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Organização Judiciária e Práticas Registral/Notarial
Organização e funcionamento dos Tribunais Judiciais
Módulo 2
Organização judiciária e Práticas Registral/Notarial
OJPRN Albertina Nobre
Ano Judicial Ano Civil
Sessão solene
Artº11º Lei nº3/99
Organização judiciária e Práticas Registral/Notarial
OJPRN Albertina Nobre
Sessão solene
Da sessão Solene de Abertura do Ano Judicial de 2008, realizada hoje, pelas 15:00 horas, no Salão Nobre do Supremo Tribunal de Justiça, destacam-se as seguintes referências, nos respectivos discursos:Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados , afirmou que grupos económicos restritos "fazem negócios de milhões com o Estado", cujo objecto são bens do património público, "quase sempre com o mesmo restrito conjunto de pessoas e grupos económicos privilegiados"; Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República, considerou fundamental que "todos saibam" que os crimes "serão punidos independentemente da escala social, da fortuna ou da posição política";Noronha Nascimento, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça , apontou como "verdadeiros nós de estrangulamento" da Justiça os "juízos criminais, os juízos cíveis, os tribunais de comércio" e o exemplo "falhado da nova acção executiva";Alberto Costa, Ministro da Justiça (presente na sessão, em representação do Primeiro-Ministro), elencou como importantes reformas legislativas para 2008 a revisão do regime da acção executiva (cobrança de dívidas), o mapa judiciário/reorganização dos tribunais e a continuação da desmaterialização dos processos;Cavaco Silva, Presidente da República , afirmou que o Estado de direito "não pode ser refém" dos que dispõem de maiores recursos e que a celeridade da justiça é "um imperativo de igualdade social".
29-Jan-2008
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Férias judiciais
•De 22 de Dezembro a 3 de Janeiro;
Artº12º Lei nº3/99
•Do domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa;
•De 1 a 31 de Agosto;Lei nº42/2005
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Os tribunais judiciais são os tribunais comuns em matéria cível e criminal, que exercem também jurisdição em todas as matérias não atribuídas a qualquer outra ordem jurisdicional. São tribunais organizados em três instâncias, da hierarquicamente superior e territorialmente mais abrangente para a hierarquicamente inferior e territorialmente mais restrita:
• o Supremo Tribunal de Justiça (competência nacional), •os cinco tribunais da Relação (um por distrito judicial e dois no distrito judicial do Porto) e •os 227 tribunais judiciais de comarca (1.ª instância).
Tribunais judiciais
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Divisão Judicial
Divisão Judicial e Administrativa
•O território nacional divide-se em quatro distritos judiciais, com sede, respectivamente, em Lisboa, Porto, Coimbra e Évora.•Os distritos judiciais dividem-se em círculos judiciais sendo estes constituídos por uma ou mais comarcas. Cada comarca abrange um ou mais municípios e, assim, várias freguesias.
•A divisão judicial encontra-se regulada pela Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro e pelo Regulamento da Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais Decreto-Lei n.º 186-B/99, de 31 de Maio..
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A divisão judiciária do território nacional, à qual se conforma essencialmente a jurisdição civil, assenta, por ordem decrescente de abrangência:
Divisão Judicial
nos distritos judiciais (Porto, Coimbra, Évora e Lisboa),
nos círculos judiciais (58)
nas comarcas, a menor das circunscrições, inspirada no concelho administrativo
Desdobramento de circunscrições
Agregação de Comarcas
Portaria M.Justiça, ouvido o Conselho Superior de Magistratura, a Procuradoria-Geral da República e a Ordem dos Advogados
Artº15º Lei 3/99
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Competência
Competência dos
Tribunais
Em razão da matéria
Em razão da hierarquiaEm razão do valor da acção
Em razão do território
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Competência
Em razão da matéria
São da competência dos tribunais judiciais as causas que não sejam atribuídas a outra ordem jurisdicional.
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Competência
Em razão da hierarquia
Os tribunais judiciais encontram-se hierarquizados para efeito de recurso das suas decisões.
Em regra , o STJ conhece , em recurso, das causas cujo valor exceda a alçada dos tribunais da relação e estes das causas cujo valor exceda a alçada dos tribunais judiciais de 1ª Instância.
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Competência
Em razão do valor
A lei de processo determina o tribunal em que a acção deve ser instaurada em face do valor da causa.
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Competência
Em razão do valor
Tribunais da Relação
Alçadas
€ 30 000
Tribunais de 1ª Instância
€ 5 000
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Competência
Em razão do território
Tribunais da Relação
Distrito Judicial
Tribunais de 1ª Instância
Comarca
Supremo Tribunal de Justiça Em todo o território
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Divisão Judicial
Tribunais de 1ª Instância
Comarca
Quando o volume ou a natureza do serviço o justifique, pode haver vários tribunais na mesma comarca.
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Divisão Judicial
Tribunais de 1ª Instância
Comarca
Competência genérica
Competência especializada
Competência específicaConhecem de matérias determinadas, independentemente da forma do processo.
Conhecem de matérias determinadas pela espécie de acção ou pela forma do processo aplicável.
-Tribunais de instrução criminal;
-Tribunais de Família;
-Tribunais de Menores;
-Tribunais de trabalho;
-Tribunais de comércio;
-Tribunais de Execução das penas;
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Divisão Judicial
•Tribunais de competência genérica;
•Tribunais de competência especializada (instrução criminal, família, menores, trabalho, comércio, marítimo e execução de penas);
•Tribunais de competência específica (varas cíveis, criminais ou mistas; juízos cíveis ou criminais; juízos de pequena instância cível ou criminal).
Na 1.ª instância, os tribunais judiciais assumem uma de três categorias, consoante a matéria e o valor da acção:
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Divisão Judicial
Tribunais de 1ª Instância
Comarca
Competência genérica Competência especializada
Competência específica
Desdobramento de tribunais em juízos
Juízos de competência especializada cívelJuízos de competência especializada criminal
Juízos cíveis
Juizos criminais
Juízos de pequena instância cível
Juízos de pequena instância criminal
Juízos de execução
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Divisão Judicial
Tribunais de 1ª Instância
Comarca
Competência específica
Desdobramento de tribunais em varas
Varas cíveis
Varas criminais
Varas mistas
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Divisão Judicial
Círculos Judiciais
A área territorial dos círculos judiciais abrange a de uma ou várias comarcas
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Divisão Judicial
Distrito Judicial - Coimbra
Distrito Judicial - Évora
Distrito Judicial - Lisboa
Distrito Judicial - Porto
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Divisão Judicial
Círculo Judicial - Almada
Círculo Judicial - Amadora
Círculo Judicial - Angra do Heroísmo
Círculo Judicial - Barreiro
Círculo Judicial - Caldas da Rainha
Círculo Judicial - Cascais
Círculo Judicial - Funchal
Círculo Judicial - Lisboa
Círculo Judicial - Loures
Círculo Judicial - Oeiras
Círculo Judicial - Ponta Delgada
Distrito Judicial - Lisboa
Círculo Judicial – Sintra
Círculo Judicial – Torres Vedras
Círculo Judicial – Vila Franca
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Divisão Judicial
Distrito Judicial - Lisboa
Círculo Judicial – Sintra
Comarca de Sintra
Freguesia
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Vamos conhecer a divisão judicial do território português!
Visita virtual
http://www.tribunais.net
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal singular
Tribunal colectivo
Tribunal do júri
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal singular
•É composto por um juiz
•Compete-lhe julgar os processos que não devam ser julgados pelo tribunal colectivo ou do júri.
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal colectivo
•É composto por três juizes
•Nos tribunais de comarca, ainda que desdobrados em juizes de competência especializada
2 juizes de círculo
o juiz do processo
1 juiz Presidente
Compete ao Conselho Superior de Magistratura, ouvidos os respectivos juizes, efectuar a distribuição da presidência de forma equitativa pelos juizes.
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal colectivo
•É composto por três juizes
Varas cíveis,
Varas criminais
Varas mistas
juizes privativos
O juiz do processo
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal colectivo
•É composto por três juizes
Restantes tribunais
O Conselho Superior de Magistratura designa os juizes necessários à constituição do tribunal colectivo.
O juiz do processo
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal colectivo
Competência
Julgar em matéria penal, os crimes a que se refere o artº 14º do CPP;Julgar as questões de facto nas acções de valor superior à alçada dos tribunais da Relação e nos incidentes e execuções que sigam os termos do processo de declaração e excedam a referida alçada;
Julgar as questões de direito, nas acções em que a lei de processo o determine.;
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal colectivo
Competência do Presidente
do tribunal colectivo
Dirigir as audiências de discussão e julgamento;Elaborar os acórdãos nos julgamentos penais;
Proferir a sentença final nas acções cíveis;
Suprir as deficiências das sentenças e dos acórdãos, esclarecê-los, reformá-los e sustentá-los nos termos da lei de processo;
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal do júri
Composição
•Presidente do tribunal colectivo
•Restantes juizes
•Jurados
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Funcionamento Tribunais de 1ª Instância
Tribunal do júri
Competência
Julgar os processos a que se refere o artº 13º CPP, salvo se tiverem por objecto crimes de terrorismo ou se referirem a criminalidade altamente organizada.
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Representação do MP junto dos tribunais Judiciais
Ministério Público
STJ Procurador-Geral da República
Tribunais da Relação
Procuradores-Gerais Distritais e Procuradores –Gerais Adjuntos
Tribunais de 1ª Instância
Procuradores da República e Procuradores –Adjuntos