organização dos poderes e do ministério público

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ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO MINISTÉRIO PÚBLICO Separação das funções estatais - limitação do poder e garantia dos direitos fundamentais. A Constituição Federal, visando, principalmente, evitar o arbítrio e o desrespeito aos direitos fundamentais do homem, previu a existência dos Poderes do Estado e da Instituição do Ministério Público, independentes e harmônicos entre si, repartindo entre eles as funções estatais e prevendo prerrogativas e imunidades para que bem pudessem exercê-las, bem como criando mecanismos de controles recíprocos, sempre como garantia da perpetuidade do Estado democrático de Direito. A divisão segundo o critério funcional é a célebre "Separação dos Poderes", que consiste em distinguir três funções estatais, quais sejam, legislação, administração e jurisdição, que foi esboçada pela primeira vez por Aristóteles , no Segundo tratado do governo civil, que também reconheceu três funções distintas, entre elas a executiva, consistente em aplicar a força pública no interno, para assegurar a ordem e o direito, e a federativa, consistente em manter relações com outros Estados, especialmente por meio de alianças. ORGANIZAÇÃO DOS PODERES.

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Trabalho da C.F

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Page 1: Organização Dos Poderes e Do Ministério Público

ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Separação das funções estatais - limitação do poder e garantia dos direitos fundamentais.

A Constituição Federal, visando, principalmente, evitar o arbítrio e o desrespeito aos direitos fundamentais do homem, previu a existência dos Poderes do Estado e da Instituição do Ministério Público, independentes e harmônicos entre si, repartindo entre eles as funções estatais e prevendo prerrogativas e imunidades para que bem pudessem exercê-las, bem como criando mecanismos de controles recíprocos, sempre como garantia da perpetuidade do Estado democrático de Direito.

A divisão segundo o critério funcional é a célebre "Separação dos Poderes", que consiste em distinguir três funções estatais, quais sejam, legislação, administração e jurisdição, que foi esboçada pela primeira vez por Aristóteles, no Segundo tratado do governo civil, que também reconheceu três funções distintas, entre elas a executiva, consistente em aplicar a força pública no interno, para assegurar a ordem e o direito, e a federativa, consistente em manter relações com outros Estados, especialmente por meio de alianças.

ORGANIZAÇÃO DOS PODERES.

O objetivo deste trabalho é conceituar e ampliar os conhecimentos acerca das funções típicas e atípicas do Poder Legislativo, Executivo e Judiciário, a Divisão Orgânica do Poder e a Tripartição de Poderes, bem como da estrutura do Poder Legislativo e da composição dos seus membros e das Imunidades.

ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

É importante saber que as primeiras linhas teóricas a respeito da tripartição dos poderes foram formuladas por

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Aristóteles. Tempos depois tal teoria foi aprimorada por Montesquieu.

Há 300 anos antes de Cristo, Aristóteles, em sua obra “Política”, já identificava três atribuições daquele que exerce o poder, descrevendo a separação dos poderes e suas distintas funções, exercidas por uma única pessoa, concentrados nas mãos do Estado. Em 1748, Charles de Secondat, o Barão de Montesquieu, com a obra “O espírito das leis”, cuja teoria afirmava que o poder é tripartido, e que as funções deveriam ser repartidas a três.

Uma atribuição típica, inerente à sua natureza, sendo ao Legislativo criar as leis, ao Executivo o poder de administrar a coisa pública e aplicar as leis e ao Judiciário o poder de julgar, resolvendo os conflitos. O surgimento desta teoria se contrapõe ao absolutismo, ou seja, a partir daí, cada Poder exerceria sua função típica, não mais se permitindo que um único Poder legislasse, aplicasse leis e julgasse. Assim sendo, adotou-se a “tripartição”, passando os Poderes a possuir além de suas funções típicas, as funções atípicas. Um exemplo de funções atípicas no Legislativo que podemos citar é que também exerce uma função executiva e outra jurisdicional.

Com a evolução dos tempos e a exigência natural de novas regras para uma boa convivência em sociedade, criou-se normas gerais da lei, com a garantia de sua aplicação no caso concreto pelo Estado, que fiscaliza, forçando as pessoas ao cumprimento das normas. Já nos eventuais conflitos que surgirem, o poder do Estado (que é inerte, e só atua quando provocado), é de dar a última palavra, fazendo-se cumprir a lei.

A tripartição dos poderes consiste em distinguir as funções estatais, pois o poder do Estado é uno e todos os órgãos se reportam a uma lei maior, que é a Constituição Federal, que prevê essa divisão de poderes e a harmonia entre os mesmos, conforme art. 2°; distribuindo-os a três órgãos distintos entre si, de forma que mantenham a autonomia, mas com controle recíproco, isto é, atribuindo-se a cada um dos poderes independentes, além de suas atribuições típicas, inerentes à sua natureza, também

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algumas atribuições atípicas, impedindo, dessa forma, que haja onipotência e tirania.

No que consiste o chamado “sistema de freios e contrapesos”? Qual a sua correlação com a tripartição dos poderes? Fundamentar.

A tripartição dos poderes consiste apenas em distribuir as funções estatais, como nas Constituições de quase todo o mundo, pois o Poder do Estado é uno e todos os órgãos se reportam a uma lei maior, que é a Constituição Federal, onde já se prevê essa separação de atribuições (Legislativo, Executivo e Judiciário), mantendo-se a harmonia entre os mesmos, conforme art. 2°, da CF, distribuídos a três órgãos, de forma que mantenham a autonomia, mas com controle recíproco, isto é, atribuindo-se a cada um dos poderes independentes, além de suas atribuições típicas, inerentes à sua natureza, também algumas atribuições atípicas, ou secundárias, impedindo, dessa forma que haja arbitragem.

a) Poder Executivo, que tem por funções típicas a aplicação de leis, administrando a coisa pública; irá também, atipicamente, atuar como Legislativo (ex.: Medida Provisória), e como Judiciário (Tributos Impostos e Taxas e Processos Administrativos Disciplinares);

b) o Poder Legislativo, que cria leis e fiscaliza o Poder Executivo (Art. 70 a 75 da CF), auxiliado pelo Tribunal de Contas, irá atipicamente, atuar como Executivo, administrando todos os assuntos internos, conforme Art. 51, inciso IV, e Art. 52, inciso XIII, da CF; e como