Órgão oficial do sindicato dos farmacêuticos do estado de ... · Órgão oficial do sindicato...

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Órgão Oficial do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais - nº 82 - Março de 2015 - Filiado à CUT, CNTU e à Fenafar Em junho, os farmacêuticos mineiros vão antecipar os debates sobre Assistência Farmacêutica que entrarão na 15ª Conferência Nacional de Saúde. Página 9 e 10 Em entrevista, a presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite, faz um balanço das oficinas da PNAF realizadas no segundo semestre do ano passado. Páginas 4 e 5 Campanha Salarial 2015 Acompanhe o andamento das negociações coletivas de cada setor da nossa profissão. Páginas 10 e 11 Encontro Estadual dos Farmacêuticos Rumo à 15ª Conferência Nacional de Saúde OS CAMINHOS DA SAÚDE

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Órgão Oficial do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais - nº 82 - Março de 2015 - Filiado à CUT, CNTU e à Fenafar

Em junho, os farmacêuticos

mineiros vão antecipar os

debates sobre Assistência

Farmacêutica que entrarão na

15ª Conferência Nacional de

Saúde.

Página 9 e 10

Em entrevista, a presidente

da Escola Nacional dos

Farmacêuticos, Silvana Nair

Leite, faz um balanço das

oficinas da PNAF realizadas

no segundo semestre do ano

passado.

Páginas 4 e 5

Campanha Salarial 2015

Acompanhe o andamento

das negociações coletivas de

cada setor da nossa profissão.

Páginas 10 e 11

Encontro Estadualdos Farmacêuticos

Rumo à 15ª Conferência Nacional de Saúde

OS CAMINHOSDA SAÚDE

EDITORIALDIRETORIA EXECUTIVADO SINFARMIG

Secretaria de Administraçãoe Finanças Efetivos:Rilke Novato PúblioChristianne Maria Nunes JácomeJúnia Dark Vieira Lelis

Suplente Juliana Sousa Coelho

Secretaria de Organização Política

Efetivos:Waldirce Inêz de Souza Sebastião Fortunato de Faria Filho

Suplente:Raílson Warnei Kfuri

Secretaria de Comunicaçãoe Assuntos Culturais

Efetivos:Ricardo RibeiroMaria das Graças Pinto

Suplente:Valdisnei Honório Alves da Silva (in memorian)

CONSELHO FISCAL

Efetivos:Sandra Quintão BrantSilvana Maria Corrêa Mafra Boson Ratsa Ferraz Aguiar

Suplente:Flávia Moreno Santos

REPRESENTANTES REGIONAIS

Regional Sul de Minas:Paulo Henrique Pazotti

Regional Vale do Aço: Simone Furtado dos Santos

Regional Zona da Mata:Maria Helena Braga

Regional Oeste de Minas: Albano Rubens do Valle Verona

Regional Leste de Minas: Stela Maris Machado Alves de Meira

Regional Alto Paranaíba:José Humberto dos Santos

PRINCÍPIO ATIVO

Publicação do Sindicato dos Farmacêuticosdo Estado de Minas Gerais – Sinfarmig

Rua dos Tamoios, 462 – 12º andar – sala 1205 Centro – Belo Horizonte/MG – CEP: 30120-050

Fone: (31) 3212-1157 - Fax: (31) 3212-1936

www.sinfarmig.org.br [email protected]

Projeto Gráfico e ilustrações: Romulo Garcias.

Jornalista responsável : Elionice Silva - MTE 5090-MG

Depois da movimentação realizada pelos farmacêuti-cos no ano passado, reivindi-cando a ocupação de postos de trabalho e reconhecimen-to profissional em todos os cantos do país, neste ano de 2015, em meio à crise econô-mica que paira sobre o Brasil, é momento de reforçarmos essas lutas para que os co-legas não percam direitos conquistados a duras penas ao longo dos últimos anos e avancem nas suas justas rei-vindicações.

O anúncio da abertura de processo seletivo simplificado com 60 vagas para farmacêu-ticos bioquímicos e 04 vagas para farmacêuticos hospita-lares, mais cadastro reserva para ambos os cargos para a Fundação Hospitalar do Esta-do de Minas Gerais (Fhemig), em fevereiro de 2015, é uma demonstração de como a en-tidade encontra-se deficitária de farmacêuticos. O Sinfar-mig vem cobrando e espera pela realização de concurso público para que as vagas sejam ocupadas com os di-reitos garantidos aos futuros ingressantes na Fundação. A seleção tem validade apenas para dois anos, prorrogáveis por mais um ano.

O Sindicato espera que, em 2015, no terceiro ano de gestão dos prefeitos, portan-to sem restrição legal no ca-lendário anual para realização de concursos, as prefeituras

possam abrir mais concursos para farmacêuticos consoli-dando a assistência farma-cêutica em nosso estado.

Farmácias hospitalaresA exigência, aprovada em

deliberação do plenário do CRF-MG, em dezembro passa-do, de cobrar das instituições com farmácias hospitalares a presença do farmacêutico durante todo o horário de funcionamento, impactará positivamente o aumento de postos de trabalho para a ca-tegoria.

O Sinfarmig está acom-panhando de perto as impli-cações advindas dessa “nova” exigência que na verdade está prevista desde a criação da Lei 5991/1973, mas que por questões contextuais nunca tinham sido exigidas. Como a sociedade brasileira exige cada vez mais avanços nos serviços de saúde e tam-bém face às novas exigências de mercado com importan-te demanda das atividades farmacêuticos nos hospitais, cria-se um ambiente favo-rável e inadiável ao cumpri-mento da legislação.

O Sindicato envidará os esforços possíveis para que, neste ano, possamos avan-çar nas negociações traba-lhistas com o setor patronal aprovando as reivindicações históricas nesta importante área profissional, incluindo piso salarial e jornada de tra-balho.

EM BUSCA DE MAIS EMELHORES EMPREGOS

EM 2015

“Tentei descobrir na alma alguma coisa mais profunda do

que não saber nada sobre ascoisas profundas.

Consegui não descobrir.” (Manoel de Barros - poeta)

Em 2015, teremos mais uma vez uma ótima oportunidade de formarmos com a sociedade bra-sileira uma grande estratégia em torno da defesa da assistência farmacêutica de qualidade para o Brasil.

Esta oportunidade materiali-za-se com as etapas preparatórias para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, que acontecem durante o ano por todo o País culminando, no início de dezembro, no grande evento em Brasília que vai envol-ver quase cinco mil delegados e delegadas eleit@s nas etapas es-taduais.

Para além de ser um espaço de importantes e necessários de-bates feitos sobre os rumos que a saúde em nosso País irá tomar, o nível de organização e participa-ção dos usuários e trabalhadores nas conferências refletem muito as suas capacidades de intervenção de avanços nas políticas de saúde. Assim, vale dizer que o desempe-nho e participação de um deter-minado setor nas conferências de saúde está diretamente relacio-nado ao seu grau de organização e capacidade de intervenção nas políticas de saúde do País.

Nas últimas décadas e, sobre-tudo a partir das ações preparató-rias para a primeira e única Confe-rência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, ocorri-

da em 2003, a “comunidade farma-cêutica”, capitaneada pela Fede-ração Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar, tem se organizado, de-fendido e aprovado proposições que foram transformadas em dire-trizes estruturantes no campo da assistência farmacêutica.

A aprovação pelo plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS) da Resolução 338/2004, que insti-tuiu a Política Nacional de Assis-tência Farmacêutica – PNAF e que estabeleceu neste campo avanços notórios e incontestáveis, é uma demonstração inequívoca e con-creta de que as conferências de saúde têm uma grande serventia se suas discussões e decisões fo-rem acertadas e se os gestores de cada esfera de governo tiverem o compromisso de efetivar o que foi aprovado.

Em que pese estarmos viven-ciando tempos difíceis, onde “todo mundo desconfia de todo mundo” e a descrença nas possibi-lidades de avanços é quase total, um pouco de dinamismo e crença em tempos melhores deixa de ser mera expectativa e passa a ser uma necessidade vital para que de fato revigoremos nossa capacidade de acreditar que só de foram coletiva seremos capazes de transformar e qualificar nossas vidas.

Nada como uma boa participa-ção coletiva nas conferências de saúde onde o interesse individual nunca terá sentido e só será possí-vel avançarmos se e somente se, o interesse coletivo prevalecer.

Grande abraço e boa leitura. Diretoria do Sinfarmig

TRABALHO FARMACÊUTICO

A atuação do farmacêutico na dispensação de medicamentos antirretrovirais em muito se as-semelha à dis-pensação para outras patolo-

gias. Fazemos programação, armazenamen-to, controle de estoque, enfim, a maioria das etapas do nosso famoso “Ciclo da assistência Farmacêutica”. No entanto, devemos consi-derar, nesse caso, um papel que vai além do ato de dispensar o medicamento. O acompa-nhamento farmacoterapêutico dos pacien-tes serve de referência para toda a equipe de saúde já que seus dados demonstram o grau de adesão ao tratamento, sendo funda-mental que todos colaborem para que esta aconteça.

Quando realizamos um atendimento farmacêutico para início de terapia antirre-troviral, precisamos estar conscientes de que naquele momento está se “materializando” para o paciente o diagnóstico de portador do vírus HIV. Cabe a nós, farmacêuticos, tentar minimizar esse impacto em relação ao tratamento. Devemos proceder com as orientações necessárias como os cuidados em relação ao armazenamento, posologia, possíveis reações adversas, interações, modo de ação dos medicamentos e importância da adesão ao tratamento.

Contudo, é de extrema importância tam-bém estarmos conscientes de que a empatia com o serviço prestado influencia muito na forma como o paciente vai encarar o trata-mento. Mostrar que os medicamentos terão um efeito positivo na vida dele é de funda-mental importância porque influencia na adesão e nos resultados do tratamento.

Assim como a Atenção Farmacêutica faz grande diferença no acompanhamento dos portadores de HIV, estender esse servi-ço para outras patologias é um desafio que depende de fazermos a diferença. De sermos “vistos” por gestores e sociedade pela quali-dade dos serviços que prestamos com claros benefícios para o paciente e para o serviço.

Por isso precisamos permanecer na luta pela valorização da nossa profissão. Com a vigência da Lei 13.021/2014, que possibili-ta maior avanço das ações profissionais no campo da atenção farmacêutica e, sobretu-do, com os benefícios para os pacientes, a sociedade dará mais atenção ao farmacêuti-co. Avante companheiros!

Simone Furtado dos Santos

farmacêutica, diretora do Sinfarmig

O FARMACÊUTICOE A DISPENSAÇÃO

DE MEDICAMENTOSANTIRRETROVIRAIS

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ENTREVISTA

Um olhar sobre as Oficinas PNAF 2014

Como podemos avaliar os impac-tos para uma Política Nacional de Saúde, como a PNAF, da investi-gação realizada nas 15 oficinas em todo o país?

Os impactos de uma política podem ser avaliados de diferentes pers-pectivas, como pela utilização de indicadores numéricos diretos ou indiretos, de satisfação da popula-ção geral, ou de grupos específicos. Com as oficinas, optamos por ava-liar pela percepção e experiência de pessoas direta ou indiretamente envolvidas com as questões da as-sistência farmacêutica (farmacêu-ticos, gestores, estudantes de far-mácia), mas com especial atenção para membros do controle social da saúde e representação dos usu-ários, por terem uma abrangência e representação importantes para avaliar uma política pública.

A sistemática da avaliação da PNAF por meio de oficinas deve se repetir, quando?

A avaliação dos 10 anos da PNAF obteve um resultado muito consis-tente com as 15 oficinas, represen-tando todas as regiões do país. A próxima etapa é evoluir para, com base no resultado das avaliações, propor as formas de enfrentar as fraquezas e ameaças identificadas e valorizar as forças e oportunidades-demonstradas pelas oficinas. Por isso, estamos planejando e buscan-do as condições materiais para re-alizar atividades de devolução dos resultados para os participantes e construção de propostas de ação a serem incorporadas nas etapas da 15ª CNS.

Pela sua visão de especialista e presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, o que cada

um dos indicadores: forças, fra-quezas, oportunidades e amea-ças deixou revelar da percepção dos participantes sobre a PNAF?

Ficou muito evidente que todos percebem uma evolução muito significativa na assistência farma-cêutica nos últimos 10 anos! A am-pliação do acesso aos medicamen-tos é a grande força da PNAF e sua grande realização. O engajamento dos profissionais, principalmente dos farmacêuticos, na defesa do SUS e dos serviços farmacêuticos, é compreendido como uma fortaleza da PNAF. Há uma clareza de que a estruturação dos serviços e efetiva-ção dos farmacêuticos nos serviços de saúde, próximo das pessoas e com qualificação (que tem ocorri-do em grande quantidade), é uma oportunidade para consolidar o uso mais racional dos medicamentos e a melhoria da saúde das pessoas.

Silvana Nair Leite, presidente da Escola Nacional dos Farmacêu-ticos (Enafar) e professora do mestrado e doutorado em Far-mácia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi responsável por coordenar as 15 oficinas sobre a Política Nacional de Assistência Farmacêutica nas cinco grandes regiões brasileiras. Na entrevista abaixo, ela fala sobre o resultado desse trabalho e quais são os frutos dele para a Assistência Farmacêutica. Lem-brando que a oficina de BH reuniu mais de uma centena de pessoas sob a coordenação da diretoria do Sinfarmig.

“Ampliação do acesso aos

medicamentos é a grande força

da PNAF”

As fraquezas estão relacionadas às contratações insuficientes para as demandas dos serviços, e as inse-guranças derivadas das mudanças de gestão. As ameaças são relacio-nadas à má-formação universitária, instabilidade política e financeira e corrupção. Os resultados estão sis-tematizados e apresentados de for-ma bem clara em um link na página da Escola Nacional dos Farmacêu-ticos (http://www.escoladosfarma-ceuticos.org.br/site/index.php/to-das-as-noticias/159-escola-partici-pa-de-forum-nacional)

Há diferenças marcantes de per-cepção da Política em relação às diferentes regiões do país?

Poucas foram as diferenças. As mais marcantes foram no norte do país, em que as questões de comunica-ção, pesquisa e sistemas de infor-mação foram um pouco mais pon-tuadas em relação às outras regi-ões.

Como o debate realizado nas ofi-cinas vai entrar na 15ª Conferên-cia Nacional de Saúde?

As conferências de saúde incluem temas e propostas quando elas são elaboradas nas etapas municipais,

principalmente. Por isso, as oficinas tiveram também uma função didá-tica, de preparar os participantes para exercer uma participação mais pró-ativa nas etapas da conferência, levando as demandas da assistência farmacêutica. Também promove-remos os debates para construção de propostas e divulgaremos os re-sultados das nossas atividades para conselhos de saúde e a sociedade.

Há indicações de que o caminho para se avançar na Assistência Farmacêutica é a dedicação ao cuidado com o paciente. É isso mesmo? O farmacêutico está pronto para essa função? Se não, qual o caminho para que o profis-sional se torne apto ao cuidado com o paciente?

O cuidado é, sem dúvida, impor-tantíssimo para o uso adequado dos medicamentos e a resolutivida-de da atenção. O farmacêutico está despertando para esta necessidade e buscando não só formação, mas as condições de trabalho para tanto. Não se faz cuidado só com boa von-tade! Precisamos lutar pelas condi-ções para que isso aconteça, e as conferências são importantes neste sentido. Mas, os desafios não estão restritos as ações de cuidado. Temos

imensos desafios para a manuten-ção do direito de acesso aos medi-camentos na medida em que ainda temos doenças sem investimentos suficientes no desenvolvimento de tratamentos eficazes, temos novos tratamentos com custos que com-prometem a sustentabilidade do sistema de saúde, temos judiciali-zação para acesso a medicamentos ainda não padronizados. E precisa-mos ter formação para fazer o de-senvolvimento, para buscar as solu-ções, para levar o Brasil à condição de soberania. Desafios não faltam! Mas, tudo indica que também não falta vontade, compromisso e capa-cidade da categoria farmacêutica para enfrentá-los. A Escola Nacio-nal dos Farmacêuticos vai continuar buscando formas de contribuir com a categoria para que possa enfren-tar os desafios e consolidar o com-promisso dos farmacêuticos com a saúde das pessoas.

“Não se faz cuidado só com boa vontade!”

Arquivo pessoal

Silvana Nair Leite

ENTREVISTA4 5

A assistência farmacêutica em Contagem vive um momento de incerteza. O Decreto 452, publi-cado em janeiro, implanta o Pro-grama Remédio Fácil. Os medi-camentos disponibilizados pelo poder público em unidades de saúde poderão ser dispensados também por farmácias particula-res, que deverão ter sua inscrição aprovada na prefeitura.

A princípio, o projeto parece bom. Mas o Sindicato dos Farma-cêuticos de Minas Gerais (Sinfar-mig) denuncia irregularidades e queda de qualidade no atendi-mento à população. Apenas usuá-rios com receitas do SUS poderão adquirir os medicamentos nas drogarias. Já nas unidades públi-cas são aceitas quaisquer receitas para os remédios disponibiliza-dos.

“Está restringindo o atendi-

mento à população. Além disso, o dispêndio financeiro que o muni-cípio vai ter é altíssimo, e é dinhei-ro da população”, denuncia diretor do Sinfarmig, Rilke Novato Publio. Ele afirma que, do atual gasto do município com medicamento de R$ 300 mil, o novo programa deve acarretar o custo de R$ 2 milhões. Isso porque a tabela base para o pagamento às farmácias tem os valores muito acima dos pagos atualmente.

Questionada pela reportagem, a coordenadora de assistência far-macêutica da Secretaria de Saú-de de Contagem, Claúdia Mara Braccini, declara que a Secretaria está fazendo um estudo sobre o impacto financeiro para o muni-cípio.

Assistência pública em riscoAtualmente, o projeto de assis-

tência farmacêutica de Contagem,

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA CORRE RISCO EM CONTAGEM

PREFEITURA CEDE AOS INTERESSESDO MERCADO FARMACÊUTICO

DENÚNCIA DENÚNCIA

criado em 1999, é referência na-cional. São 17 Farmácias Distritais, nas quais a dispensação dos medi-camentos é feita com orientação, em atendimento humanizado.

Diretores do Sinfarmig alertam que o novo decreto pode fragilizar essa rede e temem inclusive o fe-chamento dos estabelecimentos. O sindicato entrou com manifes-tação junto ao Ministério Público Estadual, a promotoria de saúde e a Promotoria do Patrimônio Públi-co. De acordo com Rilke, o decre-to fere diretamente a Constituição e a Lei 8080, a Lei Orgânica de Saúde, que aponta a assistência farmacêutica como atividade fim e que, portanto, não pode ser ter-ceirizada.

Repórter Maíra Gomes - Maté-ria publicada no Jornal Brasil de Fato MG em 25/03/2015

.

O Sinfarmig apresentou denún-cia às Promotorias do Ministério Público da Saúde e do Patrimônio Público da Comarca de Contagem contra o decreto nº 452/2015, pu-blicado pelo prefeito de Conta-gem, que extingue a política de Assistência Farmacêutica pública no município e transfere para as drogarias a responsabilidade do atendimento à população as de-mandas no campo da assistência farmacêutica. Ou seja, a Secreta-ria de Saúde, de forma arbitrária e equivocada, tenta se eximir de um princípio constitucional pre-visto na lei Orgânica de Saúde (Lei 8.080/1990) e deixa a população do município à mercê do proces-so mercantil voltado prioritaria-mente para o lucro, prática que infelizmente impera no mercado varejista de medicamentos.

O decreto 452/2015 foi publica-do sem nenhuma discussão com o controle social (Conselho Muni-cipal de Saúde) e não foi pautado em nenhuma reunião da Mesa de Negociação Permanente do SUS-Contagem. Assim, a decisão do executivo municipal desconhece totalmente a representação legal do Conselho de Saúde e a popu-lação do município ao tratar um assunto tão relevante para o mu-nicípio de forma autoritária, anti-democrática e a “toque de caixa”.

IlegalidadesO decreto fere o princípio

doutrinário da universalidade ao determinar que somente os pa-cientes com receitas originadas no SUS terão direito a receberem medicamentos nas drogarias au-torizadas;

SINFARMIG ACIONA MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRADECRETO ANTIDEMOCRÁTICO QUE EXTINGUE

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PÚBLICA EM CONTAGEM

O decreto fere o princípio constitucional, ao propor a ter-ceirização de uma atividade fina-lística do Sistema único de Saúde, a prestação de Assistência farma-cêutica, como ação indelegável e de responsabilidade da gestão pública;

O princípio da eficiência na administração pública é ferido de morte pois, ao direcionar o paga-mento de medicamentos para a rede de drogarias privadas, o mu-nicípio irá dispender muito mais recursos financeiros e assim trará prejuízos notórios ao erário públi-co;

Por coincidência ou não, o vice-prefeito de Contagem, conhecido como João da Farmácia, é dono de drogaria, e assim, configura-se conflito de interesse explícito fe-rindo outro importante princípio do gestor público, o da moralida-de;

A Portaria Ministerial nº 1.555/2013, que trata do financia-mento da Assistência Farmacêu-tica Básica, prevê repasse impor-tante de recursos financeiros da União e do Estado para o municí-

pio adquirir medicamentos. Com a publicação do decreto, o muni-cípio perderá estes importantes recursos, ou seja, o que já está ruim vai piorar em muito;

Há medicamentos e materiais (ex: tiras para medição de glice-mia) que são fornecidos pelo go-verno federal e estadual e não po-dem ser atendidos nas farmácias particulares, logo o atendimento será prejudicial aos pacientes;

A medida burocratiza e invia-biliza a dispensação de medica-mentos a pacientes que tenham dificuldades em comparecer às drogarias já que o decreto exige atestado de incapacidade para comparecimento ao estabeleci-mento o que não acontece atual-mente nas farmácias distritais;

O decreto, ao não prever a dis-pensação de medicamentos nas Farmácias Distritais literalmente decreta a extinção das mesmas. Importante registrar que este mo-delo de farmácia é reconhecido nacionalmente e já ganhou desta-que pela excelência dos serviços prestados.

Ações Juntamente com colegas far-

macêuticas e farmacêuticos de Contagem, o Sinfarmig está envi-dando todos os esforços para re-vogar este decreto absurdo.

Alem das representações no MP, ações junto ao controle social (CMS, CES E CNS e Mesa-SUS), Le-gislativo Municipal e Estadual e solicitações de reunião junto ao gestor municipal têm sido enca-minhadas pelo Sinfarmig no afã de reverter esta situação inadmis-sível.

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Farmacêuticos mineiros estão convidados a participar de evento preparatório para a 15ª Conferência Nacional de Saúde onde terão oportunidade de aprofundar discussão sobre principais questões da Assistên-cia Farmacêutica

Neste ano, os farmacêuticos mineiros terão mais uma rica oportunidade de se aprofundar no tema da Assistência Farmacêu-tica a tempo de chegarem afia-dos às etapas da 15ª Conferência Nacional de Saúde. Durante todo o dia 19 de junho, o Sinfarmig coordenará o Encontro Estadu-al de Farmacêuticos, promovido pela Federação Nacional dos Far-macêuticos, Escola Nacional dos Farmacêuticos e pelo próprio Sin-dicato como evento preparatório para as conferências municipais, estadual e a etapa nacional em Brasília. A 15ª Conferência Nacio-

nal de Saúde de 2015 tem como tema: “Saúde Pública de Qualida-de para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro”. O even-to é realizado de quatro em quatro anos e tem vários objetivos, entre eles o de reafirmar, impulsionar e efetivar princípios e diretrizes do SUS.

Será o momento em que os farmacêuticos poderão debater e definir, coletivamente, os pontos mais importantes da Assistência Farmacêutica que eles querem ver apresentados e defendidos nestes importantes espaços de debates com a sociedade e o poder públi-co, nas três esferas de governo.

O Encontro Estadual de Far-macêuticos acontece alguns me-ses depois da Oficina da Política Nacional de Assistência Farma-cêutica (PNAF) realizada em Belo Horizonte e o evento tem também o objetivo de recuperar os princi-pais temas discutidos em setem-

Encontro marcado!RUMO À 15ª CNS

cêutica pública de qualidade no SUS seja uma bandeira permanen-temente defendida nas conferên-cias. É fundamental também que a Assistência Farmacêutica no setor privado (farmácias e drogarias, por exemplo) seja igualmente defen-dida com a mesma determinação pois, como é sabido, a maioria da população acessa os medicamen-tos pelo setor privado, custeando com recursos do próprio bolso e é exatamente neste setor que ainda permanecem os grandes desafios a serem superados como o aces-so aos medicamentos não dispo-níveis na rede pública e a efetiva prestação da Assistência Farma-cêutica com vistas à promoção do uso racional dos medicamentos”, ressalta o diretor.

A realização do Encontro Esta-dual pelo Sinfarmig, segundo ele, é importante devido ao envolvi-mento da entidade na mobilização dos farmacêuticos há muitos anos. “Falando especialmente de Assis-tência Farmacêutica, o Sinfarmig está envolvido com a mobilização da categoria sobre o tema desde os debates que antecederam a re-alização da I Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica reali-zada em 2003 e também devido à experiência acumulada consi-derando nossa participação ao longo dos anos nas Conferências Municipais e Estaduais de Saúde” pontua.

O diretor reitera o convite aos colegas para participarem das conferências em suas localidades (regionais ou municipais) e, se possível, elegerem-se como dele-gados para a etapa estadual. “Em alguns municípios, geralmente os mais populosos, acontecem

as conferências regionais ou dis-tritais como etapas anteriores às suas conferências municipais, assim é importante que os cole-gas fiquem atentos e participem nesta etapa como requisito para pleitearem participação na etapa municipal”, frisa.

Rilke salienta que as propostas validadas nas conferências regio-nais, municipais e estadual preci-sam ser conduzidas e defendidas até chegarem à instância nacio-nal. “Muitas vezes, boas idéias

15ª Conferência Nacional de Saúde Tema: “Saúde Pública de Qualidadepara Cuidar Bem das Pessoas:Direito do Povo Brasileiro”

Etapa Municipal - 09 de abril a 15 de julho de 2015Etapa Estadual e do Distrito Federal - 16 de julho a 30 de setembro de 2015Etapa Nacional - 01 a 04 de dezembro de 2015Etapa de Monitoramento - a partir de 2016, as delibera-ções da 15ª Conferência Nacional de Saúde serão objeto de monitoramento pelas instâncias de controle social, em todas suas esferas, com vistas a acompanhar seus desdobramentos.

Eixos TemáticosI - Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qua-lidade II - Participação socialIII - Valorização do trabalho e da educação em saúdeIV - Financiamento do SUS e Relação Público-PrivadoV - Gestão do SUS e Modelos de Atenção à SaúdeVI - Informação, Educação e Política de Comunicação do SUSVII - Ciência, Tecnologia e Inovação no SUSVIII - Reformas democráticas e populares do Estado

bro. “Vamos formular e debater as questões mais importantes surgi-das na Oficina, como também exa-minar outros pontos trazidos pela Federação Nacional dos Farma-cêuticos para apreciação e avalia-ção do público”, informa o diretor do Sinfarmig Rilke Novato Públio, também vice-presidente da Fena-far.

Rilke lembra que nos últimos anos o SUS vem sofrendo fortes ataques que têm produzido aba-los, desde seus princípios basilares de universalidade e integralidade até chegar às tentativas e ações já executadas de terceirização de serviços.

“A Assistência farmacêutica pú-blica também não tem sido poupa-da desses ataques. Aliás, por lidar com grandes interesses financei-ros, inclusive do capital internacio-nal, e por ter grande demanda por parte da população, é preciso que a defesa de uma assistência farma-

relacionadas à Assistência Farma-cêutica surgidas nas conferên-cias preparatórias não chegam às Conferências Estadual e Nacional, porque não tem quem as conheça defenda e conduza nessas etapas posteriores”, observa a diretora do Sinfarmig, Júnia Vieira Lelis.

Vamos fazer juntos com a socie-dade a defesa de uma assistência farmacêutica de qualidade, aces-sível a todos e na qual o trabalho do farmacêutico seja reconhecido, respeitado e valorizado!

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NEGOCIAÇÕES

A despedida indireta (rescisão indireta) origina-se da falta grave praticada pelo empregador (ou seus gerentes, coordenadores, su-periores hierárquicos) na relação de trabalho prevista na legislação como justo motivo para rompimento do vínculo empregatício por parte do empregado gerando a este todos os direitos trabalhistas. Os motivos que ensejam a rescisão indireta do contrato de trab-alho, previstos legalmente, são:a.exigir do empregado serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato;b.tratar o empregado com rigor excessivo;c.submeter o empregado a perigo manifesto de mal considerável;d. deixar de cumprir as obrigações do contrato de trabalho;e. praticar contra o empregado ou pessoas de sua família ato lesivo da honra e boa fama;f. ofender fisicamente o empregado ou pessoas de sua família, sal-vo em caso de legítima defesa própria ou de outrem;g. reduzir unilateralmente o trabalho do empregado, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a sua remune-ração.

Exemplo clássico no ramo farmacêutico, que infelizmente acon-tece de forma recorrente em farmácias e drogarias do comércio, é o descumprimento do contrato de trabalho por parte dos em-pregadores de que são exemplos a falta de pagamento dos salários no prazo, pagamento de salário inferior ao piso e falta de depósitos de FGTS.

Então, farmacêutico, não assine recibos de pagamento de salários sem a devida contraprestação. Condicionar a assinatura de recibos a obrigações contratuais do empregador é ilegal. Denuncie e não assine o que não recebeu.

Advogado Paulo Henrique Rezendeassessor jurídico do Sinfarmig

SINFARMIG AMPLIA HORÁRIO DE CONSULTAPRESENCIAL À ASSESSORIA JURÍDICA

Devido à grande demanda, e no sentido de melhor atender aos farmacêuticos, o Departamento Jurídico do Sinfarmig teve a carga horária ampliada para tirar dúvidas trabalhistas ou ajui-zar ações.

Portanto, colega farmacêutico, estamos à disposição para atendê-lo no que for possível.

Faça contato com o Sinfarmig e agende o atendimento ju-rídico pelo telefone: (31) 3212-1157 ou pelo e-mail [email protected]

Confiram os horáriosdos plantões:

Quintas-feiras: de 14h às 18h

Dra. Larissa [email protected] Sextas-feiras: de 9h às 13h

Dr. Paulo [email protected]

FARMÁCIA INDUSTRIAL Data-base: 1º de marçoAssembleia: 24/02/2015Reunião de negociação: 27/03/2015

SINFARMIG ENCERRA NEGOCIAÇÃO DA CCT 2015

As negociações garantiram aos farmacêuticos a recom-posição das perdas dos salários provocadas pela inflação (7,68%) e a concessão de vale-refeição de R$15,00. Quanto à cláusula econômica, vale ressaltar que o Sinfarmig não abre mão de reajuste acima da inflação e vai insistir para que a recomposição chegue a 8%. Assim, os farmacêuticos terão ganho real incorporado aos salários. Foram os melhores re-sultados para os profissionais da Indústria nas negociações dos últimos 03 anos.

Foi realizada na sexta-feira, 27/03, a reunião de negocia-ção coletiva entre o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais - Sinfarmig e Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos e Químicos para Fins industriais no Estado de Minas Gerais, na sede da Fiemg, no bairro Funcio-nários, em BH.

O reajuste salarial será retroativo à data-base dos farma-cêuticos industriais que é1º de março de 2015.

Segundo a diretora do Sindicato, Júnia Lelis, a boa nego-ciação foi garantida por meio de conversa bastante direta e proveitosa durante as reuniões. “Considero muito impor-tante que o presidente do Sindusfarq mantenha a prática de estar presente nas rodadas de negociações. Sentamos e debatemos as cláusulas da pauta de reivindicação sempre na esperança de avançarmos e, felizmente, conseguimos fa-zer a melhor negociação nos últimos três anos, mesmo em tempos de crise, com inflação alta”, ressaltou. Ela completa dizendo que o Sinfarmig conseguiu manter a cláusula eco-nômica e assegurou avanços nas cláusulas sociais.

A NOVA CCT FECHADA DEFINIU:

RECOMPOSIÇÃO SALARIALAs empresas reajustarão em 1º de março de 2014, os

salários dos farmacêuticos industriais pela aplicação do percentual correspondente ao INPC acumulado no período

de 1º de março de 2014 até 28 de fevereiro de 2015, mais ganho real.

ALIMENTAÇÃO As empresas fornecerão gratuitamente tickets refeição

aos empregados farmacêuticos, na quantidade suficiente para os dias efetivamente trabalhados no valor unitário de, no mínimo, R$15,00 (quinze reais).

PARÁGRAFO ÚNICO: Poderá o farmacêutico optar pelo recebimento do ticket alimentação, nos mesmos moldes previstos no “caput” desta CLÁUSULA.

RESPONSABILIDADE TÉCNICAOs profissionais que têm o cargo de Responsabilidade

Técnica (RT) continuam com o adicional mensal de 25% so-bre o salário base percebido.

FALTAS JUSTIFICADAS Será considerada falta justificada, além dos casos previs-

tos na legislação trabalhista, também a ausência do empre-gado até 15 (quinze) dias úteis por ano, quando o mesmo participar de capacitação como congressos, reuniões, sim-pósios, encontros e seminários, cursos de especialização devendo o empregado comunicar ao seu respectivo empre-gador, com antecedência mínima de 72 horas, e comprovar posteriormente o seu comparecimento através de atestado ou certificado.

O texto integral da CCT estará no site do Sinfarmig assim que for homologado pelo Ministério do Trabalho e Empre-go.

Data-base: 1º de marçoAssembleias: 27e29/01/2015; 03,05 e 10/02/2015Reuniões de negociações: 16/03 e 08/04/2015

Ao todo, a pauta apresentada ao sindicato patronal con-tém 40 cláusulas. Entre as principais reivindicações, estão o reajuste com base no INPC/IBGE, piso salarial fixado em R$3.500,00 (carga horária de 40h semanais), R$3.850,00 (carga horária de 44h semanais). A diretoria do SINFARMIG, assessorada pelo setor jurídico, reivindicou avanços na Con-venção Coletiva de Trabalho que vão além das cláusulas econômicas como aumento de dias para capacitação pro-fissional, adicional de insalubridade e local adequado nos estabelecimentos para a assistência farmacêutica, entre outros.

Jurídico RespondeDESPEDIDA INDIRETA

FALTA GRAVE DO EMPREGADOR

FARMÁCIAS, DROGARIASE DISTRIBUIDORAS

ANÁLISES CLÍNICASData-base: 1º de maioAssembleia: 07/04/2015A reunião de negociações será agendada após a as-sembleia

No próximo dia 07 de abril (terça-feira), às 18h30, será realizada a Assembleia Geral dos Farmacêuti-cos Analistas Clínicos para elaboração da pauta de reivindicações do ano de 2015. Convidamos a to-dos para participarem dessa importante momento em que iremos discutir pontos como remuneração, condições de trabalho e direitos dos profissionais. O Sinfarmig antecipa que a busca de um piso para esse importante setor de trabalho da nossa profis-são está entre as principais reivindicações da Cam-panha Salarial de Análises Clínicas 2015. Lembramos que a Assembleia é aberta a todos os farmacêuticos mineiros, sindicalizados e não-sindicalizados e os avanços obtidos em Convenção Coletiva de Traba-lho beneficiarão a todos.

FARMÁCIA HOSPITALARData-base: 1º de junhoAssembleia: a definirA reunião de negociações será agendadaapós a assembleia

As perspectivas para o setor de Farmácia Hos-pitalar estão melhores em 2015. A Lei 13021/14 prevê que hospitais e clínicas só podem funcionar com a presença ininterrupta do farmacêutico. Com isso, as empresas têm optado por estabelecer jor-nadas de 12 horas X 36 horas. Este tipo de jornada é muito utilizada em hospitais privados e só pode ser implantada, segundo a súmula 444 do Tribunal Superior do Trabalho, quando há previsão em “Con-venção Coletiva” ou “Acordo Coletivo de Trabalho”. Como a jornada 12 X 36 não consta na CCT 2014 de Farmácia Hospitalar, exige-se o acordo, a ser ce-lebrado, obrigatoriamente, entre o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais – Sinfar-mig e o respectivo empregador. O que se espera daqui para a frente é que, estando os empresários mais acessíveis para conversas com o Sindicato, os contatos sejam mais frutíferos. Então, farmacêuti-co, compareça à assembleia – vamos compor uma pauta sólida e avançada a ser negociada com os empregadores. A expectativa do Sinfarmig é a de que, se esses acordos com as empresas prospera-rem, nós possamos levar essa discussão à mesa de negociação com o Sindicato dos Hospitais para que as reivindicações sejam incluídas na Convenção Co-letiva de Trabalho vindo a beneficiar todos os far-macêuticos hospitalares do estado.

Reunião de negociações coletivas - Farmácia Industrial

Reunião de negociações coletivas - FDD

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DIA DO FARMACÊUTICOFarmacêuticos mineiros festejam

seu dia e celebram conquistasMais de duas centenas de pessoas animaram a confraternização do Dia do Farmacêutico promovida pelo Sindicato

dos Farmacêuticos de Minas Gerais no sábado, 24/01. A festa, realizada no salão nobre do CREA-MG, transcorreu em clima de alegria pelas conquistas dos farmacêuticos em 2014. O ano ficará na história da profissão no Brasil com a sanção da

Lei 13021/14 e a derrubada da Medida Provisória 653 que ameaçava as conquistas asseguradas com a nova legislação. Os farmacêuticos merecem brindes e aplausos pelos avanços que abrem novas perspectivas para a profissão. Que venham

mais conquistas em 2015!

DIA DO FARMACÊUTICO

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ACONTECEUAGENDASINFARMIG

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Dezembro 2014

l 02/12 - Assembleia Geral no Sinfarmig – Aprovação da Anuidade Social e Contribuição Sindical para o exercício 2015 l 03/12 - Manifestação do Fórum Mineiro de Luta pela Valorização da Profissão contra a MP 653/14 l 05/12 - Palestra na Associação Mineira de Farmacêu-ticos - AMF 8, 9 e 10/12 - Fórum de Assistência Farmacêutica do DAF/Ministério da Saúde l 09/12 – Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 10/12 - Comemoração do aniversário de 40 anos da Fenafar l 11 e 12/12 - Reunião do Conselho de Representan-tes da Fenafar l 12/12 - 7ª Jornada Brasil Inteligente da CNTU em SP – farmacêutico homenageado: Waltovâniol 16/12 – Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 18/12 – Entrevista na TV Câmara sobre a Lei Munici-pal que cria a Semana de Conscientização sobre Uso Racional de Medicamentos em Belo Horizonte

Janeiro 2015

l 13/01 - Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 19/01 – Reunião de apoio aos farmacêuticos de Contagem contra o decreto da prefeitura que institui o Programa Remédio Fácill 20/01 – Entrevista do Sinfarmig para a Rede Globo – MGTV Assunto: Profissão Farmacêutical 20/01- O Jornal O Tempo publica artigo do Sinfar-mig sobre “Consumo de Medicamentos”l 20/01 - Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 24/01- Sinfarmig presente na Campanha da Anfar-mag “Assistência Farmacêutica à População” – Panfle-tagem na Praça JK (BH) pelo uso racional de medica-mentosl 24/01- Confraternização em comemoração ao “Dia do Farmacêutico” – Coquetell 27/01 – Assembleia em Belo Horizonte para constru-ção da pauta de reivindicações – Campanha Salarial 2015 de Farmácias, Drogarias e Distribuidoras de Me-dicamentosl 28/01 – Dia Nacional de Luta por Emprego e Direitos – Centrais Sindicais

l 28/01- Campanha do Sinfarmig pelo Uso Racional de Medicamentos – Panfletagem na Praça 7 (BH). Esta campanha buscou também dar visibilidade à Lei 10.774/2014, aprovada pela Câmara de Vereadores e que criou a Semana de Conscientização e de Comba-te à Automedicação no âmbito do Município de Belo Horizontel 29/01- Assembleia em Varginha para construção da pauta de reivindicações – Campanha Salarial 2015 de Farmácias, Drogarias e Distribuidoras de Medicamen-tos l 29/01 – Participação no II Seminário de Farmácia Hospitalar de Minas Gerias promovido pelo CRF-MG

Fevereiro

l 03/02 - Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 03/02 - Assembleia em Divinópolis para construção da pauta de reivindicações – Campanha Salarial 2015 de Farmácias, Drogarias e Distribuidoras de Medica-mentos l 04/02- Audiência com a deputada estadual Marília Campos para tratar do decreto da prefeitura de Con-tagem que cria o Programa Remédio Fácill 05/02 - Assembleia em Uberlândia para construção da pauta de reivindicações – Campanha Salarial 2015 de Farmácias, Drogarias e Distribuidoras de Medica-mentos l 09/02 - Assembleia em Ipatinga para construção da pauta de reivindicações – Campanha Salarial 2015 de Farmácias, Drogarias e Distribuidoras de Medicamen-tos l 10/02 - Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 10/02 - Assembleia em Montes Claros para constru-ção da pauta de reivindicações – Campanha Salarial 2015 de Farmácias, Drogarias e Distribuidoras de Me-dicamentos l 10/02 - Fenafar se reúne com a deputada Alice Portugal para discutir projetos para a categoria. Os diretores da Fenafar foram solicitar à parlamentar o desarquivamento de projetos de interesse da cate-goria (o PL 5.359/2009 que define o piso salarial dos farmacêuticos, o PL 4.135/2012 que torna obrigatória a contratação de farmacêuticos em unidades do SUS e o PLC 321/2013 que prevê o repasse de 10% das re-ceitas correntes brutas da União para a Saúde, este úl-timo originário do Movimento Saúde + 10)l 24/02 - Assembleia em Belo Horizonte para constru-ção da pauta de reivindicações – Campanha Salarial

2015 de Indústrial 28/02 – Conferência Regional de Saúde de Betim, Sinfarmig na Mesa representando os trabalhadores

Março

l 02/03 – Sinfarmig participa de debate sobre “Con-juntura, articulação e Lutas em 2015”

l 02/03 – Sinfarmig presente no lançamento da Revis-ta CUT Minasl 03/03 – Reunião ampliada com o jurídico l 03/03 - Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 04/03 – Palestra sobre Mercado de Trabalho para os calouros da Faculdade de Farmácia da UFMGl 06/03 – Sinfarmig presente em evento, juntamen-te com outros sindicatos da Saúde, que homenageou as dirigentes sindicais pelo “Dia Internacional da Mu-lher”l 09/03 – Reunião no Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) - Ministé-rio da Saúde sobre “Ensino Farmacêutico”

l 10/03: Plenária do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública – Saúde + 10 – Conselho Nacional de Saúde - Brasília (foto acima) l 10/03- Reunião da Diretoria Executiva da Federação Nacional dos Farmacêuticos - Fenafarl 10/03- Posse da Diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários Regulamentados CNTU – Gestão 2015/2018l 10/03- Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 16/03 – Primeira reunião de negociação coletiva com o Sincofarma MG - Campanha Salarial 2015 de Farmá-cias, Drogarias e Distribuidoras de Medicamentosl 16/03 – Reunião Ampliada com setor jurídico abor-dando as novas exigências do TST (foto ao lado)l 17/03 - Reunião da Diretoria do Sinfarmig

l 19/03: Reunião CNTU / Fenafarl 21/03: Participação na matéria “Assistência Farma-cêutica corre risco em Contagem” publicada no jornal Brasil de Fato - MG l 24/03 - Reunião da Diretoria do Sinfarmig l 24/03 – Reunião com vereador Rodney (PT), assunto Programa Remédio Fácil – Câmara Municipal de Con-tagem

l 25/03 – Palestra para os alunos do curso de Farmá-cia da Nova Faculdade em Contagem (foto acima)l 26/03: Sinfarmig presente na reunião da Mesa Muni-cipal de Negociação Permanente do SUS – Contagem - Pauta solicitada pelo Sinfarmig: “Programa Remédio Fácil” l 27/03 - Reunião de negociação Coletiva com o Sin-dusfarq - Sindicato das Indústrias de Produtos Farma-cêuticos e Químicos para Fins Industriais no Estado de Minas Geraisl 27/03 – Sinfarmig presente na 13ª Conferência Mu-nicipal de Saúde de Betiml 28/03 – Palestra para os alunos do curso de Farmá-cia da Faculdade Pitágoras de Betim l 30/03 - Reunião com Farmacêuticos Hospitalares so-bre Jornada 12X36l 31/03- Reunião da Diretoria do Sinfarmigl 31/03: Entrevista ao jornal Estado de Minas sobre re-ajuste do preço dos medicamentos

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REITENGRADO AO SERVIÇO

POSTAL EM __/__/__

__/__/__ _____________

RESPONSÁVEL

BH CRIA SEMANA DE CONSCIENTIZAÇÃOSOBRE USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

A capital mineira começou o ano levantando a voz contra o consumo irracional de medicamentos. É que no ano passado os vereadores de Belo Horizonte aprovaram, por maio-ria simples, o Projeto de Lei do vere-ador Pedro Patrus (PT) que instituiu a última semana do primeiro mês do ano como a Semana de conscienti-zação sobre uso racional de medica-mentos.

A Lei 10.774/14 foi sancionada no dia 03 de dezembro pelo prefei-to Márcio Lacerda (PSB). Segundo o vereador Pedro Patrus, o objetivo da lei é alertar a sociedade para os pe-rigos da automedicação e os riscos provenientes desse excesso de me-dicalização estimulado pela indústria farmacêutica. Ele lamentou os vetos do prefeito que eliminaram do pro-jeto as ações propostas para a secre-taria municipal de saúde como cam-panhas educativas para a população em geral e nas escolas. Ainda assim, o vereador comemorou a criação: “a instituição da semana já vem contri-buir para a conscientização”, disse.

O vereador Pedro Patrus, o farma-cêutico e médico Délio Campolina e o diretor do Sinfarmig, Rilke Novato Públio, participaram de um debate sobre a criação da Semana de cons-cientização sobre uso racional de medicamentos na TV Câmara no dia 11 de dezembro. Na ocasião, Délio Campolina, que é médico do Hos-pital João XXIII, o Pronto Socorro de Belo Horizonte onde são atendidas pessoas vítimas de intoxicações com medicamentos, confirmou a impor-tância da nova lei. “A automedicação

entre a população é tão intensa que qualquer ação no sentido da cons-cientização é importante”, sinalizou. De acordo com ele, a cultura de se automedicar do brasileiro ainda se sustenta na dificuldade de acesso à consulta médica pela população.

Pesquisas recentes indicam que 76% dos brasileiros admitem usar medicamento sem receita. Em 2011, Belo Horizonte registrou 17 mortes por intoxicação com medicamentos. A capital mineira perde apenas para o Espírito Santo, na região Sudeste, no número de pessoas que se auto-medicam, conforme matéria veicula-da pela TV Câmara.

O diretor do Sinfarmig, Rilke, afir-ma que a criação da semana é positi-

va porque fortalece a visão do setor público municipal sobre a importân-cia que se deve dar ao tema da auto-medicação. “Achamos que não basta oferecer o medicamento nas unida-des de saúde, mas é preciso que ele seja dispensado de forma correta”, ressaltou o diretor. Rilke lembra que a nova lei oportunizou o convite do Sinfarmig a várias entidades farma-cêuticas que juntas, participaram de ato na Praça Sete, em BH, pela uso racional de medicamentos no dia 28 de janeiro. “Agora, em todos os anos, no mês de janeiro, cumpriremos essa agenda, de ir à rua para falar com a população sobre os riscos da auto-medicação”, finalizou.

Representantes das entidades farmacêuticas se reúnem na Praça 7

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