinto natural de

Rossini para a criação melódica, o lirismo e o humor. De notar que Rossini não tinha ainda iniciado, por essa altura, os seus estudos formais de composição, concretizados somente a partir de 1806 no Liceo Musicale, em Bolonha. No entanto, nascera e crescera em ambiente musical, sendo filho de um trompista e de uma cantora de ópera. Além disso, é também relevante nessa altura a figura de Giuseppe Malerbi, um cónego de Lugo que, a partir de 1802, se encarregou da formação musical do jovem Rossini.A 6.ª Sonata, em Ré maior, segue o esquema formal tradicional em três andamentos contrastantes (rápido – lento - rápido), contendo o segundo andamento passagens solísticas e líricas que antecipam o futuro estilo do compositor. O terceiro andamento apresenta uma forma especial com intenções descritivas: uma “Tempesta” constituída por duas curtas secções simétricas e tranquilas que enquadram uma veloz secção central caracterizada por contrastes dinâmicos, repetição de pequenos motivos rítmicos, cromatismos e vários efeitos instrumentais necessários ao desencadear de um verdadeiro “temporal” musical. miguel martins ribeiro

Gioachino RossiniPesaro, 29 de fevereiro de 1792Passy, 13 de novembro de 1868

Sonata a quattro n.º 6, em Ré maior

composição: 1804duração: c. 16 min.

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Na sua versão definitiva, concluída em 1875,o Quinteto para Cordas em Sol maior, op. 77,de Antonín Dvorák, integra quatro andamentos distintos, destinados à formação de dois violinos, viola, violoncelo e contrabaixo.O primeiro andamento, Allegro con fuoco, apresenta uma secção introdutória, na tonalidade relativa menor, em que prevalece uma atmosfera sombria, reforçada pela participação conjunta do violoncelo e do contrabaixo. O material temático principal surge no âmbito de um compasso apenas, sendo constituído por uma tercina a que se segue um valor rítmico longo. A secção central do andamento, na tonalidade de Sol maior, introduz um novo tema contrastante. Elementos provenientes da introdução regressam agora à textura, desta vez sem a intervenção do contrabaixo. O andamento seguinte, Scherzo, na tonalidade de Mi menor, possui forma tripartida. Os dois temas da primeira secção foram inspirados nos ritmos populares do Dumka, peça de canto tradicional

eslavo de grande melancolia, por vezes com momentos de súbita animação, aparentada com a Berceuse. O Trio central, na tonalidade de Dó maior, é marcado por um intenso lirismo e por uma notável fluidez de discurso, para a qual contribui a sucessão de tercinas e semicolcheias que nele ocorre. O andamento termina coma reintrodução da sua secção inicial.No Poco andante seguinte, o violoncelo descreve belas volutas de natureza contrapontística,a servir de apoio ao discurso expressivodo primeiro violino. Dvorák põe em relevo diferentes técnicas e efeitos de execução, na parte de acompanhamento, incluindo as modificações tímbricas obtidas com os diferentes modos de atuação das cordas (staccato, pizzicato). O andamento final, Allegro assai, evoca a ambiência ardente e otimista do primeiro andamento da obra, vindo a introduzir duas frases melódicas de caráter contrastante que, pela sua permanente complementaridade, geram neste momento conclusivo uma vitalidade e exuberância únicas em toda a obra.

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Antonín DvorákNelahozeves, 8 de setembro de 1841Praga, 1 de maio de 1904

Quinteto para Cordas em Sol maior, op. 77

composição: 1875estreia: Praga, 18 de março de 1876duração: c. 37 min.

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O maestro francês Stéphane Denève é Diretor Musical da Orquestra Filarmónica de Bruxelas, Maestro Convidado Principal da Orquestra de Filadélfia e Diretor do Centre for Future Orchestral Repertoire (CffOR, Bruxelas). Formou-se e foi premiado no Conservatório de Paris, tendo trabalhado, no início da sua carreira, com os maestros Georg Solti, Georges Prêtre e Seiji Ozawa.Na atualidade, é reconhecido internacionalmente pela excecional qualidade das suas atuações e pela escolha criteriosa da programação. Apresenta-se com regularidade nos principais palcos internacionais, dirigindo orquestras de grande prestígio como a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão, a Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia,a Sinfónica de Viena, a Filarmónica de Munique, a Orquestra Nacional de França, a Sinfónica de Londres, a Philharmonia Orchestra, a Sinfónica da Rádio da Baviera, a Filarmónica Checa, ou a Sinfónica NHK (Tóquio). Estreou-se no Carnegie Hall de Nova Ioque em 2012, com a Sinfónica de

Boston, dirigindo com regularidade na América do Norte, nomeadamente à frente da Orquestra de Cleveland, da Filarmónica de Los Angeles, da Sinfónica de São Francisco, da Sinfónica de Toronto e da Filarmónica de Nova Ioque.No domínio da ópera, Stéphane Denève dirigiu produções na Royal Opera House (Londres),no Festival de Glyndebourne, no Scala de Milão,no Festival Saito Kinen (Japão), no Gran Teatro del Liceu de Barcelona, na Ópera Holandesa,no Théâtre de la Monnaie (Bruxelas), na Deutsche Oper Am Rhein (Düsseldorf) e na Ópera Nacional de Paris. A presente temporada inclui a sua estreia na Deutsche Oper Berlin, com Romeu e Julieta de Berlioz. Stéphane Denève gravou obras de F. Poulenc, C. Debussy, M. Ravel, A. Roussel, C. Franck e G. Connesson. Recebeu duas vezes o Diapason d’Or de l’année e venceu o prémio para música sinfónica nos International Classical Music Awards. Trabalha regularmente com jovens músicosno âmbito das iniciativas do Tanglewood Music Center e da New World Symphony.

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Yulianna Avdeeva começou a estudar piano na Escola Especial de Música Gnessin, em Moscovo. Estudou também com Vladimir Tropp, Konstantin Scherbakov, William Grant Naboré e Dmitri Bashkirov, entre outros, na Universidade das Artes de Zurique e na Academia Internacional de Piano Lago de Como, em Itália. Foi premiada em vários concursos internacionais de piano, incluindo o Concurso Arthur Rubinstein (Polónia, 2002), o Concurso de Bremen (2003) e o Concurso de Genebra (2006). Destacou-se entre os pianistas da sua geração quando, em 2010, venceu o Concurso Chopin, em Varsóvia, afirmando-se rapidamente a nível internacional. Além da sua estreia com a Orquestra Gulbenkian, a presente temporada incluiu concertos com a Orquestra de Macau, a Sinfónica de Bournemouth, a Filarmónica da Eslováquia e a Nova Filarmónica do Japão. Em recital, apresenta-se no Wigmore Hall, no Centro Internacional da Artes de Moscovo e em digressão no Japão. Realizou recentemente uma digressão na Alemanha com a violinista Julia Fischer e a Academy of St. Martin in the Fields, com apresentações na Philharmonie de Colónia, no Konzerthaus de Berlim e na Laeiszhalle de Hamburgo. Em recital atuou no Festival de Rheingau, no Palau de la Musica de Barcelona, no Liederhalle de Estugarda, na Philharmonie de Essen e em La Roque d'Anthéron. Destaque-setambém a dedicação da pianista à música de câmara, tendo colaborado com a Kremerata Baltica e com membros da Filarmónica de Berlim. Yulianna Avdeeva é artista associadado Instituto Fryderyk Chopin, em Varsóvia.

Elena Ryabova nasceu em 1975 em Moscovo, no seio de uma família de músicos, tendo começado a tocar violino aos cinco anos de idade. Possuindo talento e dom natural para a música, ingressou na Escola Central de Música, para crianças dotadas, adstrita ao Conservatório Tchaikovsky de Moscovo. Apresentou-se desde muito cedo como solista, em concertos na Rússia e no estrangeiro. Em 1993, após concluir o seu curso na Escola Central de Música, ingressou no Conservatório de Moscovo. Durante o período de estudos começou a trabalhar com a orquestra Camerata Russae a colaborar com outras orquestras sinfónicas e de câmara. Em 1998, depois de concluir com distinção o Curso do Conservatório, ingressou na Orquestra Gulbenkian. Apresenta-se regularmente a solo e em recitais de músicade câmara em Portugal e no estrangeiro.

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Maria José Laginha nasceu em Lisboa. Estudou na Fundação Musical dos Amigos das Crianças e na Escola Profissional Artística do Vale do Ave (Artave) com Filomena Cardoso, Leonor Prado, Alberto Gaio Lima e Suzanne Lidegran. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, finalizou os seus estudos na Academia Nacional Superior de Orquestra na classe de Aníbal Lima. Ganhou o Prémio Jovens Músicos em 2005. Participou em cursos de aperfeiçoamento orientados por Christoph Schikedanz (Kissingen Sommer), Roman Nodel, Igor Oistrakh, Igor Volochine, Chistophe Poiget (Rencontres Musicales en Lorraine), Boris Kuniev, Daniel Rowland (Stift International Music Festival), Richard Gwilt (violino barroco), Alexei Mijline Felix Andrievsky. Durante os seus anos de formação, integrou várias orquestras juvenis como a Orquestra Juvenil da União Europeia ou a World Orchestra, tendo realizado digressões a nível mundial. Colaborou ainda com a Orquestra Aproarte, a Sinfonietta de Lisboa, a Lisbon Chamber Orchestra, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra de Câmara Portuguesa e tocou a solo com a Orquestra Artave, a Filarmonia da Beiras e a Orquestra Gulbenkian. Integra a Camerata Atlântica desde a sua formação, em 2013. Foi docente da Orquestra Geração. É membro da Orquestra Gulbenkian desde 2007.

Lu Zheng nasceu em agosto de 1977, em Tian Jin, na China. Começou a estudar violino e viola de arco aos seis anos de idade. Entre 1989 e 1997, frequentou o Conservatório Central de Música, em Pequim, onde realizou estudos complementares e superiores de viola. Entre 1994 e 1997, foi Viola Principal da Orquestra Juvenil da China. Em 1998 foi um dos membros fundadores do Chinese Quartet, tendo-se apresentado com este grupo nos Festivais de Música de Évora e do Algarve, a convite da Fundação Oriente. Entretanto, aperfeiçoou-se em música de câmara com Max Rabinovitsj e em viola de arco com Barbara Friedhoff e Bruno Pasquier. Entre 2000 e 2004, Lu Zheng foi Solista B da Orquestra Metropolitana de Lisboa. É professor de viola de arco e música de câmara e apresenta-se regularmente em recitais a solo e de música de câmara. Ingressou na Orquestra Gulbenkian em 2005.

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Jeremy Lake começou a estudar violoncelo aos dez anos de idade. Em 1986, como bolseiro do Royal College of Music, estudou com Joan Dickson em Londres. O prémio Martin Musical Trust permitiu-lhe continuar a frequentar a mesma instituição. Foi galardoado com diversos prémios, sobretudo nos domínios da música de câmara e da música contemporânea. Foi escolhido pelo Royal College of Music para participar num conjunto de violoncelos com o célebre Mstislav Rostropovitch, tendo interpretado música de Heitor Villa-Lobos. Simultaneamente, fundou um trio com piano com o seu pai, o pianista Ian Lake, e com o violinista Frances Mason, ambos professores no Royal College of Music. Em 1991 foi finalista do concurso European Music for Youth, tendo a final lugar no Purcell Room, em Londres.Durante vários anos, colaborou com diversas orquestras, destacando-se a Royal Philharmonic Orchestra e a City of Birmingham Symphony Orchestra. Participou também em concertos como solista e deu recitais a solo em diversos festivais de música na Grã-Bretanha, na Dinamarca e em Portugal. Foi membro do Quarteto de Cordas Alba e do Delphos Music Group International, com os quais realizou várias digressões por toda a Europa.Em 1998 ingressou na Orquestra Metropolitana de Lisboa e foi professor na Academia Nacional Superior de Orquestra. Em 2001 iniciou a sua colaboração com a Orquestra Gulbenkian, onde ingressou definitivamente em 2005.

Maja Plüddemann nasceu em Stellenbosch, na África do Sul, tendo começado a estudar música aos cinco anos de idade. Estudou inicialmente piano e violino, mas a partir dos quinze anos dedicou-se ao contrabaixo. Depois de concluir o Bacharelato em Música na Universidade de Stellenbosch, prosseguiu o seu aperfeiçoamento em Portugal, sob a orientação de Iouri Axenov, antigo 1º Solista da Orquestra Gulbenkian.Em 2006 integrou a Orquestra do Algarve, com a qual se apresentou também como solista e em agrupamentos de música de câmara. Em 2009 ingressou na Orquestra Gulbenkian.No âmbito de festivais e projetos de música de câmara, atuou no Brasil, na África do Sul, em França e na Áustria. Colaborou com os agrupamentos Virtuosos de São Petersburgo e Capella della Pietá dei Turchini. Integrou também o Ensemble Vivaldi, sob a orientação do especialista de música antiga Reinhard Goebel, em Salzburgo. Prossegue atualmente estudos de pós-graduação, com Christine Hoock, na Universidade Mozarteum de Salzburgo.

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Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designadopor Orquestra de Câmara Gulbenkian.Na temporada 2012-2013, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, período ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório, desde o Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora

interior. Em cada temporada, a orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas). Atuando igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian tem vindoa ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. No plano discográfico,o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Susanna Mälkki é a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário, e Lawrence Foster, titular entre 2002e 2013, foi nomeado Maestro Emérito.

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Susanna Mälkki Maestrina Convidada PrincipalJoana Carneiro Maestrina ConvidadaPedro Neves Maestro ConvidadoLawrence Foster Maestro EméritoClaudio Scimone Maestro Honorário

primeiros violinosErik Heide Concertino Principal *

Josefine Dalsgaard 1º Concertino Auxiliar *

Bin Chao 2º Concertino AuxiliarAntónio José MirandaAntónio Veiga LopesPedro PachecoAlla JavoronkovaDavid WahnonAna Beatriz ManzanillaElena RyabovaMaria BalbiMaria José LaginhaOtto PereiraTomás Costa *

Manuel Abecasis *

segundos violinosAlexandra Mendes 1º SolistaJordi Rodriguez 1º SolistaCecília Branco 2º SolistaMaria Leonor MoreiraStephanie AbsonJorge TeixeiraTera ShimizuStefan SchreiberFélix Duarte *

Miguel Simões *

Pedro Ferreira Carneiro *

violasSamuel Barsegian 1º SolistaLu Zheng 1º SolistaIsabel Pimentel 2º SolistaAndré CameronPatrick EisingerLeonor Braga SantosChristopher HooleyMaia KouznetsovaNuno Soares *

Augusta Romaskeviciute *

Bárbara Pires *

Orquestra Gulbenkian

violoncelosVaroujan Bartikian 1º SolistaMarco Pereira 1º SolistaMartin Henneken 2º SolistaLevon MouradianJeremy LakeRaquel ReisJaime Polo *

Fernando Costa *

contrabaixosPedro Vares de Azevedo 1º SolistaManuel Rêgo 1º SolistaMaja Plüdemann 2º SolistaMarine TrioletRomeu Santos *

Miguel Menezes *

flautasSophie Perrier 1º SolistaCristina Ánchel 1º Solista AuxiliarAmália Tortajada 2º Solista

oboésPedro Ribeiro 1º SolistaNelson Alves 1º Solista AuxiliarAlice Caplow-Sparks 2º Solista

Corne inglês

clarinetesEsther Georgie 1º SolistaIva Barbosa 1º Solista AuxiliarJosé María Mosqueda 2º Solista

Clarinete baixo

fagotesRicardo Ramos 1º SolistaVera Dias 1º Solista AuxiliarJosé Coronado 2º Solista

Contrafagote

trompasGabriele Amarù 1º SolistaKenneth Best 1º SolistaEric Murphy 2º SolistaDarcy Edmundson-Andrade2º SolistaAna Beatriz Menezes 2º Solista *

trompetesStephen Mason 1º SolistaPaulo Carmo 1º Solista Auxiliar *

David Burt 2º SolistaAlfredo Lopes 2º Solista *

trombonesPaulo Alves 1º Solista *

Rui Fernandes 2º SolistaPedro Canhoto 2º Solista

trombone baixoTiago Noites 2º Solista *

tubaAmilcar Gameiro 1º Solista

timbalesRui Sul Gomes 1º Solista

percussãoAbel Cardoso 2º SolistaSandro Andrade 2º Solista *

João Ramalho 2º Solista *

Duarte Santos 2º Solista *

* instrumentista convidado

coordenaçãoAntónio Lopes Gonçalves

produçãoAmérico MartinsMarta AndradeInês Rosário

16

GULBENKIAN.PT mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

mecenasmúsica de câmara

22 Janeirodomingo, 16:00 / 20:00

Maratona MozartCuarteto Casals cu

arte

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BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

direção criativaIan Anderson

design e direção de arteThe Designers Republic

design gráficoAH–HA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentraçãodos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

tiragem800 exemplares

preço2€

Lisboa, Janeiro 2017

BANCODE CONFIANÇA.

O BPI foi reconhecido como a marca bancáriade maior confiança em Portugal, de acordocom o estudo Marcas de Confiança que as Selecções do Reader’s Digest organizam há 16 anos em 10 países. O nível de confiançado BPI subiu de 39% para 46%, registandoo melhor resultado alguma vez alcançado em todo o sistema financeiro português desdeo lançamento do estudo em 2001. O BPI agradece este voto de confiança e tudo fará para continuar a merecê-lo.

25%2º Banco

10%3º Banco

46%

BPI é Marca de Confiança na Banca pelo 3º ano consecutivo.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidadeque o atribuiu.

GULBENKIAN.PT

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN